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O Pêndulo
Grupo:
Alexandra Boinas, n.45130
Nuno Carrilho, n.45133
Turma: PL-23
Aula de: 11 de Março de 2014
Docente: Rui J. Agostinho
1 de maio de 2014
Fis.Exp.I 2014
Resumo
No decorrer desta atividade laboratorial, estudou-se o movimento periódico de um
pêndulo simples, determinou-se a aceleração da gravidade e estudou-se o movimento de
um pêndulo físico. No decorrer da atividade laboratorial, o DataStudio foi usado como
recurso para a obtenção de dados, visto que foi comprovado no decorrer da atividade, que
o método automático é o método mais preciso para a obtenção dos valores de período. De
seguida foi estudada a dependência de T com o comprimento do pêndulo, tendo sido
calculada a aceleração da gravidade g com um erro quase desprezável, visto que ronda os
0,4%. Foi também calculado a aceleração da gravidade g de Lisboa, recorrendo a um
pêndulo gigante, cuja medição distanciou em 0,76% do valor generalista.
1. Objetivos do Trabalho
Os objetivos principais do trabalho são o estudo do movimento periódico de um pêndulo
simples, a determinação da aceleração da gravidade g e o estudo do movimento de um
pêndulo físico.
𝑔 𝑙
𝜔= √ (=) 𝑇 = 2𝜋 √
𝑙 𝑔
Pêndulo Físico
Ao suspender-se um objecto rígido num ponto fixo próprio, ele terá um movimento
análogo ao de um pêndulo simples. Quando imóvel, o peso do corpo é equilibrado
pela força de reacção ao ponto de suspensão, 𝑅⃗ . Quando o objecto é afastado da
𝑑𝑀𝑔 𝐼
𝜔= √ (=) 𝑇 = 2𝜋√
𝐼 𝑑𝑀𝑔
2. Procedimentos Experimentais
a) Medição do Período de um pêndulo simples: precisão do processo de medida
1.º Montou-se o pêndulo simples fornecido, utilizando um comprimento aproximado de
45 cm.
2.º Colocou-se o sistema em oscilação, largando o corpo de uma posição correspondente
a um pequeno desvio angular.
Al 1 50,2cm ± 0,05cm
Al 2 50,2cm ± 0,05cm
Al 1 2,10cm ± 0,005cm
Al 2 2,10cm ± 0,005cm
Al 3 2,10cm ± 0,005cm
3. Análise de Resultados
a) Medição do Período de um pêndulo simples: precisão do processo de medida
a1) Medição do periodo com o cronómetro manual
Usando os valores apresentados na Tabela 1, o melhor valor para a duração dos dez
períodos de oscilação, na forma t10 ± Δt10, corresponde a 13,63 s ± 0,12s.
̅̅̅̅
𝑡10 = 13,63 𝑠
𝛿 = 0,12 𝑠
De realçar que as principais fontes de incerteza e erro desta determinação prendem-se
com o ângulo de lançamento do pêndulo, do tempo de reação da pessoa ao carregar no
start e stop no cronómetro manual, na direcção de lançamento do pêndulo e de eventuais
resistências do ar.
Tendo em conta os resultados anteriores, foi calculado o valor do Período do pêndulo, na
forma T±ΔT:
∆𝑇 = 0,12𝑠
𝑻 ± ∆𝑻 = 𝟏, 𝟑𝟔 ± 𝟎, 𝟏𝟐 𝒔
1,357
1,3565
Período T (s)
1,356
1,3555
1,355
1,3545
1,354
0 10 20 30 40 50
tempo t (s)
Gráfico 1 - Período T em função do tempo t na medição com o sistema automático, fornecido da linha de tendência
1
n corresponde ao número de oscilações consideradas
0,3321
0,332
0,3319
0,3318
0,3317
0,3316
0,3315
0,3314
0 10 20 30 40 50
tempo (s)
Gráfico 2 - Velocidade v em função do tempo t na medição com o sistema automático, fornecido da linha de tendência
y = 0,0112x + 0,8629
2 R² = 0,9921
1,5
0,5
0
30 50 70 90 110 130
Comprimento L (cm)
Gráfico 3 - Período de oscilação T em função do comprimento L, T = f(l), juntamente com a linha de tendência
𝑙
Sabendo que a expressão do perídodo para pequenas amplitudes angulares: 𝑇 = 2𝜋√𝑔
pode ser linealizável, a expressão atrás referida traduz uma relação não linearizável
2𝜋
usando na variável das abcissas l o valor de √𝑙 diretamente: 𝑇 = 𝑔 √𝑙
√
Comprimento
L (cm) Período T √𝒍
45 1,35629 6,708203932
36 1,2007 6
54,5 1,4804 7,38241153
79,5 1,7930 11,40175425
88,5 1,8850 8,91627725
97,6 1,9790 9,407443861
61,6 1,5692 9,879271228
68,5 1,6534 7,848566748
111,5 2,1192 8,276472679
130 2,2856 10,55935604
Tabela 10 - Registo dos valores de T e das raízes quadradas dos valores de l
2 y = 0,2003x + 0,0026
R² = 0,9998
Período T (s)
1,5
0,5
0
0 2 4 6 8 10 12
Raíz quadrada do comprimento (cm)
Gráfico 4 - Período em função da raíz do comprimento, sendo a linha de tendência a primeira linearização
Sendo o gráfico uma regressão linear a reta é do tipo y=mx+b, onde m corresponde ao
2𝜋
significado de declive da reta dado pela expressão: m = e b a ordenada na origem, uma
√𝑔
vez que a equação não pressupõe qualquer desvio da origem no eixo das ordenadas, o b
é indicativo de erros sistemáticos afetos à realização experimental.
A equação da reta obtida é y= 0,2003x + 0,0026 onde m=2,0003. Sendo conhecido o valor
do declive da reta é possível calcular o valor da aceleração gravítica g!
2𝜋 2𝜋 2𝜋 2 2𝜋 2
𝑚= (=) √𝑔 = (=)𝑔 = ( ) (=)𝑔 = ( ) (=)𝑔 = 9,8400 ms2
√𝑔 𝑚 𝑚 0,2003
𝑑𝑔
∆𝑔 = | ∆𝑚|
𝑑𝑚
𝑑𝑔 8𝜋 𝑚2 + 4𝜋 2 2𝑚 8𝜋𝑚 + 8𝜋 2 8𝜋 (0,2) + 8𝜋 2
= = =
𝑑𝑚 𝑚4 𝑚3 (0,2)3
∆𝑚 = 0,000854
∆𝑔 = 0,0895
𝒈 ± ∆𝒈 = 𝟗, 𝟖𝟒 ± 𝟎, 𝟎𝟖𝟗𝟓 𝒎𝒔−𝟐
𝑙
𝑇 = 2𝜋√𝑔 é uma relação não linear, mas linearizável usando na variável das ordenadas
4𝜋 2
(T) os valores de T2 diretamente: 𝑇 2 = 𝑙
𝑔
5 y = 4,02x + 0,0033
Quadrado do Período (s)
R² = 0,9999
4
0
0 20 40 60 80 100 120 140
Comprimento
Gráfico 5 - Quadrado do Período em função do comprimento, sendo a linha de tendência a segunda linearização
Sendo o gráfico uma regressão linear, a linha de tendência é do tipo y=mx+b, onde m
4𝜋 2
assume o significado do declive da recta dado pela expressão: 𝑚 = e b a ordenada
𝑔
na origem uma vez que a equação não pressupõe qualquer desvio da origem no eixo das
ordenadas, o b é um indicativo de erros sistemáticos afetos à realização experimental.
A equação da reta obtida é portanto y = 0,0402x + 0,0033 onde m =0,0402. Sendo
conhecido o valor do declive da reta é possível calcular o valor da aceleração gravítica
4𝜋 2 4𝜋 2 4𝜋 2
𝑚= (=) 𝑔 = (=)𝑔 = (=)𝑔 = 9,820 ms2
𝑔 𝑚 4,02
𝑑𝑔
∆𝑔 = | ∆𝑚|
𝑑𝑚
𝑑𝑔 8𝜋𝑚 + 4𝜋 2 8𝜋
= 2
=
𝑑𝑚 𝑚 𝑚
∆𝑚 = 0,000146
∆𝑔 = 0,09133
𝒈 ± ∆𝒈 = 𝟗, 𝟖𝟐 ± 𝟎, 𝟎𝟗𝟏𝟑𝟑 𝒎𝒔−𝟐
O valor que representa maior precisão é o oriundo da primeira linearização, pois tem uma
incerteza mais pequena, o que nos aufere uma maior precisão sobre o valor a ser
calculado.
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑥= = 25,1 𝑐𝑚 ± 0,05 𝑐𝑚
2
𝐿𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎
𝑦= = 1,05 𝑐𝑚 ± 0,005 𝑐𝑚
2
𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (25,1 𝑐𝑚 , 1,05 𝑐𝑚)
Conhecendo o centro de gravidade da régua, calcularam-se as distâncias que
separam o orifício na régua da extremidade mais afastada (L1) e do seu centro de
gravidade (L2):
L1= 50,2 -1,2 = 49 cm
L2= 25,1 – 1,2 = 23,9 cm
Tomando o valor do período de oscilação do pêndulo físico como 1,1433s ± 0,0018 s, tal
como observável nas Tabelas 6 e 5, respetivamente, e recorrendo à expressão fornecida,
𝐼
𝑇 = 2𝜋 √𝑑𝑀𝑔, o Momento de Inércia I pode ser determinado da seguinte forma:
𝐼
𝑇 = 2𝜋 √ (=) 𝐼 = 𝑇 2 𝑑𝑀𝑔 (=)𝑰 = 𝟎, 𝟑𝟔𝟏𝟑𝟎𝟕 𝒌𝒈𝒎𝟐
𝑑𝑀𝑔
Fazendo uso das expressões abaixo mencionadas, foi novamente calculado o momento
de inércia I da régua:
𝐼 = 𝐼𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑝𝑒𝑛𝑑𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 + 𝑀𝑑 2
1 1
𝐼= 𝑀 (𝑎2 + 𝑏 2 )(=)𝐼 = 0,05619 ((0.0210)2 + (0,502)2 )(=)
12 12
𝑰 = 𝟎, 𝟏𝟏𝟖𝟐 𝒌 𝒌𝒈𝒎𝟐
Os valores dos momentos de inércias não coincidem, o que pode ter sido causado por
eventuais erros na medição ou por defeitos nos instrumentos de medida não detetadas
aquando do seu manuseamento.
Há que realçar que o pêndulo simples pode ser tomado como um caso particular do
𝑙
pêndulo físico com d=l e I = Ml2, recuperando-se 𝑇 = 2𝜋 √𝑔. No entanto, para tal, toda
a massa do pêndulo físico terá de se colocada no centro de gravidade do pêndulo físico,
tornando esse numa massa pontual, sendo assim, um pêndulo simples.
𝑙 2 2
𝑙 4𝜋 2 𝑙
𝑇 = 2𝜋√ (=)𝑇 = 4𝜋 (=)𝑔 =
𝑔 𝑔 𝑇2
4𝜋 2 𝑙
𝑔= = 9,7250 𝑚𝑠 −2
𝑇2
∆𝑔 = 0,0017 𝑚𝑠 −2
O valor da aceleração da gravidade g obtido não coicide com o valor cedido nem com o
valor alcançado pela totalidade das turmas (9,8031 ± 0,0017 ms2). No entanto, o erro
relativo corresponde a 0,76%, sendo essa dispersão ser justificada por eventuais erros
experimentais ocorridos aquando da experiência laboratorial.
Referências
Alexandra Boinas, Nuno Carrilho, Dados da Experiência do Pêndulo