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Curso:

Federal.
Legislação
Aula 00 – Aula Demonstrativa
Tributária

Professores: Marcelo Braga e Dicler Forestieri


municipais) – Auditor Tributário do Distrito
(aspectos
Curso: Legislação Tributária do Distrito Federal (aspectos municipais)
Teoria e Questões comentadas
Profs. Marcelo Braga e Dicler Forestieri - Aula 00

APRESENTAÇÃO

“Existe um caminho...”
Olá colegas concurseiros e concurseiras!!! Compartilhamos com você
nossa alegria de participar deste projeto do Curso Exponencial visando
prepará-los para o concurso de Auditor Tributário do Distrito Federal...
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Como você já deve ter percebido há escassez de materiais sobre


Legislação Tributária Municipal. Em parte, creditamos tal situação a um
pensamento de que o Fisco Municipal seria algo “menor”, se comparado com
os Estaduais e, principalmente, com a Receita Federal. Ledo engano!
Guardada as coisas boas de cada esfera, podemos listar algumas
vantagens de se trabalhar no fisco municipal, além das normais de qualquer
concurso:
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1) Se você tem muito apego (negócios, interesses particulares, família,


etc.) a uma determinada cidade, passar para o fisco deste Município
importa na certeza de que jamais você será removido para longe;
2) A maior parte dos Municípios ainda não foram influenciados pela nova
regra de aposentadoria da União;
3) Por ser tratar de um ente menor, o acesso dos fiscais municipais ao
executivo e legislativo para defender seus interesses é facilitado;
4) Com a escassez de concursos na área Federal e dos Estados os
Municípios se tornaram uma excelente opção; e
5) A Legislação Tributária Municipal é menos complexa do que as dos
Estados e da União, tornando o trabalho menos difícil.

O Prof. Dicler dispensa comentários. Já há muito é professor da área de


Concursos sendo Conselheiro-Substituto do TCMRJ e tendo ainda sido Auditor
Fiscal de Tributos Municipais de São Paulo por mais de nove anos com
Bacharelado em Ciências Navais e pós-graduação em Auditoria Fiscal
Tributária pela Universidade Gama Filho. Então me permitam contar a minha
estória, a do Prof. Marcelo Braga.
Em um momento “de volta para o futuro”, lembro-me do dia em que,
então Capitão-Tenente da Marinha do Brasil, decidi largar tudo para iniciar e
concentrar-me apenas nos estudos. Na época fui chamado de “louco” por
alguns uma vez que eu tinha um emprego público que não pagava mal e que
gozava de certo status na sociedade. Além disto, colegas de farda diziam que
faltavam “só” 15 anos para se aposentar, como se 15 anos fossem pouca
coisa...
Não vou entrar no mérito das razões que me influenciaram nesta
decisão (isso daria assunto para um chopp...). Fato é que me motivei nesta

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empreitada, e desde o começo sabia o que eu queria: ser Fiscal de Rendas


(não importava onde fosse).
Assim começava o “meu caminho”. E neste caminho o importante é
achar os “atalhos” que o levarão o fim desejado. Concursos são oportunidades
que surgem e devemos estar preparados para agarrá-la.
Nesta empreitada em que nenhum dinheiro entrava eu só via meus
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recursos se indo com cursos e livros. Naquela época não existiam as técnicas
de coaching nem de confecção de materiais “direto ao ponto” (o que foi uma
pena).
Antes de passar para o cargo de Fiscal de Rendas do Município do Rio de
Janeiro fiz prova para Analista de Planejamento e Orçamento (APO/RJ). E
nesta ocasião pude ver que eu já tinha alcançado o nível de conhecimento
para passar. Numa prova de 80 questões decidi, após a revisão, trocar a
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resposta de 10!!! Mais uma vez fui chamado de “louco”, desta vez pelos
amigos concurseiros. Resultado: acertei todas que troquei e, com isto, passei
em 1º lugar na parte objetiva.
Chega a ser engraçado mas em um determinado momento você está
tão preparado para os concursos que você simplesmente “sabe”! Não à toa
passei na prova seguinte, conhecida carinhosamente como “ISS-Rio”.
Nossa missão aqui é sermos o “atalho” da sua aprovação, oferecendo
um material de qualidade que dificilmente você vai achar no mercado. Isto
sem contar todo o suporte e disponibilidade que daremos através da
Exponencial Concursos.
Faremos um resumo de ISS, IPTU, ITBI, contribuições, taxas, e de tudo
que possa interessar sobre o assunto do concurso de Distrito federal. Vamos
também mostrar a lógica na Legislação Tributária visando facilitar o
entendimento. Podem contar conosco.
“Existe um caminho......e, juntos, trilharemos até a vitória!!!”. E quem
sabe não nos encontramos no futuro nos corredores da Secretaria Municipal
de Fazenda?

Análise da prova
Legislação Tributária Municipal do Distrito
Federal

Ainda não temos o edital do concurso. Mas como largar na frente é


importante vamos iniciar nossos estudos com base no edital que foi lançado
em 2010 do concurso que acabou não ocorrendo por diversos fatores.
Na época o edital era bem vago quanto à distribuição das questões.
Apenas constava que a Legislação Tributária, por ser matéria específica, tinha
peso 2. Contudo não havia menção da quantidade de questões por matéria.

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Claro que, uma vez saindo o edital, vamos nos adaptar ao seu
conteúdo, incluindo os assuntos que podem ser cobrados e que nem sempre
são exigidos. Neste primeiro momento veremos, portanto, o Código Tributário
Municipal (no que tange aos tributos municipais), o ISS, o IPTU, o ITBI, a
Contribuição de Melhoria, a CIP e Taxas.

Olhando o edital do concurso que não ocorreu podemos destacar a


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seguinte legislação (no que tange aos tributos de caráter municipal):


1. Código Tributário do Distrito Federal – Lei Complementar
nº 4, de 30 de dezembro de 1994.
2. ISS – Decreto nº 25.508, de 19 de janeiro de 2005 e Lei
Complementar nº 937/17.
3. IPTU – Decreto nº 28.445, de 20 de novembro de 2007.
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4. ITBI – Lei nº 3.830, de 14 de março de 2006 e Decreto nº


27.576, de 28 de dezembro de 2006.
5. CIP - Lei Complementar n.º 673, de 27 de dezembro de 2002
e Decreto nº 23.499, de 30 de dezembro de 2002.
6. Taxas – Lei nº 6.945, de 14 de setembro de 1981 e Decreto
nº 16.090, de 28 de novembro de 1994 (taxa de limpeza
pública) e Lei Complementar nº 264, de 14 de dezembro de
1999.

Em que pese as bancas colocarem a Legislação Tributária Municipal no


edital, por experiência sabemos que boa parte cobra, E MUITO, o que está
previsto na Constituição Federal, no Código Tributário Nacional, na Lei
Complementar (LC) nº116/03 e na jurisprudência (LEGISLAÇÃO GERAL). Isto
inclusive se justifica pelo fato de que vários dispositivos na Legislação
Municipal apenas refletem o que está escrito nos diplomas citados.
ATENÇÃO: As alterações promovidas na Lei Complementar n°
116/03 pela Lei Complementar n° 157/16 foram incorporadas à
legislação do Distrito Federal através da Lei Complementar nº 937/17.
Teremos uma aula só com a LC nº 157/16 e também veremos suas alterações
no estudo das aulas 05 e 06.

No quadro abaixo segue o programa do nosso curso.

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Aula Conteúdo
00 Os tributos de competência municipal na Constituição Federal e CTN.
IPTU – Aspectos Gerais, Sujeito Passivo, Base de Cálculo, Alíquotas,
01
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Isenções.
ITBI – Aspectos gerais, Fato Gerador, Base de Cálculo, Alíquotas, Não
02
Incidência, Isenções.
03 Contribuição de Melhoria. Contribuição de Iluminação Pública. Taxas.

04 Alterações promovidas pela LC nº 157/16 sobre o ISS

Imposto Sobre Serviços (ISS) – Responsabilidade, Contribuinte,


05 Isenções, Fato Gerador; Não Incidência; Cadastro Fiscal; Local da
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prestação do serviço.
Imposto Sobre Serviços (ISS) – Base de Cálculo; Lançamento;
06
Obrigações; Fiscalização.
07 Imposto Sobre Serviços (ISS) – Lista de Serviços

*confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial.


ATENÇÃO: Estaremos tratando apenas dos aspectos tributários
municipais neste curso. Os aspectos estaduais (ex. ICMS) e Gerais
(ex. certidões) constarão em material próprio e separado.
Não se engane pelo fato de termos poucas aulas. São aulas completas e
extensas onde vamos falar do que interessa.
E então, vamos “cair dentro”?

Aula 00 – Os tributos de competência municipal na Constituição


Federal e no Código Tributário Nacional.

1- Previsões Gerais .............................................................................. 6


1.1- Limitações ao poder de tributar ....................................................... 9
2- Contribuição sobre o custeio do serviço de iluminação pública...... 17
3- Imposto Sobre Serviço .................................................................. 18
4- Imposto Predial e Territorial Urbana ............................................. 23
5- Imposto sobre transmissão Inter Vivos......................................... 25
6- Demais tributos ............................................................................. 27
7- Questões Comentadas ................................................................... 30

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8- Lista de exercícios ......................................................................... 44


9- Gabarito ........................................................................................ 53
10- Material Bibliográfico .................................................................. 53
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1- Previsões Gerais

A CFRB/88 trata dos princípios gerais do Sistema Tributário Nacional


entre os art. 145 a 162. São princípios que norteiam o Direito Tributário para
todos os entes e que são fundamentais no pacto federativo, principalmente na
redução de conflitos de competências.
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É neste diploma jurídico onde veremos um assunto muito importante,


que é a previsão da legislação que será aplicada a determinado tributo. E,
falando de legislação, cabe aqui mencionarmos uma diferença fundamental
sobre este tema e que, não raro, gera confusão na hora da prova:

Quando aparecer
Estamos falando de
apenas a palavra
LEI ORDINÁRIA
"LEI"
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Estamos falando de
Quando aparecer
LEIS, DECRETOS,
apenas a palavra
PORTARIAS,
"LEGISLAÇÃO"
RESOLUÇÕES etc.

Além disto, existem os casos em que o cumprimento de determinado


requisito só será satisfeito por LEI COMPLEMENTAR. Mas é determinante
que este termo venha expressamente no texto.

E aqui vai uma dica: é normal, durante a prova, que o cansaço nos
faça “passar batido” de certas palavras que fazem toda diferença na
resposta a ser marcada. Em alguns casos a banca tenta se aproveitar
disto trocando os termos “lei”, “legislação”, “decreto”, “lei
complementar” etc. Recomendo que, durante a leitura do enunciado,
você vá sublinhando todas as palavras chaves. Isso ajuda na hora de
pensar na resposta e na revisão já que é normal prestarmos maior
atenção ao que está em destaque. Repare, por exemplo, como a palavra
“sublinhando” acaba se destacado e chamando sua atenção.

Retornando ao raciocínio: de fato, se a Constituição não tratar destes


princípios, o caos estaria instaurado já que, obviamente, todos os entes tem
interesse de arrecadar e isso geraria uma enorme insegurança para os
contribuintes. Não raro, contudo, percebermos que ainda sim há conflitos na
prática.
Sendo assim, a Constituição Federal determina quais tributos são de
competência de cada ente da federação. Mas quais seriam estes tributos? O
diploma constitucional nos ensina, no caso específico dos Municípios e DF,
que:

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Impostos

Art 145. que não podem


Competência dos ter base de cálculo
Taxas
Municípios e DF própria de
para instituir imposto
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Contribuição de decorrentes de
melhoria obras públicas

OBSERVAÇÃO: O Distrito Federal, pela sua peculariedade, possui


competência tributária de Estado e de Município. Então, daqui para frente,
sempre que aparecer algo sobre "municípios", incluam o DF nesta lista.
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É a TEORIA TRIPARTIDA que assim é apresentada, em sua literalidade,


na CFRB/88 e no Código Tributário Nacional (CTN - Lei 5.172/1966). Lembre-
se de aqui estamos falando da CONSTITUIÇÃO FEDERAL, e não de DOUTRINA.
Digo isto pois há toda um entendimento doutrinário de que a teoria que
melhor representa o Sistema Tributário Nacional é a TEORIA PENTAPATIDA.
Tal teoria abrange mais duas classificações, estas se competência exclusiva da
união:

Contudo, são tributos que,


1) Empréstimos como já mencionamos, são
Compulsórios privativos da União.
Importantíssimo saber que
eles existem, mas que não
2) Contribuições fazem parte da competência
Socias
tributária dos municípios.

Ou seja, falou da literalidade do art.145 da CRFB/88 e do CTN, a


resposta será a teoria tripartida. Veja também qual é o entendimento da
banca responsável pela prova. Mencionamos isto pois, por vezes, a banca
realiza perguntas gerais de Direito Tributário na parte destinada à Legislação
Específica e precisamos estar de olho em tudo!!!
Vale acrescentar o seguinte: o Município só pode INSTITUIR o tributo
se houver previsão na CRFB/88. Qualquer outro item fora desta lista é
inconstitucional.

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Então vamos falar do art. 146 da CFRB/88. Para o nosso estudo ele é
muito importante uma vez que nos dá duas informações de grande
importância para os municípios:

Conflitos de
Art 146, I e III. competência entre os
Cabe a Lei entes da Federação
Complementar No caso
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(LC) dispor Estabelecer as Normas


do ISS, é
sobre Gerais em matéria de
a LC nº
legislação tributária
116/03

Ou seja, qualquer conflito entre União, Estados, DF e Municípios será


resolvido por Lei Complementar (LC). E aqui vamos falar pela primeira vez
sobre o ISS.
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O ISS (Imposto sobre Serviço), que por vezes aparece com a sigla
ISSQN (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza) é o principal tributo dos
municípios. Não à toa, mereceu atenção especial do legislador através da LEI
COMPLEMENTAR (LC) nº 116/2003 que fala sobre as normas gerais do
ISS e que será a nossa “bíblia" neste assunto, tanto que abordaremos com
profundidade nas próximas aulas dos cursos. Isto será importante pois esta
Lei Complementar está “refletida” na Legislação do Distrito Federal. Ou seja,
estudando um, estaremos estudando também o outro!!!
E vamos então ao nosso primeiro exercício.

1. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) Dois


Municípios tributam determinado contribuinte através do ISSQN sobre um
mesmo serviço prestado. O diploma legal que irá versar sobre conflitos de
competência para a solução desta situação deverá ser um(a):
a) Decreto do Poder Executivo
b) Lei Complementar
c) Lei Ordinária
d) Medida Provisória
e) Constituição Federal
RESOLUÇÃO: A Constituição Federal não dispõe sobre conflitos de
competência. Ela apenas sinaliza que tais conflitos serão pacificados por Lei
Complementar. Tão pouco tal conflito pode ser resolvido por Decreto do poder
executivo, lei ordinária ou medida provisória.
Por esta razão, a letra “B” está correta.

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1.1- Limitações ao poder de tributar

Os entes da federação necessitam da arrecadação de tributos para


manterem sua estrutura e seus serviços. Não há segredo nisto, faz parte de
como os governos do mundo todo funcionam. Contudo, há de se impor limites
nesta “ânsia” de arrecadação, em prol de um bem maior.
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Neste contexto, a CRFB/88 trouxe em sua pauta as limitações ao poder


de tributar para que fossem seguidas por todos os entes da federação. O
Direito Tributário trata muito bem deste tema, e agora nós vamos explorar
principalmente aquelas citadas nos art. 150 e 152 da CRFB e que interessam
diretamente aos municípios.

Os Municípios não podem:


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1) Exigir ou aumentar tributo sem lei

Fica claro que o legislador quis proibir a discricionariedade de certos


chefes do Executivo em aumentar a carga tributária para elevar a arrecadação
(PRINCÍPIO DA LEGALIDADE). Com isso também assinalou o constituinte
quanto à criação de uma segurança jurídica para os contribuintes. Imagine
como poderíamos nos planejar se, do nada, aparecesse um imposto novo.

2) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se


encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em
razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos

Aqui nós buscamos a igualdade prevista na Constituição (PRINCÍPIO


DA ISONOMIA no sentido horizontal). Importante se perceber que a
vedação de desigualdade é para aqueles que se encontram em situação
equivalente. É por isto que o Regime de Arrecadação Tributária não fere a
Constituição uma vez que há uma diferença de situação entre uma
multinacional e uma microempresa, por exemplo (não há isonomia no
sentido vertical).

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3) Cobrar TRIBUTOS:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do


início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado;.
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b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido


publicada a lei que os instituiu ou aumentou; e

c) antes de decorridos noventa dias da data em que


haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,
observado o disposto na alínea b.
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Sobre o item “a” inicialmente percebemos que esta vedação diz respeito
a TRIBUTOS. Ou seja, se a banca afirmar que é “somente para impostos”,
por exemplo, está ERRADO. É o PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE.
Outro fato que devemos ter atenção o prazo é do início da
VIGÊNCIA!!! Logo, se o fato gerador for após a PUBLICAÇÃO da lei, ainda
sim não poderá o tributo ser cobrado caso ainda não haja a vigência da lei.

Data em que
PUBLICAÇÃO saiu no Diário
Oficial

Data em que a
VIGÊNCIA lei começa a
surtir efeitos

O item “b” consagra o princípio da ANTERIORIDADE. Ou seja, em


regra, só se pode cobrar tributo no exercício financeiro seguinte ao que o
instituiu ou aumentou. Mas comporta exceções. Este tema será melhor
desenvolvido no estudo do Direito Tributário devido a necessidade de
aprofundamento.
O item “c” trata da NOVENTENA. O tributo não pode ser cobrado antes
de 90 dias da PUBLICAÇÃO da lei. Tal qual a anterioridade, é um assunto a ser
aprofundado no Direito Tributário.
Importante lembrar que a atualização do valor monetário (ou seja, a
correção do valor devido à inflação) não configura aumento do tributo. Logo,

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além de não haver restrição da anterioridade e da noventena, ela também


pode ser aprovada por DECRETO, e não por LEI.
Também devemos mencionar que certos tributos não seguem a regra
da noventena e da anterioridade. Contudo, nenhum destes tributos é de
competência municipal.
Particularmente nas questões de Legislação Tributária as bancas não
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cobram a profundidade do assunto (como é cobrado severamente na parte do


Direito Tributário) vindo o tema misturado na questão para confundir o
concursando.

4) utilizar tributo com efeito de confisco.


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Há uma discussão interessante sobre este tema relacionado à


progressividade do IPTU. Qual seria o limite desta progressividade para que
não ficasse configurado o confisco? Por se tratar de jurisprudência, vamos
falar melhor deste assunto quanto chegarmos propriamente à parte do IPTU.
Mas desde já podemos garantir que tal progressividade não pode configurar
confisco. O problema é que o entendimento de “efeito de confisco” é muito
subjetivo e certos municípios abusam deste item criando majorações que
necessitam da intervenção do judiciário devido á sua clara manifestação
confiscatória.

5) estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de


tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.

O mais importante aqui é a exceção quanto a cobrança do pedágio pelas


vias conservadas pelo Poder Público. Geralmente quando este dispositivo é
cobrado em prova é seguido bem a literalidade. Ademais, como aparece na
definição, são tributos interestaduais ou intermunicipais, até devido ao fato
que nunca o não pagamento do ISS limitaria o tráfego de pessoas ou bens.

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6) instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. É


também extensivo às FUNDAÇÕES e AUTARQUIAS
instituídas e mantidas pelo Poder Público desde
que vinculados às suas finalidades essenciais ou
delas decorrentes.
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b) templos de qualquer culto, somente quanto as


finalidades essenciais

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos,


inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de
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assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os


requisitos da lei, somente quanto as finalidades
essenciais

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua


impressão

e) fonogramas e videofonogramas musicais


produzidos no Município contendo obras musicais
ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras
em geral interpretadas por artistas brasileiros
bem como os suportes materiais ou arquivos digitais
que os contenham, SALVO na etapa de replicação
industrial de mídias ópticas de leitura a laser

Estamos falando agora de algumas IMUNIDADES!!! Trata-se de


delimitação de competência do ente em tributar. Reparem que as imunidades
acompanham os direitos fundamentais. Por exemplo, os templos religiosos são
imunes para prover o livre exercício dos cultos religiosos. Os livros e jornais,
ao direito de acesso à informação e ao livre pensamento, e por aí vai. Sendo
assim, falaremos item por item deste nosso esquema.

a) Trata-se da IMUNIDADE RECÍPROCA. Sendo assim, os entes não


podem cobrar IMPOSTOS entre si. A lógica é a proteção da autonomia
e da igualdade entre os entes. Atenção à extensão deste conceito às
FUNDAÇÕES E AUTARQUIAS, desde que INSTITUÍDAS E
MANTIDAS pelo PODER PÚBLICOS vinculados às suas
FINALIDADES ESSENCIAIS.

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Sendo assim, o Distrito Federal decidir cobrar IPTU e Taxa de Coleta de


Lixo (TCL) de prédio usado pela Receita Federal para sua finalidade essencial,
ela estará certa ou errada?
A resposta é: NÃO quanto à cobrança do IPTU, mas SIM (entendimento
majoritário) quanto à cobrança da TCL uma vez que a taxa não está abrangida
pela imunidade e se trata de uma contraprestação de serviço que não fere,
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portanto, a autonomia e a igualdade entre os entes.


Comentários extras:
A parte de patrimônio, rendas e serviços dos entes, fundações e
autarquias NÃO SÃO APLICADAS se for o caso de EXPLORAÇÃO DE
ATIVIDADE ECONÔMICA regida pelo Direito Privado ou pagamento de
tarifas e preços pelo usuário nem exonera o promitente COMPRADOR no que
tange ao imposto de bem imóvel. A ideia aqui é que estas entidades não
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tenham uma vantagem injusta num mercado em que competem com


empresas privadas que não possuem este tipo de benefício.
Por fim, em que pese existirem algumas jurisprudências que estendem
o entendimento literal destes dispositivos, devemos prestar atenção se a
banca pergunta à luz de um contexto amplo ou se ela limita o entendimento
apenas quanto à CRFB. Caso haja esta limitação, devemos ter atenção a
literalidade da CRFB.

b) A imunidade aqui presente diz respeito aos IMPOSTOS e não, por


exemplo, às contribuições. Há diversos conhecimentos sobre este tema
que, devido à quantidade de julgados, devem ser aprofundados no
estudo de Direito Tributário.

c) A “pegadinha” clássica neste caso é a imunidade ao SINDICATO DE


TRABALHADORES que, não raro, a banca tenta nos confundir
colocando SINDICATO DE EMPREGADORES (neste último caso, não
há imunidade). No que tange aos partidos políticos, fica claro a intenção
de defender o pluralismo político.

d) É uma cláusula pétrea que visa baratear o acesso a cultura e facilitar o


livre pensamento.

e) Esse é um conceito pouco exigido em prova mas que devemos ter em


mente já que, como sabemos as vagas são decididas muitas vezes por
uma questão. Cabe seu estudo mais aprofundado na parte de Direito
Tributário. É a IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DA MÚSICA NACIONAL.

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7) Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo,


concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativas a
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante
lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente
as matérias acima e numeradas ou o correspondente tributo ou
contribuição.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Ou seja, para tal é preciso de LEI (que pode ser ordinária neste caso) e
só pode regular sobre este assunto específico. Tal dispositivo visa a apreciação
pelo Legislativo de qualquer benefício a ser dado, no caso pelo Município,
ainda que disfarçadamente (e por isso contempla as reduções de Base de
Cálculo e etc.). Ainda com atenção a estes “disfarces”, fica determinado que
seja lei ESPECÍFICA, para evitar que este assunto fosse incluso em outro que
em nada tem a ver com a concessão de benefícios tributários e, assim,
passasse despercebido.
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8) A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a


condição de responsável pelo pagamento de impostos ou contribuição,
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador
presumido.

Para este tema basta Lei Ordinária e, acreditem, os entes usam muito
da responsabilidade tributária. Estudem bem este tema na parte de Direito
Tributário pois se trata de uma teoria que vai ajudar, e muito, no
entendimento dos regulamentos municipais, principalmente no que tange ao
ISS.
Já que falamos de ISS, precisamos não confundir duas pessoas
fundamentais nesse tributo: o PRESTADOR DE SERVIÇO e o TOMADOR DO
SERVIÇO.
O Prestador de serviço e quem efetivamente realiza o mesmo. O
Tomador é quem contrata. Sendo assim:

TOMADOR DE
SERVIÇOS

PRESTADOR
DE SERVIÇOS

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Falaremos sobre a responsabilidade tributária. E neste caso o mais


notório na legislação municipal é o da Construção Civil, e será este que
usaremos como exemplo. O ISS é devido, EM REGRA, no local do
estabelecimento do prestador. E faz sentido já que se torna, na maioria
dos casos, muito difícil a localização exata da prestação do serviço. Sendo
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assim:

A qual município é devido o ISS?

EM REGRA
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Município do
ESTABELECIMENTO DO
PRESTADOR DO SERVIÇO

Qual é a lógica? Vamos supor que o prestador de serviço (estabelecido


no Distrito Federal) realizou reparo de um laptop de um cliente domiciliado na
cidade de Goiânia. Como confirmar exatamente em que Município se deu o
Fato Gerador (reparo do computador)?
Por conta disto, foi convencionada a regra do local do estabelecimento
do prestador do serviço.
Contudo, há exceções. E a mais notável é a Construção Civil. Neste
caso, o ISS é devido no Município onde a obra é executada (que é onde
foi prestado o serviço) e a lógica é a seguinte: fica bem claro que um prédio
foi construído na cidade da prestação do serviço (ninguém vai “montar” um
prédio e levar para outra cidade).
Sendo assim, se a construção está situada no município do Rio, é a este
município que será devido o ISS, independentemente do local do
estabelecimento do prestador.
Considerando que neste município este serviço possui a alíquota do ISS
de 3%, poderíamos adotar o seguinte exemplo:

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Prestador
recebe R$
97,00

Tomador
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Valor do serviço retém R$ 3,00


\\
de Construção e repassa ao
Civil = R$100,00 Município

Este tipo de responsabilidade (que estudaremos a parte) visa facilitar a


fiscalização do ISS já que para obras os tomadores em regra estão no mesmo
município da obra, o que não necessariamente ocorre com os prestadores.
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2- Contribuição sobre o custeio do serviço de iluminação


pública

Instituir a
Contribuição para
Art 149-A DF e
Custeio da
Autoriza municípios
Iluminação
Pública

Talvez você possa estranhar o fato desta contribuição aparecer aqui


antes de falarmos do ISS. Isto se deve ao fato de que CAIU MUITO e
CONTINUA CAINDO!!!! É o tipo de questão que não podemos e não iremos
errar. Vamos entrar em maiores detalhes quando formos estudar o tópico
específico mas de antemão podemos falar das PEGADINHAS mais comuns
neste tipo de questão.

É
NÃO É TAXA
CONTRIBUIÇÃO

FACULTADA COBRANÇA NÃO É OBRIGATÓRIA


NA FATURA DA ENERGIA A COBRANÇA NA FATURA
ELÉTRICA DE ENERGIA ELÉTRICA

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INSTITUIDO PELO
NÃO É INSTITUÍDO PELA
MUNICÍPIO OU DF POR
CRFB/88
LEI ORDINÁRIA

Se a CIP pode ser instituída por Lei Ordinária então fica claro que
também pode ser por Lei Complementar do Município ou Distrito Federal –
pode ser, mas não é obrigatório.
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A Contribuição de Iluminação Pública foi inserida na Constituição Federal


depois que o STF decidiu sobre a cobrança do serviço de iluminação pública
como taxa através do enunciado da Súmula nº 670, a saber:

"O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante


taxa."
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Tal súmula surgiu após inúmeros questionamentos quanto à natureza


da taxa de iluminação pública. Devemos lembrar que as taxas se devem por
serviços de natureza ESPECÍFICA e DIVISÍVEL e o serviço de iluminação
pública é UNIVERSAL (afinal, como “dividir” o que cada um “usou” de
iluminação pública?).
A opção dada foi a criação de um tributo que, pela própria definição do
STF, é sui generis uma vez que não é imposto pois sua receita tem destinação
para finalidade específica, e também não é taxa por não exigir uma
contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte.
Quando saiu esta Emenda Complementar era certo que aparecesse nas
provas para Fiscos. Em que pese já ser um assunto meio batido, as bancas
ainda sofrem certo “fascínio” em perguntar sobre o tema.
Agora iremos falar dos impostos municipais. E começaremos com
a análise de uma questão do ISS de Recife.

2. (FGV Projetos /ISS Recife/2014) A competência


legislativa do Município em matéria tributária é assegurada na Constituição da
República Federativa do Brasil. Nesse sentido, de acordo com o estabelecido
na Constituição Federal e disciplinado pelo Código Tributário do Município do
Recife, certos tributos são de competência municipal, exceto:
a) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU.
b) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.
c) Imposto sobre a Transmissão Onerosa “inter-vivos” de Bens Imóveis e de
Direitos a eles relativos – ITBI.
d) Contribuição de Melhoria, decorrente de obras públicas.
e) Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS.

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RESOLUÇÃO: Para a solução desta questão, devemos ter em mente quais


tributos são de competência municipal.

Art 156.
Compete aos Municípios instituir
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IPTU ITBI ISS

Do art. 156 que acabamos de ver já podemos excluir as letras “A”, “B” e
“C” já que são impostos municipais. A letra “D” também não é a resposta pois
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é tributo que consta no art. 145 (e que já vimos no capítulo das previsões
gerais que é de competência municipal). Desta forma, só nos resta a letra
“E” que, por sinal, é de competência estadual.
E sendo assim, agora nós vamos falar de cada imposto de competência
municipal de acordo com as informações da Constituição Federal.
Relembrando, ainda voltaremos a este assunto, desta vez falando da
legislação infraconstitucional.

3- Imposto Sobre Serviço

Art 156, III


Serviços definidos
Autoriza
Instituir ISS em LEI
DF e
COMPLEMENTAR
municípios

O Imposto Sobre Serviço é o imposto municipal de maior arrecadação.


Não à toa o legislador criou na CRFB/88 a necessidade de Lei Complementar
com a lista dos serviços abrangidos pelo imposto. Neste caso, falamos da LC
nº 116/2003 e, consequentemente, do previsto na Legislação do Distrito
federal.
É importante que nem todo serviço está sujeito ao ISS pois além
daqueles não contemplados na LC nº 116/2003 também existem aqueles cuja
incidência a Constituição Federal colocou no campo do ICMS (portanto de
competência estadual). Isso importa em afirmarmos que:

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Serviços NÃO
TRIBUTADOS pelo ISS
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TRANSPORTE
Não constantes na
COMUNICAÇÃO INTERESTADUAL E
LC nº 116/2003
INTERMUNICIPAL

Agora, o que a LC nº 116/2003 trouxe para o mundo jurídico? Vamos


resumir através do mapa mental que se segue, apontando também quais as
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principais maldades que a banca pode se utilizar nestas definições:

CERTO ERRADO

Se afirmar que a LC
FIXAR as alíquotas máximas
INSTITUI alíquotas, está
e mínimas
ERRADO

EXCLUIR da incidência Se vier IMPORTAÇÕES de


EXPORTAÇÕES de serviço serviço, a resposta está
para o EXTERIOR ERRADA

Regular formas e condições


como ISENÇÕES, Se aparecer a palavra
INCENTIVOS E IMUNIDADE, a resposta está
BENEFÍCIOS serão ERRADA
concedidos e revogados

Percebemos que o legislador estava atento sobre a possibilidade de


GUERRA FISCAL entre os Municípios. Isso explica o motivo pelo qual foi
delegada à Lei Complementar estabelecer os parâmetros acima citados.
Isto proíbe (em tese) que Municípios apliquem alíquotas irrisórias para
atrairem prestadores de serviços e também que fossem criadas alíquotas
exorbitantes para o aumento de arrecadação.

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Sempre é bom lembrarmos que qualquer assunto referente à


IMUNIDADE só pode ser instituída através a CONSTITUIÇÃO FEDERAL. É
importantíssimo que as imunidades (que são limitações que a própria
Constituição cria aos entes para que não exerçam sua competência tributária)
não sejam confundidas com as ISENÇÕES (que advém do exercício da
competência tributária do ente em não tributar).
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Vou aproveitar para reforçar o seguinte tema: ter atenção às palavras


SEMPRE x NUNCA.
Exemplo: se na questão afirmar que a União NUNCA poderá instituir o
ISS (ou qualquer outro imposto ou taxa de caráter municipal) está ERRADO.
Há uma exceção: nos territórios em que NÃO HÁ divisão de municípios, a
União fica com a competência destes tributos.
Questão de ordem: hoje em dia existem terrítórios com esta situação?
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Na verdade sequer existem territórios, os mais novos talvez não lembrem mas
alguns Estados de hoje foram territórios no passado.
Independente disto, tal possibilidade existe e deve sempre estar em
mente. Como costumo dizer, temos que enxergar a questão com os “olhos da
alma” (que nos avisa da maldade da banca).
Também precisamos ter em mente:

Constribuinte PRESTADOR
do ISS DO SERVIÇO

Tipo de
lançamento HOMOLOGAÇÃO
do ISS

E o que é um lançamento por homologação? É aquele onde o próprio


sujeito passivo calcula e recolhe o valor devido para posterior verificação pela
autoridade fiscal que homologa (ou não).
Uma vez contornada a pegadinha, vamos tratar rapidamente da LC n°
157/16 que alterou a LC n° 116/03 que prevê a ALÍQUOTA MÍNIMA para o
ISS. Em regra, será de 2% (mas há exceções).
ATENÇÃO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! O limite de alíquota máxima e mínima já foi
fixado na LC 116/2003. Ou seja:

ALÍQUOTA MÍNIMA: ALÍQUOTA MÁXIMA:


Em regra, 2% (Fixada pela Fixada pela LC nº 116/2013
LC nº 157/16) (5%)

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Sendo assim, se perguntado:

RESPOSTA
O valor da ALÍQUOTA SIM, pois houve tal previsão
MÍNIMA foi fixado por LC? pela LC n º 157/2016.
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RESPOSTA
O valor da ALÍQUOTA
SIM, pela LC nº 116/03.
MÁXIMA foi fixado por LC?

OBSERVAÇÃO: Antes da LC nº 157/2016, a alíquota mínima do ISS (2%)


era prevista no Ato das Disposições Contitucionais Transitórias (ADCT).
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Nós vamos tratar melhor do assunto, inclusive sobre as exceções de


alíquota mínima.
Por fim, quando falarmos de ISS (imposto municipal) e de ICMS
(imposto estadual), devemos lembrar que:
1) É possível a cobrança de ISS e ICMS quando o serviço é prestado em
conjunto com o fornecimento de mercadoria (hipóteses de operações
mistas);
2) Não é devido ISS no transporte INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL
(são casos de ICMS); e
3) Não é devido ISS nos serviços de TELECOMUNICAÇÕES (também é caso
de ICMS).
Ou seja:

A seguir, vamos usar uma questão da Fundação Dom Cintra para


tratarmos de mais algumas características do ISS.

3. (Fundação Dom Cintra /ISS Belo Horizonte/2012) A


incidência do ISSQN depende de:
a) denominação do serviço prestado.
b) existência de estabelecimento fixo.
c) previsão legal específica do entre tributante.
d) resultado financeiro obtido no exercício da atividade.

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e) cumprimento de exigência administrativa, relativa ao exercício da


atividade, sem prejuízo das cominações cabíveis.

RESOLUÇÃO: Vamos passar letra por letra esta questão.


Letra A – Na própria LC nº 116/2013 consta que a incidência INDEPENDE da
denominação do serviço prestado. A lógica é que ninguém tentasse “disfarçar”
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o nome do serviço para não pagar imposto.


Letra B – A prestação de serviço não depende de estabelecimento fixo. E se
fosse, com certeza muitos não fixariam estabelecimento só para fugir do ISS.
Letra C – É a resposta certa. Na verdade a LC nº 116/2013 não exime os
Municípios de criarem suas leis para incidir o ISS. Também é necessária a lei
para incidência pois se trata de exigência obrigatória e, de acordo com o art.
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5º, II da Constituição, ninguém será obrigado a fazer nada senão por força da
lei.
Letra D – O Fato Gerador do ISS é a prestação do serviço e o seu resultado
financeiro em nada influencia na incidência.
Letra E – A exigência administrativa é mera obrigação acessória. A incidência,
como já frisamos, depende de lei.

Obrigação acessória é a prestação, positiva ou negativa, imposta aos


sujeitos passivos (contribuintes, responsáveis, etc.) de interesse da
fiscalização de tributos.

4- Imposto Predial e Territorial Urbana

Pela CRFB/88, é de competência do DF e municípios instituir o IPTU

A CRFB traz importantes aspectos sobre o IPTU. Interessante explicar


que o nome IPTU advem do fato de que é tributável tanto o terreno nu
(territorial) quanto o construído (predial). Ou seja, terreno sem construção
também paga IPTU.

ATENÇÃO: O IPTU é predial E territorial e não predial OU territorial.

No mais, sem dúvida alguma a parte mais importante do IPTU é da da


PROGRESSIVIDADE FISCAL E EXTRAFISCAL do imposto. O
aprofundamento dela é necessário já que as bancas costumam perguntar
sobre este tema. E o faremos, mas na aula específica do IPTU do nosso curso

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de Legislação Tributária. O que não nos impede de classificarmos estas duas


progressividades.

Progressividade em razão valor


FISCAL do IPTU venal do imóvel
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A ideia é que quem possui imóvel de maior valor (e consequentemente


maior capacidade contributiva) pague mais imposto. Há o interesse do
município de aumentar sua arrecadação.
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De acordo com o art. 156,§ 1o da CRFB /88, o IPTU

PODERÁ ser progressivo Mas não é obrigatório

PODERÁ ter alíquotas


diferentes conforme a Mas não é obrigatório
localização e o uso

Aqui a pegadinha tradicional da banca é afirmar que o IPTU SERÁ


PROGRESSIVO ou que as ALÍQUOTAS SERÃO DIFERENCIADAS. É
facultado ao município estas prerrogativas, porém não obrigatórias. Só o
estudo da legislação de cada município nos dirá se o ente adota ou não esta
progressividade.
Deveremos, portanto, ter atenção a este tema quando do estudo de
determinado edital.

em razão de solo
Progressividade
urbano com
EXTRAFISCAL do
aproveitamento
IPTU
não adequado

O interesse do município aqui é quanto à subutilização de determinado


imóvel. É o caso classico de quem compra vários terrenos sem a vontade de
construir, mas apenas com a intenção de ganhar dinheiro através da
especulação imobiliária. O município efetua a progressividade até que o

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proprietário construa (e atenda à função social da propriedade) ou venda o


imóvel.
O ISS de Angra dos Reis quis saber dos candidatos se eles estavam
atentos sobre este assunto.

4. (FGV projetos /ISS Angra dos Reis/2010) Com


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referência aos tributos de competência do Município de Angra dos Reis, é


correto afirmar que:
a. Há previsão de progressividade do IPTU, para cumprir função social.
b. prevê a incidência do ITBI sobre bens e direitos incorporados à pessoa
jurídica, em realização de capital.
c. serão observados mecanismos tributários que priorizem a questão fundiária.
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d. engloba as taxas que sejam instituídas em razão do exercício de poder de


polícia, ressalvada a imunidade da União.
e. envolve parte da arrecadação do IRRF e IRPJ das pessoas físicas e jurídicas
que estiverem domiciliadas no Município.
RESOLUÇÃO: No município de Angra dos Reis há a previsão legal para
cobrança do IPTU progressivo, razão pela qual a letra “A” é a resposta
certa.
Reforçando mais uma vez, o importante aqui é que, ao se estudar a
legislação tributária municipal de uma determinada cidade, prestemos MUITA
ATENÇÃO se há previsão legal para esta cobrança já que é permitido porém
NÃO OBRIGATÓRIO.

5- Imposto sobre transmissão Inter Vivos

Falaremos do ITBI. Como vimos no raio-x das provas de legislação


tributária, é o imposto menos exigido pelas bancas. Agora, para nós que
queremos passar em concurso público, esta informação não significa que
devemos ignorar seu estudo. Nos ajuda, claro, a dimensionarmos nossa
distribuição de horas que gastaremos com a matéria mas lembre-se de que a
vaga pode ser decidida por photo shop. Pode ser a questão que fará toda a
diferença.

Autoriza a instituição do ITBI por


Art 156,II
parte dos municípios e DF

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Basicamente o ITBI é um tributo real (incide sobre coisas) devido


quando há compra e venda de bens imóveis inter-vivos (entre vivos) a
qualquer título, por ATO ONEROSO. Ou seja:

NÃO houve valor pago (ex.


Houve valor pago: ITBI
doação, herança, etc.): ITCD
(competência municipal)
(competência estadual)
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Quando falamos de valor pago, entendemos que não necessariamente


estamos falando em MOEDA! Podemos ter a compra utilizando outros bens,
como imóveis por exemplo. Ainda sim incide ITBI.
Deve-se atenção que o constituinte definiu o ITBI para bens e imóveis
por natureza OU acessão física. É um ou outro, não precisa ser os dois para
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que haja incidência. E que quando falamos de imposto inter-vivos as pessoas


jurídicas também fazem parte.
E para qual município é devido o ITBI? Como é um imposto de bens
IMÓVEIS, fica fácil percerbemos que ele será devido na cidade onde o mesmo
está localizado.

Local onde é devido o


ITBI

Município de localização do imóvel

Uma pergunta que as bancas gostam de fazer e que devemos ter


atenção:

O ITBI é devido a transmissão de


quaisquer direitos reais de imóveis ERRADO!!!!
e cessão de direitos reais a sua
aquisição?

A própria CRFB diz que há uma excessão: OS DIREITOS REAIS


DADOS EM GARANTIA. Mais o que seriam estes direitos reais?
O Código Civil lista tais direitos como sendo o PENHOR, a ANTICRESE e
a HIPOTECA.

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PENHOR
São excluídas da
HIPÓTESE DE
HIPOTECA
INCIDÊNCIA do
ITBI
ANTICRESE
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A CRFB/88 ainda delimita aos Municípios e DF a instituicao do ITBI em


seu art. 156, §1º nos casos a seguir expostos:

1)INCORPORADOS ao patrimônio
de pessoa jurídica em realização de
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capital.

2)Decorrentes de FUSÃO,
ITBI NÃO INCIDE sobre a INCORPORAÇÃO, CISÃO OU
transmissão de bens ou EXTINÇÃO de pessoa jurídica.
direitos:
a)COMPRA E VENDA desses bens
SALVO se a e direitos
atividade
b)LOCAÇÃO de bens imóveis
preponderante da
pessoa jurídica for
c)ARRENDAMENTO MERCANTIL

E o que seria a realização de capital? É o caso de um sócio integralizar


sua cota através de um imóvel. Neste caso, podemos equiparar este imóvel ao
valor monetário para que ele entrasse na sociedade e, sendo assim, quis o
legislador que tal situação não fosse passível de incidência de ITBI.
No entanto, perceba que nas duas hipóteses de não incidência há a
possibilidade de que ocorra a cobrança do ITBI se a ATIVIDADE
PREPONDERANTE for uma das três citadas no exemplo. Mais tarde falaremos
com mais profundidade sobre o tema, inclusive com a definição sobre o que
seria “atividade preponderante”.
Tenha atenção à pegadinha: estamos falando de locação de BENS
IMÓVEIS. Ou seja, se a atividade preponderante da empresa for a de locação
de BENS MÓVEIS então não haverá ITBI nas duas situações acima
citadas já que esta atividade não estará abrangida na condição do “salvo”.

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6- Demais tributos

Em aula própria trataremos da Contribuição de Melhoria. Mas já


podemos adiantar algumas informações sobre este tributo.
Devemos perceber que só é possível a cobrança de contribuição de
melhoria de houver uma obra pública que acarrete valorização imobiliária para
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os imóveis beneficiados pela obra. Além disso, temos a previsão dos limites
individual e total da Contribuição de Melhoria do art. 81 do CTN.

Veja o resumo esquemático a seguir:

OBRA PÚBLICA
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VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

PODE SER COBRADA CONTRIBUIÇÃO DE


MELHORIA

LIMITE INDIVIDUAL LIMITE TOTAL

^ DE VALOR DO IMÓVEL DESPESA REALIZADA

Além da CIP e da Contribuição de Melhoria, os Municípios podem


instituir outra contribuição, conforme prevê o art. 149, §1º da CF. Trata-se da
Contribuição para o Custeio do Regime Próprio de Previdência dos Servidores
Municipais.
Ou seja, podemos concluir que os seguintes tributos podem ser
instituídos pelo Município de Distrito federal:

TRIBUTOS MUNICIPAIS

ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana


IMPOSTOS
ITBI – Imposto sobre Transmissão “inter vivos” de Bens Imóveis e
de Direitos Reais a eles relativos

TAXAS Taxas pelo Exercício Regular do Poder de Polícia

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Taxas pela Prestação de Serviços Públicos

CM – Contribuição de Melhoria

COSIP ou CIP - Contribuição para o Custeio do Serviço de


CONTRIBUIÇÕES Iluminação Pública
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

CRPPS - Contribuição para o Custeio do Regime Próprio de


Previdência dos Servidores Municipais.

O Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e


Gasosos (IVVC) é um extinto imposto brasileiro.
Era um imposto municipal, ou seja, somente os municípios tinham
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competência para instituí-lo (Art.156, IV, da Constituição Federal). O IVVC


estava previsto na redação original da Constituição de 1988, mas foi extinto
pela Emenda Constituicional nº 3, de 1993.
O IVVC tinha como fato gerador a venda, a varejo, de combustíveis
líquidos ou gasosos, exceto vendas de óleo diesel e gás liquefeito para uso
domiciliar.
Os contribuintes do imposto eram as pessoas físicas ou pessoas
jurídicas que vendiam combustíveis líquidos ou gasosos a varejo.
A alíquota utilizada era estabelecida pelo legislador municipal, mas não
poderia ser superior a três por cento. A base de cálculo era o preço de venda,
a varejo, dos combustíveis líquidos ou gasosos.
A função do IVVC era tipicamente fiscal. Sua finalidade era a obtenção
de recursos financeiros para os municípios.
A grande fonte de arrecadação sobre os derivados de petróleo, no
entanto, não foi deixada pelo Brasil. Além da incidência do IPI, sobre os
produtos industrializados, e do ICMS, sobre mercadoria, conceitos em que os
derivados de petróleo se encaixam, hoje se cobra ainda o CIDE (Contribuição
de Intervenção no Domínio Econômico) especificamente sobre os derivados
em petróleo.
Já sabemos o que você está pensando. Dicler e Marcelo, esse tal de
IVVC pode ser cobrado na prova?
Infelizmente a resposta é sim. Veja a questão a seguir:

5. (CONSULTEC/Ilhéus/Auditor-Fiscal/2016) Compete
ao Município instituir impostos sobre, exceto
a) propriedade de automotores que circulem na área urbana.
b) propriedade predial e territorial urbana.

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c) transmissão “intervivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens


imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre os imóveis,
salvo os de garantia, bem como por cessão de direitos à sua aquisição.
d) vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel.
e) serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do
Estado, definidos em lei complementar.
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RESOLUÇÃO:
Perceba que a questão é de 2016 e a banca citou o IVVC na alternativa
“D”. Em um primeiro momento você poderia pensar que, pelo fato do IVVC
estar extinto, os Municípios não mais podem instituí-lo.
Entretanto, perceba que na alternativa “A” a banca citou o IPVA que é
de competência estadual, sendo, portanto, o gabarito.
Gabarito: A
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Caro consurseiro e concurseira!!! Estamos encerrando nossa aula 00.


Esperamos sinceramente continuar ajudando vocês na realização deste sonho.
Sabemos que às vezes o desânimo nos persegue... tenha a certeza que isto
aconteceu com todos que tiveram aprovação em concurso. O importante é
continuar neste caminho e estarei sempre disponível para que vocês alcancem
o tão almejado sucesso. Mas antes de encerrarmos, vamos trabalhar com
algumas questões comentadas e exercícios para verificação de conhecimento.

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7- Questões Comentadas

Aqui vamos falar de questões que, embora remetam a legislação


municipal, apontam para assuntos que constam na CRFB.

6. (ESAF /ISS Rio/2010) A respeito do ITBI e de seu fato gerador, assinale


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

a opção correta.
a) É fato gerador do ITBI, de competência municipal, a transmissão, a
qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de
garantia.
b) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a transmissão, a qualquer
título, de direitos reais sobre imóveis, inclusive os direitos reais de garantia.
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c) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a transmissão, a qualquer


título, da propriedade de bens imóveis, por natureza ou por acessão física,
como definido na lei civil.
d) É fato gerador do ITBI, de competência municipal, a cessão de direito à
transmissão, a qualquer título, do domínio útil de bens imóveis, por natureza
ou por acessão física, como definidos na lei civil.
e) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a cessão de direito à
transmissão de direitos reais de garantia sobre imóveis.
RESOLUÇÃO:
Esta talvez tenha sido uma das maiores vaciladas da ESAF de todos os
tempos – sinal que o “cara” da banca, ao contrário do que pensamos, é uma
pessoa normal como nós, sujeita a erros. Na época, o gabarito dado foi a letra
“C” pois seguia a definição literal do Código Tributário Nacional (CTN), art.
35,I.
Acontece que tal artigo não foi recepcionado pela CRFB (que é posterior
ao CTN) e, à luz da nova definição, a questão foi ANULADA pois:
Letra A – Faltou a informação de ser ATO ONEROSO pois se o ato for
GRACIOSO (não sendo compra e venda) o tributo é o ITCD;
Letra B e E – A competência é MUNICIPAL e os DIREITOS REAIS DE
GARANTIAS não são tributados pelo ITBI;
Letra C – É a definição do Código Tributário Nacional (CTN) que não foi
recepcionado pela Constituição;
Letra D - Faltou a informação de ser ATO ONEROSO e o texto, do jeito que
está, segue mais a definição do CTN (que não está mais vigor) do que o da
Constituição propriamente dita.

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7. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) Assinale a alternativa


incorreta:
a) É vedado ao Município cobrar tributo em relação a fatos geradores
ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado.
b) É vedado ao Município utilizar tributo com efeito de confisco.
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c) É vedado ao Município estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou


bens, por meio de tributos intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio
pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
d) É vedado ao Município cobrar imposto antes de decorridos noventa dias da
data em que haja sido sancionada a lei que o instituiu ou aumentou.
e) É vedado ao Município instituir impostos livros, jornais, periódicos e o papel
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destinado a sua impressão.


RESOLUÇÃO: Todas as definições estão certas, exceto a letra “D” pois o
princípio da noventena leva em consideração a data da PUBLICAÇÃO da lei,
e não de quando ela foi sancionada.
Lembrando da minha dica: sublinhe as palavras chaves para que elas
fiquem em destaque. Assim suas chances de deixar passar algum detalhe
serão reduzidas.

8. (FGV Projetos /ISS Recife/2014 - adaptada) Em relação às limitações


da competência tributária do Município, analise as afirmativas a seguir.
I. A imunidade tributária dependerá de reconhecimento prévio do órgão
competente.
II. Incide Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana – IPTU sobre os
imóveis de igrejas utilizados para fins religiosos.
III. O Município deverá cobrar Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza –
ISS sobre os serviços prestados por autarquias, vinculados a suas finalidades
essenciais.
IV. Ao Município é vedado instituir impostos sobre livros.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se somente a afirmativa IV estiver correta.
RESOLUÇÃO: Letra C. Vejamos cada afirmativa:

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Item I – Correto pois para a aplicação da imunidade o Município deverá


verificar se o sujeito passivo cumpre os requisitos para seu reconhecimento.
Não basta apenas, por exemplo, a igreja não pagar o IPTU.
Item II – É imune de IPTU o imóvel para fins religiosos. Afirmativa errada;
Item III – É justamente a definição que veda a cobrança de impostos de
autarquias. No caso, o ISS não é devido. Afirmativa errada; e
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Item IV – Trata-se de imunidade tributária. Afirmativa correta.

9. (FUNCAB /ISS Salvador/2014) Em 2013, uma autarquia estadual


prestadora de serviços públicos, localizada em imóvel da sua propriedade,
recebeu notificação de cobrança amigável do Município de Salvador para
pagamento de IPTU e TRSD, respectivamente aos anos de 2010 e 2013. Em
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processo administrativo, a autarquia estadual alega que a cobrança é


indevida, pois goza de imunidade recíproca. Este entendimento não foi
acatado totalmente pelo Município, que reconheceu a imunidade somente ao
IPTU após a verificação dos requisitos constitucionais e legais. Marque a
alternativa que justifica o entendimento do Município.
a) Procede a alegação da autarquia estadual quanto ao IPTU, pois goza de
imunidade recíproca, mas não procede quanto à TRSD, eis que a imunidade é
para impostos, não abrangendo taxas.
b) A autarquia estadual tem que fazer prova de que, ao tempo do fato
gerador, ela já preenchia os pressupostos para gozar do benefício da
imunidade; só após ser declarada a imunidade a entidade estadual terá direito
à restituição total ou parcial do tributo que pagou, inclusive da TRSD.
c) Procede a alegação quanto ao IPTU, pois a autarquia estadual goza de
imunidade recíproca, eis que isenção e imunidade são autoaplicáveis aos entes
públicos.
d) Procede a alegação da autarquia estadual, pois goza de imunidade
recíproca sobre tributos, nos termos da Constituição Federal, mas compete ao
Município declarar a imunidade seletiva, eis que a imunidade é discricionária
para alguns tributos.
e) As condições constitucionais e os requisitos estabelecidos em lei
complementar para o gozo do benefício da imunidade serão verificados pela
fiscalização municipal. O pedido de reconhecimento da imunidade é de
iniciativa do interessado, que declarará o preenchimento dos requisitos legais,
que abrangerá as taxas e as obrigações acessórias.
RESOLUÇÃO: A Imunidade dada à autarquia só alcança os IMPOSTOS. Logo,
as taxas são sim devidas, o que faz com que o gabarito sela a letra “A”.

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10. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2017) São imunes ao ISS e


IPTU:
a) o sindicato dos empregadores do município de Distrito federal.
b) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo
obras musicais de qualquer artista.
c) instituição de assistência social com fim lucrativo.
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d) os papéis utilizados por jornal de esportes.


e) templo de qualquer culto, independente de sua finalidade.
RESOLUÇÃO: Vamos relembrar o item 6 que estudamos sobre o que os
Municípios não podem fazer em termos de Direito Tributário.
a) Os sindicatos de EMPREGADORES são imunes de impostos? Não, esta
imunidade alcança o sindicato dos EMPREGADOS. Resposta errada.
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b) Os fonogramas e videogramas que gozam desta imunidade devem ser


produzidos por artistas BRASILEIROS, apenas. Resposta errada.

c) A instituição de assistência social pode ter imunidade de impostos,


desde que seja SEM FINS LUCRATIVOS. Resposta errada.

d) Pode parecer estranho, mas os papéis de jornais esportivos (ou de


qualquer jornal) possuem imunidade de impostos. Resposta certa.

e) Para o TEMPLO RELIGIOSO somente pode aproveitar a imunidade em


questão no que tange suas FINALIDADES ESSENCIAIS. Resposta
errada.

11. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) O ITBI não é devido na


transmissão onerosa inter-vivos do seguinte direito real:
a) concessão de uso especial para fins de moradia.
b) direito do promitente comprador do imóvel.
c) hipoteca.
d) concessão de direito real de uso.
e) usufruto.
RESOLUÇÃO: É importante sempre termos em mente as duas situações de
transmissão onerosa de direito real inter-vivos não passíveis de tributação de
ITBI.

São excluídas da HIPOTECA


HIPÓTESE DE
INCIDÊNCIA do
ITBI ANTICRESE

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Sendo assim, a resposta certa é a letra “C”.

12. (ESAF /ISS Rio/2010) Os impostos do município do Rio de Janeiro não


incidem sobre, exceto:
a) o patrimônio da União.
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b) o patrimônio de empresa pública federal.


c) o patrimônio do estado do Rio de Janeiro.
d) o patrimônio de autarquia federal.
e) o patrimônio do Distrito Federal situado no município do Rio de Janeiro.
RESOLUÇÃO: Ainda sobre a parte das imunidades tributárias, existe a famosa
IMUNIDADE RECÍPROCA conforme o texto previsto no art. 15º, VI na
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Constituição Federal:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. É


também extensivo às FUNDAÇÕES e AUTARQUIAS
instituídas e mantidas pelo Poder Público desde
que vinculados às suas finalidades essenciais ou
delas decorrentes.

De cara, descartamos as letras “A”, “C” e “E” pela vedação de


tributação de impostos dos entes, uns dos outros. Aliás, na letra “E” a
banca tenta confundir o candidato informado que o patrimônio pertencente ao
Distrito Federal está situado no Rio de Janeiro. Tal informação não faz a menor
diferença para a caracterização da imunidade recíproca.
A autarquia federal está imune pois tal benefício é estendido a ela
desde que instituídas e mantidas pelo poder público e vinculados às suas
finalidades essenciais ou delas decorrentes. Em que pese nada ter sido dito
quanto à finalidade da autarquia (o que poderia tornar a opção errada) nós
vamos ver que a próxima opção está flagrantemente errada.
Pela ausência de previsão legal, a EMPRESA PÚBLICA federal não goza
de imunidade. Como a pergunta é sobre a resposta incorreta, a opção a ser
marcada é a letra “B”.

13. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) A condição de


responsável pelo recolhimento do ISS pode ser imputada a um determinado
sujeito passivo através de:
a) Decreto do Prefeito.
b) Lei.
c) Resolução.
d) Portaria.

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e) auto de infração.
RESOLUÇÃO: O dispositivo constitucional que trata desta questão diz que:

8) A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a


condição de responsável pelo pagamento de impostos ou contribuição,
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador
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presumido.

Quando a palavra “lei” vem solta, sem complemento, siginifica que a


matéria é regida por LEI ORDINÁRIA. Analisando as respostas podemos
afirmar que o gabarito é a letra B”.
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14. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) Todos os benefícios


abaixo listados dependem de lei específica para serem concedidos, com
exceção:
a) Imunidade.
b) Redução da Base de Cálculo.
c) Anistia.
d) Concessão de crédito presumido.
e) Remissão.
RESOLUÇÃO: Mais uma vez seremos salvos pela Constituição Federal. Isto
porque é ela quem trata deste assunto, como podemos ver:

7) Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo,


concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativas a
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante
lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente
as matérias acima e numeradas ou o correspondente tributo ou
contribuição.

Além do mais, a IMUNIDADE quem dá é a CONSTITUIÇÃO, e não


uma LEI ESPECÍFICA. Ou seja, para acertar a questão tem que cravar a
letra “A”.

15. (FGV projetos /ISS Cuiabá/2014) Por meio de decreto, o Prefeito do


Município de Cuiabá atualiza o valor monetário da base de cálculo do Imposto
sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), ajustando-o ao valor
de mercado dos imóveis, sem ultrapassar a inflação acumulada desde o último
reajuste. O Decreto prevê que os novos valores serão observados a partir da
data de sua publicação.

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Tal mudança é
a) inconstitucional, por violar o princípio da irretroatividade, apenas.
b) inconstitucional, por violar o princípio da legalidade, apenas.
c) inconstitucional, por violar os princípios da legalidade e da irretroatividade.
d) legítima, pois a atualização do valor monetário da base de cálculo não
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constitui majoração de tributo.


e) legítima, pois a majoração do IPTU pode ser promovida por decreto.
RESOLUÇÃO: A banca aqui quis nos confundir usando os conhecimentos de
ANTERIORIDADE e NOVENTENA. Contudo, no enunciado ele diz que se
trata de mera atualização do valor monetário da base de cálculo.
O CTN, no seu art. 97 diz que:
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Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:

II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos


artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso


II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de
cálculo.

Ou seja, o próprio Código Tributário Nacional permite a majoração da


Base de Cálculo ocorra sem a necessidade de ser realizada por lei.
Vamos explicar graficamente que a atualização do valor monetário
não importa em MAJORAÇÃO DO TRIBUTO, mas sim mera CORREÇÃO do
valor que foi “corroído” pela inflação:

Inflação medida
no ano = 10%

X =
Valor Monetário Valor Monetário da
da Base de Base de Cálculo do
Cálculo do IPTU IPTU corrigido =
= R$100.000,00 R$110.000,00

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Diante desta explicação, deduzimos que a resposta correta é a letra “D”.

16. (Fundação Don Cintra /ISS Belo Horizonte/2012) A imunidade


recíproca está caracterizada na seguinte alternativa:
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a) abrange os templos de qualquer culto quanto ao prédio onde se pratica o


culto, não se estendendo aos seus anexos, sob pena de configurar espécie de
subvenção vedada pela Constituição da República.
b) absorve a isenção, que constitui limitação fiscal decorrente da falta de
definição do fato gerador, podendo ter por fundamento razões de conveniência
ou justiça e por origem o direito positivo.
c) alcança o benefício fiscal dado pela Constituição da República aos jornais,
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embora constitua, na verdade, privilégio odioso, porquanto não se funda na


garantia da liberdade de expressão.
d) protege o patrimônio, a renda e os serviços da União, dos Estados e dos
Municípios, sendo extensiva às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público.
e) não abrange as taxas, podendo, contudo, o ente tributante estipular, em
legislação específica, benefício fiscal aos demais entes políticos na hipótese de
reciprocidade de tratamento.
RESOLUÇÃO: Podemos perceber que as bancas gostam do tema Imunidade
Recíproca. E já que é assim, vamos mais uma vez reforçar o assunto:

b) templos de qualquer culto, somente quanto as


finalidades essenciais

Veja que o legislador não fala sobre anexos e sim sobre as finalidades
essenciais. Não há nada relacionado a “prédio principal” ou “anexo” já que o
que importa é qual a aplicação. Só a informação de que se trata de prédio
anexo não é suficiente para o afastamento da imunidade, o que descarta a
letra “A”.
Quanto à letra “B”, imunidade absorvendo isenção? Não faz o menor
sentido já que são conceitos inteiramente diferentes, como vemos no Direito
Tributário. Letra “B” fora.
Na letra “C” a banca põe um juízo de valor sobre os jornais que não
convém já que a imunidade é OBJETIVA (ou seja, é dada aos jornais que
cumpram os requisitos constantes em Lei).
A letra “D” quase vai ao encontro do disposto na Constituição:

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a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. É


também extensivo às FUNDAÇÕES e AUTARQUIAS
instituídas e mantidas pelo Poder Público desde
que vinculados às suas finalidades essenciais ou
delas decorrentes.

Faltou, contudo, o enunciado falar se a finalidade do patrimônio, renda


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ou serviço estava VINCULADA às essenciais. Portanto, resposta errada.


Diante das afirmativas, chegamos as seguintes conclusões:
A definição da letra “E” está perfeita já que a imunidade diz respeito
apenas aos impostos (e não sobre as taxas) e que benefícios recíprocos
podem ser concedidos.
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17. (Fundação Don Cintra /ISS Belo Horizonte/2012) O Estado de Minas


Gerais institui programa por meio do qual pretende estimular os municípios
mineiros a proceder à correta disposição dos resíduos sólidos urbanos. Para
tanto, celebra convênio, ao qual devem aderir os municípios, por intermédio
do qual será concedida verba de fundo estadual específico para o meio
ambiente, desde que o ente municipal aderente passe a destinar os resíduos
sólidos a aterro sanitário regularmente instalado e institua, no prazo de até
cinco anos, taxa que objetive o custeio do serviço. A taxa assim instituída tem
a seguinte característica:
a) depende de previsão legal.
b) distingue taxa e preço público.
c) incide sobre serviço público essencial.
d) configura os requisitos da utilização efetiva, especificidade e divisibilidade
da prestação.
e) atrela o repasse de verba de fundo estadual destinado ao meio ambiente à
instituição de tributos por parte do ente municipal.

RESOLUÇÃO: O ente deve buscar sempre a previsão legal para instituição de


impostos, taxas e contribuição de melhoria.

Impostos

Art 145.
que não podem ter
Competência dos Taxas base de cálculo
Municípios e DF própria de imposto
para instituir

Contribuição de decorrentes de
melhoria obras públicas

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Como o enunciado diz, a verba será concedida desde que Município


“institua, no prazo de até cinco anos, taxa que objetive o custeio do serviço”.
Se a condicionante é a instituição da taxa, o Município deverá fazê-lo
por lei para se enquadrar no programa. Resposta certa letra ”A”.
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18. (ESAF /ISS Fortaleza/2003) Considerando as disposições relativas ao


imposto, de competência do Município, sobre a transmissão de bens e direitos
(ITBI), entre as proposições abaixo, indique a incorreta.
a) Na cessão de direito relativo à hipoteca sobre imóvel, o imposto é calculado
sobre o valor do crédito hipotecário transferido, sendo contribuinte o
adquirente.
b) Constitui fato gerador do imposto a cessão de direitos relativos à promessa
de compra e venda de imóvel.
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c) A procuração em causa própria para a transferência de imóveis constitui


fato gerador do imposto.
d) Na concretização do negócio objeto da promessa de compra e venda com o
promitente comprador não haverá nova incidência do imposto.
e) É isenta a transmissão de imóvel de qualquer valor, adquirido, para
moradia própria, por servidor municipal que não possua outro imóvel no
Município.
RESOLUÇÃO: A afirmativa incorreta é a letra “A”. Isto porque a hipoteca é
um direito real em garantia e não pode ser tributado pelo ITBI por ter excluída
a sua incidência.

HIPOTECA
São excluídas da
HIPÓTESE DE
PENHOR
INCIDÊNCIA do
ITBI
ANTICRESE

Vale ressaltarmos que em Fortaleza havia a isenção prevista na letra “E” e que
a tornava correta, para alegria dos servidores de lá...

19. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) O IPTU é um tributo


tipicamente municipal tanto quanto na sua instituição quanto na sua
arrecadação. Contudo, não se pode afirmar ao seu respeito que:
a) De acordo com a Constituição Federal ele deverá ser progressivo em razão
do valor do imóvel e ter alíquotas diferentes de acordo com sua localização.
b) Ele é devido tanto no caso de terreno nu quanto de terreno com imóvel
construído.
c) Pode prever isenção de acordo com a localização do imóvel mediante Lei do
Município.

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d) Não é passível de lançado em face de imóvel pertencente à União.


e) Não pode ser lançado em face de entidades sindicais dos trabalhadores.
RESOLUÇÃO: Fiz esta questão pois a parte de progressividade do IPTU é um
conceito importantíssimo de fixarmos na memória. Vale muito relembrarmos:
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De acordo com o art. 156,§ 1o da CRFB /88, o IPTU


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PODERÁ ser progressivo Mas não é obrigatório

PODERÁ ter alíquotas


diferentes conforme a Mas não é obrigatório
localização e o uso

A letra “A” está incorreta pois é taxativa quanto a pretensa


obrigatoriedade da progressividade do IPTU e da fixação de alíquotas
diferentes. Contudo, cabe ao Município decidir se irá ou não implementar a
progressividade. A possibilidade existe, a obrigatoriedade, não.
No mais, é importante prestarmos atenção nas demais opções uma vez
que se tratam de conceitos corretos sobre o assunto.

20. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) O ISS é um imposto de


competência municipal. Sobre este tributo há de se afirmar que:
a) A Lei Complementar nº 116/2003 regula formas e condições de como
imunidades, isenções, incentivos e benefícios serão concedidos e revogados.
b) É devido nos serviços de transportes intermunicipais.
c) Tem a sua alíquota máxima prevista na Lei Complementar nº 116/2003 de
5%.
d) O serviço de telecomunicações é passível de tributação do ISS se for
inteiramente prestado no respectivo Município.
e) Possui a sua alíquota mínima prevista nos Atos das Disposições
Constitucionais Transitórias de 2%, sem exceções.
RESOLUÇÃO: Vamos analisar cada opção?

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Letra “A” – o erro aqui é que a imunidade não é afetada por Lei
Complementar, e sim tão somente pela CRFB/88;
Letra “B” – O ISS é devido apenas para os serviços de transportes
municipais;
Letra “C” – Resposta correta;
Letra “D” – O serviço de telecomunicações SEMPRE é devido ao Estado
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independente de onde for prestado sendo passível de tributação, portando, de


ICMS; e
Letra “E” – Existem exceções a esta alíquota mínima que serão analisadas no
estudo do ISS. Ademais agora a alíquota mínima está na Lei Complementar e
não mais na ADCT.
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21. (FGV Projetos /ISS Recife/2014) Segundo divisão de competências,


os Municípios podem instituir o Imposto sobre Transmissão “inter-vivos” de
Bens Imóveis – ITBI e de direitos a eles relativos. As opções a seguir
apresentam hipóteses de incidência do ITBI, à exceção de uma. Assinale-a.
a) A compra e venda pura de um imóvel.
b) A transmissão, por qualquer ato judicial ou extrajudicial, de bens imóveis.
c) A permutação ou dação em pagamento de imóvel.
d) A diferença entre o valor da quota-parte material de um imóvel recebido
por um ou mais condôminos, na divisão para extinção de condomínio, e o
valor de sua quota-parte ideal.
e) O compromisso de compra e venda de bens imóveis, com cláusula de
arrependimento.

RESOLUÇÃO: Deixei esta pergunta por último de propósito. Em que pese a


solução seguir certa lógica, o interessante aqui é que a resposta é tirada do
Código Civil!!!!
O ITBI é devido não apenas na TRANSFERÊNCIA DA TITULARIDADE,
mas também na transferência de direitos reais (exceto os de garantia). E é aí
que entra o Código Civil:

Art. 1.417. Mediante PROMESSA DE COMPRA E VENDA, em que se


não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público
ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis,
adquire o promitente comprador direito real à aquisição do
imóvel.

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O que valida a letra “E” como o gabarito da questão é a existência da


cláusula de arrependimento. Mas se você não souber deste dispositivo do
Código Civil? Bom, podemos analisar o sentido das assertivas.
Se há cláusula de arrependimento significa que a transação ainda
permite reversão. Não podemos falar de transferência de direito real se não
houve o aperfeiçoamento da transação. Pode-se voltar atrás. Por isso não
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cabe o ITBI.
Sobre as outras afirmações:
Letra “A” – A compra e venda pura é um caso de incidência do ITBI;
Letra “B” – Não importa ao ITBI se a transmissão é judicial ou extrajudicial.
Havendo transmissão, é passível de aplicação do ITBI;
Letra “C” – Permuta e dação são modalidades de pagamento. Embora não seja
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em “moeda” propriamente dita, envolve valores econômicos e, portanto, não


excluem a incidência de ITBI;
Letra “D” – A quota-parte ideal segue o mesmo raciocínio do último item:
possui valor monetário (como se moeda fosse...) e, portanto, também não
exclui o ITBI.

22. (FGV Projetos /ISS Cuiabá/2016) Em 10 de dezembro de 2015, o


Município de Cuiabá instituiu, por meio de lei, contribuição para o custeio de
iluminação pública. Em 10 de janeiro de 2016, o Partido Político X, com sede
no Município de Cuiabá, recebeu a cobrança da referida contribuição por meio
da fatura de consumo de energia elétrica. Sobre a hipótese apresentada,
assinale a afirmativa correta.
(A) A cobrança é inconstitucional, pois os partidos políticos são imunes aos
tributos incidentes sobre o seu patrimônio.
(B) A cobrança é inconstitucional, pois apenas a União é competente para a
instituição de contribuições.
(C) A cobrança é inconstitucional, pois viola o princípio da anterioridade
nonagesimal.
(D) A cobrança é ilegal, uma vez que o lançamento é ato privativo da
autoridade administrativa.
(E) A contribuição é constitucional, estando de acordo com as limitações ao
poder de tributar.
RESOLUÇÃO: Letra “C”.
Vamos dar uma olhada nos princípios a que se sujeita a noventena:

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PRINCÍPIOS
COSIP (ou CIP)

ANTERIORIDADE LEGALIDADE NOVENTENA


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Daí o erro estar na letra “C”.


Devemos ter atenção que a imunidade dos partidos políticos diz respeito
apenas aos impostos (não sendo estendido às contribuições) o que invalida
a letra A.
A letra B está errada pois a COSIP tem a sua instituição de competência
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municipal.
A letra D tampouco está correta já que existe a previsão de cobrança
junto com a cobrança da fatura de energia elétrica.
Por fim, há erro na letra E por conta da inconstitucionalidade já
mencionada na afirmativa C.

Agora vamos revisar tudo o que aprendemos através da resolução de


nossa Lista de Exercícios. Lembre-se de que todo esforço neste momento é
válido para que seus sonhos se concretizem.
Gostaria que fosse possível transmitir parte do meu sentimento de
alegria que tive quando vi meu nome na lista de aprovados. Mas já que não
posso fazê-lo, espero que logo chegue a sua hora de experimentar esta
sensação.
E até a próxima aula...

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8- Lista de exercícios

1. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) Dois Municípios tributam


determinado contribuinte através do ISSQN sobre um mesmo serviço
prestado. O diploma legal que irá versar sobre conflitos de competência para a
solução desta situação deverá ser um(a)/a:
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a) Decreto do Poder Executivo


b) Lei Complementar
c) Lei Ordinária
d) Medida Provisória
e) Constituição Federal
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2. (FGV Projetos /ISS Recife/2014) A competência legislativa do Município


em matéria tributária é assegurada na Constituição da República Federativa do
Brasil. Nesse sentido, de acordo com o estabelecido na Constituição Federal e
disciplinado pelo Código Tributário do Município do Recife, certos tributos são
de competência municipal, exceto:
a) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU.
b) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.
c) Imposto sobre a Transmissão Onerosa “inter-vivos” de Bens Imóveis e de
Direitos a eles relativos – ITBI.
d) Contribuição de Melhoria, decorrente de obras públicas.
e) Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS.

3. (Fundação Dom Cintra /ISS Belo Horizonte/2012) A incidência do


ISSQN depende de:
a) denominação do serviço prestado.
b) existência de estabelecimento fixo.
c) previsão legal específica do entre tributante.
d) resultado financeiro obtido no exercício da atividade.
e) cumprimento de exigência administrativa, relativa ao exercício da
atividade, sem prejuízo das cominações cabíveis.

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4. (FGV projetos /ISS Angra dos Reis/2010) Com referência aos tributos
de competência do Município de Angra dos Reis, é correto afirmar que:
b. Há previsão de progressividade do IPTU, para cumprir função social.
b. prevê a incidência do ITBI sobre bens e direitos incorporados à pessoa
jurídica, em realização de capital.
c. serão observados mecanismos tributários que priorizem a questão fundiária.
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d. engloba as taxas que sejam instituídas em razão do exercício de poder de


polícia, ressalvada a imunidade da União.
e. envolve parte da arrecadação do IRRF e IRPJ das pessoas físicas e jurídicas
que estiverem domiciliadas no Município.

5. (CONSULTEC/Ilhéus/Auditor-Fiscal/2016) Compete ao Município


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instituir impostos sobre, exceto


a) propriedade de automotores que circulem na área urbana.
b) propriedade predial e territorial urbana.
c) transmissão “intervivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre os imóveis,
salvo os de garantia, bem como por cessão de direitos à sua aquisição.
d) vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel.
e) serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do
Estado, definidos em lei complementar.

6. (ESAF /ISS Rio/2010) A respeito do ITBI e de seu fato gerador, assinale


a opção correta.
a) É fato gerador do ITBI, de competência municipal, a transmissão, a
qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de
garantia.
b) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a transmissão, a qualquer
título, de direitos reais sobre imóveis, inclusive os direitos reais de garantia.
c) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a transmissão, a qualquer
título, da propriedade de bens imóveis, por natureza ou por acessão física,
como definido na lei civil.
d) É fato gerador do ITBI, de competência municipal, a cessão de direito à
transmissão, a qualquer título, do domínio útil de bens imóveis, por natureza
ou por acessão física, como definidos na lei civil.
e) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a cessão de direito à
transmissão de direitos reais de garantia sobre imóveis.

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7. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) Assinale a alternativa


incorreta:
a) É vedado ao Município cobrar tributo em relação a fatos geradores
ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado.
b) É vedado ao Município utilizar tributo com efeito de confisco.
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c) É vedado ao Município estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou


bens, por meio de tributos intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio
pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
d) É vedado ao Município cobrar imposto antes de decorridos noventa dias da
data em que haja sido sancionada a lei que o instituiu ou aumentou.
e) É vedado ao Município instituir impostos livros, jornais, periódicos e o papel
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destinado a sua impressão.

8. (FGV Projetos /ISS Recife/2014 - adaptada) Em relação às limitações


da competência tributária do Município, analise as afirmativas a seguir.
I. A imunidade tributária dependerá de reconhecimento prévio do órgão
competente.
II. Incide Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana – IPTU sobre os
imóveis de igrejas utilizados para fins religiosos.
III. O Município deverá cobrar Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza –
ISS sobre os serviços prestados por autarquias, vinculados a suas finalidades
essenciais.
IV. Ao Município é vedado instituir impostos sobre livros.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se somente a afirmativa IV estiver correta.

9. (FUNCAB /ISS Salvador/2014) Em 2013, uma autarquia estadual


prestadora de serviços públicos, localizada em imóvel da sua propriedade,
recebeu notificação de cobrança amigável do Município de Salvador para
pagamento de IPTU e TRSD, respectivamente aos anos de 2010 e 2013. Em
processo administrativo, a autarquia estadual alega que a cobrança é
indevida, pois goza de imunidade recíproca. Este entendimento não foi
acatado totalmente pelo Município, que reconheceu a imunidade somente ao

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IPTU após a verificação dos requisitos constitucionais e legais. Marque a


alternativa que justifica o entendimento do Município.
a) Procede a alegação da autarquia estadual quanto ao IPTU, pois goza de
imunidade recíproca, mas não procede quanto à TRSD, eis que a imunidade é
para impostos, não abrangendo taxas.
b) A autarquia estadual tem que fazer prova de que, ao tempo do fato
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gerador, ela já preenchia os pressupostos para gozar do benefício da


imunidade; só após ser declarada a imunidade a entidade estadual terá direito
à restituição total ou parcial do tributo que pagou, inclusive da TRSD.
c) Procede a alegação quanto ao IPTU, pois a autarquia estadual goza de
imunidade recíproca, eis que isenção e imunidade são autoaplicáveis aos entes
públicos.
d) Procede a alegação da autarquia estadual, pois goza de imunidade
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recíproca sobre tributos, nos termos da Constituição Federal, mas compete ao


Município declarar a imunidade seletiva, eis que a imunidade é discricionária
para alguns tributos.
e) As condições constitucionais e os requisitos estabelecidos em lei
complementar para o gozo do benefício da imunidade serão verificados pela
fiscalização municipal. O pedido de reconhecimento da imunidade é de
iniciativa do interessado, que declarará o preenchimento dos requisitos legais,
que abrangerá as taxas e as obrigações acessórias.

10. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2017) São imunes ao ISS e


IPTU:
a) o sindicato dos empregadores do município de Distrito federal.
b) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo
obras musicais de qualquer artista.
c) instituição de assistência social com fim lucrativo.
d) os papéis utilizados por jornal de esportes.
e) templo de qualquer culto, independente de sua finalidade.

11. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) O ITBI não é devido na


transmissão onerosa inter-vivos do seguinte direito real:
a) concessão de uso especial para fins de moradia.
b) direito do promitente comprador do imóvel.
c) hipoteca.
d) concessão de direito real de uso.
e) usufruto.

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12. (ESAF /ISS Rio/2010) Os impostos do município do Rio de Janeiro não


incidem sobre, exceto:
a) o patrimônio da União.
b) o patrimônio de empresa pública federal.
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c) o patrimônio do estado do Rio de Janeiro.


d) o patrimônio de autarquia federal.
e) o patrimônio do Distrito Federal situado no município do Rio de Janeiro.

13. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) A condição de


responsável pelo recolhimento do ISS pode ser imputada a um determinado
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sujeito passivo através de:


a) Decreto do Prefeito.
b) Lei.
c) Resolução.
d) Portaria.
e) auto de infração.

14. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) Todos os benefícios


abaixo listados dependem de lei específica para serem concedidos, com
exceção:
a) Imunidade.
b) Redução da Base de Cálculo.
c) Anistia.
d) Concessão de crédito presumido.
e) Remissão.

15. (FGV projetos /ISS Cuiabá/2014) Por meio de decreto, o Prefeito do


Município de Cuiabá atualiza o valor monetário da base de cálculo do Imposto
sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), ajustando-o ao valor
de mercado dos imóveis, sem ultrapassar a inflação acumulada desde o último
reajuste. O Decreto prevê que os novos valores serão observados a partir da
data de sua publicação.
Tal mudança é
a) inconstitucional, por violar o princípio da irretroatividade, apenas.

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b) inconstitucional, por violar o princípio da legalidade, apenas.


c) inconstitucional, por violar os princípios da legalidade e da irretroatividade.
d) legítima, pois a atualização do valor monetário da base de cálculo não
constitui majoração de tributo.
e) legítima, pois a majoração do IPTU pode ser promovida por decreto.
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16. (Fundação Don Cintra /ISS Belo Horizonte/2012) A imunidade


recíproca está caracterizada na seguinte alternativa:
a) abrange os templos de qualquer culto quanto ao prédio onde se pratica o
culto, não se estendendo aos seus anexos, sob pena de configurar espécie de
subvenção vedada pela Constituição da República.
b) absorve a isenção, que constitui limitação fiscal decorrente da falta de
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definição do fato gerador, podendo ter por fundamento razões de conveniência


ou justiça e por origem o direito positivo.
c) alcança o benefício fiscal dado pela Constituição da República aos jornais,
embora constitua, na verdade, privilégio odioso, porquanto não se funda na
garantia da liberdade de expressão.
d) protege o patrimônio, a renda e os serviços da União, dos Estados e dos
Municípios, sendo extensiva às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público.
e) não abrange as taxas, podendo, contudo, o ente tributante estipular, em
legislação específica, benefício fiscal aos demais entes políticos na hipótese de
reciprocidade de tratamento.

17. (Fundação Don Cintra /ISS Belo Horizonte/2012) O Estado de Minas


Gerais institui programa por meio do qual pretende estimular os municípios
mineiros a proceder à correta disposição dos resíduos sólidos urbanos. Para
tanto, celebra convênio, ao qual devem aderir os municípios, por intermédio
do qual será concedida verba de fundo estadual específico para o meio
ambiente, desde que o ente municipal aderente passe a destinar os resíduos
sólidos a aterro sanitário regularmente instalado e institua, no prazo de até
cinco anos, taxa que objetive o custeio do serviço. A taxa assim instituída tem
a seguinte característica:
a) depende de previsão legal.
b) distingue taxa e preço público.
c) incide sobre serviço público essencial.
d) configura os requisitos da utilização efetiva, especificidade e divisibilidade
da prestação.

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e) atrela o repasse de verba de fundo estadual destinado ao meio ambiente à


instituição de tributos por parte do ente municipal.

18. (ESAF /ISS Fortaleza/2003) Considerando as disposições relativas ao


imposto, de competência do Município, sobre a transmissão de bens e direitos
(ITBI), entre as proposições abaixo, indique a incorreta.
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a) Na cessão de direito relativo à hipoteca sobre imóvel, o imposto é calculado


sobre o valor do crédito hipotecário transferido, sendo contribuinte o
adquirente.
b) Constitui fato gerador do imposto a cessão de direitos relativos à promessa
de compra e venda de imóvel.
c) A procuração em causa própria para a transferência de imóveis constitui
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fato gerador do imposto.


d) Na concretização do negócio objeto da promessa de compra e venda com o
promitente comprador não haverá nova incidência do imposto.
e) É isenta a transmissão de imóvel de qualquer valor, adquirido, para
moradia própria, por servidor municipal que não possua outro imóvel no
Município.

19. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) O IPTU é um tributo


tipicamente municipal tanto quanto na sua instituição quanto na sua
arrecadação. Contudo, não se pode afirmar ao seu respeito que:
a) De acordo com a Constituição Federal ele deverá ser progressivo em razão
do valor do imóvel e ter alíquotas diferentes de acordo com sua localização.
b) Ele é devido tanto no caso de terreno nu quanto de terreno com imóvel
construído.
c) Pode prever isenção de acordo com a localização do imóvel mediante Lei do
Município.
d) Não é passível de lançado em face de imóvel pertencente à União.
e) Não pode ser lançado em face de entidades sindicais dos trabalhadores.

20. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) O ISS é um imposto de


competência municipal. Sobre este tributo há de se afirmar que:
a) A Lei Complementar nº 116/2003 regula formas e condições de como
imunidades, isenções, incentivos e benefícios serão concedidos e revogados.
b) É devido nos serviços de transportes intermunicipais.
c) Tem a sua alíquota máxima prevista na Lei Complementar nº 116/2003 de
5%.

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d) O serviço de telecomunicações é passível de tributação do ISS se for


inteiramente prestado no respectivo Município.
e) Possui a sua alíquota mínima prevista nos Atos das Disposições
Constitucionais Transitórias de 2%, sem exceções.

21. (FGV Projetos /ISS Recife/2014) Segundo divisão de competências,


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os Municípios podem instituir o Imposto sobre Transmissão “inter-vivos” de


Bens Imóveis – ITBI e de direitos a eles relativos. As opções a seguir
apresentam hipóteses de incidência do ITBI, à exceção de uma. Assinale-a.
a) A compra e venda pura de um imóvel.
b) A transmissão, por qualquer ato judicial ou extrajudicial, de bens imóveis.
c) A permutação ou dação em pagamento de imóvel.
Cópia registrada para Jefferson Fernandes (CPF: 332.370.208-50)

d) A diferença entre o valor da quota-parte material de um imóvel recebido


por um ou mais condôminos, na divisão para extinção de condomínio, e o
valor de sua quota-parte ideal.
e) O compromisso de compra e venda de bens imóveis, com cláusula de
arrependimento.

22. (FGV Projetos /ISS Cuiabá/2016) Em 10 de dezembro de 2015, o


Município de Cuiabá instituiu, por meio de lei, contribuição para o custeio de
iluminação pública. Em 10 de janeiro de 2016, o Partido Político X, com sede
no Município de Cuiabá, recebeu a cobrança da referida contribuição por meio
da fatura de consumo de energia elétrica. Sobre a hipótese apresentada,
assinale a afirmativa correta.
(A) A cobrança é inconstitucional, pois os partidos políticos são imunes aos
tributos incidentes sobre o seu patrimônio.
(B) A cobrança é inconstitucional, pois apenas a União é competente para a
instituição de contribuições.
(C) A cobrança é inconstitucional, pois viola o princípio da anterioridade
nonagesimal.
(D) A cobrança é ilegal, uma vez que o lançamento é ato privativo da
autoridade administrativa.
(E) A contribuição é constitucional, estando de acordo com as limitações ao
poder de tributar.

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9- Gabarito

1 B 6 NULA 11 C 16 E 21 E
2 E 7 D 12 B 17 A 22 C
3 C 8 C 13 B 18 A
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4 A 9 A 14 A 19 A
5 A 10 D 15 D 20 C
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9- Material Bibliográfico

Constituição da República Federatia do Brasil, de 05 de outubro de 1988.


Presidência da República –
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
Lei Federal nº 5.172, de 25 de outubro de 1966(Código Tributário Nacional).
Presidência da República –
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5172.htm
Lei Complemantar Federal nº116, de 31 de julho de 2003. Presidência da
República - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp116.htm
FERREIRA, Ricardo J. Manual do ISS e Lista Comentada de Serviços. Ed.
Ferreira, 2006
ALEXANDRE, Ricardo, Direito Tributário Esquematizado, 9º edição. Ed. Método,
2015

Profs. Marcelo Braga e Dicler 53 de 53


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