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Introdução
Resumo
“Não nos interessa opor holismo e individualismo, mas entender como indivíduo
e sociedade se relacionam na teoria social e como a sociedade é, em sua
multiplicidade de “instâncias” e coletividades, definida.” (Domingues, 2004, p.17)
George Mead, influenciado pelas perspectivas dos filósofos William James e John
Dewey, (que enfatizavam o simbolismo na ação humana como fundamental nas
relações), assim como Charles Cooley que desenvolvera o conceito do “eu espelho”,
recolhe estas heranças e a partir delas forja sua própria teoria. O conceito de “eu
espelho”, remete a observação de que os indivíduos tomam a si mesmos como
objeto, através do olhar do outro, por meio das interpretações daqueles com quem
interagiam; reconhecendo que os seres humanos sentiam a necessidade de
adaptação, mas em relação ao plano da cultura, sendo assim, a interação tornava-
se elemento fundamental para a compreensão da realidade; apresenta-se então à
Mead, a interação como unidade de análise, ou categoria analítica, alternativa
interessante para o dilema da estrutura x ação.
Portanto,“...a atenção para com a flexibilidade e fluidez do mundo social, para com
a temática da ação e da criatividade são contribuições permanentes dessas escolas
de pensamento sociológico.” (Domingues,2004.p.33)
Ou seja;
“...os sistemas fazem uso de seus próprios elementos para reproduzirem estes
mesmos elementos, e é nesse processo que vêm a mudar, recriando-se,
autônoma e independentemente. Essa autopoiesis se efetua por intermédio de
processos de comunicação intra-sistêmica e cada sistema tem a sua própria
“semântica”. (Domingues,2004.p.51)
“O habitus, assim, responde pelo pólo da ação, em grande parte pela memória
social e, mais modestamente, pela criatividade e pela mudança social. Já a noção
de “campo” entre em cena para fazer a parte daquilo que outros autores, como
Parsons, conceituaram como sistemas sociais”. (Domingues,2004.p.59)
Os campos advém da transformações impulsionadas ou criadas, por indivíduos
com perspectivas “heterodoxas”, estabelecendo consequentemente, novos campos,
em relação direta com o maior ou menor poder detido por eles, sendo assim, estas
estruturas de posição irão influenciar o habitus dos atores, no entanto, estas
posições apenas informam o comportamento, pois este, de algum modo, é criativo,
devido ao comportamento heterodoxo, na criação, ou modificação dos campos de
poder e capital. “Ele, de fato, define sua sociologia como relacional”.
(Domingues,2004.p.61)
Conclusão
Referência
Domingues, José Maurício. Teorias sociológicas do século XX. 2 ed.- Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2004.