Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
DA COMARCA DE MONTANHA - ES
nos termos dos artigos 5º, inciso LXVI da Constituição Federal c/c artigo 310,
inciso III e 321, do Código de Processo Penal, pelos motivos de fato e de direito
a seguir expostos.
I - DOS FATOS
O acusado foi preso em flagrante delito pela prática de tráfico de entorpecentes, nos
termos do artigo 33, caput da Lei 11.343/06, em 26 de julho de 2018, por volta da
meia-noite, onde fora surpreendido ao descer do ônibus por policiais que o
esperavam, por conta de uma denúncia realizada ao COPOM de Vitória/ES,
relatando que o mesmo estava carregando duas malas contendo drogas.
1
II - DO DIREITO
Em primeiro lugar, vale ressaltar que o acusado é pessoa integra e possui bons
antecedentes, bem como nunca respondeu qualquer tipo de processo criminal
anteriormente, possui residência fixa e é sócio em uma plantação de tomate,
conforme declaração anexa de seu sócio Rodrigo.
Ademais, o caso em tela não revela quaisquer requisitos que importem numa
manutenção da prisão preventiva, delineados no artigo 312 do CPP, pois o
acusado não apresenta qualquer risco para a ordem pública ou econômica desta
Comarca, também não existe o perigo de frustração da Lei Penal eis que o
acusado é primário, possui residência fixa na Avenida Antônio Paulino, nº 1974,
Bairro Cipreste, Montanha/ES, possui ocupação licita e contribui com a
manutenção de sua família.
2
Vale mencionar que as prisões cautelares vêm sendo repudiadas pelos Tribunais
Superiores, porquanto, importam sempre no cumprimento antecipado da pena,
violando-se aqui princípios constitucionais.
Vale dizer, somente há de ser decretado quando houver nos autos elementos
concretos que indiquem a real possibilidade de obstrução na colheita de
provas, ou a real possibilidade de reiteração da prática delitiva, ou quando o
agente demonstre uma intenção efetiva de não se submeter à aplicação da lei
penal, o que não se verifica na espécie. Ausentes, portanto, razões que
justifiquem a prisão preventiva do acusado, com base nas
3
hipóteses excepcionais do art.312 do CPP, sendo possível o acautelamento
por meio de outras medidas mais brandas.
Portanto Excelência, diante do alegado é clarividente que não existe qualquer risco
para a instrução criminal, pois diante dos fatos não há que se falar em qualquer
prejuízo para elaboração de provas ou a real possibilidade de reiteração da
prática delitiva.
4
Nesses Termos,
Pede Deferimento.