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Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
EXMO. (A) SR. (A) DR. (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE
MANDAGUARI – PR.
SÍNTESE DO PEDIDO
DO MÉRITO
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Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJSD3 LM7UD MRE2D 4YXHR
DA VERDADE DOS FATOS
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Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJSD3 LM7UD MRE2D 4YXHR
Desta forma Excelência, cumpre ressaltar que o grupo no qual a autora
é participante encontra-se em pleno andamento, sendo a próxima assembleia a ser realizada em
23/02/2019, a de nº. 83, no total de 250 assembleias, conforme relatório de assembleias do ano de 2019,
documento anexo, ou seja, está em atividade até JANEIRO/2033.
PROJUDI - Processo: 0005182-80.2018.8.16.0109 - Ref. mov. 65.1 - Assinado digitalmente por Alysson Tosin
25/02/2019: JUNTADA DE PETIÇÃO DE CONTESTAÇÃO. Arq: Contestação
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Ao aderir ao contrato de consórcio, a requerente tinha plena ciência de que,
por meio do sistema de consórcio, tratava-se da aquisição de uma carta de crédito estipulada no valor atual de
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É possível verificar também às fls. 33
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moldes do extrato da cota anexo, sendo que após esta data não efetuou mais nenhum pagamento, tornando-se
inadimplente.
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25/02/2019: JUNTADA DE PETIÇÃO DE CONTESTAÇÃO. Arq: Contestação
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Neste sentido, Excelência, fica caracterizada que a quebra contratual, se
deu por culpa única e exclusiva da requerente, nada tendo feito a requerida Recon para ocorrência
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Somente é possível a realização de restituição de valores de quem
efetivamente detém a posse da quantia, ou seja, se foi depositada em conta de titularidade de A. A. de Lima,
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Não se trata de uma simples cláusula contratual que poderia ser anulada
caso verificado qualquer irregularidade, mas sim de dispositivo legal específico para o sistema de
consórcio, não podendo simplesmente ser ignorado.
LEI Nº 11.795, DE 08 DE OUTUBRO DE 2008
“Art. 22. A contemplação é a atribuição ao consorciado do crédito para a
aquisição de bem ou serviço, bem como para a restituição das parcelas
pagas, no caso dos consorciados excluídos, nos termos do art. 30.
(…)
§ 2º Somente concorrerá à contemplação o consorciado ativo, de que trata o
art. 21, e os excluídos, para efeito de restituição dos valores pagos, na
forma do art. 30.
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25/02/2019: JUNTADA DE PETIÇÃO DE CONTESTAÇÃO. Arq: Contestação
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Assim, a autora, por ser uma consorciada desistente, está participando
normalmente das assembleias destinadas aos excluídos/desistentes, a fim de restituição, podendo ser
Neste mesmo ínterim, a empresa contestante, data máxima vênia, traz ainda
outro recente julgado, Turma Recursal da 2ª região – Arapiraca/AL, em caso semelhante, no qual reconheceu
que somente é justo a restituição dos valores pagos em contrato de consórcios, após o encerramento do
grupo, senão vejamos:
Recurso Inominado n. 0000494-07.2012.8.02.0358 (2.2012.017.679-3/0)
Origem: Juizado Especial de Arapiraca / AL
Recorrente: Recon Administradora de Consórcio LTDA
Recorrido (a): Orlando Alexandre Correia
EMENTA
CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. FALHA NO SERVIÇO. DEVOLUÇÃO
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DE VALORES PAGOS A CONSÓRCIO. PAGAR NO TÉRMINO DO
CONTRATO. AUSÊNCIA DE ENTREGA DE FATURAS. NÃO CABE
Assim sendo, nos termos elencados pela empresa contestante, percebe-se que
o pleito vertido na exordial não merece prosperar, tendo em vista não conter fundamentos jurídicos e fáticos
capazes de constituir e justificar a procedência do pedido.
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Assembleia Geral Ordinária ou no encerramento do grupo, caso não seja
contemplado por sorteio, respeitadas as disponibilidades de caixa e na
EMENTA
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dias após o encerramento do plano, considerando-se como tal, no caso, a
data prevista no contrato para a entrega do último bem. (Min. Carlos
Outro ponto que merece ser destacado é que, do valor a ser restituído ao final
do plano, deverão ser descontados os relativos à Taxa de Administração (14%) em cada cota e Seguro de
Vida (0,059) no grupo-cota 2004-1555, pois estes valores não integram as contribuições do fundo comum do
grupo (conforme art. 1º do contrato de Participação).
Os seguros são repassados à seguradora, desfrutando o consorciado da
cobertura enquanto participa do grupo.
A taxa de administração, conforme o próprio nome já diz, pertence à
administradora. É sua remuneração pelos serviços inerentes a sua atividade, nos termos do art. 5ª, § 3ª da já
mencionada Lei 11.795/2008, vejamos:
Art. 5º (...)
§ 3º A administradora de consórcio tem direito à taxa de administração, a
título de remuneração pela formação, organização e administração do
grupo de consórcio até o encerramento deste, conforme o art. 32, bem
como o recebimento de outros valores, expressamente previstos no contrato
de participação em grupo de consórcio, por adesão, observados ainda os
arts. 28 e 35.
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Da Clausula Penal
Estabelece ainda a cláusula 39ª do já referido Contrato de Participação à
Tais percentuais são plenamente lícitos, pois visam repor parte dos prejuízos
causados ao grupo pelo desistente, estando amparado no próprio C.D.C. (art. 53, § 2º) e na corrente
absolutamente majoritária de nossa doutrina e jurisprudência. Neste sentido pedimos permissão para
mencionarmos alguns julgados:
“Lei 8078/90 – art. 53, §2º: “Nos contratos do sistema de consórcio de
produtos duráveis, compensação ou a restituição das parcelas quitadas, na
forma deste artigo, terá descontada, além da vantagem econômica auferida
com a fruição, os prejuízos que o desistente ou inadimplente causar ao
grupo.”
Ementa – Consórcio – Cláusula Penal – Prefixação dos prejuízos –
Possibilidade.
Prevendo o regulamento do grupo consortil a retenção de percentual dos
valores a serem devolvidos ao desistente ou inadimplente, é lícito à
administradora assim proceder, por ser uma pena compensatória dos
prejuízos causados pela saída abrupta de um dos integrantes do grupo. Em
uma reunião de pessoas com a finalidade de aquisição de bens duráveis,
como são os grupos de consórcio, todos são consumidores e para o natural
equilíbrio contratual os que permanecem pagando suas mensalidades
merecem ser protegidos pela lei. Recurso provido. (Apelação Cível n. º
195.182.753 - 2ª Câmara Cível).
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Sabemos que no sistema de consórcio a moeda é o preço do bem objeto do
plano. É a variação do preço do bem que vai indexar o contrato, já que as prestações e a carta de crédito são
Destarte, na trilha dos mestres, ao autor cabe a prova dos fatos constitutivos
da relação jurídica litigiosa. O réu, por seu lado, deve prover a prova de suas afirmações, se alega fatos
impeditivos, extintivos ou modificativos. Assim, em conclusão - trazendo à luz os sempre oportunos
ensinamentos de Levenhagen -, o fato ou os fatos que fundamentam o pedido da autora, constantes da petição
inicial, não podem limitar-se a simples alegações, mas, ao contrário, devem ser comprovados, para que
possam ser levados em conta pelo juiz na sua decisão.
O dever de produzir as provas necessárias à comprovação da existência e da
veracidade desses fatos é que vem a ser o ônus da prova (do latim onus probandi, dever de provar) que, na Lei
Processual brasileira, vem expressa no artigo 373, quando atribui ao autor o dever de produzir as provas
quanto aos fatos que fundamentam o seu pedido. À autora, portanto, atribui-se o ônus da prova quanto aos
fatos constitutivos da ação. (in "Com. ao Código de Processo Civil", p.110 e ss., Atlas).
Nessa trilha de raciocínio, percebe-se que a autora não obteve êxito em
provar suas alegações, especialmente aquela em que faria nascer o seu direito de ter o valor restituído de forma
imediata e integral. Igualmente não provou as condições autorizadoras da inversão do ônus da prova, insertas
no art. 6, VIII, do CDC.
Nesse sentido é jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER. FORNECIMENTO DE IMAGENS
GRAVADAS PELAS CÂMERAS DE SEGURANÇA DO BANCO RÉU.
SAQUES REALIZADOS POR TERCEIRO NÃO TITULAR DA CONTA-
CORRENTE. ÔNUS DA PROVA DA PARTE RÉ. Uma vez comprovado
o fato constitutivo do seu direito pela parte autora, cabia ao réu o ônus
de provar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor,
nos termos do que disciplina o artigo 333 do CPC. (…) RECURSO
DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70043805712, Décima Sexta Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Catarina Rita Krieger Martins,
Julgado em 25/10/2012).
PROJUDI - Processo: 0005182-80.2018.8.16.0109 - Ref. mov. 65.1 - Assinado digitalmente por Alysson Tosin
25/02/2019: JUNTADA DE PETIÇÃO DE CONTESTAÇÃO. Arq: Contestação
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JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. RECURSO INOMINADO.
CONSUMIDOR. TELEFONIA. COBRANÇA INDEVIDA.
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Neste sentido:
“A indenização do dano moral somente se justifica em razão da violação de
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c- um nexo de causalidade entre tais elementos. Comprovada a existência
desses requisitos em um dado caso, surge um vínculo de direito por força do
Trazemos à presente lide, o julgado recente, com caso semelhante ao que nos
encontramos, onde o pedido de danos foi negado em virtude de falta de provas, sob pena de estar-se abrindo
caminho a um enriquecimento sem causa, vejamos:
PODER JUDICIARIO
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 2º Juizado Especial Cível de
Parnamirim
Processo nº: 0012745-79.2012.820.0124
Promovente: RAIMUNDA DUARTE DE OLIVEIRA
Promovido(a): RECON ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO LTDA
No que pertine aos danos morais, não há a mínima prova de que a parte
Autora tenha sofrido eventual angústia, humilhação ou que fosse submetida
à situação capaz de violar de forma aguda sua higidez psíquica, sua honra,
imagem ou qualquer dos direitos personalíssimos tutelados
constitucionalmente, de modo que não deve ser reconhecido um dano moral
inexistente, sob pena de estar-se abrindo caminho a um enriquecimento sem
causa. Ausente, portanto, o dever de a parte ré indenizar a parte autora por
eventual dano moral.
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Desta forma, é cristalino que o entendimento jurisprudencial e doutrinário
para o arbitramento do quantum indenizatório impõe uma reflexão prévia sobre o que entendemos por dano,
DO PEDIDO
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parte autora ao grupo e à administradora em razão da quebra do contrato, além dos valores referentes à Taxa de
Administração, Seguro de Vida, e a Cláusula Penal.