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Filosofia

quarta-feira, 3 de junho de 2009


Crítica da razão de Kant

Estávamos estudando na aula passada as críticas


kantianas.

Hoje vamos ver o modelo próprio de Kant, mas antes


vamos terminar os pontos fracos dos empiristas. É a replica que os
realistas sempre apresentam a eles. Se o critério não é
universalmente válido, mas é apenas uma diretriz, então no final
das contas o que se tem é novo relativismo e/ou convencionalismo.
É a questão de não sabermos o que nos garante que determinada
sociedade, pensando em termos morais, políticos e jurídicos, deva
seguir, qual conduta adotar, de tal forma que seja moral e
politicamente aceita como correta? O realista dirá que, além das
próprias condições da lei, existem, naturalmente ou não, condições
humanas que são racionalmente estabelecidas, que a própria razão
deve ceder a elas. Como a justiça. Existe uma virtude de justiça que
determina um critério, como o princípio de eqüidade, que
fundamenta o princípio de isonomia. Aquele racional e geral, este
jurídico.

A razão contém a virtude da justiça. Uma leva à outra.


Essa justiça determina um princípio racional como o de eqüidade,
que por sua vez determina o princípio, dentro da esfera do Estado,
de isonomia. Um princípio racional determina um princípio
jurídico. Esta é a conduta do Estado. Posso determinar que esse
Estado é de Direito se ele segue esse princípio, princípio esse que
segue a razão, na esfera da razão prática, (eqüidade) que determina,
no final das contas, a esfera jurídica. O realista justifica, então, que
tem parâmetros para determinar como uma sociedade deve se
comportar. A questão é que, para a crítica que eles fazem aos
empiristas, se não se tem determinado parâmetro, no final das
contas, o parâmetro jurídico ou moral-social serão determinados
por aquela sociedade, o que é a consolidação dos hábitos num
determinado cenário histórico. Sem parâmetro, como comparamos
uma determinada conduta de um Estado com outra determinada
conduta de outro Estado? Se as condições que determinam o que é
justo, equânime, corajoso e moralmente correto é determinado pela
consolidação dos atos, não teremos um critério para decidir que,
por exemplo, Hitler estava errado ou foi cruel. O empirista vai
dizer: isso afronta a coletividade das nações, logo a dos indivíduos
e assim por diante. Mas podemos pensar num modelo de sociedade
inversa. Como um modelo em que o nazismo é válido. Não podemos
garantir na mera e simples compreensão da coletividade.

Exemplo interessante: Don Richardson, um antropólogo


e missionário cristão canadense, fez um estudo sobre uma
sociedade que tinha uma concepção invertida com relação à
amizade. Isso foi nos anos 50. Ele até tem um livro escrito
chamado O Fator Melquisedeque. Ele começou a estudar a cultura
e verificou os pontos para os quais podia levar a mensagem cristã.
O que aconteceu? Foi que, quanto mais ele falava de Jesus, mais os
habitantes daquela sociedade não gostavam dele. Achavam que ele
era tolo, que era fraco, mesquinho. Quando ele apresentou Judas,
este se tornou herói da sociedade; tornou-se o ídolo. É que em
nossa sociedade ocidental Jesus é traído e tido como padrão de
misericórdia. Ao avaliar antropologicamente, ele viu que os valores
daquela sociedade eram invertidos. Nela, o que era considerado o
melhor homem era aquele que conseguia trair o melhor requinte.
Eles “armavam a rede”. Quem conseguia a melhor forma de traição,
era o melhor. Mas Judas traiu Jesus do melhor modo possível, com
um beijo!

Então, se temos uma sociedade, invertida, como


podemos, sendo Cristãos e realistas, dizer que há parâmetros da
consciência divina que qualquer homem pode aceitar? Se não se
tem isso, só resta o convencionalismo. Esse convencionalismo dos
empiristas fará com que eles fiquem limitados à convenção social.
O que é convencionado? É aquele hábito reiterado de sociedade.
Mas o realista vai dizer: “em nada isso me impede de chegar à
condição individual.” Os valores da sociedade brasileira,
estabelecidos durante anos, levam aos valores que temos, valores
esses que são incontrastáveis com os valores chineses. Mas a
pergunta é: “por que, no final, podemos garantir que isso é
meramente uma condição social?” Durkheim, por exemplo, diz que
a sociedade determina o que será a normalidade. Nós ingressamos
na sociedade. O indivíduo produz e, como indivíduo na sociedade,
ele também produz os hábitos. Mas ele não cria os hábitos, apenas
é introduzido nele. E, segundo Durkheim e os empiristas, temos
hábitos que nos levam a sermos considerados “pessoas normais”. A
pena não existe para punir, mas para manter a sociedade
funcionando. A pena então tem uma justificativa. Nisso surgirá
para Foucault, e dirá que isso explica, por exemplo, a existência de
penitenciarias.

Mas quem me dá a afirmação de que eu devo a uma


sociedade? Por que eu tenho que aceitar os parâmetros ou os
ditames de uma sociedade na qual fui inserido só porque nasci
nela? Exemplo mais interessante e prático: admitam que vocês
estão na seguinte situação: seu pai está doentio e vocês precisam de
uma verba elevada para tratá-lo. Esse dinheiro que vocês precisam
vai salvá-lo. No final das contas, porque você deve obedecer à
norma de que não se deve roubar? Seja uma norma moral ou uma
imposição legal? A premência da necessidade não é muito maior do
que a obediência a regras? Você mesmo não anuiu a obediência? É
o que o realista diz: se não tem critério racional, nada justifica a
total anarquia. Para o realista, o empirista cairia na forma moral de
egoísmo, mas nenhum empirista quer ser considerado egoísta. Daí
eles maquiam o problema com um princípio. Como John Stuart
Mill, que aceita o princípio utilitarista, que ele mesmo cria: “maior
bem para o maior número de pessoas.” Por isso que o Estado deve
tomar determinadas decisões morais que validarão o bem da
maioria. Mas e daí? E o bem do indivíduo, que às vezes é o
relevante? Este caso é exatamente o ponto: os empiristas, apesar de
não aceitarem a conseqüência direita de sua tese, aceitam o
individualismo moral, que implica um egoísmo. “O importante sou
eu, em minhas necessidades.” Então o próprio Estado admite
condições de necessidade na lei, como as excludentes de ilicitude.
Mas o ponto é que o Estado também faz o mesmo: numa busca para
o melhor bem possível, ele pode tirar a propriedade de um
indivíduo. Mas a propriedade não é daquele indivíduo, não foi
comprada ou herdada por ele? Então, o que justifica essa condição
do Estado para o empirista? O realista diz que a única coisa que se
justifica é a força, mas não é critério racional. Para o empirismo,
será uma questão de egoísmo. Vamos entender.

Há dois tipos de egoísmo: absoluto e universal. Absoluto:


no sentido comum no termo: temos o ego, e todos os outros egos
têm que se preocupar com ele. É o que quer sempre o centro de toda
a atenção. Todos devem se preocupar com aquele. Mas o universal
é exatamente diferente: ele não tem um centro, e todos são seus
próprios centros. Cada um deve se preocupar consigo mesmo, e não
se preocupar com os outros. Mas de qualquer modo é: como não
temos uma regra que implicaria uma determinada condição de
altruísmo, como, por exemplo, a preocupação com a polis, então
não temos porque chegar ao nível absoluto do egoísmo. Esse é o
problema teoria do egoísmo. Somente um filósofo, chamado Von
Steiner, admitiu a moralidade do egoísmo. E também, na esfera
jurídica, dado que o princípio de isonomia é um critério intrínseco
a nosso sistema, não há justificativa racional para adotarmos a
isonomia, mas ainda assim ela está determinada em nossa
Constituição. De qualquer modo podemos ir para a condição do
conhecimento: temos um problema aqui, que é: qual o critério para
se determinar, segundo o empirista, qual é o conhecimento válido?
Seria o crivo da comunidade observadora. E se toda a sociedade
estiver errada? É como se o único daltônico fosse o detentor da
verdade. Para um realista, se não temos um critério racional de
conhecimento, para saber o que é válido ou inválido, não
saberíamos a diferença entre ciência e falsa ciência. Ou aquelas
coisas que se dizem ciência, como caça a fantasmas. É exatamente
esse o ponto de determinar se uma teoria é valida ou não. Se não
podemos determinar o que é universalmente válido, que valha para
qualquer sociedade, para qualquer observador, não temos como ter
segurança de que esse conhecimento é válido. Temos que ter um
ponto de apoio. É o que os realistas jogam para os empiristas. Estes
dizem que o modo seguro é a verificabilidade: basta verificar para
garantir a validade. Não sei o que é verdadeiros ou falso, basta
verificar. Posso verificar que o pincel é azul. E a observação de uma
estrela, por um telescópio? O crivo é exatamente o do instrumento,
que é produto de uma teoria, que, em última análise, não é perfeito.
E mais ainda: Plutão não é nem mais planeta, de acordo com a
“comunidade de observadores”. Os astrônomos mesmo admitiram
que não é. Por isso que os dois lados, tanto o realismo quanto o
empirismo estão se flexibilizando.

Então, para Kant, são essas as vantagens e desvantagens


que os modelos têm. Ainda não estamos no século XX, com um
modelo contemporâneo de ciência. Vejamos, então, a...

Posição de Kant
...no século XVIII. Ele vê que os dois modelos têm suas
vantagens e desvantagens. Qual é, e como então podemos
desenvolver um modelo teórico e filosófico que, no final das contas,
garanta duas coisas: autonomia da razão, como critério de todo o
conhecimento, fonte de todo conhecimento (realismo), mas ao
mesmo tempo em que o conhecimento tenha por fonte os sentidos
(empirismo)? Como deduzir o conhecimento, as bases de todo o
conhecimento de toda ciência, sem simplesmente cair em
postulados (que é o problema do realismo), mas também sem,
apesar de termos as condições empíricas sem ficar no relativismo
(problema do empirismo)?

A proposta kantiana é fazer com que duas pernas que


caminham opostamente andem juntas. Por conseqüência disso,
separar a esfera da ciência, que é o que ele chama fenômeno da
esfera da práksis, das ações. Em outras palavras, criar a distinção
entre o que é ciência e o que é moral, político, jurídico, o Direito, a
Filosofia. Ele diz que tanto empiristas quanto realistas erraram.
Admitir postulados para valer para tudo, para neles fundar tanto o
conhecimento, quanto a moral, a política, o Direito, ou aceitar
também que tudo seja resultado de hábito. O que ele quer, como
conseqüência dessa sua tese, é separar a esfera da práksis, (a razão
prática) da razão pura (da ciência) que tanto os realistas quanto os
empiristas confundiram. Em outras palavras, o projeto kantiano é
conhecido como crítica da razão. Daí os nomes das principais
obras dele. O termo correto seria crítica da Razão Pura Teorética e
Crítica da Razão Pura Prática (o professor prefere usar o
termo práksica em vez de prática).

Vamos entender o que significam esses termos em seu


pensamento.

Primeiramente: razão pura. O que significa razão pura?


Significa, para Kant, que devemos chegar a parâmetros da razão,
ou, em outras palavras, à condição do pensamento de tal forma que
ela fique independente. Se o modelo tem que ser puro, ele tem que
ser independente de quê? Temos que chegar a um estado em que
não tenhamos dependência nenhuma dos sentidos. Isso que é puro.
Em outras palavras, devemos sair das condições dos sentidos,
saindo da mera sensibilidade, e, a partir dos enunciados empíricos,
devemos chegar a uma condição de racionalidade. Ou seja,
devemos chegar a um tipo de conhecimento que, no final, nos dará
enunciados teoréticos. Esses enunciados teoréticos são partes da
própria estrutura do nosso pensamento. Ou seja: o princípio dele é:
!concordo com os empiristas: a gênese do conhecimento é
exatamente o conhecimento sensível.” São os sentidos. Mas não
posso ficar nos sentidos porque teremos o relativismo e o
convencionalismo. Tenho, então, que partir das condições de
sensibilidade para chegar às condições de racionalidade. Mas aí que
está: devo deduzir, porque, se não fizer, elas serão postulados, e
teremos dogmas, como a essência, substância, Deus, etc. Então, na
verdade, a sensibilidade seria a gênese e a fonte de todo o
conhecimento e as ações moral, política, ou jurídica seriam a
condição de racionalidade. É isso que Kant quer: quando ele fala
em razão pura, ele está falando em enunciados teoréticos: apesar
de partir dos sentidos, ela não está vinculada aos sentidos: é razão
pura. A razão dos empiristas é uma razão empírica. Para eles, a
razão não é a fonte e não é a gênese do conhecimento. Os sentidos
é que são. A razão, para o empirista, só opera para constituir ou
ordenar o conhecimento, e mais nada. Nos dogmáticos, usando o
termo dos céticos, ao contrário: a fonte e a genesis são a razão, mas
que é tomada como mero dogma. Não foi provado que a
racionalidade é o que determina o conhecimento ou a ação humana.
Isso que significa ser razão pura. Agora, evidentemente: razão pura
teorética é a razão pura que fundará a ciência. É a razão do
conhecimento. E a prática é a estrutura da razão humana que
constituirá as ações morais e político-jurídicas. De qualquer modo,
para Kant, seja teorética ou prática, a razão tem que ser pura. Ela
não pode estar imiscuída pelos sentidos. Mas ela não pode, todavia,
ser um corpo desencarnado; ela não está determinada a seguir os
sentidos meramente, mas não está dellsigada dos sentidos. Os
empiristas criam um corpo sem alma, os realistas criam uma alma
sem corpo. Kant quer criar um modelo em que alma e corpo tenham
autonomia.

Então, ao falar em pura, estamos falando em autonomia


da razão com relação aos sentidos. Ela é, em outras palavras, a
senhora do conhecimento. Os sentidos são seus instrumentos.

Agora a crítica: o que significa? Vem do termo


grego krísis, que por sua vez deriva de krisolis = ouro. Lembra o
processo da fundição do ouro. Krísis então é fundir, reter. Então o
que é crítica? Veja como é interessante: como tirar as impurezas do
ouro. Na crítica da razão, Kant quer proceder a uma investigação,
como se estivesse fundindo ouro, que elimine as impurezas
deixadas por realistas (postulados não provados), e ao mesmo
tempo, por outro lado, as impurezas empiristas de tudo estar
relativo aos sentidos. No momento em que criamos um modelo de
conhecimento que proceda a essa purificação, temos a razão pura.
A razão pura, por um lado, é tudo o que está autônomo aos
postulados e à condição empírica dos empiristas. Postulados são
enunciados metafísicos. Por isso, tenho que estabelecer uma
crítica, pensou Kant. Mas, de novo, sua pergunta é: se tenho que
estabelecer uma crítica, e como Kant gosta de usar termos jurídicos,
qual é o único sujeito que está propriamente legitimado para
estabelecer a crítica? Quem está legitimado para estabelecer a
crítica? (“Quem” não é muito próprio, mas é o que usamos por ora).
Não pode ser nenhuma veia dogmática nem uma veia cética. Neste
caso, quem é o único que está em condições de proceder à crítica?

Quem pode fazer é a própria razão. É aquela que é capaz


de purificar a si mesma, estabelecendo exatamente a busca da
racionalidade a partir da sensibilidade.

Kant diz que o fim de seu projeto é dar a razão à sua


condição verdadeira, original, que foi deturpada tanto pelos
metafísicos quanto pelos empiristas, aqueles que são
absolutamente anti-metafísicos. No final das contas, o fim do
projeto é a crítica: estabelecer a razão pura, como tribunal supremo
de todo conhecimento e toda a ação humana (veja aí a metáfora
jurídica usada). Para um tribunal julgar, ele pode estar no mesmo
nível ou na mesma dimensão do objeto? Evidentemente não porque
não teria legitimidade. Quando o juiz julga, ele está em uma
hierarquia acima do objeto de lide. Ou não teria legitimidade nem
autonomia. Por exemplo: qual é uma das formas de suspeição de
um juiz? Quando ele contraria o juiz natural. Ele está com interesse
na causa, e estaria ao mesmo nível do objeto de lide. O juiz natural
da causa é aquele que está em suas condições jurídicas de aptidão:
ser da comarca, ser togado, ter territorialidade; e daí uma das
condições é que ele não tenha partes na causa. É exatamente isso
que é o juiz natural. Ele está acima da esfera de seu julgamento. Sua
legitimidade não pode vir do consenso das partes. De onde ela vem?
Da lei. A Constituição diz o que é o juiz natural da causa. Dado que
sua legitimidade vem da lei, sua autoridade vem exatamente dessa
condição. Neste caso, ele tem condições de julgar. Agora, o juiz,
mesmo o Supremo Tribunal Federal, é realmente, em última
instância, o Supremo? Ele ainda depende da própria Carta. Ele não
é a própria lei. Não podemos então chamar de juízo supremo, no
sentido divino do termo. Deus é o juiz supremo no Cristianismo.

Então Kant vê que o realismo conseguiu chegar nisso: o


juízo supremo.

Então quem pode estabelecer a condição de tribunal


supremo da razão é ela mesma. Mas agora ela está a operar contra
si mesmo, e assumir sua posição original que nunca lhe foi dada.
Nada há acima dela. E ela determina intrinsecamente sua própria
legitimidade e autonomia. Em outras palavras, o que Kant faz é
trazer Deus e colocá-lo no homem. Mas agora não é o homem
individual, mas uma estrutura comum a todos os homens e que nos
permite exatamente estabelecer essa estrutura como humana e
comum a todos os homens. Ela cria os parâmetros gerais para todo
o conhecimento, e contém todos os parâmetros para ele. É o famoso
projeto da crítica da razão pura de Kant.

Dizer é uma coisa, fazer é outra. Agora, vamos ver como


ele faz. Para chegar lá, Kant cria um método, se assim podemos
dizer. É chamado de transcendental. Transcendental. A idéia
kantiana é exatamente isso: criar o método transcendental. Em que
sentido? Haverá uma regra:

É o que possui todas as condições de chegar ao tribunal


supremo. Evidentemente, deve haver uma regra. É a regra de
dedução transcendental. Por que, primeiramente, dedução? Para
fazê-la, temos que entender os conceitos trazidos por cada autor
antes de qualquer coisa, só então mergulhar em sua obra. Neste
caso, por que dedução? Já sabemos o que é: toda forma de regra
lógica que determina que, dadas as premissas, segue
necessariamente a conclusão, ou seja, há um nexo lógico necessário
partindo da premissa em direção à conclusão. Exemplo é o
silogismo aristotélico: Todo homem é mortal, Sócrates é homem,
então Sócrates é mortal. Agora vejam: o avião da Air France (vôo
447) que caiu no Atlântico necessariamente caiu por uma pane
elétrica? Não. Por que Kant julga que tem que ser dedução, e não
indução? Porque na indução nunca se tem absoluta certeza da
conclusão. E temos que chegar a uma determinação da razão
insofismável. A conclusão é “a razão é o tribunal supremo de todo
o conhecimento e todas as ações humanas”. Isso é um enunciado
hipotético ou categórico? Categórico, porque não deixa sombra de
dúvida. É enunciado categórico singular, com apenas um sujeito:
somente a razão. Isso não está aberto a dúvidas. Então, o único
modo de chegar a uma conclusão necessária é indo pelo método
dedutivo.

É uma condição meta-individual humana, intersubjetiva,


que está em todos os indivíduos.

Como temos a estrutura empírica, Kant a chamará de ego


empírico. Temos uma estrutura dupla. A conclusão está na esfera
transcendental é que a premissa; nessa premissa está a estrutura
empírica. Cada um de nós tem uma estrutura de razão, uma
característica empírica. A essa condição da razão está ligada o que
determina os sentidos, que ele denomina ego empírico. Aquela
condição da razão que determina o próprio conhecimento será
denominada ego transcendental. É exatamente esse ego
transcendental que será o próprio tribunal supremo. Aula que vem:
vamos ver a dedução transcendental e chegar à razão. O empírico
governa os sentidos, e o transcendental governa o próprio
conhecimento e a razão humana.

Pela iminência da prova e também a de Direito Penal, não


pude revisar. Por favor relevem os pequenos erros.

Conceitos de hoje

1. Princípio utilitarista de John Stuart Mill:


“fazer o maior bem para o maior número possível
de pessoas.”
2. Ego empírico e ego transcendental: logo
acima.

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