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3 – OPERAÇÃO DE CALDEIRAS

Introdução - A responsabilidade pela condição de operadores de caldeiras


adequadamente treinados é do empregador. Uma caldeira pode estar sob
controle simultâneo de vários operadores e um operador poderá estar
controlando, simultaneamente, mais de uma caldeira.

Não faz parte deste estudo estabelecer a quantidade de operadores. Entretanto,


entende-se que "caldeiras sob controle de operador" é aquela onde exista pelo
menos um, em condições de atuar prontamente para corrigir situações anormais .

A sua habilitação na operação de caldeira se limita ao tipo de caldeira que,


habitualmente, está operando. Caso tenha necessidade de operar outros tipos de
caldeira, torna-se obrigatória um novo treinamento através de estágios práticos.

No caso de instalações em que o operador trabalhe em caldeiras diferentes, é


exigido um estágio prático para cada caldeira. Ex.: Para uma instalação com uma
caldeira a óleo, categoria "A", e uma caldeira elétrica, categoria "C" serão
necessárias 80 (oitenta) horas de estágio para a primeira e mais 40 (quarenta)
horas de estágio para a segunda, totalizando 120 (cento e vinte) horas de
estágio.

A operação de caldeiras em condições anormais pode ser extremamente


perigosa.

São exemplos de condições anormais de operação:

a) Pressão superior às de operação;


b) Temperaturas de superaquecimento acima das de projeto;
c) Utilização de água ou outro fluído diferente dos considerados no projeto;
d) Alteração do combustível ou dos queimadores .

Constitui-se risco grave e eminente utilizar jumps (qualquer artifício que neutralize
sistema de controle e segurança de caldeira). Para estes casos, é necessário
fazer estudo dos riscos envolvidos e acompanhamento desta operação,
envolvendo todos os setores que possam por ela ser afetados.

O manual de operação da caldeira (ou das caldeiras) deve estar sempre


disponível, para consulta dos operadores em local próximo ao posto de trabalho.

Os manuais devem ser mantidos atualizados, sendo que todas as alterações


ocorridas nos procedimentos operacionais de partida, operação e parada que
deverão ser de seu pleno conhecimento. Vamos agora conhecer de um modo
genérico esses procedimento.

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3.1 Partida e parada

Partida - A partida de uma unidade nova deve ser recebida, inspecionada e


testada para comprovação das especificações apresentadas pelo fabricante
tendo como alvo da operação:

a) Aproveitamento máximo do combustível, compatível com o projeto da câmara


de combustão;
b) Transferir ao vapor a maior quantidade possível da energia térmica liberada
pela queima de combustível;
c) Evitar a formação de incrustação ou depósitos sobre as superfícies de troca
térmica;
d) Realizar todas as operações em nível de segurança completa;
e) Permitir a operação de maneira a se obter o menor número possível de
paradas da unidade;
f) Conduzir a operação de maneira a assegurar a duração da vida do
equipamento.

A entrada em operação apresenta inicialmente duas etapas:

a) A Secagem tem por finalidade eliminar a umidade contida nos refratários.

Deve ser feita lentamente, durando essa operação alguns dias, usando de
preferência lenha como combustível, pois é mais fácil a queima em pequenas
quantidades.

Durante a operação de secagem a caldeira deverá estar cheia de água. Quando


na operação de secagem for atingida mais ou menos a metade da pressão
normal de trabalho, a unidade deve ser esvaziada para iniciar-se a etapa
seguinte.

b) O Boiling-out consiste em remover da caldeira óleo e outros materiais


estranhos, inerentes a fabricação. Com essa finalidade a caldeira é cheia de
orisfofato de sódio e soda cáustica.

Logo a seguir, eleva-se a pressão até cerca da metade da pressão normal e


assim se conserva por 12 a 24 horas, após que, a caldeira é esvaziada, lavada
com água sob pressão e cheia com água tratada, para se dar início a operação e
colocá-la em serviço.

Partida da caldeira em linha – A caldeira entra em funcionamento lentamente,


com carga abaixo do normal e com a válvula principal de vapor totalmente aberta.

Se a caldeira tiver superaquecedor, deve-se, a princípio, deixar seus drenos


abertos para a eliminação do condensado.

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Com a caldeira em linha e a pressão normal de operação deve-se manter, ainda,
por algumas horas a carga reduzida, então, pode-se, gradualmente, chegar à
carga máxima, tendo-se o cuidado de verificar se existe algum arraste para o
aquecedor.
Durante a colocação da caldeira em linha, deve-se ter especial cuidado com o
nível de água na caldeira ou tambor de vapor, para ficarmos seguro que não
existe indicação ou registro de nível falso.

Antes de colocar a caldeira em operação deve ser feita uma verificação geral nos
manômetros, instrumentos indicadores, registradores e sistemas auxiliares,
tanques de serviços de água e óleo combustível para verificar se estão cheios,
nas válvulas que deverão estar fechadas e nas que deverão estar abertas. Após
as primeiras 6-8 horas de serviço deve-se proceder a primeira descarga de
fundo.

Regulagem e controle da chama de combustão

a) Regulagem do ar - O combustor e o ar devem formar uma mistura íntima e


homogênea.

A temperatura da fornalha deve ser a mais elevada possível para que se


mantenha a combustão.

O ar deve ser em quantidade suficiente em relação ao combustível para que a


combustão seja completa. A boa combustão deve ser livre de fuligem e cheiro,
gerando um mínimo de CO nos gases de escape.

A combustão se perfeita produz elevado


teor de CO2 (não asfixiante), quando
imperfeito produz CO (asfixiante).

b) Controle de combustão - O controle


de combustão é extremamente
importante, pois serve para evitar
perdas de calor e consequentemente,
de combustível.

Elevando a eficiência da queima dos equipamentos e diminuindo o consumo de


combustível. Esse controle da combustão pode ser feito através de aparelhos
que medem, basicamente, o seguinte:

 percentual de CO2 nos gases da chaminé;


 percentual de CO nos gases da chaminé;
 percentual de O2 nos gases da chaminé;
 temperatura nos gases da chaminé;
 quantidade de fuligem;

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Um dos aparelhos usados é o denominado Orsat, ou semelhante, e que consiste
em um vidro graduado no qual coloca-se o produto que vai absorver o gás
desejado. O baixo teor de CO2 pode ser devido a:

 atomização imperfeita;
 excesso de ar;
 tiragem excessiva;
 entrada falsa de ar na fornalha.

O teor de CO medido à saída dos gases na caldeira também é um indicativo


seguro da qualidade da combustão, mostrando indiretamente o excesso de ar
com que a mesma se realiza.

É normal encontrar-se teores de CO mais baixos quando em “fogo mínimo” e


mais altos quando em “fogo máximo”. Os valores considerados bons, são:

• Para óleo combustível: Entre 12 e 14%


• Para gás natural: Entre 9 e 11%

Controle de temperatura – A temperatura alta nos


gases de combustão indica perda de calor pela chaminé.
A boa prática recomenda que a temperatura medida no
termômetro deva situar-se em torno de 200ºC. A
temperatura alta na chaminé pode ser devido a:

 queimador com capacidade de queima elevada;


 superfícies de troca de calor sujas ou mal dimensionadas;
 tiragem excessiva; fornalha pequena ou inadequada.

A quantidade de fuligem nos gases, também permite estimar a qualidade da


queima, pois a fuligem pode ser devido aos fatores abaixo:

 Atomização imperfeita;  Ventoinha inadequada;


 Combustível em excesso;  Defeitos na fornalha
 Tiragem insuficiente;

No caso da atomização imperfeita deve-se verificar se o óleo está na viscosidade


correta e o orifício está livre. Evidentemente, entre as conseqüências da fuligem,
está a poluição ambiental que deve também ser evitada.

A tiragem é a medida de passagem dos gases de combustão pela caldeira e


quando é excessiva produz aumento da temperatura dos gases na chaminé
reduzindo o percentual de CO2. De maneira inadequada, por sua vez, resulta em
combustão deficiente e excesso de fuligem.

A medida da tiragem e feita na câmara de combustão e na chaminé. De modo


excessivo a tiragem acarreta saída dos gases para a área exterior e deve ser
grande o bastante para evitar pressão na câmara de combustão.
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A tiragem excessivamente alta acarreta no aumento de velocidade dos gases,
além de aumentar a temperatura da saída dos gases na chaminé, diminui o
tempo da troca térmica e arrastam partículas não pulverizadas do combustível,
antes que o mesmo consiga sua combustão completa. De modo contrário, ou
seja, muito baixa provoca o abafamento da fornalha, prejudicando
consideravelmente a combustão.

A temperatura dos gases na saída deve ser em torno de 200ºC. Esta nem sempre
é possível em fornos industriais, pelas características do processo. Nestes casos,
deve-se procurar reaproveitar, sempre que possível o calor perdido, com a
instalação de um pré-aquecedor de ar e economizadores.

Em determinadas caldeiras, a eficiência de queima é boa, mas o rendimento é


baixo.

Isto acontece quando as superfícies de troca de calor estão sujas ou com


incrustações. Neste caso teremos um valor bom para o teor de CO 2 e
temperatura elevada dos gases devido a deficiência na troca de calor.

Controle da pressão - A pressão da caldeira é controlada pelo pressostato de


pressão máxima, que desliga a circuito automático quando atinge a pressão
máxima de trabalho da unidade e torna a religar quando a pressão cai conforme
a regulagem.

Controle de fornecimento de energia - Instalar na parede da casa de caldeira,


uma chave geral de força para cada caldeira, estas chaves deverão ser de facas
blindadas com três fusíveis. Esses fusíveis serão para cerca de 300% de
amperagem de plena carga. Consulte a NR-10.

Esta chave geral deverá ser colocada o mais próximo do armário de controle da
caldeira e no caso de uma bateria de geradores as chaves deverão estar
dispostas em um ponto intermediário.

Para levarmos energia elétrica da chave para o armário de controle devemos


usar condutores em eletrodutos, cujas bitolas variam de caldeira para caldeira.

Logo, o quadro elétrico já energizado fará toda a regulagem e controle de energia


a ser utilizada pela caldeira.

Controle nível de água - Durante o funcionamento


da caldeira a água é convertida em vapor e neste
estado é retirado para o processo, fazendo com que
devido ao consumo, o nível na água da caldeira
diminua.

A proporção que a água é consumida deve ser


reposta para manter os níveis (máximo e mínimo) .
O nível mínimo permitido é aquele no qual se

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garanta uma refrigeração adequada da parte metálica em contato com
combustão ou com os gases desta.

O nível máximo é aquele que permite que o volume da câmara de vapor seja tal
que este possa ser retirado da caldeira sem arrastar consigo gotículas de água.
O controle comanda o inicio e interrupção do funcionamento da bomba de
alimentação de água, dentro da faixa de nível normal; detecta o nível mínimo
adicionando o alarme correspondente; e detecta o nível crítico, atuando sobre o
sistema de segurança.

Controle de poluentes - Após a combustão na caldeira, os gases resultantes


são expelidos pela chaminé contribuindo para a poluição do meio ambiente em
maior ou menor grau, dependendo do tipo de combustível e das condições da
combustão. Duas são as formas de controlar a poluição: diluição ou diminuir a
emissão.

Eliminação de SO2 e SO3 - Ao queimarmos o óleo combustível ou o carvão,


produzimos entre outros elementos o dióxido de enxofre em grande quantidade e
o trióxido de enxofre em pequena quantidade.

Maior que o dano que estes compostos podem causar na própria caldeira, pela
precipitação do ácido sulfúrico em condições propícias, é o dano causado ao
meio ambiente após ser expelido pela chaminé. Na atmosfera estes elementos
se transformam em ácido sulfúrico e esse (veneno) retorna a terra em forma de
chuva, garoa ou neblina.

Sistema de modulação- Quando urna caldeira opera a baixas condições de


carga, isto é, quando o consumo de vapor é muito menor que a sua capacidade,
as paradas e partidas do sistema automático de combustão tornam-se muito
freqüentes, ou seja, a caldeira reinicia muitas vezes.

Em cada ciclo, o fluxo de ar da pré e pós-purga remove calor da caldeira e joga-o


fora pela chaminé.

Após a caldeira desligada, a cada vez que parte, ela deve entrar numa seqüência
de partida para garantir a segurança. Isso requer cerca de um a dois minutos
para repor a caldeira na linha, e, se houver uma súbita demanda de carga, a
resposta do gerador não será imediata.

A reciclagem freqüente também acelera o desgaste dos componentes da


caldeira. A manutenção aumenta, e - mais importante - a chance de falha
também. Devido, a todos esses efeitos, a reciclagem freqüente da caldeira é
altamente indesejável.

A fim de equilibrar, dentro de certos limites, a produção com o consumo de vapor,


o caldeira é equipado com um sistema capaz de reduzir a combustão, quando a
demanda cai. Este sistema diminui, simultaneamente, o fluxo de combustível e o
de ar de combustão, quando a pressão do vapor se aproxima de seu máximo
valor, agindo de forma a aumentá-los novamente, quando a pressão cai a certo
valor, previamente ajustado

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Falhas de operação, causas e providências.

Volta da chama - Ocorre geralmente quando a circulação dos gases através do


sistema não é mantida. Pode acontecer no início da operação, quando todo o
sistema está frio e em particular a fornalha, ou durante bruscas variações de
carga, quando são exigidas maiores demandas que mesmo com a tiragem
forçada, não é mantida a circulação adequada dos gases, acontece também,
quando se verifica uma obstrução na sucção obrigatória de passagem de gases.

Procedimento - Deve-se evitar o acúmulo de combustível não queimado na


fornalha.

Furo nos tubos da fornalha: Quando a perda de água através dos tubos é
muito grande, é necessário, então, uma parada imediata, mas, se a perda de
água não é considerável, permite-se uma parada folgada, ou seja, normal. Para
fazermos uma parada imediata devemos tomar as seguintes precauções:

a) apagar os maçaricos; desligar os ventiladores;


b) bloquear a alimentação;
c) desligar o sistema elétrico.

A abertura e o seu total esvaziamento só deve ser feito após resfriamento lento,
até que a caldeira chegue à temperatura ambiente.

Procedimento: Substituir os tubos furados nas caldeiras flamotubulares e nas


aquotubulares se os furos forem pequenos e não houver formação de laranjas,
podem ser reparados com solda.

3.3.1. Baixo nível: quando se observar que o nível de água da caldeira


ou do tambor de vapor, é muito baixo, algumas providências devem ser tomadas,
de imediato.

Procedimentos: apagar os maçaricos, fechar a alimentação de água e a válvula


principal de saída de vapor, gradualmente, a fim de evitar perda de água, e,
portanto, maior abaixamento do nível, nos casos em que ainda houver algum
nível (esta prática deve ser feita com muito cuidado).

ATENÇÃO
Nunca se deve injetar água, imediatamente, no interior da caldeira ao se
constatar a falta de nível. Deve-se imediatamente apagar o fogo e
esfriar a caldeira, para evitar explosões.
Roteiro de uma vistoria diária

Uma caldeira deve operar dentro das especificações para a qual foi projetada,
pois se a operação for deficiente, reduzindo a eficiência do sistema, poder-se-á
ter prejuízos significativos. Não podemos esquecer que se trata de um vaso de
pressão, que poderá oferecer sérios riscos e até mesmo, danos irreparáveis, por
causa de um descuido de operação.

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A inesperada falta de energia elétrica e água, a variação da composição (e
viscosidade) do óleo combustível e mais outros acontecimentos imprevisíveis,
necessitam da presença do operador na casa da cadeira, para fazer manobras,
regular a combustão, manter a pressão e produção de vapor na faixa
estabelecida pelo consumo. Por isso o operador deverá:

a) Inspecionar diariamente a coluna de nível de água, fazendo a descarga


pela torneira de prova;
b) Proceder diariamente, ou a períodos regulares de acordo com as
prescrições do tratamento de água, a descarga da caldeira (para
eliminação da lama e partículas estranhas);
c) Testar diariamente a válvula de segurança;
d) Não exceder a pressão normal de operação, para evitar descargas pela
válvula de segurança, pois a constante perda de vapor afeta o rendimento
da caldeira;
e) Manter os visores de nível e indicadores em geral, perfeitamente limpos;
f) Nunca aproveitar a incandescência da fornalha para reacender o
queimador. Esta prática evita eventual formação de misturas gasosas, que
podem chegar a ponto de provocar explosões, causando danos totais à
fornalha;
g) Diariamente deve ser coletada amostra de água de alimentação e
descarga para analisar;
h) Não abandonar a caldeira: o funcionamento da caldeira é automático e
teoricamente dispensa o operador. Entretanto, o fornecimento de energia
elétrica, água e óleo combustível ainda não acompanham com rigor as
necessidades industriais.
i) Observar o funcionamento dos instrumentos de controle e sistema de
segurança, tais como: válvulas, indicadores de nível de água, controle de
chama de combustão, manômetros, termômetros e válvulas solenóides;

j) Observar o funcionamento do comando automático: combustores, servo-


motores, modulação de chama, etc..., Bombas de água (alimentação)
pressostatos e termostatos;
k) Observar o funcionamento dos seguintes equipamentos auxiliares:
bombas, compressor, ventilador, resistências elétricas, serpentinas,
motores elétricos;
l) Observar a combustão através dos visores e a temperatura da chaminé;
m) Manter limpa a casa da caldeira e todos os seus acessórios;
n) Anotar no diário da caldeira todos os acontecimentos e observações e
anexar os gráficos dos registradores;
o) Tomar providências para eliminar vazamentos de óleo, água, vapor, manter
os combustores e tubos de fumaça limpos. Executar os períodos de
drenagens. Regular a combustão. Verificar as incrustações (tratamento de
água), refratários, purgadores. Não acumular os serviços de reparação.

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Quando surgir a necessidade de consertar, regular, trocar algum componente dos
equipamentos ou dos instrumentos, fazer o mais breve possível.

Operação de um sistema de várias caldeiras

A indústria que possue um sistema de várias caldeiras, deve possuir um barrilete


distribuidor de vapor com o número de entradas igual à quantidade das mesmas
e número de saídas de acordo com o processo.

Na linha principal de vapor devem ser instaladas válvulas de retenção para evitar
que o vapor das outras caldeiras retorne para as mesmas quando estiverem
paradas.

Estes barriletes têm como acessórios as válvulas de entrada e saída de vapor,


geralmente do tipo globo, purgadores, manômetros e termômetros, além de
serem isolados termicamente.

Procedimentos em situações de emergência

Para que uma caldeira funcione bem e tenha suficiente longevidade e as


inspeções de segurança ocorram normalmente é preciso que a manutenção seja
primorosa, contínua e preventiva.

O setor de manutenção ou o operador devem cumprir as recomendações de


manutenção dos fabricantes e conservar a caldeira, a casa da caldeira e toda
instalação de vapor a aparelhos que consomem vapor em perfeito estado. Devem
também periodicamente inspecionar as aberturas de limpeza e verificar o estado
interno da caldeira.

Deve abrir também as tampas (dianteira e traseira) e verificar os espelhos,


fissuras, vazamentos nas extremidades dos tubos, o estado dos refratários e o
interior da fornalha.

Verificar e eliminar todas as incrustações encontradas e controlar o tratamento de


água, periodicamente testar o sistema de alimentação de água e de nível mínimo,
as válvulas de segurança, o sistema elétrico (painéis e armários) da caldeira e de
proteção de chama e de modulação dos combustores.

Quando isto não for observado podem ocorrer as seguintes emergências:

a) Falta de água na caldeira - Esperar a caldeira esfriar totalmente, verificar o


defeito, providenciar o conserto e tornar a acendê-la no dia seguinte;
b) Válvulas de segurança não funcionam - Desligar a caldeira imediatamente e
esperar que a pressão caia e com a caldeira fria reparar ou trocar a mesma;
c) Combustão excessiva - Regular imediatamente a caldeira, se a mesma ficou
suja, limpá-la a primeira oportunidade;
d) Sistema elétrico ou eletrônico defeituoso - Verificar o defeito e consertar;

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e) Furos ou fissuras nos tubos nas partes de pressão - substituir os tubos furados
ou reparar com solda as partes danificadas, depois de retirada totalmente a
trinca;
f) Equipamentos auxiliares e instrumentos falharem - fazer a troca ou conserto
imediatamente;
g) Operação errada - procurar corrigir o defeito de operação;
h) Maçaricos entupidos - limpá-los com cuidado para que os orifícios de saída
não sejam danificados, arranhados ou alargados.

Cuidados Especiais

Além das medidas de segurança indicadas anteriormente, coloca-se em seguida


cuidados referentes a duas situações críticas às Caldeiras.

a) Nível de água do reservatório alto - No caso do nível da água ficar muito


alto, o vapor arrastará consigo água (líquida), prejudicando a sua qualidade e
danificando possíveis equipamentos ligados a linha de vapor.

Ocorrendo isso, em qualquer tipo de Caldeira, em primeiro lugar e antes de


qualquer outro ato, drena-se os indicadores de nível, para certificar-se da
situação.

Caso confirmado o fato, dá-se descargas de fundo para ajustar o nível da água
aos padrões normais de operação da Caldeira.

b) Nível de água do reservatório baixo - É a mais séria e a mais freqüente das


emergências em Caldeiras. As causas poder ser falhas na bomba de
alimentação, vazamentos no sistema, válvulas defeituosas, falhas no automático
e no alarme de falta de água, etc. Quando faltar água na Caldeira, a superfície
imersa na água fica reduzida. A ação do calor provocará deformações nos tubos,
vazamentos, danos no refratário e, no pior dos casos, uma explosão.

Procedimentos a serem seguidos

Caldeiras de Combustível Sólido

a) Drena-se os indicadores de nível para ter certeza da existência ou não de


água no interior do vaso;
b) Interrompe-se o fornecimento de água para a Caldeira. Deve-se impedir que
esta operação seja executada, pois poderá ocorrer um choque térmico;
c) Fecha-se a saída de gases e a entrada de ar da Caldeira. Ao se interromper o
fornecimento de oxigênio, cessa a combustão;
d) Não se deve tentar apagar o fogo com água ou extintores;

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e) Fecha-se a válvula de saída de vapor e observa-se o manômetro. Se a
pressão aumentar, descarrega-se manualmente as válvulas de segurança;
f) A Caldeira deve esfriar lentamente. Dependendo do tempo que a estrutura
ficou exposta ao calor, o técnico responsável deverá inspecionar a Caldeira,
conforme determinação da NR-13.

Caldeiras de Combustível Líquido

a) Drena-se os indicadores de nível para ter certeza da existência ou não de


água no interior do vaso;
b) Corta-se o óleo dos queimadores;
c) Corta-se a alimentação de água, fechando os registros;
d) Ventila-se a fornalha para retirar os gases;
e) Fecha-se a saída do vapor, observando o manômetro. Se a pressão aumentar,
descarrega-se manualmente as válvulas de segurança;
f) Não se coloca água na Caldeira;
g) A Caldeira deverá esfriar lentamente e, dependendo do tempo que a tubulação
ficou exposta ao calor, sugere-se que o técnico responsável inspecione a
mesma, conforme determina a NR-13.

Medidas de Segurança

Caldeiras de Combustíveis Sólidos - Os cuidados a serem tomados ao operar


estes equipamentos variam de acordo com as características dos mesmos.
Caldeiras de grande produção de vapor, com muitos dispositivos de controle e
segurança, exigem mais do operador. Entretanto, todas as Caldeiras exigem
acompanhamento constante. Seguem abaixo algumas dessas precauções.

Antes de Acender a Caldeira

a) Verifica-se o nível de água no tanque de abastecimento;

b) Verificam-se as posições das válvulas de entrada de água na bomba;

c) Verifica-se se a bomba está ligando e desligando;

d) Drenam-se os indicadores de nível (garrafa e visor) e testa-se o sistema de


alarme;

e) Drena-se o distribuidor de vapor e superaquecedor (quando for o caso);

f) Dá-se uma descarga de fundo rápido, observa-se se a válvula está fechando


convenientemente;

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g) Assegura-se que a quantidade de combustível, nas proximidades, seja
suficiente para a alimentação do fogo durante um razoável espaço de tempo
(aproximadamente duas horas);

h) Ateia-se fogo e, ao alimentar a Caldeira, toma-se precauções para evitar


danos ao refratário e grelhas.

No Funcionamento da Caldeira

a) Quando a pressão do vapor estiver próxima à pressão de trabalho, evita-se o


“golpe de aríete” abrindo-se lentamente a válvula de vapor;
b) Observa-se atentamente o manômetro e o indicador de nível, ajustando-os, se
necessário, aos padrões de segurança;
c) O Operador não deve afastar-se do local de trabalho. Não é recomendado que
o Operador da Caldeira execute outras atividades;
d) Dá-se descarga de fundo conforme recomendações de tratamento da água;

e) Faz-se as anotações diárias e verifica-se o funcionamento de todos os


equipamentos e acessórios;
f) Evite-se queimar lixo ou outro material estranho, pois pode ocasionar:
entupimento das grelhas, superaquecimentos, explosões na fornalha, ...
g) Dá-se descarga manual nas válvulas de segurança, no mínimo, uma vez por
dia;
h) Em caldeiras aquotubulares, limpa-se os tubos com soprador de fuligem;
i) Tanto para caldeiras manuais como automáticas, não se deve perder de vista
o controle do nível da água.
j) Adiciona-se corretamente os produtos para tratamento da água;
k) Segue-se as instruções CIPA e colabora-se com ela;
l) Mantém-se limpo e em ordem o local de trabalho;
m)Aciona-se o sistema alternativo de abastecimento de água (injetor/burrinho);
n) Faz-se o controle de tiragem de CO2 da combustão.

Caldeiras de Combustíveis Líquidos

Nas Caldeiras de combustível líquido, todos os dispositivos para combustão


(bombas de óleo, ignição, etc.), bombas d’água e os sistemas de bloqueio e
alarme, estão ligados a um painel de comando e a um programador. Embora
automáticos, estes dispositivos podem vir a falhar, reforçando a importância da
norma que adverte o operador a não abandonar o seu posto de trabalho.

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Antes de Ligar a Caldeira

a) Verifica-se os níveis dos tanques de água e de óleo combustível;

b) Verifica-se se as válvulas da rede de óleo estão abertas;

c) Liga-se o aquecedor de óleo e controla-se a temperatura;

d) Drenam-se os controladores de nível (garrafa e visor), certificando-se,


também, de que a bomba esteja ligando e desligando;

e) Drena-se o distribuidor de vapor e a serpentina do aquecedor de óleo;

f) Verifica-se o posicionamento dos eletrodos de ignição;

g) Verifica-se o estado das correias do ventilador;

h) Verifica-se o compressor, lubrificação, refrigeração;

i) Ventila-se a fornalha para evitar acúmulos de gases explosivos.

No Funcionamento da Caldeira

a) Quando a pressão estiver próxima à pressão de trabalho, evita-se o “golpe


de aríete” abrindo-se lentamente a válvula de saída de vapor ou distribuidor;
b) Observa-se constantemente os manômetros do óleo, vapor e ar;
c) Observa-se constantemente a temperatura do óleo;
d) Verifica-se se os depósitos de água e de óleo estão sendo suficientemente
abastecidos;
e) Observa-se a lubrificação do compressor;
f) Dá-se descarga de fundo conforme recomendação do tratamento de água;
g) Observa-se a combustão através dos visores e da chaminé (se não apagou);
h) Faz-se as anotações referentes aos equipamentos e acessórios, e observa-
se o seu funcionamento com atenção;
i) Mantém-se limpa a Casa de Caldeiras;
j) Aciona-se os sistemas alternativos de abastecimento de água
(injetor/burrinho);
k) Inspeciona-se vazamentos ou possíveis obstruções que possam existir no
sistema de alimentação de água, ar ou combustíveis;
l) Faz-se o controle de tiragem de CO2 da combustão;
m)Segue-se as recomendações da CIPA e colabora-se com ela;

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n) Quando parar a Caldeira, no caso de utilizar BPF, circula-se óleo diesel ou
querosene pela tubulação de óleo combustível até o queimador. Nesta
operação evita-se a circulação de óleo diesel ou querosene pelo tanque
aquecedor.
o) Caso o queimador apagar subitamente durante a operação normal da
Caldeira, jamais utilize-se o calor das paredes ou de tochas para acendê-lo;
p) Controlar a mistura combustível/comburente, evitando a formação de fumaça
branca (excesso de ar) ou fumaça preta (excesso de óleo).

Parada – Quando se trata de caldeira movia a BPF, antes de pararmos


totalmente a caldeira, devemos abrir o by-pass do pré-aquecedor de óleo para
que possamos introduzir no sistema o óleo diesel, deixando - o queimar algum
tempo, com a finalidade de limparmos a linha de óleo BPF e o combustor, logo
após, devemos retirar a mesmo e deixarmos em um recipiente com óleo diesel.

Após a parada devemos fechar totalmente a válvula de saída de vapor e se


necessário, completar de água a caldeira.

FOLHA DE EXERCÍCIOS III

Assinale as sentenças abaixo (V) ou (F) que são Verdadeiras ou Falsas.

1.( ) A Secagem durante a partida tem por finalidade eliminar a umidade contida nos refratários
que deve ser feita lentamente, durando essa operação alguns minutos, usando de preferência
lenha como combustível, pois é mais fácil a queima em pequenas quantidades.

2.( ) Durante a operação de secagem a caldeira deverá estar cheia de água e quando for
atingida mais ou menos a metade da pressão normal de trabalho, a unidade deve ser esvaziada
para iniciar-se a etapa seguinte.

3.( ) O Boiling-out consiste em retirar da caldeira óleo e outros materiais estranhos, inerentes a
fabricação, quando a caldeira é cheia de orisfofato de sódio e soda cáustica.

4.( ) A caldeira deve entrar em funcionamento lentamente, com carga abaixo do normal e com a
válvula principal de vapor totalmente fechada e se a caldeira tiver superaquecedor, deve-se, a
princípio, deixar seus drenos abertos para a eliminação do condensado.

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5.( ) Com a caldeira em linha e a pressão normal de operação deve-se manter, ainda, por
algumas horas a carga reduzida, então, pode-se, gradualmente, chegar à carga máxima, tendo-se
o cuidado de verificar se existe algum arraste para o aquecedor.

6.( ) Antes de parar totalmente a caldeira, deve-se abrir o by-pass do pré-aquecedor de óleo para
que possamos introduzir no sistema o óleo diesel, deixando - o queimar algum tempo, com a
finalidade de limparmos a linha de óleo BPF e o combustor.

7.( ) Após a parada devemos fechar totalmente a válvula de saída de vapor e se necessário,
completar de água a caldeira.

8.( ) Tiragem muito alta acarreta no aumento de velocidade dos gases, além de aumentar a
temperatura da saída dos gases na chaminé, diminui o tempo da troca térmica e arrastam
partículas do combustível, antes que o mesmo consiga sua combustão completa.

9.( ) a temperatura alta nos gases de combustão indica perda de calor pela chaminé. A boa
prática recomenda que a temperatura deva situar-se em torno de 200ºC.

10.( ) A pressão da caldeira é controlada pelo pressostato de pressão máxima, que desliga a
circuito automático quando atinge a pressão máxima de trabalho da unidade e torna a religar
quando a pressão cai de 0,35-0,70-1,0 kg/cm2 ou mais conforme a regulagem.

11.( ) Antes de colocar a caldeira em operação deve ser feita uma verificação geral nos
manômetros, instrumentos indicadores, registradores e sistemas auxiliares, tanques de serviços
de água e óleo combustível para verificar se estão cheios, nas válvulas que deverão estar
fechadas e nas que deverão estar abertas.

12.( ) O controle do nível máximo comanda o início e interrupção do funcionamento da bomba de


alimentação de água, no nível normal; detecta o nível mínimo acionando o alarme
correspondente; e detecta o nível crítico, atuando sobre o sistema de segurança.

13.( ) Com a caldeira em linha e a pressão normal de operação deve-se manter, ainda, por
algumas horas a carga reduzida, então, pode-se, gradualmente, chegar à carga máxima, tendo-se
o cuidado de verificar se existe algum arraste para o aquecedor.

14.( ) Durante a colocação da caldeira em linha, deve-se ter especial cuidado com o nível de
água na caldeira ou tambor de vapor, para ficarmos seguro que não existe indicação ou registro
de nível falso.

15.( ) Em caso de nível baixo, apagar os maçaricos, fechar a alimentação de água e a válvula
principal de saída de vapor, gradualmente, a fim de evitar perda de água, redução do nível, nos
casos em que ainda houver algum nível (esta prática deve ser feita com muito cuidado).

16.( ) Se as válvulas de segurança não funcionam o operador deve desligar a caldeira


imediatamente e esperar que a pressão caia e com a caldeira fria reparar ou trocar a mesma.

17.( ) Com a caldeira em linha e a pressão normal de operação deve-se manter, ainda, por
algumas horas a carga reduzida, então, pode-se, gradualmente, chegar à carga máxima, tendo-se
o cuidado de verificar se existe algum arraste para o aquecedor.

18.( ) Temperatura alta na chaminé pode ser devido a: queimador com capacidade de queima
elevada; superfícies de troca de calor sujas ou mal dimensionadas; tiragem excessiva, etc.

19.( ) Durante a partida em linha a caldeira entra em funcionamento lentamente, com carga
abaixo do normal e com a válvula principal de vapor totalmente aberta. Se a caldeira tiver
superaquecedor, deve-se, deixar seus drenos abertos para a eliminação do condensado.

20.( ) A medida da tiragem é feita na câmara de combustão e na chaminé e a temperatura dos


gases na saída deve ser em torno de 200ºC.

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21.( ) Tiragem excessiva na câmara de combustão acarreta saída dos gases para a área
exterior e vizinha.

22.( ) Não exceder a pressão normal de operação, para evitar descargas pela válvula de
segurança, pois a constante perda de vapor afeta o rendimento da caldeira.

23.( ) No caso do nível da água ficar muito alto, o vapor arrastará consigo água (líquida),
prejudicando a sua qualidade e danificando possíveis equipamentos ligados a linha de vapor.

24.( ) Nos sistemas de operação de várias caldeiras em paralelo, na linha principal de vapor
devem ser instaladas válvulas de retenção para evitar que o vapor das outras caldeiras retorne
para as mesmas quando estiverem paradas.

25.( ) Faz parte das atribuições do operador tomar: providências para eliminar vazamentos de
óleo; água vapor; manter os combustores e tubos de fumaça limpos; executar os períodos de
drenagens; regular a combustão; verificar as incrustações (tratamento de água), refratários,
purgadores; não acumular os serviços de reparação.

26.( ) A circulação dos gases com o propósito de assegurar a adequada entrada de ar e perfeita
combustão.

27.( ) Quando a pressão do vapor estiver próxima à pressão de trabalho, evita-se o “golpe de
aríete” abrindo-se rapidamente a válvula de vapor.

28.( ) Cabe ao operador de acordo com as prescrições do tratamento de água da caldeira,


realizar descarga da caldeira (para eliminação da lama e partículas estranhas);

29.( ) Nunca se deve injetar água, imediatamente, no interior da caldeira ao se constatar a falta
de nível. Deve-se imediatamente apagar o fogo e esfriar a caldeira, para evitar explosões.

30.( ) Quando os maçaricos entupidos o operador deve limpá-los com cuidado para que os
orifícios de saída não sejam danificados, arranhados ou alargados.

31.( ) O Operador não deve afastar-se do local de trabalho. Não é recomendado que o Operador
da Caldeira execute outras atividades.

32.( ) Quando a perda de água através dos tubos é muito pequena, é necessário, então, uma
parada imediata, mas, se a perda de água não é considerável, permite-se uma parada folgada, ou
seja, normal.

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Modeling Language. São Paulo: Makron Books, 1998. 329 p.

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