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“No inventário há, pois, uma nítida distinção entre créditos admitidos pelos interessados e

créditos não admitidos. Se não há documentação suficiente, não tem o


juiz poder de ex officio determinar a reserva de bens.” Venosa, Sílvio de Salvo
Código Civil interpretado / Sílvio de Salvo Venosa; coautora Cláudia Rodrigues. – 4. ed., – São
Paulo: Atlas, 2019.

“Por esse art. 1.997, se houver requerimento no inventário do pagamento de


dívidas comprovadas documentalmente e havendo impugnação, poderá o juiz
fazer reserva de bens suficientes para tal pagamento quando este tornar-se
exigível (§ 1º).” Azevedo, Álvaro Villaça
Curso de direito civil : direito das sucessões / Álvaro Villaça Azevedo. – São Paulo :
Saraiva Educação, 2019.

“Com a morte do autor da herança, é muito comum que remanesçam


obrigações por ele contraídas, as quais, evidentemente, deverão ser satisfeitas
pelo espólio.
Por tal motivo, no interstício entre o inventário e a partilha, os credores do
de cujus poderão requerer o pagamento das dívidas, mediante petição
acompanhada de prova literal, a qual será autuada em apenso ao processo de
inventário. Frise-se que os credores deverão agir antes de ultimada a partilha,
visto que, após a distribuição do acervo hereditário, os herdeiros só
responderão pelas dívidas até o montante do seu quinhão, tornando mais
penosa a satisfação do crédito.
Se todos concordarem, o credor será habilitado e os bens suficientes à
satisfação do crédito, separados para posterior alienação ou adjudicação.
Se, por outro lado, surgir qualquer controvérsia acerca da habilitação, esta
deverá ser resolvida nas vias ordinárias (art. 643). Nesse caso, para resguardar
eventual direito do credor, bens suficientes à satisfação do débito serão
reservados. Para tanto, é necessário que haja documento comprovando
satisfatoriamente a dívida e que a impugnação não se funde em quitação,
porquanto nesse caso se discute justamente a satisfação do débito.” Donizetti, Elpídio
Curso Didático de Direito Processual Civil / Elpídio Donizetti. – 22. ed. – São Paulo: Atlas,
2019.

“Não havendo concordância de todas as partes sobre o pedido de pagamento feito


pelo credor, será o pedido remetido às vias ordinárias. Em complemento, o juiz
mandará, porém, reservar, em poder do inventariante, bens suficientes para pagar o
credor quando a dívida constar de documento que comprove suficientemente a
obrigação e a impugnação não se fundar em quitação. É o caso de uma obrigação
líquida (certa quanto à existência, determinada quanto ao valor) e vencida. Essa é a
regra do art. 643 do Novo CPC, que reproduziu o antigo art. 1.018 do CPC/1973. A
interpretação correta dos dispositivos é que basta a discordância de um dos herdeiros
para que surja a necessidade de uma ação específica para o pagamento da dívida.” Tartuce,
Flávio
Direito Civil: direito das sucessões – v. 6 / Flávio Tartuce. – 12. ed. – Rio de Janeiro: Forense,
2019.

Comentários ao art. 663 do CPC: “Credores do espólio. É ideal que os sucessores indiquem tanto
o ativo quanto o passivo que compõe o acervo hereditário. Isso porque, se houver dívida, o
credor poderá requerer a reserva dos bens necessários à liquidação da obrigação assumida pelo
de cujus. Se essa providência não for adotada e a partilha for homologada, o credor ainda pode
ajuizar ação própria para satisfação do crédito.” Donizetti, Elpídio Novo Código de Processo Civil
Comentado / Elpídio Donizetti – 3. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2018.
É indispensável o acordo unânime, porque a habilitação, in casu, é não contenciosa. Por isso,
não havendo concordância de todas as partes sobre o pagamento, será o credor remetido para
os meios ordinários (art. 643), ou seja, terá ele de propor a ação contenciosa contra o espólio,
que for compatível ao título de seu crédito (execução ou ordinária de cobrança, conforme o
caso).
“Há, porém, uma medida cautelar que o juiz toma, ex officio, em defesa do interesse do credor
que não obtém sucesso na habilitação: se o crédito estiver suficientemente comprovado por
documento e a impugnação não se fundar em quitação, o magistrado mandará reservar, em
poder do inventariante, bens suficientes para pagar o credor, enquanto se aguarda a solução da
cobrança contenciosa (art. 643, parágrafo único).” Theodoro Júnior, Humberto, 1938-
Curso de direito processual civil / Humberto Theodoro Júnior. – 52. ed. - Rio de Janeiro:
Forense, 2018.

” Como cediço, a abertura da sucessão (morte do autor da herança)


reclama a observância do procedimento especial de jurisdição
contenciosa denominado "inventário e partilha", o qual apresenta dois
ritos distintos: "um completo, que é o inventário propriamente dito
(arts. 982 a 1.030) e outro, sumário ou simplificado, que é o
arrolamento (arts. 1.031 a 1.038)" RECURSO ESPECIAL Nº 1.150.356 – SP

“Além da concentração de atos processuais, o arrolamento sumário é marcado pela supressão de


algumas fases ou atos do inventário tradicional, como a lavratura de quaisquer termos e a
avaliação dos bens inventariados, que somente terá lugar caso algum credor do espólio se insurja
contra a estimativa feita pelos herdeiros.
O arrolamento sumário é forma abreviada de inventário-partilha nos casos de
concordância de todos os herdeiros, desde que maiores e capazes, não importa o valor dos bens,
se diminuto ou grandioso, nem a sua natureza. Basta que os interessados (meeiros, herdeiros e
legatários) elejam essa espécie de procedimento, constituindo procurador, e apresentando para
homologação a partilha amigável.” Donizetti, Elpídio. Curso didático de direito processual civil /
Elpídio Donizetti. – 20. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2017.

“Havendo dívidas, caberá a indicação na petição inicial dos bens reservados ao seu pagamento.
Segundo o art. 663, parágrafo único, do Novo CPC, o valor desses bens reservados será o indicado
na petição inicial, mas, como o credor será "notificado" - na realidade é intimado - para
apresentar impugnação, havendo controvérsia caberá ao juiz decidir o valor correto. Nesse caso
será excepcionalmente realizada a avaliação dos bens.” NEVES, Daniel Amorim Assumpção.
Manual de Direito Processual Civil – 10ª ed. – Salvador: JusPODIVM, 2018.

“... determina o art. 663 do Novo Estatuto Processual que a existência de credores do espólio não
impedirá a homologação da partilha ou da adjudicação, se forem reservados bens suficientes para
o pagamento da dívida. Essa reserva de bens será realizada pelo valor estimado pelas partes,
salvo se o credor, regularmente notificado, impugnar a estimativa. Nesse último caso, é que
deverá ser executada a única forma de avaliação admitida no arrolamento sumário.” Tartuce,
Flávio Manual de direito civil : volume único / Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.

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