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Prefácio
Caro Professor
É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral.
Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade de se reformular o currículo
do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça sem sobressaltos e para que as competências gerais,
tão importantes para a vida continuem a ser desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.
As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram desenvolver, compreendem um conjunto
de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para a vida que permitam ao graduado do Ensino
Secundário Geral enfrentar o mundo de trabalho numa economia cada vez mais moderna e competitiva.
Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem em mãos é resultado do
trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de professores das várias instituições de ensino e
formação, quadros de diversas instituições públicas, empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço
da transformação curricular e a quem aproveitamos desde já, agradecer.
Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas, apelamos ao estudo
permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa e criatividade e empenho para levar a cabo a
gratificante tarefa de formar hoje os jovens que amanhã contribuirão para o combate à pobreza.
A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se enquadra no Programa
Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e Cultura e tem como objectivos:
Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos aprendizagens relevantes e
apropriadas ao contexto socioeconómico do país.
Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado, flexível e profissionalizante.
Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação dos estudos como para o mercado de
trabalho e auto emprego.
Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social.
O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que visam a formação integral
dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma componente profissionalizante e,
por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências relevantes para uma integração plena na vida política, social e
económica do país.
As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências do mercado cada vez mais
moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução
rápida e eficaz de problemas, entre outros desafios.
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma formação integral do
indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:
Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e estético, de modo que possa ser
capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os seus próprios juízos de valor que estarão na
base das decisões individuais que tiver de tomar em diversas circunstâncias da sua vida;
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Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos científicos sólidos e a
aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos
sociais, económicos, políticos e naturais;
Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um espírito empreendedor no
aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual, mas também às tendências de
transformação no mercado;
Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é, saber comunicar-se com os
outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens de diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129
Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se organize em torno deles de modo
a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender o mundo, agir sobre ele, cooperar com os outros, viver,
participar e comportar-se de forma responsável.
Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas relevantes para que os jovens e os
adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e como cidadãos responsáveis e úteis na família, na comunidade e
na sociedade, em geral.
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel da escola transcende os actos
de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia
ou química, entre outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar
os seus conhecimentos ao longo da vida.
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?
As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é, conhecimentos, habilidades
atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza para enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar
uma tarefa, na vida quotidiana. Isto significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões informadas,
pensar critica e criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo necessita de combinar um conjunto de
conhecimentos, práticas e valores.
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas também à sociedade, a quem
cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em conta a realidade do país.
Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as competências viradas para o
desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e escrita, matemática e cálculo, mas também, as competências
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gerais, actualmente reconhecidas como cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem estar,
nomeadamente:
Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática educativa no contexto
escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo.
(...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de experimentar situações em que este valor
é visível. O aluno só aprenderá a viver num ambiente limpo se a escola estiver limpa e promover o asseio em todos os
espaços escolares. O aluno cumprirá as regras de comportamento se elas forem exigidas e cumpridas por todos os
membros da comunidade escolar de forma coerente e sistemática.
PCESG:27
Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça, solidariedade, humildade,
honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o amor à pátria, o amor próprio, o amor à verdade, o amor ao
trabalho, o respeito pelo próximo e pelo bem comum, deverá estar ancorado à prática educativa e estar presente em
todos os momentos da vida da escola.
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja preparado para produzir o
seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis subsequentes.
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se a uma economia baseada
no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade,
adopção de perspectivas múltiplas na resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a
flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo da vida.
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A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista um desenvolvimento
integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade escolar é chamada a contribuir na formação dos
alunos, envolvendo-os na resolução de situações-problema parecidas com as que se vão confrontar na vida.
No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos temas transversais. De referir
que, embora os valores se encontrem impregnados nas competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante
que as acções levadas a cabo na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um
modelo do saber ser, conviver com os outros e bem fazer.
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de tal forma que as
oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele contribuam para o seu desenvolvimento. Assim,
espera-se que as actividades curriculares e co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a
mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.
O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao longo do ano lectivo.
Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas indicações para a sua abordagem no plano temático, nas
sugestões metodológicas e no texto de apoio sobre os temas transversais.
O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias que permite estabelecer ligações
interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em várias áreas de conhecimento para resolver problemas
concretos. Assim, espera-se que as actividades a realizar no âmbito da planificação e implementação de projectos,
envolvam professores, alunos e até a comunidade e constituam em momentos de ensino-aprendizagem significativos.
A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No currículo do ESG, são
usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas estrangeiras (Inglês e Francês).
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura (concursos literários,
sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões para a apresentação e discussão de temas ou
trabalhos de pesquisa, exposições, actividades culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de
prática da língua numa situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários
sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de
comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar informações e a sistematizá-
la.
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Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no caso da língua oficial e das
línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto
patriótico e exaltação da moçambicanidade.
O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis na família, no meio em que
vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho.
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os em actividades ou
projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do aluno para a vida passa por uma formação em
que o ensino e as matérias leccionadas tenham significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.
O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido se estiver ancorado aos
quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à disciplina, às componentes transversais e às
situações reais.
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este consiga:
organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus conhecimentos, habilidades e valores
para encontrar ou propor alternativas de soluções;
encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento de competências. Por
exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar um problema que os obriga a recorrer a
conhecimentos, procedimentos e experiências de outras áreas do saber;
acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-los e corrigi-los durante o
processo de trabalho;
criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o mundo e transformá-lo;
avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa perspectiva formativa.
Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à profissão, aos alunos e colegas
de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa passa pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os
professores de todas as disciplinas. Neste sentido, não se pode falar em desenvolvimento de competências para vida, de
interdisciplinaridade se os professores não dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou se fecham nas suas próprias
disciplinas. Um projecto de recolha de contos tradicionais ou da história local poderá envolver diferentes disciplinas. Por
exemplo:
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e correcção dos textos;
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes;
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da região;
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.
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Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em equipa, de análise, de pesquisa, de
resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim para o desenvolvimento das competências mais gerais definidas
no PCESG.
As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o desenvolvimento de competências
para a vida pretendem significar que, o professor não é mais um centro transmissor de informações e conhecimentos,
expondo a matéria para reprodução e memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e
conhecimentos. O aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e pesquisa de informação, reflectindo
criticamente sobre a sociedade.
O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os recursos e aplicando uma
pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma comunidade escolar implica ainda que seja um mediador e
defensor intercultural, organizador democrático e gestor da heterogeneidade vivencial dos alunos.
As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de conceber e utilizar conceitos; maior
capacidade de trabalho individual e em grupo; entusiasmo, espírito competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo
raciocínio e debate de ideias; o interesse pela integração social e vocação profissional.
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2. O Ensino e Aprendizagem na Disciplina de Química
A Química, ciência que estuda as substâncias e suas transformações, é parte integrante das ciências naturais, cujo
desenvolvimento é caracterizado por uma articulação entre a teoria e a prática.
A parte teórica, proporcionar aos alunos conhecimentos sobre as teorias e leis fundamentais, da classificação dos fenómenos e
substâncias, mostrando a sua diversidade. Permite que os alunos façam uma correcta utilização das teorias e leis na resolução dos
problemas práticos e na explicação dos fenómenos que ocorrem na Natureza.
A parte experimental desta disciplina tem o propósito de despertar nos alunos o interesse pelo estudo da mesma, através da
aquisição, consolidação e aplicação de conhecimentos para o desenvolvimento de habilidades intelectuais e práticas, assim como
de atitudes positivas.
A apropriação dos conhecimentos científicos e o desenvolvimento das capacidades intelectuais e manuais dos alunos devem
caracterizar-se pela participação destes no processo de ensino-aprendizagem. Assim, é necessário recorrer ao trabalho prático e
utilizar diferentes meios de ensino ao longo de todo o ciclo. As experiências químicas contribuem para o desenvolvimento de
atitudes, tais como trabalho metódico e sistemático, utilização racional dos materiais e do tempo, trabalho em equipa (grupo),
higiene, protecção do meio ambiente, amor e interesse pela disciplina, entre outras. Sempre que possível, dever-se-á recorrer aos
meios localmente disponíveis para a realização das experiências.
Durante as aulas de Química o professor deverá desenvolver nos alunos a cultura de aquisição de conhecimentos pela pesquisa.
A primeira etapa da pesquisa consistiria na análise de factos e fenómenos de relativa simplicidade. Gradualmente poder-se-á
aumentar a complexidade da matéria de pesquisa ao longo do ciclo. Neste sentido, pensa-se no cidadão capaz de actuar de forma
competente a partir da prática, à medida que investiga e apreende sobre os factos reais do seu quotidiano social e cultural.
O desafio da educação escolar é tornar a aprendizagem da Química relevante para o aluno. Neste contexto, além dos métodos
tradicionais de ensino e aprendizagem, frequentemente utilizados pelos professores, julga-se pertinente incluir nesse processo,
formas alternativas de abordagem da Química, as quais propiciam aos alunos, oportunidades para que possam fazer uma nova
leitura do mundo que os rodeia, através dos Temas Geradores.
Esses temas chamam-se geradores porque, qualquer que seja a natureza de sua compreensão, como a acção por eles provocada,
contém em si a possibilidade de desdobrarem-se em outros que provocam novas tarefas que devem ser cumpridas, por exemplo
a partir do tema «agua» leccionado na 8ª classe podem-se gerar subtemas relacionados como saneamento, agricultura, produção
de energia, vias de comunicação, entre outros. Os temas geradores podem também emergir do levantamento dos principais
problemas da comunidade.
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Para além dos conteúdos definidos nos programas de ensino existem outros que pela sua natureza podem ser tratados em mais
do que uma disciplina, são os temas transversais. Os procedimentos metodológicos para o seu tratamento encontram-se em cada
unidade temática e dependem da especificidade de cada tema.
Ao longo do programa serão tratados alguns factos históricos sobre o desenvolvimento da Química, descoberta de substâncias e
Para a sua afirmação como ciência, a Química se relaciona com as outras disciplinas. Por exemplo, para os cálculos
estequiométricos recorre-se aos conhecimentos de Matemática; Desenho para a representação esquemática dos aparelhos e
utensílios usados nas experiências químicas; Geografia na identificação e localização de jazigos, minas e indústrias químicas;
História para o relato dos factos históricos relacionados com a Química; Biologia e Física na interpretação dos fenómenos
naturais.
A introdução da disciplina de Química faz-se na 8a classe e contribui para desenvolver nos alunos, a capacidade para a
interpretação científica do mundo, explicando sob o ponto de vista químico. O professor toma em consideração os conceitos das
outras disciplinas que os alunos podem aplicar para melhorar a compreensão desta ciência.
Na 9a classe, os alunos aprofundam os conhecimentos sobre a estrutura das substâncias e suas propriedades à luz da teoria
atómico-molecular estabelecendo ligação com o sistema periódico dos elementos. É propósito desta classe resumir os principais
tipos dos compostos inorgânicos assim como exercitar os alunos na utilização da linguagem química. Dá-se ênfase a aplicação
das substâncias químicas que contribuem para o desenvolvimento do país.
Na 10a classe, completa-se o estudo dos compostos inorgânicos iniciado na 8ª classe e sistematizam-se os conhecimentos
relativos à Tabela Periódica. Os alunos iniciam o estudo dos compostos orgânicos, ampliando deste modo o conhecimento sobre
as substâncias suas transformações e aplicações.
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3. Objectivos Gerais da disciplina
Aprendizagem da Química no Ensino Secundário Geral visa:
Desenvolver, nos alunos, a capacidade de interpretar cientificamente o mundo, explicando, do ponto de vista químico, o
movimento da matéria;
Proporcionar aos alunos conhecimentos sólidos e de máximo rigor científico sobre teorias e leis fundamentais, da
classificação de fenómenos e substâncias, mostrando a sua diversidade;
Capacitar os alunos para a correcta utilização das teorias e leis na resolução dos problemas práticos e na explicação dos
fenómenos que ocorrem na natureza;
Desenvolver habilidades que lhe permite aplicar os conhecimentos adquiridos nesta disciplina para a solução de
diferentes problemas da vida;
Desenvolver habilidades práticas de manipulação de instrumentos disponíveis durante a realização de experiências
químicas;
Valorizar a importância dos avanços da disciplina e sua implicações no ambiente e na comunidade
Capacitar os alunos para a pesquisa e sistematização de informações relacionadas com a química em diferentes meios de
comunicação e sua correcta utilização;
Valorizar o uso sustentável dos recursos disponíveis e sua protecção.
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4. Competências a desenvolver no 1º Ciclo
Relaciona a nomenclatura das substâncias químicas com a terminologia usada nas línguas portuguesa, inglesa e local;
Apresenta oralmente e por escrito os resultados das experiências químicas, e trabalhos de investigação, comunicação
sobre eventos, visitas de estudo e entrevistas usando a terminologia apropriada;
Descreve a história da descoberta das substâncias relacionando-a com outras áreas do conhecimento;
Recolhe diversas informações em diferentes meios sobre os métodos de produção de algumas substâncias para o
melhoramento da vida na comunidade e o seu impacto no meio ambiente;
Resolve de forma organizada e cuidada os problemas que envolvem cálculos químicos;
Interpreta as ligações químicas usando modelos macroscópicos;
Selecciona os recursos necessários para a realização de experiências químicas e aplica os resultados obtidos em
diversos contextos;
Elabora os relatórios sobre as experiências químicas e visitas de estudo obedecendo à estrutura de um trabalho
científico;
Identifica informações relevantes para solucionar problemas de natureza química na comunidade.
Realiza experiências químicas recorrendo a material local e/ou de fácil acesso e divulga os resultados obtidos na
comunidade;
Interage com a comunidade local na solução dos problemas relacionando os conhecimentos químicos com os sócio-
económicos;
Aplica diferentes formas de recolha e tratamento selectivo do lixo.
Respeita a opinião dos colegas na realização de experiências químicas e outros trabalhos;
Explica as formas pelas quais o estudo da Química influencia as relações humanas na interpretação do mundo actual.
Relaciona as leis, regras, teorias, postulados e normas da Química com as leis sociais na resolução de problemas;
Reconhece as responsabilidades sociais decorrentes da aquisição de conhecimentos químicos na defesa dos direitos do
consumidor.
Aplica as regras de conservação ambiental com vista a melhoria da qualidade de vida;
Apoia os colegas na realização de trabalhos em grupo;
Avalia a Química sob o ponto de vista ético para exercer a cidadania com responsabilidade, integridade e respeito;
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Realiza experiências químicas recorrendo a material local e/ou de fácil acesso e divulga os resultados obtidos na
comunidade;
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5. Objectivos Gerais do 1o Ciclo
No final do 1o ciclo os alunos devem:
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6. Visão geral dos conteúdos do 10 ciclo
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7. Objectivos gerais da 9a classe
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8. Visão Geral dos Conteúdos da 9ª Classe
Óxidos:
- Composição, nomenclatura e classificação (metálicos/básicos e ametálicos/ácidos)
- Propriedades químicas (Propriedades comuns;Reacções com água),
* Experiência química sobre as propriedades dos óxidos metálicos
Ácidos:
- Definição segundo Arrhenius. Composição, nomenclatura, classificação (quanto à presença de Oxigénio
10 Trimestre e quanto ao nº de elementos) 15 aulas
- Propriedades químicas (Reacção com os óxidos básicos e reacção de neutralização) propriedades
(24 aulas) comuns
Bases:
- Definição de base segundo Arrhenius. Composição, nomenclatura e classificação (quanto ao número de
iões OH-)
- Propriedades químicas (Reacção com óxidos acídicos, reacção de neutralização e decomposição
térmica); propriedades comuns
- Obtenção e aplicações das principais bases dos elementos do I e II Grupo principal (Na, K, Ca, Mg, Ba)
e NH4+
Indicadores ácido-base:
- Conceito. Classificação dos indicadores naturais e artificiais
- Acção dos ácidos e bases sobre os indicadores naturais
* Experiência: Acção das soluções ácidas e básicas sobre os indicadores naturais
Sais:
- Definição de sal como função química. Composição, nomenclatura e classificação (quanto ao número
de elementos, presença de Oxigénio). Dissociação
- Propriedades químicas (Reacções com ácidos e bases)
- Relação entre os óxidos, bases, ácidos e sais. Esquema de transformação duma função química noutra.
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2ª Unidade temática : Estrutura atómica e Tabela Periódica
Ligação química:
- Conceito de ligação química, estrutura de Lewis e regra de octeto: Noções sobre ião, sua formação e
classificação
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- Obtenção laboratorial, propriedades físicas e químicas (Reacção com os metais e não metais)
- Aplicações e sua importância no quotidiano - Tema gerador
- Experiência de obtenção laboratorial do Cloro
Reacção redox:
- Número de oxidação: Conceito
- Determinação do nox de um elemento num composto químico
- Reacção redox: Conceito
- Semi-equações de oxidação e de redução. Agente oxidante e agente redutor
Volume molar:
- Conceito
- Lei de Avogadro e cálculos com base nas fórmulas e equações químicas
Compostos de Enxofre:
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- Óxidos (Dióxido e Trióxido de enxofre): Obtenção, propriedades físicas e químicas
- Ácido sulfúrico: Obtenção industrial pelo método de contacto, propriedades físicas e químicas (reacção
com metais e bases) e suas aplicações
- Experiência química: sobre a identificação do ião sulfato
- Sulfureto de hidrogénio e Ácido sulfídrico: Obtenção, propriedades físicas e químicas
30 Trimestre
- Sais: principais sulfuretos, sulfitos e sulfatos, sua importância
- Experiência química: sobre a identificação do ião sulfureto
(24 aulas) 9 aulas
Cinética química:
- Conceitos de cinética, velocidade e energia de activação. Teoria das colisões
- Velocidade da reacção e factores que a influenciam (temperatura, superfície de contacto, catalisador e
concentração)
- Experiência química sobre factores que influenciam a velocidade da reacção química
Compostos de Nitrogénio:
- Amoníaco: propriedades físicas e químicas (Reacção de oxidação, com ácidos e Água). Aplicações
- Experiência química sobre propriedades químicas do Amoníaco e sua identificação
- Obtenção industrial do amoníaco (através do processo Haber-Bosch)
- Óxidos de nitrogénio. Ácidos nítrico e nitroso. Nitratos e nitritos
- Obtenção industrial do Ácido nítrico (processo de Ostwald) e aplicações
Equilíbrio químico:
- Reacção irreversível e reversível. Sistema fechado e aberto
Princípio de Le Chatelier. Factores que alteram o estado de equilíbrio numa reacção química
Fósforo:
Alotropia. Óxidos de fósforo. Ácidos (fosfórico e fosforoso). Sais (fosfatos e fosfitos) e aplicações
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Adubos ou fertilizantes:
- Principais adubos minerais: azotados, fosfatados e potássicos
- Efeitos para o solo e para as plantas
- Poluição do solo: prevenção, causas e efeitos
- Adubos naturais: produção e vantagens da sua produção – Tema gerador
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9. Plano Temático
Objectivos
Competências
específicos: O Carga
Conteúdos básicas
aluno deve ser Horária
O aluno:
capaz de:
Óxidos:
- Composição, nomenclatura e classificação (metálicos/básicos e
ametálicos/ácidos);
- Propriedades químicas (Propriedades comuns;Reacções com água)
- Definir ácidos e
* Experiência química sobre as propriedades dos óxidos metálicos
bases segundo
Arrhenius
Ácidos:
- Definição segundo Arrhenius. Composição, nomenclatura, classificação
- Identificar as - Usa as regras de
(quanto à presença de Oxigénio e quanto ao nº de elementos).
principais classes nomenclatura para
- Propriedades químicas (Reacção com os óxidos básicos e reacção de
dos compostos nomear as diferentes
neutralização); propriedades comuns.
inorgânicos; substâncias
inorgânicas;
Bases:
- Nomear os
- Definição de base segundo Arrhenius. Composição, nomenclatura e
principais - Utiliza materiais
classificação (quanto ao número de iões OH-).
compostos localmente
- Propriedades químicas (Reacção com óxidos acídicos, reacção de 15 aulas
inorgânicos; disponíveis para
neutralização e decomposição térmica); propriedades comuns
realizar experiências
- Obtenção e aplicações das principais bases dos elementos do I e II Grupo
- Preparar +
principal (Na, K, Ca, Mg, Ba) e NH4 ;
indicadores - Utiliza indicadores
naturais; naturais para
Indicadores ácido-base:
identificação das
- Conceito. Classificação (naturais e artificiais)
- Identificar as soluções ácidas e
- Acção dos ácidos e bases sobre os indicadores naturais.
soluções ácidas e básicas.
- Experiência: Acção das soluções ácidas e básicas sobre os indicadores
básicas usando
naturais;
indicadores
naturais;
Sais:
- Definição de sal como função química. Composição, nomenclatura e
classificação (quanto ao número de elementos e presença de Oxigénio).
- Propriedades químicas (Reacções com ácidos e bases);
- Relação entre os óxidos, bases, ácidos e sais. Esquema de transformação
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duma função química noutra.
Nesta unidade dá-se continuidade do estudo sobre os compostos inorgânicos iniciado na 8ª Classe. Em relação aos óxidos, o
professor pede aos alunos para dar exemplos de alguns óxidos metálicos e ametálicos. A partir dos exemplos o professor
reactiva os conhecimentos dos alunos sobre a classificação e nomenclatura dos óxidos.
Sobre as propriedades químicas dos óxidos, o professor pede aos alunos para escreverem as equações das reacções químicas dos
óxidos metálicos e ametálicos com a água. Em seguida, o professor orienta os alunos a escreverem as equações das reacções
químicas entre óxidos metálicos com ácido e óxidos ametálicos com bases.
Os ácidos e bases devem ser definidos segundo Arrhenius: Ácidos como substâncias que em solução aquosa libertam iões
hidrogénio (H+) e Bases como substâncias que em solução aquosa libertam iões hidroxilo (OH-). Em relação a composição dos
ácidos e bases, o professor pode usar as seguintes fórmulas gerais: HnA-n (ácidos) ; Me(OH)n (bases).
Os ácidos devem ser classificados quanto à presença de oxigénio (oxiácidos e hidrácidos). As bases devem ser classificadas
segundo o número de iões hidroxilo (monobases, dibases, tribases, etc). Em seguida, o professor pede aos alunos para dar
exemplos de alguns oxiácidos (ácidos oxigenados) e hidrácidos (ácidos não-oxigenados) a partir dos quais explica as regras de
nomenclatura dos ácidos. Para a nomenclatura das bases escreve-se a palavra hidróxido seguida do nome do metal
correspondente.
As propriedades químicas dos ácidos e das bases devem ser leccionadas com base em experiências químicas sempre que
possível. Deste modo, o limão e o vinagre podem servir de exemplo para mostrar algumas substâncias com carácter ácido. O
sabão, solução de cinza, omo e outros, podem igualmente servir como exemplo de substâncias com carácter básico. O professor
deve sublinhar que substâncias químicas não se provam e nem se tocam com as mãos desprotegidas. Reforça que os ácidos e
bases são substâncias corrosivas, por isso, deve ter muito cuidado na manipulação destas substâncias.
Em relação a acção das bases e ácidos sobre os indicadores, o professor orienta os alunos para deitar em dez tubos de ensaio
normais algumas gotas de soluções ácidas (como o vinagre, limão, HCl, HNO3, etc.) e soluções básicas (como solução de sabão,
solução de «Omo», «Javel», NaOH, KOH, água de cinza, etc.) e em seguida, adiciona em cada tubo um indicador natural, por
exemplo, a solução de flores de buganvília, solução de beterraba, solução de beijo da mulata, e outros, deixando os alunos
descreverem as alterações que observam. A partir desta experiência, o professor pede aos alunos para definir o conceito de
indicadores.
Relativamente ao tema sobre sais, pede aos alunos para escreverem um exemplo de equação de reacção química entre um ácido
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e uma base. A partir deste exemplo, o professor sublinha que a reacção que ocorre entre uma solução ácida e uma solução básica
denomina-se reacção de neutralização, e tem como produtos sal e água.
Em seguida o professor dá a definição dos sais e descreve a sua composição . Para a classificação dos sais deve-se singir apenas
nos sais neutros, que sãos aqueles que provém da neutralização total de um ácido ou de uma base.
A partir de exemplos introduz-se a nomenclatura dos sais. Os sais são deseignado juntando o nome do anião ( radical ácido) ao
nome do catião metálico que o constituem. Para facilitar compreensão da nomenclatura dos sais, o professor deve fornecer aos
alunos uma lista dos aniões mais utilizados.
Em relação a ocorrência dos sais, deve-se fazer a referência as fontes de alguns sais em Moçambique como Cloreto de sódio
que se encontra na água do mar (no litoral) e Carbonato de cálcio (CaCO3), que ocorre na forma de mármore na Província de
Cabo Delgado e na forma de calcário nas províncias de Maputo (Salamanga), Sofala (Dondo) e Nampula (Nacala).
Sobre os sais mais importantes, deve-se destacar as principais aplicações. Por exemplo, o Cloreto de sódio é usado na
alimentação como condimento (é obrigatório, por Lei a adição de Iodo ao sal para a prevenção do Bócio) e como meio de
conservação de alimentos; o Nitrato de sódio (NaNO3) usado como fertilizante na agricultura, no fabrico da pólvora; Carbonato
de cálcio (CaCO3) é usado na produção de vidro, cimento, cal viva (CaO) e Dióxido de carbono; Sulfato de calcio ( CaSO 4) usa-
se na produção de giz e gesso; O Nitrato de amónio ( NH4NO3) e Cloreto de amónio ( NH4Cl) ambos usado como fertilizantes
na agricultura.
Em relação a sistematização da unidade, os alunos devem comparar, generalizar e classificar os compostos inorgânicos, escrever
as equações que traduzem as transformações de um composto em outro e encontrar as relações que existem entre eles.
Nesta unidade serão realizadas as experiências sobre as propriedades químicas dos óxidos metálicos (reacção de óxido metálico
com água) e sobre acção das soluções ácidas e básicas sobre os indicadores naturais;
Indicadores de desempenho
Enuncia a definição científica de ácidos e bases segundo Arrhenius;
Identifica as principais classes dos compostos inorgânicos;
Nomeia os principais compostos inorgânicos usando as diferentes regras de nomenclatura;
Identifica as soluções ácidas e básicas usando indicadores naturais;
Prepara indicadores naturais a partir de materiais localmente disponíveis
24
Unidade temática-2 : Estrutura atómica e Tabela Periódica
Para dar início ao estudo da teoria atómica, sugere-se uma revisão sobre o estudo do átomo iniciado na 8a classe, dando ênfase
ao historial atómico de Dalton, Thompson, Rutherford e Bohr.
Em relação ao átomo, deve-se referir que é um sistema electricamente neutro porque o nº de electrões é igual ao nº de protões.
Em seguida, usando como exemplos de Hidrogénio, Oxigénio e Carbono, o professor explica o conceito de isótopo.
Nesta unidade, os alunos irão exercitar o cálculo aritmético sobre a determinação das partículas subatómicas.
Acerca da Tabela Periódica, orienta-se aos alunos a realizarem um trabalho de consulta a diferentes meios sobre a história do
surgimento da mesma aonde eles irão se cingir nos trabalhos feitos por Lavoisier, Johann Wolfgang Döbereiner, Begnyer de
Chancourtois, John Newlands, Lothar Meyer, Henry G. J. Moseley, com destaque do químico Dimitri Ivanovich Mendeleev
como o cientista que enunciou a lei periódica e organizou os elementos segundo a ordem crescente dos seus números atómicos
em períodos e grupos e que originou, em 1871, a Tabela Periódica.
25
O professor sintetiza os trabalhos apresentados pelos alunos explicando que a Tabela Periódica é uma fonte importante de
aquisição de informação sobre os elementos, e é um instrumento que exerce uma grande influência no desenvolvimento da
Química; Acrescenta que a descoberta da lei periódica, permitiu prever a existência de elementos ainda por descobrir e suas
propriedades.
A distribuição electrónica deve ser feita para os primeiros 20 elementos da Tabela Periódica. A partir da distribuição electrónica
os alunos devem ser capazes de localizar os elementos na Tabela Periódica.
Sobre as regularidades da Tabela Periódica, os alunos são orientados a consultar a tabela periódica para descrever a variação das
diferentes propriedades dos elementos como, a electronegatividade, raio atómico, carácter metálico ou ametálico, ao longo do
grupo e do período.
Indicadores de desempenho
Descreve a história da teoria atómica;
Enuncia a definição científica: No atómico, No de massa e isótopo;
Realiza cálculos envolvendo partículas subatómicas
Descreve a história da tabela periódica;
Explica a importância da Tabela Periódica e da Lei periódica;
Localiza a posição dos elementos na Tabela Periódica com base na distribuição electrónica;
Representa a distribuição electrónica por níveis de energia dos átomos dos elementos.
Explica as regularidades periódicas dos elementos ao longo do grupo e do período.
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Objectivos específicos Competências básicas Carga
Conteúdos
O aluno deve ser capaz de: O aluno: Horária
- Explica as propriedades das
Ligação química: substâncias metálicas, iónicas
- Conceito de ligação química, estrutura de Lewis e e covalentes;
- Definir o conceito ligação
regra de octeto: Noções sobre ião, sua formação e - Produz modelos
química;
classificação; macroscópicos usando
- Representar a estrutura de
material local para explicar as
Lewis;
Tipos de ligação química: ligações químicas;
- Aplicar a regra de octeto;
- Ligação iónica (Conceito, rede iónica, e propriedades - Realiza experiência química
- Definir o conceito ião;
das substâncias com ligação iónica); com recurso ao material local
- Identificar os tipos de
- Experiência química sobre as propriedades das e fácil acesso;
ligação química e os tipos de
substâncias iónicas (condutibilidade eléctrica em - Interpreta os resultados das 7 aulas
rede;
solução aquosa); experiências químicas
- Descrever as propriedades
- Ligação covalente (Conceito, tipos de ligação realizadas;
das substâncias (iónicas,
covalente polar e apolar, rede covalente, e propriedades - Desenvolve hábitos de
metálicas, covalentes);
das substâncias com ligação covalente), higiene e organização no
- Realizar experiências
electronegatividade; trabalho individual e em
químicas sobre as
- Ligação metálica (Conceito, rede metálica, e grupo;
propriedades das substâncias
propriedades das substâncias com ligação metálica); - Redige e apresenta
iónica e metálicas.
- Experiência química sobre as propriedades das correctamente os relatórios
substâncias metálicas (condução de calor); sobre as experiências
realizadas.
Na unidade anterior os alunos adquiriram mais informações sobre os elementos químicos em relação à localização na tabela
periódica, a distribuição electrónica, as variações das propriedades ao longo do grupo e do período, entre outras. Nesta unidade
aprofundarão os conhecimentos sobre os compostos químicos através do estudo da ligação química.
Para iniciar a abordagem da ligação química, o professor pode criar um debate activo sobre alguns exemplos de associações
conhecidas pelos alunos tais como casamentos, sindicatos, equipas de futebol ou desportivas, etc, cujo objectivo é dar maior
estabilidade aos seus constituintes, conclui-se que as ligações químicas são uniões estabelecidas entre átomos para formarem as
moléculas que constituem a estrutura básica de uma substância ou composto.
As ligações químicas que ocorrem através da doação e recepção de electrões entre os átomos se chamam de ligações iónicas;
através da partilha de electrões são denominadas ligações covalentes. A ligação metálica é caracterizada pela existência de
27
electrões livres em movimento. A ligação covalente pode ser polar e apolar. Os conceitos sobre os tipos de ligação química
devem ser acompanhados de representações e exemplos concretos.
Para ajudar os alunos a perceberem os diferentes tipos de ligação química recomenda-se o uso de modelos feitos de plasticina,
ou diferentes frutos esféricos (como para criar analogia ao modelo de átomo) e outros materiais.
Sobre a distribuição electrónica dos elementos por níveis de energia, explica-se a estrutura de Lewis, usando os electrões de
valência (electrões da última camada) que participam na formação da ligação, destacando-se a regra de octeto. Para permitir uma
melhor compreensão, deverá ser feita referência à estabilidade dos gases nobres e do seu comportamento inerte. De seguida,
explicará o conceito de ião e sua formação.
O conceito electronegatividade representa uma via importante para entender e predizer o tipo de ligação que os compostos
podem apresentar. Este conceito pode ser introduzido recorrendo-se a exemplos simples do quotidiano como o jogo de puxar a
corda ou braço de ferro (aposta), onde o indivíduo mais forte representa o elemento mais electronegativo numa ligação química;
estes jogos irão ser realizados na sala de aulas para a introdução do tema como motivação.
Nesta unidade, os alunos consolidam os conhecimentos sobre as propriedades das substâncias metálicas, iónicas e covalentes ou
moleculares através da realização de experiências químicas.
Para comprovar a conductibilidade eléctrica das substâncias metálicas e iónicas pode-se proceder da seguinte maneira:
1o Prepare soluções diluídas com carácter ácido (HCl ou vinagre), básico (NaOH, solução de sabão) e salino (NaCl);
2o Com ajuda de uma fita-cola junte duas pilhas (pólos de sinais contrários) de 1,5 V cada e lige um fio condutor na
extremidade de cada pilha (como mostra a figura);
3o Na extremidade de um dos fios coloque uma lâmpada de 3 V;
4o Encoste a extremidade do fio ligado à lâmpada com a do fio ligado à pilha. Anotam-se as observações.
5o Mergulhe os fios numa solução diluída de sal e anote as observações;
6o Repita o mesmo procedimento com as soluções ácida e básica.
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1,5 V 1 1,5 V
3V 2 1,5 V
6V 4 1,5 V
Esquema de aparelhagem:
_ _ _
+ + +
_
+
Indicadores de desempenho
Representa a estrutura de Lewis;
Aplica a regra de octeto;
Explica a formação dos iões;
Identifica os tipos de ligação química e os tipos de rede cristalina;
Descreve as propriedades das substâncias iónicas, metálicas e covalentes/moleculares;
Reconhece as aplicações das substâncias iónicas, metálicas e covalentes/moleculares, no quotidiano.
Aplica as regras de higiene e segurança na realização de experiências químicas.
29
Unidade temática 4: Cloro e os elementos do VII Grupo principal
30
Sugestões metodológicas da quarta unidade temática
Uma vez introduzido o conceito da lei periódica e sua representação gráfica, nesta unidade, começa o estudo das características
dos elementos e substâncias do VII grupo e a variação periódica das suas propriedades ao longo do grupo ou seja as suas
semelhanças e diferenças.
Ao iniciar o estudo dos elementos deste grupo, o professor explica o significado do nome halogéneo que significa “gerador de
sal”, visto que estes ao reagirem com os metais formam sais sendo o mais conhecido o cloreto de sódio ou sal de cozinha. O
professor recorda a posição dos não-metais na tabela periódica e informa que, devido à sua elevada reactividade química, os
halogéneos não existem no estado livre na Natureza e que formam moléculas diatómicas.
Para este nível, as reacções para obtenção do cloro devem ser as mais simples:
Deve dar-se destaque as reacções características do Cloro em particular e dos halogéneos em geral com os metais e com o
Hidrogénio.
Sobre as aplicações do Cloro, convém informar que esta substância sob a forma de água de Javel é utilizada no tratamento de
água dos poços e outras fontes de água não tratadas, evitando-se assim a cólera e outras doenças diarreicas, citando-se ainda
outras aplicações devido às suas propriedades descorantes.
É importante que o aluno compreenda que, apesar de apresentarem a mesma fórmula química, o cloreto de hidrogénio, HCl(g) e
o Ácido clorídrico, HCl(aq), são substâncias com propriedades físicas e químicas diferentes.
Terminado o estudo do Ácido clorídrico, introduz-se o tema sobre os cloretos como sendo sais derivados deste ácido. Os
principais cloretos recomendados são NaCl, KCl e NH4Cl, devido às suas aplicações no quotidiano. Recomenda-se também, a
realização da experiência de identificação do ião cloreto usando o AgNO3 com uma solução contendo este ião onde se forma um
precipitado branco de AgCl , desta maneira introduz-se o conceito de reacção de precipitação. O professor pode demonstrar a
formação de um precipitado misturando uma solução de leite com limão ou uma solução de água salgada com limão.
Os alunos estão familiarizados com a abordagem sobre as aplicações do Cloro, Iodo e Flúor no quotidiano. Porém deve ser
explicado o perigo destas substâncias quando mal aplicadas no homem e nos seres vivos em geral.
31
Os alunos já conhecem os conceitos de reacção de oxidação, como ganho de oxigénio, e de redução, como remoção ou perda de
oxigénio. Contudo, o professor deve esclarecer que depois da introdução do modelo atómico de Bohr, as reacções químicas
foram gradualmente interpretadas de maneira diferente. Sendo assim, o professor explica o conceito de número de oxidação do
átomo de um elemento.
Neste nível, a reacção de oxidação é tratada como um processo que ocorre com aumento do nox e o conceito de redução como
um processo que ocorre com diminuição do nox durante uma reacção química. Assim, a reacção redox é um processo que ocorre
com a variação do número de oxidação. Para representar as semi-equações toma-se como exemplo a reacção do Cloro com os
metais e com o Hidrogénio.
A adição da Água de cloro a uma solução de Brometo de sódio é uma boa experiência para ilustrar este fenómeno. Deve-se
destacar a capacidade destes elementos substituírem-se entre si, nos seus compostos
Sobre o Cloreto de sódio, o professor pode recomendar aos alunos uma busca de informação a cerca da sua descoberta e
utilização
Nesta unidade serão realizadas as experiências de obtenção laboratorial do Cloro e sobre a identificação dos iões halogenetos
(Cloreto, Brometo, Iodeto). A primeira experiência deve ser feita pelo professor.
Indicadores de desempenho
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Unidade temática 5: Enxofre e os elementos do VI Grupo principal
Nesta unidade, o professor trata dos elementos do VI grupo principal de modo a consolidar nos alunos a capacidade de
relacionar a estrutura atómica dos elementos com as propriedades e as aplicações.
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Na abordagem das características gerais deve-se estabelecer uma comparação entre as características do VII e do VI grupo no
que se refere ao número de electrões de valência, à variação da electronegatividade, do raio atómico, número atómico, do
carácter metálico ou básico e carácter ametálico ou ácido.
O Enxofre é o elemento representativo deste grupo daí, a relevância do seu estudo. Ao tratar da ocorrência do Enxofre o
professor deve referir-se de minérios como a Galena (PbS), Blenda (ZnS), Pirite (FeS2), etc.
Relativamente aos métodos de obtenção do Enxofre é preciso explicar que os métodos industriais utilizados são de Frasch,
Calcaroni (aplicados na extracção do Enxofre do seu jazigo) e a partir de compostos que contêm este elemento na sua
composição como a pirite (FeS2). Salientar que o método Calcaroni é de baixo rendimento onde se desperdiça cerca de 1/3 de
Enxofre na combustão, dai o método de Frasch ser o mais rentável.
Em relação à alotropia do Enxofre o professor explica e descreve as duas variedades alotrópicas mais importantes -rômbico e
monoclínico.
Na preparação industrial do Ácido sulfúrico pelo método de contacto devem ser salientados os princípios tecnológicos da sua
produção e a sua importância económica.
Os alunos revêm a nomenclatura dos sais (sulfuretos e sulfatos). Os sulfuretos são usados na metalurgia, na electrotecnia e como
matéria prima para obtenção do ácido sulfúrico. Os sulfatos mais importantes são: Sulfato de sódio usado na produção do vidro,
Sulfato de cálcio quando hidratado (gesso) usado no fabrico de moldes na medicina, na construção civil e na agricultura e o
Sulfato de amónio usado como adubo.
O Ácido sulfuroso e os sulfitos serão tratados apenas para fins de revisão de nomenclatura. Os alunos serão orientados a
exercitarem a nomenclatura dos ácidos e sais.
Nesta unidade, deverão ser tratadas as primeiras noções de cinética química. A partir de exemplos do quotidiano, como a
dissolução do sal ou açúcar em água quente, a dissolução do sal fino e do sal grosso para a mesma quantidade de água, a
combustão de um tronco de madeira em relação à lenha rachada, explicam-se os factores que influenciam a velocidade da
reacção química (temperatura, concentração, catalisador e superfície de contacto dos reagentes ou estado de divisão dos
reagentes) e a teoria das colisões. O professor pode explicar a acção dos catalisadores recorrendo aos exemplos do quotidiano
como o uso da cinza para acelerar o amadurecimento da banana, a acção da Amilase salivar sobre o amido (do pão, mandioca,
milho e outros) durante a mastigação (função de bio-catalisadores) e relacionar a acção do catalisador Pentóxido de Vanádio na
produção do Ácido sulfúrico, evidenciando o papel dos catalisadores na alteração da energia de activação. Esta explicação deve
ser acompanhada de representações gráficas.
34
Nesta unidade serão realizadas as experiências químicas sobre a identificação do ião sulfato; do ião sulfureto; sobre os factores
que influenciam a velocidade da reacção química.
Indicadores de desempenho
Localiza os elementos do VI grupo principal na tabela periódica com base na estrutura electrónica;
Descreve as características gerais dos elementos do VI grupo;
Menciona as variedades alotrópicas do Enxofre;
Identifica as propriedades físicas e químicas dos compostos de Enxofre;
Descreve os princípios gerais da produção do Ácido sulfúrico;
Reconhece a importância económica do ácido sulfúrico e dos seus derivados;
Explica os factores que influenciam a velocidade das reacções químicas.
Interpreta os diagramas sobre a velocidade da reacção química.
35
Unidade temática 6: Nitrogénio e os elementos do V Grupo principal.
36
Sugestões metodológicas da sexta unidade temática
Com esta unidade termina-se o estudo da Tabela Periódica. Os alunos completam o sistema de conhecimento acerca das
características da Tabela Periódica e a variação periódica das propriedades dos elementos ao longo do grupo.
O método de obtenção do Nitrogénio que se propõe é a liquefacção do ar seguida de uma destilação fraccionada. Em relação as
reacções do Nitrogénio com Hidrogénio e Oxigénio deve-se referir que estas ocorrem a altas temperaturas devido a sua fraca
reactividade.
O professor pode ainda estabelecer a interdisciplinaridade com a Biologia ao referir-se que os compostos de Nitrogénio mais
importantes são as proteínas, que são essenciais na constituição dos seres vivos.
O Amoníaco, por ter sido a primeira substância a ser obtida a escala industrial, ocupa um lugar de destaque na história do
desenvolvimento da Química, obtém-se a partir da reacção entre Nitrogénio e Hidrogénio na presença de um catalisador pelo
processo de Haber-Bosch. Esta reacção pode ser usada para explicar o equilíbrio químico.
Em relação aos óxidos de Nitrogénio estuda-se o Mono e o Dióxido de nitrogénio. Os diferentes estados de oxidação (Nox) do
nitrogénio podem ser explicados através dos seguintes óxidos: N2O, NO, N2O3, NO2, N2O5.
Para a obtenção industrial do Ácido nítrico recomenda-se o processo de Ostwald. A seguir, serão discutidas as aplicações dos
seguintes sais, NaNO3 e KNO3 entre outros muito usados como adubos. Os Nitritos, como acontece com o ácido de que derivam,
serão tratados apenas para fins de revisão da nomenclatura.
É aconselhável introduzir o conceito de equilíbrio químico depois do professor ter dado as noções de reacção irreversível e
reversível, sistema aberto e fechado. Usando novamente a equação da síntese de amoníaco, o aluno consolida a definição de
reacção reversível. Pode-se, a partir deste conteúdo, falar sobre o HIV/SIDA e concluir que a seropositividade é um processo
irreversível.
O professor explica os factores que influenciam o deslocamento do equilíbrio químico relacionando-os com o princípio de Le
Chatelier.
Ao se estudar a obtenção industrial do Amoníaco, o interesse económico deve ser destacado, evidenciando-se as condições que
favorecem a sua produção. Esta explicação deve ser acompanhada de representações gráficas.
Nesta unidade será realizada a experiência química sobre a obtenção do amoníaco e identificação do ião amónio
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Em relação ao Fósforo, o professor orienta uma discussão na qual os alunos farão referência aos aspectos abordados na
disciplina de Biologia sobre a sua ocorrência e sua importância nos seres vivos.
O estudo do Fósforo prossegue com abordagem sobre as modificações alotrópicas (rômbico e monoclínico), os seus óxidos,
Ácidos (fosfórico e fosforoso), e os sais (fosfatos e os fosfitos). Deve-se destacar a importância do Fosfato de cálcio como adubo
fosfatado.
Com orientação do professor, os alunos desenvolvem o tema gerador apresentando formas alternativas de produção de adubos
naturais, e reconhecem a importância destes para o desenvolvimento agrícola e o seu efeito para o solo e para as plantas.
É necessário clarificar aos alunos que os principais nutrientes para as plantas são o Nitrogénio, o Fósforo e o Potássio, diz-se
então que são adubos azotados, fosfatados ou potássicos, respectivamente. É importante acrescentar que além destes três
elementos essenciais existem micronutrientes como Cu, Mg, Zn, entre outros. A classificação dos adubos pode ser feita de
diferentes maneiras: naturais (como o húmus, o guano) e químicos ou artificiais (produzidos sinteticamente e são geralmente
sais). Os adubos podem ainda classificar-se em simples, quando possuem apenas um nutriente na sua composição como o
NaNO3 (o nutriente essencial é o N) ou compostos, quando apresentam mais do que um nutriente como o KNO3 (os nutrientes
essenciais são N e K). O estudo dos adubos minerais deve ser encarado como uma das aplicações dos nitratos e fosfatos. Deve-se
recorrer aos conhecimentos que os alunos têm sobre a fisiologia das plantas (da disciplina de Biologia). Este é um momento
particularmente importante para o professor abordar, sobre o uso abusivo de fertilizantes que pode acarretar efeitos negativos
sobre o meio ambiente em geral e, em especial, sobre as plantas, bem como as possibilidades que a Química dá para a solução
do problema. Deve-se destacar a função de cada nutriente para a planta.
Indicadores de desempenho
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10. Avaliação
A avaliação da aprendizagem é uma componente curricular, presente em todo o processo de ensino-aprendizagem, através da
qual se obtêm dados e informações que possibilitam a tomada de decisões, visando assegurar a aprendizagem, garantir a
identificação e o desenvolvimento de potencialidades assim como a formação integral do indivíduo, com vista à melhoria da
qualidade de ensino-aprendizagem e o sucesso escolar.
A avaliação permite obter informações sobre o desempenho do professor, do aluno, da direcção da escola e do envolvimento dos
Na disciplina de Química a avaliação está presente em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem. Esta será
continua e direccionada a medir conhecimentos, habilidades, atitudes e valores especificados nas competências básicas definidas
no programa.
As formas de avaliação a serem aplicadas consistem na observação de pequenos trabalhos individuais ou em grupo, perguntas
orais, relatório de experiências químicas e de trabalhos de investigação ou visitas de estudo, resolução de exercícios ou
correcção do TPC e as planificadas e periódicas (A.C.S., A.C.P/A.C.F). Para isso, serão tomados em consideração os seguintes
tipos de avaliação diagnostica, formativa e sumativa, dependendo dos objectivos a serem alcançados.
A avaliação diagnostica destina-se a saber até que ponto os alunos dominam uma série de conhecimentos, habilidades e atitudes
sobre um determinado tema, para permitir ao professor buscar uma estratégia adequada de ensino que possibilite atingir os
objectivos definidos no programa. Esta avaliação pode ser realizada no inicio do ano lectivo, semestre, unidade temática ou aula.
A avaliação formativa, ajuda ao professor a fazer um controle permanente sobre o processo de ensino e aprendizagem, a cerca
de um assunto ou tema, assim como ajuda a buscar soluções ou uma estratégia adequada para a resolução dos problemas
encontrados.
Nesta disciplina, os aspectos a serem avaliados podem ser, trabalhos de pesquisa ou de recolha de informações, os relatórios
sobre as experiências químicas e visitas de estudo às instituições e comunidades, os exercícios, os TPC´s, também são, objectos
de avaliação. Estes trabalhos devem ser corrigidos e atribuídos um valor qualitativo (Sf, Bom, Mbom) ou quantitativo (de 0-5, 0-
10, 0-20 valores); sugere-se que não se devem ser atribuídas às qualificações mau, medíocre ou zero, porque irão desmotivar o
aluno. As notas atribuídas devem fazer parte da avaliação final do aluno.
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Em relação aos relatórios das experiências químicas, relatórios de visitas de estudo e os textos dos trabalhos de investigação
individuais ou em grupo, devem ser objectos de avaliação os itens constantes da estrutura dos respectivos modelos de relatório,
A avaliação sumativa, permite testar os conhecimentos no fim de cada assunto ou tema num trimestre ou ano lectivo.
Os métodos de avaliação a serem aplicados consistem na observância de pequenos trabalhos individuais ou em grupo, perguntas
orais, experiências químicas, resolução de exercícios ou correcção do TPC e testes escritos (ACS`s e ACP´s).
No fim de cada avaliação, o professor deverá garantir uma recolha de resultados fiáveis para que a avaliação escolar seja
verdadeira e justa, onde serão incluídos para alem dos aspectos da avaliação sumativa, também os da avaliação diagnostica e
formativa.
A avaliação do caderno escolar tem como objectivo, desenvolver nos alunos o rigor, persistência e qualidade na apresentação
dos trabalhos, assim como a representação gráfica da linguagem química.
Para avaliar o caderno, o professor pode basear-se nos aspectos a seguir indicados e, para uma melhor recolha de dados,
aconselha-se a elaborar uma grelha onde irão ser incluídos os seguintes itens e a respectiva pontuação:
40
11.Bibliografia
CAMUENDO, Ana Paula et. all. Módulo de experiências químicas da 9ª classe – Material para professor. Universidade
Pedagógica, Maputo, 2006.
Ciências da Natureza , Matemática e suas Tecnologias. / Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC;
SEMTEC, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17a. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987
GIL, Victor M. S. Química 11º ano - caderno de laboratório,1ª ed. Plátano Editora: Lisboa, 1995.
Interacções e Transformações I, II e III: Química – Ensino Médio: A Química e a Sobrevivência/Atmosfera – Fonte de
Materiais/GEPEQ. São Paulo: Editora da Universidade de SãoPaulo,1998.
GONÇALVES, José. Tabela atómica: um estudo completo da Tabela Periódica. Curitiba. Atómica, 2001
MACHADO, Andréa H. et all. Pressupostos Gerais e Objectivos da Proposta Curricular de Química – projecto de
reformulação curricular e de capacitação de professores do ensino médio da rede estadual de Minas
Gerais . s.d. Minas Gerais, Brasil.
NOVAIS, Vera Lúcia D. de. Química, vol. 1, 2 e 3. São Paulo: Atual, 2000.
PERUZZO, Francisco M. e CANTO, Eduardo Leite do. Química na abordagem do cotidiano Vol. 1- Moderna: São Paulo,
Brasil, 1998.
PERUZZO, Francisco M. e CANTO, Eduardo Leite do. Química na abordagem do cotidiano Vol. 2-Moderna: São Paulo,
Brasil, 1998.
Plano Curricular do Ensino Secundário Geral (PCESG), MEC – INDE, Maputo, Moçambique, 2007.
Programas Intermédios de Química da 8ª e 9ª classes, MEC – INDE, Maputo, Moçambique, 2006 – 2007.
Programas Intermédios de Química da 8ª e 9ª classes, MINED/DINESG, Maputo,Moçambique,2007.
Relatórios de Capacitação e Monitoria dos Programas Intermédios da 8ªe 9ª classes.
ROEGIER, Xavier. et.all. Uma pedagogia da integração (Competências e aquisições no ensino).2ª ed. Artmed: São Paulo2-004.
SANTOS, Wildson, et all. Química e sociedade 1ª edição .São Paulo: Nova geração, Brasil, 2005.
SANTOS, Wildson, et all. Química e sociedade,1ª edição.(Livro do Professor). São Paulo :Nova Geração, Brasil, 2005.
SARDELLA, A. , LEMBO A., Química Vol. 1. Ática: São Paulo, Brasil,1983.
Maputo, 30 de Setembro de 2008
41
Anexos
II. Índice
III. Corpo do relatório
1. Título da visita de estudo
Deve estar em concordância com os objectivos da visita de estudo.
2. Introdução
Faz-se a descrição da localização da Instituição visitada, o ano da sua fundação ou criação, o número de trabalhadores,
descrição/definição dos tipos de processos observados durante a visita de estudo, contacto com o responsável da instituição.
3. Objectivos
42
Indicação dos principais resultados que se pretendem alcançar com a visita. Os objectivos devem ser claros, precisos, concisos e
realizáveis.
4. Procedimentos
Descrição e indicação das actividades realizadas:
a) Aparelhos e máquinas que a Instituição/comunidade utiliza, seu esquema de montagem e legenda;
b) Substâncias, produtos ou materiais produzidos ou utilizados pela Instituição/comunidade;
c) Apontar sempre que possível, danos ambientais que a Instituição/comunidade pode causar e suas soluções;
d) Descrição dos fenómenos observados ou resultados.
5. Conclusões e recomendações
Confronta-se os fundamentos adquiridos durante as aulas e das observações feitas durante a visita de estudo e faz-se as devidas
recomendações.
I. Capa de relatório:
a) Nome da Escola
b) Disciplina, tema e número do trabalho de investigação
c) Nome do aluno e do professor
d)Local e data da elaboração do relatório
II. Índice
III. Corpo do relatório
1. Título do trabalho de investigação
Deve ir de acordo com o tema a ser investigado e não deve ser longo.
2. Fundamentos teóricos ou introdução
São à base da teoria do tema, justificam-se, as descrições teóricas de todos os fenómenos a serem observados/estudados.
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3. Objectivos
Indicação dos principais resultados que se pretendem alcançar com o trabalho. Os objectivos devem ser claros, precisos,
concisos e realizáveis.
4. Procedimentos
Geralmente são indicadas as actividades que poderão ser realizadas, como a descrição do trabalho a investigar, os métodos e
resultados esperados e os benefícios que pode trazer para a comunidade.
5. Conclusões e recomendações
Enumeram-se as conclusões e as devidas recomendações.
II. Índice
44
3. Objectivos
Indicação dos principais resultados que se pretendem alcançar na experiência. Os objectivos de cada experiência devem procurar
realizar os de cada unidade temática. Devem ser claros, precisos, concisos e realizáveis.
4. Procedimentos
Geralmente são indicadas no guião das experiências, mas também podem ser solicitados em casos especiais. Neste passo
indicam-se as actividades realizadas:
a) Aparelhos e substâncias usadas
b) Esquema de montagem e legenda dos aparelhos
c) Observações feitas ou resultados obtidos
5. Conclusões
Neste passo, faz-se a confrontação do fundamento teórico e dos resultados e/ou das observações feitas durante a experiência.
Regras e normas de higiene e segurança durante a realização das experiências químicas no laboratório
ou noutro local
É expressamente proibido brincar durante a realização das experiências;
Recomenda-se o uso de calças compridas, sapatos fechados, cabelos longos amarrados para trás e bata branca para
proteger o vestuário;
Deixe sobre a mesa de trabalho somente o material necessário;
Não se deve comer nem beber no laboratório, pois pode ocorrer contaminação por substâncias tóxicas;
Evitar contacto de qualquer substância com a pele, a boca e os olhos;
Usar luvas e óculos de protecção quando estiver a trabalhar com substâncias corrosivas e explosivas;
Usar pequenas quantidades de substâncias para gerar o mínimo de resíduos;
Manter o local de trabalho sempre limpo;
Lavar bem as mãos antes sair do laboratório;
Comunicar imediatamente ao professor sobre a ocorrência de qualquer incidente (ex: inalação de uma substância tóxica,
contacto da pele com uma substância corrosiva, etc.);
As reacções que libertam gases ou vapores tóxicos devem ser efectuadas no nicho, com boa ventilação;
Quando pretender cheirar qualquer substância, não coloque a cara directamente sobre o recipiente que o contém, dirige
com a mão uma pequena quantidade de vapores de modo a poder aperceber-se do seu cheiro;
Evitar manusear equipamento eléctrico com as mãos molhadas.
45