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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ......

ª VARA

TRABALHO DA COMARCA DE PIRACICABA - SP.

XXXXXXXXXXX, brasileira, casado,

recepcionista hospitalar, filha de XXXXXXXXXXXX, nascida em XXXXXXXXXXX,

portador da CTPS nº X série X, Cédula de Identidade R.G. n° XXXXXXX4 SSP/SP, CPF

nº XXXXXXXX, inscrito no PIS nº XXXXXXXXX, residente e domiciliada na

XXXXXXXXXX, não possui endereço eletrônico, por seu advogado e procurador que

esta subscreve, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro nos

artigos 840 da CLT, e 319 do CPC, propor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

pelo rito ordinário em face de XXXXXXXXXXXXXX, inscrito no CNPJ sob nº XXXXXXXX

estabelecido na XXXXXXXXXXXXX, endereço eletrônico desconhecido, pelos motivos de

fato e de direito a seguir expostos:

DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Cumpre ressaltar inicialmente que o STF

por meio das ADI’s 2.139-7 e 2.160-5 declarou inconstitucional a obrigatoriedade de

passagem do empregado pela Comissão de Conciliação Prévia, motivo pelo qual acessa

o autor diretamente a via judiciária, nos termos do artigo 625-D, § 3º da CLT.


DO CONTRATO DE TRABALHO

A RECLAMANTE iniciou suas atividades

laborativas na RECLAMADA em 11/11/2013, exercendo a função de recepcionista

hospitalar, serviço social, gerenciamento de leito, caixa, liberação de corpo, trabalhando

de segunda a sexta –feira das 06:00 as 14:30, e aos sábados das 07:00 as 13:00 horas, com

01:10 hora de intervalo, o qual não era respeitado em sua maior parte, o que seria

concedido para sua alimentação e descanso, ocorre que em 29/11/2013 a Reclamada

alterou o contrato da Reclamante ( doc. comunicado anexo) passando para jornada de

12x36, mas mantendo a Reclamante em labor 8:00 horas diárias, sendo dispensado sem

justa causa, com cumprimento de aviso prévio em 18/10/2017, quando então percebia o

salário de R$ 1.507,65 (hum mil quinhentos e sete reais e sessenta e cinco centavos) por

mês.

DO ACÚMULO DE FUNÇÃO

A autora era obrigada desde o início do seu

contrato de trabalho a fazer, recebimentos e fechamentos de caixas, liberação de corpos

e arrumação e liberação e gerenciamento de leitos, serviço social, além do fiel exercício é

claro, do seu oficio de recepcionista hospitalar, função real para que era contratada,

sofreu acúmulo de função pois, sem deixar as atribuições realizadas como recepcionista

hospitalar, passou a também se responsabilizar por todas as outras acima citadas, e

cumular estas tarefas.

Como já citado acima, materializou-se um

acúmulo de serviços substancial, porém sem correspondência remuneratória,

contrariando, assim, a característica básica do artigo 456 da CLT, qual seja, direitos e

obrigações que guardem a devida proporcionalidade e nos limites do contrato de

trabalho vivido, haja vista ter a ré imposto ao autor uma carga de trabalho maior, com

ausência da contrapartida no tocante à remuneração, requerendo-se que Vossa

Excelência arbitre um valor consentâneo com o “plus” de atribuições havido a contar de

11/11/2013, estimado em 40% do seu salário.

"Os limites do jus variandi as alterações

funcionais que mudam fundamentalmente a índole da prestação laboral. No caso


vertente, a reclamante foi contratada como recepcionista hospitalar e exercia

cumulativamente a função de (caixa) recebimentos e fechamentos de caixas, liberação de

corpos e arrumação e liberação e gerenciamento de leitos, serviço social, devendo o

empregador arcar com as diferenças salariais advindas do acúmulo de função. (TRT -

23ª R - TP - Ac. n.º 1951/95 - Rel. Juiz José Simioni - DJMT 04.10.95 - pág. 13)".

Por serem habituais, requer seus reflexos

nas verbas contratuais (13º salário, férias + 1/3, FGTS e DSR), bem como nas verbas

rescisórias descritas oportunamente.

DAS HORAS EXTRAS

Como mencionado, no tópico pertinente ao

contrato de trabalho, o reclamante conforme documentos de controle em anexo,

sempre extrapolava as horas diárias, visto que conforme comunicado anexo, a jornada

da Reclamante se tratava de 12x36, além de como comprova documento de ponto

anexo referente ao mês 04/2015, mais precisamente no dia 05/04/2015, a empregadora

exercendo sua austeridade em determinar que pleno domingo de Páscoa seria ponto

facultativo, ora Excelência se em qualquer calendário é determinado como feriado

nacional, que poder teria a Reclamada em alterar para ponto facultativo (doc.

anexo)anexo inclusive aos sábados e domingos, do limite máximo permitido de 44

horas previsto no artigo 7º, inciso XIII, da CF.

Sendo assim, faz jus o autor aos adicionais

de 75% nas horas extras e 100% horas extras sobre DSR e Feriados, conforme

Convenção Coletiva em anexo.

Por serem habituais, requer seus reflexos

nas verbas contratuais (13º salário, férias + 1/3, DSR e FGTS), bem como nas verbas

rescisórias (aviso-prévio, saldo de salário, 13º salário proporcional, férias

proporcionais + 1/3 e 40% sobre o FGTS) bem como nas verbas rescisórias descritas

oportunamente.

DO FGTS
A demandada não depositou os valores a

título de FGTS na conta vinculada da autora, no que tange as diferenças dos tópicos

supra-citados, devendo ser condenada a fazê-lo, inclusive sobre os valores pagos “por

fora”, o que desde já se requer, além da multa dos 40% do FGTS sobre os mesmos.

DA MULTA 467 DA CLT

Em razão da falta de pagamento das verbas

rescisórias tido como incontroversas na época própria, quais sejam, saldo de salário e

as férias vencidas e integrais acrescidas de 1/3, requer seu pagamento em primeira

audiência sob pena de serem acrescidas de 50%, tudo conforme preceitua o artigo 467,

da CLT, inclusive sobre os valores pagos “por fora”.

DA MULTA DO ARTIGO 477, § 8º DA CLT

A autora, como já salienta, foi abandona ao

bel prazer dos Reclamados em 08/2017, sendo que nada recebeu até o presente

momento, em total desacordo com os prazos estabelecidos nos § 6º do artigo 477,

motivo pelo qual requer o pagamento da multa prevista no § 8º do referido artigo, qual

seja, 1 salário.

DO ASSÉDIO MORAL

Ademais a Reclamante ainda era

perseguida pelo seu Supervisor Thiago, pois sempre era chamada por ele, para

ser criticada, porém todos os outros a elogiava, isso começou quando o Sr.

Thiago adentrou na função ora galgada por ele, pois antes disso era

considerados “amigos”, porém depois tudo mudou, sem a Reclamante na

entender, considerando um dos episódios, que podem ser identificado pelas

câmera do hospital, todos os funcionários do horário pertinente estavam no


refeitório , quando foi distribuído “chocolates vencidos” para os mesmos, claro que

todos tinham conhecimento de que não poderia levar refeições para o local de trabalho,

porém como de costume de todos, nesse dia inclusive a Reclamante, guardou o


chocolate, para ocasião posterior, e nessa ocasião o Sr. Thiago a chamou na sala e a

advertiu agressivamente, o que foi respondido por ela, - por que só eu? Se a maioria que

estava lá fizeram a mesma coisa, inclusive o Sr. Thiago mostrou na câmera para a

Reclamante e a mesma apontou as outras pessoas, que nada aconteceu, a partir dai, se

reforçaram os sarcasmos, desprezos e perseguições pelo Sr. Thiago, bem como do seu

abuso pelo cargo que ocupava, sem se preocupar com quem estivesse perto, como num

outro momento, qual seja a da demissão da Reclamante, diante dos fatos expostos,

verifica-se que a Reclamada violou uma norma jurídica, no que diz respeito aos direitos

dos trabalhadores, uma vez que humilhou publicamente e diretamente a Reclamante,

através do chefe imediato, e que, não obstante, continuou laborando de forma

competente para a Reclamada, diante do assédio moral.

Para elucidar a conduta, necessário se faz

mencionar o entendimento do ilustre ANDRÉ LUIZ SOUZA AGUIAR, que preconiza, in

verbis:

“toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se

sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos,

escritos que possam trazer dano à personalidade, à

dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma

pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o

ambiente de trabalho. ” (AGUIAR, André Luiz Souza.

Assédio moral: o direito à indenização pelos maus-

tratos e humilhações sofridas no ambiente de

trabalho. 2. ed. São Paulo: Ltr, 2006, p.27)

Condiz obrigação legal do empregador respeitar os

direitos trabalhistas, prezando pela personalidade moral de seu empregado e os direitos

inerentes a sua dignidade humana.

Esta proteção do bem-estar do trabalhador, é regida

pelos princípios contidos na Constituição Federal, de igualdade e de inviolabilidade da

honra, contidos nos incisos III, V e X do art. 5º da Constituição Federal, que diz:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção

de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros

e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à

igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos

seguintes:

III – ninguém será submetido a tortura nem a

tratamento desumano ou degradante;

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional

ao agravo, além da indenização por dano material,

moral ou à imagem;

X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a

honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito

a indenização pelo dano material ou moral

decorrente de sua violação. (BRASIL, 1988)

Perante os fatos relatados, evidencia-se a violação

também do princípio da dignidade da pessoa humana, este de valor fonte de todo

ordenamento jurídico, e fundamento da República Federativa do Brasil, no

art. 1º, III da Constituição Federal.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada

pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e

do Distrito Federal, constitui-se em Estado

Democrático de Direito e tem como fundamentos:

III – a dignidade da pessoa humana. (BRASIL, 1988)

Com as humilhações e ofensas sofridas pelo

Reclamante, requer que seja reconhecido os danos sofridos pelo assédio moral.
DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Primeiramente, cabe aqui ressaltar que Tribunal

Superior do Trabalho reconheceu a competência da Justiça do Trabalho para julgamento

de dano moral decorrente da relação laboral apenas em abril de 2003, com a edição da

Orientação Jurisprudencial nº 327, da SDI-1/TST, depois convertida na Súmula nº 392,

de seguinte teor:

DANO MORAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA

DO TRABALHO. (Conversão da Orientação

Jurisprudencial nº 327 da SDI-1 – Res. 129/2005 – DJ

20.04.2005). Nos termos do art. 114 da CF/1988, a

Justiça do Trabalho é competente para dirimir

controvérsias referentes à indenização por dano

moral, quando decorrente da relação de trabalho.

(ex-OJ nº 327 – DJ 09.12.2003).

Os fatos ocorridos com o Reclamante durante a

relação de emprego, na qual, seu chefe imediato proferiu ofensas e humilhações

ocasionaram sérios danos psicológicos. E configurados tais danos, merecem devida

indenização.

Nesse sentido, o Tribunal Regional do Trabalho da

1ª Região tem se manifestado da seguinte forma:

DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO.

TRATAMENTO INADEQUADO DISPENSADO

PELO SUPERIOR HIERÁRQUICO. ASSÉDIO

MORAL. MAJORAÇÃO. INDENIZAÇÃO.

Atinge a esfera íntima do trabalhador, em sua

honra e dignidade, o inadequado e desrespeitoso

tratamento dispensado por superior hierárquico

contendo ofensas e humilhações. Configurado o


dano ao patrimônio íntimo do obreiro, há de

merecer a atitude do empregador exemplar

reprimenda do Judiciário, impondo-se a respectiva

reparação. Apelos obreiro e patronal improvidos.

(TRT-1 – RO: 00008006920115010008 RJ Relator:

Rosana Salim Villela Travesedo, Data de

Julgamento: 11/12/2013, Décima Turma, Data de

Publicação: 07/02/2014) (grifo nosso)

Assediar significa estabelecer um cerco,

humilhando, inferiorizando e desqualificando-o de forma sistemática e repetitiva ao

longo da jornada de trabalho. São ataques verbais, gestuais, perseguições e ameaças

veladas ou explícitas, que frequentemente envolve fofocas e maledicências. Estes

ataques e calunias, ao longo do tempo, desestabilizaram o Reclamante, atingindo sua

dignidade e moral e devastando a sua vida. Logo, assediar constitui ato ilícito, obrigando

o causador a repara-lo.

A relação trabalhista garante o cumprimento de

valores e princípios, principalmente constitucionais, e qualquer lesão a um desses pode

justificar a indenização, como determina o Código Civil Brasileiro em seu artigo 927,

como vemos in verbis:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e

187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-

lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o

dano, independentemente de culpa, nos casos

especificados em lei, ou quando a atividade

normalmente desenvolvida pelo autor do dano

implicar, por sua natureza, risco para os direitos

de outrem. (BRASIL, 2002)


Logo, evidenciado o dano moral causado pela

Reclamada, este deve ser reparado, com a devida indenização, para garantir a segurança

do Reclamante e para que a aplicação desta sanção represe tal conduta.

DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA DOS HONORÁRIOS

ADVOCATÍCIOS

Com base no artigo 4º da Lei 1060/50 a

parte autora declara não possuir meios de arcar com os custos da demanda judicial

sem prejuízo direto seu e de sua família, razão pela qual pede a concessão do benefício

da Justiça gratuita, de acordo com artigos 2º, 3ª e 4º da Lei 1060/50, com as

modificações da Lei 7.510/86 e 7510/86 e art. 790, da CLT.

Em vista do exposto, requerem o

deferimento da justiça gratuita, isentando o autor do pagamento das custas

processuais, honorários periciais e emolumentos, amparado no entendimento contido

na Orientação Jurisprudencial nº 331 da SDI-I do TST.

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Por ato contínuo, o artigo 791-A da CLT é

claro ao dispor o cabimento de honorários sucumbenciais advocatícios de 5% a 15%,

desde já requeridos no importe a ser fixado pelo prudente arbítrio de Vossa Excelência.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, REQUER, sobre TODA

A CONTRATUALIDADE:

a) Diferenças da remuneração “adicional de função 40%” nas verbas

contratuais, já descritas----------------------------------------------------R$ 36.183,60;

b) Diferenças da remuneração “adicional de função 40%”nas verbas

rescisórias, já descritas-----------------------------------------------------R$ 2.121,89;

c) Horas extras 75% nas verbas contratuais, jornada de trabalho e rescisórias,

já descritas--------------------------------------------------------------------R$ 6.754,96;
d) Horas extras 100% nas verbas contratuais, jornada de trabalho e rescisórias,

já descritas---------------------------------------------------------------------R$ 7.219,71;

e) DSR sobre horas extras ----------------------------------------------------R$ 2.821,13;

f) FGTS NÃO RECOLHIDO sobre as diferenças da remuneração “adicional de

função 40%” e horas extras: O pagamento direto nos autos, por medida de

celeridade e economia processual, do FGTS do contrato-----------R$ 4.408,10;

g) MULTA DOS 40% DO FGTS NÃO RECOLHIDO sobre as diferenças da

remuneração “adicional de função 40%” e horas extras : O pagamento direto

nos autos, por medida de celeridade e economia processual, do FGTS do

contrato e rescisórios-------------------------------------------------------R$ 1.763,24;

h) Multa do artigo 467 da CLT-----------------------------------------------R$ 1.507,65;

i) Multa do artigo 477, § 8º da CLT-------------------------------------------R$ 1.507,65;

j) Assédio Moral e Dano Moral--------------------------------------------- R$ 100.000,00;

k) ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA -----------------------------inestimável;

l) HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS--------------------------------------inestimável;

DAS PROVAS

Protesta provar o alegado, por todos os

meios de provas admitidas em direito, especialmente pelo depoimento pessoal do

reclamado, oitiva de testemunhas, perícia, sem prejuízo de qualquer outra

eventualmente cabíveis.

DA NOTIFICAÇÃO

Por fim, requer digne-se Vossa Excelência

em determinar a notificação da reclamada para, querendo, vir a juízo responder por

todos os termos e atos da presente, sendo, ao final, julgada totalmente procedente esta

reclamatória, com a condenação da reclamada em todos os itens do pleito.

DO VALOR DA CAUSA

Dá-se a causa o valor de R$ 164.287,93

(cento e sessenta e quatro mil duzentos e oitenta e sete reais e noventa e três centavos).
Nestes termos,

pede deferimento.

Piracicaba, 23 de Novembro de 2.018.

__________________________________

XXXXXXXXXXXX

OAB/SP nº XXXXXXXX

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