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INTRODUÇÃO

O fenómeno da elevação de preços, temporária ou continuada, que corresponde em


contrapartida à desvalorização da moeda, foi e continua a ser preocupação de governantes e
economistas.

A manutenção e controlo das taxas de inflação e desemprego são dois dos mais importantes
objectivos macroeconómicos de um governo.

A função “Estabilidade” de um governo obriga a que estes indicadores sejam mantidos tão
baixos e estáveis quanto possível. Apesar de serem indicadores distintos, não podemos
dissociar um do outro.

Este trabalho pretende fornecer uma visão geral sobre o que é inflação, a inflação em
Mocambique, as suas causas e os seus efeitos.

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1-INFLAÇÃO -Conceito

Existem várias definições a respeito da inflação mas a mais simples e clara define-a como
um conceito econômico que representa o aumento de preços dos produtos num
determinado país ou região, durante um período. Num processo inflacionário o poder de
compra da moeda cai.

Exemplo:

Num país com inflação de 10% ao mês, um trabalhador compra cinco quilos de arroz num
mês e paga 265,00Mt. No mês seguinte, para comprar a mesma quantidade de arroz, ele
necessitará de 275,00Mt. Como o salário deste trabalhador não é reajustado mensalmente, o
poder de compra vai diminuindo. Após um ano, o salário deste trabalhador perdeu 120% do
valor de compra.

Deve ficar com isto claro que um aumento de preços, por uma única vez, não pode ser
considerado inflação. Precisa-se de um aumento contínuo, mesmo que este não seja de
igual magnitude ao longo do tempo. Segundo Coscione, 2007, a inflação é uma medida do
equilíbrio macroeconómico geral entre a procura e a oferta e uma baixa taxa de inflação é
considerada benéfica, visto que evita distorções na distribuição das receitas.

TIPOS DE INFLAÇAO

Podem-se observar diferentes tipos de inflação. Dentre elas, destacam-se:


i. Inflação da procura - processo inflacionário gerado pelo aumento do consumo com a
economia em pleno emprego, ou seja Aumento na procura de um determinado bem,
sem que exista uma resposta compatível da oferta, sendo assim necessário aumentar o
valor desse bem para equilibrar a economia.

ii. Inflação de custo (ou de oferta) - processo inflacionário gerado pelo aumento dos
custos de produção.
Por causa de uma redução na oferta de fatores de produção, o seu preço aumenta.
Com o custo dos fatores de produção mais altos, a produção reduz se e ocorre uma
redução na oferta dos bens de consumo aumentando o preço. A inflação de custo
ocorre quando a produção diminui.

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iii. Inflação inercial- onde há um círculo vicioso de elevação de preços, taxas e
contractos, com base em índices de inflação passados. Quase na mesma linha, pode
citar-se ainda a Inflação de Expectativas, consequência de um aumento de preços
provocados pelas projecções dos agentes sobre a inflação.

EFEITOS DA INFLAÇÃO

A DISTORÇÃO DA ECONOMIA

A inflação é responsável por diversas distorções na economia. As principais distorções


acontecem:

Na Distribuição de Renda (já que assalariados não tem a mesma capacidade de


repassar os aumentos de seus custos, como fazem empresários e governos, ficando
seus orçamentos cada vez mais reduzidos até a chegada do reajuste);
Na Balança de Pagamentos (inflação interna maior que a externa causando um
encarecimento do produto nacional com relação ao importado, o que provoca aumento
nas importações e redução nas exportações);
Na Formação de Expectativas (diante da imprevisibilidade da economia, os
empresários reduzem seus investimentos);
No Mercado de Capitais (causa migração de aplicações monetárias para aplicações
em bens de raiz (terra, imóveis);
Ilusão Monetária, que seria a interpretação errada da relação de ajuste do salário
nominal com o salário real. As pessoas, julgando-se mais ricas, procuram obter mais
bens e serviços e, com oferta a pleno emprego, causa dessa forma a inflação.

O PAPEL DA INFLAÇÃO NA ECONOMIA

Um efeito da inflação de pequena escala é que se torna mais difícil renegociar alguns preços,
e particularmente contractos e salários, para valores mais baixos — então com o aumento
geral de preços é mais fácil para que os preços relativos se ajustem. Muitos valores são
bastante puxados para baixo, e tendem a subir; logo, os esforços para manter uma taxa zero
se o nível aumenta, irão afectar outros sectores com queda de preços, lucros e empregos. Por

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conta disso alguns economistas e executivos vêem essa inflação suave como um mecanismo
de "lubrificação" do comércio.

Segundo algumas escolas de economia, esforços para manter uma estabilidade completa de
preços podem também levar à deflação (queda constante de preços), que podem ser bastante
destrutiva, estimulando falências, concordatas e finalmente a recessão, que é o "descontrole"
da economia, alertado por Keynes, na sua obra que foi editada finalmente em 1936,
conhecida desde então por todos os economistas do "Mundo das Ciências Económicas".
Muitos economistas alertam para o "risco escondido" da inflação como um incentivo
essencial para o investimento, ao invés da simples poupança, da riqueza acumulada. A
inflação, desta perspectiva, é vista como a expressão no mercado do valor temporal do
dinheiro ou mais precisamente moeda, Ou seja, se um euro hoje é mais valioso que um euro
daqui a um ano, devido à desvalorização dos meios de produção, fonte desse euro, então,
deve haver uma desvalorização também do euro na economia como um todo, no futuro.

Desta perspectiva, a inflação representa a incerteza - valorização de "algo" que na verdade


não existe, ou seja sobre o valor ou "renda, composta da e na moeda no e do futuro".

Segundo os economistas da Escola austríaca, a inflação (no sentido clássico), provoca efeitos
sobre a estrutura de produção da economia. Numa reacomodação, no que seria uma forma de
se fazer algo para a sociedade, redistribuindo rendas e causando uma desproporcionalidade
sem rejeição, em relação ao volume de procura para os vários sectores da economia, o que
Keynes, concorda, já que os preços não mudam todos juntos e sim cada um com diferente
intensidade econométrica. No caso de inflação monetária, da moeda, em si, em que a moeda é
injectada no mercado de crédito (que é a moeda); o que acaba por se tornar em investimentos
ineficientes aos que são criados, e o que leva finalmente, às crises económicas.

A inflação, entretanto, além destas consequências tem outros efeitos crescentemente


negativos na economia. Efeitos que se relacionam com o "abatimento" de actividade
económica prévia. Desde que a inflação é geralmente resultado de políticas erradas,
governamentais; segundo Keynes, para aumentar a disponibilidade de moeda, pois a moeda
tem que ser real, dessa forma, a contribuição do governo para um ambiente inflacionário é
vista como uma variação para mais ou para menos na chamada "taxa sobre a moeda em
circulação", o "Juro", como controlo ou comando. Com o aumento ou diminuição da inflação;
aumenta ou diminui, desse peso, sobre o dinheiro em circulação— isso por sua vez promove
um aumento da velocidade, na fórmula de Keynes, de circulação do dinheiro, o que por sua

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vez reforça para mais ou para menos o processo inflacionário em um círculo virtuoso ou
vicioso, que pode levar à hiperinflação ou ao equilíbrio.

A INFLAÇÃO E O VALOR DA MOEDA

A inflação provoca efeitos na economia, nomeadamente sobre o valor da moeda. Sendo o


preço a quantidade de moeda que temos de despender para adquirir um bem, se o preço desse
bem aumenta, isso significa que se terá de dar uma maior quantidade de moeda para o obter,
o mesmo é dizer que o valor da moeda se depreciou, pois aquela quantidade de moeda já não
é suficiente para adquirir o bem.

A INFLAÇÃO E O PODER DE COMPRA

A inflação reflecte-se também directa e imediatamente no poder de compra das pessoas.


Considera-se que o rendimento da população se mantém constante, logo, um aumento
generalizado do preço dos bens e serviços irá traduzir-se numa menor capacidade de adquirir
bens e serviços, ou seja, numa deterioração do seu poder de compra.

Claro que se o rendimento das pessoas aumentar na mesma proporção da subida dos preços
então o seu poder de compra mantém-se.

ALGUNS DETERMINANTES DA INFLACAO EM MOÇAMBIQUE

A estabilidade de preços é o principal objectivo do Banco Central. Desde os meados da


década de 90, o Banco de Moçambique conseguiu conter a inflação, embora ainda tivessem
ocorrido picos inflacionários devidos, parcialmente, a choques externos.

De referir que, segundo Relatório Anual (2003), no período de 2000 a 2002, a taxa de
inflação foi afectada principalmente, pelos seguintes factores:

 Inflação importada, reflectida na elevada depreciação do Metical contra o Rand


(28.7% em termos de variação anual);

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 Agravamento das condições de circulação Norte-Centro-Sul, ditado pela
deterioração das infra-estruturas (estradas e pontes). A Cidade de Maputo é
abastecida de Milho, Amendoim e Feijão, pela produção do centro e norte do País e
também pelas importações provenientes da África do Sul e da Suazilândia;

 Aumento do preço do petróleo bruto no mercado internacional, o preço dos
combustíveis líquidos incrementou a nível interno, facto que determinou o
ajustamento da tarifa de transporte; e

 Diminuição da oferta, em face da paralisação das fábricas de Xinavane e Maragra
em consequência das cheias e inundações, aliado ao maior controlo alfandegário e a
subida do preço no mercado internacional.

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CONCLUSÃO

Com a realização deste trabalho sobre a Inflação concluímos que ao abordar todos
estes temas do ponto de vista económico temos uma perceção totalmente diferente destes
assuntos, que tratam a desigualdade de situações económicas.

Todos os fatores económicos são essenciais para uma boa perceção da economia e
também essenciais para o decorrer desta ciência económica.

Assim podemos também concluir que todos os aspetos do tema inflação foram
abordados, o que ajudou na aquisição de conhecimentos no final deste trabalho.

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BIBLIOGRAFIA

Banco de Moçambique, Relatório anual de 2000, 2003, 2005, 2006, 2009, 2012.
Disponível em www.bancomoc.mz

CARSANE, Faizal Ramonje. “Determinantes da inflação em Moçambique: um estudo


econométrico (1994-2004) ”. Dissertação submetida ao programa de Pós-graduação em
Economia da Faculdade de Ciências económicas de UFGRS para obtenção do grau de
mestrado. Rio Grande do Sul, 2005

http://www.bcv.cv/SiteCollectionDocuments/Publicacoes%20e%20Intervencoes/Working%20Papers/
2006/caderno04.pdf

1. Gemo, Z. J. (2011). Análise dos determinantes da inflação em Moçambique (2000-


2010). Maputo- Moçambique: UEM

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