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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE NORTE

PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA E DE


COMPUTAÇÃO
COMUNICAÇÕES SEM FIO

CANAIS SEM FIO

Aluno: Samuel Belarmino de Paiva

Junho
2018
Conteúdo
1 Experimento I 1
1.1 Parte I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Parte II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Perguntas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

2 Experimento 2 5
2.1 Parte I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Parte II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3 Parte III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

3 Experimento III 11
3.1 Dedução da formula do MRC . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.2 Dedução da formula do EGC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.3 Resultados de simulação para o MRC e EGC . . . . . . . . . . 14

4 Interface gráfica 15

5 Referências 16
Lista de Figuras
1 Representação de sinais antipodais – em a) e b) são mostrados
pares de sinais antipodais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 Constelações de bits para transmissão binária de um sinal an-
tipodal sem formatação de pulso, antes e após inserção do
ruı́do, para os valores de Eb /No de 5 e 10 dB. . . . . . . . . . 2
3 Ilustração do modelo de um sistema de comunicação binário
utilizando sinais antipodais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
4 Probabilidade de erro da simulação de Monte Carlo comparada
com a probabilidade de erro teórica para sinais antipodais,
considerando 1000, 10000 e 100000 bits. . . . . . . . . . . . . . 4
5 Probabilidade de erro da simulação de Monte Carlo comparada
com a probabilidade de erro teórica para sinais antipodais,
considerando o canal com apenas o AWGN e com o AWGN
somado ao desvanecimento Rayleigh. . . . . . . . . . . . . . . 6
6 Constelação de bits da transmissão binária de um sinal anti-
podal com AWGN e desvanecimento plano . . . . . . . . . . . 7
7 Constelação de bits da transmissão binária de um sinal anti-
podal com AWGN e desvanecimento plano após equalização. . 7
8 Probabilidade de erro da simulação de Monte Carlo comparada
com a probabilidade de erro teórica para sinais antipodais,
considerando o canal com apenas o AWGN e com o AWGN
somado ao desvanecimento Rayleigh, para Eb/No variando
entre 0 e 35 dB. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
9 Representação de um sistema de comunicação digital binário
com diversidade de ordem D. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
10 Resultados de simulação para a BER de modulação BPSK
com MRC e EGC em canal Rayleigh. . . . . . . . . . . . . . 14
11 Imagem da interface desenvolvida . . . . . . . . . . . . . . . . 15

2
1 Experimento I
1.1 Parte I
Neste trabalho foi modelada a transmissão binária de um sinal antipodal
sem formatação de pulso (transmissão em banda-base). Um sinal antipodal
é caracterizado por a forma de onda do sinal ser a negativa da outra [1],
conforme mostrado na Figura 1.

Figura 1: Representação de sinais antipodais – em a) e b) são mostrados


pares de sinais antipodais.

Considerando as formas de onda s0 (t) = s(t) e s1 (t) = −s(t) para a in-


formação binária transmitida, em que s(t) é uma forma de onda arbitrária
com um valor de energia E, a forma de onda do sinal recebido de um ca-
nal AWGN (Additive W hite Gaussian N oise) pode ser expressa da forma
mostrada na equação 1 [1]:

r(t) = ±s(t) + n(t) (1)


Foram plotados os gráficos referentes as constelações de bits antes e após
a inserção do ruı́do AWGN, considerando 100 bits aleatórios, cuja energia de
bit é igual a 1, para dois valores da relação Eb /No : 5 dB e 10 dB. Na Figura
2 são mostrados os gráficos das constelações de bits cujos valores de Eb /No
são de 5 dB, e 10 dB, antes e após a inserção do ruı́do

1
Figura 2: Constelações de bits para transmissão binária de um sinal antipodal
sem formatação de pulso, antes e após inserção do ruı́do, para os valores de
Eb /No de 5 e 10 dB.

Conforme se pode observar na Figura 2, quanto menor a relação Eb /No ,


maior a dispersão dos bits em relação ao ponto que seria ideal (sem ruı́do),
pois haverá um aumento no valor do desvio padrão, o qual é expresso pela
equação 2 [1]:
Eb 1
= 2 (2)
No 2σ
Os valores encontrados dos desvios padrão foram de 0,316 e 0,224 para os
valores de Eb /No de 5 e 10 dB, respectivamente, e foram calculados utilizando
a equação 2. Portanto, pode-se concluir que quanto maior o valor de Eb /No ,
menor será a interferência do ruı́do no sinal.

1.2 Parte II
Na Figura 3, é apresentado o modelo do sistema de comunicação binário
utilizando sinais antipodais, o qual utiliza o modelo de Monte Carlo para
estimação da probabilidade de erro. Na simulação foi levada em consideração
uma variável aleatória r, a qual é a entrada do detector. Um gerador de

2
número aleatório é utilizado para a geração da informação binária, a partir
da fonte dos dados. A sequência binária de 0’s e 1’s é representada em uma
sequência de E, em que E é a energia do sinal. Neste trabalho, o valor
considerado para E foi 1. Com um gerador de ruı́do gaussiano, é gerada
uma sequência de números aleatórios gaussianos de média zero, com desvio
padrão dado por σ 2 . O detector realiza a comparação da variável r com o
valor limiar 0. Se o valor de r for maior do que 0, o bit transmitido é 0, caso
o valor de r seja menor do que 0, o bit transmitido é 1 [1].

Figura 3: Ilustração do modelo de um sistema de comunicação binário utili-


zando sinais antipodais.

Foram plotados os gráficos referentes a Taxa de Erro de Bit (BER) versus


Eb /No para o modelo simulado gráfico da Probabilidade de Erro de Bit (Pe
teórica) versus Eb /No . As simulações são executadas utilizando a chamada
Simulação de Monte Carlo, e a probabilidade de erro é comparada com a pro-
babilidade de erro teórica para um sinal antipodal. As simulações de Monte
Carlo são utilizadas para estimar a performance do sistema de comunicação
digital na presença de ruı́do e interferência. No método de Monte Carlo,
quanto maior o número de bits utilizados na simulação, mais próximos ficam
os valores da BER em relação a Pe teórica [1].
Na Figura 4 são apresentados os gráficos para estimação da BER consi-
derando os valores 1000, 10000 e 100000 bits, respectivamente. Os gráficos
referentes a Pe teórica foram plotados nas mesmas figuras das BER’s, para
efeito de comparação.

3
Figura 4: Probabilidade de erro da simulação de Monte Carlo comparada
com a probabilidade de erro teórica para sinais antipodais, considerando
1000, 10000 e 100000 bits.

Conforme se pode observar na Figura 4, à medida que foram considera-


dos valores maiores do número de bits nas simulações, mais os gráficos das
BER’s se aproximaram dos valores da Pe teórica, comprovando o que foi dito
anteriormente sobre o método de Monte Carlo. Além disso, vale ressaltar
que quanto maior o valor da relação Eb /No , menor é o erro da transmissão.

1.3 Perguntas
Pergunta 1: Qual o motivo da constelação do sinal com ruı́do se apresentar
como uma nuvem em torno do ponto transmitido?
Resposta: Conforme se pode observar nos gráficos da Figura 2, quando o
ruı́do é inserido no sinal, provocará um desvio padrão entre os bits do sinal
em relação ao ponto no gráfico que seria o valor ideal, criando assim uma
nuvem de bits em torno do ponto transmitido. Quanto maior o ruı́do, maior
será o desvio padrão (de acordo com a equação 2) provocado entre os bits,
criando uma nuvem de bits com os bits mais dispersos e distantes do que
seria o valor ideal.
Pergunta 2: O que se pode afirmar ao comparar a BER e a Pe em relação
ao número de bits transmitidos para estimar a BER?
Resposta: Como se pode observar nos gráficos plotados na figura 4,

4
quando são considerados poucos bits, os gráficos da Taxa de Erro de Bit
(BER) e da Probabilidade de Erro de Bit (Pe teórica) vão diferir bastante
um do outro, implicando em uma BER com valor bastante alto. A BER é
a razão entre o número de bits errados e transmitidos; logo, um valor alto
da BER mostra que houve muitos bits errados e poucos bits transmitidos.
Portanto, quanto maior o número de repetições de Monte Carlo, mais a BER
se aproxima da Pe [1].
Pergunta 3: Qual o comportamento da BER quando a potência do sinal
recebido aumenta?
Resposta: Com um maior valor da potência do sinal recebido, haverá um
aumento do valor da Eb /No e, consequentemente, uma diminuição do valor
da BER. À medida que se gasta mais potência, menos se erra [1].

2 Experimento 2
2.1 Parte I
No experimento II, foi realizada a modelagem da transmissão e recepção
digital em canal com desvanecimento plano (Rayleigh Fading Channel). O
experimento I foi refeito, mas agora considerando que o canal também sofre
desvanecimento plano. Na Figura 5 pode ser observado o gráfico da taxa de
erro (BER) comparado com a probabilidade de erro de bit (Pe teórica) para
o canal com apenas o AWGN (additive white gaussian noise), e também
na mesma figura o gráfico com os valores da simulação de Monte Carlo do
canal com o AWGN somado ao desvanecimento plano comparado com o valor
teórico do canal com a soma do AWGN com o desvanecimento plano.

5
Figura 5: Probabilidade de erro da simulação de Monte Carlo comparada com
a probabilidade de erro teórica para sinais antipodais, considerando o canal
com apenas o AWGN e com o AWGN somado ao desvanecimento Rayleigh.

O motivo da forma dos gráficos em que foi levada em consideração a


soma do AWGN com o desvanecimento Rayleigh ser uma reta, é porque ele
é consequência da equação 3 [1]:
s !
1 2σ 2 (Eb /No )
P = 1− (3)
2 1 + 2σ 2 (Eb /No )
Os valores considerados de Eb/No foram considerados no intervalo entre
0 e 10 dB, assim como no experimento I. Nas simulações entre 0 e 10 dB, e
o valor de σ considerado foi 1. A equação 3 será deduzida no tópico 2.2.
Além disso, foi plotada a constelação de bits da transmissão binária de
um sinal antipodal levando-se em consideração o AWGN e o desvanecimento
plano. Os valores do sinal com ruı́do são comparados aos valores do sinal sem
ruı́do no gráfico, o qual é mostrado na Figura 6. Na Figura 7, são mostrados
os gráficos apresentados na Figura 6 após o processo de equalização. Nas
simulações, assim como no experimento I, foram considerados dois valores
para relação Eb/No, a saber, 5 e 10 dB, e um total de 100 bits.

6
Figura 6: Constelação de bits da transmissão binária de um sinal antipodal
com AWGN e desvanecimento plano

Figura 7: Constelação de bits da transmissão binária de um sinal antipodal


com AWGN e desvanecimento plano após equalização.

Conforme se pode observar, houve uma dispersão maior dos bits em

7
relação ao que seriam os valores ideais, isto é, -1 e 1, quando é realizada
a comparação com a constelação de bits apresentada para o experimento I.
Vale ressaltar que com a equalização, houve uma menor dispersão dos bits.
Para plotagem dos gráficos apresentados na Figura 6 e na Figura 7, foi
levado em consideração que o sinal recebido pode ser representado como [2]:

y = hx + n (4)
Em que, h é a resposta ao impulso complexa do canal com desvanecimento
Rayleigh e n é o AWGN, o qual é distribuı́do com média zero e variância
unitária [2].
A detecção do BPSK (binary phase shif t keying) em um canal com des-
vanecimento plano pode ser do tipo não-coerente ou coerente. No texto deste
relatório é abordado apenas a detecção coerente. Neste tipo de detecção, o
receptor possui conhecimento suficiente sobre a resposta ao impulso do canal.
Técnicas como pilot transmissions são utilizadas para fazer a estimativa da
resposta ao impulso do canal ou o fator de escala em amplitude no receptor,
antes da transmissão de dados de fato iniciar [2]. Os sı́mbolos transmitidos
(x) podem ser obtidos do sinal recebido (y) através do processo conhecido
como equalização, o qual é representado pela equação 5 [2]:
hx + n
ŷ = (5)
h
Seja r a parte real de ŷ, os bits binários da entrada (d) para um sistema de
modulação BPSK são detectados conforme mostrado na equação 6 [2]:

d = 1 se r > 0
(6)
d = 0 se r < 0

2.2 Parte II
Considere a largura de banda do sinal W muito menor do que a largura
de banda de coerência do canal, resultando em um modelo de canal não-
seletivo em frequência, cuja caracterı́stica do canal c(t) pode ser expressa
como c(t) = α(t)e(jφ(t)) [1]. Além disso, considere que as variações no tempo
em c(t) são bastante lentas quando comparadas com o intervalo de bit, de
modo que dentro do intervalo de tempo 0 ≤ t ≤ T , c(t) pode ser escrita
como uma constante, isto é, c = αejφ , em que α é Rayleigh distribuı́da com
PDF (função densidade de probabilidade), que pode ser representada pela
equação 7 [1]:

8
( 2
a −a2/2σ
σ2
e se a≥0 (7)
0 caso contrario
Onde φ é uniformemente distribuı́do no intervalo entre 0 e 2π.
Suponha que sinais antipodais binários são utilizados para transmitir a
informação através do canal. Duas possibilidades para este sinal são repre-
sentadas na equação 8 [1]:
r
2Eb
sm (t) = cos(2πfc + mπ), m = 0, 1 (8)
T
O sinal recebido no intervalo entre 0 e T é dado por [1]:
r
2Eb
r(t) = α cos(2πfc + mπ + φ) + n(t) (9)
T
Em que φ é o of f set da fase da portadora. Considerando que φ é estimado
perfeitamente no demodulador, o qual cross-correlates r(t) com [1]:
r
2
ψ(t) = α cos(2πfc + φ) 0≤t≤T (10)
T
Portanto, a entrada para o detector no instante de amostragem é dada
pela equação 11 [1]:
p
ψ(t) = α Eb cos(mπ + n) m = 0, 1 (11)
Assumindo um valor fixo de α, a probabilidade de erro é dada por [1]:
s !
2σ 2 Eb
P (α) = Q (12)
No
O valor de P (α) é a probabilidade de erro condicional para um dado valor
da atenuação do canal α. Para calcular a probabilidade de erro média sobre
todos os possı́veis valores de α, utiliza-se a equação 13 [1]:
Z ∞
P = P2 (α)f (α)dα (13)
0

A integral da equação 13 tem a solução [1]:


 s 
1 P̄b 
P = 1 − (14)
2 1 + P̄b

9
onde,

P̄b = 2σ 2 (Eb /No ) (15)


Em que, P̄b é o SNR/bit recebido médio [1].

2.3 Parte III


A simulação foi novamente realizada, mas agora foi levado em consi-
deração o valor da relação Eb/No variando entre 0 e 35 dB. Para obter
resultados confiáveis, foi necessário considerar um valor do número de bits
bastante grande, o qual foi 1000000. Na Figura 8 pode ser observado o gráfico
obtido.

Figura 8: Probabilidade de erro da simulação de Monte Carlo comparada com


a probabilidade de erro teórica para sinais antipodais, considerando o canal
com apenas o AWGN e com o AWGN somado ao desvanecimento Rayleigh,
para Eb/No variando entre 0 e 35 dB.

Em relação a confiabilidade do gráfico mostrado na Figura 8, vale ressaltar


que segundo [1], para 10000 bits, deve-se ter pelo menos 10 erros para uma
estimativa confiável de Pe . Portanto, caso não seja considerado um valor
bastante alto do número de bits para este caso, que na simulação foi de

10
1000000 bits, a condição estabelecida em [1] não será atingida e o gráfico não
será confiável.

3 Experimento III
Neste experimento foi realizada a modelagem da transmissão e recepção
digital com desvanecimento plano (Rayleigh Fading Channel) com dois braços
de diversidade de transmissão. Em uma comunicação digital através de um
canal sujeito ao desvanecimento, um problema bastante comum é o grande
número de erros que ocorrem quando a atenuação é grande. Como solução,
pode-se produzir um receptor com duas ou mais réplicas do mesmo sinal
de informação transmitidos através de canais com desvanecimento indepen-
dentes, resultando em uma redução da probabilidade dos sinais transmitidos
desvanecerem simultaneamente [1].

Os autores de [1] citam os seguintes métodos para realizar a diversidade


de um sinal:

• Diversidade em frequência – transmitir a mesma informação em D


frequências de portadora;

• Diversidade no tempo – consiste em transmitir a mesma informação


em D slots de tempo diferentes;

• Outro método comum é a utilização de antenas receptoras múltiplas


com apenas uma antena transmissora;

• Pode-se citar também a diversidade por ângulo de chegada e a diversi-


dade por polarização;

• Diversidade por seleção - consiste em o receptor monitorar o nı́vel de


potência recebido nos D sinais recebidos e selecionar o sinal mais forte
para demodulação e detecção.

Para uma melhor performance, os autores de [1] citam que há métodos
mais complexos para combinar independentemente os sinais recebidos com
desvanecimento, conforme representados na Figura 9. O método chamado
de equal-gain combining (EGC), requer a correção e estimativa do recepetor
para os diferentes phase of f sets em cada um dos D sinais recebidos após a
demodulação. Daı́ os sinais phase-corrected nas saı́das dos D demoduladores
são somados e fornecidos ao detector. Outro método bastante conhecido é
o chamado de maximal-ratio combiner (MRC). Neste método, a estimativa

11
do nı́vel de potência do sinal recebido se dá para cada um dos D sinais re-
cebidos. Assim, pode-se pesar as saı́das do demodulador phase-corrected na
proporção direta para a força do sinal recebido (a raiz quadrada do nı́vel
de potência) e fornecê-los ao detector. Outro método citado é o square-
law combiner. Ele consiste em utilizar sinais ortogonais para transmitir
a informação através de D canais com desvanecimento independentes, e o
receptor pode utilizar a demodulação não coerente. As saı́das dos D demo-
duladores são conciliadas, somadas e fornecidas ao detector.

Figura 9: Representação de um sistema de comunicação digital binário com


diversidade de ordem D.

3.1 Dedução da formula do MRC


Seja o canal na i-ésima antena receptora. A energia de bit instantânea
associada para a taxa de ruı́do na i-ésima antena receptora é [3]:

|hi |2 Eb
γi = (16)
No
Considerando que hi é uma variável aleatória distribuı́da de Rayleigh,
logo, h2i é uma variável aleatória chi-squared com dois graus de liberdade. A

12
PDF (função densidade de probabilidade de hi é [3]:
1 −γ
ρ(γ) = e Eb /No
(17)
(N − 1)!(Eb /No )N
A energia de bit efetiva para a taxa de ruı́do é a soma de N variáveis
aleatórias. Logo, a PDF de γ é uma variável aleatória chi-squared com 2N
graus de liberdade [3]:
1 −γ
ρ(γ) = N
γ N −1 e Eb /No γ≥0 (18)
(N − 1)!(Eb /No )
Para a modulação BPSK em AWGN, a taxa de erro de bit é dada como
[3]:
r !
1 Eb
Pb = erf c (19)
2 No
Visto que a energia de bit efetiva para a taxa de ruı́do com maximal ratio
combining (MRC) é γ, a taxa de erro de bit total é a integral da BER
condicional integral sobre todos os valores possı́veis de γ [3]:
Z ∞
1 p 1 −γ
N −1 Eb /No
ρe = erf c( (γ)) γ e dγ (20)
0 2 (N − 1)!(Eb /No )N
Portanto, a equação 20 se resume a [3]:
N −1  
N
X N −1+K
Pe = ρ (1 − ρ)K (21)
k
k

Em que [3]:
 −1/2
1 1 1
ρ= − 1+ (22)
2 2 Eb /No

3.2 Dedução da formula do EGC


No EGC, pode-se escrever que a SNR média é dada por:
njP ko
N −1 2
E n=0 |hn |
E(γ) = (23)
2N σ 2
Realizando a simplificação da equação 23, encontra-se:
π Eb
E(γ) = [1 + (N − 1) ] (24)
4 No

13
Não há uma solução de forma fechada para encontrar a BER para um N
geral, entretanto, vários cientistas têm realizado estudos sobre a performance
da BER para vários tipos de canais com desvanecimento [4],[5]. Conforme
mostrado em [4],[5], a BER com o método EGC para um canal com desvane-
cimento Rayleigh e N=2, para uma modulação BPSK, pode ser escrita como
[4],[5]:
" p #
1 Eb /No (Eb /No + 2)
ρ= 1− (25)
2 Eb /No + 1

3.3 Resultados de simulação para o MRC e EGC


Os resultados para BER para modulação BPSK utilizando as fórmulas
do MRC e do EGC em canal Rayleigh são mostrados na Figura 10.

Figura 10: Resultados de simulação para a BER de modulação BPSK com


MRC e EGC em canal Rayleigh.

Como se pode observar, os gráficos simulados através do MRC e do EGC


deram bastante próximos um do outro. A forma de cada um se dá de acordo
com o equacionamento mostrada nas seções 3.1 e 3.2. O método EGC é
um caso especial do MRC, pois todos os sinais de múltiplos branches são

14
combinados com pesos iguais. O MRC possui uma melhor performance,
maximizando a SNR de pós-combinação. Além disso, vale ressaltar que o
sistema tem uma melhor performance com uma maior quantidade de antenas
receptoras [6]. Quando comparados os resultados do experimento III com os
resultados do experimento II, pode-se observar que a BER para o canal com
AWGN somado ao desvanecimento Rayleigh do experimento II possui a forma
bastante parecida com os gráficos obtidos para o experimento III, entretanto,
devido a diversidade a BER do experimento III chega a valores menores à
medida que a relação sinal ruı́do aumenta.

4 Interface gráfica
Neste trabalho também foi desenvolvida uma interface gráfica para plo-
tagem de todas as simulações apresentadas ao longo deste texto. O layout
é apresentado na Figura 11. O protótipo foi desenvolvido no software MA-
TLAB e tem a vantagem de tornar mais fácil e interativa a simulação de cada
experimento.

Figura 11: Imagem da interface desenvolvida

15
5 Referências
[1] J. G. Proakis, M. Salehi e G. Bauch, Contemporary Communication
Systems using MATLAB - Third Edition, Stamford: CENGAGE Learning,
2011.
[2]M. Viswanathan, Simulation of Digital Communication Systems Using
MATLAB,Amazon, 2013.
[3]K. Sankar, “DSPLOG Signal Processing for Communication,” 28 de
Setembro de 2008. [Online]. Disponı́vel:
http://www.dsplog.com/2008/09/28/maximal-ratio-combining/. [Acesso
em 24 de Junho de 2018].
[4]K. Sankar, “DSPLOG Signal Processing for Communication,” 19
Setembro 2008. [Online]. Disponı́vel:
http://www.dsplog.com/2008/09/19/equal-gain-combining/. [Acesso em 24
de Junho de 2018.
[5]Q. T. Zang, “Probability of Error for Equal-Gain Combiners over
Rayleigh Channels: Some Closed-Form Solutions,” IEEE Transaction on
Communications, vol. 45, no 3, pp. 270-273, 1997.
[6]Y. S. Cho, J. Kim, W. Y. Yang e C.-G. Kang, MIMO-OFDM Wireless
Communications with MATLAB, Singapura: John Wiley and Sons, 2010.

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