Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Maio
2018
Conteúdo
1 Experimento 1 1
2 Experimento 2 8
2.1 Modelo de Clarke/Gans . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2 Modelo de Jakes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3 Implementação do modelo de Clarke/Gans no MATLAB . . . 10
2.4 Implementação do modelo de Jakes no MATLAB . . . . . . . 13
2.5 Plotagem dos modelos de Clarke/Gans e Jakes no mesmo gráfico 15
2.6 Perguntas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3 Experimento 3 17
4 Referências 21
1 Experimento 1
As simulações foram realizadas no software MATLAB. Foi fornecido o
arquivo Prx 2018 1.mat para as plotagens apresentadas nas figuras a seguir.
Na Figura 1, podem ser observadas no mesmo gráfico as curvas referentes a
potência recebida completa vs distância, a potência recebida sujeita somente
ao pathloss vs distância, a potência recebida somente sujeita ao pathloss e
ao sombreamento vs distância.
1
Após isto, foi utilizado um filtro média móvel para separar o desvane-
cimento de larga escala, o qual é constituı́do pela soma do pathloss com o
shadowing, do desvanecimento de pequena escala. Considerando uma janela
de tamanho W amostras, se esta for escolhida de forma adequada, a saı́da do
filtro é uma boa estimativa do desvanecimento de larga escala. Para realizar
as estimativas referentes ao sinal estimado da potência recebida completa
vs distância, da potência recebida sujeita somente ao pathloss vs distância
e da potência recebida somente sujeita ao pathloss e ao sombreamento vs
distância, foi utilizada a equação 2:
d
P athloss = P 0 + 10nlog (2)
d0
Em que, n é o expoente de perda de percurso (o qual foi estimado no
código desenvolvido no MATLAB e é mostrado na Tabela 1), P0 = 0 dBm,
é a potência recebida a uma distância de referência d0 = 5m e d a distância
entre o transmissor e o ponto de medição. Para estimação do n foi realizada
uma regressão linear da potência recebida para desta forma seu respectivo
valor e os demais valores serem estimados. Na Figura 2, podem ser observa-
das as plotagens referentes ao sinal estimado da potência recebida completa
vs distância, da potência recebida sujeita somente ao pathloss vs distância
e da potência recebida somente sujeita ao pathloss e ao sombreamento vs
distância, utilizando W = 100.
2
Figura 2: Potência recebida completa vs distância, potência recebida su-
jeita somente ao pathloss vs distância e potência recebida somente sujeita ao
pathloss e ao sombreamento vs distância, utilizando W = 100.
3
Figura 3: Perda de percurso original vs distância e perda de percurso esti-
mada vs distância, para W = 100.
4
Figura 4: Sombreamento original vs distância e sombreamento estimado vs
distância, para W = 100.
5
Tabela 1: Desvio padrão do sombreamento estimado, da média do sombrea-
mento estimado, do expoente de perda de percurso estimado e do erro médio
quadrático do sombreamento estimado referentes a W = 10, 50, 100, 150 e
200.
Erro médio
Desvio padrão
Média do Expoente de perda quadrático
do
Janela sombreamento de percurso do
sombreamento
estimado estimado sombreamento
estimado
estimado
W=10 5,9418 2.0049e-14 3,9144 1,3420
W=50 5,7301 -8,7372e-15 3,9144 0,4451
W=100 5,3966 1,3267e-14 3,9144 1,0073
W=150 5,002 3.2336e-15 3,9144 2,7963
W=200 4,6289 -2.0562e-15 3,9144 5,7784
6
Figura 5: Potência recebida completa vs distância, potência recebida su-
jeita somente ao pathloss vs distância e potência recebida somente sujeita ao
pathloss e ao sombreamento vs distância. W = 5.
7
2 Experimento 2
2.1 Modelo de Clarke/Gans
O modelo de Clarke, o qual foi proposto em 1968 em um artigo com o
tı́tulo A Statistical T heory of M obile−Radio Reception, desenvolveu um
modelo em que as caracterı́sticas estatı́sticas dos campos eletromagnéticos na
recepção do sinal de rádio frequência de um veı́culo móvel são deduzidas de
um modelo de propagação por espalhamento. Além disso, o modelo considera
um transmissor fixo com uma antena polarizada verticalmente e assume que
o campo incidente na antena receptora móvel é composto de ondas planas
azimutais com as fases da portadora aleatórias, com ângulos de chegada
azimutais aleatórios e cada onda tendo amplitude média igual [1], [2], [3].
Para exemplificar, observe a ilustração mostrada na Figura 6.
Fonte: [1].
8
v
fn =
Cos(α) (3)
λ
Em 1972, Michael Gans, no artigo intitulado A P ower−Spectral T heory
of P ropagation in the M obile−Radio Environment [3], desenvolveu uma
análise de espectro para o modelo de Clarke. Considerando um canal espa-
lhado de I caminhos de propagação diferentes com desvios Doppler diferentes,
o sinal em banda passante pode ser escrito como mostrado na equação (4)
[1], [3]:
I
X
0
y (t) = Ci e2jπ(fc +fi )(t−ti ) = Re[y(t)ej2πfc t ] (4)
k=1
9
Figura 7: Implementação do modelo de Jakes
Fonte: [4].
10
e na Figura 8.c) para uma velocidade de 120 km/h.
11
Conforme se pode observar nos gráficos apresentados na Figura 8.a), b)
e c), quanto maior a velocidade, maior o efeito Doppler e consequentemente
maior a variabilidade do canal. Para menores velocidades, o desvanecimento
ocorre de forma mais gradual, enquanto que para maiores velocidades, o
desvanecimento acontece de forma mais rápida. Portanto, para a velocidade
de 3 km/h, o desvanecimento do canal ocorreu de forma mais lenta do que
para as velocidades de 60 e 120 km/h.
Quanto ao gráfico do histograma de fase, este é uma função densidade de
probabilidade (PDF) constante, já que o modelo gera sinais com fases unifor-
memente distribuı́das no intervalo entre 0 e 2π. O histograma de magnitude
segue uma PDF do tipo Rayleigh, pois é um canal sem visada direta [4].
Foi necessário um ajuste na frequência de amostragem, já que sem este
ajuste, os valores referentes ao modelo clássico estavam diferindo considera-
velmente em relação ao simulado, tanto no gráfico da autocorrelação quanto
do espectro Doppler. Para o ajuste, foi considerada a equação 6, a qual foi
adaptada de [6] e é mostrada em a seguir:
2fc
fn = (6)
n
Em que n é um valor inteiro, e fc a frequência da portadora (1900 MHz).
Foram testados diferentes valores de n, até se obter gráficos cujos valores
clássicos e simulados fossem bastante próximos. A autocorrelação pode ser
interpretada como “o quanto um sinal se parece com ele mesmo”, por isso,
a importância dos gráficos do modelo clássico e do modelo estimado serem
bastante próximos, pois isto implica em menos espalhamento Doppler. Os
valores de n utilizados foram 380000, 38000 e 19000, para as velocidades de
12
3, 60 e 120 km/h, respectivamente.
13
Para a modelagem do canal utilizando o método de Jakes, pode-se ob-
servar no gráfico da magnitude que assim como para a modelagem por
Clarke/Gans, o desvanecimento ocorre de forma mais lenta quanto menor
for a velocidade do móvel.
O gráfico do histograma de fase, assim como para Clarke/Gans, é uma
PDF constante, já que o modelo gera sinais com fases uniformemente dis-
tribuı́das no intervalo entre 0 e 2π. O histograma de magnitude segue uma
PDF do tipo Rayleigh, pois é um canal sem visada direta [4].
A autocorrelação clássica difere muito da autocorrelação simulada, assim
como também os gráficos do espectro Doppler clássico e simulado, caso não
14
seja feito uma correção da frequência de amostragem, conforme mostrado em
[6] e no tópico 2.4. Os valores de n utilizados foram 400000, 40000 e 20000,
para as velocidades de 3, 60 e 120 km/h, respectivamente. De acordo com os
gráficos, pode-se observar que com o aumento da velocidade, a autocorrelação
ocorre com menores valores de delay.
15
muito grandes de delays, o modelo de Jakes difere bastante do modelo de
Clarke/Gans, caso não seja realizado o ajuste na frequência de amostragem
conforme apresentado em [6].
2.6 Perguntas
A seguir, são mostradas duas questões e suas respectivas respostas:
1.10. Quando uma onda digital é transmitida usando um tempo de
sı́mbolo de 500 s e uma frequência de portadora de fc = 1900 MHz, como será
a seletividade no tempo do canal para velocidades 3 km/h, 60 km/h e 120
km/h? Formule matematicamente e também use o simulador para evidenciar
sua resposta.
Resposta: Em um canal de desvanecimento rápido, a resposta ao impulso
do canal muda rapidamente dentro da duração do sı́mbolo, isto é, o tempo de
coerência do canal é menor do que o perı́odo de sı́mbolo do sinal transmitido.
Devido ao espalhamento Doppler, isto causa distorção no sinal [1]. Logo, para
um tempo de sı́mbolo de 500µs, o sinal será distorcido. Na Figura 11 pode
ser visto a modelagem do canal de Clarke para 3 km/h com um tempo de
sı́mbolo de 500µs
16
Resposta: Sim. Se a frequência de amostragem não for escolhida com
bastante cuidado para o canal de Jakes, a autocorrelação depois de um deter-
minado delay passa a ter valores estimados totalmente diferentes dos valores
clássicos, enquanto para o canal de Clarke geralmente os valores estimados
e clássicos são bastante próximos. Isto é evidenciado nos gráficos de auto-
correlação plotados anteriormente neste capı́tulo, nos quais foi necessário o
ajuste da frequência de amostragem conforme equação mostrada na referência
[6] para evitar este problema.
3 Experimento 3
No experimento 3, foi analisado o perfil atraso-potência (PDP) dos mo-
delos ITU-R Pedestrian A e ITU-R Vehicular A. Foi utilizado o PDP de tais
modelos para implementar um canal TDL (Tapped Delay Line) completo,
incluindo a modelagem do efeito Doppler via modelo de Jakes. Foi conside-
rada a velocidade de 3 km/h para canal pedestrian A e a velocidade de 120
km/h para canal vehicular A. As simulações foram executadas no software
MATLAB, utilizando como referência [4]. Na Figura 11 é apresentada a PDP
teórica extraı́da do modelo ITU-R, o gráfico da magnitude normalizada da
envoltória do canal em função do tempo para quatro realizações diferentes
do canal e o gráfico referente a resposta em frequência do canal para o caso
Pedestrian A.
17
Figura 11: PDP teórica extraı́da do modelo ITU-R, gráfico da magnitude
normalizada da envoltória do canal em função do tempo para quatro rea-
lizações diferentes do canal e o gráfico referente a resposta em frequência do
canal para o caso Pedestrian A.
18
Figura 12: PDP teórica extraı́da do modelo ITU-R, gráfico da magnitude
normalizada da envoltória do canal em função do tempo para duas realizações
diferentes do canal e o gráfico referente a resposta em frequência do canal
para o caso Pedestrian A (Figura 12.a)) e Vehicular (Figura 12.b)).
Conforme se pode observar nos gráficos da Figura 12, o PDP para Pe-
destrian A tem um menor delay se comparado ao PDP para o Vehicular A.
Essa diferença é uma consequência do efeito Doppler, e altera o desempenho
do canal.
Para o canal Vehicular A, a variabilidade da magnitude normalizada é
bem maior do que para o canal Pedestrian A, como consequência do efeito
Doppler, implicando em um desvanecimento mais rápido para o canal Vehi-
cular A.
Em relação a resposta em frequência do canal, pode-se perceber que os
19
resultados simulados deram mais próximos do ideal para o canal Vehicular
A.
20
4 Referências
[1] T. S. Rappaport, Wireless Communications - Principals and Practice,
Upper Saddle River: Prentice Hall PTR, 1996
[2] R. H. Clarke, “A Statistical Theory of Mobile-Radio Recepetion,” The
Bell System Technical Journal, pp. 957-1000, 1968.
[3] M. J. Gans, “A Power-Spectral Theory of Propagation in the
Mobile-Radio Environment,” IEEE Transactions on Vehicular Technology,
vol. 21, no 1, pp. 27- 38, 1972.
[4] Y. S. Cho, J. Kim, W. Y. Yang e C.-G. Kang, MIMO-OFDM Wireless
Communications with MATLAB, Singapura: John Wiley and Sons, 2010.
[5] W. C. Jakes, Microwave Mobile Communications, New York:
Wiley-Interscience, 1974.
[6] R. G. Vaughan, N. L. Scott e D. R. White, ’The Theory of Bandpass
Sampling, ’IEEE Transactions on Signal Processing, vol. 39, no 9, pp.
1973-1984, 1991.
21