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e Drenagem Urbana
Curitiba, 2017
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Capítulo I
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I Introdução
Em áreas urbanas são comuns as enchentes e a poluição difusa, problemas estes que
afetam seriamente a saúde pública e o meio ambiente. As causas destes problemas são
várias, cabendo destaque a dinâmica de ocupação do solo, a redução do tempo de
concentração, que aumenta a vazão de pico podendo causar enchentes à jusante, e a
ineficiência dos sistemas de drenagem. Assim, a realidade pós-ocupação de uma bacia
pode diferir em muito de sua realidade pré-ocupação, em termos da sua capacidade de
drenagem de águas pluviais, principalmente se o tipo de ocupação for delineado por
acentuada impermeabilização.
II Tipologia
As intervenções de drenagem urbana podem seguir a abordagem tradicional e, ou, a
abordagem da sustentabilidade. Não obstante, quanto a abrangência física, tais
intervenções ocorrem nas fontes, pela microdrenagem e pela macrodrenagem. As fontes
são basicamente os lotes cujo tipo de ocupação define o tipo de sistema de drenagem a
ser concebida. A microdrenagem abrange unidades desde os coletores prediais de águas
pluviais e sarjetas até bueiros (bocas de lobo) e galerias. Já a macrodrenagem enfoca os
fundos de vale, os cursos urbanos de água e reservatórios naturais e artificiais.
Nas fontes as ações de drenagem ocorrem nos lotes onde, pela abordagem tradicional,
prevê-se a instalação de sistemas drenagem de águas pluviais tanto para prédios quanto
para estacionamentos, dependendo do tipo de ocupação do lote. A microdrenagem é
composta por rede primária urbana, sarjetas, bocas de lobo e galerias enquanto a
macrodrenagem atende tais sistemas de microdrenagem. A Figura a seguir ilustra o
detalhe de uma rede de microdrenagem.
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Figura: Detalhe de uma Rede de Microdrenagem
Observação: BL: boca de lobo; CL: caixa de ligação; PV: poço de visita
1 Fatores Hidrológicos
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1.2 Tempo de concentração (tc)
C = Ves / Vtp,
sendo Ves o volume que escoa superficialmente e o Vtp o volume total precipitado.
Para a estimativa de C para uma área composta por sub-áreas com diferentes perfis de
ocupação é utilizada a média ponderada conforme segue:
An Cn
C
A
3.1 Sarjetas
Sarjetas são canais formados por faixas da via pública e o meio-fio, de seções
triangulares, os quais normalmente dimensionados por meio da determinação de sua
capacidade hidráulica (máxima vazão de escoamento) a fim de ser comparada com a
vazão de drenagem de projeto. Tal comparação permite dimensionar tanto as sarjetas
quanto as bocas de lobo. A capacidade das sarjetas pode ser estimada pela fórmula de
Manning, com n = 0,016 (concreto rústico):
A 2 / 3 1/ 2
Q RH I
n
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Figura: Sarjeta Triangular
tem-se:
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3.2 Bocas de Lobo
Bocas de lobo são elementos instalados na sarjeta para drenar águas das chuvas quando
a capacidade desta é ultrapassada. Quanto a tipologia, a boca de lobo pode ser de
sarjeta ou mista, esta última quando a sarjeta é combinada com a guia. Para a boca de
lobo de sarjeta, na equação acima L é considerado o próprio perímetro P da área livre
do orifício, em metros. Já para a boca de lobo mista sua capacidade é a somatória das
vazões estimadas tanto para a guia quanto para a sarjeta. Não obstante, como previsto
para a estimativa da capacidade da sarjeta, para a boca de lobo igualmente são
introduzidos os fatores de redução conforme tabela a seguir.
Q 1,71L H 3 2
sendo:
Tubos de ligação são conexões entre as bocas de lobo e os poços de visita ou as caixas
de ligação.
Os poços de visita são conexões que permitem o acesso às galerias para fins de inspeção
e desobstrução das mesmas. Para tanto, são normalmente localizadas nos encontros de
condutos assim como nas mudanças de seção, de declividade e de direção.
3.5 Galerias
As galerias são tubulações coletivas que drenam águas oriundas dos sistemas prediais
de águas pluviais e das bocas de lobo. Para a estimativa da capacidade de uma galeria as
vazões a serem drenadas devem ser estimadas e, tratando-se de microdrenagem, o
método racional pode ser utilizado.
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Q=C.I.A
C
An Cn
An
tc = tc (anterior) + tp
sendo:
tp = L/v
L = comprimento do trecho anterior
v = velocidade real de escoamento do trecho anterior
sendo,
Não obstante, para dimensionar as galerias, os seguintes critérios que devem ser
considerados conforme Azevedo Netto, (1998):
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IV Abordagem da Sustentabilidade: Drenagem Sustentável
A drenagem sustentável busca atender as demandas relacionadas às questões sociais,
ambientais e econômicas. Para tanto, medidas de controle, ou compensatórias, podem
ser concebidas as quais buscam corrigir, reverter ou prever problemas relacionados às
enchentes e à poluição difusa dos cursos hídricos, problemas estes consequência da
ocupação e impermeabilização do solo, assim como problemas relacionados à saúde
pública e salubridade ambiental. Diante deste contexto, tais medidas podem ser
estruturais ou não estruturais, conforme discorrido na sequência.
1 Medidas Estruturais
Com relação à localização, as medidas podem ser na fonte, nas vias de circulação e à
jusante. Na fonte as obras, com o objetivo de retardar o escoamento para a rede de
drenagem, ocorrem nos lotes, sejam nas áreas edificadas ou não edificadas. Nas vias
públicas de circulação o propósito é retardar o escoamento para o corpo receptor cujas
medidas podem ocorrer em calçadas, vias de tráfego, parques, dentre outros elementos
da infraestrutura instalada. As obras à jusante, que igualmente objetivam o retardo do
escoamento para o corpo receptor, podem ser reservatórios instalados tanto em série
quanto em paralelo.
A partir desta tipologia geral é possível engendrar uma tipologia mais técnica e
específica que possibilite a caracterização das medidas estruturais não convencionais,
estas de grande interesse dadas as demandas da sustentabilidade ambiental. Desta forma
tais medidas podem ser classificadas em medidas de controle de entrada, de infiltração,
de detenção e de retenção.
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Já as medidas estruturais não convencionais de infiltração podem ocorrer nos lotes por
meio de poços, irrigação de jardins, etc, enquanto nas vias públicas tais medidas
poderão ser pela implantação de áreas de infiltração, valas de infiltração, lagoas de
infiltração, bacias de percolação e pavimentos porosos.
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Capítulo II
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I Introdução
O Sistema de Esgotamento Sanitário basicamente é composto pela coleta, tratamento e
disposição final do esgoto sanitário. Dessa forma, o sistema pode ser o Unitário, no qual
escoam tanto o esgoto sanitário quanto águas pluviais, ou o Separador Absoluto, onde o
Sistema de Esgoto Sanitário é totalmente separado do Sistema de Drenagem Urbana.
Em função de uma série de questões técnicas e de segurança sanitária, a norma
brasileira recomenda o sistema separador absoluto. O sistema separador absoluto, o
mesmo é composto por rede coletora, estação de tratamento de esgotos e disposição
final. Segundo Alem Sobrinho, Tsutiya, 1999, o sistema separador absoluto é
basicamente utilizado no Brasil, pois basicamente apresenta as seguintes vantagens:
II Caracterização do Esgoto
1 Caracterização Quantitativa do Esgoto
Sendo,
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Q: vazão total;
QD: vazão de esgoto doméstico;
QI: vazão de infiltração;
QS: vazão de contribuição singular;
i: indica início de plano;
f: indica final de plano.
As variáveis pertinentes para definir a vazão de projeto são população, contribuição per
capita, coeficiente de retorno esgoto/água e coeficiente variação de vazão. A população
precisa ser definida para o início e para o final de plano. Para o final de plano, os
métodos de previsão populacional que podem ser utilizados são o aritmético,
geométrico e regressão. A contribuição Per Capita (qc) é função do consumo efetivo de
água per capita (qe) e do coeficiente de retorno. Com relação ao Coeficiente de Retorno
(C), sua expressão básica é a seguinte:
Normalmente, seus valores variam entre 0,6 e 0,9. Não obstante, na falta de valores
obtidos em campo, a NBR 9649 recomenda o valor de 0,8. Já os Coeficientes de
Variação de Vazão devem ser considerados pois a vazão de esgoto doméstico varia com
a hora do dia, época do ano, temperatura e precipitação atmosférica. Portanto,
coeficientes de variação de vazão devem ser considerados, quais sejam:
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A NBR 9649 apresenta os valores k1 = 1,2 ; k2 = 1,5 e k3 = 0,5. Desta maneira, as
equações básicas são as seguintes:
QDimed = Pi . qe . Ci / 86400
QDimax = K2 . Pi . qe . Ci / 86400
QDfméd = Pf . qe . Cf / 86400
A NBR 9649 recomenda a faixa de 0,05 a 1,0l / s km. As vazões são as seguintes:
sendo,
A vazão das contribuições singulares deve ser medida, ou estimada, caso a caso. Além
disso, o regime de variação da mesma também necessita ser conhecido, pois consta de
um dado importante para o dimensionamento da rede coletora. No caso específico das
indústrias, estudos preliminares fazem-se importantes no intuito de definir, além da
vazão e seu regime de variação, a necessidade, ou não, de prévio tratamento do esgoto
na própria planta industrial antes de ser lançado à rede coletora coletiva.
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Observar que o esgoto industrial necessita de pré-tratamento quando são nocivos à
saúde, quando interferem no sistema de tratamento coletivo de esgoto, quando obstruem
tubulações e equipamentos, quando podem agredir as tubulações, assim como quando
estão à temperaturas elevadas.
Qf max = (K1 .K2 .Pf .qe .Cf / 86400) + TIf .Lf + CSf
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Figura: Série de Sólidos
Fonte: http://www.c2o.pro.br/analise_agua/a1833.html
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2.2.2 Parâmetros Químicos
2.2.2.1 DBO
2.2.2.2 DQO
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Observar que o esgoto tratado apresenta menor concentração de M.O. biodegradável,
pois parcela substancial da mesma é removida no tratamento. Isto explica a maior
relação DQO/DBO para o mesmo quando comparada àquela referente ao esgoto bruto.
2.2.2.3 Nitrogênio
Essas formas de nitrogênio podem indicar alguns cenários ambientais, conforme segue:
2.2.2.4 Fósforo
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aporte nos mesmos de esgoto com elevadas concentrações de nutrientes. Como
indicadores de poluição, são medidas as concentrações as bactérias do grupo coliformes.
3 Características Quanti-Qualitativas
mg m3 mg 1000 L mg 1000 L g Kg
CDBO CDBO
L dia L dia dia dia 1000.dia
DBO( mg / L ) Q( m 3 / dia )
CDBO ( Kg / dia )
1000
Isolando a DBO:
Observar que a DBO do esgoto bruto, assim como a vazão, contém as parcelas de
esgoto doméstico, do esgoto industrial e da infiltração. Logo, a CDBOe a Q são dadas
pelas seguintes equações, respectivamente:
PE = CDBO/CS / CDBO/Pessoa
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a) Tubulações: Coletor Secundário, Coletor Tronco, Interceptor e Emissário;
b) Acessórios: Usualmente são os seguintes: Sifões Invertidos, Poços de Visita
(P.V.), Terminal de Limpeza (TL) e Terminal de Inspeção e Limpeza (TIL).
Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=589794
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2 Dimensionamento
Nos trechos da rede coletora onde é previsto o escoamento livre, deve ser
garantido que a lâmina máxima seja atendida de maneira a propiciar um espaço
para o escoamento dos gases e para evitar trechos sob escoamento forçado;
A velocidade máxima deve ser obedecida a fim de não causar abrasão nos tubos.
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2.2.2 Taxas de Contribuição
Podem ser estimadas também as Taxas de Contribuição por Área, tanto inicial quanto
final.
Considerar que, conforme norma, o a vazão mínima deve ser de 1,5 l/s em cada trecho
de tubulação da rede.
Determinar o diâmetro para Qfmax , Y/D = 0,75 e n = 0,013 , conforme norma. Logo,
para D tem-se D = [0,0463. (Qfmax/ I0,5)]0,375, sendo Qf em m3/s e D em m. Observar
que a relação (y/D) máximo 0,75 deve ser atendida para garantir o escoamento livre
nos trechos pertinentes. Destaca-se também que o diâmetro mínimo deve ser de 100
mm, conforme norma específica.
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2.2.6 Determinação dos Raios Hidráulicos Inicial (RHi) e Final (RHf):
É dada pela equação i = . RH. I, onde i em kgf / m2, = 1000 kgf / m3, RH em m e I
em m/m. Conforme já comentado, o raio hidráulico considerado é o raio hidráulico
inicial pois é nas condições de início de plano que interessa avaliar a condição de
autolimpeza. A recomendação é garantir τc 0,10 kgf / m2 para coletores e τc 0,15
kgf/m2 para interceptores.
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Conforme em Sobrinho, Tsutya, o número de Boussinesq é que melhor representa o
fenômeno de entrada de ar no meio líquido. Sua formulação é a seguinte:
B = Vc / (g . RH )0,5
Vc = 6 (g . RH )0,5
Observar que neste caso a velocidade do escoamento V é igual a Vc. No entanto, para
B > 6,0 , V > Vc.
As fases para concepção e projeto de uma rede coletora de esgoto são a caracterização
de fatores intervenientes, o diagnóstico sistema existente, a definição dos parâmetros de
projeto, a definição de alternativas e pré – dimensionamento das mesmas, a definição da
alternativa mais atrativa, considerando custo benefício e impactos e o estabelecimento
das diretrizes gerais do projeto. Não obstante, as seguintes diretrizes podem ser
consideradas para definir o melhor traçado do sistema de esgoto:
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TIL
Ligação Domiciliar
TIL
Passeio
Vias Públicas com largura entre os alinhamentos dos lotes igual ou superior a 14 m
para ruas asfaltadas, ou 18 m para ruas de terra;
Quanto à rede simples, pode ser utilizada caso não ocorra nenhuma das observações
citadas acima, os coletores poderão ser lançados no eixo ou no terço da via de tráfego.
Observar figura a seguir.
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Edifício Edifício Edifício Edifício Edifício Edifício
Calçada
Alinhamento Predial
Rede de Água
Rede de Esgoto
Conexão Cruzeta
Alinhamento Predial
Passeio
Caixa de Inspeção
80 cm
Coletor Predial
90 cm
Caixa de Inspeção
TIL - Ligação Domiciliar
Rede de Água
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Outro fator a ser ilustrado refere-se as conexões utilizadas nas redes coletoras, como os
poços de visita. Na figura seguinte, são apresentados esquemas demonstrando poços de
visita com configuração típica e poços com configuração onde é instalado um tubo de
queda.
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IV Capacidade Suporte dos Corpos Hídricos
k1 Lo
D ( 10 k1 .t 10 k2 .t ) Do 10 k2 .t
k 2 k1
Temperatura (oC) 10 15 20 25
p/água
O.D sat (mg/L) 11.3 10.2 9.2 8.4
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1.2 Princípios Relacionados à Biologia do Tratamento do Esgoto
Necessidades do ser vivo são crescimento, locomoção, reprodução e, para tanto, são
necessários energia, carbono e nutrientes pelo mesmo. As fontes de energia a luminosa
e a química, enquanto as fontes de carbono são o CO2 e a matéria orgânica. Assim, os
microrganismos podem ser autótrofos e heterótrofos. Os microrganismos autótrofos
utilizam gás carbônico (CO2), água, nutrientes e energia luminosa, retidas na clorofila,
para a síntese, por meio da fotossíntese, de novas células. Neste sentido, os
microrganismos autótrofos são considerados “acumuladores de energia”.
Os aceptores preferenciais, os quais liberam mais energia são O2, NO3-, SO42-, CO2.
Quanto à respiração, os organismos classificam-se em aeróbios estritos, que utilizam
oxigênio, os facultativos que utilizam oxigênio e depois o nitrato e os anaeróbios que
utilizam o sulfato e o dióxido de carbono. As formas preferenciais são:
1o Aeróbia / O2;
2oAnóxica / NO3- (desnitrificação) ;
o 2-
3 Anaeróbia / SO4 (dessulfatação) ;
4o Anaeróbia / CO2 (metanogênese) .
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No caso da metanogênese, têm-se os tipos hidrogenotrófica, onde o metano produzido a
partir do H+, e a acetotrófica, onde o metano produzido a partir do C orgânico na forma
de acetato (ácido acético). O conjunto de reações acima citado apresenta as seguintes
formulações:
Dessulfatação (Condições Anaeróbias): CH3COOH + SO42- + 2H+ > H2S + 2H2O +2CO2
Neste contexto, observar que a produção de lodo é maior nas reações aeróbias pois estas
liberam mais energia, implicando em maior velocidade na reprodução do
microrganismos e conseqüente maior velocidade (maiores taxas) na estabilização da
matéria orgânica. O substrato menos oxidado (mais reduzido) tem mais energia. Logo, o
mesmo dispõe de mais elétrons para doar.
As bactérias Autotróficas usam matéria inorgânica como fonte de e CO2 como fonte de
carbono. A classificação é a seguinte:
Do enxofre:
H2S + Oxigênio H2 SO4 +Energia
Matéria Orgânica + SO-4 CO2 + H2S + Energia
Matéria Orgânica Ácidos Orgânicos + CO2 + H2O + Energia
CH4 + CO2 + Energia
Do ferro:
Fe ++ (ferroso) + Oxigênio Fe +++ (férrico) +Energia
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Fe +++ em solução aquosa Fe (OH)3 + Energia: Assimilado pelas bactérias
e posteriormente liberado.
O crescimento dos microrganismos pode ser disperso, onde há formação de flocos que
ficam suspensos na água, e aderido, onde há fixação sobre um meio suporte, formando
biofilme.
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A fim de exemplificação, entre os sistemas dispersos cabe citar as Lagoas de
Estabilização e os Lodos Ativados, enquanto entre os aderidos cita-se o Filtro
Biológico, Biodisco, Biofiltro Aerado, Filtro Anaeróbio, Disposição no Solo, entre
outros.
Cabe citar os tipos tanque séptico, UASB, modelos estes usuais no Brasil. Outro tipo de
sistema bastante usado no brasil, principalmente na região nordeste em função do clima
apropriado, é a lagoa de estabilização. Existem diversas variantes como a lagoa
facultativa, a lagoa anaeróbia, a lagoa aeróbia, lagoa aerada, e a lagoa de maturação
(polimento). Diversas combinações entre as mesmas são possíveis, configurando
portanto sistemas conjugados.
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graxas, pH, sólidos totais, suspensos e dissolvidos, nutrientes, metais pesados, entre
outras.
A vazão é específica para cada indústria, assim como sua variação ao longo do tempo.
A população equivalente é o número de habitantes que produzem uma carga orgânica
igual ao esgoto de uma determinada indústria. A população hidráulica equivalente, por
sua vez, é o número de habitantes que produzem uma vazão igual a de uma determinada
indústria. Quanto a caracterização qualitativa do esgoto industrial, para fins de
ilustração, é apresentada uma caracterização genérica do mesmo na tabela a seguir, na
qual constam também valores de variáveis usuais em esgoto sanitário, para fins de
comparação.
Vmín = Q / As,
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sendo Q a vazão do líquido e As é a superfície livre.
Para a remoção dos sólidos mais densos que os líquidos tem-se a decantação e a
flotação. Na decantação, os sólidos sedimentáveis tendem a se separem do líquido. Na
flotação, o ar comprimido é insuflado e, consequentemente, dissolvido no líquido. O ar
dissolve-se na água a 20oC na concentração de 75 mg/l, quando sob à pressão absoluta
de 4,0 Kg / cm2. No entanto, sob pressão atmosférica, para a mesma temperatura, o ar
dissolve-se na água à concentração de 20 mg/l. Neste sentido, quando esta água saturada
de ar é submetida à pressão atmosférica, 55,00 mg/l de ar se transfere para a atmosfera e
carreia as partículas mais densas que a água.
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grades e trituradores. A remoção de areia é importante para evitar abrasividade e
obstruções no sistema, além de facilitar o escoamento do lodo.
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Para Vu < 6,0 m³ Hmáx = 2,20 m ; Hmín = 1,20 m
Para 6,0 m³ < Vu < 10,0 m³ Hmáx = 2,50 m ; Hmín = 1,50 m
Para Vu > 10,0 m³ Hmáx = 2,80 m ; Hmín = 1,80 m
Enfim, uma questão, já abordada, deve ser ressaltada: a fossa séptica, para os fins que se
propõe, é um sistema útil na remoção parcial da matéria orgânica, mas pouco eficaz na
remoção de microrganismos patogênicos, fato este que sugere a contínua busca de
soluções mais resolutivas que garantam a proteção ambiental e segurança sanitária.
Dentre as variáveis para o projeto e dimensionamento, é fato que as mesmas são várias,
entre as quais cabe citar a contribuição per capita diária de esgoto (C), a contribuição
per capita de lodo fresco, o número de contribuintes (N), o tempo de detenção (Td), a
taxa de acumulação de lodo digerido, a área horizontal (A) e o volume útil (Vu).
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f) Contribuição de lodo fresco (Lf): TABELA 1 NBR 7229.
Esse volume é o volume útil do tanque, respectivo ao volume de ocupado pelo esgoto
que está sendo tratado. O volume “seco”, aquele que não está em contato com o tanque,
deve ser somado ao útil para se obter o volume total.
E, para a Operação, deve-se observar que a remoção do lodo digerido deve obedecer ao
previsto em projeto e que a disposição do mesmo deve ser em aterro sanitário, na ETE
ou na rede coletora de esgoto.
Sumidouro
a. Requisito Básico:
Cinf 40 l / m2.dia, condição esperada em solos com argila arenosa e, ou, siltosa.
b. Dados de Projeto
c. Equações
V = ПR2 . H
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Valas de Infiltração
a. Requisito básico:
40 L / m2.dia > Cinf > 20 L / m2.dia, faixa esperada em solos com argila medianamente
compacta à argila pouco siltosa ou arenosa.
b. Dados de Projeto:
c. Equações
A = Q / Cinf ; C = A / L ,
Valas de Filtração
a. Requisito Básico:
Neste caso deve ser observada a Taxa de Aplicação (TA), conforme NBR 13969. A
mesma pode ser estimada pela equação
A = Q / TA ; C = A / L ,
b. Dados de Projeto
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Declividade da Tubulação: 1:300 a 1:500
Diâmetro mínimo da tubulação: min. = 100 mm;
Distância mínima entre vala de filtração e poço de água : 20,0 m.
Distância entre valas: 1,0 m
Filtros Anaeróbios
a. Apresentação
b. Dados de Projeto
c. Dimensionamento
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sendo,
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separados das fases sólida e líquida no separador trifásico que é construído na parte
superior do tanque.
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Baixa capacidade do sistema em tolerar cargas tóxicas;
Elevado intervalo de tempo necessário para a partida do sistema; e
Necessidade de uma etapa de pós-tratamento.
Quanto aos princípios do processo dos reatores de manta de lodo, cabe destacar:
Sistema auto-misturado
o Misturado através do movimento ascendente das bolhas de biogás e do
fluxo de esgotos através do reator.
Nas lagoas aeróbias e aeradas por outro lado, a estabilização da matéria orgânica ocorre
através da atuação das bactérias aeróbias. No entanto, nas lagoas aeróbias o oxigênio
dissolvido é produzido pelas algas, através da fotossíntese, enquanto nas lagoas aeradas
o oxigênio é injetado mecanicamente. Cabe ainda salientar que as lagoas aeróbias
usualmente são rasas e de grande área, pois a energia solar deve ser absorvida em
grande quantidade e atuar ao longo de toda coluna líquida. Já as lagoas aeradas terão
suas dimensões definidas em função da eficiência requerida, de maneira a especificar os
dispositivos mecânicos injetores de ar.
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2.3.4 Filtros Biológicos
Consta de um leito percolador por onde o esgoto escoa no sentido descendente. Nesse
leito desenvolve-se uma película biológica na qual o esgoto é estabilizado. O meio
filtrante pode ser composto por pedras onde a altura do mesmo pode variar de 0,90 a 3,0
m para o leito de pedras, sendo usual 1,80 m. O meio filtrante pode ser composto
também por peças plásticas, onde o qual pode atingir até 12,00 m, segundo
NUVOLARI (2003).
Quanto à Taxa de Aplicação Hidráulica (TAH), a mesma pode ser baixa, média ou alta.
Os filtros de baixa taxa apresentam TAH de 1,0 a 4,0 m3/m2.dia, os de média taxa
apresentam TAH de 4,0 a 10,0 m3/m2.dia, enquanto aqueles de alta taxa apresentam
valores de 10 a 60 m3/m2.dia. Outro parâmetro importante é a Carga Orgânica
Volumétrica (COV), a qual é a relação entre a carga orgânica e a vazão. A faixa
recomendada para COV de DBO é 0,6 a 1,8 kg DBO/m3.dia, onde o usual é 1,2 kg
DBO/m3.dia. Considerar que usualmente o filtro biológico, enquanto tratamento
secundário aeróbio, produz considerável quantidade de lodo, o que requer, portanto, um
decantador secundário conectado ao mesmo.
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CONAMA. Todavia, a remoção adicional de matéria orgânica é muito pequena,
segundo GASI (1988). Sintetizando, portanto, a lagoa de maturação tem expressiva
atuação na remoção de patogênicos, mas inexpressiva na remoção de matéria orgânica,
tornando-a específica para a desinfecção.
No entanto tal sistema apresenta desvantagens pois as taxas de aplicação podem ser
restritas pelo tipo de crescimento da cultura e, além disso, faz-se necessária a
desinfecção do efluente antes der sua descarga em um curso de água. Observar que este
sistema pode ser utilizado como tratamento primário e secundário e é apropriado para
comunidades rurais e indústrias sazonais, que geram resíduos orgânicos (indústrias
cítricas e usinas de açúcar e álcool).
Quanto ao escoamento:
Laminar;
Intermitente;
Ocorre evaporação durante o percurso; e
Direciona-se ao Canal Coletor.
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Quanto a Taxa de Aplicação: É o principal parâmetro para o dimensionamento do
sistema. É definida como o volume aplicado ao módulo de tratamento, dividido pelo
período de aplicação, em horas.
Relativo aos Canais de Coleta: Devem ser projetados com capacidade e declividade
suficientes para comportar o efluente que chega até a base da rampa
Agitador
Cano Perfurado
Evapotranspiração
Aplicação
Escoamento
Tanque de Infiltração
Armazenamento
L
B
Efluente
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3 Concepção dos Sistemas Conjugados
O sistema australiano é composto por uma lagoa anaeróbia seguida de uma lagoa
facultativa. A função da lagoa anaeróbia é reduzir parcela da matéria orgânica afluente
na lagoa facultativa, possibilitando portanto reduzir a área necessária para esta última.
Tal redução é tal que, para igual carga de DBO, o sistema australiano ocupa apenas 2/3
da área necessária à lagoa facultativa. Todavia, cumpre ressaltas o inconveniente deste
sistema, qual seja a presença de odores desagradáveis oriundos da lagoa anaeróbia,
conforme já comentado.
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Quadro 01: Abordagem Comparativa Através das Variáveis Principais
Eficiência na Eficiência na Custo de
Área Requerida
Sistema Remoção de DBO Remoção de Implantação
(m²/habitante)
(%) coliformes (log) (R$/habitante)
Lagoa Anaeróbia +
Lagoa Facultativa 1,5 – 3,0 75 – 85 1-2 30 – 75
(Sistema Australiano)
Reator Anaeróbio de
Fluxo Ascendente + 0,05 – 0,15 75 – 87 1-2 45 – 70
Filtro Anaeróbio
Reator Anaeróbio de
Fluxo Ascendente +
0,15 – 0,30 75 – 85 1-2 40 - 90
Lagoa Aerada
Facultativa
SPERLING,M. Introdução à Qualidade das Águas e ao Tratamento de Esgotos, pg. 340,Volume 01, 3ª Edição,
2005,DESA-UFMG
Maus
Menor favorável menos favorável Favorável
Odores
Possibilidade favorável
de Problemas
Ambientais Insetos e menos menos
favorável Favorável
Vermes favorável favorável
Fonte: Material do PROSAB/FINEP
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No entanto, outras variáveis, ainda que menos impactantes no processo decisório
também serão consideradas, quais sejam, a qualidade da mão-de-obra necessária, o
potencial de reuso dos efluentes, a remoção de nutrientes, a simplicidade operacional, a
geração de odores desagradáveis, o proliferação de insetos e vermes, e o custo (expresso
qualitativamente) de operação e manutenção.
Portanto, com base em um Estudo de Caso que enfocou pequenos municípios, foi
elaborado o Quadro 03, o qual apresenta para cada alternativa as áreas requeridas e os
custos em função da população, incluindo o custo do sistema de desinfecção (cloração)
do efluente.
Isto posto, para o Estudo de Caso em questão, observa-se que o sistema combinado
Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente - Filtro Anaeróbio pode apresentar-se como o
mais atrativo, entre todas as alternativas, para todos extratos populacionais, em termos
econômicos, de área e de eficiência de remoção de DBO. No entanto, tal sistema não
remove satisfatoriamente os patógenos e os nutrientes. A manutenção deve ser
constante, e pode ocorrer a geração significativa de odores desagradáveis.
49
Não obstante, os custos de operação e manutenção do sistema Reator Anaeróbio de
Fluxo Ascendente – Lagoa Facultativa são superiores àqueles referentes ao sistema
australiano, uma vez que, entre outros fatores, o Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente
– Lagoa Facultativa necessita de manutenção constante, enquanto que o sistema
australiano requer manutenção eventual. Quanto a Lagoa Facultativa, tem-se que os
custos e as áreas requeridas são as maiores encontradas entre todas as alternativas. No
entanto, apresenta a vantagem de apresentar custos reduzidos de operação e manutenção
e de não necessitar mão-de-obra constante.
Enfim, numa breve síntese comparativa entre os sistemas em questão, percebe-se que o
sistema Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente - Filtro Anaeróbio apresenta um maior
espectro atrativo, ainda que não seja tão simples operacionalmente quanto aos demais
sistemas. Ou seja, indica-se aqui o Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente - Filtro
Anaeróbio como a primeira alternativa mais atrativa. Como Segunda alternativa mais
atrativa cabe sugerir tanto o Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente – Lagoa Facultativa
quanto o sistema australiano, com leve tendência de escolha deste último em função das
questões operacionais, conforme já comentado.
O Quadro 04 apresenta uma síntese das estimativas realizadas para o sistema Reator
Anaeróbio de Fluxo Ascendente - Filtro Anaeróbio, o qual então é aqui sugerido como a
alternativa ótima para o município específico do Estudo de Caso. Considerar que outro
município sob enfoque poderia conduzir a outra alternativa ótima.
50
VII CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES
A rede coletora do sistema separador absoluto tem por função a coleta e a condução do
esgoto gerado nas edificações de forma rápida e segura em termos sanitários e
ambientais. No entanto, para o bom funcionamento da rede coletora alguns cuidados
devem ser tomados durante sua operação, a saber:
No caso dos nutrientes, como o fósforo e o nitrogênio, os mesmos devem ser removidos
para evitar a eutrofização nos corpos hídricos receptores, em especial em lagos. A
eutrofização pode causar diversos problemas ambientais os quais podem ser evitados
caso o sistema de tratamento os remova suficientemente.
51
A remoção dos microrganismos patogênicos é igualmente importantíssima de forma a
proteger os corpos hídricos receptores. Cabe lembrar que na realidade brasileira não é
incomum haver o lançamento de esgoto e, seguindo o curso do rio, haver na sequência
uma unidade de captação de água para o sistema de abastecimento.
Para o caso em que a distância entre o lançamento e a captação não seja suficiente para
a eliminação natural de poluentes, poderá haver captação de água com concentração de
microrganismos patogênicos de tal magnitude que o tratamento de água potável do
sistema de abastecimento não seja suficiente para removê-los. Assim, é importante já
prever no tratamento de esgoto a remoção destes microrganismos na maior eficiência
possível.
Desta forma, quando não houver rede coletora de esgoto é fundamental a instalação de
um sistema de tratamento de esgoto no próprio lote da edificação. Neste sentido existem
diversas soluções técnicas próprias para remover matéria orgânica, nutrientes e
microrganismos patogênicos.
Uma linha seriada de tratamento, por exemplo, composta por tanque (fossa) séptico,
filtro anaeróbio e wetland pode compor uma boa solução dependendo das condições de
instalação. Ou um tanque séptico, seguido de um poço sumidouro, também pode ser
apropriado. Para a escolha da melhor solução para estes casos, algumas questões devem
ser observadas:
52
. O sistema tanque séptico seguido de poço sumidouro, dado como exemplo em
parágrafo precedente, pode ser utilizado desde que o terreno seja permeável o suficiente
para garantir uma boa infiltração e que o nível do lençol freático seja distante o bastante
da base do sumidouro para que tal lençol não venha ser contaminado. Caso estas duas
condições não sejam atendidas, o sumidouro não poderá ser utilizado;
Enfim todos estes cuidados são extremamente importantes para a proteção dos recursos
hídricos e do solo, cuidados os quais promoverão a salubridade ambiental e a saúde
pública.
53
BIBLIOGRAFIA
54
APÊNDICE:
EXERCÍCIOS SUPORTE
01) Em uma área de 200 ha na cidade de Santa Maria, o talvegue tem 2,7 km de
extensão e sendo o desnível entre as cotas do ponto mais alto e da seção de drenagem
igual a 98 m. Assim, estimar a vazão máxima nesta seção de drenagem para um período
de retorno de 25 anos. Admitir C = 0,30.
2º Para o período de retorno de 25 anos, em Santa Maria (Quadro 18.16, pg. 542,
Manual de Hidráulica, Azevedo Netto) e 30 min de duração resulta:
h =51,00 mm
Observar: (1 = ),
Considerar ainda:
55
Nesse caso, no Quadro a seguir se observa:
03. Determinar a capacidade hidráulica de uma sarjeta de uma rua com declividade de
0,5%, conforme dados da ilustração a seguir.
Para Q = C.i.A, sendo "i" em l/s.ha, faz-se necessário considerar o fator 2,78 e, assim,
Qo = 0,40 x (700 x 2,78 / 362/3) x 2,0 = 143 l/s .
56
05. Para o exercício 04, verificar a altura da lâmina teórica de água junto à guia.
A vazão máxima teórica Qo (l/s) em uma sarjeta é Qo= 375 . I 1 /2. (z/n) . yo8/3 onde I é a
declividade longitudinal da rua e "1/z" a declividade transversal da sarjeta.
Logo,
yo= {143 / [ 375 x (16/0,016) x 0,011/2]}3/8 = 0,12m, que por ser menor que 13cm é
teoricamente aceitável!
Observar que para sarjeta limpa: Qadm = Qo= 375.I1/2. z/n. yo8/3 = 162,52 l/s
Sendo vo = Q/A , onde A = yo.xo/2 = yo.(z.yo)/2 onde vo= 0,143/(0,122.16/2) = 1,24 m/s.
Qadm = Qo= 0,50 x [ 375 x (16/0,016) x 0,011/2 x 0,138/3] = 0,5 x 162,52 = 81,26 l/s.
09. Um esgoto industrial possui uma vazão total de 24.420 m3/dia, carga de DBO igual
a 21600 kg/dia e carga de SS igual a 13400 kg/dia. Quais as concentrações de DBO e
SS?
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C DBO 1000 21600( kg / dia ) 1000
DBOmg / L 885mg / L
Q 24420( m3 / dia )
C SS 1000 13400 1000
SS ( mg / L ) 548 ,73mg / L
Q 24420
10. Um matadouro abate cerca de 500.000 kg de bovinos por dia. Após pré-tratamento,
o despejo produzido é descarregado no coletor municipal na vazão de 4500 m3/dia e
com uma DBO de 1300 mg/L. Calcular a carga DBO do despejo por 1000 kg de
bovinos e as Pe e PHE.
C DBO/1000 kg
1300 9
CDBO / 1000kg 11,7 kg / dia
1000
4500 1300
PE( hab.) 108333hab.
( 1000 )1 54
4500( m3 / dia )
PH ( hab.) 22500 hab.
0.2( m3 / hab.dia )
Q/1000kg
C DBO/1000 kg
58
344.4 1000
CDBO / 1000kg 3,048kg / dia
113.000
344.4( kg / dia )
PE( hab.) 6378 hab.
0.054( kg / hab.dia )
246( m3 / dia )
PH ( hab.) 1230 hab.
0.2( m3 / hab.dia )
1000 450
C DBO 0.054 7500 250 1105kg / dia
1000
DBO( mg / L ) Q( m3 / dia )
C DBO
1000
1105 1000
DBO( mg / L ) 404.76 mg / L
2730
700.0( kg / dia )
PE ( hab.) 12963hab.
0.054( kg / hab.dia )
59
Vazão Inicial = 0,16 L/s ; Vazão Final = 0,45 L/s ; Escoamento à meia seção: Rh = D /
4 (m); Diâmetro da Tubulação = 100 mm ; Declividade do Terreno = 0,0050 m/m ;
Declividade Mínima do Coletor (Imin) ; Imin = 0,0055 Q -0,47; Peso Específico da
Água = 1000 kgf / m3 ; Qmin = 1,5 L/s
16. Qual a população equivalente industrial de uma bacia hidrográfica cuja população
residente é de 7500 habitantes e a carga orgânica medida no emissário, pelo qual escoa
os esgotos doméstico e industrial, foi de 510 kg/dia. Considerar a carga orgânica per
capita de 54 g/dia.
18. Porque deve ser evitado que grandes aportes de matéria orgânica, contida nos
esgotos sanitários, tenham acesso aos cursos hídricos? Qual o grande problema
ambiental decorrente?
19. Estimar a vazão de esgoto sanitário, para a hora e o dia de maior contribuição, por
meio das estimativas das vazões de infiltração e de esgoto doméstico. Considere que a
população atendida é de 35.000 habitantes, a contribuição máxima per capita é de 300 L
/ hab. dia. A taxa de infiltração é de 1,0 L / s.km e o comprimento dos coletores de 18
km.
20. REMOVIDO!
60
21. Uma indústria de laticínios, processando uma média de 113.000 kg de leite por dia,
produz, em média, 246 m3 de despejos industriais por dia, com uma DBO de 1.400 mg /
L. As principais operações são o engarrafamento do leite, o fabrico de sorvete e uma
pequena produção de queijo ricota. Calcular a vazão de esgoto, a DBO por 1000 kg de
leite processado e a população equivalente, onde a contribuição per capita de DBO é de
54 g / pessoa.dia.
23. Apresente pelo menos 04 soluções para tratar o efluente das fossas sépticas,
comentando quais as condições ambientais a serem consideradas para a utilização de
cada uma destas soluções.
Isto posto, verifique as condições de autolimpeza das tubulações por meio do princípio
da tensão trativa.
(Declividade da tubulação = 0,045 m/m > Declividade do Terreno = 0,0030 m/m; Logo,
Tensão Trativa = 0,1125 kgf/m2 ; Ocorre autolimpeza!)
26. Determinar o diâmetro do trecho 1-1 de uma rede coletora, observando os seguintes
dados:
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b) Taxa de Contribuição Linear Final : TLf = ( QDf / Lf) + Tf (Tlf = 0,0024
L/s/m)
c) Declividade I: Itub = 0,0055 Qi -0,47 , onde Qi é em L/s e I é m/m; (Itub = 0,0045
m/m)
d) Diâmetro: D = [ 0,0463 . (Qf / I 0,5)] 0,375 , sendo Qf em m3/s e D em m.
(D = 0,049 m; D = 50 mm; Pela norma, D = 100 mm neste caso)
27. Qual é a população máxima que pode ser servida por um coletor de esgotos de 200
mm de diâmetro, onde o consumo per capita de água potável é de 200 L / hab. dia e o
coeficiente de retorno é de 0,8. A velocidade do escoamento é de 0,60 m/s e o mesmo
ocorre à seção plena. Considerar ainda K1= 1,2 e K2 = 1,5. (População = 5655
habitantes)
28. A vazão de água pluvial a ser drenada de uma dada área é de 1100 L/s. O diâmetro
da respectiva galeria para drenar esta vazão é de 800 mm, a declividade de 0,015 m/m e
o material em concreto (coeficiente de Manning = 0,016) . Considerando que, conforme
regulamentação local, a lâmina máxima deva ser de 65% do diâmetro ((y/d)máxima =
0,65), questiona-se se esta tubulação tem capacidade para drenar a vazão em questão.
Caso não, considerando o mesmo material e a mesma declividade do tubo, encontre
qual seria o diâmetro mínimo necessário para esta galeria.
(1ª Questão: Qp = 1316 L/s; y/d = 0,65 ; Q/Qp = 0,75641 ; Q = 995,44 L/s < 1100 L/s ,
logo tubulação sem capacidade; 2ª Questão: Q/Qp = 0,75641 ; Qp = 1454,24 L/s ; d =
810 mm )
30. Considerar um trecho de uma galeria de drenagem urbana com extensão de 100,00
m, declividade de 0,019 m/m, diâmetro de 300 mm e coeficiente de Manning de 0,016.
Dado que a vazão a ser drenada é de 70,00 l/s, e que o tempo de concentração à
montante deste trecho é de 8,50 min, estime:
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b) o tempo de concentração à jusante do trecho.
(tempo de escoamento = 1,02 min.; tempo de concentração à jusante = 9,52 min)
d) Caso seja alterada a norma municipal e o limite de relação y/d passe para 0,80,
qual o coeficiente máximo de runnof possível para este novo limite?
(y/d = 0,8 ; Q/Qp = 0,9775 ; Q = 474,09 l/s ; C = 0,75)
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peculiaridades dos métodos que conduzem a resultados diferentes ainda que para a
mesma área.
36. A tensão trativa mínima deve ser obedecida para garantir a autolimpeza da
tubulação de esgotamento a fim de evitar obstruções e geração de gases no interior da
mesma. Como ocorre a geração destes gases e por quê?
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