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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9

Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE


NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE/2013
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

PAULA ORTELHADO

O PODER DAS LETRAS NAS MÚSICAS

CASCAVEL-PR
2013
PAULA ORTELHADO

O PODER DAS LETRAS NAS MÚSICAS

Produção Didático-Pedagógica para


intervenção no Colégio Estadual Princesa
Izabel, apresentada como um dos requisitos do
PDE – Programa de Desenvolvimento
Educacional 2013, ofertado pela Secretaria de
Estado da Educação do Paraná, vinculado à
Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE, Campus de Cascavel.
Orientadora: Profa. Maricélia Nunes dos Santos

CASCAVEL-PR
2013
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013

Título: O Poder das Letras nas Músicas


Autora: Paula Ortelhado

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino


Projeto e sua localização: Fundamental, Médio e Formação de Docentes
Município da escola: Três Barras do Paraná/PR

Núcleo Regional de Educação: Cascavel

Professor Orientadora: Maricélia Nunes dos Santos

Instituição de Ensino Superior: UNIOESTE – Campus Cascavel

Relação Interdisciplinar:

Resumo: Esta produção didática traz como proposta uma


reflexão sobre como as letras de músicas têm
discursos, intencionalidades e como podemos inferir
através de uma interpretação concisa. Além de
consistir em atividades que pode mostrar-se
prazerosa, a abordagem de letras de músicas pode
consistir em estratégias produtiva no incentivo à
interação com a língua como manifestação social e
cultural. Este trabalho visa a proporcionar e fomentar a
leitura de textos artísticos entre os educandos do 3º
ano do Ensino Médio, com o intuito de desenvolver a
habilidade de ler e interpretar os textos que permeiam
sua vida social e cultural com um olhar crítico. A
relevância deste estudo está na investigação,
verificação de como este trabalho pode contribuir na
leitura e interpretação do ensino-aprendizagem do
aluno, mas é também para fazermos uma reflexão do
poder das palavras quando elas são utilizadas de
forma concisa, de como a linguagem funciona e como
ela é utilizada em tempos e esferas diferentes.
Esperamos que a leitura de música possa realmente
auxiliar na formação de cidadãos com uma visão
crítica acerca do social e entendedores de que a
linguagem artística realmente é uma ferramenta de
manifestação e transformação social.

Palavras-chave: Palavras, interpretação, música, estudo.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Alunos do 3º ano do Ensino Médio


A música é um meio mais poderoso do que qualquer outro,
porque o ritmo e a harmonia têm sua sede na alma. Ela
enriquece esta última, confere-lhe a graça e ilumina aquele
que recebe uma verdadeira educação.
Platão
APRESENTAÇÃO

Esta Produção Didático-Pedagógica, elaborada na forma de Unidade Didática


de Pesquisa, na área do Ensino de Língua Portuguesa, tem como proposta uma
reflexão sobre a angústia que nós, professores, sentimos ao perceber a falta de
motivação e o desinteresse dos alunos quanto à leitura.
O trabalho traz uma reflexão sobre como, a partir do gênero música, pode ser
trabalhada a leitura e a interpretação textual de forma prazerosa e eficiente.
Pertencemos a um mundo onde estamos rodeados de palavras por toda parte e
necessitamos delas todo instante. Por isso é inegável a força e a importância das
palavras. Este trabalho visa a fomentar a compreensão das palavras no gênero
música, entender que o domínio de diferentes linguagens é fundamental para viver,
interpretar, criticar e se posicionar na sociedade.
Esta Unidade Didático-Pedagógica foi elaborada e embasada sob os
fundamentos teóricos de pesquisadores como Antonio Candido (2000), Wolfgang
Iser (1999), Hans Robert Jauss (1979), Regina Zilbeermann (2004). Levamos em
consideração também as orientações que constam nas Diretrizes Curriculares
Básica do Estado do Paraná (PARANÁ, 2008).
No que se refere à educação pela música Koellereutter diz que:

Como instrumento de libertação, a arte torna-se um meio


indispensável de educação, pelo fato de oferecer uma contribuição
essencial à formação do ambiente humano. Assim, através de sua
integração na sociedade, a arte torna-se um traço central da
sociedade moderna, desde que, por meio desta sua integração, ela
vença sua alienação social e sobreviva sua crise (KOELLREUTTER,
1997, p. 38-39 apud LOUREIRO, 2010, p. 113).

Com base nessas considerações, entendemos que a música, como uma das
diversas possibilidades de manifestação artística, é o meio pelo qual o ser humano
pode se manifestar e interagir, por meio da reflexão, com o meio social. A música,
sem dúvida nenhuma, é essencial para a formação, interação e integração da
sociedade.
Ao se tratar de experiência estética, Jauss (1989, p. 50) diz que:

A atitude de prazer, que a arte provoca e possibilita, é a experiência


estética primordial. Ela não pode ser suprimida; pelo contrário, deve
voltar a ser objeto da reflexão teórica, quando se trata hoje de
defender a função social da arte e da ciência que a serve contra os
que – letrados ou iletrados – suspeitam dela.

Compreendemos, a partir da citação acima, que a leitura, ou o ato de ler,


deve ser um momento agradável, de satisfação, de alegria, porque o principal é a
experiência que deve haver entre o leitor, a obra e o autor. Por isso, a leitura não
deve passar em branco, ser substituída, preenchida por qualquer outra atividade; ao
contrário, devemos estudar, analisar e entender realmente para que serve a
literatura. A importância da leitura deve existir, primordialmente, junto ao leitor.
Segundo Antonio Candido, a literatura focaliza aspectos sociais que envolvem
a vida artística e literária nos seus diferentes momentos. O teórico brasileiro
questiona:

Qual a influência exercida pelo meio social sobre a obra de arte?


Qual a influência pela obra de arte sobre o meio? Algumas das
tendências mais vivas da estética moderna estão empenhadas em
estudar como a obra de arte plasma no meio, cria o seu público e as
suas vias de penetração, agindo no sentido inverso ao das
influências externas. Nesse sentido há duas respostas:
- A primeira consiste em estudar em que medida a arte é expressão
da sociedade.
- A segunda em que medida é social, isto é, interessada nos
problemas sociais (CANDIDO, 2000, p. 17-19).

É importante entender que a análise sociológica ajuda na compreensão da


produção literária, permite entender e compreender como foi criado, em que
momento, em qual circunstância, qual é o seu destino e a luz de que época, pode-se
estabelecer um contato maior com a produção, com o texto, de forma que a
interação com este permite a análise e o aprofundamento da leitura.
Da mesma forma, os sentidos da música devem ser explorados pelo leitor. A
prática de leitura do texto-música exige esforço tão grande como a leitura do texto
literário, visto que ele se constrói, também, a partir do sentido conotativo da
linguagem.
É a partir da compreensão de que, mais do que ouvir música, os alunos
devem estar preparados para compreender, isto é, aptos para ler a música,
compreendendo-a no contexto em que é produzida, como possibilidade de
manifestação social por meio da habilidade artística. Ao passo que os estudantes
estejam aptos para a leitura de textos complexos, da esfera artística, estarão
também aptos para ler e interagir com o mundo em que estão inseridos.
Neste sentido, com vistas a auxiliar no processo de abordagem de músicas
em sala de aula, elaboramos esta unidade didático-pedagógica. Nela,
apresentaremos a proposta de abordagem das músicas a seguir: Alegria, alegria
(Caetano Veloso); Pra não dizer que não falei das flores (Geraldo Vandré); A banda
(Chico Buarque de Holanda); Admirável gado novo (Zé Ramalho); Geração Coca-
Cola (Legião Urbana); Alagados (Paralamas do Sucesso); Classe média (Max
Gonzaga); Até quando? (Gabriel o Pensador); e Aos meus heróis (Julinho Marassi e
Gutemberg).
PRIMEIRO ENCONTRO
(Duração: duas aulas)

Professores!
No primeiro momento será apresentado aos alunos o projeto de
intervenção. É preciso explicar-lhes que foi elaborado pensando neles, com o
intuito de apresentar-lhes textos com mensagens riquíssimas, um vocabulário
diferente do cotidiano, uma interpretação que exige momentos de reflexão,
enfim, mostrar-lhes que as palavras têm força, que podem mudar uma atitude,
um pensamento e até uma sociedade.
Trabalhar com música tem o objetivo de fomentar a compreensão das
palavras no gênero música, entender que a comunicação é primordial para a
nossa sobrevivência emocional, cultural, social e econômica.
Compreendemos que o trabalho com a leitura e interpretação requer uma
sondagem de conhecimentos prévios que o aluno traz do cotidiano familiar e
escolar. Por isso, entendemos que seria melhor começar com um questionário
investigativo.
As questões que compõem o questionário apresentado na sequência
foram elaboradas com o intuito de conhecer o tipo de música que os alunos
costumam ouvir e a forma como se relacionam com esses textos. A aplicação do
questionário será também uma forma de levá-los, aos poucos, a refletir sobre o
que ouvem.

Tema

O tema do primeiro encontro será a organização do projeto a ser


desenvolvido nos encontros subsequentes. Neste encontro, também será aplicado o
questionário investigativo.

Objetivo

1. Apresentar o Projeto para os alunos e explicar qual é a proposta do trabalho;


2. Realizar uma pesquisa investigativa que permita uma sondagem quanto aos
interesses musicais dos alunos.

Metodologia

Inicialmente, se fará uma explanação acerca do projeto para que os alunos do


3º ano do Ensino Médio a que será aplicada essa unidade didática fiquem a par do
encaminhamento do projeto e de seus objetivos.
Na sequência, será aplicado o questionário investigativo, que os alunos
deverão responder individualmente, por escrito. Os alunos serão orientados para
que sejam sinceros aos responderem as perguntas. Posteriormente, as folhas
respondidas serão recolhidas para verificação e análise.

Recursos

1. Explicação oral;
2. Fotocópias do questionário investigativo;
3. Data Show/ TV pendrive.
Questionário a ser aplicado

1) Você gosta de música? Qual é o estilo de música que você costuma ouvir?
2) Qual é o ritmo de sua preferência? Por quê?
3) O que o atrai mais na música: o ritmo ou a letra? Por quê?
4) Você costuma atentar para o sentido da letra? Por quê?
5) Que temas você considera mais atraentes na música? Por quê?
6) Em que momento gosta de ouvir música?
7) A música exerce algum poder sobre você? Explique.
8) A música pode influenciar um grupo social? Argumente.
9) Na sua opinião, que papel a música exerce na sociedade?
10) Escreva:
a) O nome de um cantor/cantora de sua preferência.
b) O nome de uma música de que você goste.
c) O nome (ou um fragmento) de uma música que fale sobre a vida, a guerra ou
sofrimento.
SEGUNDO ENCONTRO
(Duração: três aulas)

Professores!
Neste encontro, será trabalhada a primeira letra de música: Alegria, alegria,
de Caetano Veloso. Seria interessante que no primeiro momento, antes de
apresentar a música, os alunos fossem questionados, isto é, que fossem exploradas
todas as possibilidades de extrair o conhecimento dos alunos. É muito importante
aplicar atividades de pré-leitura com os alunos, pois será necessário realizar este
momento em todas as apresentações das músicas que serão trabalhadas nas aulas
seguintes. As questões de pré-leitura servem para dar início à discussão, por isso
devem ser aplicadas de forma oral, possibilitando que toda a turma interaja.

Perguntas anteriores à leitura

1. Vocês já ouviram falar do cantor e compositor Caetano Veloso? Que tipo de


música ele canta? De onde ele é? Conhecem alguma música dele? Qual?
2. Em sua opinião, por que certas canções fazem tanto sucesso?
3. Alegria, alegria foi nome e abertura musical de uma novela, em 1977. Que temas
vocês acham que foram abordados nessa novela?
4. Vocês sabiam que Caetano Veloso, era integrante do grupo Tropicália nessa
época?
5. Sabem o que é Tropicália?

Contato com o texto

Alegria, alegria (Caetano Veloso).

Lembrete:
Ao apresentar a música aos alunos, é importante explicar que ela é
representativa do Tropicalismo, não apenas nos aspectos temáticos, mas pelos
recursos estilísticos em sua composição.
Recursos estilísticos são utilizados por quem fala ou escreve para dar maior
expressividade, intensidade, força ou beleza à comunicação. Ocorrem com maior
frequência em obras literárias, na gíria, na propaganda, na imprensa, na música.

Perguntas de interpretação

Professores!
Na sequência, após o contato com o texto, no caso a música Alegria, alegria,
de Caetano Veloso, os alunos serão orientados a responder as questões a seguir.
Inicialmente, eles devem responder as questões de forma escrita. Depois, toda a
turma vai debater as perguntas em grupo.

1. Qual é a temática da música? Que versos possibilitam essa leitura?


2. O ambiente retratado na música é urbano ou de campo? Justifique sua resposta.
3. A música começa com um verbo no gerúndio. Que ideia nos dá a colocação
desse verbo? Se estivesse no infinitivo teria o mesmo sentido ou valor? Comente.
4. O que pode ser compreendido no verso a seguir: “Sem lenço e sem
documento”? Argumente.
5. A segunda estrofe trata de um momento/acontecimento de importância mundial.
Que acontecimento é esse?
6. No verso “Quem lê tanta notícia”, o que está implícito? Que inferências podem
ser feitas?
7. No momento em que surgiu, você sabe como a música foi recebida pelos
jovens?
8. A música reflete o estado político que o país estava vivendo no momento de sua
criação. Que estado era esse? Que outras questões são abordadas no texto?
9. O que está pressuposto nos versos a seguir? “Nada no bolso e nas mãos / Eu
quero seguir vivendo, amor”.
10. O arranjo musical, o ritmo da música, interfere na interpretação da letra? De que
forma? Exemplifique.
TERCEIRO ENCONTRO
(Duração: três aulas)

Professores!
Neste encontro será trabalhada a música Pra não dizer que não falei das
flores, de Geraldo Vandré. Trata-se de uma canção representativa na história do
nosso país. É muito importante ressaltar para os alunos o ritmo da música, pois ela
sempre traz uma mensagem, a importância de os verbos estarem no gerúndio e
não em outra forma verbal.
Ainda neste encontro, se assistirá a um vídeo. Trata-se de um documentário
sobre o cantor e compositor Geraldo Vandré. Após as atividades, é interessante que
os alunos conheçam um pouco mais da obra que eles acabaram de estudar e
saibam que o autor ainda está vivo, porém, vivendo um mundo totalmente diferente
dos anos 60 e 70.
O documentário na íntegra encontra-se no seguinte endereço:
<http://www.youtube.com/watch?v=XBWjMIe8xT0>.

Perguntas anteriores à leitura

1. Vocês se lembram de algum acontecimento que marcou os anos 60 e 70 no


Brasil? Qual?
2. Já ouviram falar em Geraldo Vandré? Onde? O que sabem acerca dele?
3. Em 2013, houve passeatas e vários protestos. A mídia utilizou inúmeras vezes a
música Pra não dizer que não falei das flores. Vocês tiveram acesso a algum desses
episódios? A que creem que se deve a seleção dessa canção nos protestos atuais?
4. Na opinião de vocês, por que esta música é conhecida como hino de protesto?
5. Por que, uma música, mesmo depois de 45 anos, é cantada pela multidão?
6. Qual seria sua música de protesto? Existe uma que expressa o que você sente?

Contato com o texto

Pra não dizer que não falei das flores (Geraldo Vandré).

Perguntas de interpretação

Professores!
Após a conversa inicial, em que foi apresentado o compositor da canção e
foram dadas algumas informações importantes para a compreensão da música,
sendo que esta foi ouvida pela turma, este é o momento de interpretar o texto. As
questões a seguir devem ser respondidas e os encaminhamentos devem ser os
mesmos do encontro anterior.

1. A música de Geraldo Vandré começa com o mesmo verbo da música Alegria,


alegria. Você acredita que haja alguma justificativa para isto? O quê?
2. Qual a temática do texto?
3. Por que uma música de melodia simples faz sucesso mesmo depois de 45
anos?
4. O ritmo de marcha na música tem uma intencionalidade? Qual seria?
5. Nota-se que há muitos verbos no plural. Que ideia isso nos dá?
6. Explique o que está implícito nos versos: “Pelos campos há fome / em grandes
plantações” e “De morrer pela pátria / e viver sem razão”.
7. Explique o sentido da seguinte estrofe: “Há soldados armados / Amados ou não /
Quase todos perdidos / De armas na mão”
8. Segundo a letra da música, qual era o lema dos quarteis? Que crítica se faz no
que se refere a este lema?
9. O que podemos entender em “A certeza na frente / a história na mão”?
10. Na música, encontramos a seguinte afirmação: “[...] esperar não é saber / Quem
sabe faz a hora / Não espera acontecer”. Você concorda com isso? Por quê?
QUARTO ENCONTRO
(Duração: três aulas)

Professores!
Agora, vamos trabalhar a música A banda, de Chico Buarque de Holanda.
Esta música traz como mensagem a força da poesia e os caminhos encontrados na
poesia. Ela aponta que uma das soluções para a crise que o homem está vivendo
nessa época é sua própria consciência. A letra da música nos traz como mensagem
que a poesia é a razão maior do homem, pois é ela coloca o homem a pensar, o tira
da ociosidade afastando-o da alienação e buscando a interação e integração do ser
humano.

Perguntas anteriores à leitura

1. Já assistiram uma banda tocar? O que se sente enquanto uma banda toca?
2. Vocês conhecem uma música intitulada A banda?
3. Com certeza, já ouviram falar no cantor e compositor Chico Buarque. Conhecem
alguma música dele? Qual?
4. De onde ele é? Que tipo de música ele escreve e canta?
5. Ao ouvir a palavra banda, o que nos sugere?

Contato com o texto

A banda (Chico Buarque de Holanda).

Perguntas de interpretação

Momento reservado para que os alunos pensem a respeito da letra da canção


a partir das seguintes perguntas de interpretação textual.

1. Qual é a temática da música?


2. O que o termo “banda” simboliza na canção?
3. O texto aponta um caminho para a solução dos problemas? Que caminho é esse?
4. O que você faria se a banda passasse na frente do colégio hoje, agora? Explique.
5. Qual é o ritmo da música A banda?
6. Segundo a canção, o homem vivia no ócio. Em que verso isso se destaca?
7. Analise a seguinte estrofe: “A moça triste que vivia calada sorriu / A rosa triste que
vivia fechada se abriu / E a meninada toda se assanhou / Pra ver a banda passar /
Cantando coisas de amor”. Que característica da “banda” é destacada nesse
trecho? É possível uma flor ser triste?
8. Na canção está subentendido que ela é capaz de transformar o ser humano. Você
concorda com isso?
9. Que outras atividades/ elementos você acredita que tenham função semelhante à
da banda?
QUINTO ENCONTRO
(Duração: três aulas)

Professores!
A quinta música foi escrita em 1979, porém seu conteúdo é muito atual.
Trata-se de Admirável gado novo, de Zé Ramalho. A letra da canção é repleta de
figuras de linguagem, ela mistura política com Bíblia, povo com governantes,
animais com pessoas, etc.
Esta música fala de um Brasil do passado e um Brasil do presente.
É importante comentar com os alunos que o título traz uma referência ao
livro Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley.

Perguntas anteriores à leitura

1. Quem conhece Zé Ramalho? Ele é natural de que Estado?


2. Que estilo de música ele compõe, toca e canta?
3. As músicas dele são construtivas? Por quê?
4. Vocês acham interessante o estilo de música dele? Por quê?
5. Vocês assistiriam a um show desse artista? Expliquem.

Contato com o texto

Admirável gado novo (Zé Ramalho).

Perguntas de interpretação

1. O nome da música é uma intertextualidade com o título de uma obra literária


intitulada Admirável mundo novo. Que efeito tem a troca do termo mundo pelo termo
gado?
2. Sabendo que Admirável mundo novo é um livro de ficção que retrata uma
sociedade perfeita, qual seria a proposta de Zé Ramalho ao intitular sua música de
Admirável gado novo?
3. A canção está escrita em que pessoa?
4. Que sentido tem o verso “Vocês que fazem parte desta massa”?
5. “É duro tanto ter que caminhar / e dar muito do que receber”. O que isso significa?
6. A partir dos versos “E ter que demonstrar sua coragem / À margem do que possa
parecer”, o que se pode entender?
7. Qual é a temática central da música? Explique.
8. A música trata de ideologias. Que ideologias são essas? Explique.
9. Que sentido a palavra massa assume no texto?
10. Na canção há metáforas fortes e importantes. Destaque uma delas e comente-a.
11. A que engrenagem a música se refere no verso a seguir “E ver toda essa
engrenagem”?
12. Que sentido tem o termo “ferrugem” no verso “Já sente a ferrugem lhe comer”?
13. O que se pode entender a partir dos versos “Vida de gado / Povo marcado, êh”?
SEXTO ENCONTRO
(Duração: três aulas)

Professores!
A música Geração Coca-Cola é uma composição do cantor e compositor
Renato Russo. Ela foi escrita na década de 80, mais precisamente em 1984, e
chama atenção pela musicalidade, mas, principalmente, pela letra, em que se
retrata como somos dependentes dos Estados Unidos.
É bom ressaltar que a música é crítica e conhecida por suas ironias, não só
por fazer crítica ao governo, mas ao consumismo exacerbado, ao capitalismo e à
aceitação de tudo.
Aqui a palavra é usada como manifestação dos jovens. Podemos notar,
também, que na música há um leve elogio à nova geração, com ideias
revolucionárias sobre o mundo em que vivemos.

Perguntas anteriores à leitura

1. Vocês gostam de rock brasileiro? Por quê?


2. Conhecem Renato Russo? O que sabem a respeito dele e de seu estilo de vida?
3. Quais são os temas de suas músicas?
4. Que músicas desse artista vocês conhecem? De que tratam?
5. Na época ele falou em Geração Coca-Cola. E agora que nome você daria para
sua geração?

Contato com o texto

Geração Coca-Cola (Legião Urbana).

Perguntas de interpretação

1. Qual é o tema da música?


2. Podemos dizer que o eu lírico da música se sente incluído na sociedade por ela
retratada? Expliquem.
3. O discurso está escrito em que pessoa? Comprove e diga que efeitos tal escolha
provoca.
4. Na 1ª estrofe, como se apresenta a geração que está nascendo? Argumentem
com palavras do texto.
5. Ainda na 1ª estrofe, como os EUA são retratados?
6. Na 2ª estrofe, há a continuidade da ideia exposta na estrofe anterior, mas há
também o acréscimo de ideias novas que apontam para novos rumos? Que rumos
são esses?
7. O que se propõe na 5ª estrofe? Comente.
8. Que interpretação pode ser feita do título da música?
9. A música é um rock, esse gênero musical por si só é visto como um ato de
contestação. Cite alguns itens que denota isso.
SÉTIMO ENCONTRO
(Duração: 3 aulas)

Professores!
O ritmo da música Alagados, de Paralamas do Sucesso, é bem alegre,
dinâmico. O ponto forte da música é que retrata a vida cotidiana e ao mesmo tempo
faz uma menção às favelas do Brasil.
Ao abordar esta música, é preciso destacar que se faz uma dura crítica
social, política e econômica a uma das mais belas cidades do Brasil, o Rio de
Janeiro, conhecida e considerada como cidade maravilhosa pelas suas lindas
praias e o Cristo Redentor. Porém, se fala do lado obscuro dessa cidade.
Seria interessante relatar para os alunos uma pequena síntese da
importância do grupo no cenário musical dos anos 80.
Algumas curiosidades: em 7 de novembro de 2007, Paralamas do Sucesso
recebeu um prêmio na Cerimonia do Grammy Latino, prêmio essa que é destinado
às músicas de qualidades no mercado; em outubro de 2009, a música Alagados foi
considerada e citada como uma das mais importantes da história da música
brasileira.

Perguntas anteriores à leitura

1. Já ouviram o som de reggae e da salsa? De onde vem esse ritmo?


2. Vocês apreciam o som dos Paralamas do Sucesso? Por quê?
3. Até hoje eles fazem shows. Você assistiria um show da banda?
4. Sabiam que todos os integrantes, são da capital do Brasil? Qual a capital do
Brasil?
5. Alguém sabe que prêmio ele ganhou com esta música?
6. Alguém leu ou ficou sabendo que o cantor compositor Hebert Vianna, ficou
paraplégico e continua cantando e compondo?

Contato com o texto

Alagados (Paralamas do Sucesso).

Perguntas de interpretação

1. O que o título da música sugere? Explique.


2. Qual é o tema central da música?
3. Trata-se de um tema atual? Por quê?
4. Analisando a 2ª estrofe, que contraste se evidencia em relação à cidade que tem
como cartão postal os braços abertos? Explique e diga que cidade é essa.
5. O que se pode entender do verso “Todo dia o sol da manhã vem e lhes desafia”?
Que desafio seria esse? A quem?
6. Quanto ao verso “Traz do sonho pro mundo que já não o queria”, o que se pode
compreender?
7. Considerando a afirmação de que “A esperança não vem do mar / nem das
antenas de TV”, o que se pode entender?
8. A quem é dirigida a crítica presente na música? Argumente.

9. A que se referem os nomes próprios mencionados na música (Alagados,


Trenchtow e Favela da Maré)?
10. Essa música tem uma função social? Qual?
11. Na sua cidade há favelas? As autoridades do município tem um
comprometimento com esse lugar? Explique.
OITAVO ENCONTRO
(Duração: três aulas)

Professores!
No oitavo encontro, será trabalhada a música Classe média, de Max
Gonzaga. A letra desta música é repleta de ironias, fala de uma maneira clara e
objetiva sobre os menos favorecidos, da segurança, educação, violência e do
egocentrismo.
A força da letra está na crítica em relação ao preconceito, ao consumismo,
ao poder da mídia sobre nós e principalmente traz uma reflexão sobre o
comportamento da classe média e a sua imparcialidade diante dos problemas
existentes e que afetam a classe trabalhadora ou menos favorecida.
É importante salientar que muitas vezes não queremos a violência para nós,
porém, desejamos o mal para o outro, que não está no mesmo nível social que o
nosso.
Curiosidade sobre a música: foi escrita em 2005. Em meados de 2007,
explodiu o Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros. Então, a canção começou
a fazer parte deste movimento.

Perguntas anteriores à leitura

1. Já ouviram falar em Max Gonzaga?


2. O ritmo das músicas desse cantor lhes agrada? Por quê? E a letra?
3. Conhecem algum sambista que é do agrado de vocês?
4. O samba geralmente é apreciado em que lugar do Brasil?
5. Sabem quem trouxe o samba no Brasil?

Contato com o texto

Classe média (Max Gonzaga).

Perguntas de interpretação

1. Qual é a temática dessa música? Argumente.


2. A quem a crítica é mais acentuada nessa canção? O que ela denuncia? Comente.
3. O texto é construído em que pessoa? Explique que sentido isso assume.
4. Leia, analise e escreva que sentido têm as palavras destacadas nos seguintes
versos:
a) “Papagaio de todo jornal”.
b) “Odeio coletivos”.
c) “Mas fico indignado com o estado quando sou incomodado”.
5. Qual é a função das aspas empregadas no texto? Que efeitos o seu uso provoca?
6. Na 1ª estrofe, o que está em evidência?
7. Em sua opinião, o deveria ser feito para diminuir a desigualdade social?
8. A música aborda vários problemas sociais. Na sua cidade esses mesmos
problemas são vivenciados pelos munícipes? Explique.
9. Explique a diferença entre Cidadania e Cidadão.
NONO ENCONTRO
(Duração: três aulas)

Professores!
A música Até quando?, do cantor e compositor Gabriel O Pensador é um rap,
sua letra é toda construída no sentido figurado. Nela há uma forte crítica social e
política. Ela vem nos alertar para sairmos do comodismo, do marasmo e ir à luta
pelos nossos ideais e sonhos.

Perguntas anteriores à leitura

1. Quem gosta de rap? Que rap vocês conhecem?


2. Já ouviram o rapper Gabriel o Pensador? Que músicas dele vocês conhecem?
3. -Todas as músicas de rappes são ruins? Todas são boas?
4. -Onde geralmente nascem os rappes brasileiros?

Contato com o texto

Até quando? (Gabriel o Pensador).

Perguntas de interpretação

1. Qual a intenção do título fazendo esta indagação? Que leitura podemos fazer
desta pergunta? Explique.
2. Os dois primeiros versos apresentam uma reflexão. Você está de acordo com
ela? Argumente.
3. No terceiro e no quarto versos, há verbos no imperativo. Qual é a função de seu
emprego?
4. Que relação a música estabelece com o receptor?
5. A que público o compositor se dirige? Comente.
6. Em que pessoa está escrita a canção? Comprove com a transcrição de alguns
termos?
7. Qual é o efeito das palavras repetidas?
8. Analisando os versos, percebemos que neles há figuras de linguagens. Indique
que figura está presente em cada uma das frases abaixo:
a) ”Levar cascudo mudo”
b) “vai pro saco”
9. A música se mostra favorável à situação social e política? Argumente.
10. Fazendo um paralelo com a música Pra não dizer que não falei das flores,
podemos afirmar que há uma aproximação ideológica? Justifique.
DÉCIMO ENCONTRO
(Duração: duas aulas)

Professores!
Fechamos com uma música que faz homenagem e ressalta a saudade da
MPB dos “velhos tempos”. Trata-se de Aos meus heróis, de Julinho Marassi e
Gutemberg.
Neste encontro, o objetivo é fazer com que os alunos entendam a
importância de analisar um texto em sua completude, no caso da música,
analisando seu ritmo, sua letra e o contexto em que se deu a sua produção.
Esperamos que, independentemente do estilo de música que ouvem, os
alunos sejam leitores críticos da mensagem expressa.

Perguntas anteriores à leitura

1. Vocês têm algum herói? Quem?


2. Que música você usaria para homenagear esse alguém especial?
3. Quando sente saudades de alguém, qual seria sua trilha sonora?
4. Já conheciam a dupla de cantores? Sabem de onde eles são? Gostaram do ritmo
da música deles?

Contato com o texto

Aos meus heróis (Julinho Marassi e Gutemberg).

Perguntas de interpretação

1. A que tipo de heróis a música se refere? Comente.


2. Na primeira estrofe, qual é o posicionamento expresso pela música?
3. A música é composta em que pessoa? Que efeitos isso provoca?
4. Dos cantores citados, quais você conhece? Quais deles você ouve? Por quê?
5. A música se opõe ao rebolado? Por quê?
6. Diante do que o autor escreve, você é a favor ou contra? Comente.
DÉCIMO PRIMEIRO ENCONTRO
(Duração: três aulas)

Professores!
Após a prática analítica das músicas selecionadas, será reservado tempo
para propor aos alunos que, em pequenos grupos ou individualmente, produzam
letras de músicas. Os alunos terão liberdade para escrever suas músicas e serão
orientados a levar em consideração a concepção de que se trata de um texto que
funciona como manifestação crítica frente às questões sociais. No final, iremos
apresentar as nove músicas trabalhadas e a música produzida pelos alunos para o
colégio.
REFERÊNCIAS

CANDIDO, A. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. 8. ed.


São Paulo: T.A. Queiroz, 2000.

ISER, W. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. Tradução de Johannes


Kreschmer. São Paulo: ed. 34, 1999.

JAUSS, H. R. et al. A literatura e o leitor: textos de estética da recepção.


Coordenação e tradução de Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

LOUREIRO, A. M. A. O ensino de música na escola fundamental. 7. ed.


Campinas: Papirus, 2010.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação básica do Estado do Paraná. Língua


portuguesa. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2008.
Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/o
ut_2009/lingua_portugues.pdf?PHPSESSID=be96fc66e3db0614d7dc7ecf5b8>.
Acesso: 15 out. 2013.

ZILBERMANN, R. Estética da recepção e história da literatura. São Paulo: Ática,


2004.

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