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Dor

Abdominal
PIESC Saude do adulto
Ariel, Malayne, Maise e Luciane
Caso clínico
Bernadete, 45 anos, do lar, apresenta quadro de dor em fossa ilíaca
esquerda há quatro meses, em cólica, que alivia após defecação.
Menciona vir apresentando fezes líquidas, às vezes com perda
involuntária de muco. Está bem apreensiva com seu quadro, tem medo
de estar com câncer. Nega perda de peso. Já foi diversas vezes no
pronto-atendimento, sendo medicada e liberada para casa. Diz vir
passando por um período turbulento na vida com a separação
traumática do esposo no último ano.
Dor Abdominal
• Diante do caso de Bernadete, qual seria o
diagnóstico?
a. Ca colorretal
b. Diverticulite
c. Sindrome do intestino irritável
d. Parasitose intestinal
• Sintoma frequente (2,5%)
• Grande variedade de causas
• Desafio no diagnóstico preciso para MFC
• Resolutividade em 80% casos
• Avaliação inicial para diferenciar os casos mais
graves e de maior risco de morte –
internações ou cirurgias de urgència
• Avaliação clínica: dor de origem visceral,
parietal, referida
• Peritônio – dor conduzida por fibras A delta –
LOCALIZADA
• Vísceras abdominais – inervadas por fibras
tipo C = DOR MAIS DIFÍCIL DE LOCALIZAR,
DIFUSA, PROFUNDA
• Dor referida também conduzida nas fibras tipo
C
MFC
• Dor aguda, localizada: peritônio parietal
irritado = evento fora das vísceras

• Dor profunda, vaga, indefinível: dentro do


órgão
CAUSAS
Inúmeras possibilidades
DD causas obstrutivas, irritação peritonial e
insuficência vascular : mais perigosas e
necessitam de rápido diagnóstico
ABDOME AGUDO: dor aguda de forte
intensidade e início recente
PRINCIPAIS MECANISMOS DE DOR ABDOMINAL
Obstrução Gástrica, intestino, intestino groso, trato biliar, trato urinário
Infecção peritoneal Infecção, irritação química, processo inflamatório sistêmico
Insuficiência vascular Embolização, doença arterial oclusiva, hipotensão, dissecção de
aneurisma de aorta
Ulceração da mucosa Doença ulcerosa péptica, câncer gástrico
Alteração da motilidade Gastrenterite, doença inflamatória intestinal, síndrome do intestino irritável, doença
diverticular
Distúrbios metabólicos Cetoacidose diabética, porfiria, envenenamento por chumbo
Lesão nervosa Herpes-zóster, compressão de raiz
Lesão da parede Trauma, miosite, hematoma
abdominal
Dor referida Pneumonia, infarto do miocárdio ou pulmonar
Causas psicopatológicas Ansiedade, depressão, neuroses

Fonte: Tratado de medicina da família. Gusso,


2012.
Causas comuns de dor abdominal segundo a localização da dor

Quadrante superior direito Quadrante superior esquerdo

Doenças da vesícula biliar, IAM, pneumonia, crise de anemia


hepatite, hepatomegalia falciforme, linfoma, esplenomegalia,
gastrite

Quadrante inferior direito Quadrante inferior esquerdo

Apendicite, Doença de crohn, Diverticulite, obstrução intestinal, colite


doenças ginecológicas (ruptura isquêmica/ulcerativa/infecciosa, sacroileíte,
de cisto ovariano, gravidez doenças ginecológicas (ruptura de
ectópica, DIP), causas renais cisto ovariano, gravidez ectópica, DIP),
{litíase, pielonefrite) causas renais (litíase, pielonefrite)
Região mesoepigástrica

Dispepsia, DRGE,
pancreatite, DUP.
apendicite inicial

Região Suprapúbica

Cistite, prostatite, retenção


urinária, causas
ginecológicas
Difusa ou generalizada

Parede abdominal, doença celíaca,


constipação, diarreia crônica, 511,
gastrenterite, linfadenite
mesentérica, colo per·
furado, ruptura de AAA,
traumatismo
CAUSAS MAIS COMUNS
• Funcionais: dispepsia funcional e SII

• Orgânicos: gastroenterite infecciosa, ITU,


constipação, doença diverticular, cólica biliar,
apendicite, doenças no esôfago
EXAME CLÍNICO
• Anamnese: não caracterizar precocemente a dor
• História geral: quem é? Como é a dor? Como são outros
sintomas? Usa medicamentos? Apresenta comorbidades?
Qual a história pregressa? Qual histórico familiar?
Grupos especiais: idosos, mulheres em idade fértil, crianças
Sinais de alerta: dor que muda localização, dor que desperta do
sono, dor maior que 6 horas, dor seguida de vômitos, perda
de peso
• Exame físico: procura de sinais para hipótese
diagnóstica
Geral

Abdominal:
Inspeção, ausculta, (consistência, dor, presença
de massas, tamanho do órgão), percussão

Exame ginecológico – exame retal


SINAIS E MANOBRAS

Carnett - útil para diferenciar a dor abdominal de origem visceral da dor da parede
abdominal. O teste é realizado ao definir-se a área de maior dor à palpação. Em seguida, o
paciente flete a parede abdominal e o ponto é palpado de novo. A dor que é menos
intensa à palpação com o abdome fletido tem alta probabilidade de ser visceral. E se a dor
permanecer igual ou piorar com essa manobra, provavelmente é proveniente da parede
abdominal (teste positivo) ou de causa não organica.

Murphy - cessação abrupta do esforço inspiratório do paciente durante a palpação


profunda do quadrante superior direito é sugestiva de colecistite aguda.

Blumberg - dor no ponto de McBurney à descompressão súbita. Sugere irritação


peritoneal secundária à apendicite aguda.
SINTOMAS E MANOBRAS

Rovsing - caracteriza-se pelo aparecimento de dor no


quadrante inferior direito durante a compressão
exercida no lado esquerdo. Sugere irritação
peritoneal, como na apendicite aguda e na
pelveperitonite.
Psoas - pede-se ao paciente que se deite sobre o lado
não afetado e estenda sua outra perna contra a
resistência da mão do examinador. Quando positivo
(dor durante a manobra), sugere processo
inflamatório adjacente ao músculo psoas.
Obturador - com o paciente em decúbito dorsal, o
examinador flexiona a coxa dele com os joelhos
fletidos e rota a perna, interna e externamente.
Quando positivo (dor hipogástrica durante a
manobra), sugere processo inflamatório adjacente ao
músculo obturador.
SINAIS E SINTOMAS DOS PROBLEMAS MAIS FREQUENTES DE DOR ABDOMINAL NA APS

• Gastrenterite infecciosa - dor abdominal em cólica com diarreia


difusa é a manifestação clínica característica.

• Infecção do trato urinário - dor suprapúbica associada com sintomas


urinários irritativos, disúria, polaciúria, e urgência miccional, nos
AGUDOS

qua· dros baixos. Em quadros com acometimento renal,


apresenta-se com febre e calafrios e dor lombar com dolorimento à
punho-percursão (Sinal de Giordano positivo).

• Apendicite - alta probabilidade em indivíduos com queixa de dor no


quadrante inferior direito, que migrou da região periumbilical, asso·
ciada com febre, sinal do psoas presente, rigidez abdominal e dor à
descompressão (Blumberg).
SINAIS E SINTOMAS DOS PROBLEMAS MAIS FREQUENTES DE DOR ABDOMINAL NA APS

• Dispepsia funcional - pelo menos 12 semanas de dispepsia persistente ou


recorrente sem evidências de doença orgânica, não aliviada pela defecação, e
não associada com alteração na frequência de defecação ou no formato das
fezes.
CRÔNICOS

• Síndrome do intestino irritável - quadro de pelo menos 12 semanas de


Funcionais

sintomas contínuos ou recorrentes de dor abdominal ou desconforto associado


com algum dos seguintes sintomas: alívio com a defecação, mudança na
frequência das defecações e alteração no formato ou no aspecto das fezes.
Pode apresentar frequência anormal de evacuações (mais de três por dia ou
menos de três por semana), formato anormal das fezes (nodulares/duras ou
amolecidas/aquosas), eliminação anormal de fezes (esforço, urgência, ou uma
sensação de evacuação incompleta), eliminação de muco e sensação de
distensão abdominal. Quando todos os critérios estão presentes, o valor predi·
tivo positivo pode chegar a 90%.
SINAIS E SINTOMAS DOS PROBLEMAS MAIS FREQUENTES DE DOR ABDOMINAL NA APS

• Doença diverticular, diverticulite - inflamação e infecção do


divertículo colônico, ocorre tipicamente em idosos, apresenta-se
com quadro de dor no quadrante inferior esquerdo, febre e
anorexia. Comumente os pacientes têm náuseas, vômitos, diarreia
ou constipação.
CRÔNICOS
Não Funcionais

• Doenças do esôfago (DRGE/esofagite) - o sintoma predominante é a


dor em queimação (pirose) retroesternal, associada com disfagia,
eructações e epigastralgia; piora com a ingestão de alguns
alimentos e bebidas.

• Doenças da vesícula biliar (colecistite/colelitíase) - dor no


hipocôndrio direito em cólica, particularmente depois de uma
refeição gordurosa.
Tratamento
Se necessário medicar usar opióides para não mascarar quadros
Encaminhar quando necessário (9%)
Manejar adequadamente os casos agudos (é relatado 75% de
resolutividade na MFC)
Dor inespecífica correspondem a 20%
Quadros funcionais (dispepsia e SII) correspondem a 40% dos
quadros
Exames Laboratoriais
Hemograma, glicemia, uréia, creatinina,
transaminases, eletrólitos, amilase, lipase,
HCG, PCR, VSH, parasitológico de fezes e EAS
Sindrome dispéptica
Definição de Dispepsia
•É caracterizada por períodos de
abrandamentos e exacerbações,
• Em seu diagnóstico não se consegue
identificar a causa para os seus sintomas
• Presença recorrente ou persistente de dor ou
de desconforto epigástrico não relacionado
ao uso de AINEs
Definição de Dispepsia
• Tambem chamada de:
Dispepsia funcional, dispepsia não ulcerosa ou
síndrome dispéptica
• Popularmente chamado de “má digestão”
segundo o TMFC Azia é
diferente de
dispepsia
Epidemiologia
• 44% da população adulta
• 60% é por dispepsia funcional
• Combate a Helicobacter pylori evidencia
melhora no tratamento e sintomatologia
• Brasil tem prevalencia de 80% na população
com a Helicobacter pylori.
Fatores de Risco
• Tabagismo
• Sobrepeso
• Dieta inadequada
• Ingestão e alcool e café
Fisiopatologia
• Ácido gástrico: oscila entre a produção basal e
picos.
• Alteração da função sensitiva: redução do
limiar de dor durante a distensão do
estômago principalmente por alimentos
gordurosos.
• Distúrbios do SNC: ansiedade e depressão
Fisiopatologia
• Alteração da função motora: retardo do esvaziamento
gástrico, hipomotilidade antral, refluxo de bile para o
estômago, fundo gástrico rígido que não relaxa no periodo
pós-pandial, alteração nas ondas gastricas
• Alimentação e ambiente: intolerâncias alimentares, fumo e
alcool.
• Medicamentos: AINES e AAS causam lesões assintomáticas.
• Inflamação da mucosa: relaciona-se com gastrite úlcera e
câncer. Sintomas indistinguíveis.
Sintomatologia

• Pirose: dor, queimação ou desconforto


crônico ou recorrente
• Sensação subjetiva desagradável
Sintomatologia Associada
• saciedade precoce
• empachamento pós-prandial
• náuseas
• vômitos
• timpanismo
• distensão abdominal (abdômen superior)
• ausência de provável doença orgânica que justifique os sintomas
• ausência de evidências de que os sintomas melhorem ou de que estejam associados a
alterações no ritmo ou nas características das evacuações intestinais.
• regurgitação
• excessiva eructação
Classificação
Tipos de Dispesia Sintomatologia

Dismotilidade Vômitos 1x/mês ou mais


Distensão abdominal
Dor agravada por alimentação
Dor aliviada por eructações
Anorexia

Úlcera Dor aliviada por alimentação


Dor aliviada por antiácido
Dor antes da alimentação
Dor noturna que faz despertar
Refluxo Pirose 1x/semana ou mais
Regurgitação ácida 1x/semana ou mais

Fonte: TMFC pag 1330 Vol II


Diagnóstico diferencial
• Dispepsia funcional – 60%,
• Ulcera péptica – Helyobacter pylori via EDA
• Doença do refluxo gastroesofágico
• Doença do trato biliar
• Doenças pancreática
• Câncer
• Aerofagia
• Dispepsia induzida por medicação
Dispepsia funcional
Anamnese
• Dirigida para descarte de sintomatologia associada a
diagnósticos diferenciais

• Frequência dos sintomas

• Hábitos de vida

• Uso de medicação
Exame físico
• Pode ser normal
• Pode aparecer dor epigástrica
• Presença de massa?
Exames complementares
• Endoscopia Digestiva Alta

- Indicada para lesões e causas específicas


- Ponderar custo, acesso e riscos
- Presença de sinais de alerta
- Ponderar a idade
- Ponderar a repetição do exame.
Sinais de alerta para EDA
SINAIS DE ALERTA
Imediato Sangramento Gastrointestinal
Abordagem inicial - eletiva - Disfagia progressiva
- Perda de peso involuntária
- Massa epigástrica
- Anemia ferropriva
- Vômitos persistentes
- Persistência dos sintomas após tratamento empírico com
Inibidor de Bomba de Prótons (IBP) e erradicação do H.
Pylori

Fonte: TMFC pag 1331 vol II


Resultados da EDA
Achados na endoscopia em pessoas com %
dispepsia
Achados menores/sem alterações 60
Esofagite 19
Úlcera gástrica 5
Úlcera duodenal 5
Úlcera péptica 3
Outros achados 5
Câncer gástrico 2
Câncer de esôfago 1
Fonte: TMFC pag 1330 Vol II
Exames complementares
• Teste para descartar Helyobacter pylori
Teste Sensibilidade Especificidade
Teste respiratório com 13C ureia 88-95% 95-100%
Exame sorológico: detecta anticorpos IgG específicos 90-100%

Fonte: TMFC pag 1331 Vol II


Síndrome Pirose ou Abordar como doença
Dispéptica regurgitação do refluxo
gastroexofagico
Dispepsia

Sinais de sim EDA


alarme?
não EDA
Dispepsia não
investigada Sem
Tratar resposta
Revisar Sem
IBP 4-6 empiricamente
medicamentos resposta
semanas para erradicação
utilizados da H. pylori
Melhora dos
sintomas Melhora dos
sintomas
Autocuidado
Tratamento Medicamentoso
• Inibidores da bomba de prótons (IBP)
• Testar e tratar H. pylori caso IBP falhe.

PONDERAR EPIDEMIOLOGIA!

• Tratar em empiricamente
Tratamento com IBP
Tipo Tempo

Dispepsia não investigada 4-6 semanas

Úlcera Péptica Duodenal 4-8 semanas

Úlcera Péptica Gástrica 4-8 semanas

Dispepsia não ulcerada 4 semanas

Fonte: TMFC pag 1332 Vol II


Tratamento H. pylori
Medicação Dose Dias
Amoxilina 1g 14 2x/dia
Claritromicina 500g 14 2x/dia
IBP - omeprazol 40 mg 14 dia

Fonte: TMFC pag 1332 Vol II


Outros tratamentos
• H2:
ranitidina 150 mg – 2x/dia
nizatina 150 mg – 2x/dia 4 a 8 semanas

• IBP: lansoprazol 30mg/dia


• Pró-cinéticos
via betabloqueadores de receptores de dopa
- metroclopramida 5-10mg – 2x/dia
- domiperidona
Cuidado com a
experiência prévia do
paciente!
Encaminhamentos
• Pacientes com sinais de alerta para EDA
• Pacientes com achados suspeitos de
malignidade no EDA
Erros de diagnóstico
• Uso irracional de antibióticos
• Associação de medicação para sindrome
dispeptica com AINES
• Banalização dos sintomas principalmente de
pacientes poli queixosos.
Prognóstico e Complicações
• Recorrente e intermitente
• 50% dos pacientes que realizaram tratamento
adequado terão recidivas em 1 ano
• 80% dos pacientes terão recidiva em algum
momento da vida
Prevenção
• Tabagismo MUDANÇA
DE
• Sobrepeso HÁBITO
DE
• Dieta inadequada VIDA

• Ingestão e alcool e café

Para pacientes com sintomas prolongados:


• Uso racional da medicação
Doença do Refluxo Gastro
esofágico
Introdução
•Deslocamento sem esforço do conteúdo gástrico do estômago para o esôfago

•Ocorre várias vezes ao dia

•Processo fisiológico se assintomático e sem lesão

•“Condição na qual o refluxo do conteúdo gástrico causa sintomas que afetam o


bem-estar do paciente e/ou complicações”
Fisiopatologia
Fatores de Risco
•Idade
•Obesidade
•Anomalia Anatômica
•Bebidas alcoólicas, tabaco, café, chocolate, medicamentos

•Obs.: Helicobacter pylori


Sintomas
•Pirose
•Regurgitação ácida
Sintomas atípicos
•Dor torácica
•Síndromes extra-esofágicas
•Tosse
•Laringite
•Asma
•Erosão dentária
•Sinusite
•Fibrose pulmonar
•Faringite
•Otite média
•Rouquidão
Sinais de Alarme
•Odinofagia
•Disfagia
•Sangramento
•Anemia
•Emagrecimento
•História familiar de câncer
•Despertar noturno
•Idade > 45anos
Endoscopia Digestiva Alta
•DRGE erosiva x DRGE não erosiva

•Não erosiva (60%) não exclui DRGE

•Nem todo paciente precisa fazer

•Excluir outras doenças

*Adenocarcinoma de esôfago

•“Gastrite enantematosa leve de antro”

•Presença de lesão: tratar a lesão

•Ausência de lesão + sintomas típicos: tratar a DRGE


Endoscopia digestiva alta
•DRGE erosiva

•A/B: erosão leve

* Não precisa ADA de controle

•C/D: erosão grave

*Endoscopia de controle
Tratamento medicamentoso
•Base: inibidores de bomba de prótons
*Suprime a secreção ácida
*Cicatriza a esofagite
•Teste terapêutico 30 dias
*Melhora: completa tratamento (6-8 semanas)
*Não melhora: EDA
Tratamento medicamentoso
•Bloqueadores H2 (ranitidina, cimetidina...)
*Não cicatriza lesão
*Medicação coadjuvante/refluxos leves
*Erosão = IBP
•Antiácidos
*Terapia direcionada pelo paciente
*Sintomas eventuais
*Não há necessidade diária, não há sinal de alarme
*Contra-indicação a outras medicações (alergia)
•Procinéticos (domperidona, bromoprida)
*Aumentam tonicidade esfincter inferior
*Aceleram esvaziamento gástrico
*Nunca monoterapia (associação)
Outros exames
•pHmetria
*incômodo/disponibilidade
*impedâncio-pHmetria
•Manometria esofágica
*Avalia contração do esôfago
•Pré-operatório:
*Manometria + pHmetria
Esôfago de Barret
•DRGE de longa evolução
•Metaplasia intestinal
•Lesão pré-maligna
•Mais comum em homens brancos,
mais de 40 anos, obesos, tabagistas
•Tratamento: mucosectomia/ablação
Breve Epidemiologia
•M.S. estima que 70% da população teve contato com o HAV.
•15% teve contato com o HBV.
•Casos crônicos de Hepatite B e C de 1,0 a 1,5%, respectivamente.
•Números de HBV passaram de 473 em 1999 para 14.601 em 2009
•67,3% nas regiões Sul e Sudeste.
•As competências no SUS são: Promoção da Saúde, prevenção,
triagem sorológica e acompanhamento
Quando Pensar
•Característica regenerativa do fígado pode mascarar os
sintomas.
•Icterícia, desconforto ou dor no quadrante superior do
abdome, fadiga, náuseas, vômitos, mudança no paladar,
hepatomegalia e/ou esplenomegalia, hematêmese, sinais de
hepatopatia crônica e/ou exame complementar alterado,
como enzimas, marcadores virais ou exames de imagem.
Quando Pensar
•SINTOMÁTICO ICTÉRICO: com ou sem sintomas, como febre,
mal-estar, náuseas, vômitos, mialgia, acolúria e hipocolia
fecal, dor ou desconforto no abdome superior.
•SINTOMÁTICO ANICTÉRICO: Importância dos exames
laboratoriais.
•Assintomáticos: Exposições de risco.
•Marcadores reagentes para hepatites virais.
O que fazer - Anamnese
•Abordagem centrada na pessoa
•Idade; ocupação/acidentes ocupacionais; HDA; gestação; medicamentos
hepatotóxicos; comportamento de risco; transfusão de sangue.
•Etilismo
•Saneamento básico e condições de moradia.
•Correlacionar com características clínicas e epidemiológicas dos agentes
etiológicos.
O que fazer – Exame Físico
•Febre; icterícia
•Hepatomegalia (80% dos casos agudos)
•Forma colestática:
•Mais comum em adultos
•Pode durar mais de três meses
•Icterícia intensa, colúria evidente, hipocolia ou acolia fecais, dor
abdominal, vômito, plenitude pós-prandial , prurido cutâneo de
difícil controle, entre outros.
O que fazer – Exames
Complementares
•Leucograma/Leucopenia (formas agudas).
•Leucositose (necrose hepatocelularn intensa).
•Aspartato Aminotransferase (AST/TGO).
•Alaninoaminotransferase (ALT/TGP).
•Bilirrubina.
O que fazer – Exames
Complementares
•Gamaglutamiltransferase (GGT) – Forma colestática;
hepatopatias alcoólicas e toxicomedicamentosas; icterícias
obstrutivas e tumores hepáticos. Não deve ser solicitada no
acompanhamento de casos agudos.
•Protombina (insuficiência hepática).
•Ultrassonografia (esteatose hepática, coledocolitíase).
•Marcadores sorológicos.
Tratamento
•Hepatites A e E, prognostico bom, evolução para cura clínica.
•Hepatite B, resolução espontânea em 90 a 95% dos casos
•Medidas de suporte em Hepatites virais agudas
•O tratamento tem pouca influência no curso natural da
doença
Tratamento
•Acompanhamento ambulatorial, tratamento sintomático
•Repouso relativo;
•Alimentos de fácil digestão;
•Abstinência consumo de álcool por 6 meses;
•Antieméticos e antipiréticos.
•“Hepatoprotetores” não têm valor terapêutico.
•Cortióides são contraindicados.
Tratamento
•Hepatite Alcoólica.
•Suportivo e sintomático.
•De preferência acompanhamento multiprofissional.
•Hepatite não Alcoólica.
•Perda gradual de peso.
Tratamento
•Melhora da resistência periférica à insulina.
•Atividades Físicas.
•Reeducação alimentar, dietas hipocalóricas.
•Pacientes com hepatites agudas devem ser
acompanhados com prazos de 2 semanas de
intervalo e em seguida 4 semanas.
Quando encaminhar
•Anti-HCV positivo.
•Sinais e sintomas que indiquem gravidade.
•Hepatite crônica com indicação de tratamento.
•Coinfecção e superinfecção.
•Suspeição ou diagnóstico de hepatites por outras
causas.
Parasitoses
Os parasitas que mais comumente causam parasitoses intestinais são:
Giardia lamblia (giardíase),Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura
(helmintíases) e Ancylostoma duodenale.
Menos prevalentes são as parasitoses causadas por Strongyloides
stercoralis (helmintíase) e Enterobius vermicularis (enterobíase ou
oxiuríase).
Há controvérsias sobre a prevalência da Entamoeba histolytica. E coli
são encontrados com frequência porém de baixa patogenia.
Sintomas

• Podem ou não estar presentes, variando de ausência desses a


estado subagudo ou crônico.
• Diarreia (aquosa, mucóide, aguda, persistente, intermitente),
• Dor abdominal (desconforto vago a cólicas),
• Dispepsia,
• Anorexia,
• Astenia,
• Emagrecimento,
• Distensão abdominal
COMPLICAÇÕES

Ascaridíase Obstrução intestinal, perfuração intestinal, volvo, colecistite, pancreatite, abscesso hepático,
manifestações pulmonares.
Tricuríase Anemia severa em grandes infestações e o decorrente atraso no desenvolvimento de crianças,
em condições crônicas.
Giardíase síndrome de má absorção.

Enterobíase Vulvovaginites, salpingites, infecções devido às escoriações provocadas pela coçadura,


granulomas pelvianos.
Estrongiloidíase Síndrome de má absorção, síndrome de Lõeffler. Em imunocomprometidos, em uso de
corticoides ou com desnutrição grave: edema pulmonar, superinfecção, infecção oportunista.
Formas sistêmicas: sepse.
Ancilostomíase Anemia, hipopotreinemia (insuficiência cardíaca, anasarca), hemoptise, pneumonite (quando
larvas migram para os pulmões).
Amebíase Granulomas (amebomas) no intestino grosso, abscesso hepático, abscesso cerebral, abscesso
pulmonar, colite fulminante, empiema, pericardite.
Teníase Quando há ingesta de ovos da tênia adulta, os embriões podem migrar para o sistema nervoso
central (neurocisticercose, ocorrendo convulsões, hipertensão intracraniana, cefaleia,
meningite), para o globo ocular (cegueira) e/ou para o tecido muscular (cãibras).
MEDIDAS PREVENTIVAS

Prevenção primária • Medidas de saneamento básico


• Armazenamento e coleta de lixo adequados,
• Higiene pessoal, de animais domésticos e de alimentos, medidas de
educação para a saúde.
Prevenção secundária • Programa de desverminação periódica para populações vulneráveis, dada
e terciária a alta prevalência de enteroparasitoses nessas populações;
• Nesse caso, os dois tipos de prevenção se somam, pois, nas populações
vulneráveis, é mais custo-efetivo, e também maior o benefício do que o
risco de tratamento para os não contaminados tratar o grupo,
periodicamente, sem necessidade de diagnóstico laboratorial.
Prevenção quaternária • Evitar o uso excessivo e desnecessário de medicamento em populações
que não pertençam àquelas cujos condicionantes para as
enteroparasitoses se façam presentes, bem como evitar a realização
excessiva de exames para diagnóstico e confirmação de tratamento nas
populações vulneráveis, nas quais a prevalência de enteroparasitoses é
alta.
Tratamento
Referencias
• GUSSO, Gustavo; LOPES, José M. C. Tratado de Medicina de Familia e Comunidade.
Princípios, formação e prática. 2012. Editora Artmed. Volume II.
• CECIL Medicina. 23 edição Cecil Medicina. Editado por Lee Goldman, Dennis Ausiello;
Tradução Adriana Pittella Sudré et al. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
• GARCIA, et al. Teste respiratório com ureia marcada com isótopo estável do carbono
para detecção de Helicobacter pylori: Influencia do Jejum e necessidade de ácido
cítrico. Congresso Brasileiro de Física Médica. 2016. Disponível em:
<http://www.acquaviva.com.br/CBFM2016/trabalhos/Trabalhos2016/Trab015000313
220160501_000000.pdf>. Acesso em 20/03/2019.
• SILVA, Fernando Marcuz. Dispepsia: caracterização e abordagem. 2008. Revista de
medicina de São Paulo. Disponível em
http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/download/50/21/.
Acesso em 20/03/2019.
• UNA-SUS. Fundamentação teórica: dispepsia.. Disponível em:
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/1/unidades_casos_complexos/
Referências
BARBUTI, Ricardo Correa; MORAES FILHO, Joaquim Pinto Prado de. Como Diagnosticar e Tratar Doença do
refluxo gastroesofágico. 2010. Disponível em:
<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4528>. Acesso em: 22 mar. 2019.
GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro Ceratti. Tratado de Medicina de Família e Comunidade-: Princípios,
Formação e Prática. Artes Medicas, 2012.

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