MACAU

Apresentação

Desde sua fundação até 1557, com a chegada dos europeus, Macau não
passava de uma pequena vila de pescadores. Naquele ano, os portugueses
conseguiram autorização dos governantes chineses para permanecer na área,
e o território passou a ser um elo essencial no funcionamento do comércio.

Atualmente Macau ou oficialmente, a Região Administrativa Especial de Macau

- R.A.E.M., é uma região especial da China existente desde dezembro de 1999.
Seu território compreende a península de Macau e as ilhas de Taipa e Coloane,
num total de 29,5 km².

Justificação da escolha

Escolhemos Macau porque este tornou-se, há 400 anos, num conhecido porto
de abrigo para os navegadores portugueses, que lá se refugiavam das
tempestades e cuidavam das mercadorias, sendo a primeira fase do
crescimento daquele que seria um dos maiores entrepostos comerciais do
Oriente, por ser uma paragem obrigatória no percurso entre a Europa, a
China e o Japão e por ser uma das ultimas colonias a ser abandonada
pelos portugueses. Além disso, o percurso histórico de Macau foi
profundamente marcado pela presença portuguesa e apesar da transição
essa herança estará sempre presente.

Ainda hoje, ninguém imagina desembarcar por lá sem dar de cara com
arquitetura em estilo colonial, culinária portuguesa que vai de “arroz de
pato” aos ”pastéis de bacalhau”, chineses falando português, nomes de
ruas escritos na nossa língua e casinos.

Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar a “A-Ma Gao” como

se diz em cantonês ou Baía de A-Má, em 1557, e imprimiram sua marca
em Macau. A colónia ficou sob domínio de Portugal por 450 anos até ser
devolvida, em 1999, à China. A cidade cresceu graças aos seus ambiciosos
administradores e aos chineses que fugiram do regime comunista. Os
tantos casinos disponíveis aos turistas é que mantém a região viva
financeiramente.

Desde o início que os portugueses foram acompanhados pela Igreja

Católica nas suas expedições no Oriente e a difusão do catolicismo por
estas paragem ficou a dever-se, em grande parte, aos jesuítas.

Herança

Os portugueses começaram por se fixar na colina do Patane - junto ao

atual Jardim Luís de Camões - construindo casas de madeira e palha.
Depois, a pouco e pouco foram construindo casas de materiais mais
resistentes.

Em 1558 terá surgido a primeira igreja (Santo António) e mais tarde, em

1572, a primeira escola. A comunidade portuguesa era formada por gente
vinda de Portugal, mas também por muitos luso-asiáticos, resultado de
uniões de portugueses com mulheres chinesas, indianas, japonesas,
malaias, etc. A população de Macau foi aumentando à medida que a cidade
se foi tornando um porto de comércio internacional. No final do século XVI
já tinha alguns milhares de habitantes.

Uma das principais atrações da cidade são as Ruínas de São Paulo. Essa
imensa catedral foi construída pelos jesuítas e pelos cristãos japoneses no
alto de uma escadaria. Depois foi convertida num quartel e parcialmente
destruída pelo fogo num incêndio ocorrido em 1835. Tudo o que restou foi
a fachada que precisou ser restaurada recentemente para não cair.

As ruas que circundam as ruínas têm nomes fáceis de compreender, em

termos de idioma: Rua de Francisco Xavier Pereira, Rua Costa Cabral, Av.
do Conselheiro Ferreira de Almeida. Além disso, a arquitetura não deixa
dúvidas de que os portugueses estiveram em Macau.
Hotéis e casinos enfeitam a cidade. O Hotel Grand Lisboa tenta traduzir,
na versão do arquiteto, um grande abacaxi. Abriga casino, restaurantes e
até um show de cabaré, o “Crazy Paris”.

Algumas curiosidades

Ao contrário do que pensamos, Portugal não faz fronteira apenas com a

Espanha. Temos em Macau as Portas do Cerco, um arco que assinala a
fronteira terrestre entre Macau e a China, encimado pela bandeira
portuguesa.

Também ao contrário do que se pensa, diz quem conhece Macau que

encontrar alguém que fale português é como encontrar uma agulha num
palheiro.

Por lei, todos os letreiros de informação, assim como de todos os

estabelecimentos comerciais, têm de ser bilingues, em português e em
mandarim. O mesmo se passa com os nomes das ruas, mas consta que
nem sempre a tradução em mandarim corresponde ao original.
O jogo é provavelmente a atividade mais célebre de Macau. Para além das
tradicionais corridas de cavalos e de galgos, cujas apostas podem resultar
em verdadeiras fortunas, os dez casinos que existem naquele território
movimentam milhões, chegam a funcionar 24 horas por dia.