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Lavras – MG
2019
MOUHAMED ZORKOT
LAVRAS – MG
2019
RESUMO
Due to the high rate of accidents that cause motor and neural injury, the number of
victims with partial or total gait loss has been increasing. One of the main trauma is
spinal cord injury, which can cause paraplegia. One of the great challenges for
researchers is, through science and technology, to provide better living conditions for
these individuals and, if possible, to assist in the development of rehabilitation and to
provide reintegration into society. One of the most promising technological innovations
in recent years is the exoskeleton. Thus, the objective and motivation of this work is to
perform the kinematic and dynamic analysis and develop the modeling of human lower
limbs, represented by a simple spring mass system, initially analyzing the jump. For this,
besides performing the algebraic calculations, the Matlab® software was used to
implement the algorithm and analyze the results. The results were significant, showing
the displacement behavior, speed and power of the system to perform the jump, as well
as the possibility of defining the best parameters for modeling and verification of physical
and physiological limitations.
1. Introdução
O número de acidentes de trânsito são cada vez maiores sendo que, em muitos casos,
causam um elevado índice de mortalidade ou grandes sequelas nas vítimas. Dentre dessas
sequelas, a paraplegia, na qual ocorre uma lesão medular que causa perda total das pernas,
tronco ou órgãos pélvicos. De acordo com o COFFITO(2018), esses acidentes continuam
respondendo pela maior parcela das causas de perda dos movimentos do corpo abaixo do
tronco. Sendo assim, um dos grandes desafios dos últimos anos é o desenvolvimento de
equipamentos assistivos que possam promover a reabilitação desses indivíduos como, por
exemplo, suportes de peso corporal (Figura 1), assistência robótica (exoesqueletos), entre
outros.
Figura 1- Modelo Lokomat
Fonte: Hocoma.
Disponível em: <https://www.hocoma.com/solutions/lokomat/>. Acesso em 29 de
outubro de 2019.
Wolpaw et al. (2000) diz que a interface cérebro-máquina (ICM) é definida como
um sistema de comunicação que é independente das vias eferentes cerebrais normais,
essas que transmitem o impulso nervoso de nervos periféricos e músculos. Sendo assim,
a ICM associa tecnologias que tem por objetivo realizar a comunicação do cérebro com
uma máquina para realizar diversas operações como, por exemplo, jogos e uso de
equipamentos robóticos. Rommel (2019) constata que os sinais neurofisiológicos são
captados a partir do uso de sensores invasivos ou não invasivos. Ainda em relação aos
sinais, eles podem ser de atividade química, magnética ou elétrica do cérebro
(BIRBAUMER; COHEN, 2007).
Dentre as aplicações do ICM, os equipamentos robóticos são grandes aliados para
a aplicação em terapias e, apesar da reabilitação da lesão da medula espinhal ser um
grande desafio clínico, o uso de exoesqueletos é de grande relevância para a melhora
clínica das funções neurológicas (NICOLELIS et al., 2016). Segundo Borboni et al.
(2016), os exoesqueletos são montados nos pacientes e proporcionam movimentos mais
naturais e realísticos. Além desta área, os exoesqueletos são aplicados em diversos ramos
como, por exemplo, nas guerras e indústria automotiva.
Perry (1992), divide a marcha em 8 fases, sendo que cada um deles apresenta um
objetivo específico. A Figura 5 mostra um esquema das fases.
Como pode ser visto na Figura 5, a fase de apoio divide-se em cinco fases com
suas devidas funções:
• Contato inicial: o calcanhar toca o solo e o outro membro começa a perder o
contato com o mesmo;
• Resposta à carga: ocorre quando o peso é transferido para o pé que entrou em
contato com o solo;
A fase de apoio é dada no intervalo em que a perna está em contato com o solo,
permitindo o equilibro e suporte do peso total do corpo humano, no apoio simples, ou
equilíbrio parcial, no apoio duplo (KUTEKEN, 2017). De acordo com Viel(2001) , o
mecanismo formado durante o apoio simples pode ser descrito através de um pêndulo
simples invertido(Figura 6). Segundo Kuteken (2017), nesta fase onde ocorre o
contato inicial do calcanhar até o apoio médio, há o armazenamento de energia
cinética que é transformada em energia potencial gravitacional quando o centro de
massa corporal aumenta. Na etapa seguinte, a fase de apoio médio, a energia potencial
é recuperada e é transformada, novamente, em energia cinética. Essa relação de
energia permite o impulsionamento do corpo no sentido em que ocorrerá o
deslocamento. Vernon (1975) conclui que o modelo da marcha, por possuir essa
descrição de mecanismo, permite que se conserve aproximadamente 70% da energia
cinética.
Figura 6 - Fase de apoio descrita pelo pêndulo simples invertido
(1)
(2)
(3)
Lp: posição horizontal do pé ; La: posição vertical do pé; Lh: distancia torso/joelho.
Ls: distância joelho/pé, θ: ângulo do joelho, ζ é o ângulo do quadril, C1 é uma
constante que é encontrada pelas equações ordinárias.
A partir da descrição dessas angulações, é possível obter o modelo cinemático da
posição x e y do pé direito e esquerdo (Xdref e Ydref), que podem ser analisadas nas
equações 4 e 5, respectivamente:
(4)
(5)
Como referência, é possível verificar a modelagem do pêndulo duplo na Figura 8.
Figura 8 - Modelo cinemático das pernas
𝑦𝑎 = 𝑔𝑡 2⁄2 (10)
Ainda baseado no trabalho de Blickham (1989), o autor descreve restrições que devem
ser levadas em considerações para a realização do salto. Devido as propriedades
anatômicas e fisiológicas dos animais, de acordo com o sistema locomotivo, é possível
atingir apenas uma região limitada dos parâmetros teoricamente possível. Por exemplo, é
impossível para um humano saltar com uma frequência maior que 10hz ou pular uma
altura de mais de 3m. As restrições fisiológicas causam um estreitamento na faixa de
possíveis frequências de salto através de alguns parâmetros, sendo os principais:
• Força(Fpenk): estresse isométrico desenvolvido pelos músculos. Sendo assim,
para manter as forças abaixo de um determinado limite, para baixas frequências,
a rigidez da mola deve ser baixa. Caso seja para gerar altas forças em altas
frequências, rigidez elevada.
• Deslocamento de contato(yc): o deslocamento máximo não pode exceder o
comprimento da perna, q é cerca de 1m. E caso a força de reação esteja perto do
seu valor máximo, o comprimento diminui pela metade devido a curva de
comprimento do músculo
• Tempo de contato(tc): se as juntas não estiverem bloqueadas, mudanças das
forças de reação do solo alteram a força muscular. O tempo envolve o
alongamento ou contração do músculo para a realização do movimento
• Resistência(k): a rigidez está associada a força e o tecido muscular. Isso engloba
o armazenamento de energia. Sendo assim, a rigidez deve ser controlada para não
necessitar de uma quantidade de energia muito elevada.
Pela Figura 10, pode-se verificar a correlação dos parâmetros que influenciam na restrição
do movimento. O sombreamento indica a faixa em que há restrição de acordo com o
parâmetro em análise e a parte em branco, no gráfico, é referente a faixa de frequência
desejada. O autor chega a conclusão que diversas faixas de restrições são sobrepostas e,
assim, é possível atingir a relação ótima de frequência, com menor gasto energético
Figura 10 - Parâmetros de restrição
Pelos resultados da Figura 10, foi possível obter que a Força específica F / mg < 3;
deslocamento de contato y, <0,06 m; tempo de contato t,> 0,15 s; rigidez da mola k <
70 kNm; deslocamento aéreo y, z 0,1 m; deslocamento total y <0,15 m. Esses
parâmetros servem para prever o movimento e suas restrições onde as condições, para
a situação em questão, devem ser respeitadas.
Para a velocidade diferente de zero, o comportamento do sistema massa-mola
apresenta algumas alterações. Blickham(1989) conclui que, neste caso, a aceleração
apresenta um comportamento não linear e prescreve o movimento da Figura 11.a e
11.b:
Figura 11- a) Decomposição das forças para velocidade diferente de 0 b)Descrição do
movimento
Através da Figura 11, é possível verificar que a primeira diferença em relação ao salto
está na adição de outro parâmetro, a força horizontal, que proporciona o
deslocamento. Sendo assim, a equação de movimento é descrita por:
𝑥̈ = 𝑥𝑤²((1⁄√𝑥 2 + 𝑦 2 ) − 1) (11)
𝑦̈ = 𝑦𝑤²((1⁄√𝑥 2 + 𝑦 2 ) − 1) − 𝑔 (12)
Onde x e y são as deflexões horizontais e verticais, respectivamente. Na descrição
deste movimento, deve ser adicionado o comprimento da mola, que proporciona a
força horizontal. Além disso, a massa, rigidez da mola, velocidade de aterrisagem e
ângulo de velocidade de aterrissagem.
Em relação aos parâmetros de restrição da Figura 12, pode-se usar como padrão que
os animais usam em geral ângulos planos da velocidade de pouso e, para essa situação,
a força da reação do solo é baixa com o comprimento de mola máximo.
Ainda na análise da Figura 12, o tempo de contato se torna menor que a metade da
frequência natural do sistema massa-mola e uma possível mudança na velocidade não
influencia de forma significativa na frequência de salto e no ângulo de aterrisagem.
Por fim, pela literatura, de acordo com diversos autores como Blickhan(1989) e
Kuteken(2017), a representação de pêndulo simples, para a marcha, e sistema massa
mola, para a corrida, são os modelos mais aceitáveis para a análise e descrição do
movimento. Além disso, por esses modelos, Blickhan(1989) cita que a maioria dos
animais consegue absorver aproximadamente 70% da energia cinética, o que gera um
sistema de menor gasto energético. Sendo assim, com esses parâmetros torna-se
possível descrever a modelagem de um exoesqueleto analisando essas variáveis.
3.3 Exoesqueletos
A marcha é um ato voluntário mas, dado o seu início, ela apresenta a possibilidade de
ser realizada sem intervenção consciente, caso não surja obstáculos no caminho. Isso
ocorre devido a presença de redes neurais medularam que são responsáveis pela
ativação muscular, s centros geradores de padrões(CPG´s). Localizado na região
medular lombar, região mesencefálica e outras conexões neurais (KOPCZYNSKY,
2012), os CPGs respondem a diversas informações aferentes que modulam os
parâmetros envolvidos na marcha mas está ainda é dependente dos mecanismos da
coluna vertebral e supra espinhal. (SHEFFLER, 2015).
𝑚𝑦̈ + b y + 𝑘𝑦 = 𝐹 (13)
Isso ocorre pois o sistema perde o contato com o solo e, desta forma, não há mais a rigidez
da mola e nem a Força normal que realiza o impulso para o deslocamento vertical. Para
encontrar a equação de movimento e da velocidade, basta integrar a equação da
aceleração. Na primeira integração, obtém-se:
𝑦̇ = 𝑔𝑡 + 𝑐1 (16)
E a equação de movimento, dada por:
𝑔𝑡 2
𝑦= + 𝑐1 + 𝑐2 (17)
2
Tendo feito essa análise analítica, o passo seguinte foi fazer a modelagem. O
procedimento foi realizado no software Matlab®. De início, visto que há a possibilidade
do modelo estar descrito na fase de contato ou aérea, deve se determinar o valor do
deslocamento(y) para entrar em umas condições. Se o valor de y for positivo, isso indica
que o sistema está na fase de contato, visto que a uma força de reação aplicada. Em
contrapartida, caso o y seja negativo, o sistema vai se encontrar na fase aérea pois a única
força exercida é a força peso, que é no sentido contrário as coordenadas definidas.
Para a obtenção desse parâmetro no software, será adotado o cálculo numérico integrador,
que é dado por :
Xi+1= inv(A-dt*B/2)*((A+dt*B/2)*xi)+dt*F) (18)
𝑘 𝑏
𝐵 = [ 0; 1; − 𝑚 ; − 𝑚] (19)
A força, nesta fase, também é diferente que a fase aérea, visto que em algum certo instante
há uma força de reação, visto que o corpo faz uma força sobre o solo e a força de reação
é contrária, ou seja, o solo faz uma força sobre o corpo. Quando a velocidade é negativa
na fase de contato, a força associada é apenas a força peso pois essa velocidade indica
que o corpo muda da fase aérea para a fase em questão e ocorre simulando a absorção do
impacto, ou seja, dissipando energia. Após isso, é quando há uma força de reação, assim
que se tem esse contato, e a energia é armazenada para proporcionar o impulso para a
realização do salto.
Já na fase aérea, a que não tem contato, além de ter apenas a força peso, não há o efeito
da mola e nem do amortecimento e, desta forma, tem-se:
𝐵 = [ 0; 1; 0; 0] (20)
Após esta etapa, para alcançar um modelo do salto mais próximo da realidade, foram
definidos parâmetros, de acordo com a literatura, para a restrição do movimento. Baseado
no trabalho de Blinckan(1989), foram definidos alguns parâmetros:
Para manter esse valor, devem ser avaliados dados para a rigidez da mola
implementada, que simboliza a musculatura, no qual a rigidez não pode ser muito
elevada para manter a força em uma determinada faixa, com frequências mais
baixas. O contrário também é valido, no qual atingimos forças maiores com
rigidez mais altas, entretanto não é uma opção viável para modelagem de um
exoesqueleto;
e) Deslocamento aéreo(y): 0.1m. A altura máxima pode até ser definida livremente.
Entretanto, vai depender do período de tempo, das forças de reações do solo e da
rigidez. Vale ressaltar que estes parâmetros já foram restringidos de acordo com
outras limitações físicas e fisiológicas.
f) Deslocamento total: menor que 0.15m. Esse parâmetro pode ser controlado com
maior facilidade(Farley et al, 1985). Esse deslocamento está associado a uma
faixa estreita de possíveis frequências de salto. Sendo assim, até a frequência de
salto pode ser prevista de acordo com o deslocamento total.
g) Frequência: combinada com outros parâmetros, atua entre 1 a 6hz. Mesmo
dependente dos outros parâmetros, as restrições não são conflitantes, ou seja, o
salto é possível visto que algumas restrições são sobrepostas.
Fonte: o autor
Pela Figura 21, é possível verificar que o comportamento do deslocamento tem o
comportamento esperado. O modelo segue um padrão que alterna entre a fase de contato
e a fase aérea. Ainda é possível verificar que a curva tem um comportamento crescrente,
ou seja, o deslocamento é maior em relação ao tempo, fator esse já esperado visto que
quanto maior a força de reação(impulso), maior será o deslocamento. Entretanto, para o
trabalho futuro, deverá se encontrar os parâmetros mais adequados para a obtenção do
limite da altura permitida pelo ser humano, ou seja, restrições fisiológicas e físicas. Isso
deverá ser realizado pois, a partir de um determinado tempo, o limite energético é
alcançado e isso influencia na magnitude da força, no deslocamento e na frequência do
salto. O maior detalhamento do aumento da amplitude da onda pode ser verificado na
Figura 22.
Figura 22- Zoom no comportamento da onda
Fonte: o autor
Foi reduzido o tempo da discretização (Figura 23) para avaliar apenas um período do
deslocamento. Pela análise, quando o salto está na fase de contato, o estado (linha
vermelha) é igual a 1. Podemos verificar que a teoria é confirmada visto que, de acordo
com a modelagem, o deslocamento (curva azul) deve ser negativo neste intervalo e
perceptível o comportamento da curva que rege a equação de segundo grau na fase aérea.
Além disso, o deslocamento é decrescente na fase aérea, visto que há uma força peso
agindo contra o deslocamento na descida do salto, este que foi iniciado na fase aérea, e
tende a zero para terminar o movimento, visto que parte da energia é dissipada no início
da fase de contato. Em seguida, devido a força da mola e do amortecedor, a energia
conservada e armazenada auxilia no impulso para a realização do salto, onde há o
deslocamento crescente.
Figura 23 – Análise do deslocamento em um período
Fonte: o autor
Para a velocidade, com os resultados da modelagem realizada foi obtido o gráfico de
velocidade, em relação ao tempo (Figura 24). É possível verificar que o modelo apresenta
um comportamento diferente na fase de contato e na fase aérea, o que já era esperado.
Figura 24 - Gráfico de velocidade gerado numéricamente
Fonte: o autor
Pela análise da Figura 25, com menor discretização do tempo, pode-se verificar que na
fase aérea, a curva apresenta uma velocidade não linear. Esse fator entra em concordância
com a teoria e também é confirmada na equação da velocidade, em que o termo do tempo
esta associado com a gravidade. Já na análise do deslocamento na fase de contato, a linha
reta comprova o comportamento linear do modelo, fator este também comprobatório com
o esperado.
Fonte: o autor
Além disso, fazendo uma análise da Figura 23 e 25, pode-se verificar que em um
determinado tempo, a tangente da curva de velocidade tende a 0º, ou seja, velocidade é 0.
Isso ocorre no tempo em que há a transição de uma fase pra outra, ou seja, no momento
em que o modelo atinge a altura máxima e é desacelerado, em decorrência do efeito da
gravidade, e quando atinge o solo, onde parte da energia é dissipada e a outra parte
armazenada, para a realização do impulso. Outro fator a se considerar são os pontos em
que o deslocamento é máximo. Na fase aérea, o modelo atinge magnitudes maiores
justamente pela realização do salto e, na fase de contato, o deslocamento é mais
relacionado a flexão das articulações, representada pelo amortecimento e rigidez da mola,
onde apresenta a magnitude reduzida.
Com esses dados, foi possível alcançar os resultados da potência realizada para a
realização do salto, que pode ser visto na Figura 25, ainda considerando qualquer valor
dos parâmetros.
Figura 26 - Gráfico da potência gerada para o salto
Fonte: o autor
Como pode ser visto na Figura 26, foi definido o intervalo para avaliar a potência apenas
na fase de contato, com velocidade maior que 0. Isso ocorre pois, a análise de interesse
é estabelecida para quando há a necessidade da aplicação de uma força, para gerar o salto.
Como é possível verificar, essa força aumenta de forma mais significativa no início do
tempo e, em seguida, vai ocorrendo acréscimos menores. Isso ocorre em decorrência dos
efeitos da mola e amortecimento, que conservam a energia e auxiliam na realização do
salto.
Para alcançar resultados mais condizentes com o comportamento humano, algumas
condições foram implementadas no algoritmo para a verificação dos principais
parâmetros. Inicialmente, foi considerado uma força F2, que seria a força aplicada para
realizar o salto. A primeira análise é feita com F2 igual a 0.
Figura 27 - Deslocamento com F2 = 0
Fonte: o autor
Analisando o gráfico de deslocamento, pode se perceber que ele apresenta apenas uma
pequena oscilação, ainda na fase de contato. Isso ocorre pois apenas a força peso está
atuando, o que faz com que ocorra apenas um pequeno deslocamento, quase
insignificativo, que corresponde a flexão de joelho. Para analisar que essa flexão de
joelho, o deslocamento, vai aumentando de acordo com a força inserida, foi definido F2
= 50N, como pode ser visto na Figura 28. Na interpretação, podemos verificar que ocorreu
um deslocamento ainda de baixa magnitude, porém um pouco maior. Ainda, é possível
ver que o deslocamento não sai da fase de contato, ou seja, não há ocorrência do salto
Figura 28 - Deslocamendo com F2 = 50N
Fonte: o autor
Por fim dessa análise, foi obtido o valor mínimo para que seja realizado o salto,
considerando uma pessoa de 64kg. Por interação, o valor encontrado para a força mínima
foi de 20kg. Isso pode ser analisado na Figura 29, onde é possível verificar a curva azul,
a de deslocamento, apresentando valores maiores do que 0 já no seu primeiro período.
Ainda analisando a Figura 29, é possível verificar que o deslocamento vai aumentando
até atingir uma estabilidade. Isso se deve ao fato de que quando a frequência de salto
aumenta, a energia absorvida é maior, proporcionando maior energia para a realização do
salto. As análises também podem ser vistas na Figura 30, que apresenta um valor maior
de F2, ou seja, amplitudes maiores.
Figura 29 - Deslocamendo com a Força mínima de 200N
Fonte: o autor
Vale ressaltar que para análise de força não foi considerado a taxa de amortecimento. Ou
seja, foi fixado um valor(0.02) e mantido apenas para verificar uma força mínima para
realizar o salto. Entretanto, esse valor foi considerado visto que é um valor condizente
para a taxa de amortecimento humano. Na figura 30, é possível verificar que a amplitude
de deslocamento é menor na fase de contato do que na fase aérea. Isso se deve ao fato de
ter o efeito do amortecimento e da rigidez da mola.
Figura 30 - Deslocamento com F2 = 500N
Fonte: o autor
Para análise do efeito do amortecimento no sistema, será analisado alguns valores para a
taxa de amortecimento. Sendo assim, considerando a taxa de amortecimento igual a 0.02,
é possível verificar que para um deslocamento de aproximadamente 0.053m, que está
associada a flexão da articulação para absorção de energia, tem-se um deslocamento aéreo
(salto) de aproximadamente 0.142m, visto na Figura 31.
Figura 31 - Relação de amplitude de deslocamento na fase de contato e aérea com taxa
de amortecimento igual a 0.02
Fonte: o autor
Sendo assim, elevando a taxa de amortecimento para 0.05 e mantendo os outros
parâmetros, considerando o F2=500N, para melhor análise, é possível verificar que, além
de termos amplitudes menores (Figura 32), obtém se uma relação de 0.039m na fase de
contato para 0.073m na fase aérea, como pode ser melhor visto na Figura 33.
Figura 32 - Deslocamento com taxa de amortecimento igual a 0.05
Fonte: o autor
Figura 33- Relação de amplitude de deslocamento na fase de contato e aérea com taxa
de amortecimento igual a 0.05
Fonte: o autor
O fato da amplitude do salto reduzir com o aumento da taxa de amortecimento ainda não
foi identificado. Esperava-se que a amplitude fosse maior com o aumento da taxa de
amortecimento. Sendo assim, para o trabalho futuro, essa análise deve ser analisada e
verificada através da revisão da literatura mais aprofundada.
7. Conclusões
x(:,i+1)= inv(A-dt*B/2)*((A+dt*B/2)*x(:,i)+dt*F);
deslocamento(i+1)=x(1,i+1);
velocidade(i+1)=x(2,i+1);
potencia(i+1) = F*velocidade(i+1)
else
if deslocamento(i)>=0
estado(i+1)=0;
A = eye(2);
B = [0 1
0 0] ;
F = [ 0;-f1/m]
x(:,i+1)= inv(A-
dt*B/2)*((A+dt*B/2)*x(:,i)+dt*F);
deslocamento(i+1)=x(1,i+1);
velocidade(i+1)=x(2,i+1);
potencia(i+1) = F*velocidade(i+1)
end
end
end
figure(1)
hold on
plot(t,deslocamento)
plot(t,estado)
title('Gráfico de posição gerado numéricamente')
legend('deslocamento', 'fase do salto')
figure(2)
hold on
plot(t,velocidade)
plot(t,estado)
title('Gráfico de velocidade gerado numéricamente')
figure(3)
hold on
plot(tempo,potencia)
plot(t,estado)
title('Gráfico de potencia gerado numéricamente')