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Governo do Distrito da Maganja da Costa

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................1
CAPÍTULO 1: DIAGNÓSTICO DO DISTRITO .................................................................................................2
A. CARACTERIZAÇÃO DO DISTRITO ................................................................................... 2
1.1. LOCALIZAÇÃO E LIMITES ......................................................................................................... 2
1.2. DIVISÃO ADMINISTRATIVA....................................................................................................... 3
1.3. CONDIÇÕES FISICO-NATURAIS ................................................................................................ 4
1.4. POPULAÇÃO .............................................................................................................................. 9
B. SITUAÇÃO SOCIO-ECONÓMICA DO DISTRITO ....................................................... 12
1.5. ÁREA ECONÓMICA ................................................................................................................. 12
1.6. INFRA-ESTRUTURAS ................................................................................................................ 16
1.7. ÁREA SOCIAL .......................................................................................................................... 19
1.8. GOVERNAÇÃO LOCAL ............................................................................................................ 24
1.9. ONG’S E ASSOCIAÇÕES.......................................................................................................... 25
C. SUMÁRIO DAS POTENCIALIDADES E PROBLEMAS ................................................. 25

CAPÍTULO 2: ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO ...................................................................................27


2.1. VISÃO MISSÃO ........................................................................................................................ 27
2.2. OBJECTIVOS DA ESTRATÉGIA ................................................................................................. 27
2.3. ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO POR ÁREA DE ACTIVIDADES............................................... 29

CAPITULO 3: FINANCIAMENTO, IMPLEMENTACAO, MONITORIA E AVALIACAO ..............................39


3.1. ORÇAMENTO E ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO................................................................ 39
3.2. IMPLEMENTAÇÃO, MONITORIA E AVALIAÇÃO ..................................................................... 40

CAPITULO 4: PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PEDD..................................................................................41


CAPITULO 5: QUADRO DE ACÇÕES E PROJECTOS ........................................................................................42

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Governo do Distrito da Maganja da Costa

Introdução

O processo de planeamento, programação, monitorização e execução, em


Moçambique, tem vindo a modificar-se, a luz das reformas económicas em curso, de
modo a ajustar-se à várias necessidades da gestão macro-económica do País.

Neste processo, o envolvimento da sociedade civil, agentes económicos, parceiros de


cooperação e outras associações multidisciplinares, desde o nível central até ao nível
Distrital joga um papel importante para a definição de estratégias e acções que
conduzam ao desenvolvimento económico e a melhoria das condições de vida da
população.

O propósito deste PEDD é de traçar o quadro real das potencialidades existentes para
que sirvam de base para o desenvolvimento da província e definir um marco para
atingir o desenvolvimento equilibrado e sustentável do distrito. O mesmo baseia-se no
lema “Maganja da Costa produtor de arroz de qualidade”. Esta lema, fundamenta-se
no facto deste distrito ser um dos maiores produtores de arroz, e ter um potencial para
se tornar no maior celeiro de arroz da provincia.

O PEDD contém uma visão de médio e longo prazos que consistem em “Tornar a
Maganja da Costa o maior produtor de arroz de qualidade e transformá-la numa
referencia agricola na Província’’.

O presente PEDD comporta 4 capítulos, reflectindo a configuração mínima necessária


recomendada, nos termos do Manual de Orientações para a elaboração dos Planos
Estratégicos de Desenvolvimento Distrital.

O primeiro capítulo ocupa-se no Diagnóstico, que compreende concretamente a


descrição das características gerais do Distrito e todos os aspectos socio económicos.

O segundo capítulo é dedicado à formulação dos objectivos principais e da Estratégia


de Desenvolvimento, com os detalhes de todas as suas componentes.

O terceiro capítulo descreve resumidamente a estrategia de financiamento, e os


instrumentos de implementacao, monitoria e avalicao a serem seguidos no distrito com
vista ao alcance dos objectivos preconizados neste plano..

O quarto capítulo, incorpora o quadro de acções e projectos e apresenta-se mediante


uma Matriz do Quadro Lógico.

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CAPÍTULO 1: DIAGNÓSTICO DO DISTRITO

A. CARACTERIZAÇÃO DO DISTRITO

1.1. Localização e limites

O Distrito da Maganja da Costa situa-se no extremo Este da Província da Zambézia e


ocupa uma superfície de 7.597 Km2. O seu território estende-se entre os paralelos
16º42’13” e 17º31’44” na Latitude Sul e entre os meridianos 37º04’38” e 38º00’12” na
Longitude Este. A sede do Distrito localiza-se a 150 km de Quelimane, Capital
Provincial da Zambézia.

Mapa 1: Posição geográfica de Maganja da Costa na Província da Zambézia

Maganja da Costa insere-se dentro dos seguintes limites geográficos:

Norte: faz o lmite com os Distritos de Mocuba e Ile, o rio Mugude servindo de limite
natural;

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Sul: é banhado pelo Oceano Índico e também se confina com o Distrito de Namacurra
através do rio Licungo;

Este: Distrito de Pebane, através do rio Muniga; e

Oeste: faz o limite com rio Licungo que o separa dos Distritos de Mocuba e Namacurra.

1.2. Divisão Administrativa

O Distrito da Maganja da Costa é constituído por quatro Postos Administrativos e


catorze Localidades, nomeadamente:

Mapa 2: Divisão Administrativa do Distrito

i Posto Administrativo de Maganja-Sede, engloba as Localidades de Bala, Cabuir


e Cariua;

ii Posto Administrativo de Mocubela, que inclui as Localidades de Mocubela Sede,


Maneia e Muzo;

iii Posto Administrativo de Baixo Licungo-Nante, com as Localidades de Nante


Sede, Moneia, Alto-Mutola, Nomiua e Muôloa; e

iv Posto Administrativo de Bajone, com as Localidades de Nacuda, Naico e Missal.

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1.3. Condições Fisico-Naturais

1.3.1. Clima

O clima do Distrito de Maganja da Costa é do tipo Tropical Húmido, caracterizado por


duas estações distintas durante o ano: uma, chuvosa e quente, que se estende de
Outubro à Março do ano seguinte, na qual as temperaturas médias mensais podem
alcançar os 30ºc. A humidade relativa neste período tem superado a cifra de 85%. A
estação é fresca e seca, com temperaturas médias mensais inferiores a 25ºc. Em
media, a humidade relativa não ultrapassa os 60%. Esta estação começa no mês de
Abril e termina em Setembro.

Uma especificidade típica no Distrito prende-se com o facto de, ao longo da sua faixa
costeira, a humidade do ar, na quadra chuvosa, atingir por vezes 100%. Como
consequência lógica, a precipitação pode atingir valores de 1.500mm, diferentemente
do interior onde a média pluviométrica não chega a atingir 1.000 mm

1.3.2. Relevo

Na generalidade, as terras da Maganja da Costa são menos acidentadas, não existindo


elevações de grande expressão. A geologia do Distrito é mais modificada na região
costeira na qual, por um lado, existem segmentos marinhos sobrepostos de diferentes
períodos geológicos, desde o Cretácio até ao presente e, por outro, a zona de
configuração ondulada, como resultado das dunas costeiras.

A altitude média acima do nível das águas do mar é de cerca de 70 metros. As zonas
de planícies localizam-se nos Postos Administrativos de Maganja-sede, com maior
extensão nas localidades Sede e de Bala; Baixo Licungo-Nante e no Posto
Administrativo de Bajone, este último com vastas áreas ocupadas por companhias
agro-pecuárias.

O Posto Administrativo de Mocubela apresenta-se com terras pouco acidentadas,


sendo notável a existência de planaltos com pedras, tais como Naniro e Mbidane,
situados na Localidade de Muzo.

1.3.3. Recursos hídricos

O Distrito possui potencial hídrico, com alguns rios de corrrente permanente e de


grande caudal. Há também pequenos cursos de água de corrente periódica os quais,
de parceria com as lagoas existentes, são bastante úteis para o desenvolvimento de
actividades de produção agrícola e de criação de gado. No rol dos grandes rios se
destacam: O Licungo, Mabala, Raraga, Nipiode e Muniga.

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Mapa 3: Recursos hídricos

Rio Licungo: Ao sul da Maganja da Costa, com um percurso de 340 Km


aproxidamente, com uma bacia hidrográfica que cobre cerca de 27.730 Km2. Este
nasce na Serra Malessan, região dos Montes Namuli e desagua no Oceano Índico,
tendo como afluentes os rios Nantere, Cune, Namiolene, Mussula, Hune, Muribate e
Mariamombe;

Rio Mabala: com uma bacia hidrográfica de 854 Km2 e um percurso de 55 Km, nasce
na povoação de Mutucunha, em Nhafuba, Posto Administrativo de Maganja-Sede e
desagua no Oceano Índico. É-lhe afluente o rio Erive.

Rio Raraga: com uma bacia hidrográfica de 9.000 Km2 e com percurso de 180 Km,
nasce junto a Localidade de Mujeba, Distrito de Mocuba, e desagua no oceano Índico,
algures, próximo da povoação comercial de Raraga. Tem como afluentes os rios Livo,
Gessi- Grande, Nealene, Zunga, Nipiode, Mugude e Manlapo; e

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Rio Muniga: faz um percurso de 80 Km e cobre uma bacia hidrográfica de 2.086 Km2.
Nasce no Posto Administrativo de Mulevala Distrito do Ile e desagua em áreas do
Posto Administrativo de Bajone no Oceano Ìndico. Este Rio comunica-se com o rio
Mazembe, pelo canal Murriade (Idugo), sendo navegável para lanchas.

Existem no interior do Distrito de Manganja da Costa as seguintes lagoas:

Ruguria: situada no Posto Administrativo Maganja-Sede, Localidade de Bala, na


povoação de Motinho. Possui um vasto potencial para a pesca artesanal. O típico e
famoso “peixe pende” tem nesta lagoa como um dos seus principais “habitats”, local
favorável para prática de turismo.

Tadamela: Localizada na Sede do Posto Administrativo de Baixo Licungo-Nante, na


Localidade de Maneia, sendo igualmente propícia para a pesca artesanal. O camarão e
o peixe pende são as espécies aquáticas mais predominantes.

Nadji: Localiza-se no Posto Administrativo de Baixo Licungo-Nante no Povoado de


Mebene.

Para além dos rios e lagoas já mencionadas, existem no Distrito determinadas fontes
naturais de grande importância, como por exemplo, Ribá, localizada nas proximidades
da Vila-Sede de Maganja. Outrora, servia de abastecimento de água à população da
Vila, através de um Pequeno Sistema de Abastecimento de Água (PSAA) ai então
montado, entretanto neste momento avariado. A fonte de Noridhe, no Posto
Administrativo de Baixo Licungo-Nante e a de Mavie (águas termais) situada em
Massupa, Localidade de Muzo, no Posto Administrativo de Mocubela.

1.3.4. Floresta e Fauna Bravia

A cobertura vegetal do Distrito de Maganja da Costa é costituida fundamentalmente por


savana tropical arbustiva com algumas zonas de componente arbórea, havendo
variedades de grande valor económico, tais como, a Umbila, Chanfuta, Murrotho,
Jambire, Pau-preto, Pau-ferro, Muanga e Theca.

As florestas tem maior expressão nas zonas altas e de planalto, no interior do Distrito.
A savana circunda a floresta terminando em savana herbácea que acomoda, no seu
largo, vastas áreas florestais. Com efeito, as maiores extensões de florestas se
agrupam em três áreas geográficas, nomeadamente:

a) No Posto Administrativo de Mocubela, desde o rio Raraga ao rio Muniga, no


limite como Distrito de Pebane;

b) De Mugude até as proximidades da Localidade de Mugeba, Distrito de Mocuba;


e

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c) Na Localidade de Cariua no Posto Administrativo da Maganja – Sede, em


regiões de exploração florestal.

No concernente à fauna, Maganja da Costa, possui um enorme potencial faunistico


composto por uma variedade de espécies tais como o porco do mato, changos e
gazelas, elefantes, cudos, pala-palas, bois-cavalos, leões, zebras, macacos, crocodilos,
hipopótamos e várias espécies de pássaros.

A problemática de caça furtiva no Distrito regista-se, com particular incidência no Posto


Administrativo de Mocubela.

1.3.5. Solos

Os solos do Distrito, na sua maioria, são aluvionares, resultantes da deposição dos


aluviões dos principais rios, nomeadamente Licungo, Mabala, Raraga, Nipiode, Muniga
e seus afluentes que atravessam o Distrito.

São solos finos e férteis propícios para as cultura do arroz, legumes, tubérculos (batata
doce, mandioca) e hortícolas.

Em algumas zonas, os solos aluvionares apresentam manchas dispersas de solos


arenosos, com textura média e pouco férteis, sendo por conseguinte favoráveis à
cultura do coqueiro e, ainda, tubérculos e legumes.

Ao longo da costa há predominância de solos mais ou menos escuros, salinos com


pouca possiblidade de drenagem, por isso, menos aptos para a agricultura.

O Distrito da Maganja da Costa possui igualmente solos hidromórficos que


permanecem submersos por alguns meses do ano, principalmente no período das
chuvas.

Em resumo, o Distrito possui três classes de solos que se tipificam de acordo com as
seguintes características:

 Solos vermelhos e castanhos, localizados na zona alta do Distrito, de textura fina,


muito férteis e propícios para a cultura de batata, soja, milho, girassol, mexoeira,
mandioca, fruteiras e para pastagem. São razoavelmente abundantes nos Postos
Administrativos de Mocubela e Bajone.

 Solos vermelho-arenosos e argilosos, de textura média, situados na maior parte do


interior do Distrito. Estes solos são pouco desenvolvidos, geralmente pouco
profundos com reduzido teor de matéria orgânica e muito propensos à erosão nos
declives, sendo por isso aptos ao cultivo de oleaginosas, tubérculos e para
pastagem de gados. Estes tipos de solos são notáveis nos Postos Administrativos
de Bajone e Maganja-Sede.

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 Solos metamórficos, com origem nos aluviões dos principais rios que atravessam o
Distrtito, apresentando nalgumas delas manchas dispersas de solos arenosos e
fraco-arenosos. Têm a textura muito fina e são bastante férteis, sendo por isso
muito favoráveis à cultura de arroz, tubérculos, cereais leguminosa e horticolas.
Predominam nos Postos Administrativos de Maganja-Sede, particularmente na
região de Gentivo e Micia, Localidade de Bala e no Posto Administrativo de Baixo
Licungo-Nante.

1.3.6. Subsolos e recursos minerais

A base geológica do Distrito de Maganja da Costa assenta nos extractos sedimentares


de rochas metamórficas do sistema do Gilé/Mulevala, com afloramentos graniticos,
abrangendo toda a àrea do Posto Administrativo de Mocubela. O metamorfismo das
rochas garantiu o surgimento de ocorrências mineiras, algumas das quais preciosas e
semi-preciosas, com elevado valor comercial.

Existem já identificados no Distrito jazigos de tantalite e ocorrências de pedras


preciosas e semi-preciosas. Actualmente, a actividade de exploração mineira se
concentra no Posto Administrativo de Mocubela, sobretudo nas áreas de Locossa,
Elodo e Macuva, em que estão em exploração: tantalite, águas marinhas e turmalina.

No Ganga, Localidade de Muzo, explorava-se, em tempos, águas marinhas. Existem


concessões nestas regiões para a reactivação da actividade mineira no Distrito. Há a
registar também a presença de nascente de águas termais localizadas em Muzo –Viola
Posto Administrativo de Mocubela, ricas em enxofre.

Tabela: 1: Localização mineira no Distrito

Postos Localidade Povoado Especie


Administrativos
Cariua Nhafuba, nas Tantalite
margens do rio
Maganja Sede Nhambeca;
Mugoja e Nae, nas
margens do rio
Mutagude
Muzo Viola; Águas Marinhas
Ganga Tantalite
Mocubela
Mocubela Sede Aliua Centro Aguas Marinhas e
Tatalite

Maneia Locossa Tantalite

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1.4. População
1.4.1. História e religiões

Entre os anos l862 e l898, Maganja da Costa foi considerada uma República Militar que
resistiu à ocupação colonial portuguesa. O seu território estendia-se até regiões do
Niassa, ocupando então uma superfície de cerca de 800.000 Km².

A população da Maganja da Costa é resultante de uma mistura de povos, cuja origem


não foi claramente identificada. Porém, supõe-se que faça parte do grupo que saiu do
ocidente dos grandes lagos e que ramificou -se em etnias denominadas “Amunigas” em
Bajone, “Anharingas” na Sede do Distrito e no Nante, “Alomwé” em Mocubela.

Em Maganja da Costa, existem actualmente diferentes grupos étno-linguísticos,


destacando-se (a) Nharinga, que tem mistura de Echuabo, falada maioritariamente na
Vila Sede e localidades periféricas e no Posto Administrativo de Baixo Licungo-Nante;
(b) Elomwé, falado no Posto Administrativo de Mocubela; e (c) Emuniga, falado no
Posto Administrativo de Bajone. Entretanto, grande parte da população local expressa-
se em Língua Oficial (Português).

Existem várias religiões, as mais predominantes são: Cristã (União Baptista, Adventista
do Sétimo Dia, Assembleia de Deus, Testemunhas de Jeová) e Moçulmana, as quais
são praticadas em todo o território do Distrito.

1.4.2. Demografia

O distrito de Maganja da Costa, possui cerca de 282.173 habitantes. As projecções de


crescimento demográfico efectuadas indicam que, em 2000, a população total do
Distrito de Maganja da Costa era de 323,190 habitantes, aproximadamente.

Tabela 2: Crescimento da população


Ano 1975 1980 1997 2000

População 166.909 228.203 315.000 323.190


Fonte: INE Censo de População, 1997 e Projecções

A distribuição territorial da população é bastante irregular, registando-se maior


concentração na zona litoral, devido às relativas facilidades naturais convidativas à
produção agrícola. É nesta zona onde se instalaram os grandes empreendimentos
agro-pecuários do Distrito da Maganja da Costa.

Nos termos do Censo de 1997, a distribuição territorial da população pelos postos


administrativos e localidades comporta-se da seguinte maneira:

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Tabela 3: Distribuição territorial da população nos últimos 5 anos.


Posto Administrativo Localidade Homem Mulher TOTAL
Maganja (Bala) 23.386 26.951 50.337
Maganja Sede Cabuir 10.447 11.758 22.205
94.624 Cariua 5.603 5.960 11.563
Missal 6.498 7.045 13.543
Bajone Nacuida 15.522 17.499 33.021
54.500 Naico Mussipa 3.769 4.167 7.936
Mocubela 5.600 5.987 11.587
Mocubela Maneia 3.929 4.196 8.125
26.401 Muzo 3.267 3.422 6.689
Nante 4.569 5.398 9.967
Alto Mutola 5.406 6.119 11.525
Nante
Moneia 626 756 1.382
(Baixo Licungo)
Muoloa 6.964 8.613 15.577
53.705
Nomiua 6.653 8.601 15.254
TOTAL 107.210 122.020 229.230
Fonte: INE, Censo de População e Habitação, 1997

Da leitura ao conteúdo da tabela acima apresentada, verifica-se que o Posto


Administrativo da Maganja-Sede é o mais populoso, com cerca de 41.3% do total da
população do Distrito. O Posto Administrativo de Bajone é o segundo, absorvendo
cerca de 23.8%. Valor aproximado existe no Posto Administrativo de Baixo Licungo
Nante, com cerca de 23,4%. O menos populoso é o Posto Administrativo de Mocubela,
aglomerando cerca de 11,5% da população total do Distrito. A esperança de vida é, em
média, de 35 anos, sendo de 34.5 anos para os homens e de 36 anos para as
mulheres. Os indicadores de mortalidade infantil apontam para níveis de 174 por cada
mil nascidos vivos, sendo 182 para os rapazes e 165 para as raparigas por cada mil. A
mortalidade pós-infantil é de 149 por cada mil, o que se conclui que o nível de
mortalidade infantil e pós infantil, ou seja na infância (0-5 anos), é de 323 por cada mil
nados vivos. Segue-se abaixo uma tabela reflectindo alguns indicadores demográficos,
baseados no Perfil de Pobreza e Desenvolvimento Humano, na Província da Zambézia.

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Tabela 4: Indicadores Demográficos


Indicador Maganja
População (mil hab) 229,2
Homens 107,2
Mulheres 122,0
Densidade Populacional (Hab/Km2) 30,2
Proporção do Total da Província (% ) 7,9
Taxa de Cresimento Natural (% ) 2,6
Taxa Bruta de Natalidade (por mil) 47,1
Taxa Bruta de Mortalidade (por mil) 20,5
Taxa de Mortalidade Infantil (por mil) 182,9
Rapazes 191,1
Raparigas 174,4
Nº Médio por Agregado Familiar 3,6
Rural 3,2
Urbana 3,9
Esperança de Vida (em anos) 35
Homens 34,5
Mulheres 36,4
População Economicamente Activa 52,3
Taxa de Maculidade (Sex Ratio) 88
Fonte: INE, Censo de 1997 e MPF; Perfil da Pobreza e Desnvolvimento Humano – Zambézia, 2000

O número médio de pessoas por agregado familiar é de 3.6, aproximadamente, por


cada família. A população economicamente activa do Distrito é de 115,659 pessoas,
correspondendo cerca de 50.1% da população com idade igual ou superior a 18 e
inferior a 65 anos. Grande parte da mão-de-obra está ligada ao sector primário,
agrícola e pesca, que absorve cerca de 86% de toda a população activa.
Contudo, existe um grande nível de participação infantil, em actividades de rendimento,
pois cerca de 32% das crianças com idades variando entre os 7 e os 14 anos
participam em trabalhos agrícolas e pesqueiras.

1.4.3. Estrutura sócio-cultural

Parte considerável da população pratica cultos tradicionais para pedir chuvas, maior
produção agrícola, pescado, evitar doenças e outras situações de infortúnio e
calamidades.

Neste distrito existe uma grande recorrência ao uso combinado da tradição


(curandeiros) e das unidades sanitárias para o tratamento de diversas doenças, mas há

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uma percepção de que existem algumas doenças como a malária e a anemia que o
curandeiro não consegue tratar com sucesso.

Rapazes e raparigas têm tido um tratamento diferenciado no seio das famílias e da


sociedade, sendo as raparigas muitas vezes preferidas em diferentes aspectos da vida
socio-económica, como acontece, por exemplo, na educação. Nos casos em que os
custos de educação formal são insuportáveis para as famílias que tem mais de um filho
a tendência é excluir as raparigas em favor dos rapazes.

Ocorrem com frequência casamentos prematuros, mesmo que a rapariga não esteja
fisio-biológica e socialmente preparada. Estes modos de tratamento social a desfavor
de gente do sexo feminino levam a perpetuação de costumes usos que conduzem ao
ciclo de dependência económica e social e de subordinação da mulher em relação ao
homem.

B. SITUAÇÃO SOCIO-ECONÓMICA DO DISTRITO

1.5. Área Económica

Agricultura

A agricultura é a principal actividade económica do Distrito da Maganja da Costa


absorvendo mais de 75% da população economicamente activa e constitui a base de
subsistência da população.

Maganja da Costa é um Distrito relativamente grande e densamente povoado. A àrea


total cultivada pelo sector familiar está estimada em 41.594 Ha, o equivalente a 5,4%
do total do Distrito. No distrito, existe uma forte presença da Companhia do Madal, cuja
àrea de palmar ocupa 12.053 Ha (cerca de 1,6% da áea do Distrito).

A mandioca, o arroz, a batata-doce, mapira, o amendoim, feijão nhemba, feijão jugo,


tomate, cebola, milho, abóbora, couve, quiabo, pepino, alho, alface e melância são as
culturas mais predominantes no sector familiar.

As principais culturas para a comercialização no sector familiar são o arroz, a copra e a


castanha de cajú, culturas importantes para o Distrito. No periodo pós independência,
também o algodão tinha importância, que acabou perdendo durante a guerra, mas a
sua cultura está a ser de novo fomentada pela MOCOTEX. A titulo de exemplo na
campanha 1995/96, o algodão ocupava uma área de 300 ha, aproximadamente,
envolvendo 422 agricultores na sua produção.

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Pecuária

O sector pecuário também se reveste de grande importância para a economia do


Distrito. Existem 4 criadores privados para além do fomento no sector familiar. O
efectivo pecuário apresenta-se na tabela abaixo.

Tabela 5: Efectivo animal no Distrito


Ano Bovino Caprino Suino Ovino Aves
2003 2.237 2.700 660 100 157.500
2004 2.036 1.495 670 125 3.585
2005 2.558 3.650 630 420 3.005
Fonte: SDAE, Maganja da Costa

A pesca é praticada em regime artesanal no mar, lagoas e rios e estando a ser


introduzida a piscicultura. As maiores capturas abrangem o camarão, peixe pende,
peixe pedra, entre outras variedades. O estado precário das vias de acesso,
particularmente da praia à sede do Distrito, dificultam a comercialização do pescado,
nos moldes desejados. Neste contexto, o Distrito vai reabilitar as vias de acesso, com
vista à facilitação da comercialização do pescado.

Indústria e Comércio

Antes do último conflito armado o Distrito tinha 3 (três) fábricas de contraplacados e de


descarroçamento do algodão no Posto Administrativo de Mocubela. Uma fábrica de
descasque de arroz no Posto Administrativo de Baixo Licungo – Nante, as quais foram
distruidas durante o período de guerra.

No Distrito funcionam indústrias de pequena escala, nomeadamente 6 moageiras, 1


padaria na Sede do Distrito e 2 maquinetas de descasque de arroz em Nante. Nas
micro-indústrias estão empregues 17 pessoas e a aquisiçao da materia prima é feita
localmente com a excepçao da padaria que adquire a sua materia prima na cidade de
Quelimane e Mocuba.

No Distrito existem cerca de 80 estabelecimentos comerciais distribuidos pelos postos


administrativos. Deste número, 18 estão em funcionamento, 34 encerrados, 20
parcialmente distruidos, 2 distruidos e 6 transformados para outros fins. Em resumo, o
quadro da rede comercial no Distrito da Maganja da Costa apresenta-se da seguinte
maneira:

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Tabela 6: Rede Comercial do Distrito 2005

Posto Localidade Estabelecimentos comerciais


Administrativo Total A Encerradas T/Escri P/ Destrui
funcionar Torio destru das
Idas
Bala 21 9 5 5 1 1
Maganja sede Caricua 4 0 0 0 4 0
Cab/Nanene 5 0 0 0 0 0
Moc. Sede 5 2 1 0 2 0
Mocubela Maneia 2 0 0 0 2 0
Muzo 1 0 0 0 1 0
Nacuda 12 1 6 0 5 0
Bajone Naico 3 0 1 0 2 0
Missal 3 0 0 0 3 0
Nante sede 10 2 6 1 0 1
Nante Muoloua 8 2 6 0 0 0
Castigo 4 1 3 0 0 0
Morla 2 1 1 0 0 0
Total 80 18 34 6 20 2
Fonte: D.D.I.C.T

Mapa 4: Rede comercial e industrial do Distrito

Há 4 armazéns, sendo 2 na Sede do Distrito, 1 no Baixo Licungo-Nante e 1 em


Mocubela-Sede, todos em bom estado de conservaçao. Para além de

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estabelecimentos comerciais, funcionam no Distrito 21 mercados em diferentes


localidades, com destaque o da Sede do Distrito com 36 bancas fixas e do Posto
Administrativo de Mocubela parcialmente destruido.

Turismo

O Distrito possui os seguintes locais de interesse turístico: Praia de Matacuro na


Localidade de Muoloa/Nante, Praia de Namuravua/Cabuir, Praia de Gurai e da ilha de
Idugo na Localidade de Nacuda/Bajone, Águas térmais em Massupa/Muzo, lagoa
Ruguria-Bala e a lagoa de Tadamela em Nante. Existem 4 estabelecimentos com uma
capacidade de 7 quartos. Entretanto a actividade turistíca não é praticada em grande
escala devido ao estado precário das vias de acesso. Para solucionar o problema,
realizar-se-à a reabilitação das vias de acesso, para atrair maior número de turistas,
com vista à exploração destes locais turísticos.

Recursos Minerais e Energia

No que se refere aos recursos minerais, foram identificados no Distrito jazigos de


tantalite e ocorrências de pedras preciosas e semi-preciosas. Actualmente, a actividade
de exploração mineira se concentra no Posto Administrativo de Mocubela, sobretudo
nas áreas de Locossa, Elodo e Macuva, em que estão em exploração: tantalite, águas
marinhas e turmalina.

Relação entre actividades económicas e meio ambiente

O Distrito é rico em recursos naturais, (hidricos, florestais e faunisticos), tornando-se


cada vez mais necessário assegurar a manutenção do ambiente para o uso
sustentável.

Os problemas ambientais no Distrito, particularmente nas sedes dos postos


administrativos e localidades, estão relacionados com a falta de um plano de
ordenamento territorial o que obriga que as habitações sejam construidas em lugares
menos aconselháveis com consequências imprevisíveis, do ponto de vista do meio
ambiente.

Nas zonas rurais, a problemática ambiental assenta principalmente no abate


indiscriminado de árvores, animais, destruição de mangais, queimadas descontroladas,
entre outras práticas que provocam a alteração dos eco-sistemas.

A erosão de solos no Distrito faz-se sentir particularmente nas zonas costeiras e nos
grandes declives, onde ocorre o abate contínuo de mangais e de outras árvores,
criando condições permissivas à erosão e outros males sobre o ambiente. Destacam-
se, neste âmbito, as áreas de Mujigo, Ruguria, Matacuro, Mabala, Morla e Raraga.

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 15


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1.6. Infra-estruturas
Estradas e pontes

A Vila de Maganja da Costa, tem um conjunto de artérias não asfaltadas, totalizando


657 Km que garantem a circulação de pessoas e veículos. Fora da Vila, as principais
vias existentes são as seguintes, todas em terra batida:

 ER 226: Maganja - Malei, com 50 Kms de extensão;


 ER 230: Maganja - Mocubela (78 Kms);
 ER 275 Maganja - Nante (28 Kms); e
 Maganja a Bajone, com (97 Kms).

Estas vias asseguram a ligação com outros pontos dentro e fora do Distrito de Maganja
da Costa. No contexto geral, as condições de conservação são precárias o que na
prática têm dificultado o processo de comercialização de excedentes agrícolas dos
camponeses, entre outros inconvenientes.

O Distrito conta com um Aeródromo, na Sede do Distrito, e (3) pistas de aterragem nos
postos Administrativos de Nante (1); Bajone (1) e Mocubela (1). Todas estas infra-
estruturas presentemente, não funcionam devido ao alto nível de degradação. Para
melhorar cada vez mais a qualidade de vida da População, o Distrito pretende
reabilitar as infra-estruturas degradadas, com apoio de empresários e outos parceiros
de cooperação.

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 16


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Tabela 7: Rede viária do Distrito

Troço Tipo de Classific. Extensão Situação


estrada (Kms)
Maganja/Malei Primária 226 50 Transitável
Maganja / Mocubela Primária 230 92 Transitavel
Maganja / Nante Secundária 485 28 Transitavel
Maganja / Mapira Secundária 479 45 Transitavel
Maganja / Mocuba Secundária 45 Transitável
Maganja / Cabuir Terciária 30 Transitável
Nante / Moloa Terciária 28 Transitável
Nante / Nomiua Terciária 30 Transitável
Nante / Moneia Terciaria 23 Reabilitação
Mocubéla / Missale Terciária 35 Transitável
Raraga / Canguo Terciaria 17 Transitável
Mudurrune /Gentivo Terciária 20 Intransitável
Catangala/Limuila/Francisco Terciária 10 Transitável
Namirumo / Maranbuanha Terciária 10 Intransitável
Muiediua / Mupaula Terciária 7 Transitável
Mualama / Muzo Terciária 17 Transitável
Muedebo / Julião Terciária 13 Transitável
Cariua / Mapira Terciaria 22 Intransitável
Maneia / Muliva Terciaria 26 Transitável
Maneia / Muzo Terciária 23 Transitável
Naico/Rio Muniga Terciária 18 Transitável
Bajone / Missale Terciária 28 Transitável
Fernando / Nhafuba Terciária 12 Intransitável
Inlabe / Mugoja Terciária 12 Transitável
Niquide / Mapira Terciária 16 Intransitável
Mocubela / Mugeba Secundária 481 50 Transitável

2.1. Telecomunicações

Telefonia fixa

Montado pela TDM, existe no Distrito um sistema de Telecomunicações em PBX, via


satélite com capacidade de 2 linhas que garante a ligação com o resto do pais e do
mundo. Neste momento, está em fase de ampliação, contemplando-se a montagem de
seis linhas para diversas instituições.

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Telefonia móvel

Desde princípios de 2006, a sede do Distrito de Maganja da Costa passou a ter


comunicação em telefonia móvel da rede MCEL.

Rádios transmissores/receptores

Encontram-se em funcionamento 9 Rádios transmissores/receptores instalados na


Administração do Distrito, Postos Administrativos, Comando da PRM, Moroa, Madal,
Action Aid e no Serviço Distrital de Actividade Economica, que permitem a troca de
imformações de mútuo interesse, entre o Distrito e o mundo fora.

2.2. Fontes de abastecimento de água

Existem no Distrito 132 fontes de água potável distribuidas de forma irregular. O


abastecimento de água as comunidades é feito mediante fontes protegidas, furos com
bombas manuais e noutros aglomerados usam-se apenas poços tradicionais.

O PSAA à Vila da Mganja da Costa encontra-se em estado obsoleto há mais de 16


anos. Nos próximos 5 anos, o Distrito aposta na construção de mais 300 fontes de
água potável, com apoio de ONG’s, bem como de outros parceiros de cooperação.

Tabela 8: Distribuição territorial de fontes de água

Posto Administrativo Localidade Nº de furos


Bala 21
Maganja Sede Cabuir 2
Cariua 7
Alto Mutola 4
Nante Moneia 5
Nomiua 5
Muoloa 2
Mocubela Mocubela Sede 6
Maneia 2
Muzo 18
Bajone Nacuda 28
Naico 1
Missal 2
Total 103
Fonte: Administração do Distrito Maganja da Costa

Na Vila Sede e no Posto Administrativo de Mocubela existem fontes naturais onde


outrora estavam montados os PSAA actualmente avariados.

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Energia

A sede do Distrito é servida pela rede de energia de Cabora Bassa, desde princípios de
2006. O número total de consumidores é de 500. No Posto Administrativo de Mocubela
está montado um Grupo Gerador de 45 KVA que serve um total de 10 consumidores.

1.7. Área social


1.7.1. Saúde

A rede sanitária no Distrito é composta por 14 unidades sanitárias, sendo: um CS Tipo


1 em obras de reabilitação e ampliação; quatro CS tipo 3; nove PS; cinco
maternidades, para além de um laboratório e seis Postos fixos de vacinação.

Relativamente aos recursos humanos, o sector apresenta-se com 22 serventes; 10


enfermeiros elementares, 20 enfermeiros básicos; 5 médios e 1 Médico.

O Número médio mensal de atendimento de doentes nas consultas externas é de cerca


de 15.000 pacientes.

Tabela 9: Distribuição territorial da rede sanitária


Tipo de unidade Localização Tipo de Número de Capacidade Instalada
Sanitaria Construção Consultas
Posto Locali Conven- M.Pre- Camas Outras Fis.
Ad/tivo dade Cinal cário
Centro de Saúde Maganja Bala  5000 30
Sede
Centro de Saúde Nante Nante  1200 4
Centro de Saúde Mocubela Moc.Sede  1000 3
Centro de Saúde Mocubela Maneia  900 4
Centro de Saúde Bajone Nacuda  600 3
Centro de Saúde Maganja Cabuir  500
Sede
Posto Saúde M. Sede Cabuir  250
Posto Saúde Nante Nomiua  500
Posto Saúde Nante Moloua  500
Posto Saúde Nante Alto-  600
Mutola
Posto Saúde Bajone Missal  500
Posto Saúde Bajone Gurai  500
Posto Saúde Bajone Nacuda  500
Posto Saúde Bajone Gurai  250
Fonte: DDS, Maganja da Costa

Em relação às doenças de notificação obrigatória, durante o periodo 2003 a 2005, as


doenças mais notificadas foram a malária, Lepra, Tuberculose e diarreias associadas à

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quedas irregulares das chuvas e altas temperaturas que se verificam, criando


reservatórios e criadouros de mosquitos, associando-se a baixa qualidade de água
consumida à nivel do Distrito.

Mapa 5: Rede sanitária do Distrito

1.7.2. Acção social

No Distrito de Maganja da Costa, existem 3 grupos populacionais vulneráveis, sendo (i)


de crianças orfãs, num total de 3.029, (ii) de idosos em número de 456 e (iii) de
pessoas portadoras de deficiência em número de 220.

As 3.029 crianças beneficiam de cuidados médicos e educação sob tutela do Instituto


Nacional de Acção Social (INAS).

As PPD estão organizadas em associações de carpintarias, comércio com apoio do


LSN. No geral, os grupos vulneráveis têm acesso aos serviços básicos (saúde e
educação).

Há um forte défice de mulheres no Distrito assumindo funções de chefia e/ou direcção


nas Instituições públicas, quer na sede do Distrito, quer a nível dos postos
administrativos. Um dos grandes desafios levados a cabo pelo Distrito é a inclusão da
rapariga nas escolas, bem como a inclusão das funcionárias do Estado nos cursos de
curto e longo prazos, com vista à existência de mulheres com capacidade, para
exercerem as funções de direcção e chefia.

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 20


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1.7.3. Educação

O Sector de Educação no Distrito da Maganja da Costa funciona com 14 ZIP's, 129


estabelecimentos de ensino e 1 Centro Internato, distribuidos pelos diferentes níveis de
ensino e por Localidade da seguinte forma:

Tabela 10: Rede Escolar do Distrito por nível de ensino


Designação Quantidade
EP1 117
EP2/ EPC 11
ESG 1
CENTRO INTERNATO 1
Fonte: DDE, Maganja da Costa

Tabela 11: Rede escolar do Distrito por Localidade

Escolas de Material Escolas de Material Precário


Localidade Convencional
Escolas Edific. Salas Escolas Edificios Salas
Bala 12 23 56 16 49 104
Cariua 4 4 11 6 29 26
Cabuir 2 3 9 9 12 33
Nante-Sede 1 3 4 7 17 21
Moneia 0 0 0 1 3 4
Alt-Mutola 0 0 0 4 13 13
Nomiua 1 1 4 9 11 26
Moloua 1 1 1 5 10 18
Mocubela 1 3 5 8 11 23
Maneia 2 2 4 5 12 17
Muzo 2 2 5 5 8 7
Nacuda 4 5 7 12 10 34
Naico 1 1 2 3 6 11
Missal 0 0 0 8 20 15
Total 31 48 108 98 211 352
Fonte: DDE, Maganja da Costa

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Mapa 6: Rede escolar do Distrito

Apresenta-se abaixo uma sequência de tabelas reportando basicamente as estatísticas


relativas aos professores e efectivos escolares, no último ano lectivo. No caso dos
efectivos escolares faz-se uma projecção indicativa até 2010, abrangendo todos os
níveis de ensino.

Tabela 12: Nº de professores do Distrito


Nível de Ensino Formados Não Formados Total Geral
H M HM H M HM H M HM
EP1 165 22 187 129 21 150 294 43 337
EP2/EPC 30 4 34 6 3 9 36 7 43
ESG1 3 3 20 2 22 23 2 25
TOTAL 198 26 224 155 26 181 353 52 405
Fonte: DDE, Maganja da Costa

O pessoal não docente, trabalhando para o sector de Educação, no Distrito de Maganja


da Costa é de 84 elementos, 77 dos quais do sexo masculino e 7 mulheres.

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Tabela 13: Efectivo escolar 2003-2005


ANO EP1 EP2 ESG AEA
2003 34.341 1.809 748 6.937
2004 37.606 2.097 954 7.042
2005 43.059 2.365 1.176 6.562

Desporto e recreação

A cultura, o desporto e a recreação no Distrito são elementos com dinâmica própria. Há


um número significativo de grupos culturais e desportivos envolvendo muitas pessoas.
O sector de Desporto, tem envidado muito esforço, no sentido de atrair mais jovens,
para criação de mais clubes desportivos com melhores atletas, com vista à participação
das diversas modalidades do Distrito, no campeonato provincial e nacional nos
próximos 5 anos, com apoio do Governo, empresários nacionais e outros parceiros de
de cooperação.

As tabelas que se seguem, mostram o número de grupos culturais e clubes desportivos


recreativos existentes em 2005:

Tabela 14: Grupos culturais do Distrito


Tipo de Grupo N° de
N° Cultural Quantidade Artistas Localização
1 Escolares 120 2.400 Nas Escolas
2 Geração Biz 4 50 Posto Sede, Cariua, Mocubela
E Nante
3 Aro Juvenil 1 57 Posto Sede
4 Tufo 12 250 Posto Sede E Bajone
5 Namudhavale 4 100 Posto Sede E Mocubela
6 Matxembe 2 60 Posto Sede
7 Malango 1 30 Posto Sede
8 Mapico 1 35 Posto Sede
9 Gungunhana 1 26 Posto Sede
10 Yalula 2 80 Posto Sede
11 Muthengo 1 30 Mocubela
12 Nitambuane 1 25 Mocubela
13 Tarua 1 30 Mocubela
14 Yurugo 1 27 Mocubela
15 Niquetxe 1 30 Bajone
Total 28 723

Uma dificuldade maior que afecta à estes grupos e artistas, prende-se com a falta de
equipamento apropriado e batuques. Neste âmbito, o sector de Desporto, sensibiliza
aos grupos, no sentido de se organizarem em associações, com vista à aquisição de
equipamento adequado para a melhoria das suas actividades, através de apoio do
Governo, ONG’s, empresários nacionais, bem como outros parceiros de cooperação.

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 23


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Tabela 15: Equipes desportivas do Distrito


Modalidade Nr.de Zonas de Promoção
Equipas Observações
Futebol 11 12 P. A. Bajone (Nas
Localidades)
Futebol 11 12 P. A. Nante (Nas Localidades)
Futebol 11 15 P.A. Mocubela
(Nas Localidades) Para todos os casos,
as equipas não têm
Futebol11- 28 P.A. Maganja-Sede (Nas bolas nem
Localidades) equipamento
Sub Total 67
Voleibol Subtotal 3 Localidade Sede Bala (Vila)
3
Andebol 3 Localidade Sede Bala (Vila)
Sub Total 3
Basquetbol 2 Localidade Sede Bala (Vila)

Sub Total 2
Total Geral 76

Locais Históricos:
 Cemitério do Kondossano;
 Praças dos Heróis Moçambicanos da Sede da Maganja, Mocubela, Nante e Bajone.

1.8. Governação Local


Fazem parte do Governo do Distrito da Maganja da Costa, sob liderança do respectivo
Administrador, os titulares dos Serviços Distritais de Actividades Economicas (Indústria,
Comércio e Turismo); Educação, Juventude e Tecologia; Saúde, Mulher e Acção
Social e os titulares dos Registos e Notariado, Tribunal Judicial, Comando da PRM e do
SISE assumem o estatuto de convidados.

Nos Postos Administrativos existem chefes de Posto que no desempenho das suas
funçoes colaboram com os representantes dos sectores de Educação, Saúde e PRM,
bem como tribunais comunitários (apenas em algumas localidades) e, ainda, as
autoridades comunitárias da respectiva área de jurisdição.

Do ponto de vista de infra-estruturas, o quadro é o seguinte:


 Um Edifício da Administração do Distrito, onde funciona a respectiva Secretaria
Distrital;
 Uma Residência Oficial do Administrador;
 Três Edifícios de Administração de Posto Administrativo, em Bajone, Nante e
Mocubela;
 Três edifícios que servem de residências oficiais dos Chefes dos Postos
Administrativos de Bajone, Mecubela e Nante; e
 Seis Edifícios onde funcionam os 3 serviços distritais ja existentes e as
residências oficiais dos respectivos directores.

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1.9. ONG’s e Associações


Há um total de quatro ONGs que prestam seu contributo no Distrito, em diversos
domínios. Deste número duas são nacionais (ORAM e Cruz Vermelha) e igual número
internacionais (Action AID e ADRA).

Associações

Existem 12 associações reconhecidas, a saber:

 ANAMACO: Associação dos Naturais e Amigos da


Maganja da Costa;
 ADEBA: Associação para o Desenvolvimento de
Bajone;
 ACOMAC: Associação dos Comerciantes de Maganja
da Costa;
 AMODEG: Associação Moçambicana dos Desmobili-
zados de Guerra;
 SOVIDA: Solidariedade de Vida – Educação Cívica;
 MÃE EDUCADORA: Educação Cívica – HIV/SIDA
 AMUDEFA: Associação das Mulheres Domésticas e
Desempregadas;
 APOSEMO: Associação dos Aposentados de Moçam-
Bique;
 ADEMO: Associação dos Deficientes de Moçambi-
que;
 ADEMIMO: Associação dos Deficientes Militares de
Moçambique;
 MPET: Movimento para a Educação de Todos; e
 AJOMEZA: Associação dos Jovens Muçulmanos da
Zambézia.

C. SUMÁRIO DAS POTENCIALIDADES E PROBLEMAS

A lista de potencialidades e problemas reflecte o resumo de resultados de um trabalho


de campo que foi desenvolvido em todos os postos administrativos do Distrito (zonas
Norte, Centro/Este e Sul), por via de uma abordagem participativa, envolvendo grupos
de interesse de diversas comunidades.

Na compilação e tratamento dos dados, constatou-se, por um lado, a existência de


potencialidades e problemas específicos de cada região e, por outro, foram
identificadas potencialidades e problemas de natureza geral, abrangendo portanto
todas as zonas.

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 25


Governo do Distrito da Maganja da Costa

Com efeito, as potencialidades e problemas do Distrito, considerados mais relevantes


são sintetizados no quadro abaixo:

Tabela 16: Potencialidades e problemas


Potencialidades Localização Principais Problemas

 Nascentes de água  Zona Norte do  Degradação das vias


permanentes Distrito(Mucubela) de acesso;
 Águas termais: Muso  Fragilidade da rede
 Lagos e lagoas comercial, industrial e
 Áreas de pasto de turismo;
 Recursos Minerais  Sub-aproveitamento
dos recursos naturais;
 Baixo rendimento na
 Terras férteis  Zona Centro/Este produção pesqueira
 Companhias agrícolas (Maganja Sede e  Baixo nível de
 Prática de agricultura de bajone) escolarização;
regadio  População vulnerável
 Zonas baixas para cultivo do desprovida de
arroz assistência;
 Áreas de pasto  Fragilidades na
 Recursos florestais e prestação de serviços
faunísticos na função pública; e
 Lençois de água subterrânea  Ocorrência de conflitos
 Recursos pesqueiros e criminalidade.
 Parceiros ligados ao sector  Conflitos homen
Pescas (IDPPE) animal
 Praias: de Cabuir e Gurai  Baixos índices de
 Ilhas: Idugo, Munaeba e produção agro-
Macacasse pecuária
 Lagoas: Ruguria e Raraga  Insuficiência de água
potável
 Frequência de
doenças
 Terras férteis  Zona Sul(Nante e  Insuficiência de
 Áreas de pasto parte de Maganja Escolas e Unidades
 Lagos e lagoas Sede) Sanitarias
 Parceiros ligados ao sector  Falta de
Pescas (IDPPE)
reconhecimento dos
 Praia de Matacurro
líderes comunitarios
 Lagoa Tadamela
do segundo e terceiro
escalção

A natureza dos problemas alistados, nos sugere agrupá-los em 4 campos basilares:


Campo I: Economia
 Baixo índice de produção agro-pecuária;
 Baixo rendimento na produção pesqueira;
 Fragilidade da rede comercial, industrial e de turismo; e
 Sub-aproveitamento dos recursos minerais

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 26


Governo do Distrito da Maganja da Costa

Campo II: Água e infra-estruturas de apoio


 Carência de água potável; e
 Degradação das vias de acesso; e
 Insuficiência de Escolas e Unidades Sanitarias

Campo III: Serviços sociais básicos


 Frequência de doenças;
 Baixo nível de escolarização; e
 População vulnerável e desprovida de assistência;

Campo IV: Boa Governação

 Carência de funcionários com formação especifica;


 Ocorrência de conflitos e criminalidade; e
 Falta de reconhecimento dos líderes comunitarios do segundo e terceiro escalão

CAPÍTULO 2: ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO

2.1. Visão Missão

Visão

“Tornar Maganja da Costa o maior produtor de arroz de qualidade e


transformá-la numa referencia agricola na província’’

Missão
Para alcançar a visão, o presente Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital, tem
como missão:

 Incrementar a produção e comercialização agricola;


 Alargar a rede comercial, industrial e turística;
 Expandir o acesso a água potável as comunidades;
 Alargar as infra-estruturas sociais e económicas,
 Melhorar a prestação de serviços basicos as comunidades.

2.2. Objectivos da estratégia

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 27


Governo do Distrito da Maganja da Costa

Com base na análise dos problemas levantados, e com vista a alcançar a visão e
missão definidos foram identificados os seguintes objectivos principais:

Objectivo 1: Aumentar a produção agro-pecuária

Objectivo 2: Elevar os rendimentos na produção pesqueira

Objectivo 3: Revitalizar a rede comercial, industrial e alargar a actividade turistica

Objectivo 4: Exploração sustentavel dos recursos minerais

Objectivo 5: Garantir o abastecimento de água potável à população

Objectivo 6: Melhorar as vias de acesso para transporte de pessoas e bens

Objectivo 7: Melhorar a prestação de cuidados de saúde primários

Objectivo 8: Aumentar o nível de escolarização

Objectivo 9: Assistir à população vulnerável

Objectivo: 10: Melhorar a prestação de serviços na função pública

Objectivo: 11: Reduzir conflitos e criminalidade

Ao formular-se a presente Estratégia, pretende-se que, no final do ciclo quinquenal da


sua operacionalizaão, o Distrito se apresente com um elevado índice de
desenvolvimento humano, através da mitigação da fome e redução da pobreza
absoluta, elevando a auto-estima e o espírito de iniciativa empreendedora, tendo em
conta a equidade do género.

Tudo passará pela realizacão de acções bem concretas nos dominios da economia;
água e infra-estruturas de apoio; serviços sociais básicos e Administração pública.
Portanto, a Estratégia de Desenvolvimento, assim nos propõe:

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 28


Governo do Distrito da Maganja da Costa

2.3. Estratégias de intervenção por área de actividades

A. Área Económica

A1: Agricultura e Pecuária

Objectivo Estratégico:
Aumentar a produção agro-pecuária

Objectivos Específicos:
1. Introduzir técnicas melhoradas de produção
2. Elevar a produção agrícola
3. Garantir o repovoamento e fomento animal

Acções Estratégicas

 Revitalizar o sector agrícola (incluindo culturas de rendimento – algodão,


castanha de cajú e copra) e incentivar o cultivo do arroz, feijões, mandioca,
batata-doce, amendoim, etc;

 Garantir a fiscalização de modo a evitar as queimadas descontroladas e o abate


indiscriminado de árvores;

 Promover a arborização das zonas desmatadas na base de concessões;

 Relançar a rede comercial com base em fundos de micro-crédito;

 Assegurar a divulgação e implementação rigorosa da Lei Florestal contando com


o apoio da Sociedade Civil;

 Aproveitamento das grandes companhias (Madal, Murrôa, Arpel e Borror


Agrícola, GPZ) e facilitar a entrada de novas empresas para a expansão da
actividade agrícola usando tecnicas mecanizadas;

 Reactivação do sistema de regadio com o uso de motobombas junto do rio


Licungo nos povoados de Munda-Munda e Intabo.

 Garantir o uso de sementes melhoradas até ao sector familiar através da


promoção de feiras comerciais para a venda de insumos agrícolas;

 Traçar um programa de demonstração sazonal de uso de adubos, fertilizantes,


insecticidas e pesticidas para garantir maiores colheitas.

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 29


Governo do Distrito da Maganja da Costa

 Assegurar o fomento de serviços pecuários de bovinos, galináceos, ovinos,


caprinos e suínos;

A2: Pesca

Objectivo Estratégico:
Elevar os rendimentos na produção pesqueira

Objectivo Específico:
Aumentar a produção pesqueira.

Acções Estratégicas

 Facilitar a aquisição de material de pesca para incrementar a actividade


pesqueira no mar, lagoas e lagos. Inclui-se também a aquisição de barcos de
pequeno porte a motor.

 Capacitar o pescador artesanal e as pequenas empresas pesqueiras, em


técnicas de conservação de pescado (secagem, fumagem, etc.).

 Promover a pesca e comercialização do camarão e outros produtos de pesca.

● Relançar a actividade pesqueira junto a costa e nas lagoas, e incentivar a


prática da piscicultura no interior do Distrito;

A3: Comércio, indústria e turismo

A3.1 Comércio

Objectivo Estratégico:
Revitalizar a rede comercial

Objectivo Específico:
1. Garantir a oferta de produtos diversos no mercado, emprego e
aproveitamento das potencialidades turísticas existentes

Acções Estratégicas

 Garantir o escoamento de produtos por forma a encurtar a ligação da cadeia


produtor - revendedor - consumidor.

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 30


Governo do Distrito da Maganja da Costa

 Promover feiras e mercados no intuito de dinamizar a comercialização agrícola.

 Interceder junto das instituições de micro-crédito para a possibilidade de


concessão de empréstimos aos comerciantes locais, de modo a apoiar as
iniciativas de negócio.

 Impulsionar o processo de aquisição e selecção de sementes agrícolas e


armazenamento dos excedentes com destino ao mercado.

 Desencorajar os camponeses a venderem a totalidade dos seus produtos, por


forma a não negligenciarem as reservas de alimentos, expondo suas famílias a
situações posteriores de fome.

 Garantir a divulgação da Lei Comercial com incidência a que afecta os produtos


tabelados por Lei, designadamente, algodão, castanha de caju e copra.

 Facilitar o aproveitamento dos armazéns para produtos já comercializados.

 Fazer o aproveitamento e uso dos mercados rurais existentes na Sede do


Distrito, nos PA’s e nas Localidades.

 Estimular os comerciantes rurais através de atribuição de tarifas reduzidas na


fase inicial da execução das suas actividades.

 Licenciar a todos os comerciantes do sector informal, segundo a sua categoria,


de modo a garantir a sua assistência, através do enquadramento no quadro
fiscal.

 Garantir que todo produto comercializado seja conservado nas condições


exigidas, de modo a assegurar que chegue ao consumidor em boas condições.

 Criar facilidades para que o mercado ofereça uma variedade de produtos,


sobretudo alimentícios, de modo a assegurar a uma dieta alimentar mais
equilibrada.

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 31


Governo do Distrito da Maganja da Costa

A3.2: Indústria

Objectivo Estratégico:
Revitalizar a rede industrial.

Objectivo Específico:
Aumentar as indústrias de processamento de cereais, castanha de cajú, madeira
e algodão no Distrito.

Acçoes Estratégicas

 Reactivação das indústrias moageiras (nos PA’s de Mocubela, Baixo Licungo-


Nante e na Sede do Distrito) para o processamento de cereais.

 Instalação da indústria de processamento da castanha de cajú de Mocubela, e


reactivaçao da fábrica de descasque de arroz no PA de Baixo Licungo – Nante.

 Reactivação da fábrica de contraplacados e de processamento de Madeira, de


Muidebo, no PA de Mocubela e de descasque de algodão.

 Estimular a expansão das pequenas indústrias panificadoras, de modo a


abranger as comunidades fora da Vila – Sede.

A3.3 Turismo

Objectivo Estratégico:
Alargar a actividade turìstica no Distrito

Objectivo Específico:
Explorar as potencialidades turísticas que o Distrito oferece.

Acçoes Estratégicas

 Explorar as águas quentes de Muzo – Mavie no PA de Mocubela, melhorando as


vias de acesso e garantir a construção de uma infra-estrutura turística de modo
a atrair futuros investidores.

 Aproveitar as praias de Cabuir, Matacuro e Gurai para o desenvolvimento do


turismo.

 Aproveitar as lagoas de Ruguria e Tadamela para fins turísticos;

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 32


Governo do Distrito da Maganja da Costa

 Aumentar a rede turística do distrito.

A4: Recursos minerais e meio Ambiente

Objectivo Estratégico:
Exploração Sustentavel dos recursos minerais

Objectivo Específico:
Promover a participação das comunidades na gestão e acompanhamento da
exploração dos recursos naturais.

Acções Estratégicas

 Desenvolver acções de educação cívica à população sobre a necessidade de


conservação do meio ambiente (evitar queimada descontroladas, desmatação e
eventuais actos susceptíveis de propiciar a erosão).

 Divulgação da legislação e normas que regulam a exploração e utilização dos


recursos naturais(incluindo minerais).

 Promover estudo de viabilidade ambiental, perspectivando a exploração


mineira.

 Elaboração e subsequente operacionalização do Plano de Ordenamento


Territorial, da Vila da Maganja da Costa e das sedes dos Postos
Administrativos.

B. Água e infra-estruturas de apoio

B1: Água

Objectivos Estratégico:

Garantir o abastecimento de água potável à população

Objectivo específico:
Abastecimento de água na Vila Sede e nas zonas rurais

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 33


Governo do Distrito da Maganja da Costa

Embora se registem progressos assinaláveis no sector de água, o nível actual de


cobertura não se ajusta à densidade populacional do Distrito.

Nos locais onde existem fontes naturais, os pequenos sistemas de abastecimento de


água (PSAA) não funcionam e a manutenção das bombas manuais nas 132 fontes
existentes é deficiente o que dificulta a sua operacionalidade.

Acções estratégicas

 Construir pequenos sistemas de abastecimento de água na Sede do Distrito


e nos Postos Administrativos de Mocubela e Bajone usando as fontes
naturais existentes.

 Garantir a construção de poços e furos nas zonas rurais tendo em conta a


distribuição equitativa e as necessidades reais em cada região.

 Garantir o consumo de água potável através a construção e manuteção de


poços e furos e subsequente tratamento;

 Reactivar o funcionamento dos comités de gestão de água e assegurar a


vigilância nas bombas montadas.

 Aumentar a profundidade dos poços onde o lençol freático seja


relativamente baixo;
 Montar um sistema de alerta às cheias;

B2: Estradas

Objectivo Estratégico:
Melhorar as vias de acesso para transporte de pessoas e bens

Objectivo específico:
Melhorar vias de acesso nas zonas rurais.

A qualidade das vias de acesso tem sido o grande entrave nas zonas rurais, fazendo
com que a comercialização dos excedentes agrícolas e a deslocação de pessoas, quer
internamente, quer para fora do Distrito, se faça com imensas dificuldades.

Acções Estratégicas

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 34


Governo do Distrito da Maganja da Costa

 Fazer a manutenção das estradas Malei-Maganja e Maganja – Mocubela,


consideradas regionais com a classificação nº 226 e 230, e com extensão de 50
e 78 Km, respectivamente;
 Fazer a manutenção de rotina das estradas secundária Maganja-Nante,
Maganja-Mapira e Mocubela-Mugeba, com números 485, 479 e 481; e extensão
de 28, 45 e 50 Km, respectivamente;
 Garantir a reabilitação das estradas não classificadas de circuito interno, entre
Postos Administrativos, Localidades e Povoados;
 Proceder à reconstrução da ponte sobre o rio Licungo que liga Maganja-Malei.
 Proceder à substituição da ponte metálica sobre o rio Uni; e
 Garantir a construção das pontes sobre os rios Erive e Muniga, entre Maganja,
Getivo e Naico/Inpaca.

C. Serviços Sociais Básicos

C1: Saúde

Objectivo Estratégico:
Melhorar a prestação de cuidados de saúde primários

Objectivo Específico:
Garantir boa saúde aos cidadãos

A situação da rede sanitária no Distrito foi descrita no Capítulo do Diagnóstico. Ao


todo, são 14 unidades sanitárias, não sendo suficientes para o número total da
População existente no Distrito. Entretanto, o número de unidades sanitárias elevar-se-
à, na medida em que vão sendo construidas novas unidades ao longo do quinquénio
2006 – 2010.

Estratégia

 Alargamento da rede sanitária, construindo novos centros, com mais


incidência na zona sul do Distrito, que se apresenta relativamente mais
desfavorecida neste domínio.

 Conclusão das obras abandonadas nas localidades de Alto Mutola, Mapira -


Cariua e Julião (Muzo);

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 35


Governo do Distrito da Maganja da Costa

 Construção de um centro de internamento, no Posto Administrativo de


Mocubela aproveitando as Infra-estruturas existentes;

 Melhorar o acesso à informação por parte dos Jovens e adolescentes e da


comunidade do Distrito em geral sobre HIV/SIDA;

 Formação contínua do pessoal do sector de Saúde e melhorar as condições


de trabalho, garantindo a existência de técnicos qualificados, nas unidades
sanitárias do Distrito;

 Treinamento e capacitação de parteiras tradicionais e de dinamizadores


comunitários;

 Reforço dos recursos existentes sobretudo pessoal formado, equipamento,


material hospitalar e meios de transporte;

 Expandir os GAS para todos os Postos Administrativos;

 Melhorar os cuidados de saúde materno-infantil, colaborando com as


parteiras tradicionais, dando instruções específicas, com vista a garantir a
protecção da saùde dos cidadãos.

C2: Educação

Objecto Estratégico:
Aumentar o nível de escolarização

Objectivo Especifico:
Elevar o número de matrículas e inscrições, incentivando a uma maior
participação da rapariga nas escolas.

Estratégia

 Construção de novas escolas e aumento de salas de aula convencionais no


Distrito;

 Ampliação das EP1 e sua conversão em EPCs;

 Garantir a existência de salas anexas do nível Secundário na região Norte


do Distrito (PA de Mocubela), para acolher os alunos graduados nas EPCs
da mesma região;

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 36


Governo do Distrito da Maganja da Costa

 Construir dois centros internatos na Sede do Distrito e no Posto


Administrativo de Mocubela;

 Dinamização de acções sobre Alfabetização e Educação de Adultos (AEA);

 Formação e reciclagem do corpo docente, com vista ao melhoramento da


qualidade de ensino e aprendizagem, no Distrito;
 Fortalecimento dos conselhos de escolas, com a participação comunitária;

 Revitalização e apetrechamento das ZIPs do Distrito, para tornar cada vez


mais, centro de interesse e desenvolvimento cultural e cientìfico do
Professor.

C3: Mulher a Acção Social

Objectivo Estratégico:
Assistir à população vulnerável

Objectivo Específico:
1. Garantir a assistência aos grupos vulneráveis.
2. Assegurar a redução do índice de contaminaçao pelo vìrus do HIV-SIDA.

Existem três grupos populacionais vulneráveis identificados: de crianças órfãs, de


idosos e de pessoas portadoras de deficiências, com números de 3.029, 456 e 220,
respectivamente.
Acção Estratégica
 Actualização das estatísticas de grupos vulneráveis (crianças órfãs, idosos e
pessoas portadoras de deficiências);

 Garantir a representatividade da mulher, quer nas instituições do Estado, quer


nas Instituições de Participação e Consulta Comunitária (IPCCs);

 Incentivar a prática de aconselhamentos domiciliàrios `as pessoas dontes de


HIV/SIDA, já identificadas;

 Realizar palestras em todas as comunidades existentes no Distrito, em matèria


do HIV/SIDA;

 Com apoio das ONG’s, que operam no Distrito, e outras organizações cívicas,
garantir a divulgação da Lei da famìlia, nas comunidades.

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 37


Governo do Distrito da Maganja da Costa

D. Área Administrativa

D1: Administração Pública

Objectivos Estratégicos:
1. Melhorar a prestação de serviços na função pública;
2. Reduzir conflitos sociais e criminalidade.

Objectivo específico:
Assegurar a simplificação de procedimentos administrativos e de atendimento ao
público.

O cumprimento dos objectivos acima propostos, poderão ser impulsionados através de


uma máquina administrativa eficiente e eficaz.

Estratégia

 Construção de infra-estruturas administrativas na sede e localidades incluído


residencias para os funcionários públicos;

 Simplificação de procedimentos dos actos notariais através do decreto 66/99,


de 5 de Outubro;

 Estender a Administração da justiça até às localidades e povoados, dotando-a


de quadros qualificados;

 Garantir a ordem e tranquilidade públicas no Distrito, alocando a Polícia, meios


de transporte e de comunicação;

 Promover a permanente formação e capacitação dos Quadros de Aparelho do


Estado no Distrito, em matéria sobre a legislação geral;

 Assegurar a divulgação das normas e procedimentos Administrativos dos órgão


do Estado, no seio dos funcionários públicos e cidadãos, bem como o controlo
da sua aplicação;

 Equipar os serviços de Administração Pública com equipamento informático, de


comunicação e meios de transporte;

 Melhorar o sistema de colecta, registo e controlo de receitas do Estado;

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 38


Governo do Distrito da Maganja da Costa

 Promover diálogo permanente com a sociedade civil, com vista à auscultação e


melhoria da acção Governativa;

 Fazer um aproveitamento dos tribunais comunitários, garantindo o seu pleno


funcionamento.

CAPITULO 3: FINANCIAMENTO, IMPLEMENTACAO, MONITORIA E


AVALIACAO

3.1. Orçamento e Estratégia de Financiamento

O orçamento previsto para implementacao do PEDD é de 116.365.000,00 Mt, valor


necessário para o Goveno Distrital realizar as actividades previstas. Este montante
inclui o investimento do sector privado e parceiros de cooperação.

Entende-se que, as ONG’s e o sector privado, sendo potenciais parceiros do Governo


de Maganja da Costa, deles se espera uma forte colaboração na complementaridade
das intervenções, no âmbito da operacionalização do presente PEDD.

Para além do Orçamento do Estado, transferido pelo nível central e dos fundos do
sector privado e dos parceiros de cooperação, o Distrito espera arrecadar um total de
7.936.896,37 Mtn de receitas pròprias nos pròximos 5 anos, conforme a tabela abaixo:

Tabela 17: Receitas planificadas para os próximos 5 anos

Ord Design. Valor a colectar por ano


de 2006 2007 2008 2009 2010 TOTAL
Receita 2005

01 IRN 49.060 121.875 124.156 150.000 200.000 250.000 895.091

02 Receitas 249.344 1.241.152 1.396.400 1.450.000 1.600.000 2.000.000 7.936.896


Próprias

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Tabela 18: Despesas planificadas para os próximos 5 anos


Or Design.de Valor a dispender por ano
d despesa 2005 2006 2007 2008 2009 2010 TOTAL

Salários e
01 remuneraç 24.890.999 28.246.167 41.568.067 43.000.000 48.250.000 54.370.0 240.327.233
ões 00
Ajudas de
02 custo 335.206 570.606 636.048 905.000 1.200.000 1.500.00 5.146.861
0
03 Bens e
serviços 4.548.906 3.974.341 10.942.877 15.000.000 19.430.000 24.500.0 78.396.125
00
TOTAL GERAL 323.870.219

Até ao ano 2010 prevê-se dispender um total de 323.870.219,75 em Salários e


Remunerações, Ajudas de Custo e em Bens e Serviços.

3.2. Implementação, Monitoria e Avaliação

A Implementação será efectuada anualmente através do Plano Económico e Social e


Orcamento Distrital(PESOD) a ser elaborado pelos servicos distritais e posteriormente
submetido para à ETD para globazilacao e subsequente aprovação pelo governo
distrital.

Neste contexto é fundamental capitalizar a ETD para coordenar as acções a serem


implementadas pelos diversos intervenientes no processo de desenvolvimento do
distrito.

A monitoria do PEDD será efectuada anualmente através do Balanço do PESOD


semestral e anual. Para além desta, deverão ser feitas pelo menos duas avaliações
especificas à implementação do PEDD cujo resultado deve ser utilizado para corrigir
as deficiências no processo de planificação e/ou implementação para o período
seguinte, nomeadamente:

 Avaliação de Meio Termo, a ser realizado depois de dois anos e meio de


implementação;
 Avaliação Final, a ser realizada após a vigência do PEDD (ao fim de 5 anos).

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 40


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Capitulo 4: Quadro de acções e projectos


Tabela 19: Quadro de acções e projectos
OBJECTIVO 1: AUMENTAR A PRODUÇÃO AGRO-PECUÁRIA

Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
Difundidas Colocar 4 Áreas
técnicas extensionistas prioritárias ----------------
agrícolas em tendo em conta em todos DDA Pessoal formado e
todos os Postos o factor género os postos cabimento orçamental
Administrativos administrati
vos
Melhoradas as Promover a Áreas DDA
capacidade formação prioritárias ACTION AID
técnicas dos contínua de em todos DPA 8.000.000,00
extensionistas extensionistas Postos
Administrat
ivos
Garantida a Introduzir Todos os DDA;
reserva de técnicas de Postos Comunidades 200.000,00
alimentos e construção de Administrat
sementes celeiros ivos
familiares para
produtos
agrícolas
Revitalizadas as Incentivar os Áreas DDA
produções de serviços de produtoras INCAJÚ 200.000,00
castanhas de extensão de Empresas
caju e copra no específica para castanha Privadas
Distrito cajueiros e de cajú e
coqueiro de copra

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Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
Aumentada a Incentivar o No Posto DDA
produção do cultivo de arroz Administrat GPZ
arroz e para nos regadios ivo de ORAM 40.000,00
alimentação e de Munda- Baixo
comercialização Munda e Licungo –
Intabo Nante
Assegurada a Providenciar a BAIXO GPZ
passagem de abertura de LICUNGO ORAM -----------------
água para a taludes NANTE
estação de
captação
Melhorada a Facilitar a Postos Bancos, Colaboração das
capacidade concessão de administrati CARE instituições de crédito
financeira dos créditos para vos e Camponeses 200.000,00
camponeses fomento localidades
agrário
incluindo
formação de
camponeses
Melhorados os Apoiar aos Postos DDA
procedimentos camponeses administrati ORAM
de produção e na criação e vos e ACTION AID 200.000,00
comercialização gestão de localidades
de excedentes associações
Aumentada a Estudar as Bajone, DPA Viabilidade económica e
produção e a possibilidades Maganja 16.000,00 operadores privados
absorção da de revitalizar sede e interessados
força de as antigas Nante
trabalho plantações
Aumentodo o Incentivar o Todos DPA
número de fomento postos
animais e o pecuário para administrati HPI -------------------

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Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
abastecimento garantir o vos e
de carne repovoamento localidades ACTION AID
animal
Melhorado o Divulgar a Lei Todos DDA
nível de sobre o uso e postos ORAM
conhecimento aproveitamento administrati 200.000,00
das normas da terra vos e
legais que localidades
regulam o
processo
Assegurado o Adoptar Todos DPA, DDA,
fornecimento de medidas que postos ORAM,
madeira para privilegiem o administrati Comunidade 200.000,00
exportação com uso vos e
aspectos sustentável de localidades
ambientais recursos
devidamente florestais
acautelados
OBJECTIVO 2: ELEVAR OS RENDIMENTOS NA PRODUÇÃO PESQUEIRA
Asseguradas Aumentar a Bajone, DDA
quantidades produção do Maganja IDPPE
reazoáveis de pescado Sede e
pescado para Nante
consumo e
comercialização
Aumentada a Criar mercados todos postos Sector Melhor acesso
renda dos para a administrativ Privado e
pescadores e comercializaçã os Associações 120.000,00
revendedores o local do
de pescado pescado
Melhorada a Identifcar Comunidade Bancos,
capacidade de modalidades s pesqueiras CARE

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Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
gestão dos de formar e FFPI ---------------
pescadores capacitar IDPPE
pescadores em
matéria de
gestão
financeira
básica
OBJECTIVO 3: REVITALIZAR A REDE COMERCIAL, INDUSTRIAL E O TURISMO
Melhorada a Facilitar a Todos os Bancos e Colaboração das
capacidade concessão de Postos outras instituições de crédito
financeira dos crédito aos Administrativ Instituições 200.000,00
comerciantes comerciantes os de crédito
incluindo a sua
formação
Actualizado o Inventariar a Todos os DICT
banco de dados situação actual Postos Administraçã 44.000,00
sobre a rede dos Administrativ o do Distrito
comercial e de estabeleciment os
turismo os comerciais
e zonas
turísticas
Recuperada a Facilitar a Posto GPZ Operadores interessados
capacidade de entrada de Administrativ Comunidade
processamento investimento o De Baixo ORAM ----------------
de produtos para o sector Licungo
agro-industriais agro-industrial Nante
Relançado o Facilitar a Cabuir, DICT, Sector Operadores interessados
turismo e entrada de Ruguria, Privado
serviços com investimentos Águas
ele relacionados para a área de Quentes De ----------------
(p.ex. tursimo Massupa,
alojamentos) Praia De

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Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
Matacurro,
Gurai E Ilha
De Idugo
Assegurado o Disciplinar o Postos DICT; Licenciamento e
licenciamento comércio na administrativ
Administraçã fiscalização
dos base da os e o do Distrito 194.000,00
comerciantes do aplicação da localidades
sector informal legislação
Garantida a Incentivar o Áreas DICT
integração associativismo prioritárias 200.000,00
social dos e formação dos
jovens associados,
com ênfase
para jovens
OBJECTIVO 4: EXPLORAR RECURSOS MINERAIS ACAUTELANDO OS ASPECTOS AMBIENTAIS
Recursos Facilitar a Aliua, DPRM Estudo de viabilidade
minerais entrada de Locossa, ambiental; operadores
explorados e investidores Ganga interessados
consequente para (Posto 90.000,00
criação de exploração de Administrativ
postos de recursos o de
trabalho minerais ( Mocubela)
tantalite e
águas
marinhas)
Assegurado o Facilitar as Aliua, DPRM Operadores interessados
conhecimento actividades de Locossa, Administraçã
real do potencial pesquisa e Ganga o do Distrito --------------
mineiro prospecção de (Posto
existente minérios (água Administrativ
marinha) o de
Mocubela)

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Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
OBJECTIVO 5: GARANTIR O ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL A POPULAÇÃO
Dois sistemas Reabilitar Maganja DPOPH Enquadramento na
de pequenos Sede Administraçã 4.625.000,00 estrtégia global do
abastecimento sistemas de Mocubela o do Distrito Departamento de águas
de água abastecimento Sede na DPOPH
reabilitados de água
(PSAA)
Um total de 16 Fazer a Áreas DPOPH Colaboração dos parceiros,
poços e 11 furos abertura de prioritárias Água Rural incluindo comunidades
abertos por ano poços e furos nos Postos ACTION AID
Administrativ IDPPE, 8.000.000,00
os Comunidade
Garantido o uso Reactivar e Todos os ACTION AID
e manutenção formar os postos Governo
dos poços e comités de administrativ Local e 200.000,00
furos gestão de água os Comunidade
OBJECTIVO 6: MELHORAR O ACESSO AS COMUNIDADES
Um total de 527 Reabilitar as Áreas Obras Públicas Capacidade técnico-
kms de estrada estradas prioritárias, Administração financeira; comunidades
terciárias terciárias de nos postos Do Distrito 52.500.000,00 organizadas
reabilitados circuito interno administrati IDPPE
vos Comunidades
Reposta a Fazer Maganja/M Obras Enquadramento na
transitabilidade manutenção alei Públicas; estratégia global da ANE;
segura e das estradas Maganja/ Administração ------------------ organização das
cómoda em 265 primárias e Rio Muniga do Distrito; comunidades
kms de secundárias Maganja/N Comunidade
estradas ante
primárias e Maganja
secundárias /Mapira
Mocubela/
Mugeba

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Governo do Distrito da Maganja da Costa

Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
Cerca de 58 Reconstruir as Maganja/ Obras Públicas
kms de estradas estradas Cabuir E Capacidade técnico-
terciárias Maganja/Cabui Nante/ financeira; prioridade do
reconstruídas r E Nante Molôa Governo Provincial
oferecendo /Molôa ------------------
melhores
condições de
circulação
Assegurado um Reabilitar do Vila de DPTC
eficiente e aeródromo Maganja Estudo de viabilidade social
rápido serviço 3.750.000,00 e conómica
de transporte
(aéreo)
Expandir o Dois postos Nante e EDM
fornecimento de administrativos Mocubela Enquadramento na
energia eléctrica com energia estratégia global da EDM
para Nante e eléctrica EP
Mocubela, garantida -----------------
através da rede
HCB
Garantida a Estender a Sedes dos TDM ------------- Enquadramento na
comunicação rede telefónica postos estratégia global da TDM
dos postos aos postos administrati EP
administrativos administrativos vos do
com o mundo Distrito
fora fora do
Distrito
Melhorado o Fazer a Na Sede Correios de ------------------ Enquadramento na
serviço de reposição dos do Distrito Moçambique estratégia global dos
comunicação serviços de Correios de Moçambique
postal correios EP
OBJECTIVO 7: MELHORAR A PRESTAÇÃO DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

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Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
3 Centros e Construir 3 Muôloa
respectivas centros, 3 (Baixo
maternidades, 6 Postos de Licungo), Pessoal técnico de saúde
casas de Saúde, 6 casas Naico(Bajone DPS, DDS,
pessoal da para o pessoal ), DPOPH 6.750.000,00
saúde e 3 Muzo(Mocub
Postos ela), Gentivo
Sanitários e
construídos Cariua(Mag.
Sede),
Muidebo(
Mocu-bela)
Melhorada a Dotar os Áreas onde DPS, DDS, Colaboração da DPS
assistência Centros e se localizam ADRA
sanitária Postos de os Centros e (COACH) 600.000,00
Saúde de Postos de
meios Saúde
humanos
qualificados e
materiais
Melhorada a Providenciar o Todos os
gestão de abastecimento postos
medicamentos e controle de administrativ DDS, DPS ---------------- Colaboração da DPS
medicamentos os e
localidades
Reduzidas as Criar Todos os
causas de conselhos de postos
doenças e saúde no administrativ DDS, AA ---------------
mortalidade nas Distrito os e
comunidades localidades
Melhoradas as Promover a Todos os DDS,
condições de educação postos Comunidade

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 49


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Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
saneamento sanitária administrativ s e seus 700.000,00 Pessoal disponível
os e lideres
localidades
Reduzida a taxa Elevar a Todos os
de mortalidade cobertura dos postos Geleiras, transporte e pessoal
programas de administrativ DDS ---------------
vacinação os e
localidades
Formado e Realizar Todas DDS, AA
capacitado formação unidade ---------------- Colaboração da DPS
pessoal técnico contínua do sanitárias do
da Saúde pessoal de Distrito
Saúde
Reduzidos os Treinar 70 Todas
riscos pré-natais parteiras unidades DDS, AA 120.000,00
nas tradicionais sanitárias do
comunidades Distrito
OBJECTIVO 8: AUMENTAR O NÍVEL DE ESCOLARIZAÇÃO
37 salas de Maganja
aulas Sede,
construídas com Construir mais Murotone (2), DPEC,
material 37 salas para ESG (6), DDEC,
convencional EP1. Micia (4), COMUNIDA
Construir mais Baixo DE, DANIDA, 12.000.000,0
37 salas para Licungo- IDPPE, AA 0 Afectação de professores
EP1.com Morla(3), formados
participação da Moneia (3),
comunidade. Mocubela,
Fábrica(3),
Muidebo (4),
Um
rrabiua(3),

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 50


Governo do Distrito da Maganja da Costa

Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
Muzo (3),
Bajone, I.
Idugo (3),
Missal(4)

Construídas 14 Construir Em todas as DPEC,


casas para casas de tipo escolas do DDEC, 66.000,00
professores “2” para EPC do ONG`S que
como garantia professores em Distrito apoiam a
de habitação todas EPCs educação
onde não
existem
Reduzidas as Introduir EPC`s MISSAL, Corpo docente capacitado.
desistências nas localidades NAICO, DPEC,
drivadas da falta onde não MUZO, DDEC ----------------
de vagas neste existem MANEIA,
nível ALTO-
MUTOLA E
MICIA.
Garantido o Construir um Sede Vila Espaço identificado e
alojamento para lar dos DDEC disponível
cerca de 250 estudantes no 1.800.000,00
alunos Distrito
Professores Formar e Todo Distrito
capacitados em capacitar DPEC,
matéria de professores e DDEC 300.000,00
gestão escolar e gestores
pedagógica escolares
Um total de Criar mais Em todos Alfabetizadores e
5.500 inscritos, Centros de Postos DDEC educadores de adultos
dos quais, 3.500 Alfabetização e Administrativ Comunidade ----------------
mulheres educaao de os e s, AA

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Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
Adultos Localidades
Criado espaço e Construir um Vila de Espaço; meios técnico-
oportunidades edifício para Maganja DDEC 850.000,00 financeiros.
para biblioteca (ESG)
investigação,
consulta e auto-
superação
OBJECTIVO 9: ASSISTIR A POPULAÇÃO VULNERÁVEL
Intervenções de Organizar um Postos Acção Social
assistência banco de administartiv INAS Pessoal; capacidade técnica
melhor dados sobre os e INSS
direccionada ao população localidades Comunidade 50.000,00
grupo-alvo vulnerável do do Distrito
Distrito do
grupo alvo
Identificados e Criar Postos Acção Social
seleccionados condições administrativ INAS Posse de B.I por parte dos
os beneficiários mínimas de os e INSS beneficiários
sobrevivência localidades 1.000.000,00
e reintegração do Distrito
social do grupo
alvo
Grupo alvo, Criar um Sede do Administraçã
constituido por Centro de Distrito o do Distrito
idosos e velhos, Velhice 12.000.000,0
melhor 0
acomodado
OBJECTIVO 10: MELHORAR A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NA FUNÇÃO PÚBLICA
Cédulas Criar Postos Todos os Conservatóri ---------------- Pessoal de apoio
pessoais e B.I`s fixos de Postos a do Registo mobilizado e transporte
emitidos, registos e Administrativ Civil, SDIC,
crianças Identificação os Postos

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 52


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Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
registadas Civil Administrativ
os
Garantida uma Promover Em todos
melhor imagem melhor sectores
dos serviços atendimento do públicos Governo do
públicos, com público, nas Distrito 200.000,00
população instituições do
servida de Estado
forma decente
Funcionários Efectuar Todos os DPPF; Flexibilidade por parte da
mais motivados pagamento sectores Administraçã DPPF
mostrando um pontual de públicos o do Distrito; ---------------
melhor salários aos Direcções
desempenho trabalhadores distritais
da função sectoriais
pública
Assegurada Realizar Todo o Administraçã
maior eficiência acções de Distrito o do Distrito,
na prestação de formação e Direcções 225.000,00
serviços aos capacitação Distritais,
cidadãos contínua dos SPZ
funcionários
públicos
Instituições do Equipar a Todo o Administraçã 225.000,00
Estado Administração
Distrito o do Distrito
equipadas, do Distrito e e Direcção
assegurando postos Provincial de
melhor administrativos tutela
prestação de
serviços
OBJECTIVO 11: REDUZIR CONFLITOS SOCIAIS E CRIMINALIDADE
Melhorado o Investigar os Todo o DDEC,

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 53


Governo do Distrito da Maganja da Costa

Ano
Resultado Actividade Local Instituição Custo 2 2 2 2 2 Pré-condições
Esperado responsável 0 0 0 0 0 importantes
0 0 0 0 1
6 7 8 9 0
conhecimento e traços sócios Distrito Sector de
compreensão culturais Juventude e 100.000,00 Capacidade técnica
das característicos Desporto,
características na população Action Aid,
Comunidade
Disseminadas Promover a Todo o Governo do
as boas práticas educação Distrito Distrito,
e cívica dos Autoridades
conhecimentos cidadãos, Comunitárias 200.000,00 Tempo e pessoal
gerais, úteis à abarcando , PRM
sociedade temas diversos
Índices Estudar e Todo o PRM,
crminalidade adoptar Distrito Conselho de
mais reduzidos medidas de policiamento
no Distrito prevenção e comunitário ----------------
combate a
criminalidade
Mais postos Alargar a Todo o Comando ---------------- .
policiais colocação do Distrito Provincial da
operacionais efectivo policial PRM
montados,
garantem a
redução da
criminalidade

Custo total do PEDD ---------------------------------------------- 116.365.000,00 Mtn

Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 54


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Plano Estrategico de Desenvolvimento Distrital 2006 – 2010 55

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