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Atenuação
Figura 1. Atenuação.
A atenuação mede-se através da relação entre a potência do sinal em dois pontos ao longo do
meio de transmissão e é, normalmente, expressa em decibéis por unidade de comprimento
(ex: 5 dB/km). Dada a potência emitida, Pe, e a atenuação do meio de transmissão por unidade
de comprimento, At, a potência, Po, ao fim de L metros é dada por:
Distorção
A distorção consiste numa alteração da forma do sinal durante a sua propagação desde o
emissor até ao receptor. A distorção pode resultar do comportamento não-linear de alguns
dos componentes que compõem o percurso do sinal ou pela simples resposta em frequência
do meio de transmissão. Na Figura 2 é apresentado um exemplo da distorção sofrida por um
sinal digital.
Figura 2. Distorção.
Interferência
Ruído
O ruído consiste numa alteração de alguma das características do sinal transmitido por efeito
de um outro sinal exterior ao sistema de transmissão, ou gerado pelo próprio sistemas de
transmissão. Ao contrário da interferência, estes sinais indesejados são de natureza aleatória,
não sendo possível prevêr o seu valor num instante de tempo futuro.
Em muitos casos, o ruído é produzido pelos próprios equipamentos activos utilizados para
implementar os sistemas de transmissão, tais como os amplificadores utilizados nos
receptores e repetidores. Estes dispositivos produzem ruído, de origem térmica e de origem
quântica, o qual passa a ser processado juntamente com o sinal desejado nos andares
subsequentes.
O ruído pode ser aditivo (soma-se ao sinal) ou multiplicativo (o sinal resultante é o produto do
sinal transmitido pelo ruído).
Uma vez que o ruído é um processo aleatório, este deve ser descrito e tratado com recurso a
métodos estatísticos. O ruído diz-se branco quando a sua densidade espectral de potência
média é constante a todas as frequências; diz-se colorido no caso contrário. As características
do ruído são ainda descritas através da função densidade de probabilidade da sua amplitude.
Diz-se então que o ruído segue uma distribuição Normal (Gaussiana), de Poisson, etc.
Uma das formas de ruído mais utilizadas para modelar este aspecto de um sistema de
transmissão é o Ruído Branco Aditivo e Gaussiano (AWGN – Additive White Gaussian Noise).
Dispersão multi-percurso
Em alguns sistemas de transmissão, a propagação dos sinais entre o emissor e o receptor faz-
se por vários percursos simultâneos, tal como acontece na fibra óptica multi-modo
representada na Figura 5.
Uma vez que as diferentes partes da energia do sinal emitido se propagam por caminhos com
um comprimento total diferente uns dos outros, as diferentes partes do sinal atingem o
receptor em instantes de tempo diferentes. O sinal recebido é assim uma soma das diferentes
componentes que percorreram percursos diferentes. O resultado é um “espalhamento” no
tempo da energia do sinal. A este fenómeno chama-se dispersão. Os efeitos da dispersão são
semelhantes aos produzidos pelas limitações de largura de banda do meio de transmissão,
resultando em interferência-entre-símbolos.
Esvanecimento multi-percurso
Nos sistemas de transmissão por rádio, a propagação multi-percurso provoca um outro efeito
indesejado designado por esvanecimento multi-percurso (multipath fading). Um exemplo
deste efeito está representado na Figura 6.
Neste sistema de transmissão a propagação do sinal faz-se por múltiplos percursos com
comprimentos diferentes. O sinal que atinge o receptor é a soma de todos os sinais que
percorreram os diferentes percursos. Uma vez que o comprimento dos diferentes percursos é
diferente, os vários sinais podem ou não estar em fase: os que estiverem em fase somam-se
construtivamente, os que estiverem em oposição de fase somam-se destrutivamente. O
resultado é um sinal cuja amplitude depende dos vários percursos que as diferentes partes do
sinal percorreram. Se a posição do receptor se alterar relativamente à posição do receptor,
como acontece nos sistemas móveis, a amplitude do sinal recebido irá variar.