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RELATÓRIO DE IMPACTO
AMBIENTAL – RIMA DA ÁREA DE
IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
FLORESTAL DA SUZANO, NA
REGIÃO DE TIMON, ESTADO DO
MARANHÃO
RELATÓRIO FINAL
03SPC1008 REV0
CURITIBA / PR
JANEIRO / 2010
SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A.
RELATÓRIO FINAL
SPC1008 REV0
CURITIBA / PR
JANEIRO / 2010
CONTEÚDO
Pág.
i
4.2 - Situação Atual do Meio Físico ............................................................................... 4.3
4.2.1 - Clima ................................................................................................................. 4.3
4.2.1.1 - Insolação................................................................................................... 4.3
4.2.1.2 - Nebulosidade ............................................................................................ 4.4
4.2.1.3 - Balanço Hídrico ......................................................................................... 4.4
4.2.2 - Recursos Hídricos ............................................................................................. 4.4
4.2.2.1 - Disponibilidade e Demanda dos Recursos Hídricos Superficiais ............. 4.5
4.2.2.2 - Disponibilidade e Demanda dos Recursos Hídricos Subterrâneos .......... 4.5
4.2.2.3 - Qualidade da Água ................................................................................... 4.6
4.2.3 - Geologia ............................................................................................................ 4.6
4.2.4 - Relevo ............................................................................................................... 4.7
4.2.5 - Solos ................................................................................................................. 4.9
4.3 - Situação Atual do Meio Biológico ......................................................................... 4.9
4.3.1 - Vegetação ......................................................................................................... 4.9
4.3.1.1 - Descrição da Área de Influência do Empreendimento .............................. 4.11
4.3.2 - Fauna ................................................................................................................ 4.13
4.3.2.1 - Peixes ....................................................................................................... 4.13
4.3.2.2 - Mamíferos ................................................................................................. 4.13
4.3.2.3 - Aves .......................................................................................................... 4.15
4.3.2.4 - Melissofauna ............................................................................................. 4.16
4.3.2.5 - Anfíbios e Répteis ..................................................................................... 4.16
4.4 - Socioeconomia ....................................................................................................... 4.17
4.4.1 - Oficinas Participativas ....................................................................................... 4.17
4.4.2 - Municípios da Região de Estudo ...................................................................... 4.18
4.4.2.1 - Afonso Cunha ........................................................................................... 4.18
4.4.2.2 - Aldeias Altas ............................................................................................. 4.18
4.4.2.3 - Buriti Bravo ............................................................................................... 4.19
4.4.2.4 - Caxias ....................................................................................................... 4.20
4.4.2.5 - Codó ......................................................................................................... 4.21
4.4.2.6 - Coelho Neto .............................................................................................. 4.21
4.4.2.7 - Colinas ...................................................................................................... 4.22
4.4.2.8 - Fortuna...................................................................................................... 4.23
4.4.2.9 - Governador Eugênio Barros ..................................................................... 4.23
4.4.2.10 - Governador Luiz Rocha .......................................................................... 4.24
4.4.2.11 - Jatobá ..................................................................................................... 4.25
4.4.2.12 - Lagoa do Mato ........................................................................................ 4.25
4.4.2.13 - Matões .................................................................................................... 4.26
ii
4.4.2.14 - Paranarama ............................................................................................ 4.27
4.4.2.15 - Passagem Franca ................................................................................... 4.27
4.4.2.16 - São Francisco do Maranhão ................................................................... 4.28
4.4.2.17 - São João do Sóter .................................................................................. 4.29
4.4.2.18 - Senador Alexandre Costa ....................................................................... 4.29
4.4.2.19 - Timon ...................................................................................................... 4.30
4.4.3 - Demografia E Dinâmica Populacional ............................................................... 4.31
4.4.4 - Comunidades Tradicionais ................................................................................ 4.31
4.4.4.1 - Quilombolas .............................................................................................. 4.31
4.4.4.2 - Quebradeiras de Coco .............................................................................. 4.31
4.4.5 - Indicadores Sociais ........................................................................................... 4.32
4.4.6 - Infraestrutura dos Municípios ............................................................................ 4.32
4.4.6.1 - Vias de Acesso ......................................................................................... 4.32
4.4.6.2 - Habitação .................................................................................................. 4.33
4.4.6.3 - Energia Elétrica ......................................................................................... 4.33
4.4.6.4 - Saneamento Básico .................................................................................. 4.33
4.4.6.5 - Educação .................................................................................................. 4.33
4.4.6.6 - Saúde ........................................................................................................ 4.33
4.4.7 - Economia Regional ........................................................................................... 4.34
4.4.8 - Aspectos Sociais ............................................................................................... 4.34
4.4.9 - Arqueologia ....................................................................................................... 4.35
5 - DESCRIÇÃO DOS PROVÁVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS .......................................... 5.1
5.1 - Avaliação de Impactos Ambientais ....................................................................... 5.1
5.2 - Análise Quantitativa ............................................................................................... 5.10
6 - MEDIDAS E PROGRAMAS PROPOSTOS ..................................................................... 6.1
6.1 - Medidas Preventivas, Mitigadoras e Compensatórias Recomendadas ............ 6.1
6.1.1 - Gestão dos Resíduos Sólidos ........................................................................... 6.1
6.1.2 - Implantação de Sistemas Adequados de Captação e
Tratamento do Esgoto....................................................................................... 6.2
6.1.3 - Implantação de Sinalização e Redutores de Velocidade
nas Vias de Acesso........................................................................................... 6.2
6.1.4 - Uso Racional de Fertilizantes, Adubos e Agrotóxicos....................................... 6.3
6.1.5 - Emprego Preferencial de Mão-de-Obra Regional ............................................. 6.3
6.1.6 - Promoção de Parcerias com os Atores Locais
(Poder Público, Setor Privado, Instituições Não-Governamentais,
Associações de Classe e Outros). .................................................................... 6.4
6.2 - PROGRAMAS AMBIENTAIS ................................................................................... 6.4
6.2.1 - Programas de Controle e Compensação Ambiental ......................................... 6.4
iii
6.2.1.1 - Programa de Zoneamento Ambiental (Plano Integrado
de Manejo Ambiental – PLIMA) ................................................................ 6.4
6.2.1.2 - Programa de Gestão e Controle da Qualidade do Ar ................................ 6.5
6.2.1.3 - Programa de Proteção às Áreas de Encostas e Áreas
de Preservação Permanente (APPs) ........................................................ 6.5
6.2.1.4 - Programa de Controle de Processos Erosivos.......................................... 6.6
6.2.1.5 - Programa de Resgate e Manutenção de Espécies Vegetais .................... 6.7
6.2.1.6 - Programa de Supressão Direcionada da Vegetação e
Afugentamento de Fauna ......................................................................... 6.7
6.2.1.7 - Programa de Compensação para Unidade de Conservação .................... 6.7
6.2.1.8 - Programa de Prevenção e Combate a Incêndios...................................... 6.7
6.2.1.9 - Programa de Comunicação Social ............................................................ 6.7
6.2.1.9 - Programa de Comunicação Social ............................................................ 6.8
6.2.1.10 - Programa de Apoio a Populações Afetadas ............................................ 6.8
6.2.1.11 - Programa de Qualificação de Mão-de-Obra Local .................................. 6.9
6.2.1.12 - Programa de Segurança no Trabalho ..................................................... 6.9
6.2.1.13 - Programa de Apoio ao Uso Sustentado e Aproveitamento
Econômico dos Recursos Nativos (Extrativismo Vegetal) ...................... 6.9
6.2.1.14 - Programa de Parceria Florestal ............................................................... 6.10
6.2.1.15 - Programa de Educação Ambiental e Cultural .......................................... 6.10
6.2.1.16 - Programa de Resgate Arqueológico........................................................ 6.11
6.2.2 - Programas de Monitoramento........................................................................... 6.12
6.2.2.1 - Programa de Monitoramento de Bacias Hidrográficas
(HYDRUS) ................................................................................................. 6.12
6.2.2.2 - Programa de Monitoramento de Microbacia
Hidrográfica Florestada ............................................................................. 6.12
6.2.2.3 - Programa de Monitoramento e Controle do Uso dos Aquíferos ................ 6.13
6.2.2.4 - Programa de Pesquisa e Monitoramento da Flora e da Fauna ................. 6.13
7 - BALANÇO AMBIENTAL ................................................................................................. 7.1
7.1 - Síntese do Balanço ............................................................................................ 7.1
8 - CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE FUTURA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ............. 8.1
8.1 - Sem o Projeto Florestal .......................................................................................... 8.1
8.2 - Com o Projeto Florestal ......................................................................................... 8.2
9 - CONCLUSÃO .................................................................................................................. 9.1
9.1 - Quanto ao Projeto Florestal ................................................................................. 9.1
9.2 - Quanto ao Ambiente ............................................................................................ 9.1
10 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 10.1
iv
LISTA DE TABELAS
Pág.
v
LISTA DE FIGURAS
Pág.
vi
LISTA DE FOTOS
Pág.
vii
Foto 6.05 - Exemplo de Saída de Bueiro ................................................................................. 6.6
Foto 6.06 - Equipamentos Utilizados em Prevenção e Combates a Incêndios ....................... 6.8
Foto 6.07 - Instituto Ecofuturo ................................................................................................. 6.11
Foto 6.08 - Patrimônio Cultural e Religioso ............................................................................ 6.12
viii
1 – APRESENTAÇÃO
1 – APRESENTAÇÃO
A Suzano Papel e Celulose, através da STCP Engenharia de Projetos LTDA., empresa de
consultoria contratada, apresenta o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) elaborado a
partir do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do “Projeto Florestal da Suzano – Papel e
Celulose S.A., na Região de Timon, Estado do Maranhão”.
Para atender a uma das fases do processo de licenciamento ambiental do projeto, este
documento contém os resultados obtidos no Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que obedeceu
ao estabelecido no Termo de Referência sugerido e aprovado pela Secretaria do Estado de
Meio Ambiente e Recursos Naturais do Estado do Maranhão (SEMA/MA) e nas exigências da
legislação pertinente. O documento está estruturado de forma a atender o estabelecido na
Resolução CONAMA 001/86, em especial ao art 9º:
Parágrafo único: O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua
compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível,
ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação
visual, de modo qu se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto,
bem como todas as conseqüências ambientais de sua implementação.
O projeto florestal tem como objetivo o plantio comercial de eucalipto para atender as
necessidades da produção de celulose e o auto-abastecimento da nova unidade industrial a ser
instalada na região. Para isto, o projeto contempla todas as questões relativas ao
desenvolvimento econômico, social e ecológico, e em consonância com a utilização racional
dos recursos naturais existentes e disponíveis.
Nas propriedades adquiridas, serão determinadas as áreas de plantio efetivo e toda a infra-
estrutura necessária para a instalação e manutenção do projeto, bem como as áreas
legalmente protegidas de reserva legal e preservação permanente, e ainda outras que possam
ser definidas. Desta forma é possível compor um ambiente integrado, a fim de possibilitar a
manutenção da vegetação nativa e fauna local.
A base florestal poderá ser implantada em áreas dos seguintes municípios: Coelho Neto,
Afonso Cunha, Codó, Aldeias Altas, Caxias, São João do Sóter, Timon, Matões, Senador
Alexandre Costa, Governador Eugênio Barros, Parnarama, Governador Luiz Rocha, Fortuna,
Buriti Bravo, Lagoa do Mato, Jatobá, Colinas, Passagem Franca e São Francisco do Maranhão.
Responsável Técnico: Joésio Deoclécio Pierin Siqueira – Dr. em Política e Economia Florestal
Email: joesio@stcp.com.br
CREA 4.057/D-PR Visto CREA/MA: 2788 CTF IBAMA: 183508
2 – Informações Gerais
Ramon Gomes
Engenheiro Ambiental _____________________________
Coordenadora:
Michela Rossane Cavilha
Geógrafa
Especialista em Análise Ambiental
CREA/PR 93566/D CTF 1503810 _____________________________
Daniel da Luz
Geólogo
Especialista em Geomorfologia e Geologia
CREA/MA 3.220/D _____________________________
Coordenador:
Pieter M. van der Meer
Biólogo
CTF 1022105 _____________________________
Claudia Sampaio
Engenheira Agrônoma – Socioeconomista
Doutora em Planejamento e
Desenvolvimento Rural Sustentável
CREA-PR 23.603/D CTF 4732705 _____________________________
Osmar Fantinel
Técnico em Geoprocessamento _____________________________
Marcelo Ling
Aluno de Engenharia Florestal – PUC/PR
Aluno de Economia – FAE _____________________________
3.1 – HISTÓRICO
A partir do início dos anos 90, a Suzano passou por um amplo programa de reestruturação e
profissionalização, balizando suas atividades nos setores de papel e celulose e na
petroquímica. Dentro desse novo contexto, definiu suas políticas socioambientais por meio de
ações efetivas, como a criação do Instituto Ecofuturo, de promoção do desenvolvimento
sustentável.
Nos últimos anos, o grupo Suzano buscou consolidar seu processo de gestão profissional,
criando um Modelo de Gestão Corporativa da Sustentabilidade, válido para o mundo inteiro.
Em 2008, anunciou o plano de expansão, com a construção de plantas industriais nos estados
do Maranhão e Piauí e ampliação da unidade de Mucuri/BA.
O Maranhão desponta com um novo pólo no setor de papel e celulose do Brasil, com grande
potencial para o desenvolvimento do setor florestal. Buscando o crescimento das suas
atividades, a Suzano firmou com o Governo do Maranhão um protocolo de intenções para a
construção de uma fábrica de celulose no Estado, como parte dos investimentos para o período
de 2009-2013.
Para suprir a demanda da fábrica a ser instalada no Estado, cuja capacidade de produção
prevista é de 1,3 milhão de toneladas, o projeto proposto pretende implantar uma base florestal
baseada no plantio de eucalipto, com investimentos da ordem de US$ 1,8 bilhão.
3 – O Empreendimento
3.2 – O QUE É?
O Projeto Florestal da Suzano visa plantar eucaliptos numa área de 140 mil hectares nas
microrregiões maranhenses de Caxias, Codó, Coelho Neto, Presidente Dutra, Chapadas do
Alto Itapecuru e região de Timon, que somam 19 municípios. A floresta deverá abastecer a
nova unidade industrial de produção de celulose a ser instalada no Estado do Maranhão.
O Projeto Florestal inclui ainda áreas com vegetação natural (reserva legal, preservação
permanente e corredores ecológicos), para atendimento da legislação ambiental, e áreas
dotadas da infra-estrutura necessária para a implantação de florestas plantadas.
Projetos florestais produzem madeira como matéria-prima para fins industriais sob condições
edafoclimáticas locais. Sua implantação nas regiões tropicais tem apresentado interessante
resultado econômico para a atividade silvicultural, obtido através da boa integração entre a
produção da madeira e sua utilização industrial, além do ótimo rendimento florestal alcançado e
a grande disponibilidade de áreas aptas para a formação do plantio.
A região do Leste maranhense, onde estão localizadas quatro das cinco microrregiões desse
projeto, possui a maior parte de suas terras classificadas como de boa aptidão para a
silvicultura. A definição das áreas de plantio implica, preliminarmente, a identificação de
espaços para a reserva legal e áreas de preservação permanente (ou sua recomposição),
conforme determina a legislação ambiental.
carvão (13,4%), painéis reconstituídos (5,1%), compensados (3,6%) e outros (2,1%). Segundo
a ABRAF (2009), em 2008 as regiões Norte e Sul produziram 16,7% e 11% do total,
respectivamente.
Por fim, sob a ótica ambiental, uma avaliação quantitativa de impactos ambientais de
reflorestamento o Brasil realizada por Silva (1994) identifica cinco relacionados aos
reflorestamentos no Brasil: criação de empregos na área rural; dinamização do setor comercial
pela aquisição de fatores de produção; contribuição ao desenvolvimento regional pela
implantação da rede rodoviária florestal; aumento da oferta de alimento para vertebrados em
função do revolvimento do solo e surgimento da vegetação de sub-bosque, com a retirada
mecânica de serapilheira.
Quanto ao consumo de água do eucalipto, Lima (2004) afirma, que a partir de inúmeros
resultados experimentais, que o consumo de água do eucalipto não difere muito do consumo
de outras espécies florestais. Almeida e Soares (2003) realizaram um estudo comparativo entre
floresta de eucalipto e floresta atlântica e concluíram que as plantações de eucalipto (E.
grandis) exercem controle de transpiração eficiente em condições de baixa disponibilidade de
água no solo. Afirmaram também que ao considerar um ciclo completo de crescimento, cerca
de 7 anos, o eucalipto pode consumir menos água que a mata nativa na região estudada
(Figura 3.01).
Outros benefícios ambientais também podem ser citados com a implantação e conservação de
plantios florestais: melhoria da infiltração de água no solo, diminuição da pressão sobre as
florestas nativas, preservação e conservação de florestas nativas (áreas de reserva legal, de
preserevação permanente, entre outras), corredores de fauna e conectividade entre áreas de
reserva, melhoria da qualidade dos solos, planejamento do uso do solo, a partir de um
programa de zoneamento ambiental e melhoria no microclima regional.
Essa região considera os 19 municípios a seguir: Coelho Neto, Afonso Cunha, Codó, Aldeias
Altas, Caxias, São João do Soter, Timon, Matões, Senador Alexandre Costa, Governador
Eugênio Barros, Parnarama, Governador Luiz Rocha, Fortuna, Buriti Bravo, Lagoa do Mato,
Jatobá, Colinas, Passagem Franca, São Francisco do Maranhão.
Licenciamento
Elaboração de cronogramas preliminares
Comunicação, Negociação e Aquisição de Terras
Formação de estrutura própria, complementada com empresas
especializadas
IMPLANTAÇÃO
Limpeza do terreno
Limpeza do Terreno Enleiramento de resíduos
Sistematização das Áreas
Combate a formigas e repasse; Calagem; Gradagem
Preparo do Solo Subsolagem / fosfatagem, Fertilização;
Conservação de estradas e aceiros
A Tabela 3.03 apresenta a projeção estimada dos investimentos necessários ao longo dos 7
primeiros anos do projeto, totalizando R$ 902,823 milhões, entre investimentos na aquisição de
terra e formação da base florestal. Cabe destacar que este mesmo investimento poderá ser
reaplicado a cada 7 anos (ciclo da floresta plantada de eucalipto).
Tabela 3.03 – Projeção dos Investimentos do Projeto Florestal nos 7 Primeiros Anos
ANO DESEMBOLSO (MILHÕES)
1 99.424
2 117.957
3 124.334
4 130.711
5 137.088
6 143.466
7 149.843
TOTAL 902.823
* Inclui estimativa de investimento de parte da gestão florestal e P&D (cerca de 7%
investimento) para os 140 mil ha.
Fonte: Elaboração STCP, base de dados SUZANO, (out/2009).
Para identificar alternativas locacionais do Projeto Florestal utilizou-se como base um estudo
da Suzano Papel e Celulose, de agosto de 2005, que teve como objetivo executar atividades
3.6 2010 © STCP Engenharia de Projetos Ltda
3 – O Empreendimento
Este trabalho permitiu avaliar as potencialidades para a implantação de projetos florestais por
meio de critérios pré-selecionados. Foram avaliados locais nos estados brasileiros e em alguns
países da América do Sul. (Uruguai, Peru, Argentina, Equador). Para a condução dos trabalhos
foram considerados dois cenários. O primeiro: ampliação da capacidade instalada na unidade
de Mucuri (BA) e o segundo a implantação de nova unidade industrial.
A metodologia utilizada na seleção e avaliação dos locais consistiu em duas fases: pré-seleção
de locais, quando foram aplicados critérios de eliminação (aptidão para silvicultura, situação
fundiária e topografia) e a fase de seleção, quando foram aplicados critérios de seleção,
agrupados em duas categorias: qualitativos e quantitativos. Os critérios qualitativos foram
divididos em três aspectos: florestais, socioeconômicos e outros aspectos (barreiras tarifárias e
incentivos/benefícios a plantios). Quanto aos critérios quantitativos, foi levada em conta a
estimativa de investimentos em terras e em florestas. As alternativas são as seguintes:
• Alternativa I:
A escolha da região de Timon justifica-se pelas condições propícias que apresenta, tais como a
disponibilidade de áreas e a existência de mão-de-obra com conhecimento em plantação de
florestas. Ao se estender por vários municípios do Estado, o Projeto Florestal da Suzano
possibilitará um aumento potencial de geração de renda e empregos, numa região com altos
índices de desocupação e desigualdade social. Além do mais, não existem restrições legais
para a implantação de projetos florestais com eucalipto.
• Alternativa II:
Com base nos estudos desenvolvidos, o estado de Goiás constitui uma alternativa para a
instalação do Projeto Florestal. Porém, comparativamente à de Região de Timon, apresenta
como limitantes o fato de que a microrregião de Quirinópolis, desde 2005 vem apresentando
desenvolvimento acelerado, principalmente pela implantação do sistema sucroalcooleiro. A
disponibilidade de terras viu-se reduzida com a implantação de canaviais. Além disso, o valor
da terra se tornou elevado - U$ 1.750,00 por hectare - e, por conseguinte, o valor total da
implantação do Projeto Florestal se elevaria a inviáveis U$ 885,1 milhões. Ainda foram
levantados problemas de conflitos sociais, principalmente com o MST no Sul do Estado (Jataí-
São Simão), com assentamento ao longo da BR 364.
Em contrapartida, o estado de Goiás apresenta uma precipitação média maior que a da Região
de Timon. Outro ponto positivo desta região é a rede viária em boas condições, enquanto na
região de Timon as estradas não apresentam de maneira geral, o mesmo estado de
conservação.
• Alternativa III:
7
6,01
6
5
5
TIR (%)
4
2,9
3 2,3
2
0
Eucalipto Cana Pecuária Bovina Babaçu
No entanto, cabe salientar que culturas de ciclo curto, como as 2 alternativas analisadas, bem
como a extração vegetal (babaçu), são altamente sensíveis a oscilações de mercado (preço de
venda). Por isso, em determinados períodos, podem apresentar uma lucratividade mais alta ou
mais baixa do que a encontrada nesta analise.
No plano federal, são 32 programas do Plano Plurianual (PPA) 2008/2011, que articula e
integra as principais políticas públicas, incluindo o Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC). O PPA é organizado em três eixos: crescimento econômico, agenda social e educação
de qualidade. O plano além de estabelecer metas e prioridades, responde o grande desafio de
acelerar o crescimento econômico, promover a inclusão social e reduzir as desigualdades
sociais.
O Programa de Parceria Florestal, proposto pela SUZANO, vem de encontro com o PRONAF
(Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar), pois possui o objetivo de estimular
pequenos agricultores à prática da silvicultura. Além de outros programas do PPA como o
Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio, Apoio ao Desenvolvimento do Setor
Agropecuário e Programa Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário e Agroindustrial.
Na área social os programas propostos pela SUZANO como o Programa de Apoio ao Uso
Sustentado e Aproveitamento Econômico dos Recursos Nativos (extrativismo vegetal) estão de
acordo com os objetivos propostos nos programas Conservação, Manejo e Uso Sustentável da
Agrobiodiversidade do Governo Federal.
No Maranhão, dez programas do Plano Plurianual Estadual 2008/2011 e três outras iniciativas
do Governo do Estado dizem respeito à área de atuação do Projeto Florestal da Suzano e que
futuramente poderão sustentar parcerias e integrações de mútuo benefício. Programas do PPA
Estadual como redução da pobreza rural e desenvolvimento científico e tecnológico, são
exemplos de programas que podem gerar parcerias.
Desta forma, para os assuntos de meio ambiente, cabe ao legislativo elaborar as normas
legais, ao executivo executar e fazer executar, a política e diretrizes governamentais fixadas
para o meio ambiente, obedecendo às normas legais e ao judiciário zelar pelo seu
cumprimento.
No que se refere aos municípios, suas diretrizes gerais estão em suas Leis Orgânicas,
podendo também possuir Leis Ambientais, disciplinadoras da proteção do meio ambiente, e
definidoras da política municipal em relação ao meio ambiente, o que é mais comum em
municípios maiores e mais bem estruturados.
O Projeto Florestal objeto do presente Estudo de Impacto Ambiental deve estar inserido dentro
dos princípios estabelecidos na Constituição Federal. Diz o caput do art. 225:
“Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações”.
Cabe lembrar que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão
os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados, por expressa determinação
constitucional, prevista no § 3º do art. 225 da Constituição Federal. Esta disposição
constitucional foi regulamentada pela Lei 9.605/98, a Lei de Crimes Ambientais.
A Tabela 3.04 apresenta algumas das legislações ambientais nas esferas federal e estadual
aplicáveis ao projeto.
LEGISLAÇÃO FEDERAL
Lei nº 6.938/81 Instiui a Política Nacional do Meio Ambiente, dispondo sobre seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação. O Projeto Florestal da SUZANO, cujo
objeto é o plantio de eucalipto para produção celulose, enquadra-se nesta Política,
por conjugar o desenvolvimento econômico-social, em uma das regiões mais
carentes do Brasil, com a preservação da qualidade do meio ambiente e
manutenção do equilíbrio ecológico.
Código Florestal - Lei n° Esta legsialção é aplicável ao Projeto Florestal principalmente no que se refere às
4.771/65 e a Medida Áreas de Preservação Permanente (art. 2º e 3º), Reserva Legal, e, em especial,
Provisória n° 2.166-67 conforme art. 20 e 21, no que se refere às obrigações de manter base florestal para
atender o suprimento de matéria-prima necessária ao projeto industrial.
Resolução CONAMA A Resolução 001/86 e 237/97 tratam dos estudos de impacto ambiental por
atividades efetiva ou potencialmente causadoras de impacto ambiental como
instrumento de licenciamento ambiental; 09/87 da audiência pública, e outras
Legislação sobre Águas - Estas legislações são aplicáveis à efetivação da melhoria e da manutenção da
Decreto n° 24.643/34 qualidade e quantidade das águas na área de influencia direta do projeto.
(Código de Águas) e Lei n°
9.433/97 (Política Nacional
de Recursos Hídricos)
LEGISLAÇÃO ESTADUAL
Constituição Estadual do A Constituição do Maranhão possui um capítulo específico sobre Meio Ambiente.
MARANHÃO No seu artigo 240, disciplina que a atividade econômica e social deverá conciliar-se
com a proteção ao meio ambiente.
Lei nº 5.405 de 08.04.92, O SISEMA tem a finalidade de executar as Políticas Estaduais do Meio Ambiente,
que institui o Código de servindo como controlador e fiscalizador do uso e exploração dos recursos naturais
Proteção do Meio Ambiente e visando a recuperação e melhoria do meio ambiente enquanto elemento de uso
e dispõe sobre o Sistema público e fundamental a qualidade de vida.
Estadual do Meio Ambiente
(SISEMA) e o uso dos
recursos naturais
Lei n.º8.149, de 15 de Junho Essa Lei institui a Política Estadual dos Recursos Hídricos, cria o Sistema de
de 2004, que Dispõe sobre Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos e dá outras providências. Segundo
a Política Estadual de os artigos 2 e 4 desta Lei, a política busca definir normas gerais para uso dos
Recursos Hídricos recursos hídricos de domínio do Estado do Maranhão.
As áreas de influência correspondem aos locais que podem sofre os efeitos potenciais e que
de alguma forma sofrerão ou exercerão alguma influência sobre o Projeto Florestal, em suas
fases de planejamento, implantação e operação, seja nos aspectos físico, biótico ou
socioeconômico.
A delimitação destas áreas é requisito legal para a avaliação dos impactos ambientais e
licenciamento das atividades, fator importante no direcionamento das coletas em campo,
elaboração do diagnóstico ambiental, proposição de medidas mitigadoras, compensatórias e de
recuperação das áreas alteradas.
Os limites das áreas de influência variam de acordo com os elementos dos meios físico, biótico
e antrópico. Usualmente são delimitadas como:
– Área de Influência Direta (AID): é delimitada pelo território em que ocorre, principalmente,
as transformações ambientais primárias (ou diretas) decorrentes do Projeto Florestal, como
consequência das atividades de plantio, colheita, transporte, tratos culturais e movimentação
social. Corresponde ao espaço territorial contíguo e ampliado da ADA.
– Área de Influência Indireta (AII): é definida como aquela real ou potencialmente ameaçada
pelos impactos indiretos da implantação e operação do Projeto Florestal, abrangendo as bacias
hidrográficas e as possíveis interferências e sinergias com outras atividades existentes na
mesma bacia e os aspectos abrangentes dos meios físico, biótico e socioeconômico.
Para a concepção das áreas de influência do meio físico foram considerados os diagnósticos
de clima, geologia, geomorfologia, solos, hidrogeologia e recursos hídricos. Já o meio biótico
compreendeu os estudos de vegetação e grupos de fauna.
Os critérios utilizados para a definição da ADA para os meios físico e biótico foram:
a) Para o meio biótico (fauna e flora), a área diretamente afetada foi delimitada como a área
onde efetivamente ocorrerá o plantio florestal.
4 – Situação Atual da Área de Influência
b) Para o meio físico, cabem as mesmas definições citadas para o meio biótico. No caso dos
recursos hídricos, a existência de um corpo d’ água que atravesse a ADA o torna parte
integrante da mesma, no seu percurso dentro da área e fora dela, até um quilômetro a
jusante, além dos limites da propriedade. Em relação à atmosfera, a ADA deve abranger o
raio de dez quilômetros em torno do plantio efetivo, limite considerado para as possíveis
alterações no microclima.
Considerando que os reflexos sobre os recursos naturais serão percebidos de forma direta a
partir das áreas onde serão realizados os plantios, a Área de Influência Direta do Projeto
Florestal foi definida como sendo constituída pela área total das propriedades, acrescidas de
um buffer de dois quilômetros para propriedades até 999 hectares, quatro para propriedades
com área entre 1.000 e 2.999 hectares, e seis quilômetros para propriedades maiores de
3.000 hectares.
Para os recursos hídricos, além dos corpos d' água localizados dentro da AID, considera-se
ainda como integrante da área a extensão do corpo d' água fora dos seus limites até um
quilômetro à jusante.
Área relacionada aos efeitos e causas das AID, visto que um impacto, positivo ou negativo,
ocorrido dentro da AID, automaticamente terá efeito, em menor escala, na AII. Assim, a Área
de Influência Indireta (AII) do projeto em estudo, para os meios físico e biótico, foi definida
como sendo constituído pelas microbacias hidrográficas, abrangidas em parte ou totalmente
pelos limites dos 19 municípios
A influência direta para o meio socioeconômico ocorre nos municípios onde estão localizadas
propriedades nas quais serão implantados plantios florestais ou atividades relativas ao Projeto
Florestal proposto. Logo, qualquer município da região de abrangência do Projeto Florestal
poderá se tornar AID, desde que seja adquirida pela Suzano uma propriedade dentro ou nos
seus limites, ou ainda no município vizinho, onde haja relação direta com a atividade da
Suzano.
4.2.1 – Clima
O Estado do Maranhão apresenta uma diversidade climática própria à sua posição geográfica,
como área de transição entre os climas amazônicos superúmido, semi-árido nordestino e de
relevo do Planalto Central.
As maiores incidências de chuvas são nos meses de novembro a maio, com uma média
regional oscilando entre 72,6 a 288,3 mm; nos meses de junho a segunda quinzena de outubro
as variações de precipitações são insignificantes para a agricultura de sequeiro, armazenagem
e represamento de água com oscilações entre 9,2 a 40,2 mm.
A umidade relativa do ar média anual oscila entre 67,5 a 79,3%. Sua média regional é de
72,2%, entre os dezenove municípios estudados. O trimestre mais seco são os meses de julho,
agosto e setembro com variações de 42,0 a 54,0%, os meses com maiores flutuações da
umidade relativa do ar estão centrados nos meses de novembro a junho com variações de 70,4
a 82,2%. Para os restantes dos meses a sua variabilidade é bastante aleatória e significativa.
Quanto à evapotranspiração as variações anuais oscilam entre 1.874,5 a 2.465,6 mm com uma
taxa média regional de 2.184,4 mm, sendo que as variações mínimas ocorrem entre 79,3 mm
no mês de fevereiro a 212,8 mm no mês de setembro e as variações máximas oscilam entre
146,2 mm em março a 297,7 mm no mês de agosto.
A temperatura média anual da Região dos Cocais flui entre os meses do ano com sua variação
oscilando entre 25,9ºC a 28,7ºC e sua média anual regional é de 27,0ºC.
4.2.1.1– Insolação
A insolação média anual da área estudada é de 2.423,5 horas e décimos. Os meses com
maiores intensidades de insolação total estendem-se de maio a primeira quinzena de
novembro com variação de 197,3 a 275,0 horas e décimos. Já nos meses de dezembro a abril,
2010 © STCP Engenharia de Projetos Ltda 4.3
4 – Situação Atual da Área de Influência
época do período chuvoso, a intensidade da insolação média regional sofre redução e oscila de
135,3 a 169,9 horas e décimos. Os valores máximos de insolação total para os municípios que
fazem parte da área trabalhada fluem entre 150,9 a 296,3 horas e décimos, e os menores
variam de 116,4 a 254,4 horas e décimos, respectivamente.
4.2.1.2 – Nebulosidade
A oscilação da cobertura de nuvens máxima para os municípios varia de 4,0 a 8,1 décimos e
as mínimas oscilam entre 2,4 a 6,5 décimos, respectivamente.
O Maranhão possui um grande potencial hidrográfico, sendo um dos estados nordestinos que
menos sofre as conseqüências dos períodos de estiagem característicos da região Nordeste.
profundidade do nível estático, são: Itapecuru, Corda e Motuca, sendo o primeiro o que dispõe
de maior reserva renovável.
Para conhecer a qualidade das águas superficiais foram realizadas análises dos principais
corpos d’água existentes na área de influência deste projeto. Foram analisados principalmente
pontos que permitem identificar as principais interferências sobre a qualidade da água nestas
áreas.
Nas APPs, situadas na área de interesse do projeto, deve existir um maior cuidado, sendo que
as margens dos corpos hídricos devem ter sua vegetação conservada para conter os possíveis
focos de erosão existentes no local.
4.2.3 – Geologia
Toda área do estudo, bem como quase a totalidade do Estado do Maranhão encontra-se
inserido no contexto geológico da Bacia do Parnaíba, a qual conforme Ribeiro et al. (1998)
possui formato elipsoidal, com a maior extensão segundo a direção NE-SW, envolve terrenos
dos estados do Piauí, Maranhão, Ceará, Bahia, Tocantins e Pará, estendendo-se por
aproximadamente 600.000 km2. Trata-se de uma unidade geotectônica com arcabouço
geométrico fortemente influenciado por feições estruturais de seu embasamento pré-cambriano
e na qual, no intervalo Ordoviciano-Cretáceo, se depositaram cerca de 3.000 m de sedimentos.
A bacia é limitada a noroeste pelo Arco de Tocantins, que a separa da Fossa de Marajó e da
Bacia Paleozóica do Amazonas. Possui como limite a sul-sudeste o Arco do São Francisco,
que a separa das bacias do São Francisco e de Lençóis. Suas margens leste e oeste são
4.6 2010 © STCP Engenharia de Projetos Ltda
4 – Situação Atual da Área de Influência
4.2.4 – Relevo
Os solos oriundos de arenitos tanto na Área de Influencia Direta, são oriundos de processos de
intemperismo de natureza essencialmente físico e durante a sua formação e do relevo não há a
rigor os processos de dispersão de massa.
É seguro afirmar que as condições geotécnicas dos maciços rochosos e solos são de alta
estabilidade natural, entretanto em decorrências do tipo de Projeto Florestal alguns problemas
ambientais.
4.2.5 – Solos
4.3.1 – Vegetação
− Cerrado
− Mata de Babaçu
A mata de babaçu está situada em uma região de transição entre a floresta equatorial úmida
amazônica, a caatinga do sertão nordestino e o cerrado do planalto central brasileiro,
contemplando principalmente parte dos estados do Piauí e Maranhão, em uma região
conhecida.
O babaçu é uma palmeira imponente, robusta, de estipe reto, coroada por um conjunto de
folhas penipartidas, longas. Seus frutos contêm de uma a oito amêndoas com elevado teor de
óleo e extrema importância econômica em sua área de ocorrência, especialmente para as
comunidades carentes. O babaçual caracteriza-se por altura média de oito a 15 metros e uma
cobertura variável de 30 a 60%. Apesar de ser típico dos interflúvios, também pode ocupar
faixas ao longo dos rios de maior porte da região, chegando a compor, em determinadas áreas,
a vegetação ciliar.
Nas faixas em que a floresta estacional semidecídua limita-se com o cerrado, predominam
espécies como a canela-de-velho, sapucaia, pau-d’arco-amarelo, pau-marfim e babaçu,
convivendo com lianas, cipós e palmeiras, não sendo expressiva a população de epífitas,
aráceas, bromélias e orquídeas.
comestível. Os resíduos servem como ração para o gado e a casca é usada como carvão
vegetal de excelente qualidade, diminuindo a pressão sobre a retirada da vegetação nativa.
A B
C D
E F
Legenda: A) Faveira de Bolota; B) Frutos da Faveira de Bolata; C) Veredas encontrada na região da fazenda Mocambinho;
D) Babaçu E) Pau-pombo F) Murici
Fonte: STCP Engenhria de Projetos Ltda, 2009.
4.3.2 – Fauna
4.3.2.1 – Peixes
Na área de influência indireta do Projeto Florestal foi observada intensa antropização das
margens dos rios, com supressão da vegetação ciliar e/ou substituição destas por culturas de
larga escala (cana-de-açúcar em Coelho Neto, por exemplo) ou de subsistência.
4.3.2.2 – Mamíferos
A pressão de caça (Foto 4.04, 4.05 e 4.06) é apontada pelos moradores locais como a principal
responsável pela diminuição considerável das espécies de maior interesse. A cutia, o veado-
catingueiro e a mambira seriam, segundo os moradores, as espécies mais caçadas pela oferta
de carne, abundância e facilidade de abate. Além destes mamíferos, o tatu-galinha, a paca e o
caititu foram apontadas como espécies bastante caçadas, embora em menor grau.
A B
Legenda: A) Morador da região portando uma arma de fogo; B: Armadilha utilizada na captura de
espécies de tatu.
Fotos: Pablo Vieira, 2009.
A B
C D
4.3.2.3 – Aves
A área que compreende o Projeto Florestal da SUZANO está situada no Sudeste do Maranhão
e é certamente uma das regiões brasileiras de maior interesse do ponto de vista biológico e
considerada prioritária para conservação (Oren & Albuquerque, 1991; MMA, 2003). Ali existem
mosaicos de formações vegetais, que vão desde formações florestais, passando por matas
secas até áreas de cerrado e campos savanóides (Emperaire, 1983).
Das 30 espécies consideradas como endêmicas do Cerrado (Silva 1995; Silva & Santos, 2005),
três (10%) estão presentes na área de estudo: pica-pau-do-parnaíba (Celeus obrieni),
mineirinho (Charitospiza eucosma) e bico-de-pimenta (Saltator atricollis). Além dos
endemismos, várias espécies com grande distribuição no bioma são tipicamente relacionadas a
áreas abertas e associadas aos cerrados: seriema (Cariama cristata), periquito-rei (Aratinga
áurea), arapaçu-de-cerrado (Lepidocolaptes angustirostris), bandoleta (Cypsnagra
hirundinacea), entre outras.
Duas espécies registradas na região encontram-se na lista oficial brasileira da fauna ameaçada
de extinção: o arapaçú-do-nordeste e o ferreiro. Também se ressalta o registro do pica-pau-do-
parnaíba que, apesar de não constar na lista brasileira, figura na de espécies ameaçadas da
IUCN (International Union for Conservation of Nature), na categoria de criticamente ameaçado.
4.3.2.4 – Melissofauna
As abelhas Meliponina possuem ferrão atrofiado. Seus ninhos perenes, podem abrigar até 180
mil indivíduos. As operárias, ao buscarem recursos para alimentação e manutenção dos
ninhos, são responsáveis por 40% a 90% da polinização das árvores nativas, dependendo do
bioma considerado. Além da alta capacidade de polinizar plantas em condições naturais, os
Meliponina tem se mostrado eficiente agente polinizadores de diferentes culturas, em estufas.
Essas abelhas despertam especial interesse das populações humanas ali residentes. O
extrativismo sem planejamento, arraigado na cultura da região, vem sendo substituído por
ações locais comunitárias voltadas para o uso sustentável dos recursos (seja extração de mel,
pólen, própolis ou cera) ou para o estabelecimento de criações consorciadas, explorando o
agroextrativismo ou a agrofloresta.
anfisbenas, 10 de quelônios e cinco de jacarés, o que representa cerca de 20% das espécies
de anfíbios e 50% das de répteis do Brasil.
Anfíbios anuros são particularmente suscetíveis às variações ambientais por possuírem uma
pele extremamente sensível a poluentes e radiação, dependendo de corpos d’água e/ou
umidade para a reprodução. Sua presença, portanto, indica a qualidade ambiental do local. Um
total de 27 espécies, entre anfíbios e répteis, foram inventariadas nas sete áreas amostradas
durante o estudo. Quando inseridos os dados de literatura, este valor sobre para 63, ou seja,
21% das espécies conhecidas para o cerrado.
4.4 – SOCIOECONOMIA
O Maranhão é dos estados mais carentes da Federação. Segundo o IBGE, em 2004 o PIB per
capita era o menor do Brasil: com R$ 2.748,06 por ano. Entre os 100 municípios brasileiros
com menor índice de desenvolvimento humano (IDH), 36 estão nesse Estado. Dentro do
Maranhão, São João do Sóter, um dos municípios da área de estudo, é o município que ocupa
o menor IDH.
São quase povoados, com os serviços essenciais desordenados ou inexistentes, tendo com
empregador formal o poder público municipal e, em grau menor, o estadual, embora a
economia seja fundamentalmente agrícola.
Criada pela Lei Estadual nº 87, de 10 de outubro de 1959, o Município de Afonso Cunha possui
49 anos de emancipação, desmembrada de Coelho Neto. Limita-se com Coelho Neto,
Chapadinha, Codó e Aldeias Altas. Sua população em 2007 (IBGE) era de 5.651 habitantes,
ocupando uma área total de 371,25 km2, dentro do bioma Cerrado.
A B
Legenda: A) Patrimônio religioso em Afonso Cunha B) Participantes da Oficina Participativa de Afonso Cunha
Fonte: Arkley Bandeira e Idesa, 2009.
Elevado à categoria de município com a denominação de Aldeia Altas, pela lei estadual nº
2173, de 26-12-1961, foi desmembrada de Caxias. A população, estimada pelo IBGE em 2007
era de 21.645 habitantes, vivendo numa área de 1.942,13 km2, com formação vegetal
característica de Cerrado.
Na oficina participativa, em 27/08/2009, foi notável que as ações destas empresas foram
utilizadas como referencial para questionamentos e preocupações dos participantes em relação
aos empregos gerados e os impactos ambientais. A Foto 4.08 apresenta foto do município de
Aldeias Altas e da Oficina Participativa realizada.
A B
Legenda: A) Secretaria de agricultura e obras de Aldeias Altas B) Participantes da Oficina Participativa de Aldeias Altas
Fonte: Idesa, 2009.
Criado pelo Decreto nº. 919, de 30/09/1935, foi desmembrada de Picos e comemorou 74
(setenta e quatro) anos de criação em 2009. A população estimada em 2007 pelo IBGE foi de
23.074 habitantes, ocupando uma área de 1.582,525 km2, localizada no Cerrado Maranhense.
A B
Legenda: A) Câmara Municipal de Buriti Bravo B) Participantes da Oficina Participativa de Buriti Bravo.
Fonte: Idesa, 2009.
4.4.2.4 – Caxias
Caxias é a quarta cidade mais populosa, e a quinta em importância econômica no Maranhão.
Ao final do século XIX até os meados do Século XX, constituiu-se em um grande centro
industrial e comercial, com base na cultura do algodão e na industria têxtil.
A B
4.4.2.5 – Codó
Elevado à condição de cidade com a denominação de Codó, pela lei estadual nº 133, de 16-
041896, conta hoje com 113 anos de emancipação. A população estimada em 2007 era de
110.574 habitantes, ocupando uma área de 4.364,50 km2, dentro do ecossistema Cerrado.
A B
Legenda: A) Farmácia Básica de Codó B) Participantes da Oficina Participativa de Codó.
Fonte: Idesa, 2009.
Com 114 anos, Coelho Neto, conforme depoimentos dos participantes da oficina, possui
atualmente 85% da população concentrada na zona urbana e em sua zona rural a população
vive basicamente da agricultura de subsistência. O principal fator responsável por essa
distribuição e realidade populacional é a apropriação de cerca de 80% das terras municipais
por um único grupo – o Grupo João Santos – produtor de celulose e álcool a partir do Bambu e
da cana-de-açúcar, respectivamente.
A B
Legenda: A) Mercado do produtor; B) Participantes da Oficina Participativa de Coelho Neto.
Fonte: Idesa, 2009.
4.4.2.7 – Colinas
A B
Legenda: A) Igreja Matriz de Colinas B) Participantes da Oficina Participativa de Colinas.
Fonte: Idesa, 2009.
4.4.2.8 – Fortuna
O desbravamento do território teve início com a chegada do Sr. Vidal Pereira que se fazia
acompanhar de muitos escravos, instalando-se no lugar Calumbi, próximo ao local onde hoje
está a cidade. Com a finalidade era desenvolver a agropecuária, ali trabalhou até a abolição da
escravatura, quando se retirou para lugar ignorado. A partir daí, o povoado entrou em
decadência, só vindo a tomar novo impulso, em 1919, quando o piauiense Antônio Martins de
Souza fixou-se na área, passando a reativar as atividades anteriormente exploradas.
A B
Legenda: A) Prefeitura Municipal de Fortuna B) Participantes da Oficina Participativa de Fortuna.
Fonte: Idesa, 2009.
A B
Legenda: A) Prefeitura Municipal de Governador Eugênio Barros B) Participantes da Oficina Participativa de Governador
Eugênio Barros.
Fonte: Idesa, 2009.
Segundo o IBGE, em 2007 o município de Governador Luiz possui uma população estimada de
7.144 pessoas. O PIB per capita do município é de R$ 2.409,00, sendo os serviços a principal
fonte de valor adicionado.
Na oficina participativa que ocorreu no dia 20/08/2009 a participação foi efetiva. E mesmo que
tenham manifestado interesse em obter informações e participado de todas as atividades
desenvolvidas, os participantes demonstraram algumas preocupações em relação à
implantação do projeto. Citaram a questão do pequeno produtor, que corre o risco de perder
sua terra na ilusão de que fará um ótimo negócio ao vendê-la. No que diz respeito ao meio
ambiente, as questões mais preocupantes são em relação ao desaparecimento das matas
nativas, à degradação do solo, à destruição de rios e riachos e à extinção da fauna e da flora
da região. A Foto 4.16 apresenta foto do município de Governador Luiz Rocha e da Oficina
Participativa realizada.
A B
Legenda: A) Câmara Municipal de Governador Luiz Rocha B) Participantes da Oficina Participativa de Governador Luiz
Rocha.
Fonte: Idesa, 2009.
4.4.2.11 – Jatobá
Pertencia à cidade de Colinas até 1996, quando foi emancipada. Faz fronteira com Colinas,
São Domingos e Fortuna. Em função da grande quantidade de pés de Jatobás, seus primeiros
moradores lhes deram esse nome, que foi mantido após a emancipação em 1996.
A B
Legenda: A) Ginásio Poliesportivo de Jatobá B) Participantes da Oficina Participativa de Jatobá.
Fonte: Idesa, 2009.
Criada em 1997, a origem de seu nome está veiculada a uma grande lagoa no meio do
cerrado. De acordo com o Censo Populacional 2007 do IBGE, o município possui 10.225
habitantes, numa área de 1.194,9 km2, dentro do bioma Cerrado.
Neste município, onde existem áreas adquiridas pela Suzano, a oficina participativa ocorreu no
dia 18/08/2009. Contou com a participação de 28 pessoas, incluindo o prefeito do município,
vereadores, representantes da igreja, sindicatos e associações. Ficou clara a expectativa da
população na implantação do projeto, gerando vários questionamentos sobre a geração de
empregos, impostos, impactos ambientais, êxodo rural e sobre o local da implantação da
fábrica. A Foto 4.18 apresenta foto do município de Lagoa do Mato e da Oficina Participativa
realizada.
A B
Legenda: A) Prefeitura Municipal de Lagoa do Mato B) Participantes da Oficina Participativa de Lagoa do Mato.
Fonte: Idesa, 2009.
4.4.2.13 – Matões
A atual sede do município de Matões surgiu no início do século passado, sendo elevada a
categoria de vila em 1835. Somente em 30 de dezembro de 1952, através da Lei Nº 849,
tornou-se município pela com o nome de Matões.
A oficina participativa de Matões, onde existem propriedades adquiridas pela Suzano,
aconteceu no dia 15/08/2009. Os participantes da oficina colocaram que a população do
município está bastante desiludida e já não acreditam mais em promessas dos grandes
projetos. Afirmaram ainda que se a empresa proceder conforme a legislação e implantar
programas sociais será possível resgatar a auto-estima do produtor e ele pode se libertar de
tanta exploração de empresas que vieram de fora.
O STTR questionou a dificuldade que os agricultores poderão enfrentar com a implantação do
projeto, alegando inclusive que já abriu um canal de negociação direto com os representantes
da SUZANO, para encontrar soluções para diversas famílias que desenvolvem a atividade de
roça no toco e criação de pequenos animais nestas terras compradas e no entorno. A Foto
4.19 apresenta foto do município de Matões e da Oficina Participativa realizada.
A B
Legenda: A) Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social B) Participantes da Oficina Participativa de Matões.
Fonte: Idesa, 2009.
4.4.2.14 – Paranarama
O município de Parnarama teve início no mesmo local onde é hoje a sede do município de
Matões. A povoação surgiu quando ocupantes de várias sesmarias, seguindo os jesuítas que
partiram de Aldeias Altas, hoje Caxias, rumo ao sertão maranhense, deram início ao
desbravamento do território.
A oficina participativa deste município, onde existem propriedades adquiridas pela Suzano,
ocorreu no dia 14/08/2009. Os participantes mostraram grande interesse durante a realização
da oficina, questionando a importância do projeto para o desenvolvimento do município. As
principais preocupações do grupo foram com relação à preservação do rio Parnaíba e a
possibilidade de geração de empregos e renda com a implantação do projeto.
A B
Legenda: A) Prefeitura Municipal de Parnarama B) Participantes da Oficina Participativa de Parnarama.
Fonte: Idesa, 2009.
É um município cercado por muitos riachos de água doce, onde ainda prevalece como
atividade econômica fundamental a agricultura. Passagem Franca abriga o Banco do Brasil, o
único na região das cidades de Lagoa do Mato e Buriti Bravo.
A B
Legenda: A) SAAE de Passagem Franca B) Participantes da Oficina Participativa de Passagem Franca.
Fonte: Idesa, 2009.
A população estimada em 2009 do município era de 12.822 habitantes. O referido município foi
criado em 10 de maio de 1924, com o nome de São Francisco do Maranhão.
A B
Legenda: A) Câmara Municipal de São Francisco do Maranhão B) Participantes da Oficina Participativa de São Francisco
do Maranhão.
Fonte: Idesa, 2009.
Foi criado, pela Lei Nº 6.157, de 10 de novembro de 1994. Este município, com sede no
Povoado São João dos Poleiros, foi desmembrado do município de Caxias. Limita-se ao Norte
com o município de Caxias; a Leste com o município de Caxias; a Oeste com o município de
Governador Eugênio Barros e ao Sul com o município de Caxias.
A B
Fonte: Idesa, 2009
Legenda: A) Unidade de Pronto Atendimento de São João do Sóter B) Participantes da Oficina Participativa de São João
do Sóter
Foi criado, pela Lei Nº 6.153, de 10 de novembro de 1994. O município de Senador Alexandre
Costa limita-se ao Norte com o município de Caxias; a leste com o município de Parnarama; a
Oeste com os municípios de Governador Eugênio Barros e Gonçalves Dias. O nome do
município é em homenagem ao Político maranhense Alexandre Alves Costa.
A oficina participativa que ocorreu no dia 23/08/2009. O município de Alexandre Costa como
nos demais municípios, houve uma dualidade de posicionamentos em relação à implantação
do projeto. Um grupo se mostrou favorável por entender que o projeto poderá absorver a mão
de obra local e gerar recursos para o município, pois com a vinda de pessoas de outras
localidades haverá sem dúvida uma expansão do comercio local. Por outro lado, houve
manifestação contrária, apontando diversos problemas idênticos aos já evidenciados em outros
municípios, ressaltando, porém, a mão de obra importada, a violência e a prostituição. A Foto
4.24 apresenta foto do município de Senador Alexandre Costa e da Oficina Participativa
realizada.
A B
Fonte: Idesa, 2009
Legenda: A) Unidade Escolar de Senador Alexandre Costa B) Participantes da Oficina Participativa de Senador Alexandre
Costa
4.4.2.19 – Timon
Timon (antiga Flores) é o terceiro município mais populoso do estado brasileiro do Maranhão.
Sua população é de 150.635 mil habitantes segundo estimativa do IBGE em 2009. É também o
quarto maior município em economia.
A oficina deste município, onde existem propriedades já adquiridas pela Suzano, aconteceu no
dia 17/08/2009. As lideranças do executivo municipal participaram e se colocaram a disposição
para contribuir e acompanhar a implantação do projeto. Registrando, no entanto o cumprimento
da legislação ambiental e a preocupação com os agricultores. Durante o debate, após a
apresentação do projeto, a plenária apontava suas maiores preocupações com a implantação
do Projeto Florestal na região, a saber: se haverá geração de emprego e renda para as
populações locais; quais os impactos ambientais para a região e à possibilidade de fazer
parcerias com os produtores no cultivo do eucalipto. A Foto 4.25 apresenta foto do município
de Timon e da Oficina Participativa realizada.
A B
4.4.4.1 – Quilombolas
Por ocasião das visitas de campo foi observada a desconfiança e preocupação dessas
comunidades com a compra de terras no Pólo Timon, diante de experiências negativas com
outras empresas da região que não cumpriram as promessas de empregos, cumprimento da
legislação ambiental e respeito às suas tradições. Temem igualmente o aumento da
concentração de terras e o impacto negativo na identidade cultural e nos costumes locais pela
implantação de novos cultivos e técnicas na região.
O babaçu é extraído pelo pequeno agricultor de forma bastante rudimentar, principalmente pela
população feminina, onde a renda é obtida e trocada por gêneros de consumo nas quitandas.
Os maiores focos dos babaçuais encontram-se nos vales dos principais rios maranhenses, na
mata de transição.
A B
Duas rodovias e uma ferrovia são as principais vias de acesso aos municípios do Pólo Timon.
A BR-226 atravessa o Maranhão, rumo ao Piaui e, na área do empreendimento da Suzano,
encontra-se em péssimas condições. A BR-316 liga o Timon até a fronteira com o Pará e
apresenta bom estado de conservação. Já a Estrada de Ferro de Carajás, uma das mais
modernas do Brasil, interliga a província mineral de Carajás, no Pará, com o porto de Ponta da
Madeira, em São Luís. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Governo do
Maranhão investem em outras vias que interligam os municípios do Timon.
4.4.6.2 – Habitação
Por meio dos questionários aplicados em campo, foi possível verificar que as residências dos
entrevistados apresentaram-se em sua grande maioria de taipa ou adobe, freqüentemente com
palha de babaçu.
A captação de água geralmente é feita através de poços, ou seja, usando o potencial hídrico
subterrâneo. O potencial hídrico superficial não é aproveitado de forma expressiva, apesar de
que a área de estudo localiza-se em três bacias hidrográficas (rios Munin, Itapecuru e
Parnaíba).
Poucos têm acesso à coleta de lixo e à rede de esgoto e ambas apresentam graves problemas
no atendimento às necessidades da população. Redes de esgoto que desembocam em locais
impróprios, sem qualquer tipo de tratamento, coleta apenas parcial do lixo e sua deposição em
lixões e outros locais inadequados, ausência de tratamento de água e frequentes interrupções
em seu fornecimento: eis alguns traços que definem a precariedade do saneamento básico nos
municípios do Pólo Timon. Investimentos do PAC deverão melhorar e ampliar tais serviços na
região.
4.4.6.5 – Educação
Ao tratar da educação, os participantes das oficinas relataram, entre outros aspectos, o pouco
número de escolas, a super lotação das existentes, a precariedade do transporte escolar, a
falta de cursos profissionalizantes e de instituições do ensino de terceiro grau.
4.4.6.6 – Saúde
A questão da saúde na região é crítica. Não existem leitos suficientes e alguns municípios,
como Aldeias Altas, Jatobá, São Francisco do Maranhão e São João do Sóter, sequer
oferecem internação. O acesso à medicamentos é restrito, existem poucas farmácias e uma
alta demanda. A falta de equipamentos e profissionais da área de saúde é uma realidade local.
No que diz respeito à agropecuária, apenas uma pequena parcela dos produtores rurais tem
acesso e utiliza a tecnologia para melhorar o desempenho, a qualidade e aumentar a
produtividade. A grande maioria de produtores rurais desta região ainda desenvolve a
agricultura de subsistência e uma pecuária extensiva.
Quanto aos empregos, conforme os dados do Cadastro Central de Empresas, IBGE (2007), o
destaque da região está no município de Caxias, que apresenta o maior número de
empreendimentos registrados e de pessoal ocupado. O salário médio mensal aplicado na
região varia de 0,6 até 2,2 salários mínimos, nos municípios de Afonso Cunha e Coelho Neto,
respectivamente. Nas oficinas, os participantes citam a ausência de novos investimentos da
iniciativa privada, a desativação de indústrias e a ausência de mão de obra qualificada como as
causas do desemprego e prática de baixos salários. Levantam também a existência de trabalho
escravo e infantil, além do não cumprimento das leis trabalhistas pelas empresas ali instaladas.
Nos municípios de Lagoa do Mato, Matões e São Francisco do Maranhão, onde existem
propriedades adquiridas pela Suzano, foram averiguados conflitos com as comunidades que
viviam dentro ou no entorno das propriedades. Depoimentos dão conta de que, com a
aquisição das propriedades pela Suzano, tiveram que deixar a fazenda e perderam seus locais
de cultivo. Estas comunidades geralmente foram formadas com consentimento do proprietário,
ao qual repassavam parte da colheita.
Mesmo com estes impactos negativos, a implantação do Projeto Florestal na região agregará
benefícios sociais. Dentre os impactos positivos estão a geração de empregos diretos e
indiretos e a capacitação da mão de obra local.
Cabe ressaltar que os empregos gerados pelo Projeto Florestal seguirão o Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), – o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO) e todas as leis trabalhistas pertinentes. .
Ainda com a implantação do projeto espera-se uma melhoria nas condições de educação.
Pensando no desenvolvimento intelectual da população da região, o Projeto Biblioteca
Comunitária “Ler É Preciso” é desenvolvido em parceria com o Instituto Ecofuturo. Este projeto
tem como objetivo incentivar e fortalecer a articulação entre os atores sociais das comunidades
a partir da sua participação na implementação do projeto, permitindo que a comunidade auxilie
na seleção dos livros da biblioteca.
4.4.9 – Arqueologia
No entanto, existem áreas com alto potencial arqueológico e que não foram visitadas por
extrapolar os objetivos dessa fase do Diagnóstico Arqueológico Não Interventivo.
A avaliação de impactos tem por objetivo qualificar os efeitos de um projeto sobre o meio
ambiente, através da análise e valoração da relação entre suas atividades, estruturas e
resíduos nos componentes ambientais. A metodologia utilizada neste estudo foi baseada numa
matriz de interação disposta em dois eixos: no primeiro estão as atividades, estruturas físicas e
resíduos gerados pelo projeto, e no outro os fatores e componentes ambientais que podem ser
afetados. Esta matriz permite uma visão geral das atividades previstas, os impactos
decorrentes e os fatores ambientais afetados, destacando as atividades com maior potencial
para promover impactos ambientais de acordo com a análise.
A Tabela 5.01 apresenta os fatores e os componentes ambientais que podem sofrer algum tipo
de alteração, em razão das atividades nas fases de planejamento, implantação e operação do
projeto. Estes fatores e componentes foram definidos em conjunto pela equipe técnica
responsável por este estudo, baseando-se nos principais resultados identificados através do
diagnóstico ambiental e na análise das atividades do projeto em questão.
A partir desses elementos, os impactos apresentados nas Tabelas 5.02, 5.03, 5.04, referentes
aos meios físico, biológico e socioeconômico-cultural, puderam ser previstos pela equipe
multidisciplinar que realizou os estudos. Os riscos ambientais são apresentados na Tabela
5.05. Tais impactos e riscos são listados, acrescidos de dados sobre suas causas (diretas e
indiretas) e atributos como amplitude do impacto (local, quando restrita às áreas do projeto em
si, ou regional, quando as extrapola), magnitude (ou intensidade dos efeitos), HT (ou período
total em que o impacto será observado), PE (ou momento de início do impacto) e fases de
ocorrência do impacto (planejamento, implantação e/ou operação do projeto florestal).
ATRIBUTOS E FASES DO
IMPACTOS E RISCOS CAUSA(S)
IMPACTO
Impactos Negativos
DIRETAS: Supressão da vegetação; Limpeza do AI: Local
terreno; Implantação e manutenção de estradas e
aceiros; Implantação de pátio de obras; Corte de MI: Média
Geração de Processos eucaliptos; Carregamento e transporte de toras; HT: Permanente
Erosivos Movimentação de máquinas e equipamentos.
PE: Em médio prazo
ATRIBUTOS E FASES DO
IMPACTOS E RISCOS CAUSA(S)
IMPACTO
Impactos Negativos
Pluviais no Solo INDIRETAS: Manutenção e recuperação de Áreas HT: Permanente
de Preservação Permanente (APPs).
PE: Em longo prazo
Fase: Implantação e Operação
Legenda: AI – Amplitude do Impacto, MI – Magnitude do Impacto, HT- Horizonte de Tempo, PE- Prazo do Efeito
Fonte: Equipe Multidisciplinar e STCP (2009).
ATRIBUTOS E FASES DO
IMPACTOS E RISCOS CAUSA(S)
IMPACTO
Impactos Negativos
DIRETAS: Supressão da vegetação; Limpeza do
terreno; Implantação e manutenção de estradas e
aceiros; Implantação de pátio de obras; Movimentação
de máquinas e equipamentos; Enleiramento de
resíduos. AI: Local
ATRIBUTOS E FASES DO
IMPACTOS E RISCOS CAUSA(S)
IMPACTO
Impactos Negativos
Impactos Positivos
Aumento da Proteção a AI: Local
Remanescentes Nativos DIRETAS: Implantação do projeto como um todo. MI: Média
de Vegetação e à Fauna
INDIRETAS: HT: Permanente
em Função da
Reorganização Territorial Não registradas. PE: Em médio prazo
das Propriedades Fase: Implantação
Legenda: AI – Amplitude do Impacto, MI – Magnitude do Impacto, HT- Horizonte de Tempo, PE- Prazo do Efeito
Fonte: Equipe Multidisciplinar e STCP (2009).
AI: Regional
DIRETAS: Aquisição de terras. MI: Média
HT: Temporário
Interferência na Cultura
Local INDIRETAS: Choque entre diferentes culturas; PE: Em curto prazo
Conflitos sociais. Fases: Planejamento e
Implantação
Impactos Negativos
AI: Regional
DIRETAS: Aquisição de terras. MI: Grande
Deslocamento INDIRETAS: Insegurança da população; Falta de HT: Permanente
Populacional fiscalização e acompanhamento da situação PE: Em curto prazo
fundiária das terras adquiridas para o projeto.
Fases: Planejamento e
Implantação
ATRIBUTOS E FASES DO
IMPACTOS E RISCOS CAUSA(S)
IMPACTO
AI: Regional
MI: Grande
DIRETAS: Aquisição de terras.
Especulação Imobiliária HT: Permanente
INDIRETAS: Não observadas.
PE: Em curto prazo
Fase: Planejamento
AI: Regional
ATRIBUTOS E FASES DO
IMPACTOS E RISCOS CAUSA(S)
IMPACTO
INDIRETAS: Empreendedorismo; Geração de PE: Em curto prazo
empregos diretos e indiretos. Fases: Implantação e Operação
Legenda: AI – Amplitude do Impacto, MI – Magnitude do Impacto, HT- Horizonte de Tempo, PE- Prazo do Efeito
Fonte: Equipe Multidisciplinar e STCP (2009).
ATRIBUTOS E FASES DO
IMPACTOS E RISCOS CAUSA(S)
IMPACTO
fragilidade ambiental e com áreas de preservação
permanente; Fragmentação da vegetação;
Afugentamento da fauna; Aumento populacional de
espécies oportunistas e exóticas de animais.
AR: Regional
DIRETAS: Atividades do projeto como um todo.
MR: Grande
Risco de Incêndios
HT: Permanente
Florestais INDIRETAS: Atividades agrícolas de propriedades
do entorno do projeto. PE: Em curto prazo
Fase: Implantação
AR: Regional
DIRETAS: Projeto como um todo. MR: Grande
Risco de Acidentes de
HT: Permanente
Trabalho
INDIRETAS: Não verificadas. PE: Em curto prazo
Fases: Implantação e Operação
DIRETAS: Supressão da vegetação; Limpeza do AR: Local
Risco de Perdas e terreno; Implantação e manutenção de estradas e
MR: Grande
Destruição do Patrimônio aceiros; Implantação de pátio de obras;
Movimentação de máquinas e equipamentos. HT: Permanente
Arqueológico em
Superfície e Subsuperfície PE: Em curto prazo
INDIRETAS: Não observadas. Fase: Implantação
Legenda: AR – Amplitude do Risco, MR – Magnitude do Impacto, HT- Horizonte de Tempo, PE- Prazo do Efeito
Fonte: Equipe Multidisciplinar e STCP (2009).
A quantificação é uma forma de medir os impactos identificados. Sua principal função é gerar
parâmetros de comparação para a avaliação ambiental do projeto florestal. Os valores
utilizados são arbitrários, consensuados pela equipe multidisciplinar e guardam relação com a
qualificação. Para cada atributo da qualificação é determinado um valor, e a soma dos valores
dos 4 atributos é o resultado da avaliação do impacto. A Tabela 5.06 apresenta a quantificação
dos impactos e riscos ambientais
Por fim, neste capítulo apresentam-se os programas que já constituem a base da política
ambiental da SUZANO, considerando-se que os mesmos apresentam soluções aos impactos
negativos demonstrados neste estudo.
O controle da deposição de lixo junto aos ecossistemas naturais e lixões dos municípios
afetados pelo projeto florestal será feito mediante a um programa de recolhimento periódico
nas áreas do pátio de obras e alojamentos, a ser realizada diretamente pela Suzano ou em
convênio com as prefeituras da região. Os materiais recicláveis serão separados, podendo ser
acondicionados em áreas específicas e direcionados a usinas de reciclagem. O material
6 – Medidas e Programas Propostos
orgânico deverá ser aterrado em área própria e distante dos cursos d'água ou de
remanescentes de vegetação, obrigatoriamente na forma de aterro controlado. Finalmente,
deverá ser realizado um trabalho de conscientização, junto aos trabalhadores da obra, sobre a
importância e meios de se acondicionar devidamente o lixo. Este trabalho, em particular,
poderá ser desenvolvido através de programas específicos em Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPAs) e Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPATs), pela
afixação de cartazes em pontos estratégicos da obra e ainda como um dos temas específicos a
serem abordados pelo Programa de Comunicação Ambiental. A Foto 6.01 ilustra a separação
de resíduos.
O principal objetivo dessa medida é evitar a contaminação dos corpos d’ água, principalmente
controlando o uso dos pesticidas Fenitrotion e Clorpyrifos nas proximidades dos sistemas
aquáticos. Com a sua implementação reduz-se a possibilidade de desenvolvimento de estresse
e mudanças no metabolismo normal das espécies de peixes e outros organismos aquáticos.
Esta medida visa gerar benefícios diretos para a população a ser atingida pelo projeto florestal,
bem como diminuir os impactos relativos à atração de mão de obra oriunda de outras regiões.
Para controlar este último impacto, o empreendedor deverá divulgar a preferência pela mão de
obra local em jornais e demais meios de comunicação de abrangência regional e estadual.
6.1.6 – Promoção de Parcerias com os Atores Locais (Poder Público, Setor Privado,
Instituições Não-Governamentais, Associações de Classe e Outros).
A iniciativa tem o objetivo de firmar convênios com as diversas instituições e entidades com
atuação na região em torno de interesses comuns. Visa compatibilizar as melhorias, por
exemplo, em infraestutura, educação, saúde e capacitação profissional, em parceria com as
três esferas de governo, ONGs, associações de classe e iniciativa privada. Estas parcerias
tendem a beneficiar todos os envolvidos, pois além de diluir os custos do governo e da Suzano,
possibilita à população usufruir melhores condições de infraestrutura e educação.
Efeito esperado: Benefícios para a população, subsídios para a capacitação da mão de obra,
educação e infraestrutura.
Este programa, preconizado pela SUZANO em todas as suas propriedades rurais, tem por
objetivo estruturar condições para readequação do uso do solo, possibilitando a manutenção
dos aspectos paisagísticos, da biodiversidade, dos recursos hídricos e das comunidades
inseridas nas propriedades, bem como conscientizar os confrontantes e comunidades do
entorno de princípios que possibilitem uma maior condição de sustentabilidade à região.
Nas suas propriedades a SUZANO implanta uma série de pesquisas e procedimentos que
definem o zoneamento ambiental de cada propriedade. Ou seja, delimita geograficamente
áreas territoriais, estabelecendo seus respectivos regimes especiais de uso.
Este programa tem como objetivo minimizar as ações do projeto sobre o solo, prevenindo
possíveis processos erosivos , assim como controlar a erodibilidade já detectada em pontos
situados na área de interesse do projeto.
A dimensão desse programa está no controle dos processos erosivos, um dos principais
fatores de perda do solo. Revela, ademais, a preocupação do empreendedor com relação à
conservação da qualidade do solo, como também da água, afetada pelos processos de
carreamento de material particulado. A Foto 6.05 apresenta uma saída de bueiro, que consta
no manual de drenagem do DNIT.
Este programa tem por objetivo destinar recursos para unidades de conservação que
preservam amostras do ambiente local e regional. Trata-se, como previsto na lei ambiental, de
compensação pela substituição de florestas nativas por florestas plantadas de eucalipto,
protegendo a biodiversidade da fauna e flora regionais.
O risco aumenta consideravelmente por se tratar de áreas onde ocorrem queimadas sazonais,
principalmente nas proximidades das propriedades do projeto. Além disso, trata-se de região
com período de seca rigorosa entre junho e outubro.
B
A B
Legenda: (A) Caminhão pipa; (B) Trator de pneu com grade e discos
Fonte: STCP, 2008
A aquisição de terras pela SUZANO, com vistas à implantação do seu projeto florestal, afetará
famílias que ali vivem, deixar suas residências e procurar novos locais para moradia e seu
plantio de subsistência. O objetivo deste programa é apoiar essas populações minimizando os
impactos causados pelo projeto sobre seu modo de vida.
Este programa pretende a inclusão da comunidade local nas fases de instalação e operação do
projeto, formando e aperfeiçoando a mão-de-obra para suprir suas demandas operacionais.
Efeito esperado: minimização dos efeitos negativos relacionados à diminuição da mão de obra
após o término da implantação do projeto, com conseqüente melhoria da qualidade de vida das
comunidades locais e redução dos níveis de desemprego.
Efeito esperado: minimização dos riscos associados ao projeto, com conseqüente melhoria da
qualidade de vida dos trabalhadores e das comunidades locais.
− Proporcionar geração de emprego e renda, além de facilitar a inserção social dos produtores
fomentados e participantes do projeto.
- Apoiar a capacitação dos professores da rede pública para a educação ambiental, através
de palestras ministradas por especialistas em educação ambiental.
- Realizar palestras sobre o uso sustentável dos recursos naturais: solo, água, vegetação,
fauna e outros.
O Maranhão apresenta baixos índices de IDH, este projeto, já implantado com sucesso em
outros municípios, oferece um acervo de mil títulos (30% do qual decidido junto com a
comunidade), equipamento de micro-informática para gestão do acervo e cursos de formação
para agentes promotores de leitura e auxiliares de biblioteca (80% formado por professores).
Estas bibliotecas proporcionam à população conhecimento para a organização e para a
implementação de ações que promovam a leitura e tornam a biblioteca viva.
Este subprograma visa incentivar e fortalecer a articulação entre os atores sociais das
comunidades a partir de suas participações na implementação do projeto. A Foto 6.07 ilustra o
Instituto Ecofuturo implementado em uma unidade da Suzano.
A B
Fotos: Arkley Bandeira, 2009.
C D
6.2.2.1 – Programa de Monitoramento de Bacias Hidrográficas (HYDRUS)
Bacia hidrográfica é a unidade ecossistêmica e morfológica que melhor reflete os impactos das
interferências humanas, sendo a unidade de estudo ideal não só do ponto de vista hidrológico,
mas também bioquímico, pois os seus corpos d'água refletem toda a alteração que nela ocorre.
Resultados esperados: avaliação da intensidade dos impactos sobre a qualidade das águas e
proposição contínua de formas de controle.
O manejo de microbacias hidrográficas pode ser definido como a estratégia de uso da terra que
leva em conta a manutenção dos serviços do ecossistema da microbacia ao longo do tempo.
Seguindo essa estratégia, deve-se procurar evitar a compactação que degrada o processo de
infiltração de água no solo e a perda de matéria orgânica e, por decorrência, de nutrientes. É
possível ainda identificar outros indicadores de manejo inadequado, como o traçado de
estradas que propicia focos de erosão e assoreamento dos cursos d'água, degradando o
potencial produtivo do solo e a qualidade da água.
O projeto de florestamento proposto por este projeto prevê a utilização de insumos químicos
que potencializem o solo para uso agrícola. A presença de camadas arenosas próximas das
zonas de plantio poderá facilitar a infiltração de tais insumos até as águas subterrênas.
Este programa visa monitorar a qualidade da água dos aqüíferos existentes na região de
interesse do projeto, desde a implantação até a operação. Seu público-alvo será a equipe
técnica responsável pelo monitoramento dos corpos hídricos, mas também envolverá todos os
participantes do projeto que se utilizam as informações resultantes do monitoramento, como os
responsáveis pelo uso dos insumos.
As atividades previstas pelo projeto irão resultar um total de 176 pontos negativos para os
meios físico, biológico e socioeconômico, entre impactos e riscos ambientais. Como não
poderia ser diferente, o meio físico totalizou -80 pontos e o biológico -94 pontos, e destacaram-
se pelos impactos negativos originados das diversas ações a serem desenvolvidas. O meio
socioeconômico totalizou -2 pontos entre impactos e riscos, predominando muito pouco os
efeitos negativos devido ao fato deste meio gerar muitos impactos positivos.
A Tabela 7.01 apresenta o balanço ambiental do projeto, o qual resultou num total de +25,5
pontos positivos.
Tabela 7.01 – Síntese do Balanço Final dos Impactos e Riscos da Avaliação Quantitativa
BALANÇO
MEIO IMPACTOS MEDIDAS/PROGRAMAS RISCOS MEDIDAS/PROGRAMAS
FINAL
Físico -53 +37,5 -27 +27 -15,5
Biológico -68 +50,25 -26 +20,25 -23,5
Socioeconômico +17 +54,50 -19 +12 +64,5
Total -104 +142,25 -72 +59,25 +25,5
Fonte: Equipe Multidisciplinar, e STCP (2009).
Através da análise da síntese final, conclui-se que o projeto florestal proposto, apesar de
apresentar-se negativo para os meios físico e biológico, apresenta medidas e programas que
configuram qualidade ambiental futura de acordo com o preceituado na legislação ambiental
vigente e nos aspectos técnicos que conduziram esses estudos.
8 – CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE
FUTURA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
8 – CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE FUTURA DA ÁREA
DE INFLUÊNCIA
Para entender e avaliar o que poderá acontecer nas áreas de influência do projeto florestal
pretendido pela Suzano, de acordo com o previsto na lei ambiental, a equipe multidisciplinar
apresente duas análises:
A não implantação do projeto evitará o aumento do suprimento de água no solo, pois com a
não implantação do plantio florestal não haverá a formação de serrapilheira (que intercepta as
gotas de chuva, diminuindo a energia cinética e promovendo infiltração mais lenta e uniforme
da água no solo). Por outro lado, a não implantação do projeto, evitará que os impactos
potenciais resultantes do uso de produtos químicos e maquinários que utilizem combustíveis,
óleos e graxos sejam utilizados no local.
No que diz respeito à flora e à fauna, onde não ocorre a implantação do projeto, a vegetação,
representada principalmente por remanescentes de cerrado e cerradão, permanecerá sendo
pressionada pela transformação de áreas de florestas nativas em pasto e pelo uso frequente
do fogo no manejo da vegetação. Somado a isso, a expansão urbana desordenada e a
exploração madeireira destinada a suprir a demanda de fornos da indústria cerâmica,
carvoarias e padarias reforçarão as pressões sobre a vegetação. A reorganização das
propriedades, com o adequado manejo das reservas legais, áreas de preservação permanente
e corredores ecológicos, tenderá a minimizar esses impactos. Porém, sem a implantação do
projeto, impactos como a fragmentação de espécies vegetais raras, ameaçadas de extinção e
protegidas por lei não ocorrerão. Também não haverá a interferência com espécies vegetais de
importância econômica regional, tais como o babaçu.
8 – Caracterização da Qualidade Futura da Área de Influência
No que diz respeito à fauna, a não implantação do projeto mantém a atual situação em que não
ocorrem os impactos diretos sobre os animais. Neste caso os níveis atuais de conservação dos
recursos naturais permanecerão, mas impactos como a caça e perda da biodiversidade pelo
avanço das áreas de agricultura e pastagem continuarão nos padrões atuais.
Com a não instalação do projeto, também deixam de ser executadas propostas de parcerias
para pesquisa e monitoramento de fauna e flora na região, importantes para a disseminação do
conhecimento e preservação de espécies.
Considerando os indicadores sociais, a não instalação do projeto florestal nesta região seria a
continuidade dos baixos índices de IDH, baixa renda, e eventualmente, o aumento da violência.
Salienta-se ainda que não serão implantados programas sociais, de incentivo a cultura e
educação, fundamentais à formação da sociedade civil do futuro.
Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, em curto prazo, o estado certamente se
manterá na dependência das transferências de recursos e sem condições de grandes
investimentos em infraestrutura e melhoria na qualidade de vida da população.
E por fim, quanto ao uso e ocupação do solo, sem a implantação do projeto, tende a se manter
nos níveis atuais, onde o uso do solo se dá com atividades produtivas de subsistência, ou de
baixo valor agregado. A situação fundiária da região revela incidentes de conflitos pelo uso da
terra, causados pela ocupação desordenada e irregularidades de titulo.
Considerando a instalação do projeto florestal, a análise dos meios físico e biótico considera
impactos positivos e negativos.
No caso do ar, a qualidade será alterada. Nas etapas de supressão da vegetação, preparo de
solo e ao movimentar máquinas nas diversas etapas, serão criadas fontes de poluição que não
existiam, como a emissão de gases, particulados e ruídos. Entretanto, os efeitos destes
impactos negativos serão diminuídos a partir da aplicação das medidas propostas.
Posteriormente, o cultivo contínuo do eucalipto gerará um efeito positivo no balanço de
carbono, pois as árvores, durante o seu crescimento, vão fixar o gás carbônico da atmosfera.
Os locais ocupados pelos plantios terão suas taxas de umidade relativa do ar mais elevado que
antes da implantação do projeto. A velocidade e direção do vento sofrerão mudanças
insignificantes de magnitude, velocidade e direção. Ainda assim, os municípios poderão ser
beneficiados com possíveis correntes de ar mais suavizadas e com maiores conteúdos de
vapor e umidade de água, ou seja, terão melhores condições do ar que anteriormente.
No caso das águas, existe um risco potencial de perda da qualidade, isto porque, na etapa de
plantio das mudas, existe a possibilidade de carreamento de substâncias provenientes do uso
de produtos químicos para os corpos d´água. Além das alterações nas propriedades da água
destes corpos hídricos, poderão ocorrer o aumento da turbidez, com conseqüente queda da
penetração de luz para o meio aquático e diminuição da velocidade das águas. Porém, estes
impactos serão menores na medida em que o projeto respeite, e até mesmo recupere, as áreas
de preservação permanente locais e contribua com o processo de regularização ambiental das
propriedades privadas de seu entorno.
As nascentes (olhos d’água) localizadas próximas à área de plantio são bastante vulneráveis a
processos de lixiviação de insumos químicos agrícolas. Portanto, a adoção das medidas de
forma eficiente é de extrema importância para a conservação destas nascentes. Também a
implantação do Programa Hydrus permite um levantamento periódico das condições atuais, de
tendência (mudanças) e de situações críticas (mudanças bruscas).
No aspecto positivo, com a implantação do projeto florestal, espera-se um aumento dos níveis
de armazenamento de água no solo, contribuindo positivamente no ciclo hidrológico. A
formação da floresta promove infiltração mais lenta e uniforme da água no solo, via
interceptação da água nos galhos e folhas e infiltração pelas raízes.
No que diz respeito à flora e à fauna, com a implantação do projeto, ocorrerá a supressão de
até cerca de 60% da vegetação de cada propriedade. Nesta etapa ocorrerá a fragmentação
das áreas, gerando modificações de processos ecológicos fundamentais para as espécies da
fauna e da flora, redução de habitat, perda de biodiversidade e aumento de vulnerabilidade aos
efeitos antrópicos.
Outro impacto é o surgimento de novas espécies vegetais e animais, causando alteração dos
mecanismos responsáveis pela regeneração natural e a sucessão ecológica das espécies.
Porém, estes impactos já ocorrem em grande parte do território, haja vista a ocupação do
homem e o uso intensivo do solo em muitas regiões. Para a redução dos impactos do projeto
florestal, uma das medidas mitigadoras propostas é a priorização de uso de áreas com
vegetação em estágio secundário de regeneração, evitando-se a supressão de áreas com
maior porte florestal, onde os efeitos resultantes da fragmentação costumam ocorrer de forma
mais intensa e generalizada que nas áreas com vegetação mais rala e aberta. Além disso, o
desenvolvimento do Programa de Zoneamento Ambiental (PLIMA) deverá estruturar condições
para a readequação do uso do solo, possibilitando a manutenção dos aspectos paisagísticos,
da biodiversidade, dos recursos hídricos bem como as comunidades do entorno. A equipe
multidisciplinar considera que as técnicas plantio intercalado com fragmentos de vegetação
natural, o estabelecimento de corredores ecológicos funcionais ligando os talhões aos
remanescentes naturais e a adoção de programas de recuperação de áreas degradadas com a
implantação de essências nativas, são fundamentais para diminuir esses impactos negativos.
Outro programa que pode ser inserido para preservação da flora local é o Programa de
Prevenção e Combate a Incêndios, que visa prevenir incêndios que causam danos à
diversidade biológica do ambiente, emitindo gases na atmosfera, além de danos materiais ao
próprio projeto florestal e ao ser humano.
O Programa de Parceria Florestal visa à inserção social dos produtores e ainda fornece apoio e
assistência técnica aos produtores rurais, capacitando e aprimorando o conhecimento técnico
com a utilização de técnicas ambientalmente sustentáveis.
Cabe ressaltar que os empregos gerados pelo Projeto Florestal seguirão o PPRA - Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais, PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional e todas as leis trabalhistas pertinentes a esta atividade.
Ainda com a implantação do projeto, a infraestrutura da região sofrerá impacto positivo, pois
para a movimentação das máquinas e escoamento da produção haverá necessidade de
melhorias na construção e/ou manutenção de estradas já existentes. Nesse contexto o projeto
florestal enquadra-se nas perspectivas do PAC do Governo Federal.
Outro item que pode ser citado, é que com o aquecimento da economia local poderá incentivar
instituições a se instalarem na região, melhorando a qualidade de vida da população e
facilitando o acesso a serviços, que anteriormente não existiam.
Quanto ao uso e ocupação do solo, é possível afirmar que a implantação do projeto florestal
não irá causar mudanças significativas. Mas sim uma mudança na forma de utilização da terra,
passando a ser aproveitada pela atividade de silvicultura. Cabe ressaltar que uma das medidas
propostas, já abordados nos itens de fauna e flora, serão a priorização de áreas antropizadas,
ou em fase secundária de regeneração.
Considerando as alternativas apresentadas, os estudos realizados, a análise ambiental, o
prognóstico, os comentários e conclusões da equipe técnica multidisciplinar, chegou-se às
conclusões alinhadas a seguir.
− A equipe multidisciplinar, responsável por este RIMA, entende que o projeto obedece
estabelecido na legislação ambiental, uma vez que está solicitando a Licença Prévia (LP)
junto ao órgão ambiental competente, a Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Recursos
Naturais do Estado do Maranhão (SEMA-MA), atendendo à orientação da mesma, que
determinou a elaboração do EIA/RIMA como instrumento para o licenciamento e aprovou o
conteúdo do termo de referência, documento norteador da elaboração do instrumento de
licenciamento.
− O projeto cumpre os requisitos legais para seu licenciamento, na medida em que atende à
Constituição Federal e aos preceitos estabelecidos na Política Nacional de Meio Ambiente,
às resoluções do Conama e às normas técnicas que padronizam os limites de qualidade
ambiental.
− Ainda no tocante aos requisitos legais, agora no âmbito estadual, o projeto pretendido pela
SUZANO obedece à Constituição Estadual, à política ambiental e às leis e decretos
específicos que tratam do licenciamento e das questões ambientais do Estado, além da lei
orgânica dos municípios onde está inserido.
− A análise do projeto mostrou que o mesmo contempla, de forma adequada, a utilização das
melhores opções tecnológicas e ambientais para a implantação de eucalipto na região de
Timon, no Maranhão.
preocupação em relação às questões ambientais, êxodo rural, restrição do uso dos recursos
naturais para extrativismo e muita expectativa em relação a retirada dos moradores das
fazendas a serem compradas. Para minimizar esse impacto é importante a implementação
do programa de comunicação, através do qual a empresa poderá informar e prestar
esclarecimentos à comunidade, inclusive sobre suas ações e programas de proteção e
monitoramento, além de atender todos os requisitos legais no que se refere a áreas de
preservação e regularização fundiária das terras a serem adquiridas. O Programa de Apoio
à População Afetada também será implantado com o intuito de minimizar os impactos
culturais e o modo de vida das populações tradicionais.
Além disso, o projeto trará ao Estado desenvolvimento tanto de ordem produtiva, como
tecnológica, atendendo ainda todas as normas de proteção e conservação do meio ambiente.
Outros fatores deverão receber atenção especial, pois trarão à tona confrontações de
interesses como, por exemplo, entre as produções agropecuárias, extrativistas e a produção
silvicultural. A questão fundiária no Estado é outro item que deve receber especial atenção,
pois a grande disponibilidade de terras, confronta com problemas de legalização das mesmas.
O poder público, em conjunto com a Suzano e em parceria com a sociedade civil organizada,
deverá, de forma articulada e institucionalizada, promover o fortalecimento do modo de vida do
produtor rural, criando condições adequadas para o uso sustentável da terra, da floresta e dos
recursos naturais, para o aumento da produtividade do solo e do uso racional dos produtos da
floresta, sem comprometer a vida das comunidades, dos recursos hídricos, da fauna e flora da
região.
A elaboração do estudo de impacto ambiental atende aos princípios que norteiam o direito do
ambiente, sobretudo o princípio da prevenção (monitoramento dos recursos hídricos, fauna,
flora, prevenção de processos erosivos, entre outras); os princípios democráticos, (Programa
de Educação Ambiental, bem como a discussão do projeto florestal em audiências públicas; e o
princípio do Desenvolvimento Sustentável, com a busca de ações que atuem integrando a
exploração racional e a conservação dos recursos, com melhor resposta social.
Classificação Profissional
•Sênior IV, Especialista em Meio Ambiente, Políticas Públicas Relacionadas a Meio Ambiente,
Inventário Florestal e Manejo de Florestas Tropicais.
Formação
•1972, Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, Brasil
•1976, M.Sc. em Manejo Florestal, Universidade Federal do Paraná, Brasil
•1977 Engenharia de Segurança, Universidade Federal do Paraná, Brasil
•1979, Especialização em administração pública, Universidade de São Paulo, Brasil
•2002, Doutor em economia e política florestal, Universidade Federal do Paraná, Brasil
Classificação Profissional
•Sênior I, Especialista em Estudos de Impacto Ambiental e processos de licenciamento.
•
Formação
•2001, M.Sc. em Ciências Florestais, Universidade Federal do Paraná, Brasil
•1991, Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, Brasil
Classificação Profissional
•Sênior I, Coordenação e supervisão de projetos e estudos em gestão ambiental.
•
Formação
Engenharia Ambiental, Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, 2002
Classificação Profissional
Consultora Júnior II. Atuando em projetos relacionados planejamento ambiental de unidades
de conservação, zoneamento, Estudos de Impacto Ambiental.
Formação
•2003, PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM ANÁLISE AMBIENTAL, UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ, BRASIL
•2001, GEOGRAFIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, BRASIL
Resumo das Qualificações
Experiência nas áreas de planejamento ambiental de unidades de conservação,
diagnóstico ambiental do meio físico e zoneamento.
Classificação Profissional
•Consultor Júnior I. Execução de estudos e levantamentos ambientais e de fauna, para planos
de manejo em unidades de conservação e relatórios de impacto ambiental. Projetos de
demarcação de imóveis rurais e unidades de conservação.
•
Formação
Classificação Profissional
•Sênior I, Especialista em diagnóstico socioeconômico.
•
Formação
2004, Doutora em Planejamento e Desenvolvimento Sustentável, Universidade Estadual de
Campinas - FEAGRI
1994, Mestrado em Ciências – Desenvolvimento Econômico, Universidad Austral de Chile -
Escuela de Graduados de la Facultad de Ciencias Agrárias.
1989, Engenharia Agronômica, Universidade Federal do Paraná.
Classificação Profissional
•Consultora Júnior II. consultora em estudos ambientais de diferentes segmentos
Formação
Curso superior de Tecnologia em Química Ambiental (junho de 2003)
Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná - CEFET/PR
Pós-Graduada em Gestão Ambiental na FAE
Resumo das Qualificações
Gestão e gerenciamento ambiental
Licenciamento ambiental
Processos de averbação de reserva legal e autorização de supressão da vegetação
Classificação Profissional
•Consultora Júnior III. consultora em estudos ambientais de diferentes segmentos
Formação
1996, Engenharia Cartográfica, Universidade Federal do Paraná, Brasil
1997/99, Curso de Especialização em Geoprocessamento, Universidade Federal do Paraná,
Brasil (carga horária cumprida)
Resumo das Qualificações
•Experiência de 11 anos atuando na coordenação, elaboração, execução, implantação e
treinamento em SIG.
Experiência técnica em levantamentos topográficos/geodésicos, credenciado junto INCRA,
em conformidade a Lei 10.267/01 e o Decreto 4.449/02
Classificação Profissional
•Técnico II técnico em geoprocessamento
Formação
2009 Bacharel em Direito
Resumo das Qualificações
•10 anos de experiência em desenvolvimento de projetos relacionados à cartografia,
mapeamento e geoprocessamento;
•Auxiliando no planejamento e execução das tarefas relacionadas a área de cartografia e
geoprocessamento.
CONSULTORES EXTERNOS
Classificação Profissional
•Consultor autônomo – Geologia e Geomorfologia
Formação
Geólogo, - Universidade Federal da Bahia, 1975
Especialização em Gestão de Recursos Hídricos e Meio Ambiente – UEMA/2003
Resumo das Qualificações
Mapeamento Geológico, Prospecção Mineral; Geologia-Geoquímica Exploratória e Ambiental;
Tecnologia de Rochas; Gestão em Recursos Hídricos e Ambiental; Análise e Interpretação de
Imagens obtidas por Sensoriamento