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Neste ponto, vê-se que o Brasil vai mal1. Verifica-se que a insegurança é
crônica, consubstanciando violação inaceitável a direitos fundamentais provocada pela falta de
políticas públicas em torno da temática da segurança pública concatenadas de forma sistemática
e com vistas ao monitoramento gerencial de eficácia e efetividade. Tais constatações
demonstram que se faz necessária uma intervenção fiscalizatória e propositiva, resolutiva e
proativa do Ministério Público.
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“Pesquisa do IPEA documentou que 78,6% da população brasileira possui muito medo de
ser assassinada, 11,8% possuem pouco medo e apenas 9,6% não possuem medo. Segundo o UNODC, das 30
cidades mais violentas do mundo, 11 são brasileiras. Segundo o índice de percepção da corrupção, o Brasil está na
79ª posição no ranking internacional da corrupção, perdendo para diversos vizinhos sul-americanos. Em 2014,
houve 42.291 homicídios praticados por armas de fogo, um aumento de 592% desde 1980. Todas as capitais
brasileiras (à exceção de Boa Vista) possuem taxas proporcionais de homicídios superiores ao considerado como
‘tolerável’ pela Organização Mundial da Saúde. Trata-se de uma violência que vem atingindo sistematicamente o
mesmo perfil populacional: homens, jovens, negros, pobres e de baixa escolaridade. Paradoxalmente, 67% dos
presos são negros, indicando que o mesmo perfil populacional que agride (ou que é selecionado pelo sistema penal
pela agressão) é igualmente vitimado. O Brasil possui a 3ª maior população carcerária do mundo, indicando que a
penologia neoliberal não tem dados respostas suficientes ao problema da segurança pública”.(ÁVILA, 2017)
transversal das políticas de segurança pública.
Análise crítica: