O documentário assistido em sala de aula é uma grande viagem
pelo tempo desde a primeira Copa do Mundo realizada no Brasil em
1950 até 2006 acompanhado dos momentos políticos de cada época e do surgimento de diversos estilos musicais.
O início do documentário é espetacular, retratando de forma
muito clara a grande decepção da perda da Copa de 1950 em um Maracanã lotado por uma torcida praticamente certa da vitória sobre o Uruguai. Menciona também a morte de Getulio Vargas, Presidente do Brasil, e destaca a primeira conquista brasileira em 1958, com o surgimento do maior jogador de todos os tempos, o rei Pelé.
Logo no início da década de sessenta o Brasil realmente e
mostrado para o mundo com um show de Garrincha sem esquecer a grande explosão musical e a política conturbada nos anos seguintes. Na seqüência começo a perceber com a conquista magistral do tri campeonato brasileira, a centralização do documentário em apenas retratar a Copa do Mundo, não dando importância a outros grandes feitos esportivos como, por exemplo, o primeiro de título de Emerson Fittipaldi em 1972 que se tornaria tri campeão na década de oitenta.
Com o desenrolar do documentário as informações ficam mais
difíceis de serem absorvidas, principalmente em relação às pinceladas dos momentos políticos entre as Copas do Mundo. O telespectador dificilmente conseguirá ter o domínio de tanta informação num curto espaço de tempo.
Na década de oitenta temos um grande destaque para a Copa
de 86 e o lendário gol de mão de Maradona, com a grande seleção da Argentina campeã. Volta a pecar não dando nenhum destaque para o surgimento de um dos maiores ídolos do Brasil, o grande e inesquecível Ayrton Senna.
Em noventa, depois de ter perdido e ter sido crucificado o
capitão Dunga levanta a taça de 94 e comanda a seleção junto com Tafarel, Bebeto e Romário, chamado as vésperas em um dos jogos épicos que valeu a classificação brasileira para a Copa contra o Uruguai. É carente em não destacar o surgimento de Gustavo Kuerten que se tornou campeão em 1997 na quadra central de Roland Garros. Retrata a perda inesperada pra França em 1998 e a revira volta em 2002 com grande atuação de Ronaldo e Rivaldo.
No geral o documentário é regular, passa bastante informação
sobre um período enorme de tempo, conseguindo de certa forma ao menos situar o telespectador do momento vivido. Peca por centralizar os acontecimentos do futebol e não destacar outros feitos, principalmente outros esportes como o Vôlei que hoje é um dos mais praticados no Brasil. Poderia ter um pouco mais de tempo de duração para passar por algumas situações de forma mais calma, para que não seja preciso ver mais que uma vez, porém vale a pena ser assistido por agregar grandes informações e muito válido principalmente para quem já tem alguma bagagem de política, futebol e música.