MANUAL

INCLUSÃO NA PRÁTICA
Com ferramentas e propostas pedagógicas para elaborar um PDI
que funciona!
“ Educação não transforma o mundo.
Educação muda pessoas.
Pessoas transformam o mundo.
“
PAULO FREIRE
 Olá Educador!
Eu sou a Ana Paula Patente e durante os
mais de 10 anos que trabalho com a
inclusão escolar tenho notado uma
grande dificuldade em tornar a inclusão
efetiva nos ambientes escolares.
Ao analisar essas dificuldades de
implantação do atendimento percebi que
o maior problema não está em não fazer,
mas em não saber como fazer!
São 10 anos de conversa com os
profissionais da escola e todos são
unânimes, tanto diretores, como
supervisores, especialistas e professores
em relatar a dificuldade de colocar em
prática o que precisa ser feito para
atender aos alunos.
Notei também que as informações e
orientações que deveriam ser
repassadas, não chegavam de forma
Íntegra já que a pessoa responsável pelo
repasse das informações não o fazia.
Então tomei duas decisões. A primeira
seria que as formações deveriam ser
direcionadas aos profissionais em sala
de aula e a segunda que deveríamos
focar o trabalho em ensinar o como
fazer.
O resultado destas mudanças foram
excelentes e começamos a notar uma
mudança muito significativa na atuação
do professor, no entanto, era preciso
mais.
Sendo assim, decidi estruturar um blog,
uma página no Facebook, workshops,
cursos e treinamentos onde mais
pessoas pudessem se reunir e juntas
aprender de forma coletiva e acelerada,
tornando assim a inclusão de fato
efetiva.
E uma das ações que considerei urgente
tratar foi da importância de assegurar ao
professor ferramentas que garantam um
trabalho pedagógico especializado bem
fundamentado e transformador.
Por isso quero te convidar a estudar
esse material elaborado com muito
compromisso e responsabilidade, que se
utilizado conforme as instruções, será
uma ferramenta fantástica para
iniciarmos a transformação que
queremos ver acontecer.
A ideia desse material é oferecer a você
um roteiro que garanta o levantamento
de informações para organização e
condução da prática educacional no
atendimento de crianças com
Necessidades Educacionais Especiais.
Portanto, utilize esta ferramenta de forma
consciente, planejada, intencional,
estruturada, ética e política. Avance
quando precisar avançar, interrompa
quando for necessário, recomece, faça
escolhas e trace novos caminhos.
Um grande abraço!
Ana Paula Patente
Pedagoga
Personal Coach 3.0
Idealizadora do Inclusão na Prática
 ÍNDICE DO CONTEÚDO
A. Plano de Desenvolvimento Individual F. Ferramentas: Vai Lá e Faz!
B. Público Alvo da Educação Especial 1. Roda da Vida Escolar
C. Percurso Escolar de Qualidade 2. Plano de Sonhos
D. Responsáveis pela Inclusão 3. Carta ao Futuro
E. Organização dos 06 passos para 4. Considerando a Singularidade - TDH
Elaborar o PDI
5. Sim eu aprendo
1. Quem é o aluno? 6. Definindo Objetivos
2. Perspectiva Médica 7. Planejamento em Ação
3. Avaliação Diagnóstica Inicial 8. Gerando Ambientes de Aprendizagem
4. Planejamento Pedagógico 9. SMARTE
5. Avaliação de Monitoramento 10. Inteligência Emocional
6. Adaptações Curriculares 11. Eliminando Crenças Limitantes
G. Considerações Finais
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL

PDI é o Plano de Desenvolvimento Individual do aluno, um documento

obrigatório e de fundamental importância para garantir o percurso escolar
de qualidade para o aluno público alvo da educação especial.
Ele deve ser elaborado desde o início da vida escolar do aluno e ser
atualizado conforme os avanços, progressos e aprendizado ou conforme
necessidades de revisão do que foi ensinado e não foi aprendido.
Um dos principais objetivos para elaborar o PDI é garantir que o aluno
terá eliminadas as barreiras atitudinais, curriculares e arquitetônicas. Para
isso, será necessário elaborar um documento único e personalizado à
necessidade e particularidade de cada aluno.
É por isso que o PDI proposto aqui não pode ser visto como um
documento fechado, rígido e inalterável, mas um documento que será
revisado e alterado conforme necessidade ou temporalidade.
 PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL

Para iniciar um trabalho pedagógico especializado mento de que o aprendizado e o

e individualizado é importante que o professor desenvolvimento educacional do aluno
entenda como ele funciona e para que serve cada dependem da qualidade que vamos imprimir no
sessão que ele vai preencher no planejamento. desenvolvimento deste documento.
Isso porque, elaborar um Planejamento Individual Portanto, não o faça por fazer, não o faça
para acompanhamento do desenvolvimento apenas para cumprir uma exigência ou
educacional do aluno não é simplesmente obrigação. Faça com compromisso e
preencher lacunas de um formulário padrão. responsabilidade profissional, sabendo que é
através dele que o aluno terá acesso a um
E é importante chamar a atenção para esse fato,
desempenho educacional de qualidade e que o
pois não podemos permitir que ele seja um
permitirá alcançar os níveis mais elevados de
documento elaborado apenas para cumprir uma
educação.
obrigação ou para ser considerado apenas ao
final do ano letivo. E, para tornar mais didática a compreensão e a
elaboração do seu planejamento, este
Pensar no Planejamento Individual de um aluno
documento foi organizado em passos que serão
exige de nós uma total consciência e comprometi
apresentados a seguir.
PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
No entanto, antes de falarmos dos passos em que este documento
foi estruturado, é importante definir quem são os estudantes
caracterizados pela legislação vigente como público alvo da
educação especial.
O público alvo do Atendimento Educacional Especializado - AEE em
linhas gerais são os estudantes que possuem algum tipo de
Deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Altas
Habilidades / Superdotação.
Isso significa dizer que alunos que não se encaixam nesse perfil
devem ser atendidos através de intervenções pedagógicas ou outros
programas educacionais estabelecidos para vencer dificuldades de
aprendizagem.
Por isso é importante saber quem são os alunos para que você não
atenda ao público errado. Conheça então os detalhes quem são os
alunos Público Alvo da Educação Especial:
PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
DEFICIÊNCIAS
CEGUEIRA
Ausência total de visão até a perda da percepção
luminosa.
BAIXA VISÃO
Comprometimento do funcionamento visual de
ambos os olhos, após a melhor correção.
Possui resíduos visuais que permitem a leitura de
textos impressos ampliados ou com o uso de
recursos ópticos.
SURDOCEGUEIRA
Trata-se de deficiência única, caracterizada pela
deficiência auditiva e visual concomitantemente.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Consiste na perda bilateral, parcial ou total, de 41
dB até 70 dB, aferida por audiograma.
Uma perda leve ou moderada acarreta em
dificuldade de perceber igualmente todos os
fonemas das palavras.
SURDEZ
Consiste na perda auditiva acima de 71 dB, aferida
por audiograma nas frequências de 500Hz, 1000Hz,
2000Hz e 3000Hz.
O estudante que apresenta este nível de perda
auditiva não consegue entender a voz humana,
bem como adquirir a língua oral. Em geral, utiliza a
Língua Brasileira de Sinais – Libras, como forma de
comunicação. A língua portuguesa será utilizada
como segunda língua.
PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Incapacidade caracterizada por limitações
significativas no funcionamento intelectual e no
comportamento adaptativo, e está expressa nas
habilidades práticas, sociais e conceituais,
originando-se antes dos 18 anos. (AAMR, 2006)
DEFICIÊNCIA FÍSICA
Consiste na alteração completa ou parcial de um ou
mais segmentos do corpo humano, acarretando o
comprometimento da função física, apresentando-
se sob a forma de paraplegia, paraparesia,
monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,
triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia,
ostomia, amputação ou ausência de membro,
paralisia cerebral, nanismo, membros com
deformidade
congênita ou adquirida, exceto as deformidades
estéticas e as que não produzem dificuldades para
o desempenho das funções.
DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
Associação, de dois ou mais tipos de deficiência
(intelectual / visual / auditiva / física).
TRANSTORNO GLOBAL DO
DESENVOLVIMENTO (TGD)
A. AUTISMO INFANTIL
Caracteriza-se por um comprometimento das
relações interpessoais e diversas alterações de
comunicação, de linguagem e de comportamento,
inclusive estereotipias motoras.
PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
B. SÍNDROME DE RETT
Ausência de atividade funcional com as mãos,
isolamento, regressão da fala e das habilidades
motoras adquiridas, comprometimento das relações
sociais, do desenvolvimento mental e microcefalia
progressiva.
C. SÍNDROME DE ASPERGER
Está relacionada com o autismo, diferenciando-se
desse por apresentar alterações formais da
linguagem e na interação social.
D. TRANSTORNO DESINTEGRATIVO DA
INFÂNCIA
Perda de funções e capacidades anteriormente
adquiridas. Apresenta características sociais,
comunicativas e comportamentais também
Observadas no Autismo. Inclui Demência Infantil,
Psicose Desintegrativa, Síndrome de Heller e
Psicose Simbiótica.
ALTAS HABILIDADES / SUPERDOTAÇÃO
Caracteriza-se pelo potencial elevado nas
diferentes áreas de seu interesse, isoladas ou
combinadas entre si, tais como: realização de
operações lógicas, talento nas artes plásticas e na
música, habilidades de liderança e comunicação,
capacidade de autopercepção e empatia, entre
outras.
Também apresenta elevada criatividade, grande
envolvimento na aprendizagem e realização de
tarefas em áreas de seu interesse.
 PERCURSO ESCOLAR DE QUALIDADE
É importante destacar que todo o trabalho
realizado com o aluno público avo da educação
especial só fará sentido se for garantido a ele
um percurso escolar de qualidade.
E nunca é demais ressaltar que nenhum aluno
está na escola ‘só para socializar’, embora a
escola seja um dos espaços de socialização.
Por isso, não basta garantir apenas o acesso do
aluno ao ambiente escolar. O acesso por si só
garante apenas a entrada do aluno na escola,
mas não que ele vá permanecer.
Não basta também acesso e permanência.
Quando o aluno permanece na escola durante
os anos escolares a que ele tem direito, isso
continua não significando muito, pois ele pode
passar anos a fio e continuar não tendo
nenhuma experiência de aprendizado.
Porém, quando além do acesso, acontece a
permanência e o percurso, podemos dizer que
a inclusão escolar está começando a
acontecer.
Começando porque a tríade: acesso +
permanência + percurso é a garantia de que
estamos no caminho para oferecer ao aluno
uma educação de qualidade e que o leve a
alcançar os níveis mais elevados de ensino.
Por isso é tão importante elaborar um
planejamento educacional especializado focado
no aprendizado do aluno. Me acompanhe, que
nas próximas páginas vou te mostrar passos
fundamentais para que isso aconteça.
 PERCURSO ESCOLAR DE QUALIDADE

| - - - - - - - - - - - - - - TRÍADE - - - - - - - - - - - - - - |

ACESSO PERMANÊNCIA PERCURSO

NÍVEIS MAIS ELEVADOS DE
ENSINO
 RESPONSÁVEIS PELA INCLUSÃO
Pense comigo: Esse é um assunto que gera muita discussão e
até „nariz torcido‟ ao se ouvir que todos são
Quando um aluno é matriculado numa escola ele
igualmente responsáveis pela educação do
é automaticamente vinculado a uma sala de aula
aluno.
de acordo com sua idade/série. Não é mesmo?
E essa sala de aula / turma tem um professor E talvez esse seja o maior desafio na escola,
responsável. Não é verdade? E essa turma tem romper com o paradigma de que o fato do aluno
um número XX de alunos. Concorda? ter uma deficiência, isenta um ou outro
profissional escolar de sua responsabilidade com
Concorda também que o aluno público alvo da
o aluno.
educação especial é um desses alunos? Mesmo
se não concordar, continua sendo assim! Por isso, é fundamental compreender esses
esclarecimentos para que o processo de
Você deve está se perguntando o que ela está
escolarização do aluno seja bem sucedido e
querendo dizer com essas perguntas?
aconteçam menos “empurra empurra” de
Que todos são responsáveis pelo aluno, desde a responsabilidades.
entrada do aluno no portão da escola até sua
saída novamente para casa, tenha ele
deficiência ou não.
 PRINCIPAIS DIRETOR ESCOLAR
RESPONSÁVEIS

FAMÍLIA

PROFESSOR REGENTE

ESPECIALISTA

PROFISSIONAIS DO AEE
ORGANIZAÇÃO DOS 06 PASSOS PARA ELABORAR O PDI

PASSO 01: QUEM É O ALUNO?

PASSO 02: PERSPECTIVA MÉDICA / DIAGNÓSTICO

PASSO 03: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL

PASSO 04: PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO

PASSO 05: AVALIAÇÃO DE MONITORAMENTO

PASSO 06: ADAPTAÇÕES CURRICULARES

1º PASSO QUEM É O ALUNO?

Pode ser que esse seja o primeiro contato que você professor terá com
o aluno e com seu familiar (mãe, pai, cuidador/tutor) e é de extrema
importância criar um clima de conforto e um ambiente acolhedor para
que todos se sintam aceitos e abertos ao diálogo.
Talvez esse também seja o primeiro contato do aluno com o ambiente
escolar ou ainda, ele venha de uma experiência ruim com a escola
anterior e é nossa responsabilidade profissional gerar uma expectativa
de aprendizado e confiança.
Por isso é importante mostrar, tanto para o aluno como para a família,
que apensar da deficiência ou da dificuldade que ele apresente, é
possível pensar num futuro educacional melhor e mais acessível.
Independente da deficiência que o aluno possa apresentar, é possível
buscar a linguagem mais adequada para torná-lo participante do seu
processo educativo, portanto, não trate o aluno como alguém à parte
do seu próprio processo de escolarização.
1º PASSO QUEM É O ALUNO?

Nesse processo de conhecimento de quem é o aluno, mostre para ele

e sua família o quanto é importante ele conhecer sobre si mesmo,
sobre sua história, sobre as habilidades que ela já possui, suas
potencialidades.
Isso fará com que a criança conecte-se com seu presente, com sua
realidade, o que pode certamente gerar nele uma expectativa de
futuro.
Por isso, após fazer as perguntas formais sobre quem ele é e sua
história de vida, vá até a sessão de ferramentas e aplique a Roda da
Vida Escolar para que você compreenda melhor a realidade
educacional dessa criança.
 DADOS PESSOAIS DO ALUNO

NOME DA ESCOLA
ENDEREÇO

NOME COMPLETO
ENDEREÇO
CIDADE
DATA DE NASCIMENTO ____ / _____ / _____
ANO DE ESCOLARIDADE TURNO
IDADE QUE ENTROU NA ESCOLA

RESPONSÁVEL LEGAL
 DADOS FAMILIARES
NOME DA MÃE / CUIDADORA / RESPONSÁVEL LEGAL

PROFISSÃO
ESCOLARIDADE IDADE

NOME DO PAI / CUIDADOR / RESPONSÁVEL LEGAL

PROFISSÃO
ESCOLARIDADE IDADE

TEM IRMÃOS? QUANTOS

ALGUM POSSUI DEFICIÊNCIA? QUAL?
 HISTÓRIA DE VIDA DO ALUNO

Descreva brevemente a história de vida do aluno e atualize sempre que necessário.

(Considere informações como: Gestação, nascimento, hospitalizações, cirurgias, doenças, idade que andou e que falou,
quando recebeu o diagnóstico, histórico familiar de aceitação da deficiência, terapias e atendimentos que recebe,
escolarizações anteriores, como foi, etc.)
2º PASSO PERSPECTIVA MÉDICA / DIAGNÓSTICO

No segundo passo vamos abordar o diagnóstico. Embora ele tenha

fundamental importância para a definição da deficiência ou do
transtorno, não é ele que define se vai haver aprendizado ou não.
É muito importante saber o que consta no laudo do aluno, pois essas
informações vão nos dar subsídios para o desenvolvimento de uma
pratica educacional assertiva e eficaz.
Porém, quando falamos da perspectiva médica, seu foco está em
conhecer o diagnóstico para buscarmos a intervenção que seja mais
adequada à necessidade educacional do aluno em decorrência do
diagnóstico.
Por isso, é importante integrar o diagnóstico ao potencial humano de
desenvolvimento que cada um leva consigo.
Então, não supervalorize o diagnóstico em detrimento do potencial que
o aluno pode alcançar.
PERSPECTIVA MÉDICA
Transtornos Globais do Desenvolvimento Origem das Informações
( ) Transtorno do Espectro Autista ( ) Médico
( ) Síndrome de Asperger ( ) Psiquiatra
( ) Síndrome de Rett ( ) Psicólogo
( ) Transtorno Desintegrativo da Infância ( ) Fonoaudiólogo
( ) Outro Profissional ________________
Deficiência
( ) Cegueira
( ) Baixa Visão Faz uso de medicamentos
( ) Surdez ( ) Sim ( ) Não
( ) Deficiência Auditiva QUAL: _____________________________
( ) Deficiência Física
( ) SurdoCegueira O medicamento interfere na aprendizagem?
( ) Deficiência Intelectual (inclui Sind. Down) Explique. __________________________
( ) Outra _________________________
____________________________________
PERSPECTIVA MÉDICA
Tem problemas de saúde
( ) Sim
( ) Não
( ) Se sim, qual/quais?
_________________________________
Freqüenta outro atendimentos?
( ) Sim
( ) Não
( ) Se sim, qual/quais?
__________________________________
Outras necessidades
( ) Faz uso de cadeira de rodas
( ) Não possui comunicação verbal
( ) Dependente na alimentação
( ) Dependente na higiene
( ) Faz uso de fraldas
( ) Necessita de Comunicação Alternativa
( ) Necessita material ampliado
( ) Outro: __________________________
3º PASSO AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL

A Avaliação Diagnóstica Inicial é um instrumento importantíssimo

para o início do trabalho pedagógico. É através dela que o professor
terá condições pedagógicas de levantar as necessidades de
aprendizagem que o aluno possui.
Não é um instrumento para julgar o que o aluno não sabe, mas para o
professor ter um ponto de partida para iniciar seu planejamento.
É à partir dela, por exemplo, que é possível identificar o potencial, as
habilidades e também as limitações do aluno para que seja possível
elaborar a melhor estratégia de acompanhamento e de
desenvolvimento educacional.
Assim, o professor vai ter subsídios para levá-lo aos níveis mais
elevados de ensino e garantir o acesso de qualidade à educação.
 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL
Neste 3º passo apresentamos uma sequência
de referências para a elaboração de uma
avaliação Diagnóstica Inicial.
Elas servem apenas como um parâmetro, uma
bússola para uma melhor compreensão do
conhecimento escolar do aluno.
Essas são apenas sugestões que servirão de
norte para pensar em como propor a avaliação
diagnóstica inicial, mas você pode acrescentar a
elas outras informações que forem necessárias.
Esse é o momento em que o professor terá para
aprofundar no conhecimento sobre o aluno,
sobre suas necessidades de adaptação, suas
limitações e suas potencialidades.
Os quadros apresentados foram elaborados de
forma didática para facilitar a compreensão dos
elementos importantes de serem descritos
nesse momento.
Sendo assim, use essa ferramenta como
subsídio para a elaboração da avaliação
propriamente dita e do texto que vai amparar a
descrição do desempenho do aluno.
Por meio dos dados coletados nesse processo
inicial de avaliação é possível identificar quais
serão os melhores recursos, estratégias e
metodologias adequados à necessidade
educacional especial de cada aluno e favorecer
o seu desenvolvimento escolar.
 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL: PERCEPÇÃO

PERCEPÇÃO POTENCIALIDADES DIFICULDADES COMO VENCÊ-LAS

VISUAL

AUDITIVA

TÁTIL

CINESTÉSICA

ESPACIAL

TEMPORAL
 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL: ATENÇÃO

ATENÇÃO POTENCIALIDADES DIFICULDADES COMO VENCÊ-LAS

MANUTENÇÃO DE
FOCO

CONCENTRAÇÃO

COMPREENSÃO DE
ORDENS
 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL: LINGUAGEM

LINGUAGEM POTENCIALIDADES DIFICULDADES COMO VENCÊ-LAS

ORALIDADE

LEITURA

ESCRITA

Considere ainda conhecimento sobre a Língua Brasileira de Sinais e uso de outros recursos de
comunicação, como Braille e Sistemas de Comunicação Alternativa e Suplementar.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL: RACIOCÍNIO LÓGICO

RACIOCÍNIO
POTENCIALIDADES DIFICULDADES COMO VENCÊ-LAS
LÓGICO
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL: MOTOR E PSICOMOTOR

MOTOR E
POTENCIALIDADES DIFICULDADES COMO VENCÊ-LAS
PSICOMOTOR
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL: INTERPESSOAL/AFETIVO/SOCIAL

INTERPESSOAL /
POTENCIALIDADES DIFICULDADES COMO VENCÊ-LAS
AFETIVO / SOCIAL
PREPARANDO PARA INICIAR O PLANEJAMENTO

Com base nas dificuldades e potencialidades levantadas na Avaliação Diagnóstica Inicial você terá
subsídios para iniciar a fase de planejamento das ações educacionais. Por isso é importante não deixar
passar nada e ser bastante zeloso no levantamento das informações para que o planejamento seja o mais
adequado possível à realidade do aluno.
E aqui cabe destacar algo muito importante e que sempre gera dúvidas. O professor tem que elaborar um
planejamento diferente do que o da turma? Não, de jeito nehum.
O propósito de um planejamento pedagógico diferenciado para o trabalho no AEE é justamente garantir o
acesso igualitário ao currículo escolar. Sendo assim, o que deve ser feito é identificar juntamente ao
planejamento da turma, o que é necessário trabalhar com o aluno para que ele seja capaz de acompanhar a
turma, sempre respeitando seu ritmo e velocidade de aprendizagem.
É por isso que é tão importante a articulação de todos os profissionais da educação. Professor regente,
Professor de Apoio, Professor de Sala de Recursos, supervisor, diretor escolar. Cada um deles, dentro de
sua área de competência, terá contribuições valiosas e importantes para o desenvolvimento pedagógico.
Assim, prosseguimos para o 4º passo.
4º PASSO PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO

Ao pensar no planejamento pedagógico nossa preocupação principal

deve ser focar em organizar o espaço, o tempo, os materiais, as
atividades, as estratégias de trabalho e, ainda, propor novas ações a
partir da reflexão do trabalho diário e do que foi identificado.
O planejamento deve ser flexível, aberto a uma análise crítica, ao
aperfeiçoamento das práticas metodológicas e pedagógicas e a
autoanálise crítica do seu trabalho.
É importante garantir também que o aluno terá tempo para falar, ouvir,
brincar, ler histórias, desenhar, pintar, comer, descansar, sonhar, criar e
promover o contato com o conhecimento legitimado.
Ao planejarmos, precisamos levar em conta os conteúdos a serem
ensinados e estabelecidos nas Matrizes Curriculares.
4º PASSO PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO

O planejamento também proporciona identificar as condições de

funcionamento das estratégias educacionais, do espaço físico, do
horário e do calendário escolar. Possibilita também a adoção, a
execução, a avaliação e o aperfeiçoamento das demais diretrizes.
E finalmente, a prática educativa deve sempre estar carregada de
intencionalidade, pois é ela que produz resultados educacionais
satisfatórios.
 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO

ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NO AEE

Tipo de AEE Tempo do atendimento

( ) Sala de Recursos Multifuncional ( ) 50 minutos
( ) Professor Intérprete de Libras ( ) acima: ______________________
( ) Professor de Apoio
( ) Outro: ______________________
Composição do atendimento
( ) Atendimento Individual
Frequência do atendimento em Sala de Recursos ( ) Atendimento grupal
( ) 2 vezes por semana ( ) Outro: ______________________
( ) 3 vezes por semana
( ) 4 vezes por semana
( ) 5 vezes por semana
 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO

AÇÕES NECESSÁRIAS
Faça um levantamento das ações que já são/foram trabalhadas e das que precisam ser desenvolvidas com o
aluno no que diz respeito à aprendizagem e ao desenvolvimento global do aluno.

AÇÕES QUE PRECISAM SER

ÂMBITOS AÇÕES JÁ EXISTENTES
DESENVOLVIDAS

ESCOLA

SALA DE AULA

FAMÍLIA

SAÚDE
 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO

Descreva o que será desenvolvido com o aluno em cada área, considerando as dificuldades e
potencialidades levantadas. Caso hajam muitas dificuldades, sugiro que elabore um quadro para cada área.
Assim, será possível trabalhar detalhadamente cada dificuldade.

CONSIDERANDO A O QUE SERÁ COMO SERÁ

ÁREA
DIFICULDADE... DESENVOLVIDO? DESENVOLVIDO?
COGNITIVA /
METACOGNITIVA
MOTORA /
PSICOMOTORA

INTERPESSOAL /
AFETIVA

COMUNICACIONAL
 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO

ÁREA DESCRIÇÃO

Como andam o pensamento, expressão e a linguagem do aluno? São bem estruturados ou

COGNITIVA / confusos? (não confunda com dificuldade de comunicação). Compreende ordens, consegue se
METACOGNITIVA concentrar, memorizar, identificar personagens, consegue resolver problemas cotidianos,
compreende o mundo que o cerca?
Identifique quais são os problemas motores e/ou psicomotores que o aluno apresenta para que seja
possível elaborar atividades em conformidade com o que o aluno é capaz. Observe flexibilidade,
MOTORA /
tonicidade, movimentos involuntários, equilíbrio, coordenação motora grossa e fina, lateralidade.
PSICOMOTORA
Observe que muitas destas funções são fundamentais para o desenvolvimento escolar, por isso é
importante pensar e propor atividades que trabalhem o a execução dessas funções.

Analise como o aluno se relaciona com os colegas, professores, família e consigo mesmo. Como
INTERPESSOAL /
está sua auto-estima, auto-imagem, controle das emoções? Há algo que precisa ser trabalhado
AFETIVA
nesse sentido?

Como o aluno se comunica nas várias situações de vida? Tem a fala preservada? Necessita de
COMUNICACIONAL
Comunicação Alternativa? E sua comunicação por meio da escrita, leitura e interpretação?
 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO
CONTEÚDO ESCOLAR

Defina quais serão as estratégias metodológicas a serem utilizadas para elaborar o planejamento da ação
pedagógica e garantir a participação do aluno em todas as atividades relacionadas aos conteúdos escolares.

CONSIDERANDO A
CONTEÚDO ESCOLAR O QUE SERÁ DESENVOLVIDO? COMO SERÁ DESENVOLVIDO?
DIFICULDADE...

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

CIÊNCIAS / BIOLOGIA

HISTÓRIA

GEOGRAFIA

EDUCAÇÃO FÍSICA
 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO
CONTEÚDO ESCOLAR
Para falar de um Planejamento Pedagógico mais
efetivo, talvez seja interessante considerar as
necessidade de Adaptações Curriculares, porém
nada disso pode ser pensado se não
considerarmos o aluno como um todo. Por isso é
fundamental conhecer o aluno de forma integral.
No entanto, ao se preparar para elaborar o
Planejamento Pedagógico o professor deve ter
em mente que o currículo a ser desenvolvido é o
mesmo da turma. O que varia, se realmente
houver necessidade, é a abordagem, a
metodologia, a didática, as adaptações, sejam
elas de Pequeno ou de Grande Porte (6º passo).
Assim, o que não pode acontecer, de maneira
alguma, é a proposição de um currículo
diferente ou paralelo ao que os demais alunos
estão recebendo.
Só assim será possível garantir o acesso
igualitário para todos, evitando a segregação e
a discriminação em função da deficiência.
Veja 02 exemplos a seguir que demonstram a
importância de trabalhar o mesmo currículo e
esclarece como trabalhar dentro do mesmo
contexto:
 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO
CONTEÚDO ESCOLAR
Perfil aluno: Deficiência Intelectual grave
Conteúdo: Ciências
Eixo – Ser Humano e Saúde
Competências e habilidades: Valorizar a água e
o ar como recursos indispensáveis à vida
Se o aluno aprendeu que não se pode beber
qualquer água, que ela deve ser filtrada ou fervida
antes de beber para não ficar doente e que a
água é importante para todos e não se deve
desperdiçá-la. Podemos dizer que esse aluno
atingiu os objetivos, pois ele absorveu o
conhecimento e compreendeu de forma a utilizar
o aprendizado em sua vida.
Perfil aluno: Def. Física – Paralisia Cerebral
Conteúdo: Matemática
Eixo – Números e Operações
Competências e habilidades: Explorar
diferentes significados das frações em situações
problema.
Se o aluno, de acordo com sua capacidade,
entendeu que existe um inteiro (uma coisa
inteira) que pode ser divido (partida em pedaços
iguais) e cada pedaço é um pedacinho desse
inteiro, e se ainda ele consegue comparar a
uma pizza, por exemplo, o aluno alcançou a
compreensão do que significa uma fração.
5º PASSO AVALIAÇÃO DE MONITORAMENTO
Avaliação de monitoramento tem a ver com considerar o desenvolvimento
do aluno no processo de construção do conhecimento e avaliar
continuamente os avanços e progressos alcançados.
Ao tornar contínuo o processo de avaliação o professor será capaz de
acompanhar o desenvolvimento e assim recalcular a rota de
aprendizagem caso o aluno apresente sinais de que não está avançando.
Isso porque, à medida que os alunos vão desenvolvendo a
aprendizagem, surgem progressos, dificuldades e obstáculos não
previstos e o monitoramento consegue ajustar a ajuda pedagógica à
medida que a demanda acontece.
Essa prática impede que o não aprendizado do aluno só seja detectado
ao final de longos períodos, inviabilizando a intervenção e contribuindo
para aumentar os índices de retenção e reprovação.
 AVALIAÇÃO DE MONITORAMENTO

ADAPTAÇÕES NOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO Adaptações na forma da avaliação (ampliação

 Dilação do tempo destinado à avaliação;
 Uso de materiais concretos ou recursos
pedagógicos que facilitam o raciocínio;
 Uso de recursos tecnológicos (lupa eletrônica,
calculadora, gravador, computadores com
softwares leitores de telas, etc.);
 Uso de recursos humanos (ledor ou intérprete
de Libras);
da fonte, uso de desenhos, ou pictogramas,
provas em braile ou em outros meios de
comunicação);
 Adaptações no conteúdo da avaliação ou até
mesmo supressão de conteúdos conforme a
necessidade especial do aluno.
Mesmo o modelo mais tradicional de avaliação
pode ser usado se considerarmos que ele pode
ser adaptado à necessidade do aluno.
 AVALIAÇÃO DE MONITORAMENTO

ADAPTAÇÕES NOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO ORAL Alguns critérios para sua elaboração são:

Provas orais são realizadas com base no diálogo  Fazer perguntas claras;
entre professor e aluno. Permitem uma  Dar tempo para a reflexão após fazer a
flexibilidade na forma de elaborar as questões e o pergunta;
professor consegue ter uma ideia mais clara sobre
as limitações, conhecimentos e capacidades do  Criar um ambiente favorável para a aplicação
aluno. da prova

A prova oral permite a participação efetiva do  Criar um método para registrar as respostas
aluno que não tem coordenação motora para o
registro escrito, por exemplo.
 AVALIAÇÃO DE MONITORAMENTO

ADAPTAÇÕES NOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

PROVA ESCRITA 4. VERDADEIRO / FALSO

Embora ela limite a participação por exigir o 5. MÚLTIPLA ESCOLHA
registro escrito, a prova escrita pode ser 6. RELACIONAR UMA COLUNA COM A
considerada segundo o critério que se deseja OUTRA
avaliar.
Ela pode ser elaborada de acordo com
características como:
1. RESPOSTA CURTA
2. COMPLETAR LACUNAS
3. CERTO / ERRADO
 AVALIAÇÃO DE MONITORAMENTO

ADAPTAÇÕES NOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

OBSERVAÇÃO E REGISTRO Utilize registros como:

A observação do processo de aprendizagem deve  Portfólios,
ser devidamente registrada sempre. Em muitos  Maquetes,
casos o aluno não consegue registrar devido aos
comprometimentos em decorrência da deficiência  Fotos,
ou transtorno no entanto, nada disso é motivo para  Gravações em áudio e vídeo,
que o aluno não seja avaliado.
 Fichas descritivas,
Registros como os exemplos a seguir podem ser
 Relatórios individuais,
utilizados com a finalidade avaliativa para
comprovar a participação e o desenvolvimento do  Caderno ou diário de campo;
aluno.  Etc.
 AVALIAÇÃO DE MONITORAMENTO

ADAPTAÇÕES NOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

TRABALHOS E PROVAS OPERATÓRIAS cognitivas e saber quais habilidades desenvolveu e

(INDIVIDUAIS E/OU EM GRUPOS) quais anda precisam de atenção.
Trabalhos são atividades e instrumentos As provas operatórias são compostas por perguntas
importantes no processo de aprendizagem de ou problemas relacionados ao conteúdo estudado,
alunos com deficiência, pois maximizam a o que permite uma melhor assimilação é resposta.
participação e as trocas de conhecimento.
Nesses casos, a mediação do professor estimula a
aprendizagem.
Já as provas operatórias são consideradas
subjetivas, no entanto elas permitem ao professor
perceber como o aluno processa as operações
 AVALIAÇÃO DE MONITORAMENTO

ADAPTAÇÕES NOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

AUTOAVALIAÇÃO E externos ao processo que, somada ao parecer

AVALIAÇÃO COMPARTILHADA dos profissionais da educação, ajuda a construir
um processo educacional mais próximo à
Ouvir o próprio aluno e os seus colegas sobre
realidade e necessidade dos alunos.
as suas facilidades e dificuldades na
aprendizagem propicia ao professor refletir
sobre o processo de ensino.
Compartilhar suas considerações com a família
e até mesmo com outros profissionais que
ofertam o atendimento traz ao professor a
possibilidade de conhecer a opinião de atores
6ª SESSÃO ADAPTAÇÕES CURRICULARES
As adequações curriculares estão relacionadas às possibilidades
educacionais de atuar diante das dificuldades de aprendizagem dos
alunos. Ela beneficia o desenvolvimento escolar do aluno e permite que
eles participem, em conformidade com suas particularidades, da maioria
das atividades comuns a toda a turma.
A sala de aula é o principal lugar onde se verifica a ocorrência do ensino
aprendizado. Paralelamente, é nela também que acontece a convivência
entre alunos e professores. É por isso, que a escolarização não pode
acontecer aleatoriamente, mas deve ser mediada por processos que
envolvem organização da rotina, dos métodos, das estratégias e dos
recursos pedagógicos que vão garantir que o aprendizado realmente vai
acontecer.
Por isso, em algum momento serão necessárias adequações ao currículo
regular para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos com
necessidades educacionais especiais.
6ª SESSÃO ADAPTAÇÕES CURRICULARES
É importante destacar que as adequações devem passar pelo crivo da
aprendizagem significativa para que ela tenha êxito. Assim, o aluno não só
fica mais motivado para aprender, mas obtém maior aproveitamento no
processo de aprendizagem.
Destaco ainda a importância de respeitar o ritmo e o estilo de
aprendizagem de cada aluno, sem o qual ....

Elas devem ocorrem em três níveis do planejamento educacional:

1. No Projeto Político Pedagógico (currículo escolar);
2. No currículo desenvolvido na sala de aula;
3. No nível individual.
 ADAPTAÇÕES CURRICULARES

ADAPTAÇÕES CURRICULARES DE ADAPTAÇÕES CURRICULARES DE

PEQUENO PORTE GRANDE PORTE
Essas adaptações são aquelas de As Adaptações de Grande Porte dizem
repsonsabilidade do professor executar para respeito às modificações que envolvem
que todos os alunos tenham oportunidades ações de natureza política, administrativa,
de aprendizagem. financeira e burocrática, etc.
Elas constituem em modificações que o Isso significa que muitas dessas adaptações,
professor realiza no currículo, com o objetivo embora possam ser observadas e registradas
de favorecer a participação ativa e o pelo professor, ele talvez não tenha
aprendizado do aluno. autonomia para executá-las.
P
E
Q
U ORGANIZATIVAS AVALIATIVAS TEMPORALIDADE
E
 Organização de  Adequação de  Modificação
N agrupamentos
OBJETIVOS E
técnicas e
PROCEDIMENTOS
da temporalidade
instrumentos para
O  Organização CONTEÚDOS DIDÁTICOS E
determinados
Didática  Modificação ATIVIDADES
 Priorização de de técnicas e objetivos e
 Organização do tipos de  Modificação de conteúdos
P espaço instrumentos
conteúdos procedimentos
O  Priorização de  Sequenciando
objetivos a tarefa
R
 Sequenciação  Facilitando
T  limitação de
planos de ação
E conteúdos Adaptação de
secundários materiais
 ADAPTAÇÕES CURRICULARES
Pequeno Porte
COMO IMPLEMENTAR AS ADAPTAÇÕES
CURRICULARES DE PEQUENO PORTE?
A seguir apresento alguns exemplos de Adaptações
Curriculares de Pequeno Porte que podem ser usadas
como resposta à necessidade educacional especial que
o aluno tenha.
Muitas delas podem até ser consideradas obvias, mas
até o óbvio precisa ser dito, pois ele desperta a atenção
para algo que não estávamos atentos.
O fato é que não existem receitas, pois as possibilidades
de ação e intervenção não se esgotam. Na verdade elas
são tantas quantas existe possibilidades de aprendizado,
ou seja, infinitas. Acompanhe alguns exemplos:
ADAPTAÇÃO DE OBJETIVOS
Se o objetivo do professor é levar seu aluno a uma
melhor comunicação, várias estratégias deverão ser
buscadas para alcançar esse objetivo.
Se o professor tem um aluno com comprometimentos
graves em sua função motora que o impeça de
escrever, será totalmente inadequado exigir que o
aluno execute movimentos que o façam escrever. Isso
levará à frustração e sentimento de incapacidade.
No lugar dessas ações o professor pode recorrer ao
uso das variadas formas de comunicação alternativa
para que o objetivo seja alcançado de forma
adequada à sua NEE.
 ADAPTAÇÕES CURRICULARES
Pequeno Porte
ADAPTAÇÃO DE CONTEÚDOS
Adaptar o conteúdo pressupõe o entendimento dos
objetivos traçados para esse conteúdo. Por isso, o
professor deve conhecer antes o conteúdo mas
também deve conhecer o aluno e sua necessidade
educacional especial.
Essas adaptações podem estar relacionadas à
ordem de apresentação do conteúdo, à ênfase a um
item e detrimento de outro, mas quem vai definir
como essas adaptações vão acontecer, é o
professor já que é ele que conhece de perto o
desempenho do aluno.
ADAPTAÇÃO DO MÉTODO DE ENSINO
E DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA
É importante compreender que se o professor não
compreende como o aluno aprende o aprendizado
não acontecerá. Isso tem a ver com o método!
Se um aluno tem grande dificuldade de abstração,
trabalhe com material concreto, por exemplo. Se tem
dificuldade de atenção e foco, jogos que estimulem
essas funções são importantes para seu
desenvolvimento. Se o aluno tem comprometimentos
no processamento de aprendizagem, atividades com
variados graus de dificuldade ou complexidade
podem possibilitar o crescimento do aprendizado.
 ADAPTAÇÕES CURRICULARES
Pequeno Porte

ADAPTAÇÃO DO PROCESSO DE ADAPTAÇÃO NA TEMPORALIDADE DO

AVALIAÇÃO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Esse tema já foi abordado, mas é importante reforçar
a importância das adaptações nas avaliações:
Considerar os diferentes estilos e ritmos;
Considerar o contexto das respostas;
Considerar o vocabulário;
Usar a comunicação alternativa de acordo com a
NEE;
Considerar a oralidade, as modificações técnicas,
etc.
A adaptação na temporalidade pode tanto ser
aumentada como diminuída em relação ao que se
propõe no processo de ensino e aprendizagem.
Atividades verbais podem levar mais tempo do que
atividades escritas para serem executadas.
Atividades que necessitam de abstração,
certamente demandará mais tempo e uma maior
freqüência de execução para que ela tenha êxito.
G
R
A
N ELEMENTOS METODOLOGIA E TEMPORALIDADE
CURRICULARES ORGANIZAÇÃO
D DIDÁTICA  Prolongamento
 Eliminação de de um ano ou
E objetivos básicos CONTEÚDOS  Introdução de AVALIATIVAS
mais de
métodos e
Introdução de  Eliminação de  Introdução de permanência do
procedimentos
objetivos objetivos critérios aluno na mesma
complementares
P específicos, básicos.
e/ou alternativos.
específicos de série ou ciclo.
complementares avaliação
O e/ou alternativos. Eliminação de
R critérios
T Adaptações de
critérios regulares
E
Modificação dos
critérios
 ADAPTAÇÕES CURRICULARES
Grande Porte

ADAPTAÇÕES CURRICULARES DE GRANDE PORTE

As Adaptações Curriculares de Grande Porte exigem
que as instâncias da administração política e
educacional se movimentem na direção de
regulamentá-las e implementá-las.
É aqui que vai se incrementar a construção de um
sistema educacional inclusivo de qualidade.
As Adaptações de Grande Porte envolvem, por
exemplo, modificações físicas e estruturais,
aquisição de equipamentos e recursos diversos,
promoção de capacitação do corpo docente, entre
outros.
Mas, ainda que não dependa diretamente do
professor, é importante registrar cada necessidade
de adaptação de grande porte e levar às pessoas
responsáveis pela execução.
--------
Enfim, as adaptações curriculares também são
diversas e devem ser pensadas de acordo com a
necessidade educacional do aluno e em favor do
desenvolvimento educacional e um processo de
escolarização equitativo.
FERRAMENTAS:
VAI LÁ E FAZ!
Vai lá e faz é agir, é testar, é ver se funciona, é
refletir, é ligar os pontos. É sair da teoria para a FERRAMENTAS:
prática, ou melhor, aplicar a teoria na prática.
Ao agir, você dá um novo significado à inclusão VAI LÁ E FAZ!
escolar dando sentido ao que é falado e escrito,
ou seja, você consegue tirar ideias do papel
levando-as para a ação.
Mas uma observação é importante fazer e seria
bastante irresponsável da minha parte sugerir
que você se proponha em transformar a
realidade do aluno da noite para o dia. É um
processo longo, insistente e que mexe com a
individualidade de cada um.
Portanto, comece agindo. A ação nos tira da
inércia e nos deixa mais perto do objetivo.
As ferramentas à seguir foram nomeadas de Vai
Lá e Faz, elas vão auxiliar e nortear as várias
situações e necessidades de adaptar o tempo, o
espaço, as emoções, o currículo, o aprendizado
e o que for necessário para que o aluno avance
em suas capacidades de aprendizagem.
 ÍNDICE
FERRAMENTAS:
1. Roda da Vida Escolar VAI LÁ E FAZ!
2. Plano de Sonhos
3. Carta ao Futuro
4. Considerando a Singularidade - TDH
5. Sim eu aprendo
6. Definindo Objetivos
7. Planejamento em Ação
8. Gerando Ambientes de Aprendizagem
9. SMARTE
10. Inteligência Emocional
11. Eliminando Crenças Limitantes
 RODA DA VIDA ESCOLAR
A Roda da Vida é uma ferramenta utilizada pelos
Coaches em suas sessões, mas ela pode ser
perfeitamente aplicada no atendimento de um
aluno.
Essa é uma ferramenta brilhante e eficiente que
pode ser usada em sua própria vida também,
embora nosso foco aqui seja o aluno.
A Roda da Vida Escolar é importante em dois
sentidos, pois ela possibilita ao professor conhecer
melhor o seu aluno, mas também ajuda o aluno a
conhecer a si mesmo.
Perceba que estou sempre focando a participação
do aluno neste processo na intenção de fazer com
que você perceba desde o primeiro contato com o
aluno, o quanto é importante que ele participe da
sua própria formação educacional, ainda que seja
necessário a utilização da Comunicação Alternativa.
Ao olhar para a Roda da Vida Escolar você poderá
perceber que ela apresenta 04 grandes divisões e
cada uma delas 03 subdivisões.
1ª: Pessoal
2ª: Educacional
3ª: Relacionamento Escolar
4ª: Qualidade de Vida
 RODA DA VIDA ESCOLAR
Relacionamento Escolar
Pessoal
01. Adaptações ao ambiente
01. Saúde e disposição
02. Relacionamento c/ professores
02. Equilíbrio Emocional
03. Relacionamento com colegas
03. Relacionamentos familiares

Educacional
Qualidade de Vida 01. Desenvolvimento Intelectual
01. Hobbies e diversão
02. Desenvolvimento motor
02. Visão de futuro
03. Linguagem oral e escrita
03. Amigos e irmãos
 RODA DA VIDA ESCOLAR

Para preencher a Roda da Vida Escolar do seu
aluno você vai usar a legenda a seguir para saber
se ele está mais próximo do Ruim ou do Excelente
em cada área da vida escolar. O aluno pode
responder utilizando os rostos ou aquilo que eles
representam:
Excelente
Bom
Razoável
De acordo com o que o aluno for apontando sobre a
sua Roda da Vida Escolar, você vai tendo subsídios
para compreender como está a vida do aluno e o
que você pode proporcionar de aprendizado para
que ele possa mudar o seu estado inicial.
Metade da roda o próprio aluno pode dar as
informações e a outra metade você preenche com
suas observações.
Em seguida, ligue os pontos e veja se é possível
colocar essa roda para girar. Se não for possível é
porque há áreas que precisam ser trabalhadas para
chegar a um estado ideal.
Esse então é o momento e começar a planejar!

Ruim
 RODA DA VIDA ESCOLAR
Pessoal
01. Saúde e disposição
02. Equilíbrio Emocional
03. Relacionamentos familiares Legenda:

Qualidade de Vida Excelente

01. Hobbies e diversão
02. Visão de futuro Bom
03. Amigos e irmãos

Razoável
Educacional
01. Desenvolvimento Intelectual
02. Desenvolvimento motor Ruim
03. Linguagem oral e escrita

Relacionamento Escolar
01. Adaptações ao ambiente
02. Relacionamento c/ professores
03. Relacionamento com colegas
 PLANO DE SONHOS
“Ou nós encontramos um caminho,ou abrimos um.”
Já parou para pensar ou já percebeu que quando
temos um aluno motivado é sempre mais fácil
desenvolver o trabalho pedagógico, mesmo que hajam
dificuldades e barreiras? Acredito que sim.
Após ganhar a confiança do aluno e conhecer seu
potencial, convide-o a traçar um Plano de Sonhos
através de perguntas poderosas.
Essa é uma ferramenta simples, mas poderosa
(justamente porque é simples). Muitas vezes o aluno
nunca parou para sonhar, para planejar seu futuro ou
para pensar no que quer ser amanhã.
Talvez essa seja a primeira vez que alguém diga a ele
que acredita que ele tem um potencial e que pode
sonhar com seu futuro.
Aníbal
Peça que o aluno feche seus olhos e visualize seu
futuro, pois é muito importante que ele crie uma
imagem mental de quem ou o que quer ser no futuro.
Diga-o para ir até o futuro e se visualizar alcançando
seus sonhos e pergunte-o sobre como está se
sentindo!
Lembre-se de registrar tudo que for falado: Peça ao
aluno que escreva, desenhe, fale, ou registre do seu
jeito algumas palavras que representem aquilo que ele
deseja ser amanhã.
É claro que para desenvolver essa ferramenta é
preciso considerar a maturidade intelectual do aluno
mais do que a sua idade, pois todos nós independente
da idade temos e somos capazes de sonhar.
 PLANO DE SONHOS
“Ou nós encontramos um caminho,ou abrimos um.”
E se, por acaso, você encontrar um aluno que ainda
não sonha com seu futuro, ou que tenha muita
linguagem ou pensamentos negativos a respeito de si
mesmo, esse é o momento ideal para ensinar alguém
a sonhar e planejar o seu próprio futuro. O que acha?
A ferramenta Plano de Sonhos não deve ser
trabalhada em um único momento. Separe pelo menos
02 encontros para construí-la, leve o aluno a fazer os
registros e depois traga sempre à sua memória para
que ele perceba seus objetivos de vida e de futuro.
E caso seus sonhos mudem ou aperfeiçoem não se
assuste, é sinal que essa criança está aprendendo a
pensar sobre seu próprio futuro.
Veja a seguir algumas perguntas que podem orientar a
Aníbal
elaboração deste momento. Mas lembre-se que é
importante fazer perguntas sobre o aluno e não sobre
sua família, colegas ou amigos.
Direcione o aluno a dar respostas voltadas para o que
depende dele para realizar e alcançar o seu futuro.
Vamos trabalhar como ações que estão ao alcance do
próprio aluno e não de terceiros.
A pergunta é a ferramenta mais poderosa, pois ela nos
leva à reflexão, à ação, cria um comprometimento e
proporciona um autoconhecimento.
Depois que o aluno estiver pronto para sonhar, que tal
convidá-lo a escrever uma Carta ao Futuro? Essa é
outra ferramenta poderosa.
Então vamos lá?!
 PLANO DE SONHOS
“Ou nós encontramos um caminho,ou abrimos um.”
Algumas perguntas poderosas são:
 Imagine-se agora, realizando, alcançando seus
sonhos. Como está se sentindo?
 Quando você fechou os seus olhos o que você viu?
 Gostou do que viu?
 O que você pode fazer agora para ser aquilo que
sonha?
 Você acredita que é capaz de realizar tudo que
sonhar?
 Depende de quem para que seu plano/sonho se
realize?
 O que impede você de realizar seus sonhos?
 Qual outro caminho pode traçar para realizá-lo?
Aníbal
 Quais qualidades você possui que podem te
ajudar a realizar seus sonhos?
 Quais habilidades você gostaria de melhorar?
 Qual seu maior desafio?
 O que dificulta o alcance da sua meta?
 Como você poderia remover esse desafio?
 Qual o primeiro passo para você começar hoje a
planejar seu futuro?
 Qual o seu plano para alcançar o que você
deseja?
 O que mais você poderia fazer?
 Como eu posso te apoiar nos seus planos?
 CARTA AO FUTURO
Essa é uma ferramenta fantástica para trabalhar
com o aluno logo nas primeiras semanas de aula.
Ela vai despertar a consciência dele para um
pensamento em sua própria vida o que ele pode se
tornar quando se propõe a sonhar.
E uma boa ideia para incentivar o aluno a fazer a
dele, é você fazer a sua carta também. Que tal?
Escrever uma carta para o seu eu do futuro é um
exercício divertido que nos faz refletir sobre a vida
atual e as metas para um futuro ideal.
Embora seja um exercício simples, ele deve ser
levado a sério para se obter bons resultados.
Pense em algumas ideias antes de sentar para
escrever a carta.
Agora escolha a data no futuro. Um ano é um
tempo relevante se vocês estiverem escrevendo a
carta no início do ano. Caso contrário, estabeleça
um tempo significativo para abertura na carta, para
ser possível observar a mudança.
Como todos nós gostamos de ouvir uma boa
história, para tornar essa atividade mais atrativa use
aquele tom de contação de história e leve o aluno a
pensar de fato no seu futuro. O que acha de
começar assim:
Hoje quero te propor uma viagem no tempo e que
tal visitar seu futuro? Vamos fazer isso em forma de
carta.
Agora deixe a sua imaginação e criatividade de
professor fluir.
 CARTA AO FUTURO
Sugiro algumas observações para você preparar
esse momento:
 A carta deve começar com um pequeno lembrete
de quem o aluno é atualmente.
 Peça-o para fazer uma saudação a ele mesmo,
já que ela vai ser lida para ele mesmo no futuro.
 Muitas vezes o estudante não consegue
perceber as coisa positivas que acontecem em sua
vida então será fundamental a sua condução neste
momento com perguntas e reflexões que o leve a
sonhar com o futuro.
 Cite as realizações recentes, como uma boa nota
na escola, ou interesses atuais, incluindo atividades
extracurriculares.
 Peça-o para pensar no que quer fazer no futuro,
como quer estar, o que espera ter aprendido, etc.
Isso o fará ver no futuro o quanto a sua vida mudou
desde quando escreveu a carta.
 Use a própria realidade do aluno para explorar o
seu futuro.
ENVIANDO AO FUTURO
Agora, fechem a carta em um envelope
seguro e abra ela somente no prazo
estabelecido.
Não leia antes do tempo estabelecido e
gere no aluno a expectativa de alcançar
tudo aquilo que ela planejou para seu
futuro.
MINHA CARTA, AO MEU FUTURO!
 CONSIDERANDO A SINGULARIDADE
ATIVANDO E DESPERTANDO O TDH - TALENTOS, DONS E HABILIDADES
A Teoria das Inteligências Múltiplas foi pensada pelo
psicólogo Howard Gardner à partir da observação
de que a inteligência acadêmica não é decisiva para
definir o potencial de desenvolvimento de uma
pessoa.
Segundo Gardner, possuímos graus variados de
cada uma das 08 inteligências e afirma que elas se
combinam e se organizam de formas diferentes em
cada um de nós.
Diferente dos testes de QI, que mensura e classifica
a inteligência numa escala, as Inteligências
Múltiplas são formas diferenciadas de identificar a
capacidade de aprendizado de cada pessoa.
Conhecer sobre as Inteligências Múltiplas nos dá
indícios suficientes para valorizarmos as
características individuais de cada pessoa, e
especialmente de uma criança.
Cada criança possui um nível diferente de
competência e cada uma das inteligências, de
acordo com cada experiência, pode ativar ou
desativar uma inteligência mais que a outra.
E é aí que entra o nosso fundamental papel como
educadores. Quando observamos nosso aluno e
identificamos a inteligência que ele tem mais aptidão,
podemos oferecer o estímulo correto para que ele
capte com mais facilidade aquilo que queremos
ensiná-lo.
Ofereça também oportunidades para o
desenvolvimento das outras inteligências, e lembre-
se que cada aluno interage com o mundo e aprende
com mais facilidade de algumas formas do que de
outras. Uma vez que você descobre, você tem a
chave para o seu desenvolvimento!
 CONSIDERANDO A SINGULARIDADE
ATIVANDO E DESPERTANDO O TDH - TALENTOS, DONS E HABILIDADES

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

VISUAL-ESPACIAL MUSICAL-RÍTMICA
Compreende o mundo visual com Interpretação, composição e
precisão. execução de padrões musicais.

VERBAL-LINGUISTICA
CORPORAL-CINESTÉSICA
Gosto especial por idiomas e
Maior capacidade de controlar e
comunicação oral, escrita, etc.
orquestrar movimentos do corpo.

LÓGICO-MATEMÁTICA
INTRAPESSOAL
Capacidade para raciocínio lógico
Controla e compreende o próprio
e resolução de problemas
interior.
matemáticos.

INTERPESSOAL NATURALISTA
Entende as intenções, motivações e Sensibilidade para compreender e organizar
desejos dos outros. fenômenos e padrões da natureza.
CONSIDERANDO A SINGULARIDADE
ATIVANDO E DESPERTANDO O TDH - TALENTOS, DONS E HABILIDADES

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
VISUAL-ESPACIAL
Habilidade de observar com precisão o mundo e os objetos à partir de diferentes perspectivas. Seu
desenvolvimento inclui imagens mentais e sentido de estética. É predominante em arquitetos, artistas, escultores,
fotógrafos, publicitários, jogadores de xadex, por exemplo.

CORPORAL-CINESTÉSICA
Traduz-se na maior capacidade de controlar e orquestrar movimentos do corpo e nas habilidades para manejar
ferramentas. É predominante em bailarinos, atores, esportistas, cirurgiões e artistas plásticos.

INTRAPESSOAL
Expressa-se na capacidade de conhecer a si mesmo, ir mais fundo em sua introspecção e entender as razões
pelas quais somos como somos. Essa inteligência está ligada à capacidade de neutralização dos vícios,
etendimento das crenças, limites, preocupações, autocontrole, entre outros comandos de vida.

INTERPESSOAL
Revela-se pela habilidade de entender as intenções, motivações e desejos das pessoas. Trata-se da capacidade
de sentir empatia com os demais. É uma inteligência muito valiosa para quem trabalha com grupos numerosos. É
predominante em professores, psicólogos, terapeutas, advogados e pedagogos.
CONSIDERANDO A SINGULARIDADE
ATIVANDO E DESPERTANDO O TDH - TALENTOS, DONS E HABILIDADES

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
MUSICAL-RÍTMICA
Habilidade para compor e executar padrões musicais relacionados a ritmo e timbre, mas também executando-os
e discernindo-os. É predominante em compositores, maestros, músicos, críticos de música, por exemplo. Ela
pode ser treinada e aperfeiçoada.

VERBAL-LINGUISTICA
É a capacidade de dominar a linguagem e comunicar com os demais, tanto de forma oral como escrita. O uso da
linguagem permite aproximarmos de nossos objetivos. Desenvolvê-la nos ajuda na capacidade de gerir
problemas e manter relações saudáveis com as pessoas.

LOGICO-MATEMÁTICA
Capacidade para o raciocínio lógico e dedutivo, cálculos e resolução de problemas. A rapidez para solucionar
esse tipo de problema é o indicador que determina quanto dessa inteligência se tem. Os testes de QI (Quociente
Intelectual) se fundamentam nesse tipo de inteligência.

NATURALISTA
Traduz-se na sensiblidade para detectar, diferenciar e categorizar os aspectos vinculados à natureza. É
característica de biólogos e geólogos, por exemplo.
LISTE OS TDHs DO SEU ALUNO!
TALENTOS, DONS E HABILIDADES
 SIM EU APRENDO!
Não trate o aluno como alguém à parte do seu próprio processo de escolarização. Torne-o participante, mesmo que
seja necessário o uso da Comunicação alternativa.
Ana Paula Patente

Recomendo que use essa ferramenta ao final de
cada fechamento de período e até mesmo ao final
de cada ano letivo. Ela pode ser apresentada tanto
ao aluno quanto ao familiar.
Seu objetivo é elevar a autoestima do aluno e
mostrar para o familiar o quanto o aluno é capaz de
se desenvolver quando conduzido no processo
educacional de maneira adequada. Isso vai levar
todos a se despertarem para o potencial e a
capacidade de desenvolver e aprender, apesar da
deficiência.
Sim Eu Aprendo vai permitir ao aluno criar um
estado mental de empoderamento, onde ele
passará a acreditar mais em si mesmo,
aumentando suas chances de sucesso escolar.
É importante lembrar que a comparação do
desempenho sempre é feita considerando o
estado inicial e seu estado final, em outras palavras,
como ele chegou e o que ele alcançou.
Não entregue o resultado alcançado pelo aluno
apenas através de uma nota ou conceito. Apresente
para o aluno e/ou familiar o desempenho exitoso
que foi alcançado e o quanto ele é capaz de
avançar.
Mostre o que a nota alcançada representa e qual foi
a estratégia e atividades desenvolvidas que o
levaram àquele resultado. Eles se surpreenderão
com o que vão ver.
 SIM EU APRENDO!
Não trate o aluno como alguém à parte do seu próprio processo de escolarização. Torne-o participante, mesmo que
seja necessário o uso da Comunicação alternativa.
Ana Paula Patente

A proposta dessa ferramenta não é negar a dificuldade nem o que ainda não foi aprendido, mas também
não vamos reforçar o não aprendizado em detrimento do que já foi aprendido.
Para isso, prepare esse momento com as sugestões e perguntas a seguir. Entenda que elas são apenas
algumas sugestões para conduzir esse momento. Você pode pensar em várias outras perguntas e
situações de acordo com sua realidade e a realidade do seu aluno.
O mais importante da ferramenta Sim Eu Aprendo é gerar uma linguagem positiva mostrando o quanto
cada um de nós pode se desenvolver quando nos envolvemos com o nosso próprio potencial de
aprendizado.
Sempre que perceber que a conversa está caminhando para o lado negativo, reforce os sucessos
alcançados, o aprendizado adquirido ao longo do processo. Quando você mostra o estado inicial e o lugar
alcançado é possível ver o progresso e a capacidade de ir mais além.
Não permita que o aluno perca a motivação e a expectativa de um futuro educacional bem sucedido.
 SIM EU APRENDO!

Liste algumas das mudanças e avanços mais

importantes que você notou no aluno desde que
inciou o trabalho pedagógico! 01
Mostre para o aluno ou familiar as mudanças
02 alcançadas ao longo do período. Foque sempre no
positivo, no potencial.
Faça uma lista do que ele sabia antes e o
que aprendeu para que seja possível
compreender o quanto já avançou. 03
Pergunte ao aluno ou familiar como ele se sente
04 sabendo que estas mudanças foram para melhor e
o fizeram crescer? (Não permita pessimismo ou
linguagem negativa)
Gere no aluno e familiares a expectativa de que é
possível avançar ainda mais no aprendizado,
independente da deficiência. 05
 SIM EU APRENDO!
O que você ainda vê como obstáculo para que
seja possível avançar mais? Use essas
informações como recursos para propor
novas atividades.
06
Consegue perceber que sem o seu esforço e
participação nada disso seria possível? Mostre
07 para o aluno que ele é peça fundamental nesse
processo.
Como você se sente em relação a estas
conquistas? Foque nas respostas que
elevem a autoestima do aluno. 08
Olhando para quando você chegou na escola,
consegue perceber o quanto você aprendeu?
09 Mostre que nunca ficamos no mesmo lugar
quando aprendemos algo novo.
 DEFININDO OBJETIVOS
“Quando a gente não sabe para aonde vai, qualquer caminho serve”.
Do clássico Alice no País da Maravilhas

A ferramenta Definindo Objetivos deve ser usada naquele momento em que você precisa avaliar
se está no caminho certo no desenvolvimento do trabalho pedagógico ou se está perdido sem saber
por onde começar.
Se você está se sentindo assim é sinal que este é o momento de aplicar essa ferramenta. Muitas
vezes você entra no piloto automático e precisa fazer uma pausa para analisar se continua seguindo
no que está fazendo ou se calcula uma nova rota de aprendizado para o aluno,para isso é
necessário Definir Objetivos.
Responda às questões e, mesmo que pareçam simples ou óbvias se empenhe em responder cada
uma delas. Quando colocamos no papel aquilo que precisamos executar, isso se torna poderoso e
vai te ajudar a definir objetivos específicos e focar nas atividades que precisa focar.
 Meu resultado desejado é....

O que eu quero especificamente que o aluno alcance?

OBJETIVOS
You can simply impress your audience and add a unique
DEFININDO

Quando eu quero que o aluno alcance esse resultado?

O que eu espero que ele saiba quando alcançar?

Como eu saberei se estou no caminho certo?

Como eu vou saber se o aluno está saindo fora do caminho planejado?

Quais recursos posso/devo utilizar com o aluno para ele alcançar o que foi proposto?

Como eu espero que o aluno esteja ao final desse processo?

Quem pode me apoiar e o que eu preciso que eles façam para que o aluno chegue lá?
 PLANEJAMENTO EM AÇÃO
“Quando a gente não sabe para aonde vai, qualquer caminho serve”.
Do clássico Alice no País da Maravilhas

O Planejamento em Ação é uma ferramenta Ela pode ser desenvolvida em todas as situações
fundamental quando se quer detalhar o em que demandar um planejamento. Será
desenvolvimento das atividades com o aluno. necessário apenas que responda às seguintes
perguntas:
Ao utilizá-la o professor será capaz de responder
rapidamente sobre cada objetivo proposto e para O que?
que este objetivo está sendo executado. Quem?
No começo pode parecer uma estratégia muito Quando?
técnica, mas à medida que vai sendo executada ela
vai se tornando prática e eficiente para o Onde?
desenvolvimento educacional do aluno. Porque?
Ela é extremamente útil para o professor que quer Para que?
trazer mais clareza para o desenvolvimento do seu
Como?
trabalho, pois à medida que vai sendo executada
vai também gerando uma consciência do que se Recursos necessários?
está planejando.
 PLANEJAMENTO EM AÇÃO
“Quando a gente não sabe para aonde vai, qualquer caminho serve”.
Do clássico Alice no País da Maravilhas

Observe o quadro com o modelo da ferramenta a ser aplicada. Nele você pode acompanhar as perguntas e as
explicações acerca de cada uma.

RECURSOS
O QUE? QUEM? QUANDO? ONDE? POR QUE? PARA QUE? COMO?
NECESSÁRIOS?
Descreva Defina um Estabeleça Defina Descreva o Descreva qual é Detalhe a Descreva quais os
todas as responsável uma data para onde as motivo pelo a finalidade de maneira recursos deverão
ações para (você mesmo ou início e atividades qual essa você propor como a ser mobilizados
alcançar a outra pessoa término da que serão atividade essa atividade atividade para que a atividade
atividade caso não seja atividade realiza será dessa forma. será seja cumprida.
proposta você o proposta das proposta executada
responsável
pela execução)
 PLANEJAMENTO EM AÇÃO
“Quando a gente não sabe para aonde vai, qualquer caminho serve”.
Do clássico Alice no País da Maravilhas

Agora observe um exemplo da ferramenta preenchida considerando uma possível adaptação curricular em uma
determinada situação de aprendizagem.

RECURSOS
O QUE? QUEM? QUANDO? ONDE? POR QUE? PARA QUE? COMO?
NECESSÁRIOS?
Frações Márcia – Mesma data Sala de Porque o aluno Para que o aluno Preencha junto Preencha junto
Profa. estabelecida aula precisa ouvir da tenha acesso ao com o professor com o professor
Matemática para trabalhar professora Márcia a conteúdo em do conteúdo. do conteúdo.
com a turma. explicação do igualdade aos
conteúdo. demais.
Compreender Ana Paula – Coloque o Sala de O aluno não pode Para garantir o Com material De acordo com a
o que são Profa. AEE mesmo prazo aula ser privado da acesso e facilitar concreto, práticas estratégia
frações que a prof. participação com os a compreensão ou utilizada,
(utilizar a Márcia demais, mas precisa do que são experimentações. descreva os
adaptação estabeleceu compreender o frações. Não cite apenas, recursos que
curricular X) para trabalhar objetivo do ensino de descreva qual vai você vai precisar.
com a turma. frações. ser a estratégia.
Informe a data.
 GERANDO AMBIENTES DE APRENDIZAGEM
É importante entender que de nada adianta elaborar
um planejamento educacional muito bem estruturado
se não gerarmos para o aluno um ambiente propício
de aprendizagem.
Precisamos oferecer ao estudante não apenas um
ambiente físico adequado e adaptado, mas também
gerar um clima agradável e favorável à
aprendizagem.
Ninguém consegue aprender num ambiente onde
não há planejamento e intenção de ensino.
A gestão da aprendizagem é uma das tarefas
fundamentais de um educador. Ele deve propor,
construir e criar as condições que mais favoreçam o
desenvolvimento de habilidades, conhecimentos,
condutas afim de que alcancem um resultado real,
significativo e que contribua para o sucesso
educacional do aluno.
A ferramenta Gerando Ambientes de
Aprendizagem propõe ao professor um olhar atento
para o ambiente que está sendo gerado durante o
momento de ensino.
Essas não são as únicas condições, mas são as que
elegi para chamar a sua atenção. Caso vá lembrando
de outras, sugiro que considere imediatamente, ok!
Então gere ambientes que:
 Desenvolvam competências e capacidades
 Promovam participação e democracia
 Sejam inclusivos
 Sejam estimulantes e lúdicos para o aprendizado
 GERANDO AMBIENTES DE APRENDIZAGEM
 Promovam participação e democracia
Permita que as crianças de se desenvolvam num
ambiente onde possam aprender mais pelo que
observam e vivenciam do que pelos discursos.
Independente da deficiência, sabemos que todos
possuem habilidades e potenciais, que quando
planejados de forma gradual e correspondente
com a complexidade da deficiência, tornando
assim todos participantes do
processo democrático de ensino.
 Sejam inclusivos
Considere que as situações de aprendizagem e necessidades
são diferentes em cada aluno. É necessário oferecer aos
alunos vivências que sejam interessantes, significativas,
relacionadas com sua zona de desenvolvimento proximal e
que torne todos pertencentes ao mesmo grupo.
 Desenvolvam competências e capacidades
Trata-se de desenvolver capacidades que habilitem o
aluno na resolução, não apenas de problemas
matemáticos, mas também relacionados à sua própria
vida, à interação nos diferentes contextos em que
vivencia.
 Sejam estimulantes e lúdicos
Crianças precisam ser estimuladas, entrar em contato
com o mundo, praticar e melhorar suas habilidades,
seu desenvolvimento motor, divertir-se, satisfazer a
curiosidade e explorar o mundo. É importante planejar
de forma consciente e intencional para que as
atividades lúdicas não se tornem um passatempo,
mas uma maneira atrativa e diferente de proporcionar
o aprendizado.
 GERANDO AMBIENTES DE APRENDIZAGEM
LISTE TUDO QUE PRECISA PARA GERAR O AMBIENTE NECESSÁRIO EM CADA ÁREA

Competências e capacidades Participação e Democracia Estimulantes e lúdicos Ambientes Inclusivos

____________________ ____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________ ____________________
Elaborar um Planejamento educacional muito bem
estruturado e que leve o aluno a alcançar o
sucesso escolar não é nada fácil. No entanto, é
fundamental para revelar o quanto sua atuação
profissional é relevante para o aluno.
Do contrário, o trabalho com o aluno terá
fracassado drasticamente, pois sem o PDI o
professor vai sempre atuar baseado em tentativa e
erro, ao invés do planejamento. Mas eu tenho
certeza de que você não quer de jeito nenhum ver
isso acontecendo e muito menos eu.
Por isso quero te apresentar a ferramenta
SMARTE, muito utilizada pelos coaches para
validar e clarificar os objetivos estabelecidos em um
planejamento.
Esta é uma ferramenta originalmente elaborada por
Peter Drucker como SMART e adaptada por
Rolando Jurado no programa Coaching 3.0, o qual
acrescentou o E de ecológico, passando a ser
chamada de SMARTE.
O Ecológico é fundamental para o trabalho de um
educador pois, dizer que um planejamento é
Ecológico é dizer que ele se preocupa com o
planeta e com o futuro das gerações.
Adaptando essa ferramenta para nossa realidade
educacional, podemos dizer que ela vai fazer com
que o Plano de Atendimento Educacional
Especializado elaborado pelo professor seja
executado de forma clara e eficiente. Além de
alcançar o objetivo de gerar aprendizado no aluno e
levá-lo a uma transformação.
A ferramenta SMARTE, quando utilizada da forma
com ela foi proposta, vai te auxiliar na elaboração
de planos de aula e atividades que realmente
tragam resultado para o desenvolvimento do aluno.
Vamos conhecê-la?
 Specific Measurable Achievable Relevant Time Ecologic
Específico Mensurável Atingível Relevante Tempo Ecológico
Acompanhe os exemplos e a explicação de cada Measurable traduzido como Mensurável tem
um dos itens: como função trazer uma indicação que demonstre
que a meta será cumprida. É necessário determinar
A ferramenta SMARTE é definida pelo acrônimo
o indicador que vai comprovar o cumprimento do
formado pelas iniciais das seguintes palavras em
objetivo traçado. Neste caso, pode-se usar a nota
inglês: Specific, Measurable, Achievable, Relevant
alcançada pelo aluno como um indicador
, Time e Ecologic.
mensurável.
Specific é traduzido por Específico e como o
Achievable que quer dizer Atingível ou
próprio nome já diz, a atividade proposta precisa
Alcançável. Aqui é importante propor atividades
ser estabelecida de uma forma específica. Dizer
que sejam desafiadoras, mas que sejam possíveis
que vai propor uma atividade que trabalha a
de alcançar. Nem aquém, nem além para não
coordenação motora é muito genérico, pois pode-
trazer uma desmotivação ao aluno. Aqui é
se trabalhar a coordenação motora fina ou grossa,
importante conhecer o nível de desenvolvimento
por exemplo. Então, para ser específico e propor a
que o aluno se encontra para propor atividades que
atividade correta para a necessidade do aluno,
ele possa ser bem sucedido.
informe qual tipo de coordenação motora vai ser
trabalhada.
 Relevant traduzido significa Relevante. Reflita Ecologic é traduzido por Ecológico. Não
se as atividades propostas são realmente relevantes vivemos isolados uns dos outros, mas somos seres
para o desenvolvimento educacional do aluno. Às interativos, nos relacionamos uns com os outros e
vezes propomos atividades que podem até ser também com o meio ambiente. Dizer que uma
interessantes, mas não são relevantes para produzir atividade é ecológica é considerar a necessidade
o resultado desejado ou alcançar o objetivo das interações recíprocas entre as pessoas. É
proposto. considerar também a necessidade de efetivar a
inclusão e tornar a sociedade mais humana, mais
O T de Time que dizer Tempo e significa dizer justa e preocupada com o futuro das gerações.
que toda atividade proposta precisa ter um tempo
determinado para ser cumprida. Ao estabelecer o
tempo para a atividade ser finalizada, o professor
pode avaliar se é necessário prosseguir com o
ensino ou retomar a atividade para efetivar o
aprendizado.
Quando não se estabelece um tempo a atividade é
trabalhada a “vida toda” e nada acontece com o
aprendizado.
 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Qualquer um pode zangar-se – isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora
certa, pelo motivo certo e da maneira certa – não é fácil.
Aristóteles, Ética a Nicômaco

Com fundamento nas cinco habilidades da
Inteligência Emocional apresentadas por Daniel
Goleman, esta ferramenta pretende nortear o
professor quando seu aluno precisar aprender a
lidar, de forma consciente, com suas emoções.
Esta é uma ferramenta propícia para utilizar com
aqueles alunos que vivem em meio a um seqüestro
emocional ou que não sabem lidar com o
desequilíbrio de suas emoções.
Em linhas gerais, o seqüestro emocional é quando
alguém deixa que suas emoções respondam mais
rapidamente às situações do que a razão. Um bom
indicativo de que ele aconteceu é que assim que ele
passa, a pessoa não entende o que deu nela para
reagir daquela forma.
Você já se viu assim? Explodindo ou saindo do sério
com alguém? Já viu um aluno reagindo assim com
um colega que zombou dele?
Se sua resposta foi sim, você já viveu ou presenciou
um seqüestro emocional. E uma das formas de
colocar as nossa emoções sob controle é saber a
importância de lidar com elas através da Inteligência
Emocional.
A Inteligência Emocional e o Quociente Intelectual
(QI) são igualmente importantes de serem
considerados no ambiente escolar.
Desenvolver Inteligência Emocional nos alunos
permite que eles se tornem hábeis para lidar com as
próprias emoções e possam estabelecer relações
humanas mais significativas.
 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
AUTO CONSCIÊNCIA
É a capacidade de reconhecer e
compreender seus estados de
espírito, emoções e impulsos, e
ainda compreender como se dá
o efeito desses estados sobre
outras pessoas; é a habilidade
de reconhecer um sentimento
quando ele ocorre.
AUTO CONTROLE AUTO MOTIVAÇÃO
É a capacidade de controlar e É a paixão por fazer alguma
redirecionar impulsos e atividade mesmo que esta não
estados de espírito que resulte no recebimento de
tragam desequilíbrio valores em dinheiro ou status.
emocional. É também uma É ainda uma propensão para
propensão a não fazer prosseguir com energia e
julgamentos precipitados, mas persistência seus objetivos
pensar antes de agir. pessoais e profissionais.
 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
EMPATIA
É a capacidade de compreender
a constituição emocional das
pessoas. Está muito relacionada
com a comunicação não verbal,
onde se é capaz de
compreender o que os gestos
do outro quer expressar.
HABILIDADES SOCIAIS
É a competência que permite
à pessoa administrar
adequadamente seus
relacionamentos e ser capaz
de iniciar e manter uma
interação social bem sucedida.
Relaciona-se adequadamente
nos diálogos em grupo.
 AUTODIAGNÓSTICO
TESTE SUA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Adaptado de Denize Dutra

Sou uma pessoa... 3) ...que consegue controlar as emoções de acordo

1) ...que persiste e não costuma desistir nas com as pessoas, situações e o momento...
primeiras dificuldades ou barreiras... ( ) Sempre
( ) Sempre ( ) Quase sempre
( ) Quase sempre ( ) Às vezes
( ) Às vezes ( ) Raramente
( ) Raramente ( ) Jamais
( ) Jamais
4) ...capaz de controlar as emoções e consegue
2) ...que procura se colocar no lugar do outro, manter a calma nos momentos difíceis...
compreendendo que os outros passam também ( ) Sempre
por momentos difíceis... ( ) Quase sempre
( ) Sempre ( ) Às vezes
( ) Quase sempre ( ) Raramente
( ) Às vezes ( ) Jamais
( ) Raramente
( ) Jamais
 AUTODIAGNÓSTICO
TESTE SUA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Adaptado de Denize Dutra

5) ... que sabe quem é, que conhece suas 7) ...que não gosta de fofocas e mal entendidos e
potencialidades e limitações que possui... sempre que tem alguma dificuldade procura
( ) Sempre conversar diretamente com a pessoa...
( ) Quase sempre ( ) Sempre
( ) Às vezes ( ) Quase sempre
( ) Raramente ( ) Às vezes
( ) Jamais ( ) Raramente
( ) Jamais
6) ...que consegue superar sentimentos de
frustração quando alguma coisa não dá certo, e 8) ...que não perde a paciência facilmente com as
que aprende com as experiências negativas... pessoas que gosta...
( ) Sempre ( ) Sempre
( ) Quase sempre ( ) Quase sempre
( ) Às vezes ( ) Às vezes
( ) Raramente ( ) Raramente
( ) Jamais ( ) Jamais
 AUTODIAGNÓSTICO
TESTE SUA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Adaptado de Denize Dutra

9)... que consegue expressar suas opiniões de AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

forma clara e percebe que é ouvida com
atenção... ÀS QUASE
JAMAIS RARAMENTE SEMPRE
( ) Sempre VEZES SEMPRE
( ) Quase sempre
1 2 3 4 5
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Jamais
41 a 50 pontos = Sua INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
é bastante alta. Você não deve ter dificuldades para
10) ... que se sente segura diante das outras
fazer amigos, e nem de relacionar-se com os outros
pessoas...
de forma bem harmoniosa e produtiva.
( ) Sempre
( ) Quase sempre
31 a 40 pontos = Sua INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
( ) Às vezes
é bastante desenvolvida, mas se você aprender a
( ) Raramente
observar atentamente as pessoas poderá desenvolvê-
( ) Jamais
la ainda mais.
 AUTODIAGNÓSTICO
TESTE SUA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
21 a 30 pontos = Sua INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
precisa "deslanchar". Converse um pouco mais
consigo mesmo, ouça o que os outros dizem com
sinceridade de você. Treine seus sentimentos de
empatia e aprenda a observar com mais respeito os
defeitos de outras pessoas.
11 a 29 pontos = Seu grau de empatia e
relacionamentos não é bom. Procure ouvir mais e falar
menos. Saiba gostar até mesmo de particularidades
que outras pessoas apresentam e que você critica.
10 pontos ou menos = Sua INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL é bastante baixa. Procure compartilhar
mais seus sentimentos e ideias.
Adaptado de Denize Dutra
Acredite que melhorar seus relacionamentos não é
difícil, mas exige trabalho persistente, e muita
disponibilidade para o outro. Procure aprender com
todas as experiências, mesmo que sejam negativas,
evitando repetir situações que promovam frustrações.
Analise com atenção e veja exatamente quais são
os pontos que você pode aprimorar!
Essa é uma ferramenta que pode ser usada para
avaliar a sua inteligência emocional a de seu aluno.
Identifique e veja quais são os pontos que merecem
mais atenção e que devem ser trabalhados com maior
foco.
 ELIMINANDO CRENÇAS LIMITANTES
Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele.
Se você identificar que seu aluno sempre
tem pensamentos negativos sobre si mesmo
essa é uma ferramenta ideal para trabalhar
com ele e vencer suas crenças limitantes.
Você já percebeu que muitas vezes a
criança e até nós mesmos temos uma voz
interna que nos diz que “não podemos”, “não
vamos conseguir”, “não sabemos”, “não
somos capazes”. Quase todos nós já
acreditamos alguma vez que não podíamos
fazer alguma coisa e mais tarde
descobrimos que podíamos.
Essa voz é chamada de crítico interno ou
crença limitante e às vezes ela se torna tão
intensa, que apenas força de vontade não é
suficiente para calá-la.
Provérbios 23:7a
É necessário identificá-la em sua mente e
saber de onde vem para silenciá-la.
As crenças limitantes são crenças que
temos ao nosso respeito e que, na
maioria das vezes, são frutos de
pensamentos distorcidos que temos de
nós mesmos. Elas limitam o nosso
desenvolvimento e nos impedem de
realizar aquilo que somos capazes de
fazer.
Muitos de nossos alunos tem um
potencial incrível, mas por causa das
crenças limitantes que são reforçadas
sobre eles dia após dia, se vêem
encurralados e sem esperança por não
saber que podem ter pensamentos
diferentes a respeito de si mesmo.
 ELIMINANDO CRENÇAS LIMITANTES
Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele.
Crianças que descobrem desde cedo que
tem potencial e habilidades que são só
delas e que isso pode causar uma
transformação no ambiente em que vivem,
tem também uma imagem interna que as
transformam em quem elas pensam que
são.
As crenças geralmente estão divididas em:
Crenças de Merecimento = TER
Crenças de Capacidade = FAZER
Crenças de Identidade = SER
Provérbios 23:7a
Peça que o aluno registre em forma de
frases os seus diálogos interno negativos
e que o sabotam.
Após escrever os sabotadores, solicite ao
aluno que reescreva essas crenças de
forma positiva. Peça-o que leia e repita
em voz alta as crenças positivas que ele
mesmo escreveu.
Isso fará que o aluno internalize essas
frases positivas e assuma aquilo que elas
dizem sobre ela. Isso é tão poderoso
quanto internalizar crenças negativas,
porém declarações positivas nos levam a
realizações, resultados positivos,
conquistas e qualidade de vida.
 ELIMINANDO CRENÇAS LIMITANTES

Eu não consigo aprender....

Escreva Eu não consigo fazer....

seus ___________________________________________________

sabotadores ___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________
 ELIMINANDO CRENÇAS LIMITANTES

Transforme Eu consigo aprender....

seus Eu consigo fazer....
sabotadores ___________________________________________________
em crenças ___________________________________________________
positivas ___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________
 ELIMINANDO CRENÇAS LIMITANTES
Escreva suas crenças positivas:

Crenças de Merecimento = TER Crenças de Capacidade = FAZER Crenças de Identidade = SER

EU MEREÇO.... / EU TENHO... EU SOU CAPAZ... / EU FAÇO.... EU SOU...

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 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim, mas apenas deste guia, pois este é o início de uma longa e grata jornada rumo a uma
educação especial de qualidade para todos alunos.
Acredito que neste momento você já consegue compreender porque o aluno com Necessidades
Educacionais Especiais precisa que nos preocupemos em elaborar um Planejamento Educacional bem
estruturado para ele.
Em poucas palavras, podemos dizer que quando não elaboramos o PDI nosso aluno não sai do lugar do
“não consegue”, “não aprende” ou “não vai alcançar”.
Quando o PDI é construído à partir das particularidade e nele consideramos o potencial, as habilidades,
as necessidades, as experiências e as limitações, podemos compreender o quanto é importante oferecer
aos nosso alunos adaptações e flexibilizações curriculares, recursos e materiais adaptados, suportes
tecnológicos e outros tantos recursos que são possíveis de serem ofertados.
Assim, estamos garantindo o acesso, a permanência, o percurso e a continuidade nos níveis mais
elevados de ensino.
Então agora é hora de mãos à obra. Vamos lá!?
Abraços,
Ana Paula Patente
Inclusão na Prática
Transformando Limitações em Potencialidades!
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