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SEGUNDA SEÇÃO

ORTOPEDIA GERAL

Tratamento das fraturas do colo cirúrgico


do úmero pela técnica de Kapandji*
1 2 2 2
SÉRGIO LUIZ CHECHIA , DILSON LAMAITA MIRANDA , MARCELO UBIRAJARA CARNEIRO , ROBERTO CASSANI

(1)
RESUMO Codman deu significante contribuição para o tra-
tamento dessas fraturas quando as dividiu em quatro
Os autores apresentam o resultado do tratamento
partes básicas, que são: cabeça, tubérculo maior, tubér-
de 15 fraturas do colo cirúrgico do úmero em adultos. (16,17)
culo menor e diáfise (figura 1). Posteriormente, Neer
Em todos os casos, foi realizada fixação intramedular
descreveu sua classificação utilizando essa divisão anatô-
com três fios de Kirschner, seguindo a técnica de Kapand-
mica. Essa classificação é a mais utilizada atualmente;
ji. Em 13 casos, foi possível realizar o procedimento a
baseia-se na vascularização da extremidade proximal do
foco fechado; em dois casos, foi necessário abrir o fo-
úmero, procurando dar o prognóstico da viabilidade da
co de fratura, por não se conseguir a redução. Em um
epífise proximal do úmero. Esta é irrigada principalmen-
caso houve retarde da consolidação, sendo necessária
te pela artéria circunflexa umeral anterior, que passa pe-
nova operação; nos restantes, a consolidação se deu num
la região intertubercular e emite ramos através dos tubér-
prazo médio de 6,5 semanas, com boa função ao final
culos maior e menor. Outras fontes de vascularização
do tratamento.
são a artéria circunflexa umeral posterior, vasos metafi-
(4)
sários e anastomoses osteotendíneas (figura 2).
SUMMARY
Durante a primeira metade do século, vários méto-
Treatment of surgical neck fractures of the humerus using (22)
dos de redução fechada , tração , gesso
(11) (3,5)
e férulas
Kapandji’s technique de abdução
(23,27)
foram desenvolvidas para manter o ali-
The authors present the results of treating humeral nhamento dessas fraturas; entretanto, essas técnicas não
fractures of the surgical neck in 15 adult patients. An
intramedullary fixation with 3 Kirschner wires according
to Kapandji’s technique was performed. In 13 cases it
was possible to perform the procedure under close reduc-
tion, and an open reduction was done in two cases. Delay-
ed union required a further operation in one fracture.
Mean bone union time was 6.5 weeks, and final function
was good in all cases.
.
INTRODUÇÃO

O tratamento das fraturas do 1/3 proximal do úme-


ro é ainda assunto controvertido. Grande número de pu-
blicações de novas técnicas e a redescoberta de técnicas
antigas tem sido observado na literatura desde o final
(7,9,14)
do século XIX .
Fig. 1 — As quatro
partes de Codman:
* Trab. realiz. no Dep. de Ortop. e Traumatol. da Santa Casa de São 1) cabeça umeral;
Paulo (Serv. do Prof. Rudelli Sérgio). 2) tubérculo maior;
3) tubérculo me-
1. Chefe do Grupo de Ombro do Dep.
nor; 4) diáfise ume-
2. Residente do 3º ano. ral.

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S.L. CHECCHIA, D.L. MIRANDA, M.U. CARNEIRO & R. CASSANI

Fig. 2 — Vascularização do 1/3 proximal do úmero: CUA – circunfle-


xa umeral anterior; CUP — circunflexa umeral posterior; artéria axilar.

se mostraram suficientes para se obter bom resultado.


Por essa razão, a redução aberta seguida de fixação ga-
nhou popularidade, por permitir redução mais anatômi- Fig. 3 — O “V”
(18,22,24)
ca e maior estabilidade . O uso de placas e parafu- deltóideo
sos para fraturas desviadas é preconizado pelo grupo
AO desde 1970; entretanto, relatos recentes mostram ele-
Kapandji, para tratamento de fraturas do colo cirúrgi-
vados índices de complicações na presença de osteopo-
(13,26) co do úmero.
rose . Outro método bastante difundido é o uso de
fios e suturas com materiais não absorvíveis, com rela-
MÉTODO E CASUÍSTICA
tos de bons resultados, porém a necessidade de uma via
aberta leva a uma maior lesão de partes moles e da vas- Todos os pacientes foram operados sob anestesia
(8,15)
cularização . geral e posicionados em decúbito dorsal horizontal em
A primeira descrição de encavilhamento intramedu- mesa de Albee invertida, para permitir a utilização do
lar para fraturas do colo do úmero foi feita por Wi- intensificador de imagens.
(29) (21)
den , em 1949. Em 1955, Rush descreveu seu méto- A redução da fratura geralmente é conseguida com
do de encavilhamento intramedular para fraturas desvia- uma manobra de tração e rotação externa ou interna,
(6)
das, que se tornou muito popular. Hackethal , em 1961, acompanhada pelo intensificador de imagens, e uma vez
propôs a utilização de fios intramedulares, que são intro- obtida a redução inicia-se o processo de fixação.
duzidos pela fossa olecraniana a foco fechado, para tra- Para a fixação da fratura, inicia-se palpando-se na
tamento das fraturas diafisárias, não fazendo menção face lateral do 1/3 proximal do úmero a inserção do
ao uso para fraturas do colo. músculo deltóide, que é em forma de “V”. Uma incisão
Kapandji, em 1974, em um congresso na Martinica, é feita longitudinalmente, anterior ao vértice de inserção
descreveu sua técnica de fixação intramedular a foco fe- do deltóide, ao lado do músculo bíceps, e estende-se dis-
chado “em palmeira” para as fraturas do colo do úme- talmente por cerca de 2 a 3cm (figura 3). Faz-se a abertu-
ro. Posteriormente, em 1989, mostrou a evolução de 15 ra da pele e subcutâneo, chegando-se diretamente ao os-
(12)
casos tratados com sua técnica . so. Com uma broca de 4,5mm posicionada perpendicu-
O objetivo deste estudo é demonstrar nossa experiên- larmente à diáfise do úmero, perfura-se a cortical lateral.
cia com o encavilhamento intramedular pela técnica de Deve-se ter cuidado para não fraturar o osso quando seu
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TRATAMENTO DAS FRATURAS DO COLO CIRÚRGICO DO ÚMERO PELA TÉCNICA DE KAPANDJl

Fig. 4 — Fio de
Kirschner dobrado
O
a 150

diâmetro é pequeno, nem permitir que a broca escape


para posterior, o que pode provocar uma lesão do ner-
vo radial. Alarga-se e regularize-se o orifício com um
punctor de tamanho apropriado. Em nossos casos, utili-
zamos o punctor de Kuntscher de tíbia. O tamanho do
Fig. 5 — A disposi-
orifício deve ser tal que permita a introdução de pelo ção dos fios “em
menos três fios de aço de 1,5 a 2,0mm de diâmetro. palmeira”
Os fios de Kirschner são preparados em número de
três, sendo que sua ponta é dobrada em aproximadamen- mum a interposição de partes moles no foco da fratura,
te 150° e sua parte proximal passa a ser manipulada atra- como o tendão do cabo longo do bíceps ou parte do
vés de um perfurador manual em forma de “T” (figu- músculo peitoral maior. Uma vez conseguida a redução,
ra 4). pode-se seguir a técnica anteriormente descrita.
Procede-se então à introdução do 1º fio, que deve Foram tratados por essa técnica 15 pacientes entre
chegar até o foco de fratura. Apesar da angulação, a in- 1988 e 1991.
trodução é relativamente fácil, pela propriedade isoelásti- Todos os pacientes apresentavam fraturas em duas
ca do fio e pela osteoporose em geral existente. Repete- ou três partes, segundo a classificação de Neer. Foram
se a manobra de redução, que uma vez obtida é manti- 12 pacientes com fratura em duas partes e três pacientes
da por um auxiliar. Termina-se a introdução do fio que com fratura em três partes, sendo o tubérculo maior o
é localizado na região posterior da cabeça do úmero. 3º fragmento. O sistema de Kapandji permite apenas a
Verifica-se a exata localização através do intensificador fixação da cabeça na diáfise e nos casos em que havia
de imagens. Faz-se o mesmo processo com os outros fratura do tubérculo maior associado, ou seja, fratura
dois fios, sendo o 2º posicionado mais anterior e o 3º em três partes, além da fixação “em palmeira”, o 3º frag-
numa posição intermediária. mento foi manipulado, reduzido e fixado percutaneamen-
Segundo Kapandji, a melhor configuração dos fios te com um ou dois fios de Kirschner. Nenhum paciente
é em forma de “palmeira”. Os fios são angulados 90° apresentava fratura exposta.
em sua base, cortados a cerca de 2 a 3cm da cortical late- Quanto ao sexo, foram nove do masculino e seis
ral do úmero e introduzidos em direção à diáfise, para do feminino. O paciente mais jovem tinha 19 anos e o
que não façam saliência na pele. Com isso, consegue-se mais idoso, 68 anos, com média de 47,9 anos.
boa fixação do fio na cortical, restando cerca de 0,5cm Quanto à dominância do membro, 14 pacientes eram
para fora do osso, permitindo sua fácil retirada (figu- destros e um paciente era ambidestro. O membro supe-
ra 5). rior direito foi acometido em seis pacientes e o esquer-
Nos casos em que não se consegue a redução a fo- do em nove.
co fechado, deve-se fazer a redução aberta através de A fratura foi provocada por queda ao solo em 11
uma via de acesso deltopeitoral reduzida ou axilar. É co- pacientes e atropelamento em quatro pacientes.
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O tempo decorrente entre o trauma e o tratamento RESULTADOS


cirúrgico variou de um a 20 dias, com média de 8,7 dias.
Todos os pacientes tratados neste estudo apresenta-
Em 13 casos foi possível a redução a foco fechado;
ram consolidação com uma cirurgia, com exceção de
em dois, a redução só foi obtida a foco aberto. Esses
um caso, que evoluiu com retarde de consolidação e ne-
dois pacientes apresentavam interposição do tendão da
cessitou de nova intervenção cirúrgica, obtendo-se assim
porção longa do bíceps no foco de fratura. O tempo de
a consolidação. O tempo médio de consolidação, excluin-
cirurgia variou de 30 a 165 minutos, com média de 73
do-se o caso acima citado, foi de 6,5 semanas, varian-
minutos.
do de quatro a dez semanas (casos 1 e 2).
O tempo médio de imobilização foi de 3,2 semanas
Em dois pacientes, constatou-se através de radiogra-
e a movimentação articular passiva foi iniciada após a
fias a migração superior de um fio no pós-operatório,
remoção da mesma, primeiro com movimentos pendula-
com duas e três semanas, respectivamente. Um caso tra-
res e estimulando-se progressivamente a movimentação
tava-se de um paciente que apresentava crises convulsi-
ativa.
vas e fazia uso irregular de medicação anticonvulsivan-
Em nosso meio é difícil fazer uma avaliação final
te. Os dois pacientes tiveram seus fios retirados ao redor
dos resultados, pois os pacientes retornam irregularmen-
da 3ª semana de pós-operatório e evoluíram para conso-
te ao ambulatório; procuramos, porém, estabelecer um
lidação ao redor da 8ª semana, sendo mantidos em vel-
critério, relacionado ao retorno às atividades, dor e mo-
peau crepado durante esse período. Nenhum dos dois
vimento. O resultado foi considerado bom quando o pa-
pacientes apresentou consolidação viciosa ou complica-
ciente retornou às atividades, sem dor e com movimenta-
ções maiores decorrentes dessa migração. Um paciente
ção normal ou quase normal; foi considerado regular
que apresentava fratura em duas partes evoluiu com re-
quando retornou às atividades, sem dor ou com dor le-
tarde de consolidação decorrente de migração distal dos
ve aos esforços e movimentação com elevação de 120°;
fios e conseqüente perda da redução; após oito semanas,
foi considerado ruim nos casos de dor e/ou limitação
foi submetido a nova redução e osteossíntese (caso 3).
de movimentos e nas falhas do método.
Com exceção desses três casos, todos os pacientes tive-
ram os fios retirados após a consolidação clínica e radio-
gráfica. O tempo médio de retirada dos fios foi de 17,8
semanas.

Fig. 7 — Caso 1.
Fig 6 — Caso 1, Pós-operatório de
sexo feminino, 54 cinco s e m a n a s ,
anos Fratura em mostrando consoli-
duas partes. dação

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TRATAMENTO DAS FRATURAS DO COLO CIRÚRGICO DO ÚMERO PELA TÉCNICA DE KAPANDJI

Fig. 8 — Caso 1.
Pós-operatório de Fig. 10 — Caso 2.
Sexo feminino, 43
um ano.
anos. Fratura em
três partes.

Fig. 11 — Caso 2. B) Pós-operatório de três semanas: fixação percutâ-


Fig. 9 — Caso 1. Movimentação articular no pós-operatório de 2,5 nea do tubérculo maior. C) Pós-operatório de seis semanas: fratura
meses. consolidada.

De acordo com o critério estabelecido para avalia- diferenciada das fraturas desviadas, pois estas necessitam
ção funcional, subdividido em bom, regular ou ruim, ti- de tratamento distinto.
vemos 12 casos de bom resultado, dois regulares e um A identificação dos fragmentos da fratura deve ser
ruim que evoluiu com falha do método. O período de feita através de radiografias em série, na posição de fren-
(19).
acompanhamento variou de 17 a 154 semanas, com mé- te, perfil de escápula e axilar (série trauma) Segun-
dia de 68 semanas. do Neer, quando um dos quatro segmentos está afasta-
Não tivemos casos de infecção superficial ou pro- do mais de lcm ou angulado mais de 45°, a fratura é
(16)
funda. considerada desviada .
A redução incruenta foi possível em 13 pacientes;
DISCUSSÃO
em dois, foi necessária redução a foco aberto, pois havia
A maioria das fraturas do 1/3 proximal do úmero interposição do tendão da porção longa do bíceps. Rock-
(15) (19)
não é desviada (cerca de 80%) , porém deve ser bem wood cita que as fraturas em duas partes freqüente-
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Fig. 12 — Caso 2. Movimentação articular no pós-operatório de 2,5


meses.
Fig. 13 — Caso 3. Sexo masculino, 53 anos. A) Fratura em duas par-
tes. B) Vista axilar.

Fig. 14 — Caso 3. C) Pós-operatório imediato. D) Vista axilar.

Fig. 15 — Caso 3. E) Pós-operatório de três semanas, mostrando a


mente requerem redução aberta e fixação, porque apre- migração distal dos fios. F) Pós-operatório de quatro semanas: perda
sentam interposição de tecidos. da redução.

Vários métodos de fixação têm sido propostos, co-


(10) (26)
mo fios intramedulares , placas e parafusos , sutu- direto ao osso, próximo ao foco de fratura; quando a
(19)
ras e outros. O método descrito por Rush tornou-se redução incruenta é obtida, consegue-se facilmente a fi-
(21,28,30)
popular e vários autores relatam bons resultados . xação que fornece boa estabilidade, com três pontos de
Entretanto, essa fixação não permite o controle rotacio- apoio na cabeça, com pouca agressão às partes moles e
nal dos fragmentos e tem o inconveniente de provocar quase sem sangramento. O tempo cirúrgico médio foi
um “choque” do pino contra o acrômio, nos movimen- de 73 minutos, incluindo-se o preparo do paciente e con-
tos de elevação, além de ser necessária a redução a fo- troles radiográficos. Deve-se ressaltar que em dois casos
co aberto. foi necessário explorar o foco de fratura, o que prolon-
O uso das placas preconizadas pelo grupo AO per- gou muito a cirurgia.
mite boa fixação quando não há osteoporose, porém exi- As complicações ocorreram em três pacientes. Em
ge grande agressão cirúrgica, podendo ocasionar distúr- dois pacientes, houve migração superior de um fio de
bios circulatórios, principalmente quando utilizada nas aço no pós-operatório; o outro evoluiu com retarde de
fraturas em três partes(13,26). consolidação, decorrente da migração distal dos fios e
O método descrito por Kapandji permite, através perda da redução. A pseudartrose do 1/3 proximal do
(16)
de pequena incisão no 1/3 proximal do braço, acesso úmero não é comum. Neer relatou 16 casos de pseu-

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TRATAMENTO DAS FRATURAS DO COLO CIRÚRGICO DO ÚMERO PELA TÉCNICA DE KAPANDJI

dartrose em seu trabalho sobre fraturas desviadas do 8 . Hawkins, R.J., Bell, R.H. & Gurr, K.: The three part fracture of
(25)
úmero, em 1970. Sorensen relata apenas sete casos en- the proximal part of the humerus. Operative treatment. J Bone
Joint Surg [Am] 68: 1410-1414, 1986.
contrados na literatura. Entretanto, a pseudartrose po- 9 . Hippocrates: The genuine works of Hippocrates, Baltimore, Wil-
(2,20,25)
de ocorrer até mesmo em fraturas pouco desviadas . liams & Wilkins, 1939.
A necrose avascular não foi encontrada em nossa 10. Jakob, R.P., Kristiansen, T., Mayo, K., Ganz, R. & col.: Classifi-
cation and aspects of treatment of fractures of the proximal hume-
série, apesar do tempo de seguimento médio ser inferior
rus, in Bateman, J.E. & Welsh, R.P.: Surgery of the shoulder,
a dois anos; entretanto, tratamos apenas fraturas em Philadelphia, B.C. Decker, 1984.
duas e três partes, onde a necrose avascular é menos fre- 11. Jones, R.: Certain injuries commonly associated with displace-
qüente. Encontramos na literatura relatos de até 34% ment of the head of the humerus. Br Med J 1386, 1906.
de necrose avascular, numa série de 17 pacientes trata- 12. Kapandji, A.: L’osteosynthèse par la technique des broches “en
palmiers” des fractures du col chirurgical de l’humérus. Ann Chir
dos com placa AO, provavelmente relacionada com a Main 8: 39-52, 1989.
agressão tecidual necessária para a colocação da pla- 13. kristiansen, B. & Christensen, S.W.: Plate fixation of proximal
c a .(26) . umeral fractures. Acta Orthop Scand 57: 320-323, 1986.
Complicações como consolidação viciosa, capsulite 14. Lucas-Championniere, J.: Traitement des fractures par le massa-
ge et la mobilization, Paris Rueff, 1895.
adesiva e outras não foram observadas. 15. Neer, C.S. & Rockwood, C.A.: Fractures and dislocations of the
shoulder, in Rockwood, C.A. & Green, D.P.: Fractures, 2ª ed.,
CONCLUSÕES Philadelphia, J.B. Lippincott, 1984.
16. Neer, C.S.: Displaced proximal humeral fractures. Part I — Clas-
1) O método permite boa fixação dos fragmentos, sification and evaluation. J Bone Joint Surg [Am] 52: 1077-1089,
com técnica pouco traumática (foco fechado). 1970.
2) Em 14 de 15 pacientes tratados por este método, 17. Neer, C.S.: Displaced proximal humeral fractures. Part II — Treat-
ment of three part and four part displacement. J Bone Joint Surg
foi obtida a consolidação com uma cirurgia.
[Am] 52: 1090-1103, 1970.
3) Os fios devem ser muito bem posicionados na 18. Rechtman, A.M.: Open reduction of fracture dislocation of the
cabeça do úmero, pois existe a possibilidade de migração humerus. J Bone Joint Surg 94: 1656, 1934.
superior. 19. Rockwood, C.A. & Matsen, F.A.: The shoulder, 1990. Chapter 9,
vol. 1, p. 278-334.
4) É importante fixar corretamente os fios na diáfi-
20. Rooney, P.J.J. & Cockshott, W.P.: Pseudarthrosis following pro-
se, pois em um caso ocorreu migração distal dos fios, ximal humeral fractures. A possible mechanism. Skeletal Radiol
evoluindo com perda da redução. 15: 21-24, 1986.
5) O resultado funcional foi bom na maioria dos 21. Rush, L.V.: Atlas of rush pin techniques, Meridian, M.E. Beviron,
1959.
pacientes (12 casos).
22. Santee, H.E.: Fractures about the upper end of the humerus. Ann
6) O método deve ser aplicado em maior número Surg 80: 103-114, 1924.
de pacientes, pois os primeiros casos apresentam resulta- 23. Sever, J.W.: Fracture of the head of the humerus. Treatment and
dos satisfatórios. result. N Engl J Med 216: 1100-1107, 1937.
24. Silfverskiold, N.: On the treatment of fracture dislocation of the
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