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21/11/2010

Direito das obrigações

1- Relação jurídica (eficácia relativa/ intersubjetiva)

CREDOR DEVEDOR
OBJETO
(PRESTAÇÃO)

2- Breve histórico

Ramo com menos influência de transformações sociais porque tudo remete ao Direito Romano;
Marco obrigacional

CONTRATO DE NEXUM (empréstimo de hoje= mútuo)

Ligação pessoal

Penhor da liberdade (tornava escravo do credor ou podia vendê-lo numa feira


para além do Rio Tigre)

MANUS INJECTIO
(execução corporal - pessoal)

Quando houvesse Concurso de Credores era possível o esquartejamento

Isso cessa com o advento da LEX POETELIA PAPIRIA 426 A.C. é um marco e graças a ela
estamos estudando o Dto obrigacional atual

A sujeição corporal deixou de existir e passou a ser a responsabilização via patrimonial –


quem responde é o patrimônio e não mais a vida do devedor

Pergunta-se: No nosso ordenamento existem obrigações corporais que remontam a esse


período?

1) Prisão do depositário infiel (existe decisão do STF que não mais admite
prisão de depositário e súmula vinculante de número 31)
2) Devedor injustificado de alimentos

O STF entendia como constitucional a prisão de depositário infiel, além de parte


substancial da doutrina, hoje não mais.
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OBS: Ver a questão da alienação fiduciária em garantia (art. 1361 do CC)

REGRA: NINGUÉM PODE SER PRESO POR DÍVIDA, exceto o que fora apresentado acima.
Neste caso essas prisões tratadas são civis

3- CONCEITO de OBRIGAÇÃO: Ob. + Ligatio - ligação de 2 ou mais pessoas em torno de


um vínculo – há uma ligação, um liame jurídico

Segundo Caio Mário – obrigação é o vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa pode exigir
de outra uma obrigação economicamente apreciável.

SUJEITOS:

CREDOR tem direito subjetivo de receber uma obrigação – obrigação em sentido técnico
(dotado de coercitibilidade)
DEVEDOR dever jurídico de realização de uma prestação (no sentido mais amplo: votar,
dever de fidelidade no casamento...)

4- REQUISITO: ECONOMICIDADE Perdas e danos

Esta prestação deve ser economicamente apreciável, para poder distinguir a obrigação em
sentido técnico do dever jurídico – tudo girará em torno de patrimônio.

5- ELEMENTOS
Credor
SUBJETIVO Sujeitos
Devedor

OBJETIVO Prestação Dar


Fazer
Não-fazer

ESPIRITUAL Como vai se dar o liame entre C e D? no passado era pessoal e hoje é entre
C e D, economicamente apreciável, de forma patrimonial e não mais pessoal

Temos como exemplo uma obrigação que pode se caracterizar pelos três verbos nucleares
acima referidos, ou seja, caracterizar as 3 formas objetivas. Exemplo: colocação de uma
janela, eis que se eu me comprometo a colocar uma janela, é por que eu tenho, em sentido
amplo, que dar algo; enquanto que, no sentido de fazer, é a própria colocação e, na obrigação
de não fazer, significa que eu sou obrigada a respeitar o direito de vizinhança, ou seja, não
colocar a janela menos de metro e meio da construção vizinha.

OBS: É imprescindível a observância do art. 104 do CC quando estivermos tratando sobre


direito obrigacional, uma vez que, como qualquer outro negócio jurídico, exige-se objeto lícito
possível, determinado (determinável)...
Neste sentido, é importante analisar que para alguns doutrinadores existem duas teorias que
agasalham o direito obrigacional, quais sejam:

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TEORIA UNITÁRIA: Não é a mais aceita

CREDOR = TITULAR DE DIREITO SUBJETIVO


DEVEDOR = DEVER JURÍDICO (deve alguma coisa ao credor ou vai
ser responsabilizado)

TEORIA DUALISTA: a qual demonstra que existem dois momentos bem claros,
Quais sejam:

1° momento DEBITUM – na língua vernácula obrigação propriamente


dita/assumida e em alemão Schudt – é a obrigação primitiva

2° momento OBLIGATIO – na língua vernácula responsabilidade e


em alemão Haftung – é a consequência

Atenção: alguns dizem que seria um momento processual (art.591 CPC tendo como expoente
Alexandre Câmara, mas a maioria não entende dessa forma é diz que é relação de direito
material, pois neste momento processual, somente o ESTADO é quem estaria autorizado a
entrar no patrimônio alheio para resgatar esta responsabilização).
.
Ou seja,

A obligatio gera a responsabilidade = ela é consequência da obrigação

De não fazer

RESPONSABILIDADE CIVIL De não dar

De fazer quando não é para fazer

Ex: Causei dano = tenho que arcar com as CONSEQUÊNCIAS.


A teoria dualista explica também a responsabilidade contratual e a responsabilidade
extracontratual já dominada.
Segundo a teoria DUALISTA sobre as obrigações, existe:

Débito sem responsabilidade, no caso das obrigações naturais, sendo representado pelas
dívidas de jogo e dívidas prescritas. Tem obrigação, mas não tem responsabilização
patrimonial.

Responsabilidade sem obrigação = fiança (o fiador não é devedor, ele é apenas responsável,
embora não tenha assumido o débito – ele não tem débito, mas poderá ficar obrigado, se ela
não for cumprida).

Passamos a estudar 3 modalidades que não estão elencadas no nosso CC ( a partir do art. 233
do CC, mas que estão presentes na nossa vida)
6- TIPOS DE OBRIGAÇÕES NÃO PREVISTAS NO CC

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A. DA OBRIGAÇÃO NATURAL

MORAL JURÍDICA
ou
NATURAL (ou juridicamente inexigível)

A NATURAL NÃO É DOTADA DE COERCITIVIDADE! mas existe direito subjetivo!!!!

É mero dever moral e social = conceito de justiça.


Não pode ser judicialmente exigível.

Exs: Dívidas de jogo/ Arts. 814-817 do CC.


Dívida prescrita.
Herdeiro testamentário que teria benefício no testamento que após aberto foi anulado.
Pagamento de juros não estipulados.
Tio avô que paga alimentos ao sobrinho.

Em verdade, é uma OBRIGAÇÃO SEM RESPONSABILIDADE: Atende reclames; dever de


consciência de quem paga.

- Efeitos 882 CC
- O CC chama de obrigação juridicamente inexigível = obrig. natural
- Quem cumpre obrig. natural não tem direito a repetição do indébito. Art. 876
- E quem paga? Tem direito a reaver o pagamento indevido? Não. Art. 882 – neste caso é
vedado porque não há indébito, há uma obrigação sem indébito.

B. OBRIGAÇÃO PROPTER REM

EM RAZÃO DE COISA

Existe, ainda, outro tipo de obrigação Outras designações:


que não está elencada nos diplomas
legais, mas contemplada pela doutrina, / OB. REM / AMBULATORIAL / MISTA /REAL
como é o caso da obrigação Propter / D. REAL INOMINADO.
rem

A propter rem é aquela que nasce em razão da coisa. É chamada de ambulatorial, pois com ela
caminha.

Ex: IPTU / ITR / Pagamento de condomínio: Ela é um misto de direito pessoal com o direito
real.

PROPTER REM ≠ ÔNUS - ENCARGO REAL (depende de Registro)


Ninguém é credor hipotecário sem o Registro.
A propter rem não nasce da propriedade, mas nasce da titularidade de Direito Real.
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A Propter rem não exige registro.

Obrigação PROPTER REM ≠ OBRIGAÇÃO COM EFICÁCIA REAL (pois esta última é
excepcional, pq tem oponibilidade erga omnes que não está presente na propter rem)

Ex: Contrato de locação averbado no Registro de Imóveis com cláusula de vigência com pelo
menos 30 dias de antecedência de aviso para desocupação, significa que o novo comprador
(terceiro adquirente tem obrigação com eficácia real, terá que cumprir) deverá respeitar o
período de vigência do imóvel alugado e não poderá despejar o inquilino.

C.OBRIGAÇÃO DE MEIO E DE RESULTADO

Como é cumprida a Obrigação de meio? Quando o DEVEDOR CUMPRE a atividade a que


se propôs sem se comprometer com o resultado.
Ex: cursinho, cirurgia cardíaca (obrigação de meio), advogado (prestação de serviço sem a
vinculação de êxito).

Obrigação de Resultado: Aqui o DEVEDOR ASSUME UM RESULTADO. Ex:


construção/empreitada, costureiro/alfaiate, costureira do vestido da debutante/ da noiva.

CONTROVÉRSIA na obrigação de resultado:

Ex: cirurgia plástica que poderá ser:

Reparadora ou Embelezadora
(Meio) (Resultado - corrente majoritária)
Ele assegura - assume o resultado

Não cumpre Cumpre (consegue)


Não consegue

Obrigação cumprida
Responsabilidade civil

Danos morais e materiais

(desde que não seja caso fortuito)

Ou
contribuição (culpa exclusiva
Ou do paciente)

7 - FONTES DAS OBRIGAÇÕES

a- Lei: ver art. 186


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b- Contrato
c- Declaração unilateral de vontade

Ex. de declaração unilateral de vontade, sob a forma de uma promessa de recompensa:


quando, por exemplo, o Big anuncia que cobre qualquer oferta da concorrência, no produto
ferro de passar.

Há uma proposta vinculativa

Promessa de recompensa

O cheque gera obrigação para emitente, é um exemplo que está dentro da disciplina dos títulos
de crédito, uma vez que é um título ao portador.

É importante, ainda, referir o que consta nos títulos VII e VIII do CC Arts. 854-886, que
tratam dos atos unilaterais, tais como:

- Promessa de recompensa – ex. “Quando o big propõe a venda de um ferro de passar a um


custo infinitamente inferior ao preço ofertado pelos demais estabelecimentos, isto, na verdade,
é uma proposta vinculativa, ou seja, como se fosse uma promessa de recompensa, uma vez
que a pessoa apresentando o folheto (do big) ao próprio Big que informava o fato de ele cobrir
o preço da concorrência, concede ao adquirente que o fez em outra loja, o cumprimento da
proposta de cobertura do folheto. Arts. 854 a 860 – o que criou a obrigação foi a declaração de
vontade, nem lei, nem contrato, etc....

- Gestão de negócios; 861 a 875


- Pagamento indevido; 876 a 883
- Enriquecimento sem causa. 884 a 886 ( novidade)

Títulos de crédito é o título VIII, falado acima – exemplo título ao portador: preenchido
(cheque) gera obrigatoriedade por declaração de vontade

d- Atos ilícitos – no fim do ato ilícito está a lei, também analisado pelo art. 186 do CC

8 - MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES – (previstas no CC, art. 233-256)

8.1 Quanto ao objeto (prestação / comportamento humano)

Positivas = “Dar” e “Fazer”

Negativas = “De não fazer”  Ex. O possuidor não pode fazer benfeitorias no imóvel, pois não
tem permissão para o ato por parte do proprietário ou detentor.

É importante salientar que o código civil não traz expressamente as obrigações de


ENTREGAR e RESTITUIR, no entanto, é fundamental a sua apreensão, e podemos dizer
que elas estão inseridas dentro do contexto das obrigações...

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* DE ENTREGAR COISA
Coisa certa = Determinada.
Coisa incerta = Devendo ser determinada pelo gênero e quantidade.

* DE RESTITUIR
Nesse caso de restituir, a coisa já pertence ao credor.

* OBRIGAÇÃO PECUNIÁRIA – solver em dinheiro (pagamento Arts. 315/316/318)

* OBRIGAÇÃO DE DAR

OBJETO = É o comportamento e não a coisa  Prestação Humana  Entrega de uma coisa

8.2 Requisitos:

- Respeito ao Princípio Cardeal à identidade da coisa devida, do corpo certo, ou seja, que é o
cumprimento em espécie. Antigamente ( pelo CC de 1916) estava previsto neste capítulo
obrigacional, agora está no capítulo do Pagamento ( art. 313 abaixo, o qual deve ser
respeitado).
- CREDOR não é obrigado a aceitar coisa diversa.
- Art. 313 – Princípio da identidade.
- Preservar Princípio da boa fé objetiva.( art. 422 ), ou seja, não se deve romper a confiança
obrigacional e da boa-fé subjetiva (art. 1214) ambos do CC

LER Arts
233-242- Seção I OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA e nela encontramos tanto a de
ENTREGAR = 234-237- Seção II (Obrigação de entregar coisa certa), quanto a de
RESTITUIR 243-246- 238-242- (Obrigação de restituir)
OBS: O artigo 313 é comum as duas espécies.

*Se a coisa principal tem acessórios, eles seguem a principal (é uma máxima que pode ser
relativizada, de tal sorte que, no prosseguimento do conteúdo iremos verificar que essa
premissa nem sempre é verdadeira, embora seja a mais usual). Logo,
PRESUME-SE regra que o acessório segue o principal, salvo se houver RESSALVA (por
circunstâncias fáticos= do caso concreto).

Art. 234 – OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA NA MODALIDADE DE ENTREGAR.


Neste artigo em específico, é possível extrair-se a possibilidade da repartição dos riscos: se a
coisa vir a deteriorar-se (perder o valor) ou perecer (terminar), as consequências serão
divergentes.
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Entregar = a coisa pertence ao devedor até que ele faça a entrega (tradição)
Restituir = a coisa JÁ pertence ao credor (locador no nosso exemplo).

(ex: compra e venda) (ex: comodato)

Obrigação de entregar a coisa Obrigação de restituir


certa res perit domini a perda resta para o
dono

Sem culpa do devedor Sem culpa do devedor


(Credor sofre prejuízo)
Perecimento da
(art. 234, 1ª parte)
coisa
Resolve-se a obrigação (art. 238)
Soluciona-se a obrigação +
ressalva o pagamento até o dia da perda.
Sem perdas e danos

Sem perdas e danos


Com culpa do devedor Com culpa do devedor
Perecimento da
coisa
Soluciona-se a obrigação com Soluciona-se a obrigação com

Pagamento do valor da coisa + Perdas e danos e equivalente:


perdas e danos. “equivalente não é uma coisa igual ou
Art. 234, 2ª parte parecida com a que se perdeu, mas uma
estimativa pecuniária” Art. 239

Deterioração Sem culpa do devedor art. 235 Sem culpa do devedor art. 240 1ª parte
da coisa *Credor pode resolver a
(resolve = obrigação
Credor recebe a coisa (que é dele)no
desfaz o
OU estado em que se encontra, pois a coisa é
negócio e
*Aceitar a coisa, no estado em dele, assim o prejuízo também é dele.
mostra a
que se encontra, com
alternatividade)
abatimento do preço Não há perdas e danos
- “OU” -
Com culpa do devedor Com culpa do devedor
Deterioração da (Art. 236 do CC)
coisa Credor exige o equivalente mais perdas e
*Pode o credor exigir o danos
equivalente (R$)
OU
OU Aceita a coisa mais perdas e danos
*Aceitar a coisa.
A 2ª parte do 240, faz remissão à 2ª
Em ambos os casos pode parte do art. 239, a qual diz que
exigir indenização por perdas soluciona-se com perdas e danos, mas
e danos isso não faz sentido. A remissão, em
verdade, deveria ser feita ao art. 236,
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houve um equívoco do legislador.

EXEMPLO trazido para esclarecer o conteúdo: Esta segunda parte do artigo 240 é polêmica e
equivocada, pois, se a coisa se deteriorou nas mãos do comodatário e ele foi culpado pelas
deteriorações, se aplicarmos o art. 239, como manda o art. 240, 2ª parte, apenas haveria a
resolução (resolver o negócio pura e simplesmente, ou seja, volta tudo ao estado anterior como
se nenhum negócio tivesse ocorrido) acrescido de perdas e danos, mas a coisa ficaria com
quem? O proprietário não receberia a coisa que lhe pertence? Mas ele quer sua própria coisa,
mesmo que deteriorada e não só o equivalente mais perdas e danos. O proprietário tem
sempre o direito ao que é dele, mesmo a coisa estando deteriorada, portanto o correto é
remeter ao art. 236 e não ao art. 239, tal qual era, corretamente, apresentado no CC de 1916,
segundo o artigo 871 que remetia ao artigo 867, ou seja, “culpado o devedor poderá o credor
exigir o equivalente ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar; em
um ou em outro caso indenização das perdas e danos”.

9 - MELHORAMENTOS/ACRÉSCIMOS

9.1 OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR A COISA CERTA. – Art. 237  “Acessório segue o


principal”.

Na obrigação de entregar, a coisa principal é do DEVEDOR, a qual deve ser entregue, logo as
coisas que se acrescentaram – melhorarem - à principal serão do devedor até a entrega
diferente da de RESTITUIR – QUE JÁ É DO CREDOR.
SE A COISA VALORIZOU-SE ANTES DA ENTREGA O CREDOR VAI RESTAR (lucrar) com
AUMENTO NO PREÇO. Disso redunda que o CREDOR tem que anuir esse aumento OU a
obrigação poderá ser resolvida, pois ninguém pode lucrar indevidamente.

9.2 RESTITUIR

Art. 241 – Restituir  Melhoramento ou acréscimo na coisa sem esforço do possuidor


(devedor), sem despesa do devedor, neste caso, lucrará o credor, sem precisar indenizar o
devedor. Não cabe indenização ao devedor que não empregou esforços.

LUCRA O CREDOR

Art. 242 – Restituir
Tendo
despesa do
Aqui há trabalho, dispêndio/melhoramento do devedor, deve o credor indenizar
devedor.

Possuidor de boa fé tem direito aos melhoramentos e frutos:

Melhoramentos na forma de Benfeitorias:

*Necessárias e úteis: (cabe indenização e direito de retenção).


*Voluptuárias: (pode levantá-las)

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OBS.: ** O POSSUIDOR DE MÁ-FÉ SÓ tem direito à indenização nas benfeitorias


necessárias. Além do que, não tem direito à indenização de benfeitorias úteis ou nas de
retirar, as voluptuárias, nem retê-las.

Melhoramento na forma de Frutos:


*Boa-fé: (Tem direito a colhê-los)

*Má-fé: (Não tem direito)

9.3 OBRIGAÇAÇÃO DE DAR COISA INCERTA

- Entrega da coisa incerta  Dívidas incertas: a coisa é identificada pelo gênero ou quantidade,
e não pelas especificidades. Ex: Compra e venda de 100 cabeças de gado das 1000 que tem.
(Não se sabe quais serão as 100). Quais reses? Só sabemos o gênero – animais....

- Na lei é vedado a completa indeterminação.

- Basta que ela seja determinável. Pode ser determinada à posteri e por isso a lei estabelece
dois critérios, segundo os arts. 243 e 246

Art. 243 – Determinável ao menos pelo Gênero e Quantidade  Indeterminação passageira,


pois no momento do cumprimento da obrigação, já deve estar determinada.

Como determinar? Como será a determinação pela espécie, pelo gênero e quantidade?
Ex: Cantinas de escola: O aluno pede no primeiro caixa uma lata de refrigerante, e no
segundo balcão pede uma coca-cola (identidade no início pelo gênero e pela quantidade
e no segundo caixa ele determinou a qualidade do refrigerante).

A quem cabe a escolha? A quem cabe a “especificação” – aquilo que era só de gênero tem que
ser especificada e por quem?

(Acima fora apresentado o exemplo das cabeças de gado, naquele caso se não for estipulado
nada em contrário, cabe ao próprio fazendeiro – Ele é o DEVEDOR das reses– escolher as
cabeças de gado que farão parte do negócio. Já no caso do refri da cantina há, de forma
implícita, (cuidado, isso é exceção!!) o consentimento ao CREDOR de poder escolher o produto
que receberá.
Art. 244 - DEVEDOR

Não pode escolher o pior Mas não é obrigado a prestar o melhor

Deve escolher a COISA MÉDIA

Feita a escolha, na obrigação de dar coisa incerta, ela se transforma em obrigação de dar
coisa certa, princípio da boa fé objetiva que equilibra as partes na relação obrigacional.
Uma vez especificada, a obrigação transforma-se de incerta em coisa certa, tratada segundo o
pelo artigo 245
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Coisa certa: Seção antecedente  é a que trata da obrigação de dar coisa certa.

Coisa incerta  esta se dá por gênero e gênero não perece como diz o artigo 246.
10 – MODALIDADES OBRIGACIONAIS TÍPICAS

10.1 OBRIGAÇÃO DE FAZER

Abrange 1 prestação que engloba uma conduta

PRESTAÇÃO/CONDUTA HUMANA (que não é a entrega de uma coisa)

Qualquer fato sem ser a entrega de uma COISA


Ação humana física, possível e lícita.

LÍCITA E POSSÍVEL (Ex.: Trabalho científico, advogar, dar aula, etc.)

Nos exemplos a seguir: pintar, advogar, dar aula, temos duas espécies

A - INTUITO PERSONAE (que leva em conta qualidades do devedor)

O credor não pode ser compelido a aceitar prestação de 1 estranho

Somente o devedor original pode cumprir

Ex: Somente o artista específico pode pintar o quadro

1. Se ele faz = Adimple a obrigação (adimple=cumpre a obrigação)


2. Se não faz = Soluciona-se em perdas e danos (art. 247 – recusa)
3. Se houver impossibilidade (art. 248) = Sem culpa do devedor (resolve-se a obrigação e
não gera perdas e danos - resolução simples -) e com culpa do devedor(gera perdas e danos).

CUIDAR: Uma coisa é a impossibilidade (não ser possível) e outra é o devedor recursar a
prestá-la.

** O art. 249 trata da recusa da obrigação impessoal que será tratada a seguir. NÃO GERA
PERDAS E DANOS COMO NO PASSADO, PQ ELE QUER A EXECUÇÃO DO PROMETIDO.
Parag. Único – cabe execução específica do CPC e não só perdas e danos como era no
passado – independente de autorização judicial.

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B - IMPESSOAL (esta obrigação de fazer pode ser executada por qualquer pessoa)

Não leva em conta as peculiaridades do devedor (art. 249)

Em havendo recusa da obrigação pelo devedor, o credor pode exigir que


um terceiro execute a obrigação

Há uma liberdade para o credor

As custas correm por conta do devedor, quando houver recusa ou mora,


cabendo, ainda, indenização

Segundo o parágrafo único do art. 249, essa possibilidade de mandar terceiro executar,
se dá somente se houver urgência.

10.2 OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER

Obrigação de abstenção de fato determinado

abstenção delimitada e não genérica

Devedor se compromete a não praticar certo ato que normalmente ele poderia executar,
se não houvesse se obrigado a não fazê-lo.

NÃO FAZER ≠ OBRIGAÇÃO REAL


(também se fala em abstenção de qualquer fato
- de tudo que possa molestar o exercício do
direito real)

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abstenção de conduta determinada – abstenção (genérica) - dever geral negativo


devedor é determinado devedor é indeterminado (todas as pessoas) –
mas ninguém em especial. O sujeito passivo é Art. 25
indeterminado. culpa
Ex: Contrato com cláusula de exclusividade deved
instituída no comércio: comprador poderia opção
contratar com qualquer fornecedor de
mercadoria, mas obriga-se somente a
contratar com o primeiro (sujeito passivo
determinado)
Arts. 250 e 251 – artigos da impossibilidade
quanto ao inadimplemento.
Impossibilidade de
NÃO cumprimento da abstenção = extingue-se A OBRIGAÇÃO.
FAZER
Art. 251: Com culpa – 2ª opção: Inadimplemento (praticou o ato)

Credor pode exigir do CREDOR PODE EXECUTAR EM


devedor que desfaça CASO DE URGÊNCIA E SER
com perdas e danos – RESSARCIDO DEPOIS.
credor pode exigir do Art. 251, § único

Reposição ao estado anterior Isso pode ser feito independentemente


de autorização judicial, se for emergencial

Art. 250 – Esta é a hipótese de impossibilidade de não fazer.

Art. 251 – Esta é a hipótese de recusa de cumprimento. Inadimplente: o devedor podia se


abster e não se absteve. Ele então é devedor inadimplente: Credor pode exigir o status quo
ante e ainda reclamar perdas e danos e se houver urg6encia, independente de autorização
judicial desfazer ou mandar desfazer.

SIMPLES CUMULATIVA OU CONJUNTIVA


Há duas ou mais prestações.
11 - MODO DE EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES (são 4 as modalidades)
Aquela que abrange uma única prestação
que é devida pelo devedor E todas elas são devidas.

Se ele cumprir, exonera-se. O devedor, para liberar-se, deve cumprir a


todas. 13

Cumprindo, exonera-se.
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ALTERNATIVAS ou DISJUNTIVAS ou OBRIGAÇÃO COM PRESTAÇÃO ALTERNATIVA


Obs: O CC só trata das alternativas

São duas ou mais prestações também.

No entanto, a peculiaridade é que o devedor se desonera cumprindo apenas uma delas.

Ele escolhe para exonerar-se. Segundo o art. 252, caput, quer dizer que ele tem que fazer a
concentração/escolha da prestação.

FACULTATIVAS

(A doutrina diz que é um nome ruim, por que, em verdade, o correto seria
obrigação com prestação facultativa).

Nelas, há uma única prestação devida, mas, no entanto fala-se, em duas prestações.

Ao devedor, é permitido substituir a prestação que é devida por outra que lhe é facultada. –
uma só é devida, a outra é facultada – credor só pode exigir a devida.

LER: Art. 252-256 (pelo art. 252 caput, tem que haver a escolha, a determinação!!!!)
LER: Art. 313 para entender as consequências

# Obrigação com prestação facultativa é aquela que abrange uma única prestação devida, mas
a lei, ou melhor, o contrato permite o cumprimento daquela prestação que é devida por meio de
outra que lhe é facultada. Lembre-se: uma só é devida, a outra só é facultada, por isso o credor
SÓ PODE EXIGIR A DEVIDA.
OBRIGAÇÃO FACULTATIVA:
Contempla uma única prestação devida, se ela se impossibilita não se deve mais nada, mas a
lei ou o contrato faculta o cumprimento por meio de outra.

Ex.: É comum as agências de viagens, em pacotes para o Rio de Janeiro, proporem o passeio
ao corcovado ou ao Pão de açúcar.

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** Neste caso, a prestação devida é ir ao corcovado, e a alternativa é o folheto que diz que “no
terceiro dia poderemos fazer uma visita ao Pão de Açúcar”, ou seja, esta prestação tem mera
faculdade, a critério da operadora (ou agência), mas não é devida.
Logo, somente uma única prestação é devida e o devedor só tem a obrigação para com esta. A
outra, como é uma faculdade, o credor sequer pode cobrar.

LEITURA DIDÁTICA DOS SEGUINTES ARTIGOS:


# Art. 252 – concentrar o débito = é fazer a escolha = regra que a escolha cabe ao devedor,
exceto previsão legal ou contratual.
# § 4º um terceiro que não quer escolher = juiz escolhe
# § 1º não pode escolher parte em uma e parte em outra – não pode fazer escolhas confusas
# § 2º prestações periódicas em cada período o devedor escolhe aquela que vai adimplir –
aquelas que se renovam no tempo – a cada momento o devedor pode escolher qual vai cumprir.
# § 3º se vários escolhentes ( pluralidade de optantes) = o juiz determina se os vários optantes
não escolherem.

IMPOSSIBILIDADE CUMPRIMENTO DE PRESTAÇÃO ALTERNATIVA – há duas ou mais


devidas.
Impossibilidade de umas Impossibilidade das
das prestações: duas prestações:

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São duas ou mais Escolha cabe tanto ao


prestações, mas só uma é Ambas são impossíveis devedor, ao credor ou a
Sem impossível de se cumprir. um terceiro
culpa Resultado: concentra-se o Resolve-se a prestação OBS: É mais de uma
do débito na outra segundo o art. 256 sem obrigação
devedor remanescente art. 253 indenização, sem
perdas e danos.

Se a escolha couber ao Escolha do devedor Escolha cabe ao


devedor com culpa dele, a com culpa dele que devedor
lei não prevê a solução – impossibilitou as duas:
como fica? Lógica: o quando impossibilitou a
débito remanesce na primeira, até ai tudo
Com outra SEM PERDAS E bem, mas quando
DANOS, por que o direito impossibilitar a
culpa de escolha cabia ao segunda? Deverá pagar
do próprio devedor. Quando a prestação que por
devedor ele impossibilitou uma, último se impossibilitou
automaticamente ele fez mais perdas danos
a escolha da outra, segundo o Art. 254
revelou sua escolha.
Se a escolha couber ao Escolha do credor e Escolha cabe ao
credor, com culpa do ambas as prestações se credor
devedor: credor exige a tornarem impossíveis –
prestação subsequente ou com culpa do devedor:
equivalente (o valor da o credor pode reclamar
outra) a prestação que se qualquer delas mais
impossibilitou art. 255 1° p. perdas e danos (255 2ª
parte) – por que houve a
culpa do devedor.

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