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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido Luiz Inácio da Silva e mais conhecido

como Lula GCTE • GColL (Caetés, 27 de outubro de 1945), é um político, ex-sindicalista e


ex-metalúrgico brasileiro, principal fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) e o
35º presidente do Brasil — tendo exercido o cargo de 1º de janeiro de 2003 a 1º de janeiro
de 2011.
De origem pobre, migrou ainda criança de Pernambuco para São Paulo com sua família.
Foi metalúrgico e sindicalista, época em que recebeu a alcunha "Lula",
forma hipocorística de "Luís". Durante a ditadura militar, liderou grandes greves de
operários no ABC Paulista e ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores, em 1980,
durante o processo de abertura política. Lula foi uma das principais lideranças da Diretas
Já, no período da redemocratização, quando iniciou sua carreira política. Em 1986 elegeu-
se deputado federal pelo estado de São Paulo com votação recorde. Em 1989 concorreu
pela primeira vez à presidência da República, perdendo no segundo turno para Fernando
Collor de Mello por 53-47 por cento. Também foi candidato a presidente outras duas
vezes, em 1994 e 1998, perdendo ambas as eleições no primeiro turno para Fernando
Henrique Cardoso. Venceu a eleição presidencial de 2002, contra José Serra, e foi
empossado em janeiro de 2003. Na eleição de 2006 derrotou Geraldo Alckmin.
O governo Lula teve como marcos a introdução de programas sociais, como o Bolsa
Família e o Fome Zero, ambos reconhecidos pela Organização das Nações Unidas como
os programas que possibilitaram a saída do país do mapa da fome. Durante seus dois
mandatos, empreendeu reformas e mudanças radicais que produziram transformações
sociais e econômicas no Brasil, que triplicou seu PIB per capita e alcançou o grau de
investimento. Na política externa, desempenhou um papel de destaque, incluindo
atividades relacionadas ao programa nuclear do Irã, ao aquecimento global, ao Mercosul e
aos BRICS. Lula foi considerado um dos políticos mais populares da história do Brasil e,
enquanto presidente, foi um dos mais populares do mundo. Sua chefe da Casa Civil, Dilma
Rousseff, derrotou José Serra na eleição de 2010 e foi reeleita em 2014 ao derrotar Aécio
Neves.
Lula manteve-se ativo no cenário político e passou a ministrar palestras no Brasil e no
exterior. Em março de 2016, foi nomeado por Dilma como seu ministro-chefe da Casa
Civil, mas a indicação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal. Em julho de 2017, foi
condenado em primeira instância no âmbito da Operação Lava Jato a nove anos e seis
meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Com a confirmação em segunda
instância da sentença, que aumentou a pena, teve sua prisão decretada e entregou-
se à Polícia Federal em abril de 2018. Em novembro de 2019, Lula foi solto um dia após o
STF decidir que a execução da pena só deveria ocorrer com o trânsito em julgado da
sentença.

Índice

 1Início de vida
o 1.1Infância
o 1.2Educação e trabalho
o 1.3Operário e sindicalista
 2Carreira política
o 2.1Início
o 2.2Campanha presidencial de 1989
o 2.3Campanhas presidenciais de 1994 e 1998
 3Presidência da República
o 3.1Primeiro mandato
o 3.2Segundo mandato
 4Pós-presidência
o 4.1Palestrante e colunista
o 4.2Atuação política
o 4.3Acusações de corrupção
o 4.4Condenações judiciais
 5Vida pessoal
o 5.1Casamentos e filhos
o 5.2Câncer de laringe
 6Prêmios e honrarias
 7Referências na cultura popular
 8Cronologia sumária
 9Ver também
 10Notas
 11Referências
 12Bibliografia
 13Ligações externas

Início de vida
Infância

Lula em seu primeiro retrato, tirado em 1949 ao lado da irmã Maria.

Lula é o sétimo dos oito filhos de Aristides Inácio da Silva e Eurídice Ferreira de Melo, um
casal de lavradores iletrados que vivenciaram a fome e a miséria na zona mais pobre
de Pernambuco.[6][7] Nasceu em 27 de outubro de 1945 em Caetés[nota 2] (até 1964 um distrito
do município de Garanhuns[8]), interior pernambucano. Faltando poucos dias para sua mãe
dar à luz,[9] seu pai decidiu tentar a vida como estivador em Santos, levando consigo
Valdomira Ferreira de Góis, uma prima de Eurídice, com quem formaria uma segunda
família. Com Valdomira teve dez filhos, fora alguns que possam ter morrido. Contando os
12 que teve com Eurídice – quatro mortos ainda bebês – a família conta que Aristides teve
pelo menos 22 filhos conhecidos.[10][11]
Em dezembro de 1952, quando Lula tinha apenas sete anos de idade, Eurídice decidiu
migrar para o litoral do estado de São Paulo com seus filhos para se reencontrar com o
marido. Ela acreditava que seu marido fizera esse pedido, quando na verdade foi seu filho
Jaime, que já morava com o pai, quem escreveu dizendo que esse era o desejo de
Aristides. Após treze dias de viagem num transporte conhecido como "pau-de-arara",
chegaram ao distrito de Vicente de Carvalho (àquela época denominado Itapema), no
município de Guarujá, onde tiveram que dividir a convivência de Aristides com sua
segunda família (Aristides já os havia visitado no Nordeste em 1950, quando inclusive
apresentou seus novos filhos para sua primeira família).[11]
A convivência difícil com Aristides, que era extremamente rigoroso com os filhos, levou
Eurídice a sair de casa com os filhos, morando inicialmente em uma casa precária muito
perto da de Aristides e, mais tarde, em 1954, mudando-se para a capital, onde foi viver
num cômodo atrás de um bar localizado na Vila Carioca, bairro da cidade de São Paulo.
Lula e seu irmão José Ferreira de Melo – o Frei Chico – moraram algum tempo ainda com
o pai, junto com sua segunda família, mudando-se para São Paulo em 1956. Após a
separação, Lula quase não se reencontrou mais com seu pai, que morreu em 1978 e foi
enterrado como indigente. Lula e seus irmãos só souberam da morte do pai vários dias
após o enterro.[11]

Educação e trabalho

Memorial aos retirantes no Parque Dona Lindu, Recife, representando Dona Eurídice e seus oito
filhos.

Durante o período em que as duas famílias de seu pai conviveram, Lula foi alfabetizado no
Grupo Escolar Marcílio Dias, apesar da falta de incentivo do pai, analfabeto, que entendia
que seus filhos não deveriam ir à escola, mas apenas trabalhar. Ainda quando morava
no Guarujá, aos 7 anos, trabalhou vendendo laranjas no cais. Tinha que andar quilômetros
para buscar água de poço para a segunda mulher de Aristides. Aos domingos, era
obrigado pelo pai a ir ao mangue para retirar lenha, marisco e caranguejo.[11][12]
Aos doze anos, já em São Paulo, começou a trabalhar em uma tinturaria a fim de contribuir
na renda familiar. Durante o mesmo período também trabalhou como engraxate e auxiliar
de escritório. Aos catorze começou a trabalhar nos Armazéns Gerais Colúmbia, onde teve
a carteira de trabalho assinada pela primeira vez,[13] permanecendo ali por seis meses.
Ainda em 1961, foi aluno no curso de tornearia mecânica na escola SENAI Roberto
Simonsen, no bairro do Ipiranga. Segundo diria anos depois, ali ele conquistou seu direito
à cidadania.[14] Com esta idade, se viu obrigado a deixar a escola e foi trabalhar em uma
siderúrgica que produzia parafusos.[7] Foi ali que, em 1964, esmagou seu dedo em um
torno mecânico, tendo que esperar horas até que o dono da fábrica chegasse e o levasse
ao médico, que optou por cortar o resto do dedo mínimo da mão esquerda. A mutilação o
deixou alguns anos com complexo. Ficou 11 meses na empresa e, devido ao acidente,
ganhou uma indenização de 350 mil cruzeiros, que utilizou para comprar móveis para sua
mãe e um terreno.[11][15][16]
Trabalhou então na Fris-moldu-car, como aprendiz do Senai[17] por seis meses, sendo
demitido por se ter recusado a trabalhar aos sábados. No ano de 1965, ficou muito tempo
desempregado, assim como seus irmãos, época em que passaram por privações,
sobrevivendo de trabalhos eventuais, os chamados "bicos". Em 1966, foi admitido nas
Indústrias Villares, uma grande empresa metalúrgica de São Bernardo do Campo, no ABC
Paulista.[18][19] Em 1973, fez um curso na AFL-CIO nos Estados Unidos sobre
sindicalismo.[20]

Operário e sindicalista
Lula discursando para metalúrgicos em 1979.

Em 1968, durante a ditadura militar, filiou-se ao Sindicato de Metalúrgicos de São


Bernardo do Campo e Diadema.[7] Lula relutou em filiar-se e candidatar-se, pois à época
tinha uma visão negativa do sindicato e seu grande lazer era jogar futebol. Apesar de não
ter qualquer experiência sindical, já era apontado como pessoa com espírito de liderança e
carisma. Convencido a integrar a chapa, sob influência de seu irmão, José Ferreira da
Silva – conhecido como Frei Chico, militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB)[21] e do
Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul[22] – Lula foi eleito, em 1969, para a
diretoria do sindicato dos metalúrgicos da cidade, dentre os suplentes,[23] continuando a
exercer suas atividades de operário.
Em 1972, elegeu-se 1º secretário do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do
Campo e Diadema,[24] continuando a exercer suas atividades de operário. Na época, foi
criada, no sindicato, a Diretoria de Previdência Social e FGTS, que lhe foi atribuída.[25] Ao
ser eleito, ficou à disposição do sindicato, cessando suas atividades de operário. Ganhou
grande destaque por sua atuação na diretoria, sendo então eleito presidente do mesmo
sindicato em 1975. Ganhou projeção nacional ao liderar a reivindicação em 1977 da
reposição aos salários pelo índice de inflação de 1973, após o próprio governo reconhecer
que aquele índice havia sido bem maior que o inicialmente divulgado e então utilizado para
os reajustes salariais. Apesar de ampla cobertura na imprensa, ainda na vigência do AI-5,
o governo não cedeu aos pedidos. Reeleito em 1978, passou a liderar as negociações e
as greves de metalúrgicos de sua base, que passaram a acontecer em larga escala a
partir de 1978, depois de terem deixado de ocorrer desde o endurecimento repressivo
da ditadura militar na década anterior.[11]
Por liderar as greves dos metalúrgicos do Região do ABC no final dos anos 1970 e início
dos anos 1980, Lula foi preso, cassado como dirigente sindical e processado com base
na Lei de Segurança Nacional.[24] Durante o movimento grevista, a ideia de fundar um
partido representante dos trabalhadores amadureceu e, em 1980, Lula juntou-se a
sindicalistas, intelectuais, representantes dos movimentos sociais e católicos militantes
da Teologia da Libertação para formar o Partido dos Trabalhadores (PT), do qual foi o
primeiro presidente.[26]

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