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DE CURITIBA (PR)
( Lei nº. 9.278/96, art. 9º)
contra JOÃO DOS SANTOS , solteiro, bancário, residente e domiciliado na Rua Y, nº.
0000, em Curitiba(PR) – CEP 11222-44, inscrito no CPF(MF) sob o nº. 444.333.222-11,
pelas seguintes razões de fato e de direito.
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1 – QUADRO FÁTICO
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Outrora esse tema fora alvo de acalorados debates.
Atualmente, todavia, pacificou-se essa questão. Sobremaneira em razão do julgamento
da ADPF nº. 132 e da ADI nº. 4.277 , o embate restou sufragado pelo Supremo
Tribunal Federal. Essa Corte reconheceu a união estável homoafetiva como entidade
familiar, com o mesmo tratamento dado à união estável tratada na legislação
constitucional e infraconstitucional.
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conceito de união estável. “( Manual do direito homoafetivo.
homoafetivo. Coord. Carolina
Valença Ferraz [et tal]. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 143-144)
( não existem os destaques no texto original)
original)
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação de reconhecimento e dissolução de união estável homoafetiva c/c
partilha de bens. Recurso da ré. A) impossibilidade da união estável entre
pessoas do mesmo sexo. Insubsistência. Julgamento conjunto de adi n. 4277 e
adpf n. 132 pelo Supremo Tribunal Federal. Argumento rechaçado. "[... ] ante a
possibilidade de interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório
do art. 1.723 do Código Civil, não resolúvel à luz dele próprio, faz-se necessária
a utilização da técnica de "interpretação conforme à constituição". Isso para
excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça o
reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do
mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as
mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável
heteroafetiva. (STF, adi n. 4277, Rel. Min. Ayres brito, j. Em j. 05.05.2011).
Inexistência de união estável. Mero relacionamento de amizade e
envolvimento sexual. Prova amealhada robusta no sentido da convivência
pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituir família entre as
partes. Reclamo impróspero no tema. B) partilha. Exclusão de imóvel.
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Aventada aquisição com recursos exclusivos da ré. Bem adquirido na
constância da união estável. Esforço comum das conviventes. Presunção não
derruída pela demandada. Ônus probatório do art. 333, II, CPC. Pleito
desacolhido. O esforço comum na aquisição de bens, a título oneroso, na
constância da união estável é presumido, cabendo ao interessado comprovar o
contrário. Prequestionamento. Dispensabilidade ante a suficiência da
fundamentação. Recurso conhecido e desprovido. (TJSC; AC 2013.071010-1;
Blumenau; Primeira Câmara de Direito Civil; Rel. Des. Subst. Gerson Cherem II;
Julg. 13/08/2015; DJSC 01/09/2015; Pág. 114)
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No mais, em que pese a legislação não exigir qualquer
período mínimo de convivência, verifica-se que essa fora estável , com duração
prolongada de quase cinco anos de relacionamento, período efetivamente
comprometido para a estabilidade familiar.
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É necessário não perder de vista a posição da
jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação de reconhecimento de e dissolução de união estável homoafetiva.
Sentença procedente. É reconhecida a união estável quando comprovada a
existência de convivência pública, contínua, duradoura e estabelecida com
objetivo de constituir entidade familiar. Alegada insuficiência de provas.
Inocorrência. Preenchidos os requisitos elencados no artigo 1.723 do Código
Civil. Partilha de bens adquiridos na constância da união. Regime de bens.
Comunhão parcial (art. 1.725, cc). Sentença mantida. Recurso improvido.
Decisão unânime. (TJPE; APL 0020591-49.2011.8.17.0001; Sexta Câmara Cível;
Rel. Des. José Carlos Patriota Malta; Julg. 09/06/2015; DJEPE 01/07/2015)
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(TJGO; AC 0267981-89.2010.8.09.0162; Valparaíso de Goiás; Quarta Câmara
Cível; Rel. Des. Sebastião Luiz Fleury; DJGO 21/05/2014; Pág. 327)
CÓDIGO CIVIL
Art. 1.725 – Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros,
aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime de comunhão
parcial de bens.
bens.
CÓDIGO CIVIL
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Art. 1.724 – As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos
deveres de lealdade, respeito e assistência,
assistência, e de guarda, sustento e educação
dos filhos.
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respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos’ ”( In, Curso
de Direito Civil.
Civil. 4ª Ed. Bahia: JusPodvim, 2012. Pág. 532)
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e companheiros.” ( In, Instituições de Direito Civil.
Civil. 20ª Ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2012, vol. 5. Pág. 586)
CÓDIGO CIVIL
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Art. 1.694 – Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos
outros alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua
condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
Art. 1.695 - São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens
suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele,
de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu
sustento.
Nesse sentido:
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1. A obrigação de prestar alimentos entre cônjuges nasce do dever de mútua
assistência disposto no art. 1.566, III do Código Civil, sendo devidos quando um
deles necessitar para viver de forma compatível com a sua condição social. 2.
Embora exista o dever de mútua assistência entre os cônjuges, amparado no
art. 1.694 do Código Civil, ele deve ser analisado com cautela, a depender das
circunstâncias de cada caso e da capacidade pessoal das partes. 3. Com efeito,
fundamentado no princípio da solidariedade familiar, o dever de prestar
alimentos entre cônjuges e companheiros revestese de caráter assistencial, em
razão do vínculo conjugal ou de união estável que um dia uniu o casal, não
obstante o rompimento do convívio, encontrando-se subjacente o dever legal
de mútua assistência (...) (stj, terceira turma, RESP 995.538/ac, Rel. Ministra
nancy andrighi, julgado em 4/3/2010, dje de 17/3/2010). 4. Diferentemente
dos alimentos decorrentes do poder familiar, em que a presunção de
necessidade apresenta-se latente, exige-se, no caso, a efetiva prova do binômio
necessidade/capacidade. 5. Para que haja modificação dos alimentos,
necessária a prova da alteração financeira do alimentante ou da alimentanda.
7. Apelo improvido. (TJPE; APL 0012411-10.2012.8.17.0001; Quarta Câmara
Cível; Rel. Juiz Conv. Silvio Romero Beltrão; Julg. 01/10/2015; DJEPE
09/10/2015)
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1. Fundamentado no princípio da solidariedade familiar, o dever de prestar
alimentos entre cônjuges e companheiros reveste-se de caráter assistencial,
em razão do vínculo conjugal ou de união estável que um dia uniu o casal, não
obstante o rompimento do convívio, encontrando-se subjacente o dever legal
de mútua assistência (...) (stj, terceira turma, RESP 995.538/ac, Rel. Ministra
nancy andrighi, julgado em 4/3/2010, dje de 17/3/2010). 2. A fixação de seu
valor deverá observar as necessidades de quem os reclama, na proporção da
capacidade econômica de quem os presta. 3. No caso concreto, apesar
demonstrada a necessidade dos alimentos, não há nos autos elementos que
justifiquem a sua fixação em 30% (trinta por cento) do salário bruto do
agravante. A verba foi, assim, reduzida para o equivalente a 20% (vinte por
cento) dos rendimentos brutos do alimentante. 4. A seu turno, o agravante não
comprovou incapacidade econômica para prestar os alimentos, o que
desautoriza a pretensão de exoneração. 5. Agravo parcialmente provido para,
em atenção à regra inscrita nos arts. 1.694 e 1.695 do Código Civil, reduzir os
alimentos provisórios para o equivalente a 20% (vinte por cento) dos
rendimentos brutos do agravante. Valor considerado razoável ante os recursos
da pessoa obrigada. (TJPE; AI 0008544-07.2015.8.17.0000; Quarta Câmara
Cível; Rel. Juiz Conv. Silvio Romero Beltrão; Julg. 01/10/2015; DJEPE
09/10/2015)
LEI DE ALIMENTOS
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Art. 4º - Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a
serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles
não necessita.
5 – PEDIDOS E REQUERIMENTOS
POSTO ISSO,
como últimos requerimentos desta Ação de Reconhecimento e Dissolução de União
Estável, o Autor requer que Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes
providências:
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( iii ) seja o Réu condenado a pagar,
a título de compensação pela fruição
exclusiva dos bens comuns, o
equivalente ao do valor de mercado do
aluguel do imóvel ocupada
exclusivamente pelo mesmo, a contar
do rompimento da relação ou,
sucessivamente, a partir do ato
citatório. Subsidiariamente (CPC,
art. 289), sejam esses valores
compensados com eventuais quantias
que sejam devidas pelo Promovente ao
Promovido;
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podendo arcar com as despesas
processuais nesta pendenga judicial;
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Curitiba(PR), 00 de outubro do ano de 0000.
Beltrano de tal
Advogado – OAB(PR) 112233
ROL DE TESTEMUNHAS
Data Supra.
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