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O documento discute a evasão de estudantes mulheres da faculdade devido à gravidez, notando que mais de 10% das meninas brasileiras abandonaram os estudos por esse motivo. A legislação brasileira garante licença-maternidade estendida de seis meses para estudantes grávidas, porém na prática essas leis nem sempre são cumpridas e muitas alunas enfrentam preconceito. Apesar disso, é possível conciliar gravidez e estudos com apoio e flexibilidade por parte da instituição de ensino.
Originalbeschreibung:
pesquisa aprofundada sobre a evasão da gravidez na faculdade
O documento discute a evasão de estudantes mulheres da faculdade devido à gravidez, notando que mais de 10% das meninas brasileiras abandonaram os estudos por esse motivo. A legislação brasileira garante licença-maternidade estendida de seis meses para estudantes grávidas, porém na prática essas leis nem sempre são cumpridas e muitas alunas enfrentam preconceito. Apesar disso, é possível conciliar gravidez e estudos com apoio e flexibilidade por parte da instituição de ensino.
O documento discute a evasão de estudantes mulheres da faculdade devido à gravidez, notando que mais de 10% das meninas brasileiras abandonaram os estudos por esse motivo. A legislação brasileira garante licença-maternidade estendida de seis meses para estudantes grávidas, porém na prática essas leis nem sempre são cumpridas e muitas alunas enfrentam preconceito. Apesar disso, é possível conciliar gravidez e estudos com apoio e flexibilidade por parte da instituição de ensino.
Engravidar durante a faculdade pode levar muitas mulheres a abandonar o
curso, seja por questões relacionadas à saúde ou a dificuldade de conciliar os estudos com as novas demandas da gravidez. De acordo com uma pesquisa feita pela ONG Todos Pela Educação, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que mais de 10% das meninas brasileiras abandonaram os estudos e o motivo foi uma gravidez. Em outra faixa de gráfico, 25% relataram que deixaram de estudar porque tinham que cuidar dos filhos em casa.
Entretanto, é possível continuar estudando mesmo durante a gestação. Ao entrar
em vigor, a licença-maternidade para alunas gestantes representou um avanço na luta das mulheres por igualdade. Porém, esse direito ainda é pouco difundido, fazendo com que muitas estudantes tranquem a faculdade por causa da gravidez.
O decreto-lei (DL) 1.044/69 foi criado para possibilitar o regime de exercícios
domiciliares às pessoas doentes que ficam impossibilitas de frequentar a escola. Em 1975, a lei nº 6.202 estendeu esse direito para as mulheres grávidas, garantido que a partir do oitavo mês de gestação e durante três meses a estudante em estado de gravidez pode estudar em casa e realizar seus exercícios de forma domiciliar.
Em março de 2018 a Câmara aprovou a ampliação desse período de
afastamento de três meses para seis meses. Atualmente, a mulher pode fazer os seus exercícios, trabalhos e provas em casa. No entanto, em caso de estágio obrigatório, é necessário cumprir a carga horária estabelecida. Isso também é válido para aulas práticas no laboratório.
Apesar da legislação favorável, a prática mostra uma realidade diferente e cheia
de desafios. Ter a oportunidade por lei de continuar a estudar durante a gravidez pode ser algo louvável pela gestante, porém, nem tudo são flores. São muitas as queixas sobre o não cumprimento da lei em instituições de ensino brasileiras.
Em sua maioria, as reclamações são sobre cobranças indevidas, faltas injustas,
o não acatamento do atestado que dá direito à licença, falta de informação nas secretarias das instituições e informações erradas. Além de ser comum o preconceito das pessoas com as estudantes grávidas. Ou seja, a falta de infraestrutura das instituições contribui para as alunas optarem por trancar o curso a tentarem outras possibilidades.
Isso é evidenciado pelos dados da pesquisa do Ministério da Educação junto
com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). De acordo com o levantamento, a evasão escolar ocasionada por uma gestação atinge cerca de 18,1% das mulheres entre 18 a 29 anos contra 1,3 dos homens. A própria legislação não garante a licença-paternidade para estudantes homens, confirmando a ideia retrógrada da total responsabilidade feminina para os cuidados com a criança.
Como conciliar os estudos e a gravidez
Para conseguir conciliar a gravidez com os estudos, é importante que a
estudante avalie diferentes quesitos, como, por exemplo, o apoio familiar, a participação do pai no processo, questões financeiras e a saúde psicológica. Caso opte por levar a gestação em conjunto com a faculdade, a aluna pode entrar em um acordo com os professores e a coordenação do curso a possibilidade de antecipar provas e trabalhos.