Painel Europeu da Inovação 2019
Resumo
O Painel Europeu da Inovação (PEI) anual fornece uma
avaliação comparativa do desempenho dos Estados-
Membros da UE e dos países terceiros selecionados
em matéria de investigação e de inovação, e
apresenta também os pontos fortes e fracos dos
respetivos sistemas de investigação e de inovação.
Ajuda os países a avaliar os domínios nos quais
devem concentrar os seus esforços a fim de
melhorarem o seu desempenho da inovação.
O PEI deste ano revela que o desempenho da
inovação. continua a aumentar a um ritmo constante.
Apesar de se esperar uma melhoria num futuro
próximo, os progressos continuam desiguais na UE.
A UE ultrapassou os Estados Unidos mas está a
perder para o Japão e para a Coreia do Sul
A nível mundial, a UE continua atrás da Coreia do Sul,
do Canadá, da Austrália e do Japão. No entanto,
comparativamente ao ano passado, ultrapassou os
Estados Unidos (Figura 1). Em relação ao Japão e à
Coreia do Sul, a UE tem vindo a ficar para trás, e o
fosso entre os respetivos desempenhos deverá
continuar a aumentar nos próximos anos. A UE
melhorou a sua posição em relação à Austrália, ao
Canadá e aos Estados Unidos. A China está a ganhar
terreno, apresentando uma taxa de crescimento da
inovação duas vezes superior à da UE. A liderança da
UE em relação ao Brasil, à Índia, à Rússia e à África do
Sul continua a ser considerável.
Figura 1: Desempenho global
South Korea
Canada 118
Australia 112
Japan 111
EU 100
United States 99
China 80
Brazil 58
Russia 46
India
39
South Africa 37
0 25 50 75 100 125
As barras mostram o desempenho dos países em 2018 em
comparação com o desempenho da UE em 2018.
O desempenho da inovação melhorou na UE e na
maioria dos Estados-Membros
Em média, o desempenho da inovação da UE
aumentou em 8,8 pontos percentuais desde 2011,
devido, em particular, a um forte aumento do
desempenho nos seguintes indicadores: Novos
doutorados, copublicações científicas internacionais e
penetração da banda larga. Desde 2011, o
desempenho da inovação aumentou em 25 países da
UE e diminuiu em três. O desempenho aumentou mais
acentuadamente na Lituânia, na Grécia, na Letónia,
em Malta, no Reino Unido, na Estónia e nos Países
Baixos, e diminuiu mais acentuadamente na Roménia
e na Eslovénia. O processo de convergência em que os
países com um desempenho menor estão a crescer
mais rapidamente do que os países com um
desempenho maior acelerou na UE em 2018.
Os Estados-Membros são classificados em quatro
grupos de desempenho com base nas suas
pontuações de desempenho médias
Com base nas respetivas pontuações de desempenho
médias calculadas com recurso a um indicador
compósito, o Índice Sumário da Inovação, os Estados-
Membros dividem-se em quatro grupos de
desempenho diferentes (Figura 2). A Dinamarca, a
Finlândia, os Países Baixos e a Suécia são Líderes da
Inovação, com desempenhos bastante acima da média
da UE. A Áustria, a Bélgica, a Estónia, a França, a
Alemanha, a Irlanda, o Luxemburgo e o Reino Unido
são Fortes Inovadores, com desempenhos acima ou
próximos dos da média da UE. Os desempenhos da
Croácia, de Chipre, da República Checa, da Grécia, da
Hungria, de Itália, da Letónia, da Lituânia, de Malta, da
Polónia, de Portugal, da Eslováquia, da Eslovénia e de
137
Espanha são inferiores aos da média da UE. Estes
países são Inovadores Moderados. A Bulgária e a
Roménia são Inovadores Modestos, com desempenhos
muito inferiores aos da média da UE.
Na edição deste ano, a Estónia (anteriormente um
Inovador Moderado) junta-se ao grupo dos Fortes
Inovadores . O Luxemburgo e o Reino Unido
(anteriormente Líderes da Inovação) desceram para o
grupo dos Fortes Inovadores e a Eslovénia
(anteriormente um Forte Inovador) desceu para o
150
grupo dos Inovadores Moderados.
 Painel Europeu da Inovação 2019

Figura 2: Desempenho dos sistemas de inovação dos Estados-Membros da UE

160

140

120

100

80

60

40

20

0
RO BG HR PL LV HU SK LT EL ES IT MT CY SI CZ PT EE EU FR IE AT BE DE UK LU NL DK FI SE
MODEST INNOVATORS MODERATE INNOVATORS STRONG INNOVATORS INNOVATION LEADERS 2011

As colunas a cor apresentam o desempenho dos Estados-Membros em 2018, utilizando os dados mais recentes de 27 indicadores, em comparação com a UE em
2011. As colunas cinzentas apresentam o desempenho dos Estados-Membros em 2011 em comparação com o desempenho da UE em 2011. Foi utilizada a mesma
metodologia de medição todos os anos. As linhas a tracejado indicam os limiares entre os grupos de desempenho em 2018, comparando o desempenho dos Estados-
Membros em 2018 com o da UE no mesmo ano.

O desempenho dos sistemas de inovação é medido investigação atrativos (nomeadamente copublicações

pelo desempenho médio de 27 indicadores
O novo sistema de medição utilizado no âmbito do PEI
distingue quatro tipos principais de indicadores e dez
dimensões de inovação, que contêm, no total, 27
indicadores diferentes. O indicador Condições-Quadro
mede os principais impulsionadores de desempenho de
inovação externos à empresa e abrange três dimensões
de inovação: Recursos Humanos, Sistemas de
investigação atrativos e Ambiente propício à Inovação. O
indicador Investimentos mede o investimento público e
privado na investigação e na inovação e abrange duas
dimensões: Financiamento e apoio e Investimento das
empresas. O indicador Atividades de inovação mede os
esforços de inovação ao nível da empresa, agrupados em
três dimensões de inovação: Inovadores, Ligações e
Património Intelectual. O indicador Impactos mede os
efeitos das atividades de inovação das empresas em
duas dimensões de inovação: Impactos no Emprego e
Impactos nas Vendas.
Desde 2011, os progressos têm vindo a acentuar-se nas
seguintes dimensões: Ambiente propício à Inovação
(nomeadamente penetração da banda larga), Recursos
humanos (nomeadamente doutorados), Investimento das
empresas (nomeadamente empresas que prestam
formação no domínio das TIC) e Sistemas de
internacionais). É igualmente positivo o facto de o capital
de risco ter aumentado de forma significativa. Em
contrapartida, as despesas públicas em I&D, em
percentagem do PIB, continuam abaixo do seu nível de
2011.
Continuidade e aperfeiçoamento metodológico
O sistema de medição principal para o Painel Europeu da
Inovação foi modificado significativamente em 2017.
Relativamente à edição deste ano, não foram realizadas
quaisquer alterações ao sistema de medição principal.
Contudo, uma vez que foram realizadas revisões de
dados no caso de alguns indicadores, os resultados dos
anos anteriores apresentados no presente relatório não
são diretamente comparáveis com os apresentados nas
anteriores edições do PEI. Tendo em conta a necessidade
de mais análises contextuais a fim de compreender
melhor as diferenças de desempenho relativas aos
indicadores de inovação utilizados no sistema de
medição principal, foi introduzido um conjunto de
indicadores contextuais no perfil dos países na edição de
2017, que foram revistos na edição de 2018.
Relativamente ao relatório deste ano, não foram
introduzidas quaisquer alterações nos indicadores
contextuais.