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CREDOR DEVEDOR
OBJETO
(PRESTAÇÃO)
2- Breve histórico
Ramo com menos influência de transformações sociais porque tudo remete ao Direito Romano;
Marco obrigacional
Ligação pessoal
MANUS INJECTIO
(execução corporal - pessoal)
Isso cessa com o advento da LEX POETELIA PAPIRIA 426 A.C. é um marco e graças a ela
estamos estudando o Dto obrigacional atual
1) Prisão do depositário infiel (existe decisão do STF que não mais admite
prisão de depositário e súmula vinculante de número 31)
2) Devedor injustificado de alimentos
REGRA: NINGUÉM PODE SER PRESO POR DÍVIDA, exceto o que fora apresentado acima.
Neste caso essas prisões tratadas são civis
Segundo Caio Mário – obrigação é o vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa pode exigir
de outra uma obrigação economicamente apreciável.
SUJEITOS:
CREDOR tem direito subjetivo de receber uma obrigação – obrigação em sentido técnico
(dotado de coercitibilidade)
DEVEDOR dever jurídico de realização de uma prestação (no sentido mais amplo: votar,
dever de fidelidade no casamento...)
Esta prestação deve ser economicamente apreciável, para poder distinguir a obrigação em
sentido técnico do dever jurídico – tudo girará em torno de patrimônio.
5- ELEMENTOS
Credor
SUBJETIVO Sujeitos
Devedor
ESPIRITUAL Como vai se dar o liame entre C e D? no passado era pessoal e hoje é entre
C e D, economicamente apreciável, de forma patrimonial e não mais pessoal
Temos como exemplo uma obrigação que pode se caracterizar pelos três verbos nucleares
acima referidos, ou seja, caracterizar as 3 formas objetivas. Exemplo: colocação de uma
janela, eis que se eu me comprometo a colocar uma janela, é por que eu tenho, em sentido
amplo, que dar algo; enquanto que, no sentido de fazer, é a própria colocação e, na obrigação
de não fazer, significa que eu sou obrigada a respeitar o direito de vizinhança, ou seja, não
colocar a janela menos de metro e meio da construção vizinha.
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TEORIA DUALISTA: a qual demonstra que existem dois momentos bem claros,
Quais sejam:
Atenção: alguns dizem que seria um momento processual (art.591 CPC tendo como expoente
Alexandre Câmara, mas a maioria não entende dessa forma é diz que é relação de direito
material, pois neste momento processual, somente o ESTADO é quem estaria autorizado a
entrar no patrimônio alheio para resgatar esta responsabilização).
.
Ou seja,
De não fazer
Débito sem responsabilidade, no caso das obrigações naturais, sendo representado pelas
dívidas de jogo e dívidas prescritas. Tem obrigação, mas não tem responsabilização
patrimonial.
Responsabilidade sem obrigação = fiança (o fiador não é devedor, ele é apenas responsável,
embora não tenha assumido o débito – ele não tem débito, mas poderá ficar obrigado, se ela
não for cumprida).
Passamos a estudar 3 modalidades que não estão elencadas no nosso CC ( a partir do art. 233
do CC, mas que estão presentes na nossa vida)
6- TIPOS DE OBRIGAÇÕES NÃO PREVISTAS NO CC
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A. DA OBRIGAÇÃO NATURAL
MORAL JURÍDICA
ou
NATURAL (ou juridicamente inexigível)
- Efeitos 882 CC
- O CC chama de obrigação juridicamente inexigível = obrig. natural
- Quem cumpre obrig. natural não tem direito a repetição do indébito. Art. 876
- E quem paga? Tem direito a reaver o pagamento indevido? Não. Art. 882 – neste caso é
vedado porque não há indébito, há uma obrigação sem indébito.
EM RAZÃO DE COISA
A propter rem é aquela que nasce em razão da coisa. É chamada de ambulatorial, pois com ela
caminha.
Ex: IPTU / ITR / Pagamento de condomínio: Ela é um misto de direito pessoal com o direito
real.
Obrigação PROPTER REM ≠ OBRIGAÇÃO COM EFICÁCIA REAL (pois esta última é
excepcional, pq tem oponibilidade erga omnes que não está presente na propter rem)
Ex: Contrato de locação averbado no Registro de Imóveis com cláusula de vigência com pelo
menos 30 dias de antecedência de aviso para desocupação, significa que o novo comprador
(terceiro adquirente tem obrigação com eficácia real, terá que cumprir) deverá respeitar o
período de vigência do imóvel alugado e não poderá despejar o inquilino.
Reparadora ou Embelezadora
(Meio) (Resultado - corrente majoritária)
Ele assegura - assume o resultado
Obrigação cumprida
Responsabilidade civil
Ou
contribuição (culpa exclusiva
Ou do paciente)
b- Contrato
c- Declaração unilateral de vontade
Promessa de recompensa
O cheque gera obrigação para emitente, é um exemplo que está dentro da disciplina dos títulos
de crédito, uma vez que é um título ao portador.
É importante, ainda, referir o que consta nos títulos VII e VIII do CC Arts. 854-886, que
tratam dos atos unilaterais, tais como:
Títulos de crédito é o título VIII, falado acima – exemplo título ao portador: preenchido
(cheque) gera obrigatoriedade por declaração de vontade
d- Atos ilícitos – no fim do ato ilícito está a lei, também analisado pelo art. 186 do CC
Negativas = “De não fazer” Ex. O possuidor não pode fazer benfeitorias no imóvel, pois não
tem permissão para o ato por parte do proprietário ou detentor.
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* DE ENTREGAR COISA
Coisa certa = Determinada.
Coisa incerta = Devendo ser determinada pelo gênero e quantidade.
* DE RESTITUIR
Nesse caso de restituir, a coisa já pertence ao credor.
* OBRIGAÇÃO DE DAR
8.2 Requisitos:
- Respeito ao Princípio Cardeal à identidade da coisa devida, do corpo certo, ou seja, que é o
cumprimento em espécie. Antigamente ( pelo CC de 1916) estava previsto neste capítulo
obrigacional, agora está no capítulo do Pagamento ( art. 313 abaixo, o qual deve ser
respeitado).
- CREDOR não é obrigado a aceitar coisa diversa.
- Art. 313 – Princípio da identidade.
- Preservar Princípio da boa fé objetiva.( art. 422 ), ou seja, não se deve romper a confiança
obrigacional e da boa-fé subjetiva (art. 1214) ambos do CC
LER Arts
233-242- Seção I OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA e nela encontramos tanto a de
ENTREGAR = 234-237- Seção II (Obrigação de entregar coisa certa), quanto a de
RESTITUIR 243-246- 238-242- (Obrigação de restituir)
OBS: O artigo 313 é comum as duas espécies.
*Se a coisa principal tem acessórios, eles seguem a principal (é uma máxima que pode ser
relativizada, de tal sorte que, no prosseguimento do conteúdo iremos verificar que essa
premissa nem sempre é verdadeira, embora seja a mais usual). Logo,
PRESUME-SE regra que o acessório segue o principal, salvo se houver RESSALVA (por
circunstâncias fáticos= do caso concreto).
Entregar = a coisa pertence ao devedor até que ele faça a entrega (tradição)
Restituir = a coisa JÁ pertence ao credor (locador no nosso exemplo).
Deterioração Sem culpa do devedor art. 235 Sem culpa do devedor art. 240 1ª parte
da coisa *Credor pode resolver a
(resolve = obrigação
Credor recebe a coisa (que é dele)no
desfaz o
OU estado em que se encontra, pois a coisa é
negócio e
*Aceitar a coisa, no estado em dele, assim o prejuízo também é dele.
mostra a
que se encontra, com
alternatividade)
abatimento do preço Não há perdas e danos
- “OU” -
Com culpa do devedor Com culpa do devedor
Deterioração da (Art. 236 do CC)
coisa Credor exige o equivalente mais perdas e
*Pode o credor exigir o danos
equivalente (R$)
OU
OU Aceita a coisa mais perdas e danos
*Aceitar a coisa.
A 2ª parte do 240, faz remissão à 2ª
Em ambos os casos pode parte do art. 239, a qual diz que
exigir indenização por perdas soluciona-se com perdas e danos, mas
e danos isso não faz sentido. A remissão, em
verdade, deveria ser feita ao art. 236,
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EXEMPLO trazido para esclarecer o conteúdo: Esta segunda parte do artigo 240 é polêmica e
equivocada, pois, se a coisa se deteriorou nas mãos do comodatário e ele foi culpado pelas
deteriorações, se aplicarmos o art. 239, como manda o art. 240, 2ª parte, apenas haveria a
resolução (resolver o negócio pura e simplesmente, ou seja, volta tudo ao estado anterior como
se nenhum negócio tivesse ocorrido) acrescido de perdas e danos, mas a coisa ficaria com
quem? O proprietário não receberia a coisa que lhe pertence? Mas ele quer sua própria coisa,
mesmo que deteriorada e não só o equivalente mais perdas e danos. O proprietário tem
sempre o direito ao que é dele, mesmo a coisa estando deteriorada, portanto o correto é
remeter ao art. 236 e não ao art. 239, tal qual era, corretamente, apresentado no CC de 1916,
segundo o artigo 871 que remetia ao artigo 867, ou seja, “culpado o devedor poderá o credor
exigir o equivalente ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar; em
um ou em outro caso indenização das perdas e danos”.
9 - MELHORAMENTOS/ACRÉSCIMOS
Na obrigação de entregar, a coisa principal é do DEVEDOR, a qual deve ser entregue, logo as
coisas que se acrescentaram – melhorarem - à principal serão do devedor até a entrega
diferente da de RESTITUIR – QUE JÁ É DO CREDOR.
SE A COISA VALORIZOU-SE ANTES DA ENTREGA O CREDOR VAI RESTAR (lucrar) com
AUMENTO NO PREÇO. Disso redunda que o CREDOR tem que anuir esse aumento OU a
obrigação poderá ser resolvida, pois ninguém pode lucrar indevidamente.
9.2 RESTITUIR
LUCRA O CREDOR
≠
Art. 242 – Restituir
Tendo
despesa do
Aqui há trabalho, dispêndio/melhoramento do devedor, deve o credor indenizar
devedor.
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- Entrega da coisa incerta Dívidas incertas: a coisa é identificada pelo gênero ou quantidade,
e não pelas especificidades. Ex: Compra e venda de 100 cabeças de gado das 1000 que tem.
(Não se sabe quais serão as 100). Quais reses? Só sabemos o gênero – animais....
- Basta que ela seja determinável. Pode ser determinada à posteri e por isso a lei estabelece
dois critérios, segundo os arts. 243 e 246
Como determinar? Como será a determinação pela espécie, pelo gênero e quantidade?
Ex: Cantinas de escola: O aluno pede no primeiro caixa uma lata de refrigerante, e no
segundo balcão pede uma coca-cola (identidade no início pelo gênero e pela quantidade
e no segundo caixa ele determinou a qualidade do refrigerante).
A quem cabe a escolha? A quem cabe a “especificação” – aquilo que era só de gênero tem que
ser especificada e por quem?
(Acima fora apresentado o exemplo das cabeças de gado, naquele caso se não for estipulado
nada em contrário, cabe ao próprio fazendeiro – Ele é o DEVEDOR das reses– escolher as
cabeças de gado que farão parte do negócio. Já no caso do refri da cantina há, de forma
implícita, (cuidado, isso é exceção!!) o consentimento ao CREDOR de poder escolher o produto
que receberá.
Art. 244 - DEVEDOR
Feita a escolha, na obrigação de dar coisa incerta, ela se transforma em obrigação de dar
coisa certa, princípio da boa fé objetiva que equilibra as partes na relação obrigacional.
Uma vez especificada, a obrigação transforma-se de incerta em coisa certa, tratada segundo o
pelo artigo 245
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Coisa certa: Seção antecedente é a que trata da obrigação de dar coisa certa.
≠
Coisa incerta esta se dá por gênero e gênero não perece como diz o artigo 246.
10 – MODALIDADES OBRIGACIONAIS TÍPICAS
Nos exemplos a seguir: pintar, advogar, dar aula, temos duas espécies
CUIDAR: Uma coisa é a impossibilidade (não ser possível) e outra é o devedor recursar a
prestá-la.
** O art. 249 trata da recusa da obrigação impessoal que será tratada a seguir. NÃO GERA
PERDAS E DANOS COMO NO PASSADO, PQ ELE QUER A EXECUÇÃO DO PROMETIDO.
Parag. Único – cabe execução específica do CPC e não só perdas e danos como era no
passado – independente de autorização judicial.
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B - IMPESSOAL (esta obrigação de fazer pode ser executada por qualquer pessoa)
Segundo o parágrafo único do art. 249, essa possibilidade de mandar terceiro executar,
se dá somente se houver urgência.
Devedor se compromete a não praticar certo ato que normalmente ele poderia executar,
se não houvesse se obrigado a não fazê-lo.
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Cumprindo, exonera-se.
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Ele escolhe para exonerar-se. Segundo o art. 252, caput, quer dizer que ele tem que fazer a
concentração/escolha da prestação.
FACULTATIVAS
(A doutrina diz que é um nome ruim, por que, em verdade, o correto seria
obrigação com prestação facultativa).
Nelas, há uma única prestação devida, mas, no entanto fala-se, em duas prestações.
Ao devedor, é permitido substituir a prestação que é devida por outra que lhe é facultada. –
uma só é devida, a outra é facultada – credor só pode exigir a devida.
LER: Art. 252-256 (pelo art. 252 caput, tem que haver a escolha, a determinação!!!!)
LER: Art. 313 para entender as consequências
# Obrigação com prestação facultativa é aquela que abrange uma única prestação devida, mas
a lei, ou melhor, o contrato permite o cumprimento daquela prestação que é devida por meio de
outra que lhe é facultada. Lembre-se: uma só é devida, a outra só é facultada, por isso o credor
SÓ PODE EXIGIR A DEVIDA.
OBRIGAÇÃO FACULTATIVA:
Contempla uma única prestação devida, se ela se impossibilita não se deve mais nada, mas a
lei ou o contrato faculta o cumprimento por meio de outra.
Ex.: É comum as agências de viagens, em pacotes para o Rio de Janeiro, proporem o passeio
ao corcovado ou ao Pão de açúcar.
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** Neste caso, a prestação devida é ir ao corcovado, e a alternativa é o folheto que diz que “no
terceiro dia poderemos fazer uma visita ao Pão de Açúcar”, ou seja, esta prestação tem mera
faculdade, a critério da operadora (ou agência), mas não é devida.
Logo, somente uma única prestação é devida e o devedor só tem a obrigação para com esta. A
outra, como é uma faculdade, o credor sequer pode cobrar.
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