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Depois da água, o vapor é o fluido mais utilizado nos processos industriais e na área
de conforto térmico. Sua utilização se dá em diferentes condições e para os mais
variados fins, tais como:
• fonte de calor;
•limpeza de equipamentos.
A principal função de uma caldeira é receber água líquida e nergia gerando vapor. Isto
é conseguido pelo aquecimento de uma certa quantidade de água no interior da
mesma. O vapor pode ser gerado tanto eletricamente como pela queima de
combustível em sua fornalha.
A produção de vapor por uma caldeira é, pois, uma operação necessária em quase
todos os processos industriais, além de estar também em muitos estabelecimentos
comerciais e hospitalares.
2 -Tipos de Caldeiras:
Basicamente são dois tipos de caldeiras, quais sejam, caldeiras elétricas e caldeiras a
combustão.
Caldeiras elétricas são equipamentos mais simples e, em média, mais baratos do que as
caldeiras a combustão de mesma capacidade e pressão de geração. Elas não requerem
muito espaço para a sua instalação, e, muitas vezes, dispensa pessoal exclusivo para o
seu acompanhamento operacional. Sua eficiência não varia significativamente com a
carga. A temperatura faz com que a sua taxa de deterioração e a necessidade de
manutenção sejam reduzidas, uma vez que não há grande quantidade de refratários ou
internos para serem trocados. Elas não geram vapor superaquecido, apenas vapor
saturado e água quente. Também não poluem a atmosfera e tem baixo nível de ruído.
O modelo mais comum é constituído de um corpo cilíndrico com dois espelhos fixos, nos
quais os tubos contidos no seu interior são mandrilados ou soldados. Estes tubos
internos são um tubo central de fogo, normalmente de diâmetro maior que os demais,
que se dispõem em duas ou mais passagens, por onde fluem os gases. A água, entrando
no corpo cilíndrico e envolvendo os tubos, é aquecida pelo fogo e pelos gases que
circulam no interior dos tubos, até a sua vaporização. Este vaso externo é o
determinante da pressão de operação e, quanto maior a espessura da sua chapa,
maiores a pressão do vapor e seu custo. A sua capacidade máxima de geração de pressão
é restrita a 30t/h e 20 Kgf/cm², respectivamente. Já a sua manutenção, como dito
anteriormente, é mais fácil, uma vez que consiste basicamente da troca de tubos, como
num permutador de calor.
Estas caldeiras são constituídas por um tubulão superior chamado tubulão de vapor e
um ou mais tubulões inferiores denominados tubulões de lama. Interligando os
tubulões, têm-se tubulações dispostas na forma de feixes tubulares e paredes de água.
Entre os tubos do feixe tubular, ou entre este e as paredes de água se encontra a
fornalha, onde é queimado o combustível escolhido.
Os gases em combustão com temperaturas abaixo de 800°C são conduzidos por chicanas
para a parte anterior da fornalha, onde o calor é transferido por convecção para as
superfícies de aquecimento secundário.
2.2.1 – FUNCIONAMENTO:
Nas caldeiras trabalhando com pressões superiores a 140 Kgf/cm², o diferencial de peso
especifico estabelecido é baixo, produzindo uma velocidade de fluxo imprópria para a
operação. Nestes casos, utilizam-se bombas para recirculação forçada da água.
• Remoção das gotas de água nele contidas; que em alta velocidade, podem
produzir pites e erodir as pás das turbinas.
3 – COMPONENTES:
• Piso da fornalha
• Queimadores
• Tubos
• Chaparia externa
• Coletor superior
• Ciclones
• Eliminadores de gotículas
• Tubulão superior
• Isolamento de tubulão
• Superaquecedor
• Septo
• Soprador de fuligem
• Porta de visita
3.1 – TUBULÕES:
Eles estão divididos em dois grupos, quais sejam, tubulão superior ou de vapor e
tubulão inferior ou de lama. O tubulao superior é um vaso de pressão cilíndrico cuja
finalidade é separar, acumular o vapor d’água gerado e receber a água de alimentação
da caldeira. Convém ressaltar que podem existir caldeiras com mais de um tubulão
superior. Com a finalidade de melhorar a qualidade do vapor gerado. Esses tubulões
são dotados de dispositivos especialmente projetados para reduzir a presença de
umidade do vapor, conhecida como internos do tubulão, que são confeccionados em
aço carbono, atuando sobre o fluxo água-vapor das seguintes formas:
• Força da gravidade;
• Força inercial;
• Força centrifuga;
• Filtração;
• Lavagem.
Os internos, cujo funcionamento se baseia nas três primeiras formas, são chamados de
dispositivos primários de separação de vapor, sendo próprios para uso em pressões de
gerações medias e baixas. Neste caso, enquadram-se os ciclones, as chicanas e os
labirintos.
A função do tubulão inferior é acumular a água liquida e coletar depósitos para que,
posteriormente, possam ser drenados. Com raras exceções, eles não possuem
acessórios internos. Convém lembrar que podem existir caldeiras onde o tubulão
inferior não está presente.
De uma forma geral, as bocas de visita dos tubulões têm fechamento de dentro pra
fora e sede elíptica. Isto para permitir a introdução da tampa no tubulão. É
freqüentemente também que, para compensar o aumento de tensão provocado pela
furação dos tubos, a espessura da chapa do tubulão superior na região de
mandrilagem desses tubos seja maior.
A estes tubulões são fixados os tubos por onde escoam a água e o vapor gerado. Esta
fixação é feita através de mandrilagem, que consiste na expansão do diâmetro de um
tubo através da ação mecânica de roletes calcados sobre a superfície interna dos
tubos. A expansão do diâmetro do tubo provoca a sua fixação no tubulão por
interferência. Alguns projetos exigem que a extremidade do tubo seja alargada. Neste
caso, utiliza-se uma mandriladora com dois conjuntos de roletes.
Quanto maior o número de roletes, melhor e mais uniforme é a dilatação do tubo.
Uma quantidade insuficiente de roletes pode provocar escamação, trincas,
encruamento, tensionamento excessivo ou irregular e vazamentos.
A mandrilagem de um tubo deve ser controlada para evitar falhas por expansão
excessiva. Quando da troca de um tubo, devem ser verificados os diâmetros do tubo
novo (interno ou externo) e do furo do tubulão, uma vez que, após ter sofrido
excessivas mandrilagens, o tubulão pode apresentar um alargamento de seus furos e
tal monta que prejudique a fixação do tubo novo.
Após um tubo ter sido removido, o técnico de inspeção deve verificar se não
ocorreram avarias no tubulão e nos ressaltos do furo (grooves). Eventuais avarias
podem ser reparadas utilizando-se um procedimento, qualificado pelo fabricante ou
elaborado por profissional habilitado.
3.2 – TUBOS
Os tubos de uma caldeira são os elementos de maior volume. Para se ter uma idéia,
em uma caldeira cuja produção de vapor seja de 100 t/h, podemos encontrar mais de
1.800 tubos, cada um deles com mais de 10 metros de comprimento. Esse conjunto de
tubos, que neste tipo de caldeira possui o diâmetro variando entre 50 a 75 mm, vai
formar o que chamamos de fornalha da caldeira.
Os tubos das caldeiras são constituídos em aço carbono, sendo a especificação mais
comum a ASTM – 178, que é a especificação para tubos de aço com costura. Para esta
solda de costura dos tubos só se admite o processo por resistência elétrica.
A fixação do tubos de uma parede ou painel aos coletores pode ser por solda ou por
mandrilagem. No caso de fixação por mandrilagem, é necessária a existência de uma
abertura na parede oposta do coletor para possibilitar a instalação de mandriladora.
Esta abertura chama-se “portaló” que possui sede elíptica, tal qual o tubulão.
3.4 – SUPERAQUECEDORES:
Devido aos coeficientes de troca térmica, a temperatura da parede metálica dos tubos
das paredes d’água que circula no interior dos tubos. Na verdade, não importa quão
alta está a temperatura da chama ou dos gases externos aos tubos; enquanto houver
água no interior do tubo, a temperatura da parede metálica será próxima à da água.
No caso dos superaquecedores, não existe água na fase liquida dentro dos tubos sendo
a temperatura da parede metálica bem superior a temperatura do vapor. Desta forma,
a medida que houve necessidade de se aumentar à temperatura do vapor, começou a
aparecer os projetos de superaquecedores onde era preciso aumentar o limite de
resistência à fluência dos tubos. Com isso, começaram a ser utilizados tubos em aços-
liga, carbono-molibdênio.
3.5 – CHICANAS E DEFLETORES:
São elementos cuja finalidade é direcionar a passagem dos gases quentes; de forma a
termos um melhor aproveitamento desses gases. Eles são normalmente construídos
em alvenaria (tijolos refratários) ou em chapas de aço carbono.
São válvulas que evitam que a pressão da caldeira ultrapasse a pressão máxima de
projeto. Caldeiras de pequeno porte possuem válvulas que podem ser acionadas
manualmente. Caldeiras maiores possuem válvulas acionadas pelo painel de controle.
A maioria das válvulas não permite acionamento pelo operador e abre
automaticamente quando a pressão de operação da caldeira ultrapassa a pressão para
qual a válvula está regulada.
De uma forma geral, caldeiras de grandes capacidades (da ordem de 200 t/h),
possuem mais de uma válvula de segurança e alívio. Uma disposição típica é aquela
onde se tem uma PSV no superaquecedor e duas outras no tubulão. Neste caso, uma
vez que cada válvula abre a uma pressão ligeiramente superior à da válvula anterior, a
primeira válvula a abrir é a do superaquecedor, o que faz com que o fluxo de vapor nas
serpentinas seja garantido. Se a pressão da caldeira continuar subindo, uma das
válvulas do tubulão se abrirá. Se necessário, as três ficarão abertas. Se a primeira
válvula a abrir for a do tubulão, poderia ocorrer superaquecimento dos tubos do
superaquecedor.
Em caldeiras mais antigas, o sistema usado era o chamado de parede fria com
refratamento interno com tijolos.
Nos projetos mais modernos, o refratamento interno com tijolos é substituído por um
isolante térmico (lã de rocha ou concreto refratário) e os tubos por painéis de parede
d’água. Estes painéis são mais leves e usam uma pequena quantidade de material
refratário, o que faz com que a temperatura de operação da caldeira seja atingida mais
rapidamente.
3.8 – CHAMINÉS:
São dutos verticais destinados a garantir a circulação dos gases de combustão das
caldeiras para a atmosfera.
3.9 – REFRATÁRIOS:
São materiais cerâmicos, usados sob a forma de tijolos ou concreto monolítico, cuja
finalidade é proteger as partes pressurizadas das caldeiras da incidência de chama,
bem como, para evitar perdas de energia para o exterior da caldeira.
Existem duas grandes classes de refratários, quais sejam, tijolos e concretos isolantes e
tijolos e concretos refratários.
Em tubos horizontais, como nos tubos do piso de uma caldeira, são colocados
refratários para evitar que haja vaporização da água, o que viria a impedir a circulação
da mesma na parte superior do tubo, provocando o seu superaquecimento. Este
fenômeno é conhecido como “steam blanketing” e será visto posteriormente.
São equipamentos, como a própria definição denota, utilizados, na grande maioria das
vezes, para melhorar a performance das caldeiras. Os dispositivos mais comuns serão
citados a seguir.
Este tipo de pré-aquecedor vem sendo substituído por unidades mais compactas: os
pré-aquecedores regenerativos.
Estes pré-aquecedores são constituídos por um motor que opera em baixa rotação (2 a
3 rpm), girando um rotor inteiramente metálico que contém cestos que atuam como
“transportadores” de calor.
Para se fazer a vedação entre os cestos rotativos e as paredes dos dutos existem
chapas finas flexíveis, fixas ao conjunto rotativo. Estas chapas são reguláveis, de forma
a se deixar uma folga suficiente para a rotação do conjunto sem sobrecarregar o
acionamento mecânico. A corrosão dessas chapas provoca a perda da eficiência do
pré-aquecedor, devido às fugas de gases de um duto para o outro.
Eles têm por finalidade manter as superfícies de troca térmica limpas de cinzas e
fuligem. São chamados também de ramonadores e têm, em geral, a forma tubular
possuindo diversos tubos ao longo de seu comprimento para a saída de vapor em
forma de jato.
3.10.5 – QUEIMADORES:
3.10.5.2 – MAÇARICOS:
3.10.5.3 – MATERIAIS:
3.10.6 – ECONOMIZADOR:
É um feixe tubular, cuja finalidade é aquecer a água de alimentação da caldeira
utilizando os gases de combustão que deixam a mesma. Desta forma, recupera-se o
calor dos gases de combustão e evita-se o choque térmico resultante da entrada de
água fria no tubulão.
Devido à importância das caldeiras para a operação das industrias que necessitam de
vapor, deve-se procurar evitar a possibilidade de processos corrosivos no sistema de
geração de vapor.
- Meio Ácido:
Fe → Fe²˖ + 2e
2H + 2e → H₂
Fe → Fe²˖ + 2e
HOH + ½ O₂ + 2e → 2OH¯
3 Fe + 4 H₂O → Fe₃O₄ + 4 H₂
A superfície interna da caldeira estará revestida por uma fina camada de Fe₃O₄. A falha
permite o surgimento de corrosão por pites.
O CO₂ deve ser removido junto com o oxigênio, nos desaeradores. O CO₂
remanescente é neutralizado com o controle de pH da água. Esta medida não é eficaz
para a proteção das linhas de condensado, pelo que são utilizadas aminas absorventes
de CO₂, adicionadas à água. Hidrazina e sulfito de sódio são também adicionados à
água para remoção do oxigênio remanescente.
2 NaSO₃ + O₂ → 2 NaSO₄
Em caldeiras com pressão superior a 60 bar (900 psi), a hidrazina é preferida, pois o
sulfito tende a se decompor em altas pressões, formando SO₂ e H₂S, que causam
corrosão no sistema de condensado.
N₂H₄ + O₂ → 2 H₂O + N₂
Fe + 2NaOH → Na₂FeO₂ + H₂
Este tipo de corrosão ocorre quando a parede do tubo da caldeira recebe um fluxo de
calor muito elevado ou quando o tubo tem circulação deficiente. Nesta condição
ocorre uma concentração de hidróxido de sódio, no filme, junto à parede aquecida,
que provoca altas taxas de corrosão, às vezes associada à espessa formação de
magnetita. Este problema é maior em tubos horizontais que recebem calor na parte
superior.
Ocorre em caldeiras operando a pressões elevadas (da ordem de 125 bar – 1.8000 psi).
a formação do hidrogênio está associada a depósitos porosos e aderentes à superfície
metálica e a variações no pH da água da caldeira. Com pH baixo pode haver ataque do
ferro com liberação de hidrogênio atômico. Usualmente, o hidrogênio formaria
molécula e sairia da caldeira junto com o vapor. Entretanto, a condição do pH, a
pressão elevada e alguns contaminantes no depósito podem impedir a formação de
molécula e o átomo de hidrogênio pode permear na estrutura cristalina do aço. A
difusão do hidrogênio nos aços e os mecanismos de fratura e fragilização são ainda mal
compreendidos. É usual explicar a fratura de elementos de caldeira por hidrogênio,
pela formação de metano, devido à reação do hidrogênio com o carbono da ferrita
(fase cristalina do aço). É aceito que o metano formado provoca pressurização
localizada a ponto de provocar o rompimento. Sabe-se, entretanto, que outros
mecanismos de fragilização podem existir.
Umas das teorias supõe que o hidrogênio enfraquece a coesão entre os átomos. Outra
supõe que os átomos de hidrogênio alojam-se em locais de desalinhamento de
empilhamento dos átomos de ferro (discordâncias) e impedem a movimentação dos
planos de átomos. Como a movimentação dos planos é a responsável pelo
comportamento dútil, o aço adquiriria comportamento frágil.
Agentes quelantes são substancias adicionadas à água de caldeira que reagem com
impurezas (cálcio, magnésio, ferro e cobre) e formam sais solúveis e estáveis
termicamente. Desta forma, a formação de depósitos pode ser praticamente
eliminada. Estes produtos, quando usados em concentração elevada, podem provocar
corrosão. O uso de tratamento com agente quelante exige muito cuidado no controle.
Existem casos de falhas graves em caldeiras onde ocorreu concentração alta, porque
os operadores adicionavam um excesso de agente quelante para compensar elevações
ocasionais na dureza da água. A corrosão geralmente se apresenta de forma uniforme,
ocorrendo em locais de maior velocidade, podendo apresentar, também, forma
alveolar.
4.2.6 – “HIDE-OUT”:
4.3.1 – OXIDAÇÃO:
As regiões mais atacadas são as submetidas a temperaturas mais altas, entre as quais:
refratário do piso, serpentina do superaquecedor, suportes de tubos e elementos dos
queimadores (mais freqüente nos bicos atomizadores).
A taxa de corrosão é muito elevada sendo maior nas partes mais baixas, onde
escorrem as cinzas, e nas partes onde incide a chama.
A temperatura de fusão das cinzas pode ser elevada a ponto de não causar problemas,
se o excesso de ar de combustão não ultrapassar 3%.
O piso refratário sofre a ação das cinzas fundidas e do óleo derramado pelos
maçaricos. Este óleo é lançado sobre o piso em condições anormais de queima. Os
resíduos de óleo e cinzas difundem pela estrutura do refratário, formando novas fases
cerâmicas. Algumas fases têm volume maior que a fase original.
Fe2O3
V2O5
O SO2 reage com o oxigênio não usado na combustão e forma o SO3. Esta reação não é
possível em temperaturas elevadas, na ordem de 550°C (temperatura para máxima
conversão de SO2 para SO4) e auxílio de catalisadores. Os catalisadores mais indicados
são o pentóxido de vanádio(V2O5) e o óxido de ferro(Fe2O3). Estas condições são
aquelas que existem nas fornalhas das caldeiras. Na região do "bank" da caldeira a
temperatura dos gases é bem próxima à temperatura de 550°C e as cinzas que
recobrem os tubos são ricas em pentóxido de vanádio e óxido de ferro.
Para a transformção de SO3 em ácido sulfúrico é necessário que o SO3 reaja com a
água. Os gases de combustão são ricos em vapor d'água que reagem com o SO3, de
acordo com a reação abaixo:
O ácido formado estará sob a forma gasosa nos gases de combustão. Ao longo da
caldeira os gases vão se resfriando ao trocar calor com os tubos. Quando a
temperatura cai abaixo da tempratura de condensação do ácido, este se liquefaz e se
deposita nas paredes e tubos da caldeira. A temperatura de condensação, também
chamada de temperatura de ponto de orvalho, é geralmente próximo de 180°C . Esta
temperatura é variável em função de teor de enxofre do combustível e das condições
de operação da caldeira.
Existem tabelas e gráficos que estima o ponto de orvalho, a partir do teor de enxofre e
das condições de queima de caldeira. também podem ser usados instrumentos
especiais que, introduzidos nos dutos de gases medem a temperatura de condensação.
Se a caldeira for mantida com água, a corrosão interna pode provocar pites e corrosão
severa. A presença de lama, depósitos e oxigênio agravam a corrosão. Para preservar
as partes internas são geralmente utilizados dois métodos. O primeiro mantém a
caldeira totalmente cheia d'água, com 200ppm de hidrazina, para absorver o oxgênio
dissolvido na água. Os espaços superiores (superaquecedor e topo de tubulão
superior), que ficam acima do nível máximo de água, são pressurizados com
nitrogênio. O segundo método mantém caldeira drenada e seca. A umidade é
controlada por dissecante ou por aquecimento com lâmpadas ou resistência elétricas.
As superfícies externas dos tubos e tubulões são muito corroídas pelas cinzas e
refratários sulfatdos. Os sulfatos absorvem umidade do ar e, hidrolisando-se, liberam
ácidos sulfúricos. A corrosão é severa. Caldeiras hibernando por período prolongados
podem perder todos os tubos em contato com refratário. A proteção para o exterior
dos tubos só é possível com a remoção do refratário e neutralização dos sulfatos.
A construção usual das caldeiras não permite o acesso aos tubos para a inspeção
visual. Uma vez constatado um processo de corrosão por pites, por exemplo, junto a
refratário, perde-se a confibialidade da caldeira, até que seja efetuado um grande
serviço de manutenção, desmonte de painéis e remoção de tubos para inspeção.
Tendo sido encontrado um tubo furado por corrosão junto ao refratário, o inspetor
será obrigado a considerar a possibilidade de que os demais tubos próximos e também
em contato com o refratário estejam igualmente atacados.
Tubos podem ser danificados pela abrasão (atrito) provocada pelo contato com tubos
vizinhos. A velocidade dos gases de combustão pode provocar oscilação dos tubos e
serpentinas do "bank" e superaquecedor. Se existerem suportes quebrados ou mal
projetados, um tubo pode atritar com outro e este atrito continuado gasta as paredes
dos tubos até o rompimento.
4.3.6 - FLUÊNCIA:
Fluência pode ser definida como uma deformação que ocorre com materiais
tencionados a alta temperatura, por longo período de tempo. Em caldeiras, os
lementos mais sujeitos à fluência são os tubos do superquecedor. A fluência pode se
manifestar sob a forma de aumento do diâmentro dos tubos e por flambagem. Com o
aumento do diâmentro, advém a redução de espessura de aprede e o rompimento
pela pressão interna.
A maioria dos projetos prevê uma vida à fluência de 10.000 horas de operação.
Com a fluência, aumenta o diâmetro do tubo. Um critério que foi muito utilizado,
previa a substituição do tubo se seu diâmetro aumentasse 5%, por fluência.
Atualmente tem-se tentado avaliar a vida residual do material, pela análise da sua
microestrutura. Existem sinais característicos de fluência, tais como os vazios
intergranulares, que indicam o estágio de fluência do material.
4.3.7 - FADIGA:
Superaquecimento pode ter diversas causas, como por exemplo, incidência de chama,
falta ou deficência de circulação de água, "steam blanketing" e depósitos internos.
Caldeiras operando com combustível com baixo toer de enxofre, com baixo excesso
de ar, com temperaturas de saída dos gases definitivamente acima do ponto de
orvalho e com boa eficiência de ramonagem poderão dispensar a lavagem, se o
período de manutenção ou hibernação for curto.
A corrosividade das cinzas ácidas e do refratário atacado por SO2 depende também da
umidade relatica do ar dentro da fornalha. Se a temperatura do ar é mantida elevada
de forma a não permitir a absorção de água pela cinza ácida, não haverá corrosão e
não será a lavagem.
Plástica localizadas, conhecidas por laranjas, que podem leva-los até mesmo à química destes
equipamentos, limpeza esta que pode ser alcalina ou ácida.
Este tipo de limpeza é utilizado, com o objetivo de remover: óleo, graxas ou vernizes,
aplicados durante a montagem das caldeiras ou após a sua manutenção. Visa também, neste
último caso, a remover depósitos pouco aderentes de óxido de ferro. Esta operação é
conhecida como boiling ou.
Em caldeiras que já estão em operação, são usadas, principalmente, para facilitar a operação
de limpeza ácida posterior, condicionado dos depósitos existentes, tornado-os porosos.
• Soda cáustica;
• Fosfatos;
• Dispersantes;
• Tensos ativos;
• Etc.
Este tipo de limpeza tem como objetivo a remoção dos depósitos que não podem ser
retirados pela limpeza alcalina. Essa remoção pode ser feita por solubilização ou deslocamento
do depósito. Dependendo da natureza química do depósito, são utilizados diferentes ácidos
inorgânicos ou orgânicos.
Como os ácidos podem, após remover os depósitos, corroer os vários tipos de aço utilizados
em caldeira, costuma-se adicionar inibidor às soluções dos ácidos. Assim, no caso do emprego
do ácido clorídrico, usa-se como inibidor de corrosão a dietiltiouréia.
Após a limpeza química ácida, é recomendável uma neutralização. Esta operação tem o
objetivo de conseguir a passivação das superfícies metálicas limpas.
Uma lavagem química ácida compreende, em geral cinco etapas, as quais são:
Dentre os fatores que fazem com que a operação de lavagem química seja eficiente, estão os
mencionados a seguir:
Na limpeza ácida, a caldeira deve ser acesa para o aquecimento da água a uma temperatura
de 60ºC e, em seguida, ser apagada. Após uma hora, deve-se dosar o ácido necessário.
Na circulação forçada, um tanque intermediário e uma bomba centrífuga são usados, sendo a
solução injetada pelo fundo da caldeira, fluindo pela pare superior, retornando, então, ao
tanque intermediário.
8 – INSPEÇÃO:
Antes de iniciar a inspeção é muito importante que o técnico de inspeção conheça bem as
características principais do equipamento a ser inspecionado. Além disso, ele também deve
familiarizar-se com os desenhos e croquis existentes e conhecer o histórico do equipamento
através dos relatórios disponíveis.
É aquela realizada com o equipamento em condições normais de operação. Este faz com que
se tenha mais tempo disponível para outras tarefas de inspeção, durante, por exemplo, uma
parada para manutenção.
Este tipo de inspeção deve ser feito diariamente e, registrados em lugar apropriado. Itens
como a carga da caldeira, tipo de combustível utilizado bem como seus teores de
contaminantes (se for possível), além de quaisquer outros dados relevantes devem ser
registrados.
De uma forma geral, o roteiro a ser seguido pelo técnico de inspeção durante a inspeção de
uma caldeira em operação deve levar em conta as etapas listadas a seguir.
8.1.1 – PREPARATIVOS:
• Ler o relatório emitido pela operação, atentando para as principais variáveis de processo que
impliquem diretamente no monitoramento de deterioração;
• Certificar-se de que a área não possui restrição de acesso, em função de condições inseguras.
• No caso de haver parada extraordinária para realização de pequenos serviços, deverá ser
avaliada, junto com a operação, a possibilidade de liberação para a realização de inspeção
interna;
• Registrar todos os fatos e observações relevantes, através de fotos, croquis e anotações para
consulta, estudos posteriores e confecção de relatórios.
• Caso seja necessário emitir um relatório descritivo além do formulário existente para cada
equipamento, este deve seguir a mesma disposição do formulário de condições físicas;
• Os ensaios não destrutivos devem ser realizados com base nas normas vigentes. Quando
forem realizados por firmas contratadas, estas deverão elaborar procedimentos que deverão
ser qualificados por órgão competente;
• Verificar a existência de indícios de vazamento de gases nos dutos e de gases, água e vapor
através das paredes d’água e chaminé. Os vazamentos através das paredes d’água, podem ser
identificados pela presença de jatos de vapor, visíveis através dos visores ou da chaminé. Além
disso, podem ser identificados também pela diferença entre as vazões de água de alimentação
e vapor gerado;
Sempre que estes vazamentos forem de grande porte, torna-se imperativo a parada da
caldeira, uma vez que, dessa forma, evita-se o agravamento dos problemas e o aumento tanto
do risco operacional como do custo da manutenção.
8.1.4 – TESTES:
Com a caldeira em operação, o único teste a ser realizado é o das válvulas de segurança das
caldeiras. Estes testes devem ser realizados a cada doze meses, conforme recomenda a NR-13,
nos seus itens 13.5.3 e 13.5.4, para que a caldeira possa ter sua campanha prorrogada.
• CONVENCIONAL: que é realizado com elevação de pressão até a sua abertura ( o chamado
“pop”). Neste teste, o comportamento da válvula pode ser observado durante sua abertura e
fechamento.
• ALTERNATIVO: que utiliza um cilindro hidráulico acoplado com a haste e que possui a
finalidade de indicar a pressão de abertura, dispensando o “pop”, sem, no entanto,
proporcionar a possibilidade de se observar o seu comportamento durante a abertura e
fechamento.
A seqüência das válvulas a serem testadas; devem seguir a ordem decrescente de suas
pressões de abertura de projeto.
Os seguintes itens devem ser observados durante a execução do teste convencional de PSV’s:
• Caso acorra, a pressão em que a válvula apresentar passagem de vapor antes de sua
abertura e durante a elevação de pressão;
A inspeção em paradas pode ser divida em duas etapas, quais são: preparação e estudo, e
execução da inspeção propriamente dita. Ela tem a finalidade principal de observar as
condições físicas do equipamento.
Logo, para se proceder a uma inspeção em parada de manutenção, deve ser seguido o
procedimento a seguir.
• Registrar todos os fatos e observações relevantes, através de fotos, croqui e anotações para
consulta, estudos posteriores e confecção de relatórios;
• Em função das ocorrências observadas durante a inspeção, podem ser realizadas END’s além
do pré-determinado para avaliar, com maior precisão, a integridade do equipamento;
• Caso seja necessário um relatório descrito além do formulário existente para cada
equipamento, este deve seguir a mesma disposição do formulário de condições físicas;
• Quando for necessária a realização da limpeza química, este deve ter o acompanhamento da
inspeção durante a sua execução com a finalidade de monitoramento da taxa de corrosão dos
tubos durante cada fase;
• Os END’s devem ser realizados com base nas normas vigentes. Quando forem realizados por
firmas contratadas, estas deverão elaborar procedimentos que serão qualificados por órgão
competente.
• Martelar as conexões de pequeno diâmetro (até 2”) tais como: conexões de termopares,
drenos, vents, etc;
a) FORNALHA:
• Realizar pré-teste hidrostático para verificar vazamentos nas mandrilagens dos tubulões e
aqueles ocasionados por possíveis furos em tubos de parede d’água e do piso;
• Inspecionar as aletas dos tubos das paredes, do piso e teto quanto à presença de furos e
perda de espessura;
• Realizar medição de espessura pelo método de ultra-som nos tubos das paredes, do piso,
teto e coletores.
b) “BANK”
c) SUPERAQUECEDOR:
• Inspecionar os tubos quanto à corrosão e presença de laranjas;
• Inspecionar os coletores;
d) TUBULÕES:
• Realizar ensaio por líquido penetrante nas soldas das conexões externas.
e) SERPENTINA DE PRÉ-AQUECIMENTO:
f) QUEIMADORES;
g) RAMONADORES:
• Inspecionar visualmente a camisa dos ramonadores quanto à corrosão e trincas nas soldas
com a chaparia e chapas de proteção do refratário;
h) DUTOS DE AR E GASES:
i) PRÉ-AQUECEDOR DE AR A VAPOR:
j) PRÉ-AQUECEDOR DE AR A GÁS:
k) PRÉ-AQUECEDOR DE AR REGENERATIVO:
• Inspecionar visualmente as selagens radiais e axiais quanto à corrosão, trincas e sua fixação.
l) REVESTIMENTOS REFRATÁRIOS:
• Realizar teste hidrostático final para verificar vazamentos nas mandrilagens dos tubulões e
aqueles ocasionados pro possíveis furos em tubos das paredes, do piso e teto;
8.2.4 – TESTES:
• Verificar a ocorrência de início de vazamentos nas mandrilagens dos tubulões e ao longo dos
tubos;
Existe ainda o teste final das válvulas de segurança. Este teste deve ser realizado após a sua
manutenção de reinstalação no tubulão e superaquecedor. Ele exige o acendimento da
caldeira e a elevação da sua pressão até a abertura da válvula. O teste de campo é necessário,
uma vez que o teste de bancada não simula as condições de vazão e temperatura reais. A
sequência das válvulas a serem testadas deve seguir a ordem decrescente de suas pressões de
abertura de projeto.
Os itens mostrados abaixo são aqueles que devem ser observados durante a execução do
teste de PSV’s:
1) Caso ocorra, a pressão em que a válvula apresentar de vapor antes de sua abertura e
durante a elevação de pressão;
• Todas as espessuras encontradas devem estar acima do valor mínimo admissível, sem risco
de atingi-lo durante a campanha seguinte, considerando que a taxa de corrosão anterior se
manteve. O critério para avaliação da espessura dos tubos adota como base a diferença entre
a espessura, faz-se de novo o cálculo seguindo-se o código de projeto do equipamento;
• As deformações circunferenciais localizadas (laranjas), de uma forma geral, não deverão ser
aceitas;
• Teste hidrostático é considerado aceito se, durante o período mínimo de trinta minutos, não
se observar indícios de vazamento e queda de pressão nos manômetros de teste. No caso de
teste hidrostático estrutural serão admitidos vazamento em juntas e mandrilagens desde que,
a pressão de teste de estanqueidade, tais vazamentos não persistirem;
• A camada de incrustação no interior dos tubos das paredes d’água, vapor e superaquecedor;
deve ser totalmente removida no caso da realização de uma limpeza química. Uma fina
camada em algumas regiões pode ser aceita após uma rigorosa análise, sendo então realizado
um estudo, junto com a operação, quanto ao período da próxima campanha e sua severidade.
8.3.2 – REFRATÁRIO:
• Deverá ser removido o refratário que estiver friável e que, quando raspado, apresentar uma
perda de espessura superior a 1/3 da original ou ainda se a penetração do estilete for superior
a 1/3 da espessura original;
• Nas regiões onde o refratário possua trincas com abertura superior a 5mm, deve ser
verificado o estado da chaparia externamente quanto a avarias (pintura queimada,
deformações ou furos) e realizar martelamento no refratário para verificar sua fixação. Caso
sejam detectadas avarias na chaparia e/ou refratário solto, este deverá ser substituído
abrangendo uma região que permite ancoragem;
• Verificar se, quando da existência de ancoragem exposta, há ataque químico no refratário
remanescente. Em caso afirmativo, substituir toda a área. Se o refratário remanescente estiver
firme, verificar se o estado da chaparia externa no local quanto a deformações queima da
pintura. Havendo avarias na pintura, substituir o refratário;
• Havendo queda de material, se a perda de espessura não for superior a 1/3 da original e o
refratário estiver firma, o mesmo só deverá ser substituído se houver dano na chaparia
externa.
9 – LEGISLAÇÃO:
A lei vigente no país sobre as caldeiras foi redigida com o espírito de preservação da
integridade física dos empregados e comunidades próximas as indústrias, procurando garantir
as condições mínimas de segurança destes equipamentos.
Pela legislação em vigor, a operação, a manutenção e a inspeção das caldeiras são regidas
pela Norma Reguladora do Ministério do Trabalho – NR -13, que, dentre outros aspectos,
torna obrigatória a sua inspeção periódica.
• Lanternas;
• Papel de tornassol e um frasco de água destilada, usados para medir o pH dos depósitos e
materiais refratários;
• Escova de aço e raspador, para limpar superfícies metálicas para a inspeção geral;
• Estopa;
• Trena;
• Máquina fotográfica.
11 – REGISTRO DE INSPEÇÃO:
Para cada caldeira deverá ser mantido um registro que contenha todas as informações
referentes á mesma, desde a sua documentação de projeto e montagem, até as ocorrências
desde o início da operação da caldeira.
Após cada inspeção deverá ser emitido um relatório onde deverão ser mencionadas todas as
observações acerca dessa inspeção, bem como os reparos executados e as recomendações
para os serviços a serem executados na parada seguinte. É mostrado abaixo, um exemplo de
itens a serem descritos na elaboração do relatório de inspeção.
1- Introdução:
3.1- Estrutura:
3.1.1 - Base.
3.3 – Superaquecedores:
3.3.1 – Primário.
3.3.2 – Secundário.
3.4.2 – Chicanas.
3.5 - Tubulões:
3.5.1 – Superior.
3.5.2 – Inferior.
4.1- Ventilador.
4.2 – P.A.V.
4.3 – P.A.G.
4.4 – Dutos.
4.6 – Chaminé.
4.7 – Ar de selagem.
4.10 – Tubulação.
6- Ensaio dinâmico.
10- Conclusões.
12- Anexos:
13.1.1 Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob
pressão superior á atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuanto-se os
refervedores e equipamentos similares utilizados em umidade de processo.
13.1.2 Para efeito deste NR, considera-se “Profissional Habilidade” aquele que tem
competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes a
projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e supervisão
de caldeiras e vãos de pressão, em conformidade com a regulação profissional vigente no País.
a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior a PMTA;
e) sistema de indicação para controle do nível de água ou outros sistema que evite o
superaquecimento por alimentação deficiente.
13.1.5 Toda caldeira deve ter, afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível,
placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
a) fabricantes;
c) ano de fabricação;
13.1.5.1 Além da placa de identificação deve constar, em local visível, a categoria da caldeira,
conforme definida no subitem 13.1.9 desta NR, e seu número ou código de identificação.
13.1.6 Toda caldeira deve possui no estabelecimento onde estiver instalada, a seguinte
documentação, devidamente atualizada:
• características funcionais;
• ano de fabricação;
• categoria da caldeira.
13.1.7 O “Registro de Segurança” deve ser constituído de livro próprio, com páginas
numeradas, ou outro sistema equivalente onde serão registradas:
13.1.7.1 Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para o uso, o “Registro de
Segurança” deve conter tal informação e receber encerramento formal.
13.1.8 A documentação referida no subitem 13.1.6 deve estar sempre á disposição para
consulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos
trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA,
devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa documentação.
13.1.9 Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em três categorias:
a) caldeira de categoria “A” são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1.960
kPa (19,98 Kgf/cm²);
b) caldeiras de categoria “C” são aquelas cuja pressão de operação é igual ou inferior a 588kPa
(5,99 Kgf/cm²) e o volume interno é igual ou inferior a 100litros;
c) caldeiras de categoria “B” são todas as caldeiras que não se enquadram nas categorias
anteriores.
13.2.3 Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a “Área de Caldeiras” deve
satisfazer os seguintes requisitos:
- de depósitos de combustível, excetuando-se reservatórios para partida com até 2.000 litros
de capacidade;
13.2.4 Quando a caldeira estiver instalada em ambiente confinado, a “Casa da Caldeira” deve
satisfazer os seguintes requisitos:
a) constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo, podendo ter apenas
uma parede adjacente á outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes
afastadas de, no mínimo 3metros de outras instalações, do limite de propriedade de terceiros,
do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios
para partida com até 2.000 litros de capacidade.
b) dispor de pelo menos, 2 saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas em
direções distintas;
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
a) para todas as caldeiras instaladas em ambiente aberto, as alíneas “b”, “d”, “f” do subitem
13.2.3 desta NR;
b) para as caldeiras de categoria “A” instalados em ambiente confinados, as alíneas “a”, “b”,
“c”, “d”, “e”, “g” e “h” do subitem 13.2.4 desta NR;
c) para as caldeiras de categoria “B” e “C” instaladas em ambientes confinado, as alíneas “b”,
“c”, “d”, “e”, “g” e “h” do subitem 13.2.4 desta NR.
13.2.6 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto nos subitens 13.2.3 ou 13.2.4
deverá ser elaborado “Projeto Alternativo de Instalação”, com medidas complementares se
segurança que permitam a atenuação dos riscos.
13.2.6.2 Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem 13.2.6.1, a intermediação
do órgão regional do Mtb, poderá ser solicitado por qualquer uma das partes e, persistindo a
impasse, a decisão caberá a esse órgão.
13.2.7 As caldeiras classificadas na categoria “A” deverão possuir painel de instrumentos
instalados em sala de controle, construída segundo o que estabelecem as Normas
Regulamentadoras Aplicáveis.
13.3.1 Toda caldeira deve possuir “Manual de Operação” atualizado, em língua portuguesa,
em local fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:
13.3.3 A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser implementados,
quando necessários, para compatibilizar suas propriedades físco-químicas com os parâmetros
de operação da caldeira.
13.3.4 Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de
operador de caldeira, sendo que o não atendimento a esta exigência caracteriza condição de
risco grave e iminente.
13.3.5 Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira aquele que satisfazer pelo
menos uma das seguintes condições:
c) possuir comprovação de pelo menos 3 anos de experiência nessa atividade, até 8 de maio
de 1984.
13.3.6 o pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no “Treinamento de Segurança
na Operação de Caldeiras” é o atestado de conclusão do 1° grau.
13.3.9 Todo operador de caldeira deve cumprir um estágio prático, na operação da própria
caldeira que irá operar, o qual deverá ser supervisionado, documentado e ter duração mínima
de:
13.3.10 O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado, deve informar
previamente á representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento:
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
13.4.1.1 Quando não for conhecido o código do projeto de construção, deve ser respeitada a
concepção original da caldeira, com procedimento de controle do maior rigor prescrito nos
códigos pertinentes.
13.4.1.2 Nas caldeiras de categoria “A” e “B”, a critério do “Profissional Habilitado” citado no
subitem 13.1.2, podem ser utilizadas tecnologias de cálculo ou procedimentos mais avançados,
em substituição aos previstos pelos códigos de projeto.
13.4.2 “Projetos de Alteração ou Reparo” devem ser concebidos previamente nas seguintes
situações:
13.4.4 Todas as intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem em partes que operem
sob pressão devem ser seguidas de teste hidrostático, com características definidas pelo
“Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2;
13.5.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada em,
funcionamento, no local de operação, devendo compreender exame interno e externo, teste
hidrostático e acumulação.
13.5.3 A inspeção de segurança periódica, constituída por exame interno e externo, deve ser
executada nos seguintes prazos máximos:
c) 24 meses para caldeiras de categoria “A”, desde que aos 12 meses sejam testadas as
pressões das válvulas de segurança;
e) exista controle de deterioração dos materiais que compõem as principais partes da caldeira;
- intermediação do órgão regional do Mtb, solicitada por qualquer uma das partes, quando
não houver acordo;
13.5.6 Ao completar 25 anos de uso, na sua inspeção subsequente, as caldeiras devem ser
submetidas á rigorosa avaliação de integridade para determinar a sua vida remanescente e
novos prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso.
a) pelo menos uma vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca, em operação,
para caldeiras das categorias “B” e “C”;
13.5.9 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
a) sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência capaz de
comprometer sua segurança;
b) quando a caldeira for submetida a alteração ou reparo importante capaz de alterar suas
condições de segurança;
c) antes de a caldeira ser recolocada em funcionamento, quando permanecer inativa por mais
de 6 meses;
13.5.10 A inspeção de segurança deve ser realizada por “Profissional Habilitado”, citado no
subitem 13.1.2, ou por “Serviço próprio de Inspeção de Equipamento”, citado no Anexo II.
13.5.11 Inspecionada a caldeira, deve ser emitido “Relatório de Inspeção”, que passa a fazer
parte de sua documentação.
13.5.12 Uma cópia do “Relatório de Inspeção” deve ser encaminhada pelo “Profissional
Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, num prazo máximo de 30 dias a contar do termino da
inspeção, á representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento.
b) categoria da caldeira;
c) tipo de caldeira;
h) relação dos itens desta NR ou de outras exigências legais que não estão sendo mencionadas;
i) conclusões;
j) recomendações e providências;
13.5.14 Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados da placa de
identificação, a mesma deve ser atualizada.
13.6.1 Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa.
13.6.1.1 O campo de aplicação desta NR, no que se refere a vasos de pressão, está definido
no Anexo II.
13.6.2 Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão da abertura ajustada em valor igual
ou inferior a PMTA, instalada diretamente no vaso ou no sistema que o inclui;
b) dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula quando esta não estiver
instalada diretamente no vaso;
c) instrumento que indique a pressão de operação.
13.6.3 Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo, em local de fácil acesso e bem
visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
a) fabricante;
b) número de identificação;
c) ano de fabricação;
13.6.3.1 Além da placa de identificação, deverão constar em local visível, a categoria do vaso,
conforme Anexo IV, e seu número ou código de identificação.
13.6.4 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a
seguinte documentação devidamente atualizada:
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da sua vida útil;
- características funcionais;
- ano de fabricação;
- categoria do vaso.
13.6.5 O “Registro de Segurança” deve ser constituído pro livro de páginas numeradas, pastas
ou sistema informatizado ou não, com confiabilidade equivalente, onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança dos vasos;
13.6.6 A documentação referida no subitem 13.6.4 deve estar sempre á disposição para
consulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos
trabalhadores e do empregador da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA ,
devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa documentação, inclusive á
representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento, quando
formalmente solicitado.
13.7.1 Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros, bocas
de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura, quando existentes, sejam facilmente
acessíveis.
c) dispor de ventilação permanente com estradas de ar que não possam ser bloqueadas;
13.7.3 Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto a instalação deve
satisfazer as alíneas “a”, “b”, “d” e “e” do subitem 13.7.2.
13.7.4 Constitui risco grave e iminente o não atendimento às seguintes alíneas do subitem
13.7.2:
13.7.5 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto no subitem 13.7.2, deve ser
elaborado “Projeto Alternativo de Instalação” com medidas complementares de segurança
que permitem a atenuação dos riscos.
13.7.5.2 Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem 13.7.5.1, a intermediação
do órgão regional do Mtb, poderá ser solicitada por qualquer uma das partes e, persistindo o
impasse, a decisão caberá a esse órgão.
13.8.1 Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias “I” ou “II” deve possuir manual de
operação próprio ou instruções de operação contidas no manual de operação da unidade onde
estiver instalado, em língua português e de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:
13.8.2.1 Constitui condição de risco grave e iminente o emprego de artifício que neutralizem
seus sistemas de controle e segurança.
13.8.3 A operação de unidades que possuam vasos de pressão de categorias “I” ou “II” deve
ser efetuada por profissional com “Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de
Processo”, sendo que o não atendimento a esta exigência caracteriza condição de risco grave e
iminente.
13.8.4 Para efeito desta NR será considerado profissional com “Treinamento de Segurança na
Operação de Unidades de Processo” aquele que satisfizer uma das seguintes condições:
b) possuir experiência comprovada na operação de vasos de pressão das categorias “I” ou “II”
de pelo menos 2 anos antes da vigência desta NR.
13.8.5 O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no “Treinamento de Segurança
na Operação de Unidades de Processo” é o atestado de conclusão do 1° grau.
13.8.6.
13.8.9 O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado deve informar
previamente à representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento:
13.8.10 A reciclagem de operadores deve ser permanente por meio de constantes informações
das condições físicas e operacionais dos equipamentos, atualização técnica, informações de
segurança, participação em cursos, palestras e eventos pertinentes.
13.8.11 Constitui condição de risco grave iminente a operação de qualquer vaso de pressão em
condições diferentes das previstas no projeto original, sem que:
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
13.9.1.1 Quando não for conhecido o código do projeto de construção, deverá ser respeitada
a concepção original do vaso, empregando-se procedimentos de controle de maior rigor,
prescritos pelos códigos pertinentes.
13.9.1.2 A critério do “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, podem ser utilizadas
tecnologia de cálculo ou procedimentos mais avançados, em substituição aos previstos pelos
códigos do projeto.
13.9.2 “Projetos de Alteração ou Reparo” devem ser concebidos previamente nas seguintes
situações:
c) ser divulgado para funcionários do estabelecimento que possam estar envolvidos com o
equipamento.
13.9.4 Todas as intervenções que exijam soldagem em partes que operem sob pressão devem
ser seguidas de teste hidrostático, com características definidas pelo “Profissional de
Habilidade”, levando em conta o disposto no item 13.10.
13.9.5 Os sistemas de controle e segurança dos vãos de pressão devem ser submetidos à
manutenção preventiva e preditiva.
13.10.1 Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança inicial, periódica
e extraordinária.
13.10.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vãos novos, devendo compreender
exame externo, interno e teste hidrostático, considerado as limitações mencionadas no
subitem 13.10.3.5.
13.10.3 A inspeção de segurança periódica, constituída por exame externo, interno e teste
hidrostático, deve obedecer aos seguintes prazos máximos estabelecidos a seguir:
13.10.3.1 Vasos de pressão que não permitem o exame interno ou externo por impossibilidade
física devem ser alternativamente submetidos a teste hidrostático, considerando-se as
limitações previstas no subitem 13.10.3.5.
13.10.3.2 Vasos com enchimento interno ou com catalizador podem ter a periodicidade de
exame interno ou de teste hidrostático ampliado, de forma a coincidir com a época da
substituição de enchimentos ou de catalisador, desde que esta ampliação não ultrapasse 20%
do prazo estabelecido no subitem 13.10.2 desta NR.
13.10.3.6 Vasos com temperatura de operação inferior a 0°C e que operem em condições nas
quais a experiência mostra que não ocorre deterioração, ficam dispensados do teste
hidrostático periódico, sendo obrigatório exame interno a cada 20 anos e exame externo a
cada 2 anos.
13.10.3.7 Quando não houver outra alternativa, o teste pneumático pode ser executado,
desde que supervisionado pelo “Profissional Habilitado” e cercado de cuidados especiais, por
tratar-se de atividade de alto risco.
13.10.4 As válvulas de segurança dos vasos de pressão devem ser desmontadas, inspecionadas
e recalibrados por ocasião do exame interno periódico.
13.10.5 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
a) sempre que o vaso for danificado por acidente ou outra ocorrência que comprometa sua
segurança;
b) quando o vaso for submetido a reparo ou alterações importantes, capazes de alterar sua
condição de segurança;
c) antes do vaso ser recolado em funcionamento, quando permanecer inativo por mais de 12
meses;
13.10.6 A inspeção de segurança deve ser realizada por “Profissional Habilitado” ou por
“Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos”, conforme citado no Anexo II.
13.10.7 Após a inspeção do vaso, deve ser emitido “Relatório de Inspeção”, que passa a fazer
parte da sua documentação.
h) conclusão;
13.10.9 Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados da placa de
identificação, a mesma deve ser atualizada.
ANEXO I – A
1.1 – Pressão.
2.2.7 Queimadores.
3 – OPERAÇÃO DE CALDEIRAS.
3.2.1 de temperatura.
3.2.2 de pressão.
3.2.5 de poluentes.
6 – LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO.
ANEXO I – B
1.1 – Pressão
2- EQUIPAMENTOS DE PROCESSO.
2.3 – Bombas;
2.5 – Compressores;
2.7 – Fornos.
2.8 – Caldeiras.
3 – ELETRECIDADE:
4 – INSTRUMENTAÇÃO:
Carga horária: 8 horas.
5 – OPERAÇÃO DE UNIDADE.
6 – PRIMEIROS SOCORROS.
7 – LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO.
ANEXO II
Antes de colocar em prática os períodos especiais entre inspeção, estabelecidos nos subitens
13.5.4 e 13.10.3 desta NR, os “Serviços Próprios de Inspeção de Equipamento” da empresa;
organizados na forma de: setor, seção, departamento, divisão ou equivalente, devem ser
certificados pelo Instituto Nacional de metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(INMETRO) diretamente ou mediante “Organismo de Certificação” por ele credenciados, que
verificarão o atendimento aos seguintes requisitos mínimos expressos na alínea “a” a “g”. Esta
certificação pode ser cancelada sempre que for constatado o não atendimento a qualquer
destes requisitos:
a) existência de pessoal próprio da empresa onde estão instalados caldeira ou vaso de pressão,
com dedicação exclusiva a atividades de inspeção, avaliação de integridade e vida residual,
com formação, qualificação e treinamento compatíveis com a atividade proposta de
preservação da segurança;
ANEXO III
a) qualquer vaso cujo produto “P.V” seja superior a 8 onde “P” é a máxima pressão de
operação em kPa e “V” o seu volume geométrico interno em m³, incluindo:
- vasos de pressão ou partes sujeitas a chama direta que não estejam dentro do escopo de
outras NR’s nem do item 13.1 desta NR;
g) vaso com diâmetro interno inferior a 150 mm para fluido de classe “B”, “C” e “D”, conforme
especificado no anexo IV.
ANEXO IV
1 – Para efeito desta NR os vasos de pressão são classificados em categorias segundo o tipo de
fluido e o potencial de risco.
1.1 – Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme descrito a seguir:
CLASSE “A”
- fluidos inflamáveis;
- hidrogênio;
- acetileno.
CLASSE “B”
CLASSE “C”
CLASSE “D”
- água ou outros fluidos não enquadrados nas classes “A”, “B” ou “C”, com temperatura
superior a 50°C.
1.1.1 Quando se tratar de mistura, deverá ser considerado para fins de classificação o fluido
que apresentar maior risco aos trabalhadores e instalações considerando-se sua toxidade,
inflamabilidade e concentração.
1.3 A tabela a seguir classifica os vasos de pressão em categorias de acordo com os grupos de
potencial de risco e a classe de fluido contido.
1 2 3 4 5
CLASSE DE P.V≥ P.V < 100 P.V < 100 P.V < 2,5 P.V < 1
FLUIDO
100 P.V≥ 30 P.V ≥ 2,5 P.V ≥ 1
CATEGORIAS
“A” - líquidos
infláveis.-
combustível com
temperatura
igual ou superior
a 200°C.- tóxico I I II II III
com limite de
tolerância ≤ 20
ppm.-
hidrogênio-
acetileno.
“B”-
combustível com
temperatura
menor que
I II III IV IV
200°C.-tóxico
com limite de
tolerância > 20
ppm.
“C”
-vapor d’água.
-gases asfixiantes
simples.
I II III IV V
-ar comprimido.
“D”
-água ou outros
fluidos não
enquadrados nas
classes “A”, “B”
ou “C”, com
temperatura
superior a 50°C.
II III IV V V
NOTAS:
INSPEÇÃO EXTERNA.
TUBULÇÃO.
INSPECIONAR OS SUPORTES.
INSPECIONAR OS TUBULÕES.
INSPECIONAR OS DUTOS.
INSPEÇÃO INTERNA.
FORNALHA.
BANK.
SUPERAQUECEDORES.
INSPECIONAR OS TUBOS.
INSPECIONAR OS COLETORES.
TUBULÃO INFERIOR.
SERPENTINA DE PRÉ-AQUECIMENTO.
INSPECIONAR TUBOS, FLANGES E SOLDAS.
INSPECIONAR SOLDAS.
QUEIMADORES.
RAMONADORES.
DUTOS DE AR E GASES.
P.A.V.
P.A.G.
INSPECIONAR TUBOS.
P.A.R.
REVESTIMENTOS REFRATÁRIOS.
VÁLVULAS DE SEGURANÇA
1- INTRODUÇÃO
O disco de ruptura consiste num diagrama fino (metálico ou plástico) colocado entre flanges
e projetado para romper a uma pressão pré-determinada; são utilizados no caso de descargas
grandes e abruptas e também para fluidos corrosivos, com a desvantagem de não manter a
vedação cessada e sobre-pressão. Em alguns casos são colocados antes das válvulas de
segurança para protege-las contra a corrosão.
2- PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
As válvulas de alívio são geralmente utilizadas para líquidos. Com o acúmulo da pressão no
vaso, a mola é comprimida permitindo o disco elevar. Isto provoca uma área adicional que
permite um aumento da vazão do fluido.
A gradual elevação do disco com o aumento da pressão é uma característica que distingue as
válvulas de alívio das válvulas de segurança, nas quais o disco atinge seu curso máxima com
baixa sobre-pressão. As válvulas de alívio para líquidos atinge sua capacidade nominal com
25% de sobre-pressão.
Para válvulas de alívio de alto curso, o curso é maior que um quarto do diâmetro do bocal, do
que resulta uma área de passagem entre o bocal e o disco maior que a área do bocal.
Algumas válvulas de alívio têm o disco com guias inferiores. Este arranjo é satisfatório para
fluidos limpos, mas uma vez que as guias estão em contato com o fluido a ser aliviado, alguma
corrosão ou depósito podem causar um engripamento da guia, resultando um aumento de
pressão de abertura completa falha de abertura quando requerida.
São dispositivos para gases que têm sido especificamente preojetados para dar abertura total
com pequenas sobre-pressão. Um bocal é geralmente usado na entrada das válvulas.
Uma carga estática desenvolvida pelo orifício secundário sobre uma área maior do disco e a
energia cinética do gás são utilizadas para superar a força da mola atuando no disco quando
este se eleva, resultando uma ação de disparo ou estalo (“pop action”).
Para uso em refinarias de petróleo as molas são usualmente externas ou cobertas com
castelos para protegê-las da umidade e outros agentes corrosivos e para se ter forma de
coletar possíveis vazamentos pela haste ou guias.
Podem operar tanto como válvula de segurança como válvula de alívio, dependendo da
aplicação.
A descarga da válvula pode ser feita para a atmosfera ou para um sistema que mantenha uma
contrapressão variável ou constante, superior á pressão atmosférica. Dependendo do efeito da
contrapressão no seu funcionamento, as válvulas de segurança e alívio são consideradas como
convencionais ou balanceadas.
A abertura inicial é ocasionada pela pressão do líquido sob o disco que excede a força da
mola que mantinha a válvula fechada.
Quando a pressão aumenta acima da pressão de abertura da válvula o disco se eleva da sede,
permitindo um aumento de vazão através da válvula. Quando a vazão aumenta, a direção do
fluxo é mudada aproximadamente 180° e dirige de cima para baixo pelo contato inferior do
disco. O curso máximo é necessário para a razão seja controlada apenas pelo orifício do bocal.
Consequentemente, a válvula de segurança e alívio alivia numa proporção do fluxo em 180°, o
curso alcançado é ligeiramente maior que a que se obteria pela sobre-pressão somente.
Quando uma válvula está fechada durante a operação normal, a pressão do vaso atuando
contra a área A é resistida pela força da mola. Quando a pressão do vaso aumenta, a pressão
da área A tende a se igualar à pressão da mola. Em operação com gás a válvula deve “ferver”
(simmer) antes de disparar (pop).
Quando a pressão no vaso alcançar cerca de 98% ou 99% da pressão de abertura haverá um
pequeno escapamento entra as superfícies de assentamento para o compartimento B. (Este
escapamento é audível). Como resultado da restrição no orifício secundário anelar se
desenvolverá uma pressão em B. Essa pressão atuante na área B somada á pressão atuante na
área do disco proporciona o início da elevação do disco.
Com o aumento da pressão e o início da elevação disco surge um escapamento maior que
criará uma pressão maior em B e em C. Nesse instante a soma dessas pressões supera a força
da mola e a válvula abre um estalo (pop). A pressão neste instante é denominada Pressão de
Abertura.
A vazão é registrada pela abertura entre a sede do bocal e a sede do disco até que a sede do
disco tenha se elevado da sede do bocal de aproximadamente um quarto do diâmetro do
bocal. Após o disco ter atingido esse grau de elevação, a razão é restringida mais pela área do
bocal que pela área entre as superfícies de assentamento. Esta condição de uso máximo pode
ser obtida com 5 ou 10% de sobre-pressão, dependendo do fabricante.
A posição do anel de descarga faz variar as restrições dos orifícios anulares secundários.
Assim é que em consequência as pressões criadas nos compartimentos B e C podem ser
variadas. Como as restrições para o anel alto são maiores PB1 > PB2 e PC1 > PC2. Em
consequência, Pv1 > Pv2.
Podem ter o castelo especificado para abertura para a atmosfera ou para o lado de descarga
da válvula. Usualmente o castelo é aberto para a saída.
Válvulas de segurança e alívio convencionais tem sido empregadas onde a descarga é feita
através de um curto pedaço de tubo para a atmosfera ou para um sistema receptor (manifold)
de baixa pressão que leva a descarga de uma ou mais válvulas até um local remoto.
Redução no tamanho para reduzir custos do manifold de alívio pode resultar no acréscimo de
sua pressão de operação. Como a contrapressão na descarga da válvula convencional pode
afetar sua pressão de abertura e o desempenho em vazão, deve-se fornecer ao fabricante o
valor da contrapressão.
Muitas válvulas convencionais têm os discos com área maior que a área do bocal. O efeito da
contrapressão nestas válvulas. Se o castelo é aberto para a atmosfera, a contrapressão atua no
mesmo sentido da pressão do equipamento, ou seja, contrariando a força da mola. Isto faz a
pressão de alívio menor do que quando ajustada com pressão atmosférica na saída. Por outro
lado, se o castelo é aberto para a descarga da válvula, que está numa pressão maior que a
atmosférica, esta contrapressão age no mesmo sentido da força da mola, aumentando,
portanto a pressão de abertura.
São aquelas nas quais a contrapressão tem muito pouca influência na pressão de abertura.
Estas válvulas são os dois tipos: do tipo com pistão e do tipo com fole,. No tipo com pistão,
embora existam algumas variações de fabricante para fabricante, a guia é aberta de tal forma
que a contrapressão em faces opostas no disco de válvula se cancelam, e a face do topo do
pistão, que tem a mesma área que o bocal, esta sujeita á pressão atmosférica por ser o castelo
aberto para atmosfera.
No tipo com fole a área afetiva do fole é a mesma do bocal e por estar o fole preso ao coro da
válvula, exclui a contra pressão da ação do topo do disco. A área do disco externa ao fole é
cancelada pela área do disco externo ao bocal, assim não existem forças desbalanceadas sob
qualquer contrapressão. O fole isola do castelo o fluido de serviço. Para se precaver de um
possível furo ou ruptura do fole, o castelo deve ser aberto para um local separado da descarga.
As válvulas piloto-operadas são utilizadas para altas pressões e quando se necessita de alta
capacidade, porque proporciona uma ampla abertura, possibilitando ótima vedação e custam
menos que as válvulas de segurança e alívio d grandes diâmetros.
O sistema de controle da válvula é diretamente pela pressão do fluido. A válvula piloto sente
a pressão do vaso e atua na válvula principal.
Quando a pressão no vaso for reduzida, e somente então, a força de pressão não relé
diferencial é superada pela carga da mola e dispara a abertura do relé à abertura do relé
diferencial e fechamento do relé disparador. A pressão de entrada é então é rapidamente
dirigida ao topo do pistão da válvula principal que fecha suave e firmemente. A condição de
pressão estática é reaplicada e as forças originais mantêm a válvula fechada e estanque.
3 – DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIA
CHATTER – fenômeno caracterizado por uma série de aberturas rápidas e sucessivas, podem
causar sérios danos a PSV.
SIMMER – escape audível ou visível do fluido entre a sede do bocal e o disco de vedação, que
ocorre a um valor imediatamente abaixo da pressão de disparo, e de capacidade não
mensurável.
CARGA SÓLIDA – é a carga necessária para a compreensão da mola ao seu estado sólido, ou
seja, até que todas as suas espirasse encostem umas nas outras.
PRESSÃO DE ABERTURA (set pressure) – é a pressão em que a ação da válvula se faz notar em
operação, ou seja, é a pressão na qual a válvula é ajustada para abrir sob as condições de
serviço. |No caso de operação com líquidos e a pressão na qual a válvula começa a abrir nas
condições de serviço. No caso de operação com gases é a pressão na qual a válvula abre (ação
“pop”) nas condições de serviço.
PRESSÃO DE AJUSTE (cold defferencial test pressure) – é a pressão na qual a válvula abre na
temperatura ambiente e sem contra pressão.
PRESSÃO DE OPERAÇÃO (operating pressure) – é a pressão efetiva atuante sob a válvula nas
condições de trabalho.
PRESSÃO DE PROJETO ( desing pressure) – é a máxima pressão diferencial entre a parte interna
e externa de um vaso de pressão ou entre compartimentos de um mesmo vaso e coincide
com a pressão de abertura do dispositivo de segurança.
VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALÍVIO TIPO CONVENCIONAL – é uma válvula que tem a câmara da
moda em comunicação com a descarga. As características de comportamento (pressão de
abertura e fechamento, curso e capacidade de alívio) são afetadas diretamente pela contra
pressão.
VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALÍVIO TIPO BALANCEADA – é uma válvula que possui meios de
minimizar o efeito da contrapressão nas características de comportamento.
São dispositivos automáticos de alívio de pressão, atuados pela pressão estática existente à
montante e características por uma abertura rápida e total (ação de estalo ou “pop”). Usadas
para alívio de gases, vapor ou ar.
São dispositivos automáticos de alívio de pressão atuado pela pressão estática à montante e
caracterizados por uma abertura proporcional ao aumento de pressão, sobre a pressão inicial
de abertura.
APLICAÇÕES – as válvulas de alívio são usadas basicamente em sistemas onde seja necessário
aliviar produtos líquidos. Um emprego bastante frequente é na descarga de bombas.
São dispositivos automáticos de alívio atuando pela pressão estática existente à montante e
adequados para trabalhar como válvula de segurança ou como válvula de alívio, dependendo
da aplicação desejada. Estas válvulas são bastante utilizadas atualmente e podem ser
classificadas em dois tipos principais: válvulas de segurança e alívio convencionais e válvulas de
segurança e alívio balanceadas.
APLICAÇÕES – as válvulas de segurança e alívio são projetadas onde o fluido descarregado pela
válvula é inflamável ou tóxico e devem ser descarregados num ponto remoto através de um
sistema de descarga fechado. São normalmente usadas quando:
• quando o dispositivo de segurança possa ser usado como válvula de controle ou válvula de
“by-pass”.
São válvulas construídas de tal forma que uma contrapressão existente no lado da descarga
afetará diretamente as suas características operacionais: pressão de abertura, pressão de
fechamento e capacidade de alívio.
Estas válvulas normalmente apresentam uma ligação entre o castelo e o lado da descarga,
seja através de tubo adutor ou de um orifício. Também podem apresentar um ou dois anéis
para ajuste da descarga e serem fornecidas com dispositivos de acionamento manual.
•quando o dispositivo de segurança possa ser usado como válvula de controle ou válvula “by-
pass”;
São válvulas construídas de tal forma que incorporam meios de minimizar o efeito da
contrapressão sobre as suas características operacionais. Os mecanismo de balanceamento
podem apresentar 1 ou 2 anéis para ajuste de descarga e serem fornecidas com dispositivos de
acionamento manual.
APLICAÇÕES – as válvulas de segurança e alívio balanceadas podem ser utilizadas sob todas as
condições no item 4.3 seja a contrapressão do sistema constante ou variável, no alívio de
fluidos de alta viscosidade e na descarga de bombas. As válvulas balanceadas com fole são
especialmente efetivas. No alívio de produtos considerados corrosivos ou tóxicos porque,
pelas suas características construtivas, impedem a passagem destes fluidos através das
superfícies das partes móveis evitando não só o emperramento destas partes como resultado
da formação de produtos de corrosão, como também o seu possível escapamento para o meio
ambiente.
• quando o dispositivo de segurança possa ser utilizado como válvula de controle ou válvula de
“by-pass”;
LIMITAÇÕES - tendo em vista que os anéis de vedação podem ser selecionados para resistir ao
ataque da maioria dos fluidos, em geral as limitações na aplicação destas válvulas referem-se
às temperaturas limites que estes anéis podem operar.
São dispositivos em que a válvula principal de alívio esta combinada e é controlada por uma
válvula auxiliar. Estes dispositivos compõem-se basicamente de duas unidades: uma unidade
piloto ou de controle e uma válvula principal para alívio do sistema.
• onde são requeridas grandes áreas de alívio para altas pressões de ajuste;
Embora esses “vents” possam ser fornecidos separadamente em unidade para lívio de
pressão excessiva ou para alívio de vácuo excessivo, eles são normalmente combinados em
uma só unidade. Retentores de chama podem ser inseridos entre esses “vents” e o tanque,
porém, a não ser que os códigos regulamentares o exijam, não são recomendados pelo
aumento de problemas de manutenção e limpeza que ocasionam também por reduzirem a
capacidade de alívio do dispositivo.
Os “vents” para alívio de pressão e vácuo excessivo são normalmente projetados para
proteger tanques de armazenamento que funcionam a pressões atmosféricas e devem ser
limitados a esse tipo de serviço. Em outros equipamentos que operam em condições
diferentes as válvulas de alívio e vácuo podem ser adequadamente selecionadas.
5 – MATERIAS DE CONSTRUÇÃO
O disco e o bocal são as partes mais submetidas aos fluidos corrosivos e devem ser, portando
de materiais mais resistentes à corrosão. Quando a válvula trabalha com fluidos muito
corrosivos as partes internas expostas eventualmente ao fluido, ou mesmo toda a válvula,
devem ser ASIS 316, Monel ou Hastelloy.
Para trabalho em baixa temperatura, as partes da válvula submetidas a tensões devem ser de
materiais resistentes ao impacto.
Os foles, nas válvulas de segurança e alívio balanceadas, são sempre em ASIS 316L. Nas
válvulas construídas inteiramente de Monel dos foles também são de Monel.
As molas são de aço carbono, para serviço abaixo de 230°C e de aço ao tungstênio (8,75-
9,75%W) para temperatura acima de 230°C. Para fluidos corrosivos as molas são revestidas
com cádmio, alumínio ou níquel. As molas podem ser de INCONEL OU Hastelloy C, quando as
válvulas são totalmente construídas de Monel ou hastelloy, respectivamente. Para baixas
temperaturas usa-se mola em AISI 304.
6 – INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO
Verifique se a válvula está lacrada. Faça a limpeza com ar, mas não desregule nem abra o seu
corpo antes ou durante do primeiro tste, que devrá ser executado na presenã do inspetor de
equipamentos. Anote sempre a pressão em que a válvula abre. Se a válvula vaza sem abrir ou
vaza antes de abrir note a pressão na qual isso acontece. No caso da válvula se apresenta
muito seja, é dispensado o teste na recepção, apresente perfeita abertura e fechamento nas
pressões intocadas, o Setor de inspeção de equipamentos poderá dispensar a desmontagem,
desde que esteja perfeitamente limpa e sem indícios de corrosão. Neste caso, deverá ser
restetada na presença do inspetor de equipamentos.
7 – CALIBRAÇÃO
De acordo com o serviço da válvula de segurança, líquido ou gás, teste-a com água ou ar,
respectivamente. Os fluidos de ensaio devem estar isentos de óleo e partículas sólidas em
suspensão. Podem também usar nitrogênio para testar as válvulas.
Válvulas consolidated
-29 a 121°C 0
122 a 538°C 3
Válvulas Farris
-267 a 93°C 0
94 a 232°C 2
233 a 482°C 3
483 a 660°C 4
Válvulas balanceadas (com fole)
• Neste caso a existência de contrapressão não influencia o cálculo uma vez que o fole existe
exatamente para compensar a contrapressão. Então a pressão de ajuste diferencial será igual à
pressão de abertura. Por isso siga apenas o indicado no item anterior sobre a correção de
temperatura de operação.
a- Serviço de gás, vapor (Válvulas testadas com ar. De acordo com ASME padroniza-se um
diferencial de alívio de 5%, isto é, a válvula tem que fechar com uma pressão de 5% abaixo da
pressão que disparou.
b- Serviço com líquido (válvulas testadas com água). Admite-se que a válvula só fecha
completamente até 15% abaixo da pressão que começou a abrir.
EXEMPLO – Calcular a pressão de ajuste de uma válvula convencional FARRIS, cuja pressão de
abertura é 18 kg/cm². A válvula trabalha com um gás, num local onde a contrapressão é de
2kg/cm², a uma temperatura de 250°C.
b) Contrapressão : 2 kg/cm²
d)Efeito de temperatura : Para válvulas FARRIS, operando a 250°, a pressão de ajuste será:
16 + 3% de 16 = 16,48kg/cm²
e)Diferencial de alívio: Para serviço com gás, o diferencial de alívio será de 5%. A válvula
deverá fechar então com: 95% de 16,48 = 15,66kg/cm².
A pressão de fechamento da válvula é regulada pelo anel de ajuste de descarga. Para líquido o
anel de ajuste de descarga não tem função e deve ser rosqueado na sua posição mais baixa.
O medidor de borbulhamento é construído por uma falange com um pequeno orifício onde se
conecta um tubo com dimensões de 7,9mm (5/16”) de diâmetro externo e 0.87mm (0,035”)
de espessura de parede. O tubo deve ser dobrado em 90° e seu terminal deve estar submerso
12,7mm (1/2”) em reservatório com água.
VAZAMENTO PERMISSÍVEL
EM BOLHAS POR MINUTO
Até 198,08 1 40 50
De 324,54 a 506,49 1 20 30
De 830,37 a 4116,38 2 20 30
Acima de 7129,46 5 20 30
8 – LACRAÇÃO
Após a válvula ter sido testada na oficina, e considerada adequada para operações, a mesma
deverá ser lacrada. Esse lacre servirá como garanti de que as válvulas não foram mexidas
durante a operação.
9 – TRANSPORTE
A vedação é feita por superfícies metálicas polidas, que poderão ser prejudicadas, pela
vibração que ocorre no transporte de um lugar para o outro. Assim sendo, recomenda-se que
as válvulas após serem testadas e consideradas em boas condições, sejam transportadas para
a unidade de posição vertical. Cuidados especiais devem ser tomados para que não haja
tombamento da mesma, pois além de imperfeições na sede, poderá haver desalinhamento das
partes internas.
TORRES DE RESFRIAMENTO
1 – INTRODUÇÃO
A partir do século XX, o intenso desenvolvimento indstruial tornou necessário o uso da água
nos seus processos. A água, para tal fim é fornecida pela rede distribuidora ou então é captada
diretamente de recurso naturais, tais como rios, fontes, etc. no primeiro caso, a água sofre
tributação do estado, o que onera permanentemente os custos da produção. No segundo, a
água não é submetida a tratamento prévio e contendo poluentes representa grave risco para
os equipamentos mecânicos de seus usuários. Esses inconvenientes sugerem poluidores que o
mais aconselhável, tanto em termos de economia, como de prevenção contra agentes
poluidores, é a utilização de água reciclada, em regime de circuito fechado, por meio de
TORRES DE RESFRIAMENTO que são equipamentos destinados a resfriar água para uso
industrial, formando assim um circuito fechado, onde o calor adquirido pela água durante o
seu processo de resfriamento de equipamentos e fluidos do processo industrial, é liberado
para atmosfera através do contato desta água com o ar nas torres de resfriamento, retomando
para o processo para ser reutilizadas, a esta forma chamemos “Sistema Fechado”.
2- TIPOS E DESCRIÇÃO
2.1.1 Atmosférica
A torre de tiragem atmosférica é aquela na qual a água se resfria à custa de ar que nele
circula por ação dos ventos e da diferença da densidade do ar.
2.1.2 Convecção
A torre de tiragem por convecção é aquela na qual a corrente de ar é acelerada por uma
chaminé.
Estas torres utilizam meios mecânicos (ventiladores) para forçar a passagem do ar. Seu uso
proporciona o melhor controle da temperatura da água, além de ocuparem menor espaço que
a torre atmosférica, para um mesmo volume de água. Entretanto, são de maior custo de
manutenção, já que são sujeitas a falhas mecânicas face á existência de componentes móveis.
Elas podem ser de dois tipos:
2.2.1 Forçada
2.2.2 Induzida
Usadas onde há pouca disponibilidade de espaço devido a sua particular construção que
dispõe de uma única entrada de ar.
3 – NOMECLATURA
1 – Difusor
2 – Ventilador
3 – Suporte do ventilador
4 – Eixo de transmissão
5 – Motor
6 – Eliminadores de gotas
7 – Válvula de admissão
11 – Enchimento
12 – Venezianas
13 – Entrada de ar atmosférico
Uma torre de resfriamento deve ser considerada como qualquer outro equipamento que
requer inspeção e manutenção periódicas. As razões principais, pelas quais deve ser
inspecionada, são as seguintes:
a) verificar se ocorre deterioração ou avaria, em que extensão e até que ponto pode afetar a
estrutura do equipamento, para que se possa ter certeza que o mesmo opera dentro das
indispensáveis condições de segurança;
A madeira tem sido usada no decorrer dos anos como o material principal para os
componentes das torres de resfriamento, face ao seu baixo custo final em relação aos outros
materiais. Entretanto como a sua durabilidade depende das características da água, do clima,
da qualidade de sua imunização (que é de difícil controle) da sua variedade e procedência, a
sua deterioração é imprevisível e tem causado prejuízos consideráveis. Assim, está se
generalizando o uso de outros materiais, tais como: o concreto-armado para as unidade de
estrutura de grande porte; fibra-cinzenta para revestimento de estruturas, para o enchimento
de contato, venezianas e sistema de distribuição de água quente; resinas plásticas especiais na
confecção de unidades completas de pequena capacidade ou unidades de grande porte, em
componentes como difusores, apoio de enchimento, tubos ou canais de distribuição,
iluminadores de respingos, PVC e plásticos ABS para recheio, etc.
5.1.3.1 Lixiviação
Lixiviação, forma mais simples de ataque químico, é a remoção da seiva da madeira quando
em contato com água alcalina, predispondo-a ao ataque biológico. Caracteriza-se pela
descoloração de madeira, com consequência escurecimento da água, principalmente no início
da operação da torre. Não produz deterioração visível e não afeta a resistência estrutural.
5.1.3.3 Delignificação
É a remoção de lignina da madeira por dissolução pelos agentes químicos presentes na água
deixando as fibras de celulose exposta á ação mecânica da água.
A delignificação poderá ser facilmente reconhecida pelas fibras brancas e soltas de celulose,
normalmente localizadas nas camadas superficiais da madeira. A delignificação é mais severa
com o aumento da temperatura.
É uma deterioração da madeira quando em contato direto com acessórios de ferro ou aço,
quando estes não têm tratamento anticorrosivo (revestimento) e apresentam oxidação.
5.1.4.1 Erosão
5.1.5.1 “Ascomicetos”
Vivem e se reproduzem mesmo na relativa ausência de ar, sendo responsáveis pela chamada
“decomposição mole” da madeira, ataca a região molhada, suas principais características são:
- é frequente uma pequena camada superficial dura em regiões livres de abrasão pela água;
- redução das seções transversais das vigas, pela remoção seletiva da camada superficial
atacada;
- decomposição da celulose.
5.1.5.2 “Basídiomecetos”
- baixa resistência à raspagem, da qual resulta um p, quando a madeira está seca, ou uma
pasta quando está molhada ou úmida;
Nos caos dos materiais ferrosos deve-se protegê-los com revestimento, como por exemplo,
galvanização, principalmente com as partes em contato com a madeira.
A frequência com que uma torre de resfriamento deve ser inspecionada depende do tipo de
material de que ela é construída, além das características da água com que ela é alimentada.
Uma primeira avaliação desta frequência, entretanto, poderá ser feita após os seis meses
inicias de operação.
As seguintes ferramentas e outros recursos deverão estar disponíveis antes que a inspeção
seja iniciada: lanterna, martelo, picador, instrumentos perfurantes (cavinete, furador de gelo,
etc), raspadores, cademetas, lápis, giz, etc.
As facilidades porventura necessárias à execução dos serviços, tais como: andaime, escada,
etc., deverão ser providenciados por outros órgãos, o mesmo acontecendo com os
equipamentos de segurança.
8 – PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO
c) inspeção externa;
d) inspeção interna.
São dispositivos instalados com a finalidade de permitir um controle continuo das taxas de
corrosão da água, através de provadores ou cupons de testes, é pratica usual para cada ponto
monitorado, ter 4 cupons de testes com defasagem de uma semana, de modo que a cada
semana tenha uma taxa de corrosão representativa dos 28 dias anteriores.
A inspeção externa poderá ser feita em qualquer época com a torre de resfriamento em
operação e inclui: escadas, plataformas, fundações, suportes e tubulações, acessórios e
estruturas de concreto.
8.3.3 Tubulações
A inspeção externa das tubulações deve ser feita visualmente visando a localização de
avarias, empolamentos, corrosões externos e esforços indevidos.
Esta deverá ser feita com a torre de resfriamento fora de operação, embora seja possível, em
alguns casos, a verificação parcial da mesma, pela inspeção das células retiradas de operação.
Inclui:
9 – MÉTODOS DE REPAROS
Para evitar a contaminação da madeira sã, será indispensável a substituição dos elementos
que apresentam decomposição. Difícil é avaliar as condições mínimas de segurança dos
membros estruturais (madeirame e ferragem) de uma torre de resfriamento. Entretanto, a
experiência e o bom senso do inspetor podem definir o ponto limite a partir do qual os
componentes da torre requerem uma observação mais constante, ou mesmo substituições.
Embora seja este um assunto especializado, são aqui apresentadas algumas sugestões para os
casos mais comuns. Para estudos mais detalhados deverá ser consultada bibliografia
especializada.
Devem ser evitados materiais ferrosos na torre. Se empregados, entretanto, deverão ser
isolados da madeira. Pregos por exemplo, deverão ser de latão ou, na pior das hipóteses,
galvanizados.
O pH deve ser mantido entre 6 e 7, pois águas alcalinas podem provocar lixiviação da
madeira, predispondo-a ao ataque biológico.
Como esta decomposição ocorre na área molhada da torre, tratasmento adequado da água é
o meio mais eficaz para seu controle. Tal tratamento deve ser dar à água as seguintes
características:
Esta decomposição, não sendo influenciada pelas características da água, somente pode ser
controlada pelo tratamento imunizante da madeira utilizada na área de neblina.
Para que um registro seja considerado completo, nele devem constar dois tipos básicos de
informação:
b) condições físicas observadas nas várias células de uma torre, com as recomendações de
manutenção à longo prazo e substituição executadas.
O relatório deverá ser emitido, reunido todas as informações decorrentes de cada inspeção
geral.
INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO
1 – INTRODUÇÃO
Numa época anterior a implantação dos sistemas de Qualidade Total, ISSO 9000 e dos
contratos Turn Key, a inspeção de fabricação tinha um caráter fiscalizador, com vista a garantir
a observância das normas e especificações indicadas no pedido de compra; a assegurar a
utilização de boas técnicas de engenharia aplicadas ao projeto; aos materiais empregados na
fabricação, aos procedimentos e detalhes construtivos e à qualidade da mão-de-obra
empregada, com base nas normas e especificações estabelecidas entre o cliente e o
fornecedor. Hoje em dia, a ação “fiscalizar” se faz menos necessária do que antigamente, a
medida em que o fornecedor, contratualmente, responsabiliza-se pela qualidade do seu
produto. Contudo, a inspeção de fabricação não deixou de ser empregada, podendo ser
executada pelo fabricante, pelo cliente ou a quem por este seja delegado, cabendo ao
fornecedor prover todas as condições para o desempenho da atividade de inspeção.
2 – OBJETIVO
Este trabalho tem por objetivo, colocar em contato os profissionais que atuam, e os que
pretendem atuar nesta atividade, com as principais diretrizes inerentes à inspeção de
fabricação, relacionadas aos equipamentos, acessórios e componentes destinados à
instalações de processamento de petróleo, produtos petroquímicos, químicos e afins, a saber:
vasos de pressão, reatores, caldeiras, tanques, trocadores de calor, torres, fornos, bombas,
válvulas, tubulações, etc.
Nota1 - não é nosso objetivo a abordagem profunda dos aspectos de controle da qualidade
voltadas para produtos seriados, onde a inspeção de fabricação normalmente se dá por
controle de variáveis. Procuremos dar enfoque a inspeção por atributos, para a qual,
recomendamos a consulta de normas como a Militars Standard 105, onde todos os
parâmetros, como: tamanho do lote, amostragem, níveis de qualidade, rejeição, etc., são
muito bem definidos.
3 – GENERALIDADES
b) Documentação: para realização da inspeção, o inspetor deverá estar munido dos desenhos
da fabricação, pedido de compra, dados de projeto, critérios de aceitação/rejeição das normas
de referência e outras informações que possam auxilia-lo no desempenho da atividade;
4 – CONTROLE ESTATÍSTICO
ATRIBUTOS: têm caráter qualitativo. Neste caso incluem-se os “defeitos”, os quais poderão ser
objeto de classificação. A título de exemplicação podemos citar o diâmetro de um eixo, cujas
tolerâncias são definidas em especificação de fabricação e controle pode ser realizado por
meio de calibres passa-não-passa. O eixo será considerado dentro das especificações, se o seu
diâmetro mínimos – calibre não passa– e máximo – calibre passa, não existindo o interesse em
determinar quanto o diâmetro real do eixo afasta-se do diâmetro especificado.
VARIÁVEIS: são resultados numéricos muito comuns na avaliação de uma determinada
característica do material, tendo sua origem na medição de uma determinada dimensão
especificada. A variabilidade é possível para todos os valores contidos dentro do intervalo
especificado, sendo posteriormente analisado pela técnica de variáveis. Cada medição da
origem a um número descrito da característica do material que está sendo inspecionado.
Como exemplo, podemos citar o diâmetro de um eixo, o comprimento de uma peça ou o
diâmetro de furo, onde existe a preocupação em verificar, além dos limites especificados, em
quanto à medição efetuada afasta-se do valor exigido na especificação.
A técnica de inspeção por varáveis fornece informações mais completas, porém a inspeção
por atributos é mais rápida e de mais fácil execução, principalmente quando se procura
controlar um lote de peças já fabricadas, que deverão obedecer a requisitos preestabelecidos
por uma especificação, não só por ser mais rápida e econômica, como também, pelo fato do
interesse ser apenas de saber se o lote encontra-se das especificações exigidas e, que as peças
dentro do lote, não ultrapassarão o valor máximo pré-fixado.
As duas técnicas descritas acima têm, hoje, utilização limitada no controle da qualidade, haja
vista que eram empregadas ao final do processo produtivo, gerando altos índices de rejeição e
retrabalho, atualmente os sistemas de qualidade optam por técnicas que verificam as variáveis
durante a execução do processo produtivo. Contudo, apesar de ultrapassadas como técnicas
de controle da qualidade, ainda são bastante úteis na inspeção de recebimento de materiais,
principalmente a técnica por atributos.
A inspeção completa é demorada e onerosa, principalmente para grandes lotes. Neste caso, a
tarefa de inspeção poderá torna-se enfadonha, causando a possibilidade de erros do inspetor
e aceitação de peças defeituosas. Em estudos realizados em outros países, constatou-se que a
percentagem de peças defeituosas aceitas numa inspeção completa, pode variar de 5% a 15%.
Os planos de amostragem podem ser simples ou duplos. No caso dos planos de amostragem
simples, utiliza-se apenas uma amostra de tamanho “n”. Já os planos de amostragem dupla,
utilizam duas amostras de tamanhos “n1” e “n2”, em duas fases sucessivas.
Consideramos um lote “N” peças, onde “D” expressa um número de peças defeituosas. Este
lote apresentará uma fração defeituosa “P” expressão percentualmente, igual a:
P = D/N , ou seja: P%
A esta fração defeituosa P%, chamamos de nível de qualidade do lote. Observa-se que quanto
maior for a quantidade peças defeituosas “D”, maior será a fração defeituosa “P”, o que
implicará num nível de qualidade do lote cada vez pior.
Analogamente, do lote de tamanho “N”, extra-se uma amostra de tamanho “n”. Verifica-se
que a amostra contém uma quantidade “d” de peças defeituosas. A fração defeituosa da
amostra será, portanto:
p = d/n
O principal problema é estabelecer uma relação entre a fração defeituosa “P” do lote, e a
fração defeituosa “P” da amostra, de maneira que permita a aceitação do lote, conhecida a sua
qualidade.
Como já visto anteriormente, a inspeção completa (100%) não elimina o risco de existirem
peças defeituosas no lote inspecionado, nem permite, também, uma avaliação dos riscos de
ambas as partes. Portanto, é natural que tanto o fornecedor quanto o cliente, desejem fixar os
riscos a que estarão expostos, ao adotarem um critério de decisão, obtido através da inspeção
por amostragem que estabelece os dois risco:
Risco do produtor → α (P1): significa a probabilidade de que um lote de boa qualidade seja
rejeitada, isto é, a probabilidade de ser rejeitado um lote de qualidade P ≤ P1.
O cliente tentará reduzir o seu risco ao mínimo, da mesma forma agirá o fornecedor. Uma
primeira forma de caracterizar um plano de amostragem para aceitação é a escolha de quatro
elementos, sendo dois níveis de qualidade e dois riscos:
Os elementos acima e aos pares definem dois pontos da Curva característica de Operação
(CCO), do plano de amostragem.
4.6 – NÚMERO DE ACEITAÇÃO E NÚMERO DE REJEIÇÃO
Nos planos de amostragem simples, fixa-se o número máximo “a” de peças defeituosas
permitidas na amostra de tamanho “n”. A este número “a” denominamos número de
aceitação. Ocorrendo na amostra uma ou mais peças defeituosas além de “a”, o lote será
rejeitado. O número de rejeição “r” será então: r = a+1.
Já nos planos de amostragem dupla, fixa-se o número máximo “a1”e menor que “r” sendo “r”
o número de rejeição, deveremos examinar a 2° amostra “n2”. O total de peças defeituosas
nas duas amostras deverá ser inferior a “r” para o lote ser aceito. Portanto, no caso da
amostragem dupla, são definidos dois números de aceitação e um número de rejeição,
conforme segue:
Na escolha das peças para a constituição da amostra, o inspetor deverá proceder de maneira
aleatória.
Alguns planos de amostragem também estabelecem os números de rejeição “r1” e “r2”, para
a primeira amostra e para as duas amostras combinadas, respectivamente. O número de peças
defeituosas, encontradas na primeira amostra “d”, deverá o inspetor a decidir sobre a
aceitação ou rejeição do lote, neste último caso, passar apara a segunda fase, com a inspeção
da segunda amostra.
1° Fase:
d) se “d1” > “a1” mas não ultrapassar a “a” ou se “d1” < “r2”, executar a Segunda fase.
2° Fase:
a)Inspecionar a Segunda amostra “n2”, verificando o número de peças defeituosas “d2”;
Neste caso, também a escolha das peças para a formação das duas amostras, deverá ser de
forma aleatória.
São várias as normas existentes para a inspeção estatística por atributos. A mais utilizada
mundialmente é a – ML – STD – 105 (Militars Standard), desenvolvida durante a 2° Guerra
Mundial pelo Exército Norte Americano, baseado em estudos realizados pela Columbia
University e sendo adotado posteriormente por todas as Forças Armada Americana.
Esta norma estabelece planos de amostragem e procedimentos para inspeção estatística por
atributos. Estes planos destinam-se a utilização geral, sendo aplicáveis à inspeção de produtos
finais, componentes, matérias-primas, etc.
Amostragem simples
b) escolher a letra de código do tamanho da amostra. Entrar na Tabela I da MIL – STD 105, com
o tamanho do lote e o nível de inspeção II. Ex.: para um lote de 600 peças, nível II, a letra de
código é “J”;
d) entrar na Tabela II – A, planos de amostragem para inspeção normal (nível II) com a letra de
código do tamanho da amostra e o NQA escolhido, obtendo-se o tamanho da amostra e os
números de aceitação e rejeição. Para o exemplo acima, o tamanho da amostra será de 80
peças, a = 5 e r = 6;
e) proceder com esses valores conforme indicado no item 4.7 Amostragem Simples.
Amostragem dupla
b) escolher a letra de código do tamanho da amostra. Entrar na Tabela I da MIL – STD – 105,
com o tamanho do lote e o nível de inspeção II. Ex.: para um lote de 1500 peças, nível II, a letra
de código é “K”;
d) entrar na Tabela III – A, planos de amostragem dupla para inspeção normal (nível II),
tamanhos das amostras (n e n) e os números de aceitação e rejeição (a1, a2, r1 e r2). Para o
exemplo acima, n1 = 80, n2 = 80, a1 = 3, r1 = 7, a2 = 8 e r2 = 9;
Inspeção por atributos – é aquela na qual a unidade do produto é classificada apenas como
perfeita ou defeituosa, ou quando o número de defeitos do produto é contato, tomando-se
como referência um dado requisito ou conjuntos de requisitos.
Unidade por produto – é a porção a ser inspecionada para determinar a sua classificação
como perfeita ou defeituosa. Poderá ser um único artigo, um par, um conjunto, um
comprimento, uma área, ou o próprio produto acabado. A unidade do produto pode ou não,
ser a mesma que a unidade de compra, suprimento, produção ou expedição.
Defeito crítico – é aquele em que o julgamento e a experiência indicam que dele poderá
resultar condições de periculosidade ou insegurança para os usuários do produto, ou um
defeito que a partir dele poderá ser gerado prejuízo da função tática de um produto de maior
complexidade, da importância de um avião, um navio, carro de combate, um míssel ou um
veículo espacial.
Grande defeito – é um defeito não crítico que poderá resultar em falha ou em redução
substancial da capacidade de utilização da unidade do produto no atendimento aos propósitos
almejados.
Pequeno defeito – é aquele que não deverá resultar na redução substancial da capacidade de
utilização da unidade do produto no atendimento aos propósitos almejados.
N° de unid. Inspecionadas
N° de unid. Inspecionadas
NQA – é a percentagem máxima de defeituosos (n° máximo de defeitos por cem unidades).
Que para os propósitos de inspeção por amostragem, poderá ser considerado satisfatório
como uma média do processo. Quando um consumidor estabelece alguma valor específico
como uma média do processo. Quando um consumidor estabelece algum valor específico do
NQA para um certo defeito ou grupo de defeitos, ele indica ao fornecedor que seus (do
consumidor) planos de amostragem para aceitação deverão aceitar a grande maioria dos lotes,
ou conjuntos, que o fornecedor entrega para ser controlado, desde que o nível médio do
processo de percentagem de defeituosos (defeito por cem unidades), neste lotes ou
conjuntos, não exceda o valor estabelecido para o NQA. Assim o NQA é um valor designativo
da percentagem de defeituosos (defeito por cem unidades) que o consumidor indica que será
aceito na maioria dos casos, de acordo com o procedimento de aceitação da amostra a ser
usada. Os planos d amostragem aqui estabelecidos são elaborados de tal modo que a
probabilidade de aceitação para o valor fixado do NQA depende da grandeza da amostra,
sendo geralmente maior para grandes amostras do que para pequenas amostras para um dado
NQA. O NQA sozinho não define a proteção ao consumidor para lotes ou conjuntos individuais,
porém, está mais diretamente relacionado ao que poderá ser esperado de uma série de
conjuntos ou lotes, desde que seja seguido o caminho indicado nesta publicação. Será
necessário tomar como referência a Curva Característica de Operação do plano, para
determinar qual a proteção que terá o consumidor.
Lote ou conjunto – o termo lote ou conjunto deverá significar “lote de inspeção” ou “conjunto
de inspeção”, isto é, uma coleção de unidades de produto da qual uma amostra é retirada e
inspecionada para determinar a concordância com o critério de aceitação, e poderá diferir da
coleção de unidades designada como lote ou conjunto para outros propósitos (isto é,
produção, expedição, etc.);
4.12 – TABELAS
Ver anexo I.
Generalidades:
f) testemunhar todos os ensaios exigidos por normas. Ensaios adicionais podem ser realizados
a fim de assegurar que o material ou equipamento atenda a determinada exigência, ou
quando houver suspeita de alguma irregularidade;
Inspeção visual:
a) O inspetor deverá verificar as superfícies do equipamento e de todos os seus acessórios,
com o objetivo de detectar possíveis defeitos de fabricação e de não-conformidade com o
projeto;
Inspeção de solda:
e) o inspetor deverá acompanhar a soldagem e realizar a inspeção final dos cordões de solda,
através de inspeção visual, verificando a identificação das mesmas e o sinete dos soldadores;
Tratamentos térmicos:
a) o tratamento térmico, quando especificado pelo projeto e/ou normas de referência, deverá
ser acompanhado pelo inspetor a fim de verificar as temperaturas, taxas de aquecimento e
resfriamento, velocidades de aquecimento e resfriamento, patamar, etc.;
b) antes do início do tratamento térmico, deverá ser apresentado ao inspetor o gráfico para o
tratamento especificado, com o seu respectivo procedimento de execução;
Teste hidrostático:
Acondicionamento e embarque:
b) no caso de montagem final no campo, o inspetor deverá tomar cuidado especial com a
embalagem, identificação das peças e perfeitamente protegidas, para evitar danos durante o
transporte.
Liberação:
Além dos procedimentos descritos acima, alguns cuidados especificados deverão ser tomados
pelo inspetor. Serão apresentadas, a seguir, procedimentos de inspeção de fabricação,
considerando particularidades dos principais equipamentos de processo.
6.1 – CALDEIRAS
- verificar a condições de acabamento dos furos para a tubulação, nos tubulões ou espelhos
das caldeiras, em conformidade com o ASME Seção I;
- fazer rigoroso controle do diâmetro interno dos furos ou espelhos, dos diâmetros internos e
externos dos tubos dos tubulões;
- controlar as taxas de expansão dos tubos nos tubulões ou espelhos, em conformidade com o
ASME Seção I;
- os queimadores deverão ser examinados pelo inspetor a fim de assegurar de que estão de
acordo com as exigências e especificações de projeto;
- as chaminés deverão ser inspecionadas, devendo ser dada especial atenção às dimensões e
detalhes dos flanges, os quais deverão estar de acordo com os desenhos de fabricação;
- os tubos devem ser embalados de tal maneira que evite o ingresso de sujeira e/ou umidade;
- assegurar que a identificação nos materiais em aço liga seja feita de forma apropriada, sem a
utilização se sinetes de aço, a fim de evitar ataque corrosivo aos mesmos;
- assegurar que além do disposto no código ASME Seção I, serão atendidas também as
exigências da NR – 13, para caldeiras e vasos de pressão.
6.2 – FORNOS
- as curvas de retorno (180°) deverão ser fabricadas em uma só peça. A opção de construir as
peças a partir de duas curvas de 90° só serão aceitas mediante aprovação prévia do projeto;
- assegurar que a identificação nos tubos em aço liga seja feita de forma apropriada, sem a
utilização de sinetes de aço, a fim de evitar ataque corrosivo aos tubos;
- o fabricante dos suportes fundidos deve fornecer certificados de qualidade do material, como
a composição química da liga e os resultados dos ensaios mecânicos, e o inspetor deverá
verificar se atendem às exigências dos documentos de compra;
- os queimadores deverão ser examinados pelo inspetor a fim de assegurar de que estão de
acordo com as exigências e especificações do projeto;
- as chaminés deverão ser inspecionadas, devendo ser dada especial atenção às dimensões e
detalhes dos flanges, os quais deverão estar de acordo com os desenhos da fabricação;
- todos os ensaios nos equipamentos auxiliares deverão ser assistidos pelo inspetor;
- os tubos aletados devem ser protegidos contra danos no transporte e a ligações flangeadas
deverão ser fechadas com discos de madeira ou equivalentes;
- os tubos, cabeçotes de distribuição e curvas de retorno devem ser embolados de tal maneira
que evite o ingresso de sujeira e/ou umidade.
- deverão ser verificadas pelo inspetor as espessuras das chapas, as quais deverão estar de
acordo com as exigências do projeto e da norma API 650;
- o corte das chapas deverá ser verificado pelo inspetor, a fim de certifica-se de que foi
realizado em conformidade com as exigências de projeto e a norma API 650;
- chapas cladeadas deverão ser examinadas pelo inspetor, por meio de ultra-som, para
verificação de dupla laminação e/ou descolamento do clad;
- deverá ser realizada medição de espessura por ultra-som nas chapas do corpo e das calotas
do vaso, a fim de assegurar as especificações de projeto;
- quando o vaso de pressão possui internos de parede fina, tais como: ciclones, bandejas,
chicanas, defletores, tubos, etc., e esta estão também sujeitas ao tratamento térmico com o
vaso montado, estes internos deverão ser examinados quanto à distorção após tratamento
térmico;
- deverá ser verifica a existência de trincas em juntas soldadas, após a execução do tratamento
térmico;
- assegurar que a identificação nos materiais em aços inoxidáveis e liga seja feita de forma
apropriada, sem que utilização se sinetes de aço, a fim de evitar contaminação e ataque
corrosivo aos mesmos;
- assegurar que além do disposto no código ASME Seção VIII – Divisões I e II, serão atendidas
também as exigências da NR – 13, para caldeiras e vasos de pressão.
- chapas cladeadas deverão ser examinadas pelo inspetor por meio de ultra-som para
verificação de possíveis descolamentos e/ou laminação;
- deverá ser executado ensaio com líquido penetrante nas bordas da chapa para verificação de
dupla laminação e/ou descolamento do clad;
- deverá ser realizada medição de espessura por ultra-som nas chapas do corpo dos tampos do
tocador, a fim de assegurar as especificações de projeto;
- quando o trocador de calor possui feixe tubular (casco/tubo) e, as soldas do casco estão
sujeitas a tratamento térmico, o casco deverá ser examinado quanto à distorção após
tratamento térmico;
- a tolerância diametral nos cascos com feixes removíveis, deverá estar de acorod com a norma
TEMA;
- os trocadores de calor tubos duplos, horizontais ou verticais, deverão ser examinados quanto
aos flanges dos bocais de interconexão, que deverão estar no esquadro e acabados
corretamente;
- os feixes tubulares removíveis deverão ter meios confiáveis para prevenir a sua instalação
com deslocamento de 180 ⁰;
- a planicidade de faces dos flanges deve ser verificada onde forem montados por meio de
solda ou sofrerem alívio de tensão;
- durante a fabricação do feixe tubular, antes da colocação dos tubos no espelho, o inspetor
deverá verificar se o acabamento dos furos está adequado, limpo, isento de rebarbas e, se a
ranhura, quando requerida, está de acordo com as exigências das especificações e normas de
referência;
- fazer rigoroso controle do diâmetro interno dos furos dos espelhos, dos diâmetros internos e
externos dos tubos do feixe tubular;
- controlar as taxas de expansão dos tubos nos espelhos, em conformidade com o ASME Seção
I e a TEMA. A taxa de expansão dos tubos deve situar-se entre 7 e 10%, com o objetivo de, a
depender do material, evitar o seu encruamento;
- as extremidades dos tubos nos espelhos deverão ser examinadas quanto à existência de
trincas provenientes do processo de expansão;
- o inspetor deverá verificar todas as dimensões das chicanas internas, juntamente com suas
aberturas livres, as quais deverão estar de acordo com as especificações de projeto, antes da
expansão dos tubos nos espelhos;
- assegurar que a identificação nos materiais em aços inóxidos e liga seja feita de forma
apropriada, sem a utilização de sinetes de aço, a fim de evitar contaminação e ataque
corrosivo aos mesmos;
- todo o equipamento deverá ser testado hidrostaticamente, incluindo: feixe tubular, casco e
flutuante;
- na inspeção dos fundidos deverá ser observado o que estabelecem as normas MSS – SP – 55
e ASME Seção VIII;
- o inspetor deverá testemunhas o teste pneumático do corpo devendo ser realizado antes da
pintura do mesmo;
- na inspeção dos fundidos deverá ser observado o que estabelecem as normas MSS – SP 55 e
ASME Seção VIII;
- deverão ser aplicados em cada válvula os seguintes ensaio: hidrostático do corpo, contra-
vedação, vedação das sedes, baixa pressão da sede. O teste hidrostático do corpo deverá ser
realizado antes da pintura do mesmo e de acordo com o estipulado na API STD 598;
- a pressão para teste hidrostático do corpo deverá ser aplicada com as extremidades da
válvula fechada estando a cunha da válvula na posição parcialmente aberta, com a sobreposta
apertada, com o objetivo de manter a pressão de ensaio a testar também o engavetamento.
De acordo com a API STD 598, não é aceitável vazamento neste ensaio;
- o ensaio hidrostático de contra-vedação deverá ser aplicada consecutivamente ao ensaio do
corpo. Com a válvula ainda sob pressão, deverá ser totalmente aberta e, em seguida, a
sobreposta deverá ser afrouxada. De acordo com a API STD 598, também neste ensaio não são
permitidos vazamentos;
- a pressão para o ensaio hidrostático de vedação deverá ser aplicada com a cunha da válvula
totalmente fechada e com a sobreposta afrouxada para verificação de possíveis vazamentos
pelo castelo. Este ensaio deverá ser aplicado, sucessivamente em cada um dos lados da
válvula, estando o outro lado aberto para a atmosfera. O inspetor deverá anotar o número de
gota por minuto e comprar com o vazamento máximo especificado na API STD 598;
- o ensaio de baixa pressão deverá ser aplicado com ar ou gás inerte a uma pressão situada
entre 60 a 100 psi, sucessivamente de cada lado da válvula, com o outro lado aberto para
atmosfera. O inspetor deverá anotar o número de bolhas por minuto e comparar com o
vazamento máximo especificado na API STD 598;
- a válvula deverá ser identificada de acordo com as normas de referência e com especificado
no pedido de comprar;
- a válvula deverá ser embalada com proteção para os flanges ou terminais para solda, e estar
fechada.
- a pressão para teste hidrostático o corpo deverá ser aplicada com as extremidade da válvula
fechada, estando a válvula na posição parcialmente aberta, com a sobre posta apertada, com a
objetivo de manter a pressão de ensaio e testar também o engavetamento. Não é aceitável
vazamento neste ensaio;
- a pressão para o ensaio hidrostático de vedação deverá ser aplicado com a válvula
totalmente fechada. Este ensaio deverá ser aplicado, sucessivamente em casa um dos lados da
válvula, estando o outro lado aberto para a atmosfera. O inspetor deverá notar o número de
gotas por minuto e comparar com o vazamento máximo especificado na norma de referência;
- a válvula deverá ser identificada de acordo com as normas de referência e com o especificado
no pedido de compra;
- a válvula deverá ser embalada com a proteção para os flanges ou terminais para solda, e
estar fechada.
6.9 – VÁLVULAS ESFERA E MACHO TIPO “FIRE SAFE”
- as válvulas deverão obedecer ao que estabelece a ANSI – B 16.5, B – 16.11, B – 16.25. API STD
6.D E MSS – SP – 72;
- na inspeção dos fundidos deverá ser observado o estabelecem as normas MSS – SP – 55;
- a pressão hidrostática do corpo deverá ser aplicada com as extremidades da válvula fechada,
estando a válvula na posição parcialmente aberta. Não é aceitável vazamento neste ensaio;
- a pressão para o ensaio hidrostático da vedação deverá ser aplicada com a válvula totalmente
fechada. Este ensaio deverá ser aplicado, sucessivamente em cada um dos lados da válvula,
estando o outro lado aberto para a atmosfera. Não é permitido vazamento neste ensaio;
= no ensaio de vedação da sede sem os anéis de plástico, procura-se testar sua condição de
estanqueidade, com a sede de metal contra metal. Após a instalação da válvula na bancada,
será aplicada uma pressão de 10 psi, medindo-se o vazamento que ocorrer. Posteriormente, a
pressão será elevada, até o nível do ensaio de vedação sede normal, tornando-se a medir o
vazamento. Será permitido vazamento, porém nunca superior a 10cm³/min pol. de diâmetro
da válvula, até um máximo de 100 cm³/min. Em qualquer dos dois casos;
- para uma válvula ser considerada com condição de “fire safe”, deve atender aos ensaios de
exposição ao fogo e ensaio após exposição ao fogo, executados em protótipo para todos os
diâmetros de todas as classes fabricada, em conformidade com o estabelecido na norma FSV –
1 da OCMA.
- na inspeção dos fundidos deverá ser observado o que estabelecem as normas MSS – SP- 55;
- deverão ser aplicados em cada válvula os seguintes ensaios: hidrostático do corpo, vedação
das sedes, baixa pressão da sede. O teste hidrostático do corpo deverá ser realizado antes da
pintura do mesmo e de acordo com o estipulado na API 60;
- a pressão para teste hidrostático do corpo deverá ser aplicada com as extremidades da
válvula fechada, estando a válvula na posição parcialmente aberta, com a sobreposta
apertada, com o objetivo de manter a pressão de ensaio e testar também o engaxetamento.
De acordo com a API 60, não é aceitável vazamento neste ensaio;
- o ensaio de baixa pressão deverá ser aplicado com ar ou gás inerte a uma pressão situada
entre 60 a 100 psi, sucessivamente da cada lado da válvula, com o outro lado aberto para
atmosfera.
6.11 – PARAFUSOS
- deverá ser realizada inspeção visual em todo o lote para verificação de imperfeições mais
grosseiras. Em lotes muito grandes, a critério do inspetor, poderá ser realizada inspeção por
amostragem com base na norma MIL STD 105 D;
- a inspeção dimensional deverá ser realizada por amostragem, para lotes superiores a 25
unidades com base na norma MIL STD 105 D;
- as espessuras das chapas deverão ser verificadas pelo inspetor, em conformidade com as
tolerâncias estabelecidas pelas normas API;
- antes da calibragem, o inspetor deverá ser verificar a superfície superior das chapas, que
ficará na face interna dos tubos, a fim de certificar-se que se encontra isenta de defeitos
conforme estabelecido na norma API;
- o corte das chapas, a sua largura e o preparo dos biseis deverão estar de acordo com a API;
- deverão ser verificadas as espessuras nas extremidades dos tubos, assim com as dimensões
dos diâmetros internos e externos, por meio da calibradores, numa faixa de 10cm, a partir das
extremidades dos tubos. As tolerâncias são estabelecidas pela API;
- o inspetor deverá medir o empeno longitudinal dos tubos em atendimento às normas API;
- a superfície externa dos tubos deverá ser vertificada em conformidade com API, assim com o
seu comprimento e peso;
- o inspetor deverá acompanhar o teste hidrostático dos tubos de acordo com o parâmetro
estabelecidos na API;
- as espessuras das chapas deverão ser verificadas pelo inspetor, em conformidade com as
tolerâncias estabelecidas pelas normas de referência;
- antes da calandragem, o inspetor deverá verificar a superfície superior das chapas, que ficará
na face interna dos tubos, a fim de certificar-se que se encontra isenta de defeitos;
- o corte das chapas, a sua largura e preparo dos biseis deverão estar de acordo com as normas
de referência;
- deverão ser verificadas as espessuras nas extremidades dos tubos, assim como as dimensões
dos diâmetros internos e externos, por meio de calibradores, numa faixa de 10 cm, a partir das
extremidades dos tubos;
- o inspetor deverá medir o empeno longitudinal dos tubos em atendimento às normas de
referência;
- a superfície externa dos tubos deverá ser verificada em conformidade com a norma de
referência, assim como o seu comprimento e peso;
- o inspetor deverá acompanhar o teste hidrostático dos tubos de acordo com os parâmetros
estabelecidos nos documentos de referência;
- os flanges, conexões e juntas deverão atender ao prescrito nas normas ASTM e ANSI;
- este procedimento aplica-se às bombas centrífugas cuja fabricação atenda à norma API STD
610;
- deverão ser verificadas as folgas e durezas dos anéis de desgaste, conforme a API STD 610, e
suas medidas de acordo com os desenhos do fabricante;
- cada bomba deverá ser submetida aos seguintes ensaios: hidrostático de carcaça.
Desempenho, NPSH e balanceamento;
- o teste hidrostático deverá ser realizado com a carcaça sem pintura e estar de acordo com
norma API STD 610;
- cada bomba deverá ser submetida aos seguintes ensaios: hidrostático da carcaça,
desempenho, NPSH e balanceamento;
- o teste hidrostático deverá ser realizado com a carcaça sem pintura e estar de acordo com a
norma de referência;
- todos os componentes deverão ser submetidos a inspeção visual, com a bomba desmontada;
- o teste hidrostático deverá ser realizado com a carcaça sem pintura e estar de acordo com a
norma de referência;
- todos os componentes deverão ser submetidos a inspeção visual, com a bomba desmontada;
- o teste hidrostático deverá ser realizado com carcaça sem pintura e estar de acordo com a
norma de referência;
- no teste de desempenho cada bomba deverá funcionar sem carga, por um período de tempo
suficiente para serem feitas as observações das características do equipamento, devendo ser
observadas em especial, as temperaturas dos mancais e a pressão do óleo. Após a realização
desse ensaio a bomba deverá ser aberta, para verificação dos cilindros, bielas,engrenagens e
caixas de engrenagens. Os filtros e peneiras deverão ser examinados para verificação da
presença de limalhas de ferro e outros materiais estranhos;
- todos os impelidores fundidos deverão ser inspecionados de acordo com a API STD 617;
- parafusos e aberturas na carcaça deverão estar de acordo com a API STD 617;
- o teste hidrostático deverá ser realizado de acordo com a norma de referência, para todas as
partes submetidas a pressões, inclusive as tubulações de óleo lubrificante, gás ou água de
refrigeração;
- todos os componentes (carcaça, eixos, manivelas, bielas, pistões, cilindros, etc.) deverão ser
submetidos à inspeção visual, com o compressor desmontado;
6.21 – COMPRESSORES DE AR
- este procedimento aplica-se às turbinas cuja fabricação atenda à norma API STD 615;
- o teste hidrostático deverá ser realizado com a carcaça de acordo com norma API STD 615;
- o teste de desempenho deverá ser executado conforme estipulado na API STD 615;
RELATÓRIOS DE INSPEÇÃO
1 – INTROUÇÃO
• Através de formulários: previamente elaborados e com os campos definidos, que podem ser
impressos (vide modelos no final do capítulo) ou digitais (meio eletrônico).
2.3 – Índice
2.6 – Introdução
Uma boa introdução deve focar o assunto objeto de inspeção, de modo amplo,
primeiramente, enfatizando sua importância e justificando o trabalho. Em uma segunda etapa,
a introdução deverá ser mais específica com relação aos métodos utilizados.
2.7 – Resultados da inspeção
2.9 – Conclusão
Após criteriosa análise das condições físicas do equipamento, caso seja necessário, deve-se
emitir recomendações de inspeção, visando reparar ou preservar o equipamento, de modo
que o mesmo possa operar com segurança.
As tabelas, figuras e fotos devem ser inseridas no texto mais próximas possível do trecho que
as citam. As figuras deverão ser limitadas a uma única página, evitando material “dobrável”.
Nas tabelas o título deve ser apresentado acima destas. No caso das figuras e fotos, o título
deve ser relacionado abaixo de cada uma.
Quando for o caso, mencionar nas legendas das tabelas e figuras a fonte de onde foram
tirados os dados. Quando muito numerosas, as tabelas e figuras devem ser colocadas em
anexo, para não sobrecarregarem o texto.
2.12 – Anexo
Anexo (ou apêndice) consiste de um elemento que compõe a estrutura, como dados
estatísticos, gráficos, relatórios de ensaios não destrutivos, etc., que se acrescenta a um
relatório como resultados complementares de esclarecimento ou documentação do mesmo.
Os anexos são numerados com algarismos arábicos seguidos do título. Ver exemplo abaixo:
Anexo 2: Desenho
Sua localização é no final da obra, antes do glossário, quando houver, e deve ser rastreável
com o relatório principal.
2.13 – Glossário
As referências bibliográficas devem ser citadas no texto por números ou por nomes dos
autores e possuem uma norma para sua apresentação, sendo que ao iniciar a segunda linha do
texto, esta deve estar imediatamente abaixo da terceira letra da primeira linha
Em alguns casos a legislação disciplina o conteúdo mínimo do relatório, como no caso da NR-
13, tanto na parte de vasos de pressão como na parte de caldeiras:
h) conclusões;
b) categoria da caldeira;
c) tipo da caldeira;
h) relação dos itens desta NR ou de outras exigências legais que não estão sendo atendidas;
i) conclusões;
ATENÇÃO: Todo relatório deve ser assinado pelo profissional devidamente identificado.
3 - EXERÍCIOS
(c) são os registros das condições físicas, análise e recomendações, indispensáveis na atividade
de inspeção de equipamentos;
(e) os relatórios de inspeção podem ser elaborados através de formulários, onde não há
limitação de campo.
GABARITO
1- C
2- E