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CIÊNCIA E

COMPORTAMENTO
HUMANO

B. F. Skinner

Tradução
JOÃO CARLOS TODOROV
RODOLFO AZZI

Martins Fontes
São Paulo 2003
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Título original: SCIENCE AND HUMAN BEHAVIOR.


Copyright © by The Macmillan Company. 1953.
Copyright © 1981, Livraria Martins Fontes Editora Ltda..
São Paulo, para a presente edição.

1" edição (EDART)


abril de 1979
21 edição (M.F.)
maio de 1981
11a edição
julho de 2003

TVadução
JOÃO CARLOS TODOROV
RODOLFO AZZ1

P ro d u ç ão gráfica
Geraldo Alves

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(C âm ara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Skinner, Burrhus Fredcric, 1904-1990.


Ciência e comportamento hum ano / B. F. S k in n er; tradução João
Carlos Todorov, Rodolfo Azzi. - 1 Ia ed. - São P au lo : Martins Fontes,
2003. - (Coleção biblioteca universal)

Título original: Science and human behavior.


ISBN 85-336-1935-9

1. Comportamento hum ano 2. Psicologia I. Título. II. Série.

03-6263_______________________________________________ CDD-150
ín d ices p a ra catálogo sistem ático:
1. Psicologia 150
2. Psicologia do comportam ento 150

Todos os direitos desta edição para a língua portuguesa reser\'ados à


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320 CIÊNCIA E COMPORTAMENTO HUMANO

para a qual a punição é contingente. Neste caso o sujeito mui­


tas vezes dificilmente concordará em que os primeiros estímu­
los não eram da forma que ele reportou.
Uma certa variação da repressão de uma relação controla­
dora é algumas vezes chamada “racionalização”. O relato aver­
sivo de uma relação funcional pode ser reprimido através da
comunicação de uma relação fictícia. Em vez de “recusar o
reconhecimento” das causas do nosso comportamento, inven­
tamos causas aceitáveis. Se a causa de um ataque agressivo a
uma criança são impulsos emocionais de vingança, é usual­
mente punida pela sociedade; mas se for emitida por causa de
supostas conseqüências na modelagem do comportamento da
criança, de acordo com os interesses da sociedade, não é puni­
da. Podemos dissimular as causas emocionais do comporta­
mento agressivo, seja nosso próprio ou de outros, argumentan­
do que a criança deve aprender que tipo de efeito está causando
nas pessoas. Castigamos a criança “para seu próprio bem”. Do
mesmo modo podemos com prazer levar más notícias a alguém
de quem não gostamos “porque quanto antes conhecê-las, tan­
to melhor”. Não é a resposta agressiva que é reprimida, mas a
resposta de tomar conhecimento da tendência agressiva. A ra­
cionalização é a resposta reprimida que com sucesso evita a
estimulação aversiva condicionada gerada pela punição.

Símbolos

No capítulo X iy vimos que em um grupo de respostas for­


talecidas por uma variável comum poderiam não ter todas as
mesmas conseqüências aversivas e, como um resultado do prin­
cípio da somação, a resposta com a conseqüência menos aversi­
va emergeria. Em termos mais gerais, podemos notar que a pro­
priedade de uma resposta que obtém reforço não precisa coinci­
dir com a propriedade sobre a qual se baseia a punição. Portan­
to, pode aparecer uma resposta que obtenha reforço ao mesmo
tempo que evite punição. Por exemplo, a estimulação visual de
uma figura nua pode ser reforçadora em razão de uma conexão
O INDIVÍDUO COM O UM TODO 321

prévia com reforço sexual poderoso. Mas em muitas sociedades


o comportamento de olhar essas figuras é severamente punido.
Sob circunstâncias especiais - como, por exemplo, em um mu­
seu de arte - é possível empenhar-se nesse comportamento e
escapar da punição. O comportamento de um artista pode mos­
trar um ajuste semelhante. Sua arte deve não ser pornográfica
ou muito sensual, mas enquanto permanece dentro de certos li­
mites que evitem punição pode, apesar disso, ser bem-sucedida
como reforçadora por razões biológicas. Na fantasia o indiví­
duo faz uma adaptação semelhante entre ver certos objetos ou
padrões e evitar a estimulação aversiva. Devaneia em uma dada
área, mas de um modo tal que não gere muita culpa.
Um símbolo, tal como o termo foi usado por Freud na aná­
lise de sonhos e da arte, é qualquer padrão temporal ou espacial
que seja reforçador em razão da semelhança com outros pa­
drões, mas escape de punição por causa das diferenças. Assim,
uma escultura abstrata é um símbolo da forma humana se for
reforçadora em razão de suas semelhanças, e se o artista conse­
guiu, sem punição, acentuar as semelhanças. Uma composição
musical simboliza um comportamento sexual se for reforçado­
ra por causa de uma semelhança de padrões temporais e se for
emitida em lugar de um comportamento tal porque é suficien­
temente diferente para fugir à punição.
O principal domínio do símbolo é o sonho, quando dormi­
mos. É uma espécie de evento privado extremamente difícil de
estudar e, portanto, assunto de muita discussão controversa.
Num sonho o indivíduo se empenha em um comportamento
discriminativo privado, no sentido visto no capítulo XVII. Vê,
ouve, sente, e assim por diante, na ausência dos usuais estímu­
los visuais. Por vezes, as variáveis controladoras podem ser en­
contradas no meio ambiente imediato ou na história recente do
indivíduo. No sonho persistente, por exemplo, alguém pode
sonhar que está dirigindo um carro se esteve dirigindo por mui­
tas horas. Entretanto, mais freqüentemente as variáveis impor­
tantes são dificilmente identificadas. Essa tentativa de identifi­
cação comumente denomina-se interpretação dos sonhos. Freud
conseguiu demonstrar certas relações plausíveis entre sonhos e
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variáveis na vida do indivíduo. A presente análise essencial­


mente concorda com sua interpretação. Os indivíduos estão
fortemente inclinados a se empenhar em comportamentos que
alcançam reforços, como contato sexual ou imposição de danos
sobre outros. Essas espécies de comportamento, contudo, são
precisamente o tipo com maior probabilidade de ser punido.
Disso resulta que o indivíduo apenas não se empenha aberta­
mente no comportamento, mas não pode se empenhar cober-
tamente ou se ver encobertamente empenhado sem estimulação
aversiva automática. No sonho simbólico e no comportamento
artístico ou literário, entretanto, ele pode se empenhar em um
comportamento discriminativo que é reforçado através da
indução de estímulos ou de respostas pelas mesmas variáveis,
mas que não está sujeito à punição. Freqüentemente se diz, ou
está implicado no que é dito, que certo agente habilidoso se
empenha em uma espécie de “trabalho de fazer sonho” para
produzir esse resultado; mas o resultado segue-se automatica­
mente da discrepância entre as propriedades do comportamen­
to, às quais, reforço e punição são contingentes.

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