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excursões guiadas
II
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É importante apresentar uma programação para orientar o 2.2 Sentidos aguçados
trabalho, mas a flexibilidade deve ser mantida durante a
Os participantes poderão ter maior consciência de suas sen-
excursão:
- leve em consideração as inquietações do grupo e sua intui- sações se participarem de atividades em que os sentidos
ção para fazer as adaptações no roteiro; forem estimulados. Proponha que todos fechem os olhos e:
- não pense duas vezes para eliminar parte das atividades • toquem a casca do tronco de uma árvore e os galhos de
quando não há tempo suficiente ou quando perceber sinais um arbusto;
de desinteresse do grupo; • cheirem um musgo ou um pequeno pedaço de casca de
- não tente concluir o roteiro a qualquer custo. Se achar con- árvore, como canela e sassafrás, as folhas e flores;
veniente, comunique ao grupo as mudanças feitas. • saboreiem um fruto silvestre reconhecidamente comestível;
• escutem o canto de diferentes pássaros, o som do riacho
e do vento;
Lembre-se:
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2.5. Linguagem e expressão 3- COMO MOTIVAR O GRUPO
Lembre-se de que a respiração adequada possibilita me-
3.1 A participação ativa de todos os integrantes
lhores expressões vocais. Todos sabemos que "o corpo
do grupo durante a excursão envolve:
fala". Portanto, mantenha-se relaxado e livre para expressar
suas emoções. Adotando cuidados como esses, você se sen- • busca de diferentes objetos no ambiente;
tirá bem durante as atividades, poderá transmitir serenidade • leitura de mapas para a localização do grupo;
e estimular o interesse dos participantes em diferentes situ- • caminhada de orientação, assinalando os pontos de
ações da excursão. Utilize uma linguagem clara, simples, destaque;
precisa. Saiba que, com uma entonação adequada, você • perguntas de observação. Exemplo: onde fica o cupinzeiro
manterá a atenção das pessoas. mais próximo? O que vocês viram a 100 metros atrás?
• exercícios de comparação;
• conversas sobre assuntos relativos à excursão;
2.6. Ensino de temas ambientais • favorecer o máximo de atividades próprias dos visitantes.
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• Quando um tema se torna particularmente interessante, 3.4 Considerar as relações como ponto de referência
pode-se:
Para que a excursão fique gravada na memória dos visi-
- estimular as reações espontâneas do grupo;
tantes, mostre como ocorre a sustentabilidade dos proces-
- aumentar o tempo para explorar o tema;
sos da natureza. Transmita a eles o amor que você sente
- permitir um tempo para reflexão (evitar qualquer pressão
pelo ambiente. Isso pode fazer com que os participantes
sobre o grupo para executar todas as atividades planejadas);
também se identifiquem com a natureza.
- usar bom senso e sensibilidade. Se a situação exigir,
adapte a programação e elimine tópicos do programa, sem
que o grupo perceba.
• Para ocupar e integrar os participantes que têm tendência 4- PLANEJAMENTO DE UMA EXCURSÃO GUIADA
a reclamar, aqueles que incomodam e perturbam os demais:
- pedir que sugiram e preparem jogos e atividades; É indispensável que a excursão com atividades vivenciais
- sugerir que façam o reconhecimento do terreno como tenha um plano, com um fio condutor. No entanto, o plano
exploradores; pode ser mudado, sempre que você considerar necessário.
- não deixe de ler as dicas em Atividades Específicas: Moti- Os seguintes aspectos devem ser trabalhados no planeja-
vação atividades de 1 a 10, apresentadas no Capítulo III. mento da excursão:
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- 4.1. Objetivos floraçóes, frutificações, queda de folhas, etc.
- 4.2. Seleção de temas • Prepare atividades alternativas para períodos de chuva.
- 4.3. Definição do trajeto Veja em Atividades Extras - Excursões para dias chuvosos,
- 4.4. Informações sobre o grupo-alvo Capítulo V.
- 4.5. Conceito de uma excursão com atividades vivenciais • Lembre-se de que a área visitada pelo grupo é a referência
- 4.6. Roteiro da excursão e mencione apenas os acontecimentos próprios desse lugar.
- 4.7. Registro e avaliação • Proponha conteúdos práticos e objetivos, que possam ser
relacionados com os temas abordados.
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4.4 Informações sobre os grupos de participantes A partir dessas informações, defina o perfil do grupo e veja
se há necessidade de acompanhantes para ajudar a guiá-lo.
Com a ajuda do Anexo 1 (Planejamento da excursão), que
você encontra ao final deste capítulo, verifique os pontos a
serem tratados em uma conversa preliminar com o professor
4.5 Roteiro de uma excursão com atividades vivenciais
ou o responsável pelo grupo, de forma a obter informações
que o auxiliem no planejamento da excursão. Isso pode ser Numa excursão com atividades vivenciais, você deve dialo-
feito por telefone ou pela Internet. Para isso, considere: gar com o grupo, prever o espaço e o tempo para agir.
Integre o grupo com técnicas variadas, como apresentação
• Faixa etária
pessoal e atividades de relaxamento. Veja sugestões em
De acordo com a faixa etária, determine prioridades a serem
Conselhos para excursões – Como motivar o grupo.
trabalhadas:
• até a idade de 8 anos, é importante o estímulo dos sen- Após a definição dos temas, a identificação do número de
tidos – que tipo de sensação o ambiente pode despertar? participantes, das respectivas faixas etárias e tendo percor-
• de 8 a 12 anos, o trabalho pode ser mais objetivo – como rido previamente o trajeto, você poderá estruturar alguns
funciona tal coisa? detalhes da excursão. Procure priorizar as atividades que
• de 13 a 17 anos, o tema da auto-identificação é estimu- promovam o contato direto com a natureza. Adapte as ativi-
lante – o que o ambiente tem a ver comigo? dades conforme as condições do dia e estimule o relato de
experiências vividas pelos participantes.
• Número de participantes
O tamanho de um grupo é um aspecto bastante variável. Durante a excursão, o roteiro de atividades a serem reali-
Avalie se há necessidade de subdividir o grupo. Considere a zadas não precisa ser necessariamente comunicado ao
possibilidade de um professor ou de um colega assumir, grupo. Um pouco de surpresa sempre é bom. As atividades
junto com você, a tarefa de guiar os participantes. devem ter relação entre si e é importante que haja um fio
condutor no planejamento.
• Experiência prévia
Não se esqueça de identificar as experiências prévias do Alguns momentos importantes e que podem ser a garantia
grupo: os participantes fizeram anteriormente alguma de sucesso ou insucesso das excursões são o início, a moti-
excursão com atividades vivenciais? O que sabem a respeito vação e a finalização. Para auxiliá-lo nessas etapas, você
de determinados temas? Que atividades conhecem? encontrará instruções, conselhos e exemplos de excursões-
modelo, respectivamente, nos CAPÍTULOS III e V. Alguns
• Expectativas e desejos
passos importantes do roteiro de uma excursão guiada são
Leve em conta o que o grupo deseja. Por exemplo: eles
discutidos a seguir:
querem fazer uma caminhada pela mata ou pelo campo, ver
determinado animal, brincar de polícia e ladrão? • Recepção e boas-vindas
- seja pontual para receber o grupo;
• Particularidades - use uma identificação visível com seu nome;
É fundamental saber se no grupo há pessoas: - cumprimente o grupo, diga claramente o seu nome e apre-
• que necessitam de cuidados especiais; sente-se de forma breve;
• que possuem problemas de saúde; - demonstre uma atitude positiva: "estou contente", "tenho
• que são particularmente agitadas ou difíceis. muito prazer";
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- tente estabelecer um diálogo para conhecer melhor os par- - promova uma reflexão final e aponte algumas iniciativas po-
ticipantes, perguntando, por exemplo, pela viagem, a pro- sitivas, como: usar menos o carro, economizar energia e
cedência e as expectativas para a excursão; água, dar prioridade ao uso adequado da madeira ao invés
- apresente um esboço da excursão. Mostre o trajeto geral, de outros materiais, participar de grupos ecológicos. Dentro
indicando alguns pontos de destaque, para motivar o do possível, incentive a reflexão, pedindo aos participantes
grupo. Faça referência à duração total, grau de dificuldade um comentário sobre o que vivenciaram. Abra também
da trilha, o número e o tempo das paradas; espaço para outras formas de expressão, como desenhos e
- tente aproximar o grupo, para que todos possam se conhe- pinturas;
cer melhor e se relacionar com facilidade. - valorize os sentimentos e as emoções;
- coloque-se à disposição para futuras colaborações e para
• Seqüenciação
o aprofundamento das atividades vivenciadas. Dê seu en-
Segundo Cornell, devem ser consideradas "quatro fases de
dereço para contatos posteriores.
interesse" em uma excursão guiada, que envolvem:
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individuais que possam ser colocadas nas costas e não locais onde se sentam e onde põem as mãos. Avise-os espe-
impeçam a movimentação. Lembre a todos que uma cialmente para não colocar as mãos ou outras partes do
excursão guiada não é uma aula tradicional. Desestimule os corpo em buracos ou ocos de árvores, o que pode causar
participantes a carregar objetos desnecessários, como ferimento ou assustar algum animal.
cadernos, blocos ou qualquer outro objeto para anotação. O
que importa é a participação nas vivências que serão reali- Quem conduz um grupo numa mata onde há árvores anti-
zadas. gas não deve se esquecer da possibilidade de queda de ga-
lhos mortos. Nas trilhas mais freqüentadas, deve-se fazer a
retirada prévia dos galhos perigosos.
5.2. Materiais É importante minimizar os riscos de acidente, mas sem
Além dos materiais necessários para as atividades, você excesso de preocupação. Mostre aos participantes do grupo
deve levar alguns objetos adicionais na sua mochila: que o cuidado está associado ao carinho dedicado a cada
• uma pequena garrafa de água para limpar ferimentos, um deles. Caso seja necessário, solicite aos responsáveis
matar a sede, lavar alguma coisa etc.; pelo grupo uma autorização prévia para a participação nas
• uma mini-caixa de primeiros-socorros, com curativos, gaze, atividades.
tesoura etc.; De modo geral, você deve estar preparado para responder a
• lenços descartáveis; perguntas e informar sobre situações perigosas no local, como:
• um anti-histamínico contra picadas de insetos; • doenças causadas por animais silvestres e/ou introduzidos
• um canivete para abrir, cortar ou raspar alguma coisa; (carrapatos, mosquitos etc.);
• alguns sacos para separar o lixo; • riscos de acidentes (picadas de cobras, escorpiões, ara-
• não se esqueça de levar o seu próprio lanche. nhas, contato com plantas venenosas etc.);
• riscos de acidentes por condições climáticas (perder-se do
grupo por causa de um nevoeiro, hipotermia etc.).
5.3. Evitando acidentes
Você deve ter um plano de emergência para qualquer aci-
Cada pessoa tem o seu próprio limite para vivenciar expe- dente que eventualmente possa ocorrer. Isso inclui saber
riências. Isso está relacionado a características pessoais, onde há, nas proximidades do local da excursão, meios de
como idade, condições físicas, doenças, entre outros comunicação, transporte, serviço médico etc.
fatores. As atividades na natureza colocam os participantes
em situações novas que, muitas vezes, representam risco de
acidentes. Ao lidar com a biodiversidade da mata, temos
que estar cientes dos variados "habitantes" do local.
Portanto, cabe a você prever os riscos que possam existir e
conversar com o grupo sobre os cuidados específicos com
cobras, insetos e animais peçonhentos.
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Anexo 1 do Capítulo II - Planejamento da Excursão Anexo 2 do Capítulo II - Relatório da Excursão
Marcar a data:
Instituição:
Nome
Rua Cidade
Conteúdo:
Participantes:
Aspectos positivos
Idade Número de participantes Acompanhante(s)
Aspectos negativos
Data desejada: Alternativa:
Data: Horário Data: Horário
Auto-avaliação:
Início: Início:
Término: Término:
Boa recepção / acolhida em relação às demandas do grupo Sim Não
Ponto de encontro:
Boa preparação e acompanhamento das atividades Sim Não
Temas desejados: Conhecimentos prévios
dos participantes:
Planejamento próprio:
Comportamento do grupo:
Data Lugar Conteúdo Material
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