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Definição (o que é)
O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa).
Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta
humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom
funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste
sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada
com o sentimento de justiça social.
A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e
culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os
valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos.
Códigos de ética
Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética. Num
país, por exemplo, sacrificar animais para pesquisa científica pode ser ético. Em
outro país, esta atitude pode desrespeitar os princípios éticos estabelecidos.
Aproveitando o exemplo, a ética na área de pesquisas biológicas é denominada
bioética.
Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe
também a ética de determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido,
podemos citar: ética médica, ética profissional (trabalho), ética empresarial,
ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística, ética na política, etc.
Antiética
Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual pertence é chamado de
antiético, assim como o ato praticado.
https://www.suapesquisa.com/o_que_e/etica_conceito.htm
A Ética é uma parte da filosofia prática também conhecida por filosofia moral. Os
problemas principais da ética estão relacionados com os fundamentos do dever e com
a natureza do bem e do mal, ou seja, tudo aquilo que está relacionado com o modo
como devemos viver. Não por acaso, a palavra “ética” vem do grego éthikos e significa
modos de ser. Em outras palavras, esse termo pode ser entendido como a reflexão
sobre o comportamento moral.
Kant e o Imperativo Categórico
A área da ética que enfrenta a questão do modo como devemos viver é a Ética
Normativa, que floresceu na época do Iluminismo, quando os filósofos passaram a
entender que aquilo que deveria pautar as escolhas morais deveria ser a razão
humana, e não os valores religiosos. O imperativo categórico de Kant é uma
importante expressão das perguntas acerca da ação moralmente correta que
marcaram esse período. Por meio do Imperativo Categórico, Kant procurou
proporcionar um padrão pelo qual determinamos o que é obrigatório ou permissível
fazer.
Mas o homem, sabia Kant, não é formado apenas de razão, pois ele possui também
desejos, medos e interesses que interferem em suas decisões. Por isso, Kant acreditava
que, em qualquer decisão, o homem deveria observar se sua ação pode ser
universalizada, ou seja, aplicável a todos sem que ninguém seja prejudicado por ela. Se
não puder ser universalizada, não se trata de uma ação moralmente correta.
A ética de Kant pode ser entendida como formalista, ou seja, ele apresenta uma forma
de agir moralmente correta, mas não especifica o que devemos ou não fazer em
situações concretas. O filósofo Hegel criticou o formalismo de Kant e propôs uma ética
vinculada à história, ao contrário do que ele entendia ser a ética kantiana, que, por não
levar em conta a história e o desenvolvimento da sociedade, não conseguia resolver os
problemas do indivíduo concreto.
Uma área que se desenvolveu a partir da Ética Aplicada foi a Bioética, que discute,
entre outros problemas, aqueles relacionados com o uso de animais em experimentos
científicos.
Sócrates já dizia algo no mesmo sentido que Kant, mas, para ele, a alma humana era,
em sua essência, razão e nela deveriam ser encontrados os fundamentos da moral.
Platão, por sua vez, desenvolveu esse pensamento com uma distinção entre corpo e
alma: o corpo, por ser dotado de paixões, poderia desviar o homem do bem. Para
alcançar a ideia de bem, o homem precisaria da pólis, de modo que aquele que age de
forma ética é bom e, também, um bom cidadão.
A ética aristotélica é um estudo da virtude – em grego, areté, que também pode ser
traduzido por “excelência”. Isso significa que o objetivo do ser humano é atingir o grau
mais elevado do bem humano – a felicidade. Para alcançar a virtude, o homem precisa
escolher “o caminho do meio”, a justa medida das coisas, e agir de forma equilibrada.
A covardia e o medo de tudo, por exemplo, não seriam o certo, mas não ter nenhum
medo também não. A melhor forma de agir seria preservar a cautela, evitando os
excessos, tanto de medo tanto de destemor.
Para alcançar a felicidade, cada ser precisa cumprir sua faculdade. A faculdade
principal do homem e que o distingue dos outros animais é a racionalidade. Essa é a
maior virtude do homem. Sendo assim, para ser feliz, na concepção de Aristóteles, ele
precisa exercitar a sua capacidade de pensar. Como o homem não vive sozinho, seu
agir virtuoso também terá impacto na relação que estabelece com os outros, ou seja,
na vida social e política.
Cada ser pensante traz consigo a noção do que é certo e do que é errado,
tendo em vista que ao nascer nos deparamos com determinados costumes,
crenças e valores atribuídos por familiares que, segundo o filósofo Mario Sérgio
Cortella, é o ponto de partida para a formação ética.
2 ÉTICA NA SOCIEDADE
Nos dias atuais com um mundo cada vez mais globalizado e competitivo as
organizações empresariais preocupam-se em com a ética nos seus negócios
mostrando-se cada vez mais eficaz para competir com sucesso e obter
resultados positivos e compensadores nas suas vendas e satisfação dos
funcionários, cliente fornecedores e da sociedade em geral. Conforme Nash
(2001):
“Ética dos negócios é o estudo da forma pela quais normas morais pessoais se
aplicam às atividades e aos objetivos da empresa comercial. Não se trata de
um padrão moral separado, mas do estudo de como o contexto dos negócios
cria seus problemas próprios e exclusivos à pessoa moral que atua como um
gerente desse sistema”.
4 ÉTICA NA RELIGIÃO
Nos dias de hoje com acesso a informação por muitos meios de comunicação e
conhecimento a maioria dos indivíduos já divide opiniões não quais acreditam
que não é obrigatório ter um comportamento religioso para ser moral e ético.
O que é Deontologia:
O termo deontologia foi criado no ano de 1834, pelo filósofo inglês Jeremy
Bentham, para falar sobre o ramo da ética em que o objeto de estudo é o
fundamento do dever e das normas. A deontologia é ainda conhecida como
"Teoria do Dever".
Immanuel Kant também deu sua contribuição para a deontologia, uma vez que
a dividiu em dois conceitos: razão prática e liberdade.
Para Kant, agir por dever é a maneira de dar à ação o seu valor moral; e por
sua vez, a perfeição moral só pode ser atingida por uma livre vontade.
Respeito mútuo
Uma sociedade com bases democráticas exige que se respeite a dignidade do ser
humano e a convivência com respeito no ambiente escolar é a melhor experiência que
pode ser oferecida ao aluno pois, desta maneira, além de vivenciar ele pode refletir
sobre o respeito nas diferentes áreas de conhecimento, aprendendo a respeitar e a
exigir respeito (PCNs/BRASIL, 1998).
Para que os alunos sejam capazes de exercer o respeito mútuo, é imprescindível que
professores e administração também o façam, o que exige coerência entre o discurso e
a prática cotidiana.
Assim como no contexto escolar de forma geral, nas aulas de Educação Física há
meninos e meninas, alunos com características diferentes, alguns com limitações no
desempenho, outros habilidosos para determinadas atividades, alunos portadores de
necessidades especiais, outros tímidos e resistentes à aproximação etc. Todos os
alunos estão, como na sala de aula, usufruindo o mesmo direito à educação e à
participação.
Nas situações de preconceito como aquelas em que se estigmatizam indivíduos com
apelidos pejorativos, por exemplo, os alunos cuja aparência não corresponde a um
“modelo” criado e ocasionalmente valorizado, todos devem ter consciência para
identificar e repudiar as situações de desrespeito, assim como de humilhação e
vergonha.
Atitudes como estas, muitas vezes, são glorificadas. Um jogador que marcou um gol
com a mão salvando seu time da derrota é valorizado por sua esperteza em vez de ser
criticado por sua atitude “anti-esportiva”. Exemplos como estes somados à
importância que o futebol representa na sociedade brasileira, conduzem a necessidade
de se refletir sobre todos os valores e atitudes nele presente.
Justiça
O critério da igualdade indica que todas as pessoas têm direitos iguais, não existe
razão para que sejam tratadas de maneiras diferentes ou que alguns grupos recebam
mais privilégios que outros, contudo deve-se considerar a igualdade de direitos
articulada às diferenças que caracterizam os indivíduos.
Deste modo, de acordo com os PCNs (BRASIL, 1998) este conceito deve ser ampliado
pelo de equidade, pois, na grande maioria das vezes, as pessoas não se encontram em
posição de igualdade. Existem as diferenças físicas, de condições sociais, econômicas
etc. Seria injusto não considerar essas diferenças, por exemplo, ao destinar crianças e
adultos aos mesmos trabalhos, assim como, dar igual recompensa ou castigo a todas
as ações, punir um crime de infração e um de assassinato da mesma maneira ou
atribuir a mesma nota a todos os alunos.
No contexto escolar, atuar com justiça nas diferentes situações que se apresentam é
um desafio muito grande, pois não existe um modelo que indique como ser justo,
muito menos métodos que garantam esse aprendizado, já que as situações reais são
sempre complexas.
Nas aulas de Educação Física os professores também devem estar atentos a todas
estas questões, às normas para o bom andamento das aulas e a preservação da
segurança dos alunos devem ser expostas e esclarecidas de modo que todos entendam
a necessidade de se respeitá-las. Por exemplo, dirigir-se à quadra em silêncio e sem
correria evita atrapalhar as outras classes e o contato brusco com outros alunos, o que
pode ferir a integridade física de alguém.
É preciso ter claro que as sanções devem punir somente os culpados (por exemplo,
não optar por aplicar castigo a uma classe toda por não conhecer o responsável pelo
delito), ser aplicadas de maneira justa, por reciprocidade, ou seja, proporcionais à falta
cometida.
Aplicar castigos físicos também é algo que deve ser totalmente evitado, pois pode
humilhar os alunos, enquanto as sanções coletivas podem causar sentimento de
revolta e injustiça nos que não têm culpa e estão sendo punidos.
O professor deve estar muito atento também para a questão da inclusão dos alunos
nas aulas, pois independentemente de suas habilidades, todos têm o mesmo direito de
usufruir as atividades propostas.
Não podemos deixar de considerar que o componente da afetividade faz com que os
professores acabem por criar laços com determinados alunos que são diferentes em
relação a outros, por isso, a necessidade em se procurar sempre estabelecer uma
postura que não demonstre qualquer tipo de injustiça frente a uma mesma falta
cometida por alunos diferentes.
Atuar com justiça em todas as situações que ocorrem no contexto escolar é muito
difícil, pois vários fatores fazem com que cada caso seja diferente. No entanto, os
professores devem estar sempre muito atentos para não cometer injustiças com os
alunos, especialmente diante da classe. Tratamentos privilegiados são percebidos
pelos alunos e constituem injustiças, já que por direito todos devem ser tratados da
mesma maneira.
Estes são exemplos de situações para as quais os professores devem estar atentos e
que podem ser utilizadas nas aulas de Educação Física para o desenvolvimento do
princípio da justiça que, além de fundamental no contexto escolar e das diversas áreas
de conhecimento, também o é para a vida em sociedade.
Solidariedade
A solidariedade pode ser considerada como a expressão concreta do respeito que os
indivíduos tem entre si, demonstrando sentimentos de interdependência e
pertinência, por meio dos quais a pessoa ou comunidade se sente unida e adquire
como dever compartilhar interesses e ideais, considerando a repercussão de seus atos
na vida coletiva (PCNs/BRASIL, 1998).
Podemos considerar que existem diversas formas de ser solidário, como ajudar
pessoas necessitadas engajando-se em campanhas de socorro, por exemplo, em prol
de vítimas de terremotos ou enchentes e participar ativamente do espaço público e na
vida política (PEREIRA-AUGUSTO, 2001).
Essa participação é tão importante para o aluno especial quanto para os demais que
têm a oportunidade de aprender a lidar com uma situação diversa, respeitando as
limitações do outro e contribuindo para que cada vez mais elas sejam minimizadas.
A convivência com estes alunos pode ser muito valiosa para toda a comunidade
escolar no sentido de que permite que todos os alunos aprendam a convier com as
limitações e diferenças das pessoas, além disso, nas aulas de Educação Física, por
exemplo, pode mobilizar os alunos a procurar meios que facilitem a participação dos
alunos especiais nas atividades físicas realizadas. Por meio do conhecimento, da
vivencia de situações concretas e pela reflexão sobre elas é que os alunos podem
construir uma postura solidária.
Aulas nas quais algumas noções de primeiros socorros sejam ensinadas também
podem preparar os alunos para lidar com questões deste tipo quando necessário,
assim como a elaboração de uma lista com os principais números de telefones que
podem ser consultados em situações de emergência.
Diálogo
O ato da comunicação é inerente aos seres humanos e pode ser praticado em
diversas dimensões, como a expressão corporal por meio de gestos ou olhares, uma
conversa entre duas pessoas, um debate público, uma discussão científica etc.
(PCNs/BRASIL, 1998).
De acordo com os PCNs (BRASIL, 1998), pela própria necessidade que o homem
possui de se comunicar, um dos objetivos mais importantes da educação é, sem
dúvidas, fazer com que os alunos consigam participar do universo da comunicação
criado pelos homens, para que, utilizando os instrumentos de que ela dispõe, consiga
elaborar e emitir suas próprias mensagens.
Os PCNs (BRASIL, 1997) indicam que a relação professor-aluno tem uma importância
fundamental neste processo, a fala do professor dever ser sempre muito clara e
objetiva, evitando-se ambigüidades. Da mesma forma, deve exigir dos alunos clareza,
evitando a ocorrência de expressões vagas que permitam interpretações variadas.
O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, no uso das atribuições que lhe
confere o inciso IX do art. 43 do Estatuto do Conselho Federal de Educação Física e:
CONSIDERANDO que um país mais justo e democrático passa pela adoção da ética na promoção
das atividades físicas, desportivas e similares;
CONSIDERANDO ser o Código de Ética dos Profissionais de Educação Física, sobretudo, um código
de ética humano, que contém normas e princípios que devem ser por estes seguidos, e se aplicam
às pessoas físicas devidamente registradas no Sistema CONFEF/CREFs, por adesão, demonstrando,
portanto, a total aceitação aos princípios nele contidos;
RESOLVE:
Art. 1º - Fica aprovado o Código de Ética dos Profissionais de Educação Física, na forma do anexo
desta Resolução.
PREÂMBULO
Este Código propõe normatizar a articulação das dimensões técnica e social com a
dimensão ética, de forma a garantir, no desempenho do Profissional de Educação
Física, a união de conhecimento científico e atitude, referendando a necessidade de
um saber e de um saber fazer que venham a efetivar-se como um saber bem e um
saber fazer bem.
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
CAPÍTULO II
Dos Princípios e Diretrizes
CAPÍTULO III
Das Responsabilidades e Deveres
CAPÍTULO IV
Dos Direitos e Benefícios
CAPÍTULO V
Das Infrações e Penalidades
CAPÍTULO VI
Disposições Finais