2. Não somos assim. Este não é o modo natural de existirmos. Somos frios, indiferentes, autocentrados e cínicos. Qual a razão? Qual a consequência?
Alguns parecem ser, mas internamente são compassivos por motivos
espúrios: a vontade de ser reconhecido e aclamado; o medo de ser rejeitado; o plano de se fazer merecedor da salvação. A consequência é um coração orgulhoso, que se sente superior aos que não agem desta forma. Com frequência, esse sentimento evolui para ira, revolta e amargura. Dentro de algum tempo, a alma desta pessoa estará dilacerada e incapaz de fazer um bem verdadeiro. Alguns são totalmente desvinculados qualquer manifestação compassiva. Pensam apenas nas suas próprias angústias, não se incomodam com o sofrimento do outro, não movem o dedo mínimo para fazer o bem. Qual a razão? Não entendem que é sua responsabilidade, ‘’isso não é problema meu”. Mas, talvez, a principal razão seja: idolatramos o conforto. Nossa cultura é hedonista. Isso significa que aquilo que mais importa na vida é o prazer, é a satisfação, é o conforto, a tranquilidade – ainda que outros morram enquanto eu vivo assim. Com frequência, essa forma de pensar (muitas vezes inconsciente), nos faz ser ríspidos, duros, cegos: incapazes de ver a dor, surdos: incapaz de ouvir pedidos de ajuda; mudos: incapaz de falar palavras curadoras. Talvez até nos emocionemos diante de um vídeo ou filme, mas na prática somos tão duros quanto uma pedra, tão frios quanto um gelo.
3. O que pode nos fazer mudar? Crendo em Jesus, o Neemias celestial.
Neemias foi um grande homem. Mas, mesmo assim, era um pecador. Contudo, houve um homem muito maior que Neemias que fez coisas infinitamente maiores que ele: Jesus. Assim como Neemias se importou com Jerusalém, Jesus se importou com nossa situação. Assim como Neemias sofreu com as péssimas notícias de Jerusalém, Jesus se entristeceu com nossa miséria. Assim como Neemias deixou o palácio de Susã para reerguer a Jerusalém Ele estava na glória infinita, sendo adorado por todos os anjos, vivendo na luz inacessível. Contudo, ao ver nossa situação, Ele decidiu agir. Por nos amar resolveu se vestir de carne, nascer como homem