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Documentos Vivenciados
Claudio Correia de Oliveira Neto
(Organizador)
Alexsandro Lopes da Costa
George Vinícius Lima da Silva
José Carlos Arcelino da Silva
Leonardo da Silva
Moises Cunha Cavalcante
Thalles Henrique Araújo da Silva
Documentos Vivenciados
Cláudio Correia de Oliveira Neto
(Organizador)
Alexsandro Lopes da Costa
George Vinícius Lima da Silva
José Carlos Arcelino da Silva
Leonardo da Silva
Moises Cunha Cavalcante
Thalles Henrique Araújo da Silva
Sobre o organizador
Introdução
A presente obra é parte dos esforços do Arquivo Metropolitano da
Arquidiocese de Natal (AMAN) em promover uma política institucional de
proteção e promoção dos Bens Culturais da Igreja e do seu rico patrimônio
histórico cultural da Arquidiocese. O e-book “Bens Culturais da Igreja –
Documentos Vivenciados” é mais um fruto dos 12 anos de trabalhos da equipe
técnica do AMAN coordenado pela irmã Vilma Lúcia de Oliveira em conjunto com
o diácono João Manoel Neto e assessorada inicialmente pela historiadora
Margarida Maria Dias de Oliveira, e atualmente pelos historiadores Poliana
Cláudia Martins da Silva e Cláudio Correia de Oliveira Neto.
Resultado da disciplina Bens Culturais da Igreja ministrada no Seminário
de São Pedro, Natal, Rio Grande do Norte, este e-book reúne as 7 Cartas Pastorais
produzidas pela Comissão Pontifícia para os Bens Culturais da Igreja no período
de 1992 e 2006 que tratam dos mais diversos bens da Igreja. Além de conter
crônicas dos seminaristas que cursaram a disciplina e a luz dos textos estudados,
refletiram, cada uma a sua maneira, sobre o uso dos bens culturais na celebração
dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu em 03 de outubro de 2018.
Nosso intuito com a obra é fazer com que a comunidade arquidiocesana de
Natal conheça minimamente os seus deveres para com a preservação dos bens
culturais da igreja e usufrua deles da melhor maneira possível Esperamos que a
leitura das Cartas Pastorais e crônicas sensibiliza o povo de Deus a conhecer e
cuidar do legado material e imaterial da Santa Madre Igreja.
Esta iniciativa de insere em uma maior que é o I Colóquio de Bens
Culturais da Igreja realizado em parceria com o Seminário de São Pedro em 28
de outubro de 2018. O evento conta com a publicação de mais um e-book, “Educar
para preservar” que sistematiza a experiência da disciplina ministrada, uma mesa
redonda com os representantes dos laboratórios do departamento de História da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte e o lançamento do curso a distância
de Bens Culturais da Igreja no blog do AMAN. Em breve haverá ainda o
lançamento dos catálogos do AMAN com o e-book das Cartas Pastorais
comentadas por especialistas da área de Patrimônio Histórico Cultural e Bens
Culturais da Igreja.
Desejo a todos uma frutífera leitura das Cartas e das crônicas que nos
sensibilize para a preservação e promoção dos bens culturais da igreja que nos
cercam no nosso cotidiano e nos inspire.
PROT. 121/90/18
O nosso Santo Padre João Paulo II, desejando sinceramente uma frutuosa
valorização dos bens culturais da Igreja na obra de evangelização, como solicitado
pelos recentes acontecimentos históricos e preocupada com a proteção deste
precioso património artístico e histórico da Igreja e da humanidade como um
todo, procurou estimular um dinamismo renovado na Igreja em relação a esses
valores. Ele, portanto, estabeleceu um novo organismo dentro da Cúria Romana,
que poderia cuidar desta área específica de atividade pastoral e cultural.
12. A área a que nos referimos não inclui apenas a arte sacra (arquitetura,
pintura, escultura, mosaicos, música, decoração interna e todas as outras formas
de arte relacionadas com a produção da liturgia e do culto), mas também
bibliotecas, arquivos, museus muitos dos quais ainda estão surgindo hoje e estão
sendo renovados ou atualizados com uma qualificação eclesiástica particular. A
promoção e o cuidado de todas essas áreas devem ser considerados como um
serviço de grande valor oferecido a toda a comunidade cristã, sob cuja proteção
permanece uma parte tão visível do patrimônio cultural da humanidade.
14. A formação deve lidar sobretudo com este tipo de integração, especialmente
se os candidatos ao sacerdócio vêm de um ambiente caracterizado por uma
cultura técnica unilateral prevalente e uma "mentalidade científica",
apresentando assim lacunas graves do ponto de vista da experiência estética,
sensibilidade histórica e literária, uma consciência "participante" em relação ao
mundo artístico e, acima de tudo, a capacidade de compreender esses valores.
15. É sensato recordar aqui que o ambiente onde está educação se realiza
representa já em si um lugar de potencial educativo. Mesmo um ambiente simples
ou moderno será mais ou menos capaz de facilitar uma atmosfera de
recolhimento e aumentar o crescimento de uma sensibilidade estética
adequada. Isso é ainda mais matiz se alguém vive em lugares cheios de história e
arte.
16. A própria vida comunitária também pode ser importante para o nosso
objetivo. Estimular um sentido de participação ativa e assumir a
responsabilidade, ensinando um espírito de colaboração e compreendendo os
próprios limites, aumentando o respeito pelos dons alheios e a capacidade de
explorar esses dons, guiando-os ao serviço do Evangelho, são apenas alguns dos
componentes desse aspecto da educação para o ministério presbiteral.
correto e frutífero com o mundo dos artistas. Nada pode inibir uma apreciação do
tom e do belo mais do que uma mentalidade estreita.
19. O que dissemos até agora certamente não pretende subestimar a contribuição
específica da formação intelectual para uma solução do nosso problema por meio
de uma estrutura apropriada de cursos acadêmicos. Queremos apenas colocar
esta área de formação decisiva e essencial dentro do contexto mais amplo do
crescimento global de um indivíduo, que também deve constituir o objetivo da
formação acadêmica.
EDUCADORES E MEIOS
25. Todos os responsáveis pela formação atual devem ter uma boa sensibilidade
para com o problema aqui sublinhado porque, como esperamos ter demonstrado,
a aquisição da sensibilidade correta no campo da promoção, proteção e
20
26. Seria sensato, nesse sentido, fornecer treinamento especializado para aqueles
membros do corpo docente que poderiam ser encarregados de ensinar assuntos
como trabalho pastoral, arte sacra, arqueologia cristã, ciência de arquivo,
biblioteconomia. Além do que já foi feito admiravelmente em muitas partes do
mundo, bem como pelos Institutos Pontifícios em Roma (15), pode-se estudar a
possibilidade de coordenar os recursos disponíveis e estabelecer um projeto para
a formação de obreiros eclesiásticos para bens culturais em cada um deles, nação
ou região. Dessa forma, eles poderiam oferecer não apenas a necessária alta
competência científica, mas também a necessária sensibilidade teológica e
eclesiástica, juntamente com uma formação específica no ensino desses assuntos,
particularmente em seminários e casas de estudos.
Além disso, ficaríamos encantados se, durante uma das reuniões do seu
clero, Vossa Excelência pudesse informá-los do crescente esforço que pedimos a
todos eles no que diz respeito à nossa responsabilidade em relação ao patrimônio
artístico e histórico da Igreja desde o início de sua atividade de
formação. Agradecemos a Vossa Excelência por sua atenção e preocupação, e
seríamos realmente gratos por qualquer informação relativa à realização destas
sugestões em sua Diocese, que nos permita aproveitar essas experiências como
ajuda a outras Igrejas.
FRANCESCO MARCHISANO
Secretária
6) Cf. Congregação para o Clero Carta Circular aos Presidentes das Conferências
Episcopais sobre o cuidado do patrimônio artístico e histórico da Igreja , 21 de
abril de 1971.
8) Cf. João Paulo II, Exortação Apostólica pós-sinodal, Pastores dabo vobis ,
art. 55
10) João Paulo II, Exortação Apostólica pós-sinodal, Pastores dabo vobis ,
62; ref. Congregação para a Educação Católica, carta circular sobre alguns dos
23
13) Cf. por exemplo: Conferência Episcopal Italiana, Regulamento para estudos
teológicos nos seminários maiores, p. 49. 74-76; Conferência Episcopal
Espanhola, La formacion par el ministerio presbiteral , 1986, p.129; Conferência
Episcopal Mexicana, Ordinamento basico dos estudos para a formação
sacerdotal no México , 1988, p. 177; Conferência Episcopal
Alemã, Rahmenordnung für Priesterbildung , 1978, p. 61; etc.
14) Dada a grande variedade de situações locais, esta Comissão prefere não
elaborar diretamente um programa orgânico que regula os aspectos artísticos,
jurídicos, pastorais e organizacionais do mestre do assunto como um todo,
concernentes à relação entre os sacerdotes e os bens culturais históricos e
artísticos do mundo. a Igreja na convicção de que tais programas completos e
eficientes podem ser elaborados localmente de acordo com as indicações
estabelecidas nesta carta circular.
As bibliotecas eclesiásticas na
missão da Igreja
(19 de março de 1994)
25
Prot. 179/91/35
Vossa Excelência,
Com este objetivo em mente e consciente das tarefas que lhe são atribuídas
pela Constituição Apostólica " Pastor Bonu s" (ver Prefácio, e art.4) - repetido e
sublinhado agora no "motu proprio" acima mencionado - nós tentamos trabalhar
para que todo o povo de Deus - e principalmente os sacerdotes atuais e futuros -
"magis magisque conscius fiat" da importância e necessidade do papel do
Patrimônio Cultural em expressar e aprofundar a fé.
Esta foi a recomendação de São Paulo para Timóteo, numa época em que
ele estava reduzindo sua vida ao essencial, quando sentiu que havia alcançado o
pôr do sol e queria usar o que restava para que "todos os gentios pudessem ouvir
a mensagem" (2Tim. 4, 17).
1.1 Também a Igreja, instituída por Cristo para levar a mensagem de salvação a
todos os povos e proteger sua memória viva, dentro das tradições das sociedades
e culturas, onde a assimilação da fé pode florescer, cuida "de livros e
pergaminhos" porque é estimulado por um profundo interesse pela cultura de
todos os povos e nações. De fato, no curso de sua história, a Igreja "usou as
diferentes culturas para difundir e explicar a mensagem cristã, para estudá-la e
aprofundá-la" (Concílio Vaticano II, Constituição Pastoral " Gaudium et Spes Em
outras palavras: o anúncio do Evangelho, através da vida e do pensamento da
Igreja, envolve, por sua própria natureza, o desenvolvimento de um processo de
"inculturação". Em termos definidos, isto significa nada mais do que unir os fatos
culturais gerados pela "encarnação do Evangelho nas culturas autônomas" e a
"introdução dessas culturas na vida da Igreja" (João Paulo II, Carta Encíclica
" Slavorum Apostoli ")2.VI.1985, n.21, veja "Exeunte Coetu Secundo", Relatório
final do extraordinário Sínodo de 1985, II. D4).
2.1 Embora no quadro geral de seu desenvolvimento histórico não tenha havido
falta de algumas regressões, a Igreja tem participado de maneira determinada na
moldagem de instituições culturais, muitas vezes com um impulso inovador e
com resultados duradouros. Isso ocorreu, direta ou indiretamente, também em
relação à evolução específica das instituições bibliotecárias.
3.2 Sob este disfarce, esta Pontifícia Comissão pretende, com o presente
documento, ocupar-se especificamente com as bibliotecas eclesiásticas.
4.1 É necessário que cada diocese e cada congregação religiosa - se ainda não o
fizeram - compilem um inventário e identifiquem as diferentes tipologias das
bibliotecas sob sua responsabilidade. Isso deve ser feito a fim de se chegar a um
consequente planejamento das atividades referentes aos possíveis espaços
adequados necessários tanto para os usuários da biblioteca quanto para a atual
coleção de bibliotecas, além de prever um aumento regular dos fundos de
biblioteca e aquisições de instalações para o trabalho e como auxílio à pesquisa.
Até mesmo seu próprio treinamento profissional será, para ele, uma ajuda
válida em sua missão de comunicar a cultura e ajudar, sempre que possível, as
tentativas daqueles que querem entrar em contato com uma compreensão mais
profunda da mensagem cristã.
32
4.2 Com certeza, os Bispos diocesanos e os Padres gerais das Congregações são
os primeiros indivíduos que desejam um novo processo de revitalização de suas
bibliotecas.
Não estamos cientes dos muitos problemas que tal decisão pode
provocar. No entanto, parece que, a essa altura, os tempos reivindicam da Igreja
essa presença e essa fermentação cultural dentro da cidade.
4.5 Não se pode ignorar um fato que diz respeito à vida da Igreja hoje em algumas
nações: a diminuição do clero e a subsequente presença menor de padres, nas
paróquias e instituições solteiras, que eram também os garantes naturais da
conservação e da promoção das bibliotecas paroquiais e das bibliotecas das
associações. O resultado é frequentemente o empobrecimento ou o fechamento
de tais instituições.
das responsabilidades que os esperam a este respeito (ver Carta Circular dirigida
aos Bispos, 15.X.1992).
Parece apropriado neste caso repetir tal apelo, tornando-o mais preciso e
direcionado para: a apreciação e o conhecimento prático do uso da biblioteca que
os seminaristas consultam durante seus estudos filosóficos e teológicos; a
importância da documentação bibliográfica e arquivística, a fim de formar uma
consciência da identidade da própria igreja e da Igreja universal: uma realidade
que o futuro sacerdote não pode se permitir ignorar; o uso de bibliotecas válidas
na atividade pastoral ordinária do sacerdote, onde o material pode ser obtido para
seus estudos e deveriam direcionar aqueles, por sua vez, que pedem para
aprofundar seu próprio conhecimento. O Seminário, que prepara os futuros
sacerdotes, deve assumir a responsabilidade de apoiar essa consciência.
Vossa Excelência,
- acreditamos que, mais uma vez, que o problema mais urgente e radical está
dando para trás a sensibilidade para esta questão em comunidades da Igreja - e
seus pastores - sobre o papel que os Bens Culturais da Igreja têm como
verdadeiros e reais "bens para o trabalho pastoral " Entre eles, agora, temos
destacou coleções de livros que, juntamente com arquivos, constituem a memória
da Igreja em relação à sua própria aprofundamento progressivo da fé e possam
constituir uma "memória" para toda a humanidade quando Ela quer descobrir o
significado de uma cultura cristã ;
- como sempre, ficaríamos felizes em receber uma resposta pensada para essas
nossas observações, para que possamos acompanhar os desenvolvimentos e
sintonizar nossa ação em situações reais, e sugerir iniciativas válidas baseadas na
experiência.
Gostaríamos, mais uma vez, de repetir as palavras do nosso Santo Padre João
Paulo II: "a fé tende por sua própria natureza a expressar-se em formas artísticas
e testemunhos históricos com um potencial intrínseco de evangelização e
dimensão cultural, diante do qual A Igreja é chamada a dar a máxima atenção
"(Motu proprio, " Inde a Pontificatus Nostri initio " , 25.III.1993, Prefácio).
12) Biblioteca Apostólica Vaticana, carta circular assinada pelo Cardeal Mercati
em 1 de novembro de 1942;
13) Pio XII, Exortação Apostólica "Menti nostrae", 23 de setembro de 1950, parte
III;
14) Concílio Vaticano II, Decreto "Presbiterorum Ordinis", capítulo III, 19;
19) João Paulo II, Constituição Apostólica "Pastor Bonus", 28 de junho de 1988,
artigos 99-104;
20) João Paulo II, Motu proprio "Inde a Pontificatus Nostri initio", 25 de março
de 1933.
39
Esta iniciativa e o texto desta carta circular receberam o mais cordial apoio
e aprovação por parte da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as
Sociedades de Vida Apostólica. Considero essencial recorrer a todas as famílias
religiosas a fim de, idealmente, convocar todos a responder de maneira adequada
ao apelo do Santo Padre para "fazer-se magis magisque", isto é, consciente da
importância e da necessidade de conservar, avaliar e valorizar o património
artístico e histórico da Igreja "para o nosso presente e para o futuro.
IGREJAS E EDIFÍCIOS
Com relação ao espaço que está se tornando abundante por causa das
crises vocacionais, seria bom planejar um programa para ser colocado em ação,
que pode levar em consideração não apenas o fator econômico (uma venda pelo
melhor preço possível), mas, acima de tudo, pode justificar o significado histórico
e espiritual das construções individuais. Parece urgente que algumas decisões
relativas à alienação do património imobiliário não sejam tomadas
apressadamente. Antes, deve-se levar em conta os propósitos atribuídos a cada
edifício, em um esforço para manter integral seu objetivo original, especialmente
no caso dos centros litúrgicos. As vastas construções encontradas acima de tudo
em países de tradição cristã antiga não devem ser dadas a especulações duvidosas
de propriedade. Eles devem ser disponibilizados, se possível.
MATERIAL DO MUSEU:
Um desafio para encontrar as raízes mais uma vez
MATERIAL DE ARQUIVO:
A escola da história
DIRETRIZES DE TRABALHO
1) Parece importante que as " relações mútuas " entre bispos e membros de
Institutos e Sociedades Religiosos, e, portanto, entre dioceses e famílias
religiosas, se materializem eficientemente nesta área do patrimônio cultural. Isso
pode acontecer por:
Cultural do passado é testemunhado pelo cuidado com que hoje se promove uma
tradição cultural renovada dentro da Igreja, abrangendo todas as áreas dos bens
culturais conhecidas ao longo da história. É preciso fazer todo o possível para que
a fé e as culturas dos cristãos de hoje e membros dos Institutos Religiosos possam
se traduzir em expressões reais da arte cristã e em depoimentos históricos
adequados.
Gostaríamos de pedir aos membros religiosos que não ignorem esta oportunidade
que pode permitir enviar a Roma os seus irmãos e irmãs em Cristo que se
destinam a ser encarregados desta área de Arte Sacra, Arquivos e Bibliotecas ou
com o ensino destes campos ou com a valorização do patrimônio cultural dentro
de sua Ordem.
6) Neste mesmo nível pode-se colocar todos os programas necessários para dar
espaço ao Patrimônio Cultural; a coordenação e os acordos dentro da Igreja, entre
outros Institutos diocesanos e regionais, bem como eventuais acordos com
administrações civis competentes; a programação comum entre membros de
famílias religiosas e com a igreja local, a nível de pesquisa, proteção, conservação
48
7) Em particular:
CONCLUSÃO
Presidente
[ 2 ] CIC / 1983, cann. 173 § 4; 428 § 2; 482 § 1; 486-491; 535 § 4; 895; 1053;
1082; 1121 § 3; 1133; 1208; 1283 n. 3; 1284 § 2 n. 9; 1306 § 2; 1339 § 3; 1719
[ 3 ] CIC / 1917, cann. 304 § 1; 372 § 1; 375-384; 435 § 3; 470 § 4; 1010 § 1; 1522
n. 3; 1523 n. 6; 1548 § 2; 2405; 2406
[ 4 ] CCEO / 1990, cann. 37; 123 §§ 1 e 3; 189 § 2; 228 § 2; 252 § 1; 256-261; 296
§ 4; 470; 535 § 2; 769 § 2; 774; 799; 840 § 3; 871 § 2; 955 § 5; 1026; 1028 § 2 n. 8;
1050; 1470
69
[ 5 ] João Paulo II, Constituição Apostólica Pastor Bonus (28 de junho de 1988)
art. 99-104.
[ 6 ] João Paulo II, Motu Proprio Inde a Pontificatus Nostri initio (25 de março
de 1993).
[ 7 ] João Paulo II, Constituição Apostólica Pastor Bonus (28 de junho de 1988),
art. 101 § 1.
[ 9 ] Ibid.
[ 15 ] Cfr. CIC / 1983 cann. 381; 375 § 1; 455 § 4º, com as respectivas fontes.
Lata. 487 - §1. Archivum clausum sit oportet eiusque clavem habeant solum
Episcopus e cancellarius; nemini licet illud ingredientes de Episcopi aut
Moderatoris curiae simul et cancellarii licentia.
§2. Ius est i is quorum interesse, documentorum, quae natura sua súplica
quaeque ad statum suae personae pertinent, documentum authenticum scriptum
per photostaticum per be vel per procuratorem recipere.
Lata. 488 - Ex archivo non licet efferre documenta, nisi ad tempus tantum atque
de Episcopi aut insimul Moderatoris curiae et cancellarii consensu.
Lata. 489 - §1. Sit curia dioecesana archivum quoque secretum, aut saltem in
communi archivo armarium seu scrinium, omnino clausum et obseratum, quod
de loco amoveri nequeat, in quo scilicet documenta secreto servanda cautissime
custodiantur.
[ 21 ] Cfr. CIC / 1983, can.1257 - §1. Bona temporalia omnia quae ad Eclesia
universam, Apostolicam Sedem aliasve em Ecclesia personas iuridicas publicas
pertinente, sunt bona ecclesiastica e reguntur canonibus qui sequuntur, necnon
propriis statutis.
[ 22 ] Cfr. CIC / 1983, pode. 1254 - §2. Multas vero proprii praecipue sunt: cultus
divinus ordinandus, honesta cleri aliorumque ministrorum sustentatio
procuranda, ópera sacri apostolatus e caritatis, praesertim erga egenos,
exercenda.
Necessidade e urgência da
inventariação e catalogação dos
bens culturais da Igreja
(8 de dezembro de 1999)
73
Eminência Reverendíssima
Tais atividades liberais "são mais orientadas para Deus e para o aumento
de seu louvor e glória, uma vez que nenhum outro fim lhes é atribuído, exceto
contribuir de maneira tão eficaz quanto possível para dirigir totalmente as
mentes dos homens a Deus". (3).
são uma expressão da espiritualidade universal e local. Eles podem coincidir com
a pesquisa religiosa, individual e comunitária, alcançando, em alguns casos,
formas de harmonia espiritual total entre o caminho criativo e o de fruição.
Esta Circular, portanto, é dirigida aos bispos, porque eles fazem urgência
porta-voz de tratar o patrimônio histórico e artístico, a partir principalmente de
inventário, para chegar esperemos que para o catálogo. Com isso, gostaríamos
também de sensibilizar os Superiores dos Institutos de Vida Consagrada e
Sociedades de Vida Apostólica, que ao longo dos séculos deram origem a um
patrimônio cultural de valor incalculável.
1. O inventário-catalogação:
Fundo histórico
A preocupação da Igreja, uma vez que foi ordenado à adoração deve ser de
valor artístico inquestionável é evidente nas instruções sobre a música sacra de
Pio X de 22 de Novembro de 1903. (19) A adequação sacral supervisão dos
artefatos que foram para decorar as igrejas é, então, inculcado pela encíclica de
Pio XII Mediator Dei (1947). (20)
2. Catalogação de Inventário:
Perspectivas gerais
2.1. A noção
2.2. O objeto
2.3. O método
2.4. Os objetivos
2.4.1. Conhecimento
2.4.2. A salvaguarda
2.4.3. Valorização
3. O inventário:
suporte material através do qual se conserva sua memória e, por outro, registra
desenvolvimentos, transformações, desaparecimentos e aquisições. O inventário,
portanto, favorece o encontro da comunidade eclesial com sua própria herança
cultural, tornando-se um incentivo para conhecê-la, preservá-la, utilizá-la e
enriquecê-la. A proteção, a conservação, a manutenção, o aprimoramento e a
valorização do patrimônio histórico e artístico são, portanto, aspectos
intimamente ligados ao inventário, como pressupõem.
Uma vez que a herança cultural da Igreja é importante acima de tudo como
um todo e não apenas em sua individualidade e materialidade, a atenção ao
84
Como tem sido documentado na Etapa 1, no curso de sua história dois mil
anos, a Igreja tem procurado não só para promover a criação de bens culturais
ordenou a sua missão, mas também para protegê-los, em primeiro lugar a questão
das regras que prevenisse-o má conduta e alienação indevida. Neste sentido, o
pro tempore gerenciar esses ativos, sendo os cuidadores e não proprietários de
ativos, que é atribuída à Comunidade dos fiéis, desde tempos imemoriais são
obrigados a comparecer aos registros de desenho e de atualização de acordo com
as normas universais da Igreja e às provisões de Igrejas particulares ou
instituições eclesiásticas individuais.
O inventário pode ser organizado em papel e mídia eletrônica, que não são
mutuamente exclusivos. Como a informatização está modelando os sistemas
culturais atuais, é bom usar, onde for possível, até mesmo tecnologias modernas,
para ativar um arquivo mais flexível, mais utilizável e facilmente integrável.
4. A catalogação:
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requer investimentos mais caros tanto para o equipamento a ser usado como para
a preparação do pessoal envolvido.
g) definir o cartão, a fim de facilitar a leitura e gestão de dados por aqueles que
devem usá-lo;
por vezes, adicionou o depósito para assuntos e para pessoas, a fim de fornecer
outras chaves de busca. Neste caso, além dos catálogos e de quaisquer dossiês
complementares, foi fornecido um sistema de cartão de referência. A introdução
da tecnologia da informação está agora levando à superação deste sistema. As
informações coletadas, de fato, podem ser encontradas e acessadas através de
múltiplas chaves de acesso, determinadas com antecedência e organizadas em
sistemas de busca.
5. Catalogação de Inventário:
Instituições e agentes
5.1. As instituições
5.2. Os agentes
95
6. Conclusão
dev.mo em GC
Francesco Marchisano
Presidente
. 6 Por exemplo, sobre o Papa São Leão Magno (440-461) lê: "Hic renovavit pós
CLADEM Wandalicam omnia ministeria prata consagrado para omnes titulos
99
8 Papa Gregório, o Grande, por aproximar-se claro, bispo de Marselha, que havia
retirado das igrejas as pinturas, temendo idolatria, escreve: "aliud est enim
picturam adoração, aliud para picturae historiam quid addiscere sit
adorandum. Nam quod scriptura legentibus, hoc idiotis praestat pictura
cernentibus, quia em ipsa etiam ignorantes Vident quid Sequi debeant em ipsa
legunt aqui litteras nesciunt ... Ac deinde subjungendum quia picturas imaginum,
quae para aedificationem não qualificados factae fuerant populi, ut nescientes
litteras, IPSAM historiam intendentes , actum libras sentar discerent ... ut visão
anterior rei gestae ardorem compunctionis percipiant, et em adoratione Solius
Omnipotentis sanctae trinitatis humiliter prosternantur "(Gregorius Magnus,
Epistulae, em: Patrologia Latina (PL =) 77, 1128 C, 1129 BC).
11 Em 31 de Outubro, 447 Papa Leão I proíbe bispos e todo o clero, sob pena de
excomunhão e mesmo secularização, para dar como presentes, alterar ou vender
os ativos valiosos das igrejas sem um motivo grave e sem o consentimento de
todas as clero "decernimus exceptione Sine, ele Quis episcopus de rebus ecclesiae
suae audeat quidquam doar vel vel interruptor vel venda. Nisi forte aliquid horum
faciat ita ut meliora prospiciat, et cum totius clergies tractatu, atque consensu, id
eligat, quod non sit dubium Ecclesiae profuturum. Nam diáconos vel presbyteri,
aut cuiuscumque ordinis clero aqui em conniventiam Ecclesiæ damna
miscuerint, se Sciant et et privandos comunhão fim, Plenum iustitiae quia est, ut
era não apenas a bispos, clero sed etiam totius estudo, ecclesiasticae utilitatis
aumenta serventur, et eorum permaneant impecável Munera, quae pro
animarum suarum saúde, Fideles de substância própria Ecclesia contulerunt "(cf.
Bullarium Romanum Magnum, Graz 1964, vol. I, p. 145). Em 18 de agosto, 535
Papa Agapito I reiterou esta regra: (Ibid., P. 145) "Revocant Nos venerável
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ut nec ius aliqué tribuant nec praescribendi etiam causam pai. Et praelatos
nihilominus, aqui secus egerint, ipso facto ab officio et adininistratione, clericos
etiam aqui scientes, praedictam inhibitionem contra aliquid eles praesumptum,
id neglexerint maior denuntiare, em beneficiorum perceptione, quae em sic
ecclesia sobrecarregados obtinent, três anos statuimus eles Suspensos
"(Conciliorum Oecumenicorum Decreta, pp. 325s.).
14 "Statuit santuário synodus Nemini licere [...] Ullam insolitam ponere vel
ponendam cura imaginem, nisi ab episcopo Approbata fuerit" (Conciliorum
Oecumenicorum Decretos, p. 775s).
16 Cf. Emiliani A., Leis, avisos e medidas para a proteção do patrimônio artístico
e cultural nos antigos estados italianos 1571-1860, Bolonha 1978, p. 110-
126; Mariotti F., A Legislação das Belas Artes, Roma 1892, p. 226-233.
18 Cf. Ofício Circular de Sua Eminência Cardeal Merry del Val para o
estabelecimento dos Comissariados diocesanos para os monumentos guardados
pelo Clero, 10 de dezembro de 1907, n. 27114, in: Fallani, Protection and
Conservation, p. 182-184. Sobre a legislação eclesiástica sobre a arte sacra cf. a
vasta antologia de Costantini, Legislação Eclesiástica, p. 359-447.
23 Cf. Carta circular aos Bispos italianos Sobre o sistema de iluminação eléctrica
nas igrejas, em: Arquivo Secreto Vaticano, Fundo Arquivo da Secretaria de
Estado, tbook. 52, 1923.
29 Cf. CIC pode. 489, § 2, que lida com documentos sensíveis relativos a casos
criminais em matéria aduaneira.
38 Paulo VI, Carta Encíclica Populorum Progressio, n. 13: "Christi Ecclesia, iam
rerum humanarum peritissima", em: AAS 59 (1967), p. 263.
40 João Paulo II, Mensagem patrimônio cultural pode ajudar a alma em busca
das coisas divinas e constituem páginas interessantes da catequese e ascetismo,
25 de setembro de 1997, em L'Osservatore Romano, 28 de setembro de 1997, p. 7.
41 Ibid.
104
Carta Circular
A função pastoral dos museus eclesiásticos
Depois de ter tratado das bibliotecas e dos arquivos, (1) e de ter insistido
sobre a necessidade e a urgência do inventário e da catalogação do patrimônio
histórico-artístico (móvel e imóvel) (2), a Pontifícia Comissão para os Bens
Culturais da Igreja dirige agora a sua atenção para os museus eclesiásticos, a fim
de conservar materialmente, tutelar sob o ponto de vista jurídico e valorizar
pastoralmente o importante patrimônio histórico-artístico que já não se usa de
forma habitual.
Por esta razão, é necessário atuar para que tanto os bens em uso como os
que se encontram em desuso, se inter-relacionem com vista a garantir uma visão
retrospectiva, uma funcionalidade atual e ulteriores perspectivas em benefício do
território, de modo que se possam coordenar os museus, os monumentos, as
ornamentações, as representações sagradas, as devoções populares, os arquivos,
as bibliotecas, as coleções e qualquer outra tradição local. Numa cultura, às vezes
desagregada, somos chamados a tomar iniciativas que tornem possível
redescobrir o que, cultural e espiritualmente, pertence à coletividade, não no
sentido apenas turístico, mas propriamente humano. Neste sentido, é possível
redescobrir as finalidades do patrimônio histórico-artístico, para usufruir do
mesmo como um bem cultural.
como fruto das mesmas, a presente Carta circular deseja oferecer uma reflexão
de carácter geral e eminentemente prático sobre a importância e o papel dos
museus eclesiásticos no contexto da vida social e eclesial. A originalidade e a
eficácia dos museus eclesiásticos provêm, de fato, do contexto de que são parte
integrante.
O valor que a Igreja reconhece aos seus próprios bens culturais explica "a
vontade, por parte da comunidade dos crentes, e em particular das instituições
eclesiásticas, de reunir desde a época apostólica os testemunhos da fé e cultivar a
sua memória, exprime a unicidade e a continuidade da Igreja que vive estes
tempos últimos da história”. (6) Neste contexto a Igreja considera importante a
transmissão do próprio patrimônio de bens culturais. Eles representam, de fato,
um elo essencial da corrente da Tradição; são as memórias sensíveis da
evangelização; tornam-se um instrumento pastoral. Daí, "o empenho de os
restaurar, conservar, catalogar e defender”, (7) a fim de obter uma "valorização,
que favoreça o seu melhor conhecimento e uma utilização adequada, tanto na
catequese como na liturgia”. (8)
ordem à promoção das Belas Artes será largamente compensado pelas imensas
vantagens, que deles tiram os súbditos e o Estado".(13)
II
2.1 Natureza
Por isso, o museu eclesiástico deve ser considerado como uma parte
integrada e interativa com as demais instituições existentes em cada Igreja
particular. Na sua organização, não é uma instituição independente, dado que
está ligada e se difunde no território, de modo a tornar visíveis a unidade e
114
2.2 Finalidades
- a conservação das peças, porque reúne todas aquelas obras que, por
dificuldade de custódia, procedência desconhecida, alienação ou destruição das
estruturas a que pertenciam, degradação das estruturas de proveniência, ou
perigos diversos, não podem permanecer no seu lugar de origem;
- a investigação sobre a história da comunidade cristã, já que na ordenação do
museu, na escolha das "peças" e na sua estruturação, tem que reconstruir e
descobrir a evolução temporal e territorial da comunidade cristã;
- evidenciar a comunidade histórica, dado que o museu histórico deve
representar, juntamente com outros vestígios do passado, a "memória estável"
da comunidade cristã e, ao mesmo tempo, a sua "presença ativa e atual";
- o encontro com as expressões culturais do território, já que a conservação dos
bens culturais deve abarcar uma dimensão "católica", isto é, ter em
consideração todas as presenças e manifestações de um certo território, na
renovação do seu contexto.
"A Igreja, mestra de vida, não pode deixar de assumir também o ministério
de ajudar o homem contemporâneo a reencontrar a admiração religiosa diante
do fascínio da beleza e da sabedoria, que deriva de quanto a história nos
transmitiu. Essa tarefa exige um trabalho diário e assíduo de orientação,
encorajamento e intercâmbio”. (26) O museu eclesiástico tem como prerrogativa
própria ser instrumento de crescimento na fé. Está, por isso, em conexão com a
ação pastoral desenvolvida pela Igreja ao longo dos séculos, com a finalidade de
retomar os germes da verdade semeados por cada geração, de se deixar iluminar
pelos esplendores da verdade encarnada nas obras sensíveis e de reconhecer as
marcas do transitus Domini na história dos homens.(27)
2.3 Tipologia
2.4 Instituição
120
III
3.1 Sede
3.1.1 Estrutura
3.1.2 Entrada
3.1.3 Salas
3.1.4 Vitrines
Dado que o museu eclesiástico deve ser pensado como uma instituição
cultural, que se relaciona com outras instituições existentes no território, voltadas
para a animação cultural, é oportuna a existência de pelo menos uma sala para
124
3.1.8 Biblioteca
3.1.10 Saída
A saída, no final da visita, tal como a entrada, não deve ser subestimada.
Na medida do possível, seria útil que a entrada e a saída fossem áreas diferentes,
não só para evitar confusões no fluxo dos visitantes (pelo menos nos museus de
grande importância onde a afluência de pessoas é maior), mas sobretudo para
permitir a plena fruição do itinerário proposto.
Este conceito não pode ser mal entendido. O depósito de um museu não é,
pela sua própria natureza, nem um lugar de coisas esquecidas, nem um lugar de
desordem. Pelo contrário, estas salas recolherão obras igualmente importantes e
significativas no contexto eclesial, mas que, por diversos motivos, se encontram
depositadas nestas salas para uma maior e mais prudente tutela e conservação.
3.2 Segurança
3.2.1 Instalações
das aberturas para o exterior (portas blindadas, grades nas janelas, claraboias,
etc.). Sem dúvida, será oportuno um bom sistema de alarme, eventualmente
ligado às forças policiais. Será também indispensável a realização de uma ficha
fotográfica de cada uma das peças, para facilitar as investigações em caso de
roubo.
3.2.2 Vigilância
3.3 Gestão
- preparar um plano econômico para vários anos, para além de outros a médio e
a curto prazo, com que se possa corresponder, com operações específicas, a
todas as exigências impostas pelas estratégias de conservação e de valorização
do museu;
- elaborar, com base num plano global, um orçamento e um balanço anuais
articulados com o quadro das receitas (venda de bilhetes, patrocínios
ocasionais, entidades institucionais, outras vendas, etc.) e despesas (compras,
pessoal, consumo, atividades, restaurações, seguros, publicidade, imprensa,
eventos, etc.), a fim de assegurar a regular continuidade das atividades, detectar
facilmente as alterações das despesas e fazer previsões das futuras intervenções;
- dotar o museu de uma regular fisionomia jurídica (tanto no âmbito eclesiástico
como civil) e de um regulamento normativo pormenorizado;
- dar uma clara configuração jurídica a todos os funcionários, tanto aos
contratados, como aos voluntários (eventualmente, fundar cooperativas ou
outras instituições); fazer com diligência os pagamentos das taxas fiscais; atuar
prudentemente na contratação do pessoal especializado para as diversas
exigências; organizar os serviços de voluntariado com pessoas responsáveis;
aprofundar a escolha acerca da ocupação do pessoal, com oportuna
flexibilidade;
- promover a imagem do museu através dos canais de comunicação social
eclesial, dos organismos didáticos e culturais e nos meios de
comunicação locais.
3.4 Pessoal
3.5 Normas
- Antes de mais nada, ter presentes as normas e as orientações da Santa Se, das
Conferências Episcopais Nacionais e Regionais e da Diocese, que abordam este
sector;
130
IV
Por outro lado, o tempo de uma visita não permite uma apreciação
completa e profunda da riqueza histórica e documentária do museu. Por isso,
seria conveniente organizar percursos diversificados para oferecer aos visitantes,
enquadrados em lições-visitas, materiais de apoio que se possam ler também fora
do museu.
Porém, a melhor forma para fazer compreender o valor das obras de arte
e, portanto, o sentido do museu eclesiástico, é ensinar os visitantes a olhar à sua
volta para refletir e unir acontecimentos, objetos, história, pessoas que naquele
território foram e continuam a ser a alma viva e presente. O museu eclesiástico,
deste modo, é capaz de unir o passado com o presente na vivência eclesial de uma
determinada comunidade cristã.
Todas estas funções sugerem, onde for possível, a contribuição das novas
tecnologias da multimídia, capazes de apresentar virtual, sistemática e
visualmente a íntima relação do museu com o território de que provêm os bens
que contém. Neste sentido, o conceito de museu eclesiástico é definido como
um museu integrado e difuso. Tais acepções comportam estruturas policêntricas
em que o museu diocesano desempenha a sua função de coordenação. À sua volta,
podem circular os tesouros da catedral e os bens culturais do cabido; as coleções
dos santuários, mosteiros, conventos, basílicas, confrarias; o grupo das igrejas
paroquiais e os outros lugares eclesiásticos; todo o conjunto de monumentos, com
as obras que o compõem; e os eventuais lugares arqueológicos. Deste modo, cria-
se uma rede que une dinamicamente o museu diocesano aos demais centros de
museus, e o conjunto dos bens culturais eclesiásticos ao conjunto do território.
Uma adequada formação do clero prepara para a tutela dos bens culturais
e favorece a relação entre os eclesiásticos e os leigos para se poder elaborar um
projeto cultural capaz de valorizar a totalidade do patrimônio histórico-artístico
numa lógica eclesial e civil. Neste contexto, apresentam-se também as estratégias
inerentes à preparação do pessoal para os museus eclesiásticos. Ainda que os
sacerdotes não possam ser sempre os diretores responsáveis de tais instituições,
deverão pelo menos possuir os requisitos para poder promover museus
eclesiásticos e coordená-los no conjunto dos bens culturais eclesiásticos
presentes no território, introduzindo-os no projeto pastoral da Diocese como
cada uma das instituições locais (paróquias, mosteiros, conventos, institutos
religiosos, confrarias e associações).
143
- Animadores internos. Uma das eventuais funções dos agentes internos poderá
ser o de animar os visitantes, criando ocasiões de encontros, de conhecimento ou
de discussão.
Também o público deve ser formado, com iniciativas idóneas, para obter
um bom uso dos bens culturais da Igreja. Esta formação pode desenvolver-se
através da própria organização dos percursos da exposição, de eventuais
iniciativas colaterais, do sistema escolar, dos mass media, dos congressos de
estudo, das políticas culturais do território, etc. O público pode ser dividido em
duas categorias: os que pertencem à comunidade eclesial e os que provêm de
outros contextos. Para alcançar um maior número de pessoas, é oportuno
desenvolver iniciativas a níveis diocesano e local. Além disso, será necessário
diversificar as intervenções, tendo em conta o tipo de destinatários: estudantes,
público adulto, turistas, peregrinos, etc.
VI
Conclusão
Por que não se faz outro tanto no campo religioso, para extrair das obras
de arte de cada época as indicações preciosas sobre o sensus fidei do povo cristão?
Aprofundai, vós também, para realçar a mensagem expressa nas obras pelo cunho
criador dos artistas do passado. Inumeráveis maravilhas virão à luz, sempre que
o modelo de referência for a religião”. (53)
D. FRANCESCO MARCHISANO
Presidente
Notas
4) JOÃO PAULO II, "Motu Proprio" Inde a pontificatus nostri initio, 25 de Março
de 1993, Proémio (Cf. ed. quot. de L'Osservatore Romano de 5 de Maio de 1993,
pp. 1 e 5).
8) Ibidem.
19) CDC (1983), cânn. 638 3, 1269-1270, 1292 e 1377 (doações, aquisições e
alienações); cân. 1189 (restauro de imagens); cânn. 1220 2 e 1234 2 (segurança e
visibilidade dos bens sagrados e preciosos); cân. 1222 (redução ao uso profano de
um templo que já não está dedicado ao culto); cânn. 1283-1284 (deveres dos
administradores; inventário).
Código de Direito Canónico para as Igrejas Orientais (1990) [CDCIO], cân. 278
(vigilância); cân. 873 (redução ao uso profano dos templos); cânn. 887 1, 888,
1018-1019, 1036 e 1449 (alienação); cân. 887 2 (restauro); e cânn. 1025-1026
(inventário).
20) JOÃO PAULO II, Constituição Apostólica Pastor bonus, 28 de Junho de 1988
(AAS 80 [1988] pp. 885-886) art. 102.
27) Cf. PAULO VI, Discurso aos participantes no V Encontro dos Arquivistas
Eclesiásticos, 26 de Setembro de 1963 (Archiva Ecclesiae 5-6 [1962-1963] pp.
173-175).
29) CDC, cân. 1257 1: Bona temporalia omnia quae ad Ecclesiam universam,
Apostolicam Sedem aliasve in Ecclesia personas iuridicas publicas pertinent, sunt
bona ecclesiastica et reguntur canonibus qui sequuntur, necnon propriis statutis.
Cf. CDCIO, cân. 1009 2.
30) CDC, cân. 368: Ecclesiae particulares, in quibus et ex quibus una et unica
Ecclesia catholica exsistit, sunt imprimis dioeceses, quibus, nisi aliud constet,
assimilantur praelatura territorialis et abbatia territorialis, vicariatus apostolicus
et praefectura apostolica necnon administratio apostolica stabiliter erecta.
31) CDC, cân. 381 1: Episcopo dioecesano in dioecesi ipsi commissa omnis
competit potestas ordinaria, propria et immediata, quae ad exercitium eius
muneris pastoralis requiritur, exceptis causis quae iure aut Summi Pontificis
decreto supremae aut alii auctoritati ecclesiasticae reserventur.2: Qui praesunt
aliis communitatibus fidelium, de quibus in can. 368, Episcopo dioecesano in iure
aequiparantur, nisi ex rei natura aut iuris praescripto aliud appareat.
Cf. CDCIO, cân. 178.
33) De forma geral, tudo o que diz respeito à valorização dos bens culturais faz
parte da ação apostólica da Igreja cuidada e promovida pelo Ordinário diocesano.
Cf. CDC, cân. 394 1: Varias apostolatus rationes in dioecesi foveat Episcopus,
atque curet ut in universa dioecesi, vel in eiusdem particularibus districtibus,
omnia apostolatus opera, servata uniuscuiusque propria indole, sub suo
moderamine coordinentur.
36) Cf. CDC, cân. 620: Superiores maiores sunt, qui totum regunt institutum, vel
eius provinciam, vel partem eidem aequiparatam, vel domum sui iuris, itemque
eorum vicarii. His accedunt Abbas Primas et Superior congregationis monasticae,
qui tamen non habent omnem potestatem, quam ius universale Superioribus
maioribus tribuit. Cf. CDCIO, cân. 418.
40) Cf. CDC, cân. 681 1: Opera quae ab Episcopo dioecesano committuntur
religiosis, eiusdem Episcopi auctoritati et directioni subsunt, firmo iure
Superiorum religiosorum ad normam can. 678 2 et 3.
42) Para uma adequada organização dos espaços didáticos, é possível colocar-se
em contato com instituições ou associações, nacionais ou internacionais, que
tenham elaborado programas específicos de pedagogia para museus. Podemos
recordar, a este respeito, os programas elaborados e já em funcionamento nos
centros nacionais do ICOM (International Council of Museums). Para além disso,
em vários países têm-se elaborado programas didáticos específicos, relacionados
com o uso dos bens culturais e a aproximação interativa das estruturas dos
museus (por exemplo, nos E.U.A. realizou-se o programa MUSE, Educational
Media, e o projeto The Museum Educational Side Licensing Project (MESL),
promovido pelo Getty Information Institute, em colaboração com a Association
of Art Museum Diretors, a American Association of Museums e a Coalition for
Networked Information.
52) Cf. JOÃO PAULO II, Discurso de 25 de Setembro de 1997, op. cit., n. 4.
53) JOÃO PAULO II, Discurso aos participantes no Congresso Nacional Italiano
de Arte Sacra, 27 de Abril de 1981, op. cit.
159
Prot. N. 14/06/4
ReverendoPadre,
Reverenda Madre,
No caso em que a Casa Geral não esteja localizada na Itália, mas esteja
conectada à Itália por meio de Províncias ou casas reconhecidas, o CEI também
oferece aos Institutos e às Sociedades acesso a software de computador. Como
regra geral, é apropriado adotar o sistema de inventário em uso no país em que a
Casa Geral está localizada ou em que o Instituto tem uma presença
importante. Levando em consideração, entretanto, que nem todos os países têm
um sistema disponível de inventário, particularmente com referência à tecnologia
de computadores, seria preferível recorrer àqueles que possuem sistemas
confiáveis e confiáveis.
Mauro Piacenza
Presidente
Crônica I
164
sendo conhecidos. O que são os bens culturais da Igreja? Podemos entender como
tudo aquilo que no decorrer dos séculos foram instrumentos de evangelização.
Muitos são os tipos de bens, instrumentos e formas que aos poucos, homens e
mulheres, foram descobrindo ou mesmo criando para melhor fazer com que as
pessoas conhecessem a Deus. Hoje olhando para o passado podemos ter certeza
que muito foi feito pela evangelização, muito se criou para que o evangelho não
ficasse simplesmente na mera teoria, mais que o evangelho de Cristo fosse
verdadeiramente pratica, testemunho e ação.
Podemos avaliar por partes todo o evento que em cada detalhe ou
momento fazia aparecer explicitamente algum bem cultural, por exemplo, a parte
inicial, a música em forma de louvor, mostrava-nos a presença ativa dos bens
imateriais que são verdadeiras joias para a nossa igreja. A música é um dos
grandes meios de evangelização, pois ela penetra de uma forma profunda em
nosso ser e nos leva a transcender, está é a sua grande função. Santo Agostinho
nos diz que: “quem canta reza duas vezes”. Este bem imaterial se faz presente
desde os primórdios de nossa evangelização.
Saindo da música que foi algo existente em todo o evento, podemos agora
ir para o ponto mais forte do evento que foi a Missa, nela a presença dos bens se
tornou muito forte, podemos até dizer que quase todos os bens, vamos por parte,
no início da celebração, temos as vestes usadas pelos sacerdotes, paramentos que
certamente foram confeccionados para a grande festa da canonização dos santos
ano passado, paramentos que são usados para que os sacerdotes possam celebrar,
faz parte da tradição da igreja o uso destas vestimentas. Cada uma tem seu
profundo significado, e sentido real na celebração eucarística. Além dos
paramentos usados tivemos os objetos litúrgicos como, altar, lugar onde o
sacrifício, a missa acontece e tem para a igreja todo o significado divino, Jesus se
fará presente naquele lugar pelas mão do sacerdote, que agi na pessoa de Cristo.
Além do altar tínhamos o ambão, lugar de onde se proclama os textos sagrados
da missa, a Palavra do próprio Deus se faz ser ouvida por todos aqueles que
participam daquele momento celebrativo, rico em significados e espiritualidade.
Este momento vivido no dia 03 de outubro no vilarejo de Uruaçu, lugar
que foi testemunha autentica daquele triste dia, onde a perseguição o ódio e a
buscar por dominar, tirou a vida de tantos cristãos, que mesmo vendo a morte à
sua frente não tiveram medo de perderem suas vidas, mas a deram como oferta
de livre vontade, para que Cristo torna-se conhecido e amado pelo sangue destes
inocentes, não tem testemunho maior do que ser capaz de dar sua vida por Cristo
assim como ele próprio um dia deu a sua pela salvação de todo o gênero humano.
Sendo assim posso afirmar que os bens culturais, sejam eles matérias, imateriais,
móveis e imóveis, estavam e sempre vão estar presentes em todos os momentos
de nossa história, desde os primórdios até os dias atuais. São meios visíveis de
evangelização, a festa dos mártires que acontece todos os anos usa destes bens
para comunicar a todos a boa nova do evangelho de Cristo. Na celebração usa-se
tanto os bens móveis, como é o caso dos vasos sagrados, paramentos que são as
vestes dos sacerdotes, como os bens imóveis, o altar, mesa da celebração como já
166
Crônica II
168
O valor da homilia é algo importante, pois quem fala, deve falar com
autoridade – não no sentido de ser dono, mas de ter propriedade do que diz e,
antes de tudo, viver o que se prega. Quem profere a homilia deve realizar bem o
seu ministério. Aquele que prega, o sacerdote, o diácono, o bispo, oferecendo um
real serviço a quem participa da Missa, mas também aqueles que ouvem devem
fazer a sua parte. Antes de tudo prestando a devida atenção, assumindo, isto é, as
justas disposições interiores, sem pretensões subjetivas, sabendo que cada
pregador tem méritos e limites”.
171
Sou José Carlos Arcelino da Silva, nasci aos 02 dias de novembro de 1996 do
ano do Senhor, tenho 22 anos e estou cursando bacharelado em Filosofia. Sou -
estou - seminarista do Seminário Arquidiocesano de São Pedro na Cidade do
Natal.
Crônica III
173
CRÔNICA
nos dos grilhões da escravidão da morte, e de tudo que nos afasta da comunhão
com Ele. Os cristãos veem nos Santos um exemplo a ser seguido e imitado para
chegar até Deus, visto que os eles são pessoas com todas as limitações e condições
inatas ao ser humano. O amado povo de Deus que luta contra o pecado
diariamente, contra tudo que causa divisão, contra tudo que o separa do convívio
com Deus, suplica ajuda aos Santos para manter-se fiel no cumprimento da
bondade dos filhos do Pai amabilíssimo. Os Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu
são modelos de fé autentica para todo o Brasil, pois motivados pelos Padres André
de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, não negaram sua fé ao Deus altíssimo,
sendo verdadeiramente cristãos mortos pela fé em Deus, pela fé Católica.
As diversas formas de expressão e veneração encontrada na programação
em honra aos Mártires de Cunhaú e Uruaçu são verdadeiras manifestações
devocionais, no qual o povo eleva o seu pedido por meios de orações, cânticos,
gestos, palavras e ações, dando a certeza que estes mártires são dignos
representantes do povo brasileiro.
Depois de descrever como foi o desenrolar do evento, como o povo
participou ativa e fervorosamente do mesmo, a importância dos Santos em sua
vida e como a devoção aos mártires tem contribuído no crescimento espiritual
das pessoas, pode-se fazer algumas observações quanto aos Bens Culturais
materiais e imateriais da Igreja e o seu envolvimento com a fé do povo aos
Protomártires brasileiros.
Com um olhar mais cuidadoso e/ou técnico, notam-se muitas maneiras de
apresentação dos Bens Culturais da Igreja no evento em honra aos Santos
mártires.
O envolvimento dos padres em função da conservação da memória e da
propagação da devoção é de fundamental importância, pois “a eles foi atribuído
de maneira muito especial o trabalho sábio e esclarecido de conservação dos bens
da comunidade” (CARTA PASTORAL, 1992. pág. 3). Com isso, é louvável ver a
verdadeira interação e preocupação do clero com os Bens Culturais da Igreja,
fazendo com que a sensibilidade do povo, sobre os mártires, tenha crescido
paulatinamente. Para tanto, não somente o clero tem se envolvido para esse
crescimento, mas o próprio povo devoto que conduzidos pela fé aos Santos,
trabalham incansavelmente na propagação, difusão e transmissão devocional dos
Santos Brasileiros.
Os Bens da Igreja, como supracitado, são divididos em materiais e
imateriais, no monumento encontramos os dois tipos de Bens. No primeiro veem-
se as camisas dos mártires, os quadros, os paramentos e objetos litúrgicos, o
monumento, o cruzeiro e o espaço geográfico. Todos esses Bens são de fácil
percepção visual, eles mostram o tamanho da fé do povo pelos mártires que estão
atrelados as experiências de fé do povo. No segundo nos deparamos com as
músicas aos Santos Mártires, os terços, os relatos de graças alcanças, os grupos
de oração aos Mártires e a Santa Missa, os Bens imateriais estão muito enraizado
nas idiossincrasias dos diversos povos, daí surgem as mais diversas formas e
maneiras de expressão de fé. No entanto, deve-se compreender o intento que é a
175
Mártires de Cunhaú e Uruaçu para que Deus que é Pai de misericórdia e bondade
escute os clamores de seus corações e os envolva no seu amor de Pai.
A vivência no monumento dos Mártires é uma oportunidade de colocar em
prática as Cartas Pastorais, que exortam os presbíteros e os futuros presbíteros a
criarem uma sensibilidade artística, cultural e histórica dos Bens e Patrimônio da
Igreja e com isso, transmitir ao povo uma fé enraizada da Tradição da Igreja de
Cristo.
178
Crônica IV
179
Na missa dos santos mártires se tem uma longa lista de bens culturais da igreja
que tem uma essência variada. Seja o monumento dos mártires, música, objetos
de cultos, como os paramentos sagrados (casula, túnica, alva), como objetos
litúrgicos; símbolos imateriais como a própria festa dos santos mártires, ritos,
simbologia sagradas. É indispensável imagina que esses bens não exerçam uma
função evangelizadora na vida dos fieis participantes seja através da música ou
objeto litúrgico que faz incendia a fé.
Efetivamente, “os templos, imagens, alfaias litúrgicas,
livros litúrgicos, instrumentos religiosos, produções
literárias, plásticas e musicais nasceram para que o homem
colocasse ao serviço do culto divino o melhor de si mesmo
e as mais belas das suas obras”.
outros estados. Um sinal dessa devoção é observar quanto foi participativa uma
grande multidão de fiéis reunidos em um único proposito festejarem a festa dos
mártires de Cunhaú e Uruaçu momentos esses tem uma importância especial na
vida do povo e da igreja. Esses locais possuir um grande valor enriquecedor na
vidados visitantes como um lugar “de conhecimento, prazer, catequese e
espiritualidade” (SANTA SÉ, 2001).
Não podemos esquecer que toda a celebração litúrgica os bens da igreja
estão acompanhados em cada ato celebrativo seja: nos ritos iniciais, liturgia da
palavra, litúrgica eucarística e os ritos finais. Nos ritos inicias encontramos o uso
de alguns como objetos: crucifixo, tocha, turibulo e naveta etc; liturgia da palavra
faz o uso dos livros sagrados: lecionário e evangeliario, liturgia eucarística:
apresentação das oferendas como também o uso das alfaias e objetos litúrgicos e
os ritos finais. Tais objetos têm uma grande importância na liturgia e povo
próprio se identificar. Considerando que os bens da igreja não meros objetos, mas
estão associados ao culto e a piedade dos fiéis.
Consequentemente, não se pode compreendê-lo em
sentido "absoluto", isto é, separado do conjunto das
atividades pastorais, mas sim enquadrado e em relação
com a totalidade da vida eclesial e com referência ao
patrimônio de cada nação e cultura. (SANTA SÉ, 2001).
também em outros estados que tem difundido essa devoção e tem o apoio do
governo. Quem visita o monumento observar que precisa ajuda para realizar
obras tanto da parte de empresários e o apoio do governo para atrai visitantes.
"Só por caminhar pela cidade, os jovens descobrem que também são
construtores da própria história, bem como responsáveis por sua preservação",
conta a professora Altidel Cardoso Soares. Nesta geração somos nós que
devemos sensibilizar essa nova geração para preservação, zelo, o cuidado pelos
bens da igreja. Agora não devemos cruzar os braços, chegou a nossa hora de
valorizar o que nosso e não deixamos que se perca nas lembranças da futura
geração que foi construído seja monumento, objetos litúrgicos ou outro objeto de
evangelização.
Ao realizar visita ao monumento dos mártires de Uruaçu como é bonito
profissão de fé de todos os fiéis de várias cidades. Como os bens da igreja
estão interligados tanto com na vida dos romeiros é no crucifixo carregado sobre
o peito ou na procissão de entrada que faz recorda que somos um povo que
caminhar carregando a cruz do dia a dia. Vale ressaltar um pouco questionar se
os fiéis tivesse um conhecimento dos bens culturais pelo menos o básico. Será que
não havia mais interesses da parte do povo pela valorização destas peças. Foi uma
experiência única, quantas vezes visitamos o santuário? Dessa vez, participamos
com um olhar investigativo dos elementos presentes seja na celebração da missa,
show louvor, oração tivéssemos grande aprendizado ao realizar este trabalho.
REFÊNCIAS
SANTA SÉ. Comissão Pontifícia para os Bens Culturais da Igreja. “Carta Circular
sobre Inventário dos Bens Culturais dos Institutos de Vida Consagrada e das
Sociedades de Vida Apostólica: Algumas Orientações Práticas”. 15 set. 2006.
Acesso em 20 jun. 2015 de
http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_commissions/pcchc/document
s/rc_com_pcchc_20060915_inventariazione_it.html
183
Crônica V
184
REFERÊNCIAS
ROCHA, J. V. Devocionário dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu. São
Paulo: Canção Nova, 2017.
Crônica VI
190
até com que não se tivesse uma valorização com o mesmo. Depois do primeiro
documento uma nova visão, os bens culturais muitas sempre existiram mas não
tinha o conhecimento, como por exemplo eu sempre fui a festa dos mártires nuca
imaginei que a capela do morticínio era um bem cultural imóvel depois do estudo
do mesmo documento pude este ano vivenciar a festa dos mártires com um novo
olhar e tendo uma valorização por aquela capela pois tinha conhecimento da
grande importância e do grande conteúdo que a mesma passava e transmissão
de evangelização que chegava de forma eficaz para mim, como também para
todos os fiéis. Contudo o primeiro documento ajuda ao futuro presbítero ter essa
a sensibilidade para com os bens culturais da igreja, com isso ressalto a grande
importância desta nova disciplina na formação, pode se dizer que é uma grande
riqueza. O documento nos diz que:
Algo importante que não posso deixar de ressaltar que na carta circular
sobre a necessidade e urgência do inventário e catálogo de patrimônio cultural da
igreja, tendo observado e analisado percebi que é importante ter um lugar
especifico que pudesse levar apresentar a história dos mártires, tipo um museu
ou um sala de com exposição para que os fiéis pudesse conhecer mais ainda a
história dos santos mártires.
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REFERÊNCIAS
DISPONIVEL EM:
DEVOCIONARIO DO MARTIRES
DOCUENTOS DA DISCIPLINA DE BENS CULTURAIS DA IGREJA
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Lista de Imagens
I. Fachada do Seminário de São Pedro
II. Seminarista Denilson Costa, coordenador da exposição “Nosso
clero também se imortalizou” que trazia a coleção histórica da
biblioteca do Seminário de São Pedro
III. Fachada do Colégio Marista de Natal
IV. As historiadoras Poliana Martins e Gerlane Mendes em um dia de
trabalho no Arquivo Metropolitano da Arquidiocese de Natal
V. Imagem de Sant’Ana da Igreja Matriz de São José de Mipibu
VI. Exposição temporária do Museu de Arte Sacra de Natal
VII. Jardim da casa provincial das Filhas do Amor Divino da Província
Nossa Senhora das Neves