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Qualificação para Operador de Guindaste

1
Anotações
Unidade Operacional Jacareí-SP

Caderno do Aluno

OPERADOR DE GUINDASTE
Modalidade Presencial
04/2011

Fale com o SEST/SENAT


0800.7282891
www.sestsenat.org.br

Curso para capacitação de Operadores de Guindastes de acordo com a

determinação da Portaria 3214 de 08 de Junho de 1978 e Norma Regulamentadora 11.

Elaboração: Prof. Erik Cabrini Abrão


Unidade Jacareí-SP

APRESENTAÇÃO

Meios de elevação, como Guindastes, facilitam a movimentação de cargas. Através deles podemos
reduzir muito nosso trabalho braçal. Porém, deveremos usar mais a cabeça, para que não ocorram riscos.
Este passo é o nosso objetivo maior, a realização de um treinamento que venha orientar o operador
quanto ao manuseio de elevação e movimentação de cargas dentro dos conceitos de segurança
operacional.
Como resultado do presente treinamento, buscamos aperfeiçoar tecnicamente o profissional
responsável pela operação de Guindaste, oferecendo assim, uma qualidade sempre maior no serviço
apresentado.
Desta forma o SEST/SENAT criou este programa de treinamento que objetiva capacitar e reciclar
profissionais de acordo com o que determina a Portaria 3214 de 08/06/1978 e a NR-11.

GRADE DO CONTEÚDO
Unidades Carga Horária
Capacitação de Operadores de Guindaste 40 h/a
Unidade Jacareí-SP
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ÍNDICE

Unidade 1 – História dos Guindastes......................................................................... 7

Unidade 2 – Norma Regulamentadora 11 ................................................................. 13

Unidade 3 – AET – Autorização Especial de Trânsito.................................................. 17

Unidade 4 – Tipos de Guindastes .............................................................................. 21

Unidade 5 – Partes e Componentes de Guindastes.................................................... 31

Unidade 6 – Inspeção Pré-Operacional do Guindaste................................................. 55

Unidade 7 – Estabilização ou Patolamento................................................................ 61

Unidade 8 – Tabela de Carga..................................................................................... 65

Unidade 9 – Acessórios de Içamento e Movimentação.............................................. 81

Unidade 10 – Regras de Segurança na Movimentação............................................... 89

Unidade 11 – Unidades de Medida............................................................................ 97

Unidade 12 – Estudo de Rigging................................................................................. 101

Unidade 13 – Sinalização NBR 11436......................................................................... 107

Unidade 14 – Atendimento ao Cliente....................................................................... 111

Bibliografia............................................................................................................... 114
Unidade Jacareí-SP
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UNIDADE 1

HISTÓRIA DOS GUINDASTES


Unidade Jacareí-SP
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APRESENTAÇÃO

Anotações
Nesta primeira unidade apresentaremos alguns aspectos históricos
dos guindastes e algumas características construtivas que tornaram esses
equipamentos o que eles são atualmente, e essenciais para movimentação
de carga em portos, na construção civil, armazéns, dentre outros locais.
Com isso, serão identificadas algumas características específicas desse
equipamento, que apresenta importante participação na movimentação
de cargas dentro das cadeias logísticas.

OBJETIVOS

Os objetivos desta unidade são:

• Apresentar aspectos históricos dos guindastes;

• Mostrar alguns aspectos construtivos importantes dos guindastes;

• Conhecer alguns atributos básicos dos guindastes.

INTRODUÇÃO

Os guindastes são equipamentos antigos, que surgiram em função


da necessidade de deslocamento de grandes massas e em grandes alturas.
Tais equipamentos tornaram-se imprescindíveis nas atividades atuais de
movimentação de cargas, sejam em portos, armazéns, ou até mesmo na
construção civil. Conhecer parte da história evolutiva desse equipamento
permite identificar a importância que o mesmo teve e possui até hoje,
bem como, entender o que ele se tornou na atualidade.

DESENVOLVIMENTO

O guindaste é provavelmente invenção grega ou romana, da qual


não existem registros anteriores ao século I a.C. Os grandes monumentos
de pedra anteriores a essa época - as pirâmides do Egito, por exemplo -
foram edificados sem auxílio de nenhum mecanismo de suspensão.
OPERADOR DE GUINDASTES

A maior parte do conhecimento sobre os guindastes antigos vem dos


escritos do arquiteto romano Vitrúvio (século I a.C.) e de Héron de
Alexandria (século I d.C.). O mais simples dos guindastes descritos
compunha-se apenas de uma única estaca fincada no chão, que era
erguida e sustentada por um par de cabos amarrados em sua extremidade
superior. Em seu topo, prendia-se a roldana por onde corria a corda
utilizada para suspender os materiais. Essa corda era normalmente
operada por um molinete fixo num dos lados da estaca, junto à base. 9
Unidade Jacareí-SP

Os guindastes romanos apresentavam sérias limitações. Apesar de a


Anotações

__________________ carga poder ser levantada verticalmente, o ângulo em que ela podia girar, à
__________________ direita ou à esquerda, sem o guindaste se desequilibrar, era muito restrito.
Além disso, só poderia ser erguida até a altura das estacas. Outro problema
__________________ era a imobilidade do equipamento, que precisava ser desmontado a cada
__________________ etapa da construção. Os construtores medievais conseguiram superar a
maioria desses problemas.
__________________
__________________ A força humana - utilizada para fazer funcionar o molinete -
permaneceu insubstituível até o advento das máquinas a vapor.

O funcionamento de um guindaste depende de uma relação


matemática entre a força utilizável no cabo de aço e o ângulo em que se
encontra o material a ser erguido.

A segurança de toda a operação, bem como a capacidade da máquina,


subordinam-se sempre a essa relação matemática.

Os primeiros registros de uso de guindastes remontam do século I ou II


conforme mostra um relevo em pedra encontrado em um túmulo em Roma,
datado deste período, onde se vê um guindaste sendo usado para construir
um monumento.

Durante a Idade Média os guindastes foram utilizados para construir as


grandes catedrais da Europa. Para isto os guindastes eram fixados no alto das
paredes ou muralhas enquanto estas eram construídas. Para içar os materiais
era utilizada a força de homens que giravam duas grandes rodas uma de
cada lado do guindaste.

Os guindastes neste período também começaram a ser utilizados em


alguns portos medievais.
OPERADOR DE GUINDASTES

Com uma ampla gama de aplicações para este tipo de equipamento, os


guindastes acabaram adquirindo características especificas e sendo divididos
em grupos especializados

O tipo mais comum de guindaste consiste em uma torre treliçada de


aço ou em uma torre telescópica montada em uma plataforma móvel, que
10 pode ser constituída de trilhos, rodas, acoplados a caminhões ou ainda sobre
esteiras. A base da torre é articulada, e pode ser suspendida e abaixada por
cabos ou ainda por cilindros hidráulicos. Um gancho no topo da torre é
suspenso por cabos e polias.
Unidade Jacareí-SP

Os cabos são movimentados através de motores que operam com

Anotações
uma variedade de tipos de transmissões. Os motores podem ser a vapor,
elétricos, ou ainda de combustão interna (IC). Enquanto que com relação à
transmissão esta costuma ser à base de embreagens principalmente em
equipamentos mais antigos. Recentemente este padrão começou a ser
modificado com o uso de motores de combustão interna que permitem
combinar a característica dos motores de vapor "torque máximo em
velocidade zero" pela adição de um elemento hidráulico, criando com isso
um bom controle de torque. As vantagens operacionais deste arranjo são
conseguidas através do controle eletrônico de movimentação hidráulica.
Alguns modelos de guindaste que utilizam esta tecnologia podem ser
convertidos em guindastes de demolição adicionando-se uma esfera de
demolição, ou em escavadeiras adicionando uma pá carregadeira, embora
alguns detalhes de projeto possam vir a limitar sua eficácia.

OPERADOR DE GUINDASTES

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UNIDADE 2

NORMA REGULAMENTADORA 11
NR-11
Unidade Jacareí-SP

APRESENTAÇÃO

Anotações
Nessa unidade do curso, serão apresentados os conceitos legais que
envolvem a atividade de movimentação de carga utilizando Guindastes.

OBJETIVOS

Os objetivos dessa unidade são:

- Apresentar a Norma Regulantadora NR-11.

- Identificar as responsabilidades e competências do


Profissional.

INTRODUÇÃO

Ao longo dessa unidade vamos entender melhor sobre a função do


Operador de Guindaste. Vale lembrar que essa função é fundamental para
uma movimentação de carga de forma segura e com qualidade.

DESENVOLVIMENTO

NR- 11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de


Materiais

11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes,


transportadores industriais e máquinas transportadoras.

11.1.1. Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados,


solidamente, em toda sua altura, exceto as portas ou cancelas necessárias
nos pavimentos.

11.1.2. Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a


abertura deverá estar protegida por corrimão ou outros dispositivos
convenientes.
OPERADOR DE GUINDASTES

11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais


como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-
rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes,
transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de
maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança
e conservados em perfeitas condições de trabalho.

11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes,
roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, 15
substituindo-se as suas partes defeituosas.
Unidade Jacareí-SP

11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga


Anotações

__________________ máxima de trabalho permitida.


__________________
11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal
__________________ serão exigidas condições especiais de segurança.
__________________
11.1.4. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das
__________________ mãos.
__________________
11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o
operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o
habilitará nessa função.

11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão


ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho
portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar
visível.

11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a


revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por
conta do empregador.

11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de


advertência sonora (buzina).

11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente


inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências,
deverão ser imediatamente substituídas.

11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos,


por máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar
concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis.

11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de


máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo
se providas de dispositivos neutralizadores adequados.

CONCLUSÃO
OPERADOR DE GUINDASTES

Nessa unidade podemos ter uma visão ampla sobre as


responsabilidades do Operador, da Empresa e do pessoal envolvido com a
movimentação de carga com o uso de um Guindaste ou qualquer outro
equipamento destinado a esse fim.

16
Unidade Jacareí-SP

UNIDADE 3

AET – AUTORIZAÇÃO
ESPECIAL DE TRÂNSITO
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Unidade Jacareí-SP

APRESENTAÇÃO

Anotações
Nessa primeira unidade do curso, serão apresentados os conceitos
legais que envolvem o trânsito de Guindastes auto-propelidos em vias
públicas

OBJETIVOS

Os objetivos dessa unidade são:

- Apresentar a AET – Autorização Especial de Trânsito.

INTRODUÇÃO

Ao longo dessa unidade vamos entender melhor a AET e conferir os


requisitos para conduzir um Guindaste em vias públicas.

DESENVOLVIMENTO

Os guindastes auto-propelidos precisam portar uma AET para


trafegar em vias públicas, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
no artigo 101, e de acordo com a resolução 12/98 do CONTRAN, que
dispões dos limites máximos de peso, altura, largura e comprimento dos
ve€culos.

Importante lembrar que cada estado brasileiro possui normatização


própria quando a circulação de guindastes em rodovias e vias urbanas.

• Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no


transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites
de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser
concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via,
autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida para
cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas
necessárias.
• § 1º A autorização será concedida mediante requerimento que
especificará as características do veículo ou combinação de
OPERADOR DE GUINDASTES

veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do


deslocamento inicial.
• § 2º A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade
por eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos
causar à via ou a terceiros.
• § 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões poderá
ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via,
autorização especial de trânsito, com prazo de seis meses,
atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. 19
Anotações Unidade Jacareí-SP

__________________
__________________ 6 meses - para guindastes com PBT < 45t
__________________ Validade da AET 3 meses - para guindastes com 45 < PBT < 60
1 mês - para guindastes com PBT > 60t
__________________
Batedores
__________________ credenciados para guindastes com PBT > 60t
__________________ Escolta policial para guindastes com PBT > 80t
Laudo Técnico de
para guindastes com PBT > 60t
Vistoria

Horário de Circulação Do amanhecer ao pôr do Sol

Velocidade Máxima de 60Km/h

• Para realização de trabalhos em vias públicas, é necessário


autorização do orgão com circunscrição sobre a via, sinalização de
segurança, orientação da polícia militar ou agentes de trânsito
municipal.

• Antes de atravessar sobre pontes, certifique-se de que ela suporta


carga superior ao peso do guindaste.

• Em passagens estreitas, certifique-se de que as dimensões externas


do guindaste são menores que os alertas de “Largura Máxima e
Altura Máxima”.
OPERADOR DE GUINDASTES

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Unidade Jacareí-SP

UNIDADE 4

TIPOS DE GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP

Anotações
APRESENTAÇÃO

Nesta unidade do curso, você estudará aspectos referentes aos


diferentes componentes básicos que fazem parte de um guindaste. Além
disso, compreenderá as funções que os mesmos exercem dentro da
atividade de içamento e movimentação de carga.

OBJETIVOS

- Apresentar alguns dos diferentes tipos de equipamentos utilizados


como componentes auxiliares dos guindastes.

INTRODUÇÃO

O conjunto de equipamentos utilizados nos guindastes, no auxílio ao


processo de içamento e movimentação de cargas pode influenciar na
qualidade do serviço, na segurança da operação, bem como na agilidade
de todo o processo. Dessa forma, o operador de guindaste deve conhecer
esses equipamentos, bem como a forma correta de instalação e utilização
a fim de garantir maiores rendimentos na execução de suas atividades.

DESENVOLVIMENTO
1 – GUINDASTES SOBRE TRILHOS

Os Guindaste sobre trilhos são utilizados em ferrovias para


manutenção de locomotivas, remoção de equipamentos em caso de
acidentes, trabalhos em túneis ferroviários, etc.
Também são bastante utilizados em portos, instalados em pórticos
para transporte de cargas e conteiners.
OPERADOR DE GUINDASTES

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Unidade Jacareí-SP

2 – GUINDASTES RT (ROUGH TERRAIN = TERRENO ACIDENTADO)


Anotações

__________________
__________________ Os Guindastes RT são equipamentos projetados para trabalhar em
__________________ terrenos acidentados. Possuem pneus tipo trator que se adaptam a muitas
__________________ irregularidades dos terrenos.
__________________
__________________

O guindaste RT tem características próprias que o tornam bastante


versáteis, pois:

- Circulam em terrenos acidentados e sem pavimentação. Em termos


técnicos, serve para operações fora-de-estrada (off-road).
OPERADOR DE GUINDASTES

- Trabalham em áreas de acesso difícil, por que possui sistemas de


direção hidráulica nas rodas dianteiras e traseiras: Realiza manobras
em pequeno espaço.
- Movimentam-se com carga suspensa no gancho.

Não podem circular em rodovias.


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Unidade Jacareí-SP

3 – GUINDASTES AT (ALL TERRAIN = TODO TERRENO)

Anotações
Guindaste AT permitem acesso a diversas condições de terreno
graças a sustentação dos eixos tandem pneumáticos. Em relação aos
Guingastes Truck Crane, a diferença é que não se pode remover o sistema
de içamento do veículo.

4 – GUINDASTES TC (TRUCK CRANE = GUINDASTE CAMINHÃO)

Guindaste TC são montados sobre caminhões previamente


preparados com reforços de chassi, suspensão e câmbio.
Utiliza-se a estrutura do chassi para montar a mesa do sistema de
içamento e o sistema de patolamento.
OPERADOR DE GUINDASTES

25
Unidade Jacareí-SP

5 – GUINDASTES UNIVERSAL DE TORRE (TIPO GRUA)


Anotações

__________________
__________________ Guindastes tipo grua são empregados principalmente na construção
__________________ civil. São fixados sobre uma base normalmente de concreto armado para
__________________ sustentação. Apesar de grande, em geral, possuem pequena capacidade de
__________________ carga, mas grande rapidez e mobilidade na obra.
__________________

6 – GUINDASTES SOBRE LAGARTA (ESTEIRA)

Guindastes sobre esteiras são os únicos tipos de guindastes que podem


se locomover com a carga, mas mesmo com essa habilidade, na maioria das
atividades devem estar devidamente patolados.
OPERADOR DE GUINDASTES

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Unidade Jacareí-SP

7 – GUIDASTE DE PLATAFORMA

Anotações
Guindaste montado sobre plataforma marítima, empregado na
construção naval e na indústria petrolífera para montagem de plataforma
de extração de petróleo.

8 – GUINDASTES MARÍTIMO ou GUINDASTES FLUTUANTES

Guindastes marítimos ou flutuantes são empregados principalmente


na indústria de construção civil para montagem de pontes. Mas também
são empregados no auxílio a embarcações encalhadas ou recuperação de
embarcações naufragadas.
OPERADOR DE GUINDASTES

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Unidade Jacareí-SP

9 – GUINDASTES AIR-CRANE (AÉREO)


Anotações

__________________
__________________ Guindastes air-crane são equipamentos guindastes projetados em
__________________ helicópteros. São muito utilizados na montagem de torres, principalmente
__________________ em locais de difícil acesso para guindastes TC ou AT. Alguns países utilizam
__________________ para auxiliar no combate a incêndios florestais.
__________________
OPERADOR DE GUINDASTES

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Unidade Jacareí-SP

10 – GUINDASTE SOBRE TRILHOS SUSPENSOS (PONTE ROLANTE)

Anotações
Guindastes montados sobre trilhos suspensos, conhecidos também
como Pontes Rolantes, são equipamentos montados e fixados sobre as
vigas de uma construção e são utilizados somente em trabalhos pré-
programados. Muito utilizados na indústria siderúrgica, metalúrgica,
aeronáutica e outras que exijam a movimentação vertical e horizontal
dentro do prédio.

São encontradas com operação em cabine ou controles de solo do


tipo botoeiras, ligados por fio ou rádio-frequência.

MARCAS DE GUINDASTES:
OPERADOR DE GUINDASTES

- Americanas: American, Bantan, Clark, Gallion, Grove, Link-Belt,


Manitowoc, National Crane, Pettibone, P&H, Terex.
- Européias: Demag, Thyssen Krupp e Liebherr (alemãs), Luna (espanhola)
e Palfinger (austríaca).
- Brasileiras: Madal / Palfinger (Caxias do Sul-RS) 29

- Chinesas: XCMG, Zoomlion, Sany Crane.


Unidade Jacareí-SP

UNIDADE 5

PARTES E COMPONENTES
DOS GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP

APRESENTAÇÃO

Anotações
Nesta unidade do curso, você estudará aspectos referentes aos
diferentes componentes básicos que fazem parte de um guindaste. Além
disso, compreenderá as funções que os mesmos exercem dentro da
atividade de içamento e movimentação de carga.

OBJETIVOS

O objetivo desta unidade é apresentar alguns dos diferentes tipos de


equipamentos utilizados como componentes auxiliares dos guindastes.

INTRODUÇÃO

O conjunto de equipamentos utilizados nos guindastes, no auxílio ao


processo de içamento e movimentação de cargas pode influenciar na
qualidade do serviço, na segurança da operação, bem como na agilidade
de todo o processo.
Dessa forma, o operador de guindaste deve conhecer esses
equipamentos, bem como a forma correta de instalação e utilização a fim
de garantir maiores rendimentos na execução de suas atividades.

DESENVOLVIMENTO

Quando nos referimos as partes de um guindaste, temos que separar


os componentes em: Componentes Universais e Componentes de
Características.

1 – COMPONENTES UNIVERSAIS

Os Componentes Universais são aqueles que todo guindaste possui,


pois são de vital importância para seu funcionamento.

• Cabos de aço;
• Moitão e Bola-peso;
• Polias ou Roldanas;
OPERADOR DE GUINDASTES

• Lança;
• Contra peso;
• Guincho;
• Outriggers ou Patolas
• Tomada de Força
• Engrenagem Rotex

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Unidade Jacareí-SP

1.1 – CABOS DE AÇO


Anotações

__________________
__________________ 1.1.1 – HISTÓRIA DOS CABOS DE AÇO
__________________
Os cabos assim como outras invenções, já eram conhecidos em tempos
__________________ remotos, nas escavações feitas em Nínive, foram encontrados arames de
__________________ ouro que por suas formas presume-se se tratar de cordões.
Nas escavações de Pompéia, foi encontrado um cabo de Bronze de 4,5
__________________ metros de comprimento, composto de três cordões de 19 fios.
Na Índia e China, foram utilizados cabos primitivos de fibras vegetais, para
cruzar rios, menciona-se ainda que 1500 anos a.C. os chineses já utilizavam
cordões de arames. No ano de 1500, Leonardo da Vinci mencionou um
monta-cargas de cabos de arames de ferro. Os arames pela primeira vez
foram recozidos, com o objetivo de diminuir a dureza e trabalhar melhor a
frio. Já no ano de 1644, os cabos são utilizados para levantamento de cargas
nas construções de fortalezas.

Em 1818 na Alemanha, foram empregados cabos para levantar grandes


cargas em trabalhos de mineração, doze anos depois na Inglaterra, iniciava-
se a fabricação de cabos de arames para exploração de minérios. Nessa
época começa a evolução rápida dos cabos de arame. Na Alemanha foi
utilizado com êxito em um poço de mina, um cabo com 18 mm de diâmetro,
600 metros de comprimento, composto por 3 cordões de 4 arames, de 4,5
mm de diâmetro, e com resistência de 40 Kgf/mm2. Já em 1840 aparecem os
cabos de 6 cordões (pernas) com alma têxtil e também com torções
definidas. Em 1854 o inglês James Horsfall, fabricou arames patenteados. O
processo consiste em passar os arames em um forno de alta temperatura
(1050 ºC aproximadamente) e esfriar rapidamente em banho de chumbo
fundido (480 ºC aproximadamente). Este processo deu origem a uma
estrutura cristalina especial, que permitiu trefilar bitolas finas, obtendo-se
excelentes características de resistência e flexibilidade.

A forma primitiva de fabricação dos cabos em instalações de cablear a


mão, impedia o seu rápido aperfeiçoamento, em 1860 na Alemanha aparecia
a primeira cableadora mecânica, mas só em 1880 essas máquinas apareciam
no mercado e a indústria de cabos iniciava sua fase de crescimento.
A partir daí, utiliza-se cada vez mais arames de aço com resistência de 80,
120, e 200 Kgf/mm2, podendo-se hoje produzir arames com até 300 Kgf/mm2
OPERADOR DE GUINDASTES

que são utilizados nas indústrias aeronáuticas e de instrumentos musicais.


Com a melhoria da qualidade dos arames, aumentou-se também a segurança
dos cabos.

Uma das primeiras instalações de grande porte com cabos de aço para
transporte de pessoas é o conhecido BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR da
cidade do Rio de Janeiro, construído em 1913 e em funcionamento até hoje
(sem acidentes). Mediante a utilização de cabos de aço, consegue-se
34 instalações de pouco espaço com possibilidades de levantar grandes cargas
de forma econômica.
Unidade Jacareí-SP

Como em outros ramos, uma guerra causou seu rápido

Anotações
desenvolvimento. Um dos maiores usos bélicos de cabos de aço ocorreu
em 1919 durante a Primeira Guerra Mundial. Num esforço para conter
ataques dos submarinos aos navios, foi decidida a colocação de 70.000
minas no Mar do Norte, entre a Inglaterra e a Noruega, bloqueando com
eficiência o acesso dos submarinos ao Oceano Atlântico. O campo minado
teria um comprimento médio de 370 km (230 milhas) e uma largura média
de 40 km (25 milhas). Termos como “impossível” e “idiota” foram
liberalmente associados ao esquema. Apesar disso, o projeto foi aprovado
e a indústria do cabo de aço foi convocada para entregar 24.300 km (80
milhões de pés) para o projeto do Mar do Norte e mais de 61.000 km (200
milhões de pés) para o esforço de guerra. Os novos cabos de alta
resistência exigiram mais pesquisa e aumento de produção a valores
recordes. Um novo processo chamado galvanização, foi aplicados nos
cabos para auxiliá-los a suportar a ação do sal e as condições submarinas
agressivas.

1.1.2 – DEFINIÇÃO, CONSTITUIÇÃO E COMPOSIÇÃO

Cabo de aço é um conjunto de arames torcidos entre si e estirados


constituídos de três partes: arame, perna e alma. Os arames são esticados
a frio e enrolados entre si formando as pernas. As pernas são enroladas
em volta de um núcleo (alma) formando o cabo de aço. As pernas do cabo
de aço podem ser fabricadas em uma, duas ou mais composições.
Antigamente, as composições envolviam várias operações com arames de
mesmo diâmetro, tais como: 1 + 6/12 (2 operações) ou 1 + 6/12/18 (3
operações). Assim eram torcidos primeiramente 6 arames em volta de um
arame central. Posteriormente, em nova passagem, o núcleo 1+6 era
coberto com 12 arames. Essa nova camada tem por força um passo
(distância em que o arame dá uma volta completa) diferente do passo do
núcleo, ocasionando um cruzamento com arames internos, e o mesmo se
repete com a cobertura dos 18 arames para a fabricação de pernas de 37
arames.
Com o aperfeiçoamento das máquinas, foi possível fabricar cabos
com uma única operação, sendo todas as camadas no mesmo passo.
Assim surgiram as composições “Seale”, “Filler” e “Warrington”, formadas
de arames de diferentes diâmetros.
OPERADOR DE GUINDASTES

Composição SEALE: Possui pelo


menos duas camadas adjacentes
com o mesmo número de arames.
Todos os arames de uma mesma
camada possuem alta resistência
ao desgaste, mas possuem
diâmetros diferentes da camada
adjacente.
35
Anotações Unidade Jacareí-SP

__________________ Composição FILLER: Possui arames


__________________ principais e arames finos que
servem de preenchimento para
__________________ melhor acomodação dos outros
__________________ arames. Os arames de enchimento
não estão sujeitos as
__________________
especificações que os arames
__________________ principais devem satisfazer. Tem
boa resistência ao desgaste e a
fadiga e alta resistência ao
amassamentos.

Composição WARRINGTON:
Possui pelo menos uma camada de
arames de dois diâmetros
diferentes e alternados. Possui boa
resistência ao desgaste e boa
resistência a fadiga.

Composição Warrington-Seale:
Possui as principais características
da composição Warrington e da
composição Seale, proporcio-
nando ao cabo alta resistência a
abrasão (desgaste por atrito)
conjugado com alta resistência à
fadiga de flexão.

1.1.3 – ALMAS
OPERADOR DE GUINDASTES

Exceto os cabos denominados “compactos”, que não possuem alma, os


cabos de aço possuem diferentes tipos de almas, que servem para apoiar as
pernas, evitando contato forçado entre elas quando o mesmo é tracionado
ou tensionado. As almas podem ser de fibras (naturais ou artificiais) ou de
aço. As almas de fibras em geral, dão maior flexibilidade ao cabo de aço,
oferecem apoio macio as pernas, são mais leves e mais baratos.
Outra vantagem das almas de fibra é que normalmente o cabo é
36 engraxado. Assim, quando o cabo trabalha, “aperta” a alma que solta parte
da graxa e lubrifica o cabo de dentro pra fora. Almas de aço são usadas
somente em locais de temperatura eleva, cabos estáticos ou se o projeto de
movimentação assim o exigir.
Unidade Jacareí-SP

- ALMAS DE FIBRAS NATURAIS (AF): Podem ser de sisal (cânhamo),

Anotações
algodão, rami ou juta. A grande maioria dos cabos de aço é fabricada com
sisal, que é 100% brasileiro e mostrou-se mais firme, duradouro e
absorvente que as outras fibras.

- ALMAS DE FIBRAS ARTIFICIAIS (AFA): podem ser de polipropileno (PP),


polietileno (PE), nylon (PA) e raramente de poliéster. Por serem mais
caras, as almas de fibras artificiais são usadas somente em cabos finos.

- ALMA DE AÇO (AA): Almas AA são formadas por uma perna de cabo,
garantem maior resistência ao amassamento e aumenta a resistência à
tração em cerca de 7%.

- ALMA DE AÇO COM CABO INDEPENDENTE (AACI): são formadas por


outro cabo de aço independente, o que dá ao cabo de aço maior
flexibilidade e alta resistência.

1.1.4 – TORÇÃO

Os arames, para virarem cabo, têm que ser torcidos em máquinas


especiais chamadas torcedeiras ou cableadoras. Dependendo do lado que
se deixa as máquinas girarem, as pernas saem à esquerda ou à direita.
Os cabos de aço, por padrão, possuem torção sempre à Direita (Z).
Somente se usa torção à esquerda (S) em pares com cabos à direita em
guindaste que precisam de grandes lances de cabos ou em equipamentos
de perfuração de poços artesianos ou exploração de petróleo. As torções
podem ser Regular ou Lang.

- TORÇÃO REGULAR: os cabos de torção regular ou cruzada têm os arames


torcidos para um lado e as pernas para outro.

- TORÇÃO LANG: os cabos de torção Lang têm os arames e as pernas


torcidos para o mesmo lado.

Carga de Ruptura ou Ponto de Ruptura: tensão


máxima a que um cabo pode ser submetido até que
haja o rompimento do cabo.
OPERADOR DE GUINDASTES

Passo: distância que um arame ou perna percorre


até chegar ao mesmo lugar na circunferência. Os
cabos de passos largos têm maior ponto de ruptura.
Já os cabos de passos curtos têm menor ponto de
ruptura.

37
Unidade Jacareí-SP

1.1.5 – ACABAMENTO
Anotações

__________________
__________________ Os cabos podem ser polidos, galvanizados (zinco) ou inoxidável. Os
cabos polidos necessitam ser engraxados com certa frequência a fim de se
__________________ evitar a oxidação.
__________________
Vantagens do engraxamento:
__________________
__________________ - Minimizar o desgaste
- Reduzir o atrito
- Minimizar o acúmulo de poeira
- Impedir a oxidação
- Absorver o calor gerado pelo atrito
- Melhorar a transmissão de potência.

1.1.7 – FATOR DE SEGURANÇA

O uso de fatores de segurança (FS) permite que se tenha garantia de


dispor da capacidade adequada ao serviço a ser feito, durante toda a vida do
cabo. Os critérios para o estabelecimento dos fatores de segurança
envolvem o tipo de serviço, o projeto do equipamento e as consequências da
falha.

FATORES DE
APLICAÇÕES
SEGURANÇA
CABOS E CORDOALHAS ESTÁTICAS 3A4
CABO PARA TRAÇÃO NO SENTIDO
4A5
HORIZONTAL
GUINCHOS, GUINDASTES, ESCAVADEIRAS 5
PONTES ROLANTES 6A8
TALHAS ELÉTRICAS E OUTRAS 7
GUINDASTES ESTACIONÁRIOS 6A8
LAÇOS 5A6
ELEVADORES DE OBRA 8 A 10
ELEVADORES DE PASSAGEIROS 12
OPERADOR DE GUINDASTES

1.1.7 – DIÂMETRO

Para dimensionarmos qual deve ser o diâmetro do cabo de aço para


transportar uma determinada carga devemos sempre utilizar o fator de
segurança da tabela acima em função do seu tipo de serviço.

38
Unidade Jacareí-SP

Cargas de Ruptura - Resistência

Anotações
Diâmetro Peso em Kg por Metro Linear
180/200 Kg/mm² (I.P.S) em KGF
6x7 6x19 / 6x25 / 6x41 6x7 6x19 / 6x25 / 6x41
Polegada mm
AF / AFA AA / AACI AF / AFA AA / AACI AF / AFA AA / AACI AF / AFA AA / AACI
1/16" 1,60 0,012 0,013 176 190
5/64" 2,00 0,014 0,015 240 259
3/32" 2,40 0,019 0,021 340 365
1/8" 3,20 0,034 0,037 0,039 0,043 600 646 620 660
5/32" 4,00 0,055 0,061 959 1040
3/16" 4,80 0,078 0,086 0,088 0,097 1347 1449 1398 1500
1/4" 6,40 0,140 0,154 0,156 0,172 2388 2571 2480 2663
5/16" 8,00 0,221 0,244 0,244 0,268 3837 4153 3867 4153
3/8" 9,50 0,310 0,341 0,351 0,390 5316 5714 5531 5949
7/16" 11,50 0,430 0,473 0,780 0,520 7194 7735 7510 8061
1/2" 13,00 0,570 0,627 0,630 0,680 9347 10051 9714 10408
9/16" 14,50 0,710 0,781 0,790 0,880 11837 12755 12245 13163
5/8" 16,00 0,880 0,968 0,980 1,071 14388 15510 15204 16224
3/4" 19,00 1,250 1,380 1,410 1,548 20612 22143 21633 23265
7/8" 22,00 1,919 2,113 29184 31428
1" 26,00 2,500 2,753 37959 40714
1.1/8" 29,00 3,170 3,480 47755 51326
1.1/4" 32,00 3,913 4,300 58673 62959

Exemplo: para se transportar uma carga de 1000Kg, utilizaremos as duas


tabelas para determinar o diâmetro mínimo do cabo de aço a ser utilizado.
A fórmula é simples: Carga Real = Carga X Fator de Segurança. Então:

Carga Real = 1000Kg X 5, onde 1000kg é o peso da carga e 5 é o fator de


segurança para guindastes.
Carga Real = 5000Kg.

Na Tabela de Diâmetros acima, vemos que o cabo que atende


melhor as especificações para um guindaste é o cabo de 3/8”, pois possui
a carga de ruptura de 5531Kg, ou seja, acima da carga real que precisamos
transportar.

1.1.8 – RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

Resistência à Resistência à
Material do fio
tração (N/mm2) tração (Kgf/mm2)
OPERADOR DE GUINDASTES

Aço comum (iron) 600 61,2

Aço para tração (traction Steel) 1200 a 1400 122 a 142


Aço M.P.S. ( Mild Plow Steel = aço
1400 a 1600 142 a 163
arado leve)
Aço P.S. (Plow Steel = aço leve) 1600 a 1800 163 a 183
39
Aço I.P.S. (Improved Plow Steel =
1800 a 2000 183 a 203
aço leve melhorado)
Aço E.I.P.S. (Extra I.P.S.) 2000 a 2300 203 a 234
Unidade Jacareí-SP

1.1.8 – CLASSIFICAÇÕES
Anotações

__________________
__________________
Aplicação Cabo ideal
__________________
6 x 41 Warrington Seale + AF (cargas frias) ou AACI
__________________ Pontes rolantes (cargas quentes), torção regular, performado, IPS, polido
__________________ Monta-carga
6 x 25 Filler + AACI, torção regular, EIPS, polido
(guincho de obra)
__________________
Perfuração por 6 x 19 Seale + AFA (alma de fibra artificial), torção regular
percussão à esquerda, IPS, polido
Cabo trator
6 x 19 Seale + AF, torção lang, IPS, polido
teleférico
Elevadores de
8 x 19 Seale + AF, torção regular, traction steel, polido
passageiros
6 x 19 Seale + AFA e 6 x 7 + AFA, torção regular,
Pesca
galvanizado, IPS
Guindastes e
6 x 25 Filler + AACI ou 19 x 7, torção regular, EIPS, polido
gruas
Laços para uso 6 x 25 Filler + AF ou AACI, ou 6 x 41 Warrington Seale +
geral AF ou AACI, polido
Bate-estacas 6 x 25 Filler + AACI, torção regular, EIPS, polido

1.1.8 – INSPEÇÃO

Os cabos de aço quando em serviço, devem ser inspecionados


periodicamente, a fim de que a sua substituição seja determinada sem que
seu estado chegue a apresentar o perigo de uma ruptura. Em geral, uma
inspeção correta, compreende algumas observações.

 Número de arames rompidos: Deve - se notar o número de arames


rompidos em 1 passo ou em 5 passos do cabo. Observar se as rupturas estão
distribuídas uniformemente ou se estão concentradas em uma ou duas
pernas apenas. Neste caso há o perigo dessas pernas se romperem antes do
cabo. É importante também observar a "localização das rupturas, se são
externas, internas ou no contato entre as pernas.
OPERADOR DE GUINDASTES

LIMITES DE FIOS PARTIDOS 1 PASSO 1 PERNA


CABOS DE USO GERAL 6 FIOS 2 FIOS
CABOS ESTÁTICOS 3 FIOS 2 FIOS

40
Unidade Jacareí-SP

 Arames gastos por abrasão: Mesmo que os arames não cheguem a se

Anotações
romper, podem atingir um ponto de desgaste tal, que diminua
consideravelmente o coeficiente de segurança do cabo de aço, tornando
seu uso perigoso. Na maioria dos cabos flexíveis, o desgaste por abrasão
não constitui um motivo de substituição se os mesmos não apresentarem
arames partidos. Quando se observa uma forte redução da seção dos fios
externos e, consequentemente, do diâmetro do cabo, deve-se verificar
periodicamente o coeficiente de segurança, para que este não atinja um
mínimo perigoso.

REDUÇÃO MÁXIMA ADMISSÍVEL


DIÂMETRO DO CABO EM RELAÇÃO AO DIÂMETRO DO
CABO
Até 8 mm (5/16”) 0,4 mm
Acima de 8 mm até 13 mm (1/2”) 0,8 mm
Acima de 13 mm até 19mm (3/4") 1,2 mm
Acima de 19 até 29 mm (1.1/8”) 1,6 mm
Acima de 29 mm até 38 mm
2,4 mm
(1.1/2”)

 Corrosão: Durante a inspeção deve-se verificar cuidadosamente se o


cabo de aço não está sofrendo corrosão. É conveniente também uma
verificação do diâmetro do cabo em toda sua extensão, para investigar
qualquer diminuição brusca do mesmo. Esta redução pode ser devida à
decomposição da alma de fibra por ter secado e deteriorado, mostrando
que não há mais lubrificação interna no cabo, e consequentemente
poderá existir também uma corrosão interna no mesmo. A corrosão
interna representa um grande perigo, pois ela pode existir sem que se
manifeste exteriormente.
OPERADOR DE GUINDASTES

41
Anotações Unidade Jacareí-SP

__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________

Deve-se inspecionar todo o comprimento do cabo para


verificação da existência ou não de nós ou qualquer anormalidade no mesmo
que possa ocasionar um desgaste prematuro ou a ruptura do cabo,
principalmente às fixações.

1.2 – MOITÃO OU GATO e BOLA-PESO


Moitão é uma caixa de roldanas fixadas com o cabo de aço, ligadas por
um eixo onde o gancho é fixado. O Gancho pó girar 360º ou ser fixado
através de um pino antigiro. O pino antigiro só deve ser usado quando a
carga possuir um sistema que não a permita girar, caso contrário, se a carga
girar, girará também os cabos de aço. O Gancho também possui uma
lingueta que impede as alças das lingadas de se soltarem durante o içamento
e o transporte da carga. Quando maior a capacidade do moitão, maior será a
quantidade de roldanas. Bola-peso, também denominada de moitão
secundário, a bola peso possui uma esfera metálica que trabalha como peso
na linha auxiliar, criando uma tensão no cabo.
OPERADOR DE GUINDASTES

42

MOITÃO DUPLO MOITÃO TRIPLO BOLA-PESO


Unidade Jacareí-SP

1.3 – POLIAS OU ROLDANAS

Anotações
Polia ou roldana , consta de um disco que pode girar em torno de um
eixo que passa por seu centro. Além disso, na periferia desse disco existe
um sulco, denominado gola, dentro da qual trabalha um cabo de aço de
transmissão de movimento. As polias, quanto ao modo de operação,
classificam-se em fixas e móveis. Nas fixas (ponta da lança) os mancais de
seus eixos permanecem em repouso em relação ao suporte onde foram
fixados. Nas móveis (moitão) tais mancais se movimentam juntamente
com a carga que está sendo deslocada pela máquina. Na polia fixa a
potência P é igual à resistência Q. Na polia móvel a potência P é a metade
da resistência Q. Numa associação de n roldanas móveis, a potência será
igual a (Q/2)xn . Um conjunto de roldanas ou polias associadas a uma
mesma peça e girando independentemente constitui um cadernal.

Imagine que você tenha um peso total de 45 kg suspenso por uma corda,
como mostrado abaixo:

Na figura ao lado, para suspender este peso é preciso


aplicar uma força dirigida para cima de 45 kg na corda.
Se esta corda tiver 30 metros (cerca de 100 pés) de
comprimento e o seu objetivo for levantar este peso
até uma altura de 30 metros, será preciso puxar a
corda até esta altura. Isso é bastante simples e óbvio.
Agora, imagine que você acrescente uma polia ao
conjunto:

Isso muda alguma coisa? Na verdade, não. A


única mudança é a direção da força necessária
para que o peso seja levantado. Ainda será
necessário aplicar 45 kg de força para manter
esse peso erguido e puxar os 30 metros da
OPERADOR DE GUINDASTES

corda para alcançar essa mesma altura.

43
A próxima figura mostra como ficaria a disposição após a adição de uma
segunda polia:
Anotações Unidade Jacareí-SP

__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________

Essa nova disposição provoca mudanças significativas. Como você pode


ver, o peso agora está suspenso por 2 polias. Com isso, o peso total é
dividido entre elas, ou seja, cada uma delas suporta apenas metade do peso
total, ou 22,75 kg. Nesse caso, se você quiser manter este peso suspenso no
ar, precisará aplicar apenas os 22,75 kg de força (o suporte no teto aplicará a
metade restante da força na outra extremidade da corda). Se quiser erguer
esse peso por 30 metros, precisará puxar um comprimento de corda duas
vezes maior que o comprimento necessário no sistema anterior, ou seja, 60
metros nesse caso. Isso demonstra uma relação entre força e distância. A
força necessária diminuiu pela metade, enquanto o comprimento da corda
dobrou.

O diagrama seguinte adiciona uma terceira e uma quarta polia ao conjunto:


OPERADOR DE GUINDASTES

Nesse caso, a polia ligada ao peso é formada, na verdade, por 2 polias


diferentes montadas no mesmo eixo, como mostrado à direita. Esse arranjo
reduz novamente a força pela metade e dobra a distância necessária. Logo,
para manter o peso suspenso no ar, é necessário aplicar uma força de
apenas 11,375 kg. Para levantá-lo 30 metros, são necessários 120 metros de
44 corda. O sistema de roldanas pode conter tantas polias quanto desejado. No
entanto, com um número de polias muito grande o atrito no eixo dessas
polias começa a se tornar uma fonte de resistência significativa.
Unidade Jacareí-SP

O sistema de polias e passadas de cabos de aço utilizadas em um

Anotações
guindaste são idênticas ao exemplo mostrado. Quanto maior for o peso a
ser levantando, maior será a quantidade de roldanas da lança e do moitão
utilizadas. Entretanto, quanto maior for a quantidade de passadas, mais
lento será o levantamento, tendo em vista que a quantidade de metros do
cabo também será maior. Quanto menor for o peso da carga, menos
passadas serão necessárias, o que torna o içamento mais rápido também.
A vida útil de um cabo de aço também depende diretamente do bom
estado e perfeito funcionamento das polias. Com o uso constante, o cabo
tem seu diâmetro reduzido. Como durante o trabalho o cabo provoca um
desgaste natural das polias, quanto maior a redução do diâmetro do cabo,
maior o desgaste irregular da polia, provocando assim um sulco de
diâmetro inferior ao recomendado. Quando um cabo novo é colocado na
polia danificada, este passa a não assentar perfeitamente no canal,
provocando amassamentos e desgaste por abrasão prematuros, que
diminuirão sua durabilidade. Por tudo isso, procure verificar as polias com
cuidado de tempos em tempos, e retifique aquelas que estiverem com
problema. No caso do perfil da polia estar muito danificado, a melhor
opção é substituí-lo por uma nova. O uso de um gabarito de polias facilita
identificação destes problemas.

1.4 – LANÇA
1.4.1 – LANÇA TRELIÇADA

Lanças Treliçadas são constituídas por


OPERADOR DE GUINDASTES

grandes longarinas de aço entrelaçadas.


Apresentam maior capacidade de carga,
uma vez que sua estrutura é mais leve.
Por serem de grandes comprimentos,
demandam maior tempo e custo
operacional de transporte, montagem,
desmontagem e mudança no
comprimento da lança, além de estar 45
exposta a maior probabilidade de danos.
Unidade Jacareí-SP

1.4.2 – LANÇA TELESCÓPICA


Anotações

__________________
__________________ Lanças Telescópicas são constituídas por
mecanismos que permitem estender e
__________________ encolher a lança até o comprimento ou
__________________ altura desejados. Por serem mais pesadas,
têm sua capacidade de carga reduzida em
__________________
relação a lança treliçada. Entretanto,
__________________ possuem facilidade e rapidez na montagem,
desmontagem e transporte, além de sofrer
menos riscos de danos no transporte e
manuseio.

1.4.3 – JIB

É um acessório auxiliar montado na ponta


da lança ou extensão. Esse equipamento
permite formar ângulos em relação à lança
(é chamado Ângulo Off-Set). Os JIB’s
facilitam a colocação de cargas em locais
fechados ou em situações onde necessita
uma lança maior. Sua capacidade
geralmente está limitada pela sua
resistência estrutural. Eles podem conter
uma extensão, que é um acessório que
permite aumentar o seu comprimento.

1.4.4 – MASTRO

Os mastros são lanças secundárias


normalmente instaladas em guindastes
estacionários ou sobre esteiras e têm
como principal finalidade aumentar a
distância do centro de gravidade e a
capacidade do guindaste, com o uso de
OPERADOR DE GUINDASTES

um contra-peso adicional. Seu uso só é


permitido com autorização por escrito
do fabricante, mediante apresentação
de projeto detalhado, justificando seu
uso.

46 Mastros não deve ser confundidos com lanças, uma vez que sua estrutura
não permite levantar cargas.
Unidade Jacareí-SP

1.4.5 – LUFING

Anotações
O Lufing é uma estrutura montada na ponta
da lança para permitir a movimentação
horizontal da carga mantendo a mesma
altura. É muito utilizada, por exemplo, na
montagem de estruturas de viaduto ou
estruturas pré-moldadas de grande peso e
volume. Exigem que seja adicionado contra-
peso extra, da mesma forma que o mastro,
pois reduzem a capacidade do guindaste.

1.5 – CONTRA-PESO
O contra peso é uma carga adicional colocada no guindaste para
aumentar a capacidade da máquina quanto à estabilidade (tombamento).
Quanto maior for o contra peso e/ou a distância do mesmo ao centro de
giro do guindaste, maior será a resistência ao tombamento. Existem
basicamente três tipos de contrapeso, sendo eles:

• Contra peso stardard (padrão): é fixo ao chassi giratório, não afetando a


carga máxima permitida por eixo, para circulação de rodovias;

• Contra peso adicional no chassi superior: é aquele adicionado na obra,


conforme especificação do fabricante;

• Contra peso adicional fora do guindaste: pode ser metálico ou de


concreto. São montados sobre rodas que se distanciam do guindaste
conforme a necessidade e também giram juntamente com o guindaste.
São fixados no mastro.
OPERADOR DE GUINDASTES

47
Unidade Jacareí-SP

1.6 – GUINCHO
Anotações

__________________
__________________ É um componente motorizado fixado no trole que exerce a força
necessária para elevar ou baixar a carga até os limites de segurança, através
__________________
do mecanismo de elevação composto de: motor, freio do motor, redutor,
__________________ eixo, freio de carga, tambor (dromo), cabos de aço, polias, suportes, caixa de
__________________ gancho, mancais e gancho.
O cabo de aço é fixado ao tambor (dromo) e a carga permanece
__________________ suspensa graças ao freio eletro-magnético, chamado de dynamic break que
funciona com ausência de energia, ou seja, mesmo que o guindaste esteja
desligado, a carga permanecerá suspensa.

1.7 – OUTRIGGERS (ESTABILIZADORES) OU PATOLAS


É importante que o
guindaste esteja
completamente estável e
nivelado durante a operação
de içamento. Os pneus não
oferecem a estabilidade
necessária, portanto, o
caminhão utiliza suportes
OPERADOR DE GUINDASTES

que agem para evitar que o


guindaste não incline para
um lado ou para o outro.

Os suportes usam dispositivos hidráulicos para levantar do chão todo o


caminhão, inclusive os pneus. Eles são compostos pelas vigas, que são as
pernas do suporte e as sapatas, que são os pés. Às vezes, são colocados
calços embaixo das sapatas para dissipar a força do guindaste e da carga
48 contra o concreto ou pavimento. Estes são geralmente tábuas de madeira,
alinhadas para criar uma base maior que a própria sapata. O calços mais
utilizados, por sua grande resistência são os dormentes ferroviários.
Unidade Jacareí-SP

1.8 – TOMADA DE FORÇA

Anotações
Localizada na caixa de câmbio, transfere a força de rotação do motor
para a bomba hidráulica, permitindo o funcionamento do sistema de
içamento.

IMPORTANTE: A tomada de força só deve ser acionada com o guindaste


estacionado e devidamente patolado.

1.9 – ENGRENAGEM ROTEX


Para manobrar a carga, a lança precisa ser capaz de se mover para a
direita e esquerda, bem como para cima e para baixo. Embaixo da cabine
de comando do operador encontra-se uma engrenagem Rotex sobre um
mancal de plataforma giratória, girando a 2 rotações por minuto (rpm). É
acionado por um motor hidráulico bidirecional, montado na cabine de
comando e envolvido por uma cobertura de metal para proteger contra
acidentes. A rotação é controla por um pedal hidráulico na cabine de
comando.
OPERADOR DE GUINDASTES

49
Unidade Jacareí-SP

2 – COMPONENTES DE CARACTERÍSTICAS
Anotações

__________________
__________________ 2.1 – Guindaste de Lança Telescópica sobre Rodas TC.
__________________
__________________
__________________
__________________

2.2 – Guindaste de Lança Treliçada sobre Rodas TC.


OPERADOR DE GUINDASTES

50
Unidade Jacareí-SP

2.3 – Guindaste de Lança Treliçada sobre Esteiras.

Anotações
2.4 – Guindaste de Lança Treliçada com Mastro e Jib sobre
Esteiras.

OPERADOR DE GUINDASTES

51
Unidade Jacareí-SP

2.5 – Guindaste de Lança Treliçada com Mastro e Contra-Peso


Anotações

__________________ sobre Esteiras.


__________________
__________________
__________________
__________________
__________________

2.6 – Guindaste de Lança Treliçada com Mastro e Lufing Jib


sobre Esteiras.
OPERADOR DE GUINDASTES

52
Unidade Jacareí-SP

2.7 – Guindaste de Lança Telescópica sobre Rodas Truck

Anotações
Crane.

2.8 – Guindaste de Lança Telescópica com Jib sobre Rodas


Truck Crane.

OPERADOR DE GUINDASTES

53
Unidade Jacareí-SP

2.9 – Guindaste de Lança Telescópica com Mastro de Lança


Anotações

__________________ sobre Rodas Truck Crane.


__________________
__________________
__________________
__________________
__________________

2.10 – Guindaste de Lança Telescópica com Mastro e Lufing Jib


sobre Rodas All Terrain.
OPERADOR DE GUINDASTES

54
Unidade Jacareí-SP

UNIDADE 6

INSPEÇÃO PRÉ-OPERACIONAL

GUINDASTE (MARCA/MODELO):

HORÍMETRO:

DATA: ______/______/____________
OPERADOR ALUNO:

ESTADO
ÍTEM OBSERVAÇÃO
BOM RUIM
1 ÁGUA DA BATERIA

2 CABOS DA BATERIA

3 LÂMPADAS (SETA, FAROL, PILOTO)

4 ÁGUA DO RADIADOR

5 NÍVEL DE ÓLEO DO CÁRTER

6 NÍVEL DE ÓLEO HIDRÁULICO

7 NÍVEL DE ÓLEO HIDRAMÁTICO

8 NÍVEL DE ÓLEO DA DIREÇÃO HIDRÁULICA

9 FILTRO DE AR

10 ESTADO DOS PNEUS (CALIBRAGEM)

11 BUZINA

12 FREIO DE ESTACIONAMENTO

13 FREIO DE RODAS (FLUIDOS)

14 INDICADOR DE TEMPERATURA

15 INDICADOR DE PRESSÃO DE ÓLEO

16 AMPERÍMETRO

17 FOLGA DAS ALAVANCAS DE COMANDO

18 FOLGA DA DIREÇÃO HIDRÁULICA

19 EXTINTOR DE INCÊNDIOS

20 INSTRUMENTOS DO PAINEL

21 ROLDANAS DA PONTA DA LANÇA

22 PINOS E CONEXÕES DAS MANGUEIRAS

23 CABOS DE AÇO
Unidade Jacareí-SP
Unidade Jacareí-SP

APRESENTAÇÃO

Anotações
Nesta unidade do curso, veremos os itens que devem ser
verificados no guindaste, nas lingadas e na carga, antes de qualquer
movimentação.

OBJETIVOS

O objetivo desta unidade é mostrar ao operador as necessidades de


se efetuar uma inspeção pré-operação (check-list) a fim de se evitar
qualquer acidente durante a movimentação, bem como elaborar um Plano
de Movimentação de Carga eficiente.

INTRODUÇÃO

As inspeções pré-operação devem ser realizadas pelos operadores


como determina a NR-11 vista na Unidade 1 e também atendendo a
requisitos internacionais da OSHA (Occupation Safety & Health
Administration = Administração de Saúde e Segurança Ocupacional).
Além disso, a elaboração do Plano de Movimentação de Cargas deve
atender a todos os requisitos de segurança, tornando a movimentação
uma tarefa segura e confiável para o operador e para todos os outros
trabalhadores do local.

DESENVOLVIMENTO

1 – CHECK-LIST (INSPEÇÃO PRÉ-OPERAÇÃO)


A principal função do Check-List é assegurar que os principais itens
de segurança para a operação estão em ordem e assim diminuir os riscos
de acidentes por falhas nos equipamentos ou acessórios de
movimentação de cargas.
Começaremos pelos principais itens do guindaste.
A OSHA requer que os guindastes sejam inspecionados
regularmente. Uma inspeção freqüente (normalmente chamada de
inspeção pré-operacional) deve ser executada por pessoa competente
antes de cada utilização do guindaste. Esta inspeção normalmente é
OPERADOR DE GUINDASTES

responsabilidade do operador. Desde que o guindaste deve estar o tempo


todo numa condição segura de operação, esta inspeção essencialmente
continua o tempo todo no qual o guindaste está em uso.
OSHA também requer uma inspeção mensal dos itens críticos e uma
inspeção completa anual. Ambas as inspeções devem fornecer relatórios,
os quais devem ser mantidos na empresa.
Usando o critério da OSHA 29 CFR 1926.550 e ANSI / ASME B30.5m
como também usando as instruções do fabricante contidas no manual do
operador, o operador deve no mínimo inspecionar os itens do guindaste 57
conforme especificado a seguir.
Anotações Unidade Jacareí-SP

__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________

Alguns itens comumente listados pelos fabricantes para a realização do


check-list são:

 Transmissão, eixo cardam e tomada de força;


 Sistema hidráulico;
 Sistema de Giro;
 Sistema de elevação, extensão e retração da lança;
 Sistema de içamento de carga;
 Sistema de controle do Guindaste;
 Sistema de freio do guincho e acelerador;
 Dispositivos de Segurança;
 Estabilizadores;
 Sistema elétrico.

Inspeção “Walk Around”

O operador deve executar uma inspeção “Walk around” no guindaste


verificando qualquer deficiência aparente. Outras áreas a serem
inspecionadas incluem o cavalo ou “carbody”, “outriggers” ou esteiras, trem
de força. OSHA requer que qualquer deficiência seja reparada, partes
defeituosas substituídas, antes de continuar utilizando o guindaste.

Usaremos o check-list anexo para nossas aulas práticas.


OPERADOR DE GUINDASTES

58
Unidade Jacareí-SP

Equipamento Horímetro DATA

OPERADOR:

Nº ITEM S N OBSERVAÇÃO

1 SISTEMA ELÉTRICO (BATERIA, LAMPADAS, BUZINAS E SIRENES)

2 SISTEMA DE ARREFECIMENTO

3 SISTEMA HIDRÁULICO (MANGUEIRAS, CILINDROS, NIVEL)

4 NIVEL DE ÓLEO DO MOTOR

5 FILTRO DE AR

6 CONDIÇÃO DOS PNEUS

7 FREIOS (SERVIÇO E ESTACIONAMENTO)

8 INSTRUMENTOS DO PAINEL

9 TRANSMISSÃO, EIXO CARDAM E TOMADA DE FORÇA (PTO)

10 EXTINTOR DE INCÊNDIO

11 SISTEMA DE CONTROLE DO GUINDASTE

12 SISTEMA DE GIRO

13 SISTEMA DE ELEVAÇÃO, EXTENSÃO E RETRAÇÃO DA LANÇA

14 SISTEMA DE FREIO DO GUINCHO E ACELERADOR

15 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA (AML, LMI)

16 SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO (PATOLAS)


SISTEMA DE IÇAMENTO (CABOS, TAMBORES, MOITÃO, ROLDANAS,
17
GANCHOS)

18

19

20

21

22
OBSERVAÇÕES:

ASSINATURA DO OPERADOR
Unidade Jacareí-SP

UNIDADE 7

ESTABILIZAÇÃO OU
PATOLAMENTO
Unidade Jacareí-SP

APRESENTAÇÃO

Anotações
Nesta unidade do curso, aprenderemos como estabilizar (patolar) o
guindaste de modo a torná-lo estável para movimentar a carga.

OBJETIVOS

O objetivo desta unidade é mostrar como patolar o guindaste de


maneira correta e observar os fatores que possam desestabilizar o
guindaste.

INTRODUÇÃO

Para estabilizar o guindaste, devemos primeiramente checar o


terreno no qual o guindaste ficará apoiado, buscando corrigir imperfeições
do terreno e evitar algumas situações que aumentam o risco de
tombamento.

DESENVOLVIMENTO

O guindaste somente suportará a carga se o solo suportar o


guindaste. Antes de iniciar a operação, certifique-se de que o solo é
nivelado e compactado o bastante para suportar o peso do guindaste e/ou
carga sem sofrer rupturas ou afundamentos. Se necessário, utilize calços
sob as patolas.
A parte mais importante de uma operação é o patolamento, por isso
deve ser feita com muito cuidado e precisão. Caso contrário, podem
ocorrer sérios acidentes.
Verifique se onde serão colocadas as sapatas, não passa ou passava
alguma tubulação de água ou esgoto, galerias fluviais, calhas com cabos
elétricos, um antigo poço, sinais de umidade no solo, posição de bueiros,
bocas de lobo ou entradas subterrâneas.
Para que a tabela de carga “sobre patolas” seja aplicada todas as
patolas devem estar completamente abertas. Sempre que uma ou mais
patolas não estiverem completamente abertas, devemos ir para a tabela
de carga “meia patola” ou “sobre pneus” conforme o caso.
Quando manuseamos a carga em uma área onde a patola não está
OPERADOR DE GUINDASTES

completamente aberto, a perda de capacidade pode chegar a mais de


50%.
O guindaste deve ser patolado de modo que os pneus estejam sem
contato com o solo. Isto assegura que o eixo de tombamento está
estabilizado e o chassi do cavalo é utilizado para maximizar o contra peso.
Antes de utilizar “meia patola”, certifique-se de que existe uma
tabela de carga fornecida pelo fabricante com o numero de série da
máquina. Uma patola aberta parcialmente ou de maneira indevida pode 63
causar tensões em áreas não apropriadas da caixa de patola, resultando
em dano à mesma.
Unidade Jacareí-SP

Alguns fabricantes fornecem tabelas de carga para içamento com


Anotações

__________________ patola parcialmente estendidos. Quando isto ocorrer, as instruções do


__________________ fabricante devem ser seguidas à risca, incluindo a pinagem da patola.
Assegure-se de que as travas da patola estão devidamente instaladas,
__________________ caso contrário à mesma poderá escorregar do cilindro vertical.
__________________ Se os cilindros verticais forem equipados com pinos ou parafuso de
trava, certifique-se de que eles estão aplicados.
__________________
__________________ USO DE “MATS”

Os “mats” permitem que o peso do guindaste e a carga sejam


distribuídos por uma área maior. “Mats” devem ser usados sob todas as
patolas.
Assegure-se que o calçamento está nivelado e que a patola está a 90º
em relação ao cilindro vertical.
O calçamento deve ser sempre colocado sob as patolas. Nunca sob as
vigas da patola. As vigas não estão projetadas para suportar esta carga, e o
guindaste perde a estabilidade.
Use calçamento que tenha capacidade de resistir a choque,
dobramentos e cisalhamento. O calçamento deve ser também resistente o
suficiente para vencer pequenos vãos no solo bem como suportar o peso do
guindaste e da carga.
Como regra geral, o calçamento deve ter no mínimo três vezes a área
da patola. A patola deverá estar toda apoiada no calçamento, o qual irá
transmitir a carga proveniente da mesma para a superfície de apoio (solo).

Patolamento direto Patolamento com Mats


A força aplicada é dividida por 3

Testes Destrutivos
OPERADOR DE GUINDASTES

Sapata destruída com Sapata destruída com Sapata destruída com


95.256 Kg (100%) 63.504 Kg (70%) 49.896 Kg (50%)
64
Unidade Jacareí-SP

UNIDADE 8

TABELA DE CARGA
Unidade Jacareí-SP

APRESENTAÇÃO

Anotações
Nesta unidade do curso, estudaremos as tabelas de carga.

OBJETIVOS
O objetivo desta unidade é interpretar a tabela de carga de um
guindaste.

INTRODUÇÃO
A Tabela de Carga do Guindaste é um componente fundamental para
o seu funcionamento, sendo que sua falta, o torna impossível a utilização
do mesmo. Ela apresenta vários conceitos que estudaremos nessa unidade
para compreender melhor o funcionamento do guindaste. Veremos
primeiramente os conceitos necessários ao entendimento da Tabela de
Carga

DESENVOLVIMENTO

1 – CENTRO DE GRAVIDADE

Centro de gravidade (CG) é o


ponto de um objeto no qual pode
ser considerado que todo peso
está ali concentrado. Como todos
os objetos, os principais
componentes dos guindastes têm
seus respectivos CGs.
Quando estes componentes
são montados no guindaste, o
mesmo tem um centro de
gravidade combinado.

2 – PRINC€PIO DA ALAVANCA

O princ€pio da alavanca •
OPERADOR DE GUINDASTES

usado para determinar as


capacidades tabeladas.

67
Unidade Jacareí-SP

3 - ALAVANCA E ESTABILIDADE
Anotações

__________________
__________________ Conforme a estrutura do upper gira, o centro de gravidade do
guindaste move-se para junto do seu eixo de tombamento. O movimento do
__________________ centro de gravidade do guindaste aumenta a alavanca exercida pela carga no
__________________ guindaste e faz com que diminua a capacidade de carga do mesmo. Isto
explica porque um guindaste pode tornar-se instável até o ponto de tombar,
__________________
quando uma carga é içada pela frente de um guindaste RT e girado para o
__________________ lado. Sempre consulte a tabela de carga antes de qualquer içamento. Um
guindaste é estável quando seu momento é maior do que o momento
exercido pela carga.

A maioria dos guindastes montados sobre cavalo tem sua capacidade


máxima pela traseira. Quando o upper é girado para a lateral, a capacidade
será menor porque a distância do centro de gravidade do guindaste ao eixo
de tombamento é diminuída. A maioria dos fabricantes não permite o
içamento de cargas pela frente da máquina a menos que a patola dianteira
esteja apoiada.
OPERADOR DE GUINDASTES

4 – TAXA DE INCLINAÇÃO

Conforme o guindaste inclina, o movimento exercido pela carga


aumenta e o exercido pelo guindaste diminui. Isto pode ocorrer
rapidamente, tornando-se impossível retornar a posição inicial pelo
abaixamento da carga.

68
Unidade Jacareí-SP

5 – FATORES DE ESTABILIDADE FRONTAL

Anotações
Estabilidade dianteira é definida como a capacidade do guindaste
resistir a tombamento frontal. Quando do desenvolvimento das cargas
tabeladas pela estabilidade, os fabricantes reduzem as cargas de
tombamento por um percentual estabelecido por padrões internacionais.

MARGEM DE ESTABILIDADE
GUINDASTE DE ESTEIRA 75%
GUINDASTE SOBRE CAVALO PATOLADO 85%
GUINDASTE SOBRE CAMINH‚O COMERCIAL 85%

6 – FATORES DE ESTABILIDADE TRASEIRA

Normalmente estamos preocupados com o tombamento para


frente, obviamente na direção da carga; entretanto, os guindastes podem
tombar pela traseira. A estabilidade traseira é a capacidade do guindaste
em resistir ao tombamento sem carga.
As margens de estabilidade traseira são baseadas nas seguintes
condições gerais:
- de lado
- nivelado dentro de 1% sobre solo firme
- todos os tanques com pelo menos ½ de capacidade
- outros níveis de fluido conforme especificado

7 – LIMITAÇÕES DE CAPACIDADE

Sobrecarga no guindaste pode causar tombamento ou falha


estrutural. Um guindaste sobrecarregado resulta em tombamento ou
falha estrutural.

OPERADOR DE GUINDASTES

69
Unidade Jacareí-SP

8 – BASES PARA AS CAPACIDADES TABELADAS


Anotações

__________________
__________________ Todas as capacidades de carga listadas na tabela de carga são baseadas
na resistência estrutural ou na estabilidade do guindaste. Estas capacidades
__________________ são normalmente identificadas pela divisão da tabela de carga através do uso
__________________ de linha preta, asteriscos ou área sombreada.
__________________
__________________
OPERADOR DE GUINDASTES

70
Unidade Jacareí-SP

9 – COMPONENTES QUE PODEM FALHAR POR SOBRECARGA

Anotações
Guindastes não estão
sujeitos simplesmente a
tombamento. Eles podem ter
uma falha estrutural antes
mesmo de qualquer sinal de
tombamento. A falha estrutural
é frequentemente inesperada,
especialmente quando o
operador está trabalhando na
área estrutural e está esperando
que a máquina de sinal de
tombamento para que ele avalie
a sobrecarga. Ao lado são
mostrados alguns componentes
que podem falhar.

A correta capacidade de içamento é o principal objetivo de


interpretar e aplicar a tabela de carga. Para determinar a capacidade de
içamento do guindaste existem certos passos ou procedimentos que
devem ser seguidos.

OPERADOR DE GUINDASTES

71
Unidade Jacareí-SP

10 – ÁREAS DE OPERAÇÃO
Anotações

__________________
__________________ Áreas de operação, ou quadrantes como elas também são conhecidas,
se referem a uma parte particular do circulo de trabalho do guindaste. O
__________________ tamanho de cada área pode diferir de modelo para modelo e de fabricante
__________________ para fabricante. Algumas tabelas de carga são válidas para 360º de operação.
Antes de operar, consulte a tabela de carga especifica da máquina.
__________________
__________________ Quadrantes típicos são:

- pelo lado
- pela traseira
- pela frente

Os guindastes sobre esteiras podem ter seu sua área de operação baseada
no centro de rotação do upper ou na linha de centro das esteiras.

11 – COMPRIMENTO DA LANÇA

O significado do termo “comprimento da lança” na tabela de carga não


é sempre o mesmo. Às vezes o termo inclui a extensão da lança, outras vezes
não. Esteja certo de entender o que a tabela de carga chama de
“comprimento da lança”. Normalmente é conforme mostrado a seguir.
OPERADOR DE GUINDASTES

72
OPERADOR DE GUINDASTES

73
Anotações
Unidade Jacareí-SP
Unidade Jacareí-SP

Por causa da versatilidade do guindaste de lança telescópica é comum


Anotações

__________________ quando executamos um içamento encontrarmos valores de lança


__________________ intermediários aos existentes na tabela de carga. Nesse caso, devemos
utilizar a menor capacidade sempre.
__________________
__________________
__________________
__________________

11 – RAIO DA CARGA
OPERADOR DE GUINDASTES

O raio da carga é a distância horizontal do centro de gravidade do


guindaste até a linha de centro do moitão ou ao centro de gravidade da
carga içada.

A menos que indicado pelo fabricante, use o raio de operação ao invés


do ângulo da lança para determinar a capacidade bruta.

74
OPERADOR DE GUINDASTES

75
Anotações
Unidade Jacareí-SP
Anotações Unidade Jacareí-SP

__________________
__________________ A deflexão da lança do
guindaste provocará um
__________________ aumento de raio. Por isso
__________________ enfatizamos novamente que se
utilize sempre a menor
__________________
capacidade quando o raio
__________________ estiver entre duas posições na
tabela de carga.
OPERADOR DE GUINDASTES

76
Unidade Jacareí-SP

12 – ÂNGULO DA LANÇA

Anotações
O ângulo da lança nos
guindastes de lança telescópica é
o ângulo entre a linha de centro
da lança base e a horizontal depois
de içada a carga.

O ângulo da lança nos


guindastes treliçados é o ângulo
entre a linha de centro da lança e
a horizontal depois de içada a
carga.

13 – CAPACIDADE BRUTA

Capacidade bruta, a
qual algumas vezes é
chamada de
capacidade tabelada,
são listadas na tabela
de carga de acordo
com o comprimento de
lança, ângulo da lança e
raio.

Capacidades brutas
OPERADOR DE GUINDASTES

não são as cargas


máximas ou objetos
que podem ser içados.

77
Unidade Jacareí-SP

14 – DEDUÇÕES NA CAPACIDADE
Anotações

__________________
__________________ Os acessórios de içamento podem adicionar uma quantidade tal de
carga ao guindaste, que pode reduzir sua capacidade consideravelmente.
__________________ Todos os acessórios de içamento devem ser considerados como parte de
__________________ carga, e devem ser deduzidas da capacidade bruta ou tabeladas.
Dependendo de sua localização, o peso atual dos acessórios de
__________________
içamento pode representar uma carga menor ou até mesmo maior do que
__________________ seu peso real. É crucial que todos os acessórios usados no içamento sejam
levados em consideração.

15 – CARGA DINÂMICA

As capacidades do guindaste são baseadas em cargas estáticas ou


estacionárias. As forças criadas pelo movimento da carga e acessórios afetam
OPERADOR DE GUINDASTES

a capacidade dos guindastes do mesmo modo que se houvéssemos


aumentado o peso da carga. Trancos e movimentos bruscos devem ser
sempre evitados. Sempre opere o guindaste de maneira suave e controlada.

16 – CAPACIDADE DE IÇAMENTO

Se o guindaste não estiver devidamente equipado sua capacidade de


içamento pode ser menor do que a capacidade liquida e pode ser que o
78 guindaste não tenha capacidade de içar a carga liquida com segurança.
Nestes casos a capacidade fica limitada a capacidade do componente mais
fraco (cabo de içamento, moitão, etc.) A carga total não pode exceder a
capacidade do componente mais fraco.
Unidade Jacareí-SP

17 – NÚMERO DE PERNAS

Anotações
Número de pernas = O número de cabos de carga que diretamente
suportam o moitão.
Para evitar ruptura do cabo de carga e assegurar que o guincho pode içar
a carga com segurança, devem ser passados no moitão pelo menos o
número mínimo de pernas do cabo de carga.

1 PERNA 2 PERNAS 4 PERNAS

18 – CARGAS CRÍTICAS

Toda carga de peso maior que 75% do peso estabelecido na Tabela de


Carga para aquela condição, torna-se uma carga crítica. Nesses casos as
seguintes precauções devem ser tomadas:

SOLO: O solo deve ser compacto e estável.


CALÇOS: Se o solo não for de concreto, utilize calços sob as patolas.
NÍVEL: O guindaste deve estar perfeitamente nivelado.
CARGA: O peso da carga deve ser exatamente determinado.
CENTRO DE GRAVIDADE: O gancho deve ser posicionado exatamente
sobre o centro de gravidade da carga.
RAIO DA CARGA: Determinar exatamente o raio da carga.
COMPRIMENTO DA LANÇA: Determinar exatamente o comprimento da
lança.
ÂNGULO DA LANÇA: Deve ser precisamente conhecido, para se calcular o
OPERADOR DE GUINDASTES

raio e influencia na capacidade de elevação de carga.


VENTO: Os efeitos do vento devem ser considerados e o içamento adiado,
caso os efeitos tornem-se significativos para a estabilidade da operação.
DISTRIBUIÇÃO DOS CABOS: Os cabos devem estar simetricamente
distribuídos.
LINGADA: Verificar resistência e segurança, lembrando que a lingada tem
seu peso somado à carga. Conheça o peso da lingada.
OPERAÇÃO: Todos os movimentos para controle da máquina e da carga,
devem ser executados o mais suavemente possível. 79
TREINAMENTO: A determinação desses parâmetros por pessoal não
treinado pode ser extremamente perigoso.
Unidade Jacareí-SP

19 – LINGUAGEM INTERNACIONAL DE TABELA DE CARGA


Anotações

__________________
ANGLE: ângulo
__________________ BOOM: lança
__________________ CAPACITY: capacidade
CRAWLERS: esteiras
__________________ DEGREES: graus (ângulo)
FEET (FT): pés (equivalente a 0,3048 m)
__________________ HEIGHT: altura
LENGTH: comprimento
__________________ MAIN: principal
OFFSET: compensação ou montagem
OUTRIGGERS: estabilizadores
OVER: sobre
PIN: pino
PINNED: pinado
POINT: ponto
POWER: força
RADIUS: raio
REAR: traseiro
RETRACTED: retraído
SET: conjunto
SIDE: lado
STRENGHT: força
WEIGHT: peso

20 – REDE ELÉTRICA

- Mantenha distância segura das linhas elétricas.

- Para cada linha há uma distância limite de aproximação.

- Nunca aproxime qualquer parte do guindaste dessa área.

125.000 Volts - distância mínima de 5 metros


125.000 a 250.000 volts - distância mínima de 6 metros
Acima de 250.000 volts - distância mínima de 7,50 metros

- Considere sempre que todas as linhas e equipamentos elétricos estão


energizados até que obtenha informação contrária de fonte confiável.

- Se o guindaste tiver que se movimentar constantemente sob redes


elétricas, um caminho deve ser demarcado, isolado com material isolante e
pintado com pintura zebrada, determinando uma altura segura sob a qual o
OPERADOR DE GUINDASTES

guindaste deve passar.

- Solicite aterramento do guindaste sempre que possível.

- Caso haja contato de qualquer parte do guindaste com a rede elétrica,


procure pular o mais longe possível do guindaste, mas com cuidado para não
desequilibrar-se. Não toque com as mãos no chão
80
Unidade Jacareí-SP

UNIDADE 9

ACESSÓRIOS DE IÇAMENTO E
MOVIMENTAÇÃO
Unidade Jacareí-SP

APRESENTAÇÃO

Anotações
Para que a movimentação seja realizada de forma segura e eficiente,
são necessários cuidados especialmente na amarração correta da carga,
pois se algo sair errado nessa etapa, pode ser que descubramos isso tarde
demais, ou seja, quando a carga estiver sendo transportada e no alto.

OBJETIVOS
Os objetivos desta unidade são:
- Conhecer os principais acessórios de amarração de carga;
- Apresentar seus principais usos.

INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO

TENAZ: Utilizada normalmente no


transporte de material acabado,
onde haja um ponto de apoio para
prendê-la, como por exemplo, em
lâmina ou barra de metal fundido,
cadinhos, etc.

BALANCIM OU TRAVESSA:
Utilizados no transporte de peças
ou cargas longas.

PATOLA: É construída de aço


laminado. Deve ser usada para
movimento e transporte de
chapas grossas que deverão serem
OPERADOR DE GUINDASTES

transportadas uma a uma. Do


contrário, no levantamento de
duas ou mais chapas juntas, a
borda da chapa de cima encostará
no corpo da patola, provocando o
seu afastamento, e a chapa de
baixo não será mais sustentada
corretamente, podendo deslizar
da boca da patola e cair. 83
Anotações Unidade Jacareí-SP

__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________

GANCHO S: É construído de aço forjado. É


utilizado posicionando-o de tal forma que sua
acomodação ocorra naturalmente. As forças
que atuarão sobre ele deverão permanecer
dentro dos limites de sentido e direção
indicados na figura. Evite esforços
perpendiculares ao plano do gancho e na ponta
do gancho.

MANILHA: É constituída de aço


forjado. Deve ser montada de
modo que possa girar livremente
e que as forças atuem nos limites
de direção e sentidos indicados.
Use o mesmo diâmetro da
manilha e da argola

GRAMPO : É construído de
laminado de aço, liga especial de
alta resistência. É um meio auxiliar
desenvolvido para o transporte de
chapas ou cargas som superfícies
lisas, sem pontos de fixação de
OPERADOR DE GUINDASTES

outro meio de engate. A aplicação


do grampo para trabalhos com â =
0 º só é permitido para levantar a
chapa da horizontal para vertical.
Quando ao parafuso de fixação,
aperte-o somente com a haste
original.

84
Unidade Jacareí-SP

Anotações
GANCHOS E OLHAIS: Ganchos de olhal providos
de dispositivo para fixação da trava de segurança
(trava opcional) forjados em aço carbono. Carga
de trabalho gravada (estampada) na peça.

TERMINAIS EM AÇO FUNDIDO:


Acabamento: Pintura Preta. Carga de
trabalho gravada na peça.

GANCHO: É forjado de aço-carbono. Deve ser


utilizado sempre com a abertura virada para o
lado interior do enganchamento. Assim,
mesmo que ocorra o afrouxamento do cabo, o
gancho ficará no olhal. Inspecione visualmente
os ganchos. Boca curvada para fora, desgastes
visíveis, pequenas fendas, comprometem
seriamente sua resistência.

CINTOS: São utilizados no transporte e manuseio


de cargas ou materiais acabados. Podem ser de
metal, náilon, couro ou tecido.

CINTAS DE POLIÉSTER: muito empregada em


empresas que movimentam materiais cujos
acessórios não podem causar avarias de nenhum
espécie na carga a ser movimentada. Apresentam
boa resistência, porém não podem ser utilizadas
OPERADOR DE GUINDASTES

em áreas quentes nem com materiais com cantos


vivos.

LINGA, LINGADA ou ESLINGA: denominação dada a todo e


qualquer acessório utilizado para amarrar, prender,
movimentar, içar ou transportar cargas.
85
Unidade Jacareí-SP

Antes de efetuar as amarras das cargas é necessário verificar:


Anotações

__________________
__________________ • Peso da peça ou do material a ser içado;
• A velocidade e distância de deslocamento;
__________________ • A capacidade do gancho;
__________________ • A capacidade dos dispositivos e/ou acessórios de içamento;
• Inspecionar as lingas antes de cada uso (observando se há danos) e
__________________
assegurar que a identificação e a especificação estão corretas (etiqueta do
__________________ produto);
• Inspecionar todos os encaixes e acessórios usados em conjunto com a
linga;
• Nunca utilizar lingas danificadas;
• Verificar a existência de cantos vivos e preparar proteções para evitar
danos à linga;
• Proteger as lingas de bordas cortantes, fricção e abrasão, utilizando-se
reforços e proteções complementares, de modo a garantir a segurança e
vida útil da cinta;
• Conhecer o peso e o centro de gravidade da carga;
• As áreas de movimentação devem propiciar condições de forma que o
trabalho seja realizado com total segurança e serem sinalizadas de forma
adequada, na vertical e no piso;
• Obter catálogos técnicos, para melhorar o entendimento sobre o produto;
• Consultar a empresa fabricante para esclarecimentos adicionais, quando
houver dúvida no procedimento a ser realizado.
• Consultar a tabela de uso de cabos ou cintas para verificar a resistência do
tipo de amarração.
OPERADOR DE GUINDASTES

86
Unidade Jacareí-SP

CAPACIDADE DE CARGA DAS LINGAS

Anotações
Após definir qual tipo de linga iremos utilizar (cabo, corrente, cinta
e combinada) devemos também definir o dimensional das mesmas. A
carga deve ser transportada sem que a linga seja sobrecarregada. A
capacidade inscrita na plaqueta, tabela ou etiqueta define a massa que
pode ser elevada com a linga. Para definir a carga aplicada na linga
devemos saber:

• Se a carga será transportada por uma ou mais pernas perpendiculares.

• Se a carga será transportada por duas ou mais pernas em ângulo.

Princípios básicos:

• Quando a carga é aplicada em uma ou mais pernas perpendiculares e


a carga é aplicada de forma igual sobre as pernas, podemos somar as
capacidades das mesmas.
• Quando a carga não é aplicada igualmente sobre as pernas, devemos
contar com a capacidade de apenas duas.
• Quando a linga forma um ângulo diminuímos a capacidade de cada
perna.
• Quanto maior a angulação, menor a capacidade e, portanto, maior a
linga a ser utilizada. Com o ângulo de trabalho acima de 60º a força
aplicada em uma única perna, excede o peso da carga em si.

Quando for utilizar as cintas de poliéster, certifique-se do estado


geral das cintas, procurando por rasgos, costuras rompidas, desgaste
excessivo de alguma alça bem com prazo de validade.
Poliéster não propaga a combustão, mas queima em contato com a
chama. Porém a combustão se extingue imediatamente assim que se
elimina o contato com a mesma. O ponto de fusão do poliéster é de
260ºC, amolecendo a partir de 235ºC. As temperaturas limites de
utilização estão entre -40ºC e 100ºC.

Veja abaixo a tabela de cores indicativas de capacidade de carga das


cintas de poliéster:
OPERADOR DE GUINDASTES

VIOLETA 1.000 Kg
VERDE 2.000 Kg
AMARELA 3.000 Kg
CINZA 4.000 Kg
VERMELHO 5.000 Kg
MARROM 6.000 Kg
AZUL 8.000 Kg
LARANJA 10.000 Kg 87
Unidade Jacareí-SP

10
UNIDADE
REGRAS DE SEGURANÇA NA
MOVIMENTAÇÃO
Unidade Jacareí-SP

APRESENTAÇÃO

Anotações
Nesta unidade, veremos todos os procedimentos necessários para
realizar uma movimentação de carga de forma segura e eficiente,
evitando acidentes e preservando a nossa segurança e de todos os colegas
de trabalho.

OBJETIVOS

São objetivos desta unidade:


- Apresentar os conceitos sobre movimentação segura de carga;
- Mostrar algumas das etapas necessárias para realizar a pré-
operação, operação e pós operação.

INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO

1 – PRÉ-OPERAÇÃO

Ao amarrar a carga para içamento:

 Mantenha sempre reto os laços ou o conjunto de laços;


 Nunca diminuir os laços com nó;
 Os laços devem ser sempre utilizados com cuidados, a fim de evitar
estrangulamento ou nó, provocando uma torção prejudicial;
 Nunca utilizar lingas retorcidos ou que apresente fios quebrados;
 As cargas de trabalho dos laços são baseadas em diâmetros mínimos de
curvatura de 8 a 10 vezes o diâmetro do cabo. Se esse diâmetro for
menor, deve-se aumentar o fator de segurança;
 Usar proteção nos cantos agudos das peças de forma a evitar danos ou
cortes nas lingas ou dispositivos de içamento;
 Quando utilizar manilhas de união não colocar o pino no lado do cabo e
deixar meia volta de folga na rosca; e
 Procure sempre que possível o centro de gravidade da peça a ser içada.
 Se não for utilizar uma das pernas da linga, acoplá-la ao elo de
sustentação para que não possa se prender a outros objetos ou cargas.
OPERADOR DE GUINDASTE

Quando necessário, pegar a linga por fora e deixar esticar lentamente.


 Avisar a todos os envolvidos no processo de movimentação e a todos
que estiverem nas áreas de risco.

A escolha correta das lingas a serem utilizadas é dada em


função da carga a ser içada. É importante evitar que
materiais com “cantos vivos” sejam içados diretamente por
cabos estropos ou cintas de poliéster, pois o atrito entre as
lingas e o equipamento pode causar danos, tanto nos equipamentos como 91
na carga a ser movimentada.
Unidade Jacareí-SP

Possibilidades de acidentes nunca podem ser descartadas. A linga pode


Anotações

__________________ se soltar do gancho do meio de elevação, ou mesmo o gancho da linga pode


__________________ se soltar da carga. Travas adequadas nos ganchos do meio de elevação e do
travessão impedem que a carga possa se soltar. Uma trava de segurança se
__________________ faz necessária sempre que exista possibilidade de acontecer que a carga se
__________________ solte involuntariamente.
__________________
2 - OPERAÇÃO
__________________
O operador só deve operar o guindaste quando se sentir em boas
condições físicas e emocionais. Deverá comunicar ao seu superior imediato
qualquer indisposição que o impeça de trabalhar corretamente.

"Não esqueça: use o equipamento de segurança e obedeça


as normas de segurança recomendadas para a área em que
trabalha"

 Ao iniciar a movimentação devemos verificar:


• se a carga não se enganchou ou prendeu;
• se a carga está nivelada ou corretamente suspensa;
• se as pernas têm uma carga semelhante.

 Se a carga pender mais para um lado, abaixá-la para prendê-la


corretamente.

 No transporte de cargas assimétricas ou onde haja influência de ventos


deve-se usar um cabo de condução que seja longo o suficiente para que se
fique fora da área de risco.

 Não permaneça embaixo de cargas suspensas.

 Ice a carga (no começo bem devagar, até que sejam tencionados os cabos
e os acessórios) a uma altura conveniente, conforme a sinalização do do
sinalizador. Verifique se a carga está firme, bem presa e equilibrada.

 Uma vez içada a carga, mova-a com movimentos suaves e lentos para
evitar a produção de balanço. Mantenha-se atento durante toda a operação
OPERADOR DE GUINDASTES

e considere sempre a possibilidade de acidentes.

92
Unidade Jacareí-SP

2.1 – TIPOS DE BALANÇO DE CARGA

Anotações
Balanço Pendular
Balanço Circular

Sempre que se movimentam cargas suspensas, existe a possibilidade


de a carga balançar. Esse balanço pose ser muito perigoso, uma vez que
aumenta o peso da carga em relação ao guindaste, podendo provocar
tombamento e quebra de componentes.
Nota-se que, devido à inércia da carga (sua massa) sempre que é
feito ou eliminado qualquer movimento, há a tendência da carga de
permanecer na situação em que se encontrava (parado ou em
movimento).
Logo, se a carga se encontrava em repouso (parada) e o guindaste a
movimenta, a tendência é de que a carga fique recuada em relação à
ponta da lança.

Logo após o inicio do movimento do guindaste, também a carga se


movimenta; e a sua velocidade para frente torna-se maior que a do
guindaste. Temos assim estabelecido o balanço da carga.

OPERADOR DE GUINDASTE

De modo semelhante, se o guindaste se movimenta sem balanço, ao


acionarmos o freio, ou diminuirmos a velocidade de movimento, a
tendência da carga é continuar em seu movimento.

93
Unidade Jacareí-SP

2.2 - ELIMINAÇÃO DO MOVIMENTO PENDULAR:


Anotações

__________________
__________________ Em qualquer situação, para que se diminua ou elimine o balanço, deve-
se fazer com a lança um movimento sempre “a favor” daquele que anima a
__________________ carga.
__________________ Se a carga durante o balanço está atrás da lança, devemos diminuir (ou
frear) o movimento de giro. Se a carga, durante o balanço, está a frente da
__________________
lança, devemos acelerar o seu movimento. ATENÇÃO: Isso deve ser feito
__________________ lentamente e com calma, pois existe o risco de tombamento ou quebra em
caso de movimentos bruscos.
Esta operação deve ser repetida tantas vezes quantas forem
necessárias para a eliminação do balanço.

2.3 - ELIMINAÇÃO DO MOVIMENTO CIRCULAR

O movimento giratório, como já foi dito, é a combinação de dois


movimentos pendulares (balanços).
A sua eliminação segue as mesmas regras de um só movimento
pendular, isto é, primeiro eliminamos um dos movimentos e após o outro.

3 - CUIDADOS GERAIS

 Você é responsável por seu equipamento. Qualquer defeito que tiver


chame a manutenção;
 Respeitar os avisos existentes e seguir as instruções de operação
 Não utilizar a chave fim-de-curso, batentes e pára-choques, a fim de parar
o movimento do guincho.
 Nunca passar com carga sobre as pessoas, evitar a passagem sobre
máquinas ou equipamentos;
 A calma é imprescindível para a realização de trabalhos com segurança.
 Evitar velocidades exageradas;
 Acompanhar as inspeções e manutenção mecânicas e elétricas (corretiva
ou preventiva) indicando as deficiências ao pessoal da manutenção;
 Todos os acessórios de elevação e transporte, bem como toda e qualquer
carga, devem ser içados a uma altura segura para depois serem
movimentados;
 Não permitir que alguém viaje na carga;
 Nunca suspender um feixe de barras pelas amarras, elas não tem
OPERADOR DE GUINDASTES

resistência para suportar o peso do feixe;


 Ao depositar cargas, fazê-lo pensando na necessidade de nova
movimentação, para isso deve haver fácil acesso para o re-acoplamento da
carga;
 Nunca obstruir os acessos a extintores de incêndio, telefone de
emergência, etc., depositando cargas nestes locais;
 Quando sem carga, recolher os cabos, abaixar a lança e colocá-la no
berço.
94
Unidade Jacareí-SP

 Verifique a área de operação (de frente, de traz, de lado) o peso da

Anotações
carga, o Raio (R) da carga e consulte a tabela de carga na cabine do
guindaste e certifique-se que a capacidade limite não foi atingida
 Verifique se o guindaste está nivelado, se os estabilizadores estão
totalmente apoiados sobre superfície sólida, freios ajustados, lingada bem
enlaçada ao gancho.
 Verifique todos os dispositivos limitadores de segurança e freio de
guincho, giro, calçamento das rodas ou estabilidade das patolas
 Verifique se o espaçamento das secções da lança está igualmente
estendido.
 Levante a carga suavemente do solo e certifique-se novamente da
estabilidade do guindaste antes de continuar com o levantamento
 Suspenda qualquer operação com o guindaste sempre que fatores
adversos como chuva, ventos fortes, falta de visibilidade, tornarem a
operação insegura.

 Nunca faça “teste” de


estabilidade para verificar a
capacidade de levantamento

 Nunca cause choque do moitão


com a lança. Este choque pode
romper o cabo do guincho e fazer
cair a carga. Tenha muito cuidado
ao estender a lança, ao abaixar a
lança e ao elevar a carga

 Nunca provoque esforço lateral.


A lança do guindaste não foi
OPERADOR DE GUINDASTE

projetada para sofrer esforço


lateral. A carga sempre dever estar
na vertical do cabo do gancho ou
do moitão

95
Anotações Unidade Jacareí-SP

__________________  Nunca pule da máquina ao sair,


__________________ exceto se a máquina tiver tocado
rede elétrica. Neste caso, pule
__________________ bem longe da máquina com os
__________________ dois pés juntos cuidando para não
se desequilibrar
__________________
__________________

 Nunca saia da máquina com a


carga suspensa. Se tiver que sair,
apoie a carga no solo e desligue o
motor

 Nunca empilhe ou estoque


materiais sob rede elétrica ou
próximo a equipamentos
energizados

 Não opere o guindaste com velocidades de vento acima de 48 Km/h ou


condições pré-estabelecidas no plano de rigging.
OPERADOR DE GUINDASTES

96
Unidade Jacareí-SP

11
UNIDADE
UNIDADES DE MEDIDA
Unidade Jacareí-SP

Anotações
CONVERTER MULTIPLICAR
MEDIDA SIMBOLO
PARA POR
in cm 2,54
(polegadas) (centímetro)
ft m 0,3048
(pés) (metro)
km mi 0,6214
(quilometro) (milha terrestre)
km nmi 0,5396
(quilometro) (milha náutica)
COMPRIMENTO
m ft 3,281
(metro) (pés)
m yd 1,094
(metro) (jardas)
yd m 0,9144
(jardas) (metro)
yd ft 3
(jardas) (pés)

CONVERTER MULTIPLICAR
MEDIDA SIMBOLO
PARA POR
cm sq in 0,1550
(centímetro (polegada quadrada)
quadrado)
km sq mi 0,3861
(quilometro (milhas quadrada)
quadrado)
sq ft m2 0,09290
(pés quadrado) (metro quadrado)

ÁREA sq in cm2 6,452


(polegada quadrada) (centímetro
quadrado)
sq mi km2 2,590
(milhas quadrada) (quilometro
quadrado)
sq yd sq ft 9,0
(jarda quadrada) (pés quadrado)
sq yd m 0,8361
(jarda quadrada) (metro quadrado)

CONVERTER MULTIPLICAR
MEDIDA SIMBOLO
PARA POR
cu ft l 28,32
(pés cúbicos) (litros)
gal l 3,785
(galão EUA) (litros)
l cu ft 0,03531
OPERADOR DE GUINDASTE

(litros) (pés cúbico)


l cu in 61,02
(litros) (polegada cúbica)

VOLUME l m3 0,001
(litros) (metro cúbico)
l gal 0,2642
(litros) (galão EUA)
l pint 2,113
(litros) (pintos)
fl oz l 0,02957
(onças fluídas) (litros)
pint l 0,4732 99
(pintos) (litros)
Anotações Unidade Jacareí-SP

__________________ CONVERTER MULTIPLICAR


MEDIDA SIMBOLO
PARA POR
__________________
ft/s m/s 0,3048
(pés por segundo) (metros por
__________________ segundo)
km/h mph 0,6214
__________________ (quilometro por hora) (milhas por hora)
VELOCIDADE kt km/h 1,8532
__________________ (nós) (quilometro por
hora)
__________________ mph km/h 1,609
(milhas por hora) (quilometro por
hora)

CONVERTER MULTIPLICAR
MEDIDA SIMBOLO
PARA POR
kg lb 2,205
(quilograma) (libras)
lb oz 16
(libras) (onças)
lb kg 0,4536
(libras) (quilograma)
MASSA
& oz lb 0,0625
(onças) (libras)
PESO
oz g 28,349527
(onças) (grama)
qtr l 0,9463
(quartos) (litros)
qtr gal 0,25
(quartos) (galão EUA)
OPERADOR DE GUINDASTES

100
Unidade Jacareí-SP

12
UNIDADE
ESTUDO DE RIGGING
Unidade Jacareí-SP

APRESENTAÇÃO

Anotações
Nesta unidade do curso, você aprenderá algumas das atividades
necessárias para realizar o estudo de rigging. Este estudo deve ser
realizado antes de qualquer movimentação de carga utilizando guindastes,
garantindo a segurança durante a operação bem como a qualidade do
serviço prestado.

OBJETIVOS

São objetivos desta unidade:


- Apresentar os conceitos sobre o estudo de rigging;
- Mostrar algumas das etapas necessárias para o estudo de rigging.

INTRODUÇÃO

A atividade relacionada à movimentação de cargas muitas vezes


exige a utilização de guindastes. A operação desse equipamento requer
estudos prévios para garantir que o içamento e movimentação das cargas
sejam realizados com segurança para a carga, para o operador e para os
demais trabalhadores do ambiente de operação. Um planejamento deve
ser desenvolvido previamente, antes de qualquer movimentação, e é
chamado de estudo de rigging.

DESENVOLVIMENTO

1. Estudo de Rigging

Estudo de Rigging corresponde ao conjunto de estudos


necessários para o planejamento da operação de içamento e
movimentação de carga. Tal atividade é desenvolvida por
profissionais qualificados, denominados RIGGER.

O profissional que realiza a operação de içamento e movimentação de


carga deve atender a alguns pré-requisitos mínimos. Vamos conhecer
alguns desses pré-requisitos buscados pelo mercado, sendo eles:
OPERADOR DE GUINDASTE

• No mínimo o Ensino Médio Completo;


• Desejável: engenheiro mecânico ou engenheiro operacional;
• Prática em cálculos numéricos (matemática, geometria,
trigonometria);
• Conhecimento de desenho técnico (mecânico, estrutura, civil,
instalações);
• Prática em leitura de manuais técnicos, principalmente de
guindastes. 103
Unidade Jacareí-SP

Agora vamos conhecer algumas das atribuições de um RIGGER:


Anotações

__________________ • Selecionar os equipamentos do guindaste;


__________________ • Planejar a operação;
• Configurar o guindaste;
__________________
• Elaborar plano de “rigging”;
__________________ • Compor a carga bruta;
__________________ • Calcular as amarrações;
• Especificar acessórios de amarração.
__________________
O conjunto de ações necessárias dentro de um estudo de
rigging faz parte de um documento conhecido como “Plano de
Rigging” ou “Plano de Movimentação de Cargas”. Esse plano
visa determinar o procedimento pelo qual se dará a
movimentação da carga.

O Plano de Rigging pode ser desenvolvido a partir de uma série de


questões, que respondidas adequadamente indicarão o caminho mais
propício a uma movimentação eficaz e segura. As principais questões são:
• Qual o peso da carga a ser içada?
• Quais são suas dimensões?
• A carga possui pontos de pega para o içamento?
• Qual o posicionamento da carga a ser içada em relação guindaste?
• Em que ambiente será feito o içamento e a movimentação da carga?
• Existem interferências entre a carga a ser içada e seu local de
descarregamento?

2. Etapas do Estudo de Rigging

O estudo de rigging se assemelha à fase de planejamento de uma obra.


Dessa forma, esse estudo contém uma série de etapas a serem
desenvolvidas que buscam otimizar custo e tempo nas atividades de
içamento de materiais. Vamos identificar as principais etapas que um plano
de Rigging apresenta.

2.1. Coleta de dados do projeto

A coleta de dados corresponde à primeira etapa do estudo de rigging. É


essa etapa que dá ao operador de guindastes subsídios para a escolha dos
OPERADOR DE GUINDASTES

equipamentos mais adequados a serem utilizados.

a) Estudo de carga

No estudo de carga é realizada uma análise dos tipos de carga a serem


operadas, bem como seu peso e dimensões. Desta maneira busca-se
conhecer, através de séries histórias, informações com relação à carga de
104
maior peso a ser movimentada, bem como a de maior dimensão.
Unidade Jacareí-SP

b) Estudo de movimentação e içamento de carga

Anotações
O operador de guindaste deve conhecer o local onde ocorrerá a
movimentação da carga.
Esta etapa é extremamente importante, pois é nela que se avalia a
existência de espaço suficiente para manobra da carga, tanto na posição
horizontal e como na posição vertical. Ou seja, o operador deve
determinar o quanto de distância, altura e área de manobra ele dispõem
no local de movimentação das cargas.

2.2. Análise mecânica do equipamento

A segunda etapa do estudo de rigging corresponde à análise dos


equipamentos e acessórios dos guindastes disponíveis e que se
enquadram dentro das restrições já determinadas na etapa anterior.
Abaixo estão listadas algumas características que devem ser
consideradas no estudo dos equipamentos:
• Os equipamentos e acessórios devem ter peso próprio compatível
com o guindaste em que serão acoplados;
• Os equipamentos e acessórios devem ter dimensões tais que
permitam uma confortável movimentação dentro do espaço
destinado à movimentação;
• Os raios de manobra devem ser coerentes com os exigidos quando
o equipamento for solicitado para içamento da carga;
Os equipamentos e acessórios devem ser compatíveis com a máxima
carga a ser movimentada, bem como com as suas dimensões e
características.

2.3. Definição do equipamento a ser utilizado

A escolha do tipo de guindaste a ser instalada em cada situação deve


atender a uma série de requisitos básicos, além de demandar atenção
especial a pequenos detalhes.
Definido o tipo de guindaste para o içamento e movimentação das
cargas, deve-se determinar a capacidade de carga limite aplicada a todo o
equipamento, ou seja, a maior capacidade de carga a que o guindaste
estará submetido quando estiver operando na situação mais desfavorável
prevista pelo plano de içamento e movimentação de carga. Esta definição
OPERADOR DE GUINDASTE

deve estar dentro dos padrões de segurança. Seguir estas recomendações


garante segurança ao operador, à carga e ao próprio equipamento.

105
Unidade Jacareí-SP

13
UNIDADE
SINALIZAÇÃO
NBR 11436
Unidade Jacareí-SP

1.-IÇAR: 2.- ABAIXAR: 3.- LEVANTAR A LANÇA: 4.- BAIXAR A LANÇA:


Com o antebraço na vertical e o dedo Com o braço esticado para baixo, Braço esticado, dedos fechados, Braço esticado, dedos
indicador para cima, mova a mão em dedo indicador apontado para polegar apontando para cima. fechados, polegar apontando
pequenos círculos horizontais. baixo, mova a mão em pequenos para baixo.
círculos horizontais.

5.- PARE: 6.- PARADA DE EMERGÊNCIA: 7.- DESLOCAMENTO DA 8.- TRAVAR TUDO:
Braço esticado, palma da mão para Braço esticado, palma para baixo, MÁQUINA: Junte as duas mãos em frente
baixo, mantendo esta posição firme. mova a mão rapidamente para Braço esticado para frente, mão do corpo.
direita e esquerda. aberta e erguida, faça movimento
de empurrar na direção do
deslocamento.

9.- MOVIMENTO LENTO: 10.- LEVANTAR A LANÇA / 11.- BAIXAR A LANÇA / 12.- GIRAR A LANÇA:
Use uma das mãos para dar o sinal do BAIXAR A CARGA: LEVANTAR A CARGA: Braço esticado, aponte com o
movimento desejado, e coloque a mão Com o braço esticado, polegar para Com o braço esticado, polegar dedo a direção do giro da
parada em frente da outra. O desenho cima, flexione os dedos (abrindo e para baixo, abra e feche os lança.
mostra "Içar lentamente". fechando) enquanto durar o dedos enquanto durar o
movimento de carga. movimento de carga.

16.-
13.- ACIONE UMA ESTEIRA: 14.- ACIONE AMBAS ESTEIRAS: 15.- ESTENDER A LANÇA: RECOLHER A LANÇA:
Travar a esteira no lado indicado pelo Use os dois punhos em frente ao Ambos os punhos em frente ao Ambos os punhos em frente
punho erguido. Acione a esteira oposta corpo, fazendo um movimento corpo, com o polegar apontando ao corpo, com um polegar
na direção indicada pelo movimento circular, indicando a direção do para fora. apontando para outro.
circular do outro punho, que gira movimento para frente ou para trás.
verticalmente em frente ao corpo.

20.-
17.- USE O GUINCHO PRINCIPAL: 18.- USE O GUINCHO AUXILIAR: 19.- ESTENDER A LANÇA: RECOLHER A LANÇA:
Coloque o punho na cabeça e use os Ponha a mão no cotovelo e use os Um punho em frente ao peito, Um punho enfrente ao peito,
outros sinais. outros sinais. com o polegar apontando o peito. com o polegar apontando para
fora.
Unidade Jacareí-SP

14
UNIDADE
ATENDIMENTO AO
CLIENTE
Unidade Jacareí-SP

 Qualidade é o que alguém faz ao longo de um processo para garantir


Anotações

__________________ que o cliente obtenha exatamente aquilo que deseja em termos de


__________________ características, custo e atendimento.

__________________  Qualidade no serviço é a capacidade de atender ao cliente, causando


__________________ a este um sentimento de satisfação com aquilo que adquiriu.
__________________
 Produto é aquele que possui características de mensuração, ou seja,
__________________ pode ser contado ou medido (carros, frutas, televisores, etc).

 Serviço é aquele que não tem características de mensuração. Nele


não está claramente definido um produto posterior com o qual o
cliente se satisfará.

O cliente percebe a qualidade do serviço como sendo superior ou


inferior, dependendo de sua experiência, logo, a qualidade de um serviço
somente é melhor quando o cliente sente que o serviço é melhor.
Toda empresa ou organização que presta serviços deve se assegurar
de que a qualidade dos serviços satisfaça constantemente as exigências
daquele segmento de mercado para o qual ela direciona seus esforços.
O bom atendimento é medido pelo sentimento que fica. O sentimento de ter
sido bem ou mal atendido, onde o mau atendimento, sempre gera
aborrecimentos e/ou prejuízos ao cliente.
Devemos lembrar que o aborrecimento é um sentimento de irritação
que o cliente tem quando o atendimento fica abaixo de suas expectativas. Já
o prejuízo gera um sentimento de ira, frustração ou contrariedade, pois
certamente será também prejudicado em outros aspectos de sua vida.
Para a melhoria do atendimento ao cliente, inicialmente é importante que
você conheça, no mínimo, as expectativas do seu cliente quanto à característica
final do serviço, disponibilidade de tempo e estimativa de gasto.
Diligência é a virtude humana de seguir um objetivo de vida, conquista ou
qualquer tipo de princípio por meios convencionais até chegar ao fim do objetivo.
Pratique segurança e seja diligente no seu trabalho, assim será sempre um
bom profissional!

1. Seja cortês com seu cliente


2. Ouça seu cliente por inteiro
3. Respeite igualmente a qualquer cliente
OPERADOR DE GUINDASTES

4. Seja bem humorado


5. Atenda as solicitações do seu cliente
6. Esclareça com atenção e interesse a todas as dúvidas do seu
cliente
7. Apresente solução a possíveis problemas que venham surgir
durante a execução do serviço

113
Unidade Jacareí-SP

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATENEW (2007). Curso de Rigger. Escola Técnica Atenew – Instituto Opus, 2007.

AZEVEDO, V. S. e JUNIOR, C. B. (2006). Logística de Montagem de Estruturas Metálicas em


Centros Urbanos com o Uso de Guindastes. Engenharia Civil – PGECIV, UERJ

MARCHIORI, A. (2006). Equipamentos de Elevação e Transporte. International Paper do Brasil


Ltda, 2006.

METÁLICA (2008), Fatores de conversão de unidades. Página da Web


<http://www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/pg_dinamica.php?id_pag=43> acessada em
20/11/2008

METÁLICA (2008), Sinalização Manual para Orientar o Operador de Guindastes. Página da


Web <http://www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/pg_dinamica.php?id_pag=184> acessada
em 20/11/2008

MTE (2008) – Classificação Brasileira de Ocupações – CBO. Ministério do Trabalho e


Emprego. Página da Web
<http://www.mtecbo.gov.br/busca/conversaoDireta.asp?codigo=7821> acessada em
20.11.2008

NEBRASCO (2008). Um pouco sobre guindastes. Página da Web <


http://www.nebrasco.com.br/nebrasco/conheca.htm> acessada em 10/12/2008

PORTE GENTE (2008). Guindastes. Página da Web


<http://www.portogente.com.br/portopedia/texto.php?cod=186> acessada em
10/12/2008
APOSTILA DE GUINDASTE SEST SENAT 2009

APOSTILA DE PONTE ROLANTE SEST SENAT 2006

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