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PÚBLICAS
RESUMO
Como toda e qualquer organização, para que o Estado possa operar de forma
eficiente e estruturada, cumprindo com seus objetivos, é necessário que este tenha
recursos patrimoniais disponíveis para cumprir com sua missão. Neste sentido,
quando se fala em receitas públicas, é preciso pensar que esta é a forma para que o
Estado realize suas atividades, arrecadando recursos para seu funcionamento.
Todavia, nas últimas décadas o Estado sofreu com o endividamento desenfreado,
onde suas despesas superavam as receitas arrecadadas, criando um descompasso
que trouxe consequências para toda a população brasileira. Defronte a
insustentabilidade dessa situação, surge a Lei de Responsabilidade Fiscal, trazendo
em seus fundamentos uma nova perspectiva para o gerenciamento do orçamento
público e, por conseguinte, de sua receita, que depois do surgimento do referido
ordenamento passou a ter novas dimensões. Assim, o objetivo principal deste artigo
é analisar, por meio de pesquisa bibliográfica, quais as consequências que a Lei de
Responsabilidade Fiscal trouxe no âmbito das receitas públicas, com vistas a se
frear os gastos exacerbados do Estado, tentando atingir um superávit em suas
contas, resultado este imprescindível para que o Estado alcance seus objetivos com
relação à sociedade.
Palavras-chaves: receitas públicas, Lei de Responsabilidade Fiscal,
consequências.
1. INTRODUÇÃO
1
Pós-Graduanda em Contabilidade Pública e Lei de Responsabilidade Fiscal da Uninter/Facinter.
2
Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Maria, pós-graduação em
Auditoria Integral e mestrado em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná.
2
Pública, por isso seus postulados devem ser entendidos com clareza. A seguir,
priorizou-se concepções acerca das receitas públicas de maneira genérica para
somente a seguir criar o liame com o tema do artigo: as consequências da LRF nas
receitas públicas. Ao final, com as considerações finais, acredita-se que novas
questões poderão ser lançadas para eventuais pesquisas futuras, já que a reflexão
gerada por este artigo certamente não consumirá seu tema.
2. DO ORÇAMENTO PÚBLICO
Neste caso, a Lei nº. 4.320/64, em seus artigos 51 e 53, estabelece o direito de
cobrança de tributos com base em duas ações governamentais: a instituição de
tributo e a sua inclusão no orçamento mediante Lei, observadas as regras
constitucionais. Portanto, constitui-se reconhecimento de receita para o ente, a
combinação da instituição de um tributo e sua inclusão no orçamento (BRASIL,
2005).
No que concerne a sua arrecadação, aplica-se o regime orçamentário de
caixa descrito no art. 35 da Lei nº 4.320/64 o qual dispõe que:
Multas.
Cobrança da Dívida Ativa.
Outras Receitas Diversas.
RECEITAS DE CAPITAL
Operações de Crédito.
Alienação de Bens Móveis e Imóveis.
Amortização de Empréstimos Concedidos.
Transferências de Capital
Outras Receitas de Capital (BRASIL, 2010, p. 10).
Moura (2005) sobre as inovações trazidas pela LRF no campo das receitas
públicas ensina que existe uma maior demanda pela capacitação das organizações
públicas, já que a referida Lei obriga os servidores públicos que atuam diretamente
na área da Receita, devem saber de antemão os resultados dos tributos que
arrecadam e que administram.
Sendo assim, pode-se concluir que tais administradores devem se
comprometer não só com o resultado final do processo de arrecadação, mas com o
início, prevendo situações e diagnosticando eventuais problemas.
Tais critérios trazidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, em especial
o da transparência, veio para ao menos atenuar os efeitos de uma sociedade
plenamente insatisfeita com seus governados, mediante tantas notícias sobre
fraudes e crimes cometidos na arrecadação das receitas. Como bem expõe Moura
(2005, p. 81):
Estas previsões, tal qual são feitas pelas empresas para determinar a
previsão de demanda e consequentemente a programação da produção, as
compras a realizar e onde concentrar os esforços são, ou deveriam ser,
realizadas também por todos os níveis de governo para que o orçamento
seja elaborado de forma responsável e sua realização acompanhada e
revista constantemente (MOURA, 2005, p. 83).
2.3 Metodologia
Diante do citado, a seguir, será feita uma breve, mas essencial descrição
dos métodos utilizados para a realização deste estudo. Este trabalho resume-se
numa pesquisa realizada sob a orientação bibliográfica, por meio de revisão literária
existente sobre o tema proposto, em livros, periódicos e materiais disponibilizados
virtualmente, que contribuem para uma melhor apreensão do objeto de estudo.
2.4 Análises
3. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
KOHAMA, Helio. Contabilidade pública: teoria e prática. São Paulo, Atlas, 1996.
MAURO, Elizabeth. Controlando e avaliando a execução do orçamento. Rio de
Janeiro: IBAM/BNDES, 2001.