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ELETROMAGNETISMO

Diagrama Esquemático

J. Fernando Rocha
Primórdios
900 a.C. – Magnus, um pastor de ovelhas grego caminha sobre um
campo de pedras que atraem seu cajado. A região chama-se Magnésia.

600 a.C – Tales of Mileto esfrega âmbar (elektron em grego)


com pele de gato e atrai pedaços de penas.

1088 – Bússola pela primeira vez é


descrita por Shen Kua
Yao (1040)

1269 – Pierre de Maricourt (Petrus Peregrinus) descobre que


ímãs naturais esféricos (pedra-ímã) alinham agulhas com
linhas de longitude apontando entre dois pólos sobre a pedra.

Sec. XVI – Girolamo Cardano (1501-1576) elabora a diferença


entre âmbar e pedra-ímã
A glória de Deus é ocultar, a glória dos reis é descobrir, disse,
mais ou menos, Salomão (Provérbios 25:2). Muitos séculos
depois, o inglês sir Francis Bacon, um dos primeiros reis da
ciência, deu um conselho curioso aos que estudavam a
Natureza: deveriam suspeitar de tudo que suas mentes
adotassem com muita satisfação. Talvez uma maneira de
prevenir contra a ilusão de que qualquer descoberta humana
fosse completa, ou tivesse completamente desvendado o que
Deus encobrira. No momento (século 17) em que crescia a idéia
quase herética de que existia um Livro da Natureza tão cheio
de mensagens cifradas de Deus para os homens quanto o Livro
dos Livros, Bacon aconselhava a Ciência a não desprezar o que
diziam os mitos e as Escrituras. A glória de Deus se
manifestava de várias formas, algumas eram apenas mais
poéticas do que as outras.
Num livro chamado Labyrinth: Uma Busca pelo Significado
Escondido da Ciência, Peter Pesic [.] escreve que a primeira
"mensagem" assim identificada do Livro Secular da Natureza
foi o magnetismo, que os gregos e romanos já conheciam e os
chineses já usavam na navegação, mas que só começou a ser
estudado a fundo pelo inglês William Gilbert, contemporâneo de
Francis Bacon na corte da rainha Elizabeth I, de quem era
médico. O magnetismo era a prototípica evidência de uma força
invisível na Natureza, a primeira alternativa à pura vontade de
Deus como algo por trás de tudo. Gilbert, que chamava a força
magnética de "alma" da Terra, deduziu que todo o planeta era
uma pedra magnética e que os ímãs eram filhos da Terra, com
quem ela compartilhava seu poder. E recorreu à linguagem
poética, no caso erótica, para descrever a origem conjunta do
ferro e da sua misteriosa propriedade, no ventre profundo do
globo, igual a "o sangue e o sêmen na geração dos animais".
Veríssimo – OESP (14/09/2003)
William Gilbert De Magnete 1600

(1544-1603)

Século XVI: Rompimento da barreira entre duas tradições:


pensadores e artesãos

Dedicatória: “Aos que não procuram conhecimento nos


livros, mas nas próprias coisas”
Ø Um objetivo maior: Uma nova cosmologia em que o
magnetismo teria um papel essencial.

Ø Crítica dos escritos anteriores: Condena os mitos,


falsidades…criadas para serem engolidas pela humanidade”.

Ø Primeiro modelo
experimental:
Terrela

Ø “Magnus magnes ipse est globus terrestris” (O próprio globo


terrestre é um grande ímã)
Um grande ímã feita de pedras-ímãs coberto de água, rocha e
solos.
Ø Fenômenos ligados ao magnetismo:
1. Atração;
2. Alinhamento com a direção Norte-Sul;
3. Declinação, ou desvio em relação ao meridiano;
4. Inclinação (o ângulo em relação ao plano horizontal);
5. Revolução ou movimento circular.

Ø O primeiro tratado sobre eletricidade: distinção entre os


fenômenos magnéticos e os elétricos: todos os materiais (âmbar)
que atraem palha (e outros objetos leves) quando atritados.

Ø Fabricou o primeiro eletroscópio (versorium)

Ø A rotação da Terra está relacionada com o magnetismo

Ver A.P. Guimarães – CH 28 (167) p. 74 2000


“Tenho o maior respeito, admiração e inveja desse autor,
que criou tão estupendo conceito em relação a um objeto
que tantos homens de esplêndido intelecto manipularam
sem dar a devida atenção (…). O que eu desejaria para
Gilbert é que ele tivesse sido mais matemático,
especialmente com um forte fundamento em geometria,
uma disciplina que o tornaria menos precipitado ao
aceitar como provas rigorosas as razões que apresenta
como verae causae [causas verdadeiras] para as
conclusões corretas às quais chegou.”

Galileo Galilei nos Diálogos sobre os dois grandes sistemas


Atração mútua na eletricidade
Robert Boyle (1627-91):
Experiments and Notes about the Mechanical Origin or Production
of Electricity (1675)
“Atração elétrica é um material effluvium liberado e retornado a um
corpo elétrico”

Condução elétrica Condutores X Isolantes

Stephen Gray (1666-1736)

Objetos, como cortiça, separados por 30 m,


podiam ser eletrificados ligando-os a tubos de
vidro através de fios metálicos

(1729)
Tipos de cargas elétricas
Charles Dufay (1698 – 1739)

Garrafa de Leiden
Kleist e Musschenbroek (1975)

Geradores Eletrostáticos
Atrito: Hauskbee (1706)
Indução: Wimshurts (1882)
Condensador de carga
Um único fluido de eletricidade
Benjamin Franklin (1706-90)

Experiments and Observations on Electricity


Modelo: um único fluido com dois estados de
eletrificação. Conservação de carga elétrica total
de dois tipos: positivas e negativas

Eletricidade dos raios Eletricidade artificial


Lei do inverso do quadrado da distância
John Michell (1724-93)
A Treatise on Artificial Magnets (1750)

A ação de um ímã sobre outro pode ser deduzida a partir de


uma lei de força que varia com o inverso do quadrado da
distância entre os pólos individuais do ímã.

Joseph Priestley (1733-1804)

The History of Electricity (1767)

“Não há carga elétrica dentro de um corpo metálico”

1
Analogia com a Mecânica: F∝ 2
d
Henry Cavendish (1731-1810 )
An Attempt to Explain some of the Principal
Phenomena of Electricity, by Means of an Elastic
Fluid (1772)
Experimentos não-publicados: estudos de
capacitância e medidas de correntes elétricas
Charles A. Coulomb (1736-1806)
Inaugura um novo rumo para a pesquisa
em eletricidade e magnetismo: indepen-
dentemente inventa uma balança de
torsão e mostra a lei do inverso do
quadrado da distância para as cargas
elétricas; verifica a lei de Michell para
ímãs e sugere ser impossível separar dois
pólos sem criar mais dois pólos em cada
parte do ímã.
Galvanismo (magnetismo animal)
Luigi Galvani (1737-98)
Comentários sobre a Força Elétrica nos
Movimentos Musculares (1791)

Usa a resposta do tecido animal


para estudar correntes elétricas
produzidas pela ação química ao
invés da eletricidade estática

Tipos de eletricidade: artificial


(atrito); natural (raios) e animal
(transportada a partir do cérebro)
Pilha Eletroquímica
Alessandro Volta (1745 – 1827)

Pilha Voltaica (1799)

Sim! O aparelho de que falo e que, sem dúvida, vos


surpreenderá, consiste apenas na montagem de um
certo número de bons condutores de diferentes tipos,
dispostos de determinado modo. São necessários 30,
40, 60 ou mais peças de cobre ou, melhor ainda, de
prata, ficando cada uma delas em contato com uma
peça de latão ou melhor ainda, com peças de zinco e
um igual número de camadas de água ou outro líquido
que seja melhor condutor que a água pura,
nomeadamente a água salgada ou uma solução
alcalina, ou então camadas de cartão, ou couro bem
impregnadas de um destes líquidos…
Eletromagnetismo
Hans C. Oersted (1777-1851)

Panfleto anunciando sua descoberta


1820
Repercussão na França – Académie de Sciences
11/09/1820

Dominique Arago (1786 – 1853) Andrè Marie Ampère (1775-1836)

“Duas correntes se atraem quando se movem paralelamente, no mesmo sentido” e


“se repelem quando se movem paralelamente, em sentidos contrários” (25/09)

Mémoire sur la théorie mathématique des phénomènes électro-dynamiques uniquement


déduite de l'expérience, dans lequel se trouvent réunis les Mémoires que Ampère a
communiqués à l'Académie royale des Sciences, dans les sciences des 4 et 26 dècembre
1820, 10 juin 1822, 22 décembre 1823, 12 septembre et 21 novembre 1825 [Paris 1827]
Ø a deflexão da agulha de uma bússola causada por uma corrente
elétrica poderia ser usada para medir a intensidade da corrente
(princípio do galvanômetro).

Ø Modelo de ímãs em termos de correntes elétricas moleculares

Ø Sua formulação inaugura o estudo da eletrodinâmica indepen-


dentemente da eletrostática

Lyon
Jean Biot (1774-1862) Félix Savart (1792-1841
Expressão para a intensidade da força magnética
produzida por um pequeno segmento de um fio
conduzindo uma corrente elétrica

Balança de torsão
adaptada a um galva-
George S. Ohm (1789-1854) nômetro

Ohm usou fios de comprimentos, espessuras


e materiais diferentes e comparou a corrente
com aquela gerada em um condutor padrão
(1827)
Michael Faraday (1791-1867)

O magnetismo pode produzir correntes elétricas ?

Indução Eletromagnética (1831)

Efeito magneto-óptico (1845)

Linhas de campo
(1852)

Eletroquímica Motor Elétrico


Linhas de Força e o Conceito de Campo

Electricity 3: III
...Ele [Faraday] concebe todo o espaço como um campo de força, as
linhas de força sendo, em geral, curvas, e aquelas devido a qualquer
corpo estendendo-se dele para todos os lados, suas direções sendo
modificadas pela presença de outros corpos. Ele mesmo fala das
linhas de força pertencentes a um corpo como partindo dele, tal que
em sua ação sobre corpos distantes ele não pode ser pensado
atuando onde ele não está. Isto, entretanto, não é uma idéia
dominante em Faraday. Eu penso que ele teria dito que o campo do
espaço está cheio de linhas de força, cujo arranjo depende daqueles
corpos no campo, e que as ações mecânica e elétrica sobre cada
corpo são determinadas pelas linhas que o atravessam.

J. C. Maxwell

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