Sie sind auf Seite 1von 2

A importância do feedback

Por Marta Campello - Professora da FDC

Emprego novo, funções mais desafiadoras no trabalho, liderança nova na equipe e outras mudanças em
busca de melhores resultados... Esses são alguns exemplos de situações que estão na pauta de
profissionais de muitas organizações. Mas será que você está dando conta dos novos desafios?

Para responder a essa pergunta, saiba que existe uma importante prática de gestão que, quando bem
conduzida, pode trazer resultados muito positivos para a organização e o profissional. É pelo feedback
que a chefia dá retorno aos funcionários sobre seu desempenho com o objetivo de aprimorar as
competências e direcionar o desenvolvimento de sua equipe.

No entanto, recentemente, realizei uma pesquisa para conhecer a percepção dos funcionários sobre o
feedback e pude observar que muitas pessoas ainda o encaram como uma prática que se restringe a
críticas, correções e “puxadas de orelha”, sendo temido e visto como um instrumento contrário ao que
deveria ser.

Como o elogio, quando feito, acaba sendo de forma espontânea, o feedback se torna um momento mais
formal em que, na maioria das vezes, apenas as questões mais críticas ou os pontos a melhorar são
considerados. Até porque a própria chefia prefere algumas vezes a zona de conforto, adiando as críticas e
demais ponderações de mudanças em relação ao trabalho dos funcionários.

Essa também é uma questão cultural brasileira, já que costumamos misturar nossa vida pessoal com a
profissional, confundindo papéis e evitando avaliar o desempenho dos profissionais com os quais nos
relacionamos. Mas o bom gestor deve saber “fazer o tempero certo”, buscando um equilíbrio saudável
entre a crítica e o elogio.

Porém, é somente a mudança de prática de quem dá e quem recebe o feedback que se poderá mudar essa
percepção. Quando bem realizado, pautado em afirmações ponderadas, justas e sérias, o feedback tende a
ser visto com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do outro. O bom feedback é aquele que faz
você pensar e depois mudar.

Enquanto profissional em busca de crescimento e novas oportunidades, você também deve aprender a
pedir feedback e estar preparado para ouvir coisas que nem sempre serão agradáveis. É importante que
não se crie uma reatividade negativa, já que, ao contestar sempre o que lhe dizem, você está ampliando
sua “área cega”: não ouve, não reconhece erros, não cria condições para a mudança nem abre espaço para
o novo.

Além disso, ao propor para a sua chefia uma prática de feedback mais direcionada e rotineira, esse
processo acaba se tornando um “combinado” implícito da chefia com os seus funcionários, a partir do que
denominamos contrato psicológico. Por um lado, o chefe deixa a porta sempre aberta e, por outro, o
funcionário passa a não se assustar quando chamado para uma apreciação do seu desempenho. Ou seja, o
feedback incorpora-se à rotina da organização.

Outro ponto importante é que o feedback pode ser colocado em prática pelo funcionário até mesmo com
os próprios colegas de trabalho. É importante que se crie um ambiente de colaboração e
compartilhamento de ideias e ações.

É comum ouvir nas organizações que “o chefe não sabe dar feedback” ou que “a turma não sabe receber
feedback”. Para acabar com essa divergência é importante refletir: o quanto facilito e o quanto dificulto o
processo de feedback? Ou o quanto você tem dado ou recebido feedback?

Por fim, encare o feedback como um espelho. Quando nos vemos somente pelo nosso próprio espelho,
nosso olhar fica muito próximo a nós mesmos e não conseguimos fazer as distinções necessárias. Ver-se
por meio do outro pode ser um bom caminho para o seu desenvolvimento e crescimento profissional.

Das könnte Ihnen auch gefallen