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Captando águas da chuva (e economize 51% do precioso líquido

que está faltando)


Por Gert Roland Fischer* 16-4-2010

A obtenção de água potável na Alemanha é dramática! Em determinadas cidades, como


Düsseldorf, são oferecidas para os consumidores, águas intragáveis que passaram mais de
quatro vezes pelas mesmas instalações de tratamento de esgotos domésticos. Os solos
urbanos e rurais foram contaminados com substâncias químicas perigosas e poluíram os
lençóis subterrâneos, diminuindo drasticamente as disponibilidades e reservas do líquido.
Para fazer face - de um lado - o problema das enchentes e de outro, a escassez, algumas
empresas desenvolveram projetos de recuperação e captação das águas da chuva.
Analisaram a legislação e verificaram que até 51 % das águas captadas nos telhados podem
ser utilizadas em vasos sanitários, lavadoras de roupas, chuveiros, lavadores de carros,
irrigação de jardins e hortas domésticas.

As águas tormentosas de verão, que despejam em poucos minutos grandes volumes,


podem ser coletadas em baterias de cisternas - 80% porosas, permitindo a infiltração dos
excedentes no solo, impedindo que essas águas nervosas atinjam as redes de drenagem nas
ruas. Passados os primeiros minutos das tormentas, abrandadas, as águas chegarão às
cisternas de armazenamento, e o que sobrar vai para as cisternas de infiltração, percolando
para as profundezas do solo.

Esta constatação permitiu ao legislador alemão, regulamentar o uso do solo em relação a


sua impermeabilização. Por outro lado resolveu também o problema da escassez da água
que em algumas regiões é comercializada em mais de 10 reais o metro cúbico.
Com esse projeto, tiveram as prefeituras, drasticamente reduzidas, as suas despesas com
indenizações por enchentes e ressarcimento por danos causados aos contribuintes.
Desenvolvi em Joinville-SC, um projeto piloto de captação de águas de chuvas, orvalho
e nevoeiros. O sucesso foi tamanho, que em períodos de pouca precipitação, o meu viveiro
florestal não necessita mais apelar para as águas potáveis produzidas pela municipalidade.
Por outro lado, diante da captação feita, menos água faço correr morro abaixo, águas que
poderiam carrear particulados sólidos, que fatalmente iriam entupir os drenos causando
enchentes e danos aos moradores dos fundos de vales ocupados clientelísticamente.

*Gert Roland Fischer é engenheiro agrônomo.

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