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ASSESSOTEC

ASSESSORIA TECNICA EM ACIONAMENTOS


https://sites.google.com/view/calcular-potencia-do-motor
José Luiz Fevereiro – Cel. 11 9.9606.7789 -- e-mail: fevereirojl@gmail.com
FÓRMULAS UTILIZADAS PARA O CÁLCULO E SELEÇÃO DE FUSO TRAPEZOIDAL
Exemplo 1: Projeto do sistema de movimentação de um carro de transporte. Massa do carro + carga = 1600kg;
deslocamento - curso: 900mm. Tempo para efetuar o percurso 25s

Cálculo da força axial sobre o fuso, necessária para vencer as forças resistentes ao deslocamento do carro.
-- força de atrito devida à resistência ao rolamento das rodas sobre os trilhos
2 ∗ 𝑓1 ∗ 𝑘 2 ∗ 𝑓2 2 ∗ 0,5 ∗ 1,2 2 ∗ 0,1
𝐹𝑎𝑡 = 𝑚 ∗ 𝑔 ( + ) = 1600𝑘𝑔 ∗ 9,8𝑚/𝑠² ∗ ( + ) = 134,2𝑁
𝐷𝑟 𝑑 230𝑚𝑚 60𝑚𝑚

Dr = diâmetro das rodas = 230mm


d = diâmetro médio dos rolamentos das rodas = 60mm
f1 = braço de alavanca da resistência ao rolamento aço sobre aço = 0,5mm
f2 = Atrito dos rolamentos dos mancais das rodas = 0,1mm
k = coeficiente referente atrito dos flanges das rodas com os trilhos = 1,2 para trilhos bem alinhados

-- força necessária para aceleração do carro em função do tempo de aceleração pré determinado de 1s
Antes é necessário calcular a velocidade do carro
𝑝𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜 900𝑚𝑚 36𝑚𝑚 36𝑚𝑚/𝑠
𝑣= = = → = 0,036𝑚/𝑠
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 25𝑠 𝑠 1000
𝑚 ∗ 𝑣 1600𝑘𝑔 ∗ 0,036𝑚/𝑠
𝐹𝑎 = = = 57,6𝑁
𝑡𝑎 1𝑠

Força axial atuante no fuso. Deve ser igual ou maior do que a soma das forças resistentes acima
𝐹 = 𝐹𝑎 + 𝐹𝑎𝑡 = 134,2 + 57,6 = 191,8𝑁

Seleção do fuso da Bimeccanica conforme notas no gráfico exposto na página seguinte. O gráfico com as notas foi
copiado do catálogo da Bimeccanica e traduzido pelo distribuidor no Brasil https://www.atibrasil.com.br/
O filete da rosca deverá resistir à força axial. Conforme notas no gráfico, para porca de bronze e velocidade até
25m/min, a pressão específica permitida pelo fabricante é 4 a 8N/mm². Para maior segurança usar o valor menor.
O primeiro filete da rosca suporta aproximadamente 38% da força axial ou seja: 191,8N x 0,38 = 73N e, para ficar
dentro da pressão específica permitida, uma força de 73N necessita de uma área resistente de
73𝑁
= 18,2𝑚𝑚²
4𝑁/𝑚𝑚²

Conforme tabela, o fuso que atenderia acima desse valor, é o TR 10x2 com 28,3mm², mas, após todos os cálculos
realizados (na planilha do excel para não dar muito trabalho), verificamos que, com esse diâmetro, o ângulo de
torção ultrapassa o valor máximo de 0,35° por que o fuso é muito comprido em relação ao diâmetro.
O primeiro fuso que atendeu todas as necessidades foi

Fuso passo = 3mm; diâmetro externo d4 = 14,5mm; diâmetro médio d2 = 12,5mm; diâmetro interno d3 = 10,5mm.
Cálculo da rotação do fuso com passo 3mm:
𝑣 ∗ 60 36𝑚𝑚/𝑠 ∗ 60
𝑛= = = 720𝑟𝑝𝑚
𝑝 3𝑚𝑚

Cálculo da velocidade relativa entre o fuso e a porca


𝑑2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑛 12,5𝑚𝑚 ∗ 3,14 ∗ 720𝑟𝑝𝑚
𝑣𝑠𝑡 = = = 28,3𝑚/𝑚𝑖𝑛
1000 1000

A velocidade, um pouco acima da recomendada para fuso de aço e porca de bronze, é compensada por uma menor
pressão específica permitida
Conforme a reta correspondente a velocidade calculada e traçada no gráfico na página anterior (linha vertical em
vermelho), a pressão específica corrigida para a velocidade de 28,3m/min é 4N/mm² (linha horizontal)
Verificação da resistência do primeiro filete da porca com 38% da força axial
-- Tensão de cisalhamento no primeiro filete
𝐹 ∗ 0,38 191,8𝑁 ∗ 0,38
𝜏𝑐𝑖 = 𝑝 = = 1,2𝑁/𝑚𝑚²
∗ 𝑑 ∗ 𝜋 3𝑚𝑚
2 2
2 ∗ 12,5𝑚𝑚 ∗ 3,14

-- Tensão de esmagamento ou compressão devido a força F


Cálculo da área do primeiro filete sobre compressão
𝑑 2 𝑑3 2 14,5 2 10,5 2
𝐴 = 𝜋 ∗ [( ) − ( ) ] = 3,14 ∗ [( ) −( ) ] = 78,5𝑚𝑚²
2 2 2 2
Tensão específica de compressão no primeiro filete
𝐹 ∗ 0,38 191,8𝑁 ∗ 0,38
𝜎𝑒 = = = 0,93𝑁/𝑚𝑚²
𝐴 78,5𝑚𝑚²

OK. As tensões são menores do que a tensão admissível do material da porca 3,4N/mm²

É necessário verificar se o núcleo do fuso selecionado, suporta as forças atuantes sobre o mesmo e, para isso, é
preciso calcular o momento de torção (torque) necessário para o acionamento.

F = força axial de tração ou compressão Ft = força tangencial


p = passo da rosca dm = Diâmetro médio da rosca
𝜃 = Ângulo de avanço do fuso  = ângulo da rosca
𝑝 180° 4𝑚𝑚 ∗ 180
𝜃= ∗ = 2 = 5,2°
𝜋 ∗ 𝑑𝑚 𝜋 𝜋 ∗ 14𝑚𝑚
Cálculo da força tangencial na rosca (Shigley)
𝜇𝑓 ∗ 𝜋 ∗ 𝑑𝑚 ∗ 𝑠𝑒𝑐 ∝ +𝑝 ∗ 𝑁𝑒
𝐹𝑡 = 𝐹
𝜋 ∗ 𝑑𝑚 − 𝜇𝑓 ∗ 𝑝 ∗ 𝑁𝑒 ∗ 𝑠𝑒𝑐 ∝
0,18 ∗ 3,14 ∗ 12,5𝑚𝑚 ∗ 1,154 + 3𝑚𝑚 ∗ 1
𝐹𝑡 = 191,8𝑁 ∗ = 55,5𝑁
3,14 ∗ 12,5𝑚𝑚 − 0,18 ∗ 3𝑚𝑚 ∗ 1 ∗ 1,154
𝑁𝑒 = Número de entradas ou filetes da rosca. Todos os fusos trapezoidais tabelados têm 1 entrada
 = ângulo da rosca = 30° → sec30° = 1,154
𝜇𝑓 = coeficiente de atrito entre os materiais do fuso e da porca roscada (fonte – Shigley)
Fuso de aço e porca de bronze sem lubrificação = 0,15 a 0,23 Fuso e porca de aço sem lubrificação = 0,15 a 0,25
Fuso de aço e porca de bronze lubrificado = 0,10 a 0,16 Fuso e porca de aço lubrificado = 0,11 a 0,17
Fuso roscado e porca com esferas recirculantes = 0,02 Os valores acima também são válidos para porca
Os valores acima também são válidos para porca de latão de ferro fundido

Cálculo da força de atrito devida ao mancal de apoio com rolamentos

R é a força resistente à força axial e, estando em equilíbrio, R = F


𝐹𝑎𝑡 = 𝐹 ∗ 𝜇𝑚 = 191,8𝑁 ∗ 0,01 = 1,9𝑁
𝜇𝑚 = coeficiente de atrito do mancal de apoio: 0,01 para mancais com rolamento.
A força Fs necessária para rotacionar o fuso é o resultado da somatória da força de atrito Ft gerada pelo conjunto
fuso/porca com a força de atrito Fat gerada pelo mancal de apoio
𝐹𝑠 = 𝐹𝑡 + 𝐹𝑎𝑡 = 55,5𝑁 + 1,9𝑁 = 57,5𝑁

Cálculo do momento de torção devido às forças Ft e Fat. Essas forças deverão ser somadas, mas, como atuam em
diâmetros diferentes, há necessidade de separação na fórmula,
𝐹𝑡 ∗ 𝑑𝑚 + 𝐹𝑎𝑡 ∗ 𝐷 55,5𝑁 ∗ 13,5𝑚𝑚 + 1,9𝑁 ∗ 25𝑚𝑚
𝑀𝑡 = = = 0,4𝑁𝑚
2000 2000
D = diâmetro médio do rolamento de apoio. Não há necessidade de muita precisão porque não muda de forma
significativa o valor do torque de acionamento

As demais verificações dependem da resistência do material do fuso


Aço R50 - 500N/mm² conforme Bimeccanica
Verificação do ângulo de torção que deve ser limitado a 0,35 graus por metro.
Com o diâmetro mínimo de rosca do fuso selecionado d3 = 10,5mm, calculamos o momento de inércia polar do fuso
𝜋 ∗ 𝑑3 4 3,14 ∗ 10,54
𝐽= = = 1193𝑚𝑚
32 32
J = momento de inercia polar para eixo maciço
O ângulo de torção  será determinado pela fórmula
𝑀𝑡 ∗ 𝐿 ∗ 180° 400𝑁𝑚𝑚 ∗ 1000𝑚𝑚 ∗ 180°
𝑎= = = 0,22°
𝐽∗𝐺∗𝜋 1193𝑚𝑚 ∗ 79400𝑁/𝑚𝑚² ∗ 3,14
Mt = momento de torção = 0,4Nm x 1000 = 400Nmm
L = comprimento do fuso ou distância máxima da ponta de eixo do motor até a porca = 1000mm
G = módulo de elasticidade transversal para eixos de aço = 79400N/mm²
Verificação do diâmetro mínimo do fuso (diâmetro do núcleo liso e sem rasgo de chaveta) em função do torque
Resistência à ruptura do material do fuso 𝑆𝑟 = 500𝑁/𝑚𝑚².
𝑆𝑒 = resistência ao escoamento por tração = 𝑆𝑟 ∗ 0,75 = 370𝑁/𝑚𝑚²
𝑆𝑠𝑒 = resistência ao escoamento por torção = 0,75 ∗ 𝑆𝑒 = 0,75 ∗ 370 = 280𝑁/𝑚𝑚²
𝑆𝑠𝑒 280𝑁/𝑚𝑚²
𝜏𝑎𝑑𝑚 = = = 140𝑁/𝑚𝑚²
𝑠 2,0
𝜏𝑎𝑑𝑚 = tensão admissível a torção do material
s = fator de segurança – 2,0 para equipamentos industriais fora das normas.
Mt = momento de torção = 0,4Nm x 1000 = 400Nmm
3 𝑀𝑡 3 400𝑁𝑚𝑚
𝑑3 = √ =√ = 2,4𝑚𝑚
0,2 ∗ 𝜏𝑎𝑑𝑚 0,2 ∗ 140𝑁/𝑚𝑚²

Verificação da flambagem. Ver matéria


No afastamento do carro do motor, como o fuso trabalha sobre compressão axial e é longo, é necessário verificar a
possibilidade de ocorrer a flambagem
Diâmetro mínimo d3 = 10,5mm.
Distância do eixo do motor até a porca no ponto máximo de afastamento do carro L = 1000mm

𝜋 ∗ 𝑑3 4 3,14 ∗ 10,54
𝐼= = = 596𝑚𝑚
64 64
Raio de giração
𝑑 10,5
𝑟= = = 2,6𝑚𝑚
4 4
 = índice de esbeltez para fuso com as extremidades bem apoiadas lateralmente K = 0,5
𝐾 ∗ 𝐿 0,5 ∗ 1000𝑚𝑚
λ= = = 190
r 2,6𝑚𝑚
Sendo o índice de esbeltez acima de 100, a força máxima pode ser calculada pela fórmula de Euler

𝜋 2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼 3,142 ∗ 200000𝑁/𝑚𝑚² ∗ 596𝑚𝑚


𝐹𝑓𝑙 = = = 4701𝑁
(𝐾 ∗ 𝐿)² (0,5 ∗ 1000)²
OK - Força axial (𝐹 = 191,8𝑁) menor do que a força máxima resistente à flambagem
I = momento de inércia
E = módulo de elasticidade do aço

Cálculo da potência necessária do motor para acionamento do fuso.


-- No sistema internacional
𝑀𝑡 ∗ 𝑛 0,4𝑁𝑚 ∗ 720𝑟𝑝𝑚
𝑃= = = 0,03𝑘𝑊
9550 ∗ 𝜂 9550 ∗ 1
𝜂 = rendimento do redutor

Como não será usado redutor, o rendimento da transmissão é 1 (100%). Em compensação não haverá aumento de
torque proporcionado pelas engrenagens do redutor
Neste caso, é melhor utilizar motor de 4 polos (mais barato) com inversor de frequência para chegar na rotação
calculada de 720rpm. O motor deve ser selecionado pelo torque acima do calculado, ou seja, acima de 0,4Nm.
Consultando o catálogo de motores pelo conjugado nominal (torque nominal): 0,4Nm =0,04kgfm

Motor de 0,12kW – 4 polos, 1720rpm, conjugado nominal 0,07kgfm = 0,7Nm. Conjug. máximo = 3 x nominal
A frequência para o motor trabalhar a 720 rpm é proporcional a rotação com frequência de 60Hz - 1720rpm
60𝐻𝑧 ∗ 720
𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎 720𝑟𝑝𝑚 = = 25𝐻𝑧
1720
Desenhos:
Detalhes da estrutura de apoio do carro, fuso roscado, mancal axial com rolamentos para suportar a força de
deslocamento do carro em ambos os sentidos, anel elástico de trava e parafuso e arruela no centro do fuso para
suportar a força de tração atuante sobre o fuso

A seguir: Fuso roscado, porca roscada, suporte da porca, elemento de ligação

Observações: o furo oblongo tem a função de permitir que o suporte da porca roscada desloque sua posição para
cima ou para baixo de acordo com a real posição do motor e do mancal que apoiam o fuso.
A seguir: Motor em balanço fixado rigidamente à estrutura através de flange. Acoplamento rígido de união entre o
eixo do motor e o fuso roscado. O motor serve de segundo mancal do fuso mas somente para força radial. Não tem
que suportar a força axial suportada pelo mancal em ambos os sentidos,

fuso passo = 4mm; diâmetro externo D4 = 16,5mm; diâmetro médio d2 = 14mm; diâmetro mínimo d3 = 11,5mm.

Rolamento para suporte de fusos de esferas para 10000hs de trabalho e força axial, F = 191,8N
Cálculo da capacidade de carga conforme tabela
𝑓ℎ ∗ 𝐹 2,7 ∗ 191,8𝑁
𝐶= = = 1296𝑁
𝑓𝑛 0,4
Rolamento selecionado pelo diâmetro do fuso. Superdimensionado para a força axial atuante
Exemplo 2: Mesa linear
Vamos usar como exemplo para o cálculo das forças que incidem sobre o fuso trapezoidal, uma mesa linear da IGUS
a SHT-20-AWM - https://www.igus.com.br/ - cujo carro deve deslocar linearmente na horizontal uma carga de massa
650kg que exerce uma força radial de 650𝑘𝑔 ∗ 9,8𝑚/𝑠² ≅ 6400𝑁 sobre os tubos de apoio de alumínio anodizado
duro com 20mm de diâmetro. O acionamento é manual através de um volante de 200mm de diâmetro. O curso da
mesa deve ser 200mm para cada lado. Para efetuarmos nossos cálculos, como não temos os detalhes do projeto da
mesa da Igus, o fuso original será substituído pelo fuso da Bimeccanica - representada no Brasil pela
https://www.atibrasil.com.br/ porém com mesmas dimensões. Material do fuso: aço laminado e porca de bronze.

Fuso TR 18 x 4 (diâmetro externo 18,5mm; diâmetro médio 16mm; diâmetro mínimo 13,5mm; passo 4mm).

Material do fuso: aço laminado


Material dos eixos: alumínio anodizado duro

Pelos dados na tabela acima supomos que, para deslocar a carga de massa 650kg apoiada
sobre a guias horizontais (650kg x 9,8m/s²= 6370N), é prevista uma força axial F de 1600N
sobre o fuso e

conforme gráfico da Igus abaixo, para uma força axial F = 1600N sobre o fuso TR 18x4 (linha vermelha), corresponde
o torque de acionamento de aproximadamente 8,7Nm

Comparando nossos cálculos com os dados da Igus


Para calcular a força axial F, é necessário conhecer a força de atrito que se opõe ao movimento gerada pelo
escorregamento do carro sobre as guias de apoio
De acordo com o catálogo, o modelo SHT-20-AWM têm o carro deslizando sobre guias fabricadas a partir de tubos
de alumínio anodizado duro.
A força axial deve ser igual ou maior do que a força de atrito
𝐹 ≥ 𝐹𝑎𝑡 = 𝑚 ∗ 𝑔 ∗ 𝜇𝑔 = 650𝑘𝑔 ∗ 9,8𝑚/𝑠² ∗ 0,19 = 6400𝑁 ∗ 0,19 = 1210𝑁
𝜇𝑔 = coeficiente de atrito entre materiais do carro e das guias de acordo com tabela a seguir. Latão e alumínio têm
praticamente o mesmo coeficiente de atrito. aço/latão = 0,15 a 0,19. Usamos o valor maior

A força resistente ao giro, gerada pelo atrito entre o fuso de aço e a porca de bronze, é calculada pela fórmula de
Shigley
𝜇𝑓 ∗ 𝜋 ∗ 𝑑𝑚 ∗ 𝑠𝑒𝑐 ∝ +𝑝 ∗ 𝑁𝑒
𝐹𝑡 = 𝐹
𝜋 ∗ 𝑑𝑚 − 𝜇𝑓 ∗ 𝑝 ∗ 𝑁𝑒 ∗ 𝑠𝑒𝑐 ∝
0,18 ∗ 3,14 ∗ 16𝑚𝑚 ∗ 1,154 + 4𝑚𝑚 ∗ 1
𝐹𝑡 = 1210𝑁 ∗ = 353𝑁
3,14 ∗ 16𝑚𝑚 − 0,18 ∗ 4𝑚𝑚 ∗ 1 ∗ 1,154
𝜇𝑓 = coeficiente de atrito entre materiais do fuso e da porca de acordo com tabela acima
 = ângulo da rosca = 30° → sec30° = 1,154
Equipamentos acionados manualmente e utilizados para deslocamento horizontal como na mesa em estudo,
geralmente tem o fuso apoiado na própria estrutura como na figura a seguir. Esse sistema gera uma força de atrito
Fat resistente ao giro do fuso, calculada pela fórmula abaixo. Assim como na rosca, não é aconselhável a velocidade
periférica no colar ultrapassar 30m/min.
𝜋 ∗ 𝐷 ∗ 𝑛 3,14 ∗ 30𝑚𝑚 ∗ 50𝑟𝑝𝑚
𝑣𝑐𝑜𝑙𝑎𝑟 = = = 4,7𝑚/𝑚𝑖𝑛
1000 1000

𝐹𝑎𝑡 = 𝐹 ∗ 𝜇𝑐 = 1210𝑁 ∗ 0,17 = 205,7𝑁

𝜇𝑐 = coeficientes de atrito relativos ao colar


F = força axial de tração ou compressão Ft = força tangencial 𝜃 = Ângulo de avanço do fuso
p = passo da rosca dm = Diâmetro médio da rosca  = ângulo da rosca

Cálculo do momento de torção devido às forças Ft e Fat. Essas forças deverão ser somadas, mas como atuam em
diâmetros diferentes, há necessidade de separação na fórmula
𝐹𝑡 ∗ 𝑑𝑚 + 𝐹𝑎𝑡 ∗ 𝐷 353𝑁 ∗ 16𝑚𝑚 + 205,7𝑁 ∗ 30𝑚𝑚
𝑀𝑡 = = = 5,93𝑁𝑚
2000 2000
D = diâmetro médio do rolamento.

Verificação da resistência do primeiro filete da porca em função dos materiais e da velocidade relativa com o fuso
Cálculo da velocidade entre o fuso e a porca
A velocidade do fuso acionado manualmente, depende do operador, normalmente, não ultrapassa 50rpm
𝑑2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑛 16𝑚𝑚 ∗ 3,14 ∗ 50𝑟𝑝𝑚
𝑣𝑠𝑡 = = = 2,5𝑚/𝑚𝑖𝑛
1000 1000

A velocidade baixa é compensada por uma resistência maior determinada pelo gráfico e, a pressão específica
corrigida em função da velocidade para o contato, é 8N/mm² - 8MPa
Somente 38% da força axial é suportada pelo primeiro filete
-- Tensão de cisalhamento devido a parte da força F
𝐹 ∗ 0,38 1216𝑁 ∗ 0,38
𝜏𝑐𝑖 = 𝑝 = = 4,6𝑁/𝑚𝑚²
∗ 𝑑 ∗ 𝜋 4𝑚𝑚
2 2 ∗ 16𝑚𝑚 ∗ 3,14
2

-- Tensão de esmagamento ou compressão devido a parte da força F


Cálculo da área do primeiro filete sobre compressão
𝑑 2 𝑑3 2 18,5 2 13,5 2
𝐴 = 𝜋 ∗ [( ) − ( ) ] = 3,14 ∗ [( ) −( ) ] = 125,6𝑚𝑚²
2 2 2 2
-- Tensão de compressão específica no primeiro filete
𝐹 ∗ 0,38 1216𝑁 ∗ 0,38
𝜎𝑒 = = = 3,68𝑁/𝑚𝑚²
𝐴 125,6𝑚𝑚²
OK. As tensões são menores do que a tensão admissível do material da porca, ou seja, 8N/mm²

Verificação do ângulo de torção que deve ser limitado a 0,35 graus por metro.
Sendo o diâmetro mínimo de rosca do fuso selecionado d3 = 13,5mm, calculamos o momento de inércia polar
𝜋 ∗ 𝑑3 4 3,14 ∗ 13,54
𝐽= = = 3260,9𝑚𝑚
32 32
J = momento de inercia polar para eixo maciço
O ângulo de torção  será determinado pela fórmula
𝑀𝑡 ∗ 𝐿 ∗ 180° 5930𝑁𝑚𝑚 ∗ 250𝑚𝑚 ∗ 180°
𝑎= = = 0,33°
𝐽∗𝐺∗𝜋 3260,9𝑚𝑚 ∗ 81000𝑁/𝑚𝑚² ∗ 3,14
L = distância máxima da ponta de eixo do volante até a porca = 250mm
G = módulo de elasticidade transversal para eixos de aço = 81000N/mm²
Mt = momento de torção, 5,93Nm = 5930Nmm
As demais verificações dependem da resistência do material do fuso
Aço R50 - 500N/mm²

Verificação do diâmetro mínimo do fuso (diâmetro do núcleo liso e sem rasgo de chaveta).
Resistência à ruptura do material do fuso 𝑆𝑟 = 500𝑁/𝑚𝑚².
𝑆𝑒 = resistência ao escoamento por tração = 𝑆𝑟 ∗ 0,75 = 370𝑁/𝑚𝑚²
𝑆𝑠𝑒 = resistência ao escoamento por torção = 0,75 ∗ 𝑆𝑒 = 0,75 ∗ 37 = 280𝑁/𝑚𝑚²
𝑆𝑠𝑒 280𝑁/𝑚𝑚²
𝜏𝑎𝑑𝑚 = = = 140𝑁/𝑚𝑚²
𝑠 2,0
𝜏𝑎𝑑𝑚 = tensão admissível à torção do material.
s = fator de segurança – 2,0 para equipamentos industriais fora das normas.
Mt = momento de torção = 5,93Nm x 1000 = 5930Nmm
3 𝑀𝑡 3 5930𝑁𝑚𝑚
𝑑3 = √ =√ = 5,96𝑚𝑚
0,2 ∗ 𝜏𝑎𝑑𝑚 0,2 ∗ 140𝑁/𝑚𝑚²

Cálculo da força exercida pelo operador sobre o volante de diâmetro 200mm no momento do acionamento
𝑀𝑡 ∗ 2 5930𝑁𝑚𝑚 ∗ 2
𝐹= = = 59𝑁 → 6,0𝑘𝑔𝑓
𝑑 200𝑚𝑚
Flambagem
Em alguns equipamentos, principalmente os de elevação quando o mancal de apoio está na parte inferior, o fuso fica
submetido ao esforço de compressão no sentido axial, ou seja, à flambagem. Deve ser verificado se o fuso suporta a
carga sem curvar sempre que a relação L/d for muito elevada.
Situação 1 – fuso sem apoio lateral Situação 2 – fuso bem apoiado lateralmente

K=2 Flambagem K = 0,5 Flambagem


As figuras acima representam as situações que influem na resistência à flambagem. Na situação 1, não há
sustentação lateral do fuso e da carga provocando maior desequilíbrio. Na situação 2, as colunas dão sustentação
lateral não permitindo que o fuso curve facilmente e, portanto, o equilíbrio é maior, mas mesmo assim a flambagem
pode ocorrer. Tomando como referência a norma
Norma NBR 8400 – ANEXO E
Situação 1 – macaco de parafuso com diâmetro mínimo d = 29mm e comprimento L = 600mm
calcular qual a carga F que o mesmo pode suportar sem flambar
Raio de giração
𝑑 29
𝑟= = = 7,25𝑚𝑚
4 4

 = índice de esbeltez
𝐾 ∗ 𝐿 2 ∗ 600
λ= = = 165
r 7,25
Momento de inércia
𝜋 ∗ 𝑑3 4 3,14 ∗ 294
𝐼= = = 34701𝑚𝑚
64 64
Sendo o índice de esbeltez acima de 100, a carga máxima pode ser calculada pela fórmula de Euler

Valor de K = 2

𝜋 2 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼 3,142 ∗ 200000𝑁/𝑚𝑚² ∗ 34701𝑚𝑚


𝑭𝒇𝒍 = = = 47519𝑁
(𝐾 ∗ 𝐿)² (2 ∗ 600)²
I = momento de inércia E = módulo de elasticidade do aço

Situação 2 – No sistema a direita, a resistência à flambagem é bem maior considerando o


mesmo fuso. Mas não poderá ultrapassar a tensão de escoamento do material
Valor de K = 0,5
𝐾 ∗ 𝐿 0,5 ∗ 600
λ= = = 41,4
r 7,25
Com o valor do coeficiente de esbeltez abaixo de 100, não poderá ser utilizada a fórmula de
Euler para o cálculo da tensão crítica pois, a flambagem ocorrerá no regime não elástico do
material.
Utilizando a fórmula recomendada no anexo E da NBR 8400 – Tabelas na página seguinte
𝜎𝑒 ∗ 𝐴
𝑭𝒇𝒍 =
𝜔
𝐴 = 𝜋 ∗ 𝑅2 = 3,14 ∗ 14,5² = 660𝑚𝑚²
- Para 𝜆 = 41,4 → 𝜔 = 1,14 conforme tabela 42
A força aplicada deve ficar dentro de um limite de segurança determinado por normas
- Tensão admissível conforme recomendação
𝜎𝑒 370𝑁/𝑚𝑚²
σadm = = = 246𝑁/𝑚𝑚²
𝑞 1,5
𝜎𝑎𝑑𝑚 ∗ 𝐴 246𝑁/𝑚𝑚² ∗ 660𝑚𝑚²
𝐹𝑎𝑑𝑚 = = = 142421𝑁
𝜔 1,14
A = Área transversal do perfil submetida a compressão
𝜔 – coeficiente em função da esbeltez conforme tabela 42 do anexo E da NBR 8400
q = coeficiente de segurança
𝜎𝑒 = tensão de escoamento do material do fuso
NORMA NBR 8400 – ANEXO E
Coeficiente de atrito relativo ao parafuso com a porca

Curvas de eficiência dos fusos com rosca trapezoidal

Observação: Para diminuição significativa do atrito e consequente melhora da eficiência, utilizar parafuso com
esferas recirculantes
Gráficos e tabelas extraídas do catálogo da ATI do Brasil
https://www.atibrasil.com.br/20-fusos-e-porcas-trapezoidais
https://pdf.directindustry.com/pt/pdf-en/bimeccanica-srl/bfc/160938-627050.html
Fusos – características técnicas
Matéria prima dos fusos da Bimeccanica

Matéria prima das porcas

Geometria da rosca
DIMENSÕES DE FUSOS TRAPEZOIDAIS CONFORME NORMA DIN 103
https://www.bornemann-gewindetechnik.de/wordpress/wp-content/uploads/2016/04/Trapezoidal-thread-EN.pdf
TABELA PARA CÁLCULO DO ROLAMENTO
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS (fonte Unicamp)
TENSÃO DE RUPTURA Tensão Alonga
(Kgf/mm2) Escoamento mento OBSERVAÇÕES
MATERIAL TRAÇÃO COMPRE CISALHA (kgf/mm2) %
SSÃO MENTO Tração
SAE 1010 35 35 26 13 33
SAE 1015 38 38 29 17 30
SAE 1020 42 42 32 19 26 aço carbono, recozido ou
SAE 1025 46 46 35 21 22 normalizado.
SAE 1030 50 50 37 23 20
SAE 1040 58 58 43 26 18
SAE 1050 65 65 49 36 15
SAE 1070 70 70 52 42 9
SAE 4130 69 69 52 57 20 aço cromo molibdênio,
SAE 4140 76 76 57 65 17 recozido ou normalizado
SAE 4150 81 81 61 69 15
SAE 4320 84 84 63 65 19 aço cromo níquel
SAE 4340 86 86 65 74 15 molibid.recoz. ou normaliz.
SAE 8620 62 62 46 56 18 aço Ni Cr Mo, recoz. ou norm.
SAE 8640 75 75 56 63 14
AISI 301 77 77 58 28 55
AISI 302 63 63 47 24 55 aço inoxidável cromo níquel
AISI 310 69 69 51 31 45
AISI 316 60 60 45 24 55
AISI 410 49 49 37 26 30 aço inoxidável
AISI 420 67 67 50 35 25 cromo
FoFo 15 60 - - - ferro fundido

Tensões de cisalhamento 𝑺𝒔𝒓 (conforme Eng. Kaio Dutra – CEPEP)


Material Ruptura Escoamento
Aços até 0,3% de carbono 𝑆𝑠𝑟 = 0,6 ∗ 𝑆𝑟 𝑆𝑠𝑒 = 0,5 ∗ 𝑆𝑒
Alumínio
Aços acima de 0,3%C até 0,7%C 𝑆𝑠𝑟 = 0,75 ∗ 𝑆𝑟 𝑆𝑠𝑒 = 0,75 ∗ 𝑆𝑒
Aço acima de 0,7%C 𝑆𝑠𝑟 = 𝑆𝑟 𝑆𝑠𝑒 = 𝑆𝑒
𝑆𝑠𝑟 = 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑟𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑜𝑟çã𝑜 − 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 0,75 ∗ 𝑆𝑟

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