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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA

CURSO SUPERIOR TECNÓLOGICO EM SEGURANÇA PÚBLICA – CSTSP

NOME DO AUTOR

CICLO COMPLETO DE POLÍCIA

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca do Exame


do Curso Superior de Tecnólogo em Segurança
Pública da Universidade Estácio de Sá –
CSTSP/UNESA, como requisito para aprovação na
disciplina de TCC em Segurança Pública.

MARCO AURELIO NUNES DE BARROS

Orientador

Rio de Janeiro - RJ
2017
SUMÁRIO

1 TÍTULO PROVISÓRIO..........................................................................................................3
2 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
3 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................................5
4 OBJETIVOS............................................................................................................................6
4.1 Objetivo geral........................................................................................................................6
4.2 Objetivos específicos............................................................................................................6
5 METODOLOGIA....................................................................................................................7
6 REFERENCIAIS TEÓRICOS.................................................................................................8
7 CRONOGRAMA...................................................................................................................11
8 REFERÊNCIAS PRELIMINARES.......................................................................................12
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1 TÍTULO PROVISÓRIO

Ciclo completo de polícia


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2 INTRODUÇÃO

O presente estudo versa sobre a segurança pública, delimitando-se na análise do ciclo


completo de polícia, em especial no que tange as forças policiais no âmbito dos Estados-
membro, quais sejam, polícia militar e polícia civil.
A segurança pública, no ordenamento jurídico brasileiro, por expressa determinação
do art. 144 da Constituição Federal, é um dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos; e, para assegurar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio, são
elencados, nos incisos do referido dispositivo constitucional, os órgãos responsáveis pela
segurança pública, quais sejam, polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária
federal, polícia civil e polícia militar e corpo de bombeiros militares.
Desta feita, no âmbito dos Estados, tem-se a atuação de duas forças polícias: a polícia
civil, também denominada de polícia judiciária, responsável pelo policiamento repressivo, e a
polícia militar, a quem compete o policiamento preventivo/ostensivo.
Significa dizer, portanto, que no âmbito dos Estados membros as polícias militar e
civil não exercem o ciclo completo, ficando a cargo daquela a realização do policiamento
preventivo, ou seja, as tarefas afetas à polícia administrativa, enquanto compete à polícia civil
o policiamento repressivo e as atividades de polícia judiciária. Portanto, após a atuação da
polícia militar, compete à polícia civil as investigações.
Vale destacar que no Brasil há uma diversidade de órgãos de segurança pública, pois
no âmbito da União coexistem as polícias federal, rodoviária federal e ferroviária federal,
cada qual com suas atribuições delimitadas na própria Constituição Federal; e, no âmbito dos
Estados-membros, coexistem as polícias civil e militar, o que leva a um total de oitenta e
quatro órgãos de segurança pública no país, dos quais apenas a polícia federal realiza o ciclo
completo.
É nesse contexto que se situa o presente estudo, que segue pautado no seguinte
problema de pesquisa: como a não realização do ciclo completo de polícia compromete a
efetividade dos órgãos de segurança pública no Brasil?
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3 JUSTIFICATIVA

A segurança pública no Brasil, já há algum tempo, é alvo de diversas críticas, o que se


deve principalmente aos altos índices de criminalidade que assolam o país e ao consequente
questionamento da eficácia estatal em resguardar a ordem pública e a incolumidade das
pessoas e patrimônio.
Em meio a esse cenário há discussões sobre o ciclo completo de polícia, discussão que
ganha relevância principalmente no âmbito dos Estados, pois a diversidade de órgãos
responsáveis pela segurança pública contribui para a coexistência de duas polícias: a polícia
militar, responsável pelo policiamento preventivo ou ostensivo, e a polícia civil, a quem
compete o policiamento repressivo.
Significa dizer, portanto, que nenhuma das duas polícias realiza o ciclo completo de
polícia, pois, por exemplo, após uma abordagem realizada pela polícia militar, que culmina na
prisão em flagrante de infratores, compete à polícia civil a investigação.
Em meio a esse cenário surgem sugestões de unificação das polícias no âmbito dos
Estados-membros, desmilitarização da polícia, dentre outras, o que se deve ao fato de que
dentre os órgãos de segurança pública no Brasil apenas a polícia federal, no âmbito da União,
realiza o ciclo completo.
Por isso abordar o ciclo completo de polícia é de suma importância, pois a
compreensão do tema e, principalmente, a sua contribuição para os problemas relativos à
segurança pública são inegáveis.
Ademais, estar-se-á contribuindo para a apresentação de um estudo analítico e crítico,
a partir da análise de estudos preexistentes sobre a atuação das polícias e as benesses ou
malefícios do ciclo completo de polícia.
Desta feita, espera-se, com a elaboração do presente estudo, contribuir para o
enriquecimento pessoal e sociojurídico, buscando informações acerca da relevância do ciclo
completo de polícia e como as forças policiais brasileiras se encontram estruturadas nesse
aspecto.
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4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo geral

Analisar a estrutura e atribuições das forças policiais no ordenamento jurídico


brasileiro, de modo a identificar a realização do ciclo completo de polícia, destacando os
problemas advindos da sua não realização em virtude da coexistência das polícias militar e
civil no âmbito dos Estados-membros.

4.2 Objetivos específicos

 Identificar o conceito e fundamento constitucional de segurança pública;


 Abordar as atribuições dos órgãos de segurança pública;
 Ressaltar as características do ciclo completo de polícia;
 Destacar as dificuldades enfrentadas no âmbito dos Estados membros em decorrência
da não realização do ciclo completo;
 Abordar proposições legislativas voltadas à implementação do ciclo completo de
polícia em todas as forças policiais.
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5 METODOLOGIA

Para a elaboração do presente estudo, realiza-se uma pesquisa qualitativa, pautada no


método exploratório e cuja técnica de pesquisa é o levantamento bibliográfico.
A pesquisa qualitativa, segundo ensinamentos de Chizzotti (2000), é a abordagem que
parte do fundamento de que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito; e, por
isso, neste tipo de pesquisa considera-se o pesquisador como parte integrante do processo de
conhecimento, pois cabe a ele interpretar os fenômenos atribuindo-lhes um significado.
Na mesma esteira é a lição de Minayo (2001), para quem a pesquisa qualitativa é
aquela que trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e
atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos
fenômenos estudados.
Quanto aos procedimentos técnicos, esta pesquisa classifica-se como bibliográfica.
Segundo Cervo e Bervian (1996), a pesquisa bibliográfica diz respeito ao conjunto de
conhecimentos humanos reunidos nas obras. Tem como base fundamental conduzir o leitor a
determinado assunto e a produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização e
comunicação das informações coletadas para o desempenho da pesquisa.
Para Gil (2007), são exemplos de uma pesquisa bibliográfica a análise de diversas
posições acerca de um problema. Assim, pode-se inferir que a pesquisa bibliográfica busca
conduzir o pesquisador à produção, reprodução e utilização e das informações coletadas para
o desempenho da pesquisa. Dessa forma, buscar-se-á resposta ao problema de pesquisa
levantado junto à bibliografia disponível na área a ser estudada.
Desta feita, serão analisadas obras que tratam do Direito Constitucional, Direito
Administrativo e Direito Penal, em especial no que tange a segurança pública, o poder de
polícia, os órgãos de segurança público, as atribuições das forças policiais e questões outras,
imprescindíveis à compreensão do problema de pesquisa.

6 REFERENCIAIS TEÓRICOS

A Constituição da República de 1988, em seu art. 144, dispõe que a “segurança


pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio” (BRASIL, 1988). E os incisos
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do referido dispositivo elenca os órgãos responsáveis, quais sejam, as polícias federal,


rodoviária federal, ferroviária federal, civil e militar e corpo de bombeiros militar.
De acordo com Bulos (2014, p. 1454), na atualidade a segurança pública pode ser
definida como a “manutenção da ordem pública interna do Estado”.
Para Lazzarini (2003, p. 284), a segurança pública pode ser a consequência da simples
ausência, mesmo que temporária, dos delitos e contravenções. Mostra que a segurança pública
ideal “[...] seria aquela em que os ilícitos houvessem desaparecido” e completa que a mesma
“[...] é flutuante ou instável, resultado dos numerosos fatores que podem afetá-la”.
Segundo Carvalho (2009, p. 1390), a segurança pública tem como finalidade precípua
manter a convivência pacífica e harmoniosa entre os cidadãos, tendo como referência valores
jurídicos e éticos, vitais à experiência de uma sociedade.
Nesse contexto, embora a segurança pública não se limite a uma questão de polícia,
são as forças policiais as responsáveis diretamente pela manutenção da ordem pública e
incolumidade das pessoas e patrimônio. Por isso, como enfatiza Bulos (2014, p. 1454), a
segurança pública vai além da atuação das polícias, pois é um dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos.
Dentre os órgãos elencados nos incisos do art. 144 da Constituição Federal, as polícias
federal, rodoviária federal e ferroviária federal são organizadas e mantidas pela União,
enquanto as polícias civil e militar são subordinadas aos Governadores dos Estados-membros,
Distrito Federal e Territórios (BRASIL, 1988).
Logo, no âmbito estatal a atribuição da segurança pública é dividida entre os órgãos
policiais militar e civil. O policiamento de natureza preventiva fica a encargo da polícia
militar, enquanto que o de caráter repressivo está incumbido à atividade da polícia civil, ou
seja, a polícia judiciária no âmbito estatal é exercida pelos policiais civis.
Como o próprio nome já indica, a polícia militar, pelo caráter preventivo, tem a
finalidade da manutenção da ordem na sociedade. Previne a ocorrência de ilícitos penais, ou
"impede a prática de fatos que possam lesar ou pôr em perigo os bens individuais"
(BARBOSA, 2009. p. 18), bem como, sujeita-se ao sistema normativo do Direito
Administrativo.
De outro modo, ainda de acordo com Barbosa (2009, p. 18), a Polícia Civil realiza a
busca pela verdade real e é subordinada às regras do Direito Processual Penal. Como polícia
judiciária é esta a responsável pela fase investigatória, visto que atua após a existência do
delito penal, de forma a averiguar as circunstâncias, colher provas de materialidade do local
do fato criminoso e apontar os indícios de autoria suficientes à denúncia pelo titular da ação
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penal pública, qual seja o Ministério Público, ou ainda, nos casos de queixa-crime, pelo
particular, ofendido.
A polícia civil, nos termos do § 4º do art. 144 da Constituição Federal tem como
atribuição a atuação repressiva, exercendo atividades de polícia judiciária e a apuração de
infrações penais, exceto as de natureza militar (BRASIL, 1988).
Portanto, a Polícia Civil é um órgão da segurança pública que atua após a prática de
uma infração penal, com o objetivo de auxiliar o poder judiciário a levantar provas ao
esclarecimento do caso, cumprindo, dessa forma, a sua missão de polícia judiciária
(LAZZARINI, 2003, p. 101). Logo, não atua na prevenção de delitos.
A polícia militar, por sua vez, exerce policiamento de natureza preventiva,
objetivando, segundo Barbosa (2009, p. 18), impedir a prática de delitos que possam lesar ou
colocar em perigo bens jurídicos individuais.
Por expressa determinação constitucional, a teor do disposto no § 5º, do art. 144 da
Constituição, a polícia militar compete o policiamento ostensivo e a preservação da ordem
pública (BRASIL, 1988).
Essa dicotomia acaba por contribuir para o enfraquecimento das forças policiais, já
que a atuação não é eficiente no que tange a segurança pública. Significa dizer, portanto, que
o excesso de instituições policiais, mormente a divisão entre trabalho ostensivo e repressivo,
não contribui para o fortalecimento dos órgãos de segurança pública, muito pelo contrário.
Nesse contexto, não há que se falar em realização do ciclo completo de polícia, pois
enquanto a polícia militar atua na prevenção e preservação da ordem pública, a polícia civil é
a responsável pela apuração das infrações penais. São atribuições diversas, bem delimitadas
pelo próprio texto constitucional.
Vale destacar que o ciclo completo de polícia, segundo Pereira (2006, p. 53), consiste
no “[...] conjunto de atividades policiais que englobam a prevenção e a repressão dos delitos,
por meio de ações de polícia ostensiva e de investigação criminal”, nas mãos de uma só
polícia. Logo, o policiamento preventivo e repressivo é realizado por uma única força policial.
Semelhante são os ensinamentos de Santos Júnior, Formehl e Piccoli (2014), os quais
defendem ser o ciclo completo de polícia a “[...] concessão da sequência de todas as
atribuições da polícia administrativa e judiciária, de forma a garantir os objetivos da
segurança pública”.
Segundo Lazzarini (2003, p. 96), o ciclo de polícia se configura pela atuação da
polícia administrativa na primeira fase, enquanto a polícia administrativa ou judiciária,
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dependendo do caso, atua na segunda fase, investigando a prática de infrações penais, salvo as
de natureza militar.
Em que pese esta delimitação, como enfatizam Garcia e Oliveira (2015, p. 09), não
raras vezes há a ingerência de uma polícia no âmbito de atribuição da outra, o que gera
insegurança e compromete a eficácia da atuação das forças policiais.
Isso se deve porque polícia militar e civil acabam por se tornar organizações concorrentes,
sem qualquer interação, problema este que reflete no combate à criminalidade (SANTOS
JÚNIOR; FORMEHL; PICCOLI, 2014), levando a repensar o modelo de polícia adotado no
Brasil.
Ao contrário da especialização que se espera da divisão de competências no âmbito
das polícias estaduais, dando maior amplitude à atuação das forças policiais, a coexistência de
duas polícias no âmbito dos Estados acaba por enfraquecer as instituições exatamente por não
operarem com o ciclo completo de polícia.
Nesse cenário, várias são as propostas de alteração do texto constitucional, muitas
delas voltadas à implementação do ciclo completo de polícia, o que leva a reconhecer que se
preconiza uma reforma na estrutura policial no Estado brasileiro, problema este que será
investigado ao longo do trabalho de conclusão de curso.
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7 CRONOGRAMA

ANO 2017 FEV MAR ABR MAIO JUN JUL


Identificação do tema e X
delimitação do objeto de estudo
Aprofundamento teórico X X
Elaboração e entrega do Projeto X X
de Pesquisa
Encaminhamento ao orientador X
Revisão da literatura e X
fichamento
Tabulação dos dados e redação X
prévia
Revisão e entrega da versão X
final do TCC para defesa

8 REFERÊNCIAS PRELIMINARES

BARBOSA, Manoel Messias. Inquérito policial. 7. ed. São Paulo: Métodos, 2009.
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BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.


Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso
em: 08 maio 2017.

BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito constitucional. 15. ed. Belo Horizonte: Del Rey,
2009.

CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Makron
Books, 1996.

CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 4. ed. São Paulo: Cortez,
2000.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

LAZZARINI, Álvaro. Direito administrativo da ordem pública. 2. ed. Rio de Janeiro:


Forense, 2003.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade.
Petrópolis: Vozes, 2001.

SANTOS JÚNIOR, Aldo Antonio dos; FORMEHL, Kelly Cristina; PICCOLI, Daniela Lain.
O ciclo completo de polícia no Brasil. Revista de Antropologia Experimental, n. 11, 2014.

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