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O Protocolo Profibus
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ECA408 – REDES INDUSTRIAIS DE COMUNICAÇÃO
PROFIBUS FMS
FMS foi projetado para a comunicação no nível de células. Neste nível, controladores
programáveis (CLP’s ou PC’s) comunicam-se uns com outros. Nesta área de aplicação,
mais importante que um sistema com tempos de reação rápida é um sistema com uma
diversidade grande de funções disponíveis.
Pelo fato de ter como função primária a comunicação mestre-mestre (peer-to-peer), vem
sendo substituída por aplicações em Ethernet.
PROFIBUS DP
O PROFIBUS-DP foi projetado para comunicação de dados em alta velocidade no nível
de dispositivo. Os controladores centrais (por exemplo: PLCs/PCs) comunicam com
seus dispositivos de campo distribuídos: (I/O’s), acionamentos (drivers), válvulas, etc.,
via um link serial de alta velocidade.
A maior parte desta comunicação de dados com os dispositivos distribuídos é feita de
uma maneira cíclica. As funções necessárias para estas comunicações são especificadas
pelas funções básicas do PROFIBUS DP, conforme EN 50170. Além da execução
destas funções cíclicas, funções de comunicação não cíclicas estão disponíveis
especialmente para dispositivos de campo inteligentes, permitindo assim configuração,
diagnóstico e manipulação de alarmes.
Essa variante está disponível em três versões: DP-V0 (1993), DP-V1 (1997) e DP-V2
(2002). A origem de cada versão aconteceu de acordo com o avanço tecnológico e a
demanda das aplicações exigidas ao longo do tempo.
Versões do Profibus.
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PROFIBUS PA
O PROFIBUS PA é a solução PROFIBUS que atende os requisitos da automação de
processos, onde se tem a conexão de sistemas de automação e sistemas de controle de
processo com equipamentos de campo, tais como: transmissores de pressão,
temperatura, conversores, posicionadores, etc. Existem vantagens potenciais da
utilização dessa tecnologia, onde resumidamente destacam-se as vantagens funcionais
(transmissão de informações confiáveis, tratamento de status das variáveis, sistema de
segurança em caso de falha, equipamentos com capacidades de autodiagnose,
rangeabilidade dos equipamentos, alta resolução nas medições, integração com controle
discreto em alta velocidade, aplicações em qualquer segmento, etc.). Além dos
benefícios econômicos pertinentes às instalações (redução de até 40% em alguns casos
em relação aos sistemas convencionais), custos de manutenção (redução de até 25% em
alguns casos em relação aos sistemas convencionais), menor tempo de startup,
oferecem um aumento significativo em funcionalidade e segurança.
O PROFIBUS PA foi desenvolvido em cooperação com os usuários da Indústria de
Controle e Processo, satisfazendo as exigências especiais dessa área de aplicação:
_ O perfil original da aplicação para a automação do processo e interoperabilidade dos
equipamentos de campo dos diferentes fabricantes.
_ Adição e remoção de estações nos barramentos mesmo em áreas intrinsecamente
seguras sem influência para outras estações.
_ Uma comunicação transparente através dos acopladores do segmento entre o
barramento de automação do processo PROFIBUS PA e do barramento de automação
industrial PROFIBUS DP.
_ Alimentação e transmissão de dados sobre o mesmo par de fios baseado na tecnologia
IEC 61158-2.
_Uso em áreas potencialmente explosivas com blindagem explosiva tipo
“intrinsecamente segura”.
A descrição das funções e o comportamento dos dispositivos estão baseados no
reconhecido modelo de Blocos Funcionais (Function Block Model). As definições e
opções do perfil de aplicação PA, tornam o PROFIBUS um conveniente substituto para
transmissão analógica com 4 a 20 mA ou HART.
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Arquitetura do Protocolo
O PROFIBUS é baseado em padrões reconhecidos internacionalmente, sendo sua
arquitetura de protocolo orientada ao modelo de referência OSI (Open System
Interconnection) conforme o padrão internacional ISSO 7498. Neste modelo, a camada
1 (nível físico) define as características físicas de transmissão, a camada 2 (nível de
enlace) define o protocolo de acesso ao meio e a camada 7 (nível de aplicação) define as
funções de aplicação.
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TRANSMISSÃO RS 485
A transmissão RS 485 é a tecnologia de transmissão mais utilizada no PROFIBUS,
embora a fibra ótica possa ser usada em casos de longas distâncias (maior do que
80Km).
Normalmente se aplica em áreas envolvendo alta taxa de transmissão, instalação
simples a um custo baixo. A estrutura do barramento permite a adição e remoção de
estações sem influências em outras estações com expansões posteriores sem nenhum
efeito em estações que já estão em operação.
Quando o sistema é configurado, apenas uma única taxa de transmissão é selecionada
para todos os dispositivos no barramento.
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O comprimento máximo do cabeamento depende da velocidade de transmissão,
conforme a Tabela abaixo.
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TECNOLOGIA DE TRANSMISSÃO NO PROFIBUS PA - IEC 61158-2
Para se operar uma rede PROFIBUS em área classificada é necessário que todos os
componentes utilizados na área classificada sejam aprovados e certificados de acordo
com o modelo FISCO e IEC 61158-2 por organismos certificadores autorizados tais
como PTB, BVS (Alemanha), CEPEL, UL, FM (EUA). Se todos os componentes
utilizados forem certificados e se as regras para seleção da fonte de alimentação,
comprimento de cabo e terminadores forem observados, então nenhum tipo de
aprovação adicional do sistema será requerido para o comissionamento da rede
PROFIBUS.
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TRANSMISSÃO POR FIBRA ÓTICA
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estações escravas. A mensagem de “token” (um frame especial para a passagem de
direito de acesso de um mestre para outro) deve circular, sendo uma vez para cada
mestre dentro de um tempo máximo de rotação definido (que é configurável). No
PROFIBUS o procedimento de passagem do “token” é usado somente para
comunicações entre os mestres.
Comunicação Multi-mestre.
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PROFIBUS: TELEGRAMA
O FDL é que define os telegramas, sendo que se pode ter:
_ Telegramas sem campos de dados (6 bytes de controle).
_ Telegramas com um campo de dado de comprimento fixo (8 bytes de dados e 6 bytes
de controle).
_ Telegramas com campo de dados variável (de 0 a 244 bytes de dados e de 9 a 11 de
controle).
_ Reconhecimento rápido (1 byte).
_ Telegrama de token para acesso ao barramento (3 bytes).
A integridade e a segurança das informações são mantidas em todas as transações, pois
se incluem a paridade e a checagem do frame.
A figura 10.8 ilustra o princípio de transferência dos dados de usuários. Somente
lembrando que, no lado DP, os dados são transmitidos de modo assíncrono sob a 485 e,
no lado PA, de forma bit-síncrona, no H1.
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Para trocar dados com um escravo é absolutamente essencial que o mestre observe a
seguinte seqüência durante o startup:
_ O endereço da estação.
_ Pedido de diagnóstico.
_ Parametrização do escravo.
_ Checagem em pedido de diagnose antes de se estabelecer a troca de dados cíclica,
como confirmação de que a parametrização inicial está OK.
_ Troca de dados cíclicos.
_ Controle global.
TIPOS DE DISPOSITIVOS
ESCRAVO
Um escravo DP é um dispositivo periférico, tais como: dispositivos de I/O, atuadores,
IHM, válvulas, transdutores, etc. Há também dispositivos que têm somente entrada,
somente saída ou uma combinação de entradas e saídas. Aqui, ainda podem-se citar os
escravos PA, uma vez que são vistos pelo sistema com se fossem escravos DP.
A transmissão de dados entre o DPM1 e os escravos é executada automaticamente pelo
DPM1 e é dividida em três fases: parametrização, configuração e transferência de
dados.
Segurança e confiabilidade são indispensáveis para que se possam adicionar ao
PROFIBUS-DP as funções de proteção contra erros de parametrização ou falha do
equipamento de transmissão. Para isso, o mecanismo de monitoração é implementado
tanto no mestre DP, quanto nos escravos, em forma de monitoração de tempo
especificada durante a configuração. O Mestre DPM1 monitora a transmissão de dados
dos escravos com o Data_Control_Timer. Um contador de tempo é utilizado para cada
dispositivo. O timer expira quando uma transmissão de dados correta não ocorre dentro
do intervalo de monitoração e o usuário é informado quando isso acontece. Se a reação
automática a erro (Auto_Clear = true) estiver habilitada, o mestre DPM1 termina o
estado de OPERAÇÃO, protegendo as saídas de todos os seus escravos e passando seu
estado para “CLEAR”. O escravo usa o “watchdog timer” para detectar falhas no mestre
ou na linha de transmissão. Se nenhuma comunicação de dados com o mestre ocorrer
dentro do intervalo de tempo do “watchdog timer”, o escravo automaticamente levará
suas saídas para o estado de segurança (fail safe state).
As funções DP estendidas possibilitam funções acíclicas de leitura e escrita e
reconhecimento de interrupção que podem ser executadas paralelamente e independente
da transmissão cíclica de dados. Isso permite que o usuário faça acessos acíclicos dos
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parâmetros (via mestre classe 2) e que valores de medida de um escravo possam ser
acessados por estações de supervisão e de diagnóstico.
Atualmente essas funções estendidas são amplamente usadas em operação online dos
equipamentos de campo PA pelas estações de engenharia. Essa transmissão tem uma
prioridade mais baixa do que a transferência cíclica de dados (que exige alta velocidade
e alta prioridade para o controle).
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. Permitem que sejam acoplados até 5 couplers, mas limitam o número de equipamentos
em 30 em um barramento “Non-Ex” e 10 em barramento “Ex”. Com isso, aumentam a
capacidade de endereçamento da rede DP.
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Note que pela figura a capacidade de endereçamento é aumentada com a presença dos
links, uma vez que são escravos para o DP e mestres do PA.
TOPOLOGIA
Em termos de topologia, podem-se ter as seguintes distribuições: estrela, barramento e
ponto a ponto:
Topologia Estrela.
Topologia Barramento.
Topologia Ponto-a-Ponto.
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Configuração
Arquivo de Configuração: GSD – General Slave Data
Profibus definiu uma folha de dados eletrônica denominada GSD que são
proporcionados pelo fabricante do dispositivo Profibus. O GSD se divide em três partes:
especificações gerais, informações relacionadas ao mestre (para dispositivos mestres),
informações relacionadas ao escravo.
As especificações gerais definem informações do fabricante, velocidade de
comunicação, pinagem de conectores, etc.
As especificações do mestre definem o número máximo de escravos permitidos e
opções de upload e download.
As especificações do escravo definem os parâmetros do escravo: número e tipo de
canais de I/O, especificação de textos de diagnósticos, etc.
Um editor de GSDs está disponível no sítio oficial da rede Profibus. GSDs são visíveis
até o nível de controle e são usados pelas ferramentas de configuração para visualizar os
dados do instrumento.
Blocos Objetos
A padronização do Profibus-PA determina um conjunto de parâmetros universais que
devem ser implementados. Isso assegura a compatibilidade de configuração entre dois
tipos idênticos de dispositivos, construídos por diferentes fabricantes (Transmissores de
temperatura e pressão, por exemplo).
Existem parâmetros ditos obrigatórios, que sempre devem estar presentes.
Outros, ditos opcionais, dependem da implementação de cada fabricante e do tipo de
equipamento, por exemplo, alguns tipos de medidores mássicos.
No caso dos dispositivos Profibus-PA que estão em conformidade com o padrão, esses
parâmetros são organizados em blocos objetos. Dentro desses blocos, os parâmetros
individuais recebem índices relativos para poderem ser acessados com eficiência e
repetibilidade.
A figura a seguir esquematiza o modelo de blocos para um sensor. Ele é composto de
quatro tipos de blocos distintos, a saber: bloco de gerenciamento de dispositivo (Device
Management), bloco físico (physical block), bloco transdutor (transducer block) e bloco
de função (function block).
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mesmo dispositivo. Blocos transdutores como os de pressão, nível, vazão, temperatura,
corrente e de análise, entradas e saídas discretas para switches além de blocos
transdutores eletropneumáticos estão disponíveis.
Blocos funcionais
Devido à demanda dos aplicativos de automação para que os valores cíclicos se
comportem sempre da mesma maneira, os blocos são concebidos para serem os mais
independentes quanto possíveis dos sensores e atuadores e do barramento de campo.
Abaixo, são apresentados os cinco blocos atualmente padronizados:
1. Entrada Analógica: Alimentado por um bloco transdutor de um sensor permite que
sejam feitas simulações, caracterizações e escalonamento dos valores de saída. Esse
valor de saída é requisitado ciclicamente pelo mestre classe 1 e aciclicamente pelo
mestre classe 2.
2. Totalizador: usado quando se deseja somar periodicamente os valores da variável de
processo. Um exemplo clássico são os medidores de vazão. Semelhante ao bloco
anterior, o valor de saída é requisitado ciclicamente pelo mestre classe 1 e aciclicamente
pelo mestre classe 2.
3. Entrada Discreta: Alimentado pelo bloco transdutor de uma chave de limite,
permitindo a inversão do sinal. O valor de saída é requisitado ciclicamente pelo mestre
classe 1 e aciclicamente pelo mestre classe 2.
4. Saída Discreta: Ele recebe o sinal do bloco transdutor de um atuador “on-off”. O
valor de entrada é fornecido pelo mestre classe 1.
5. Saída Analógica: Ele recebe o sinal do bloco transdutor de um atuador contínuo (ou
“analógico”). O valor de entrada é fornecido pelo mestre classe 1.
Exercícios
1) Marque Verdadeiro ou Falso:
( ) A arquitetura e a filosofia do protocolo PROFIBUS asseguram a cada estação
envolvida nas trocas de dados cíclico um tempo suficiente para a execução de sua tarefa
de comunicação dentro de um intervalo de tempo definido.
( ) O PROFIBUS PA permite a manutenção e a conexão/desconexão de equipamentos
até mesmo durante a operação sem interferir em outras estações em áreas
potencialmente explosivas.
( ) A distribuição do controle depende sempre de um mestre externo. O mestre deve ler
as PVs dos transmissores, executar os algoritmos de controle e definir os valores de
saída.
( ) A rede Profibus-DP admite apenas um único mestre na rede.
( ) O PROFIBUS DP oferece funções para serviços de acesso acíclico, como
configuração,monitoração, diagnósticos e gerenciamento de alarmes de equipamentos
de campo.
( ) Linkers são dispositivos inteligentes enquanto couplers apenas acoplam sinais
RS485 com IEC 61158-2.
( ) O perfil PROFIBUS-DP foi desenvolvido para atender comunicação cíclica de
forma rápida entre os dispositivos distribuídos.
( ) Mestre classe 1 é um controlador principal que troca informações ciclicamente com
os escravos. Os controladores lógicos programáveis (CLPs) são exemplos desses
dispositivos mestres.
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2) Caracterize o sistema Profibus com o auxílio da figura abaixo.
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