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Execução Penal para Depen (Agente Penitenciário)

Teoria e exercícios comentados


Prof. Paulo Guimarães -Aula 01
AULA 01: Sistema penitenciário federal (Lei nº
11.671/2008 e Decreto nº 6.877 /2009). Plano
Estratégico de Educação no âmbito do Sistema
Prisional. (Decreto nº 7.626/2011).

Observação importante: este curso é protegido por direitos


autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,
atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá
outras providências.

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SUMÁRIO PÁGINA
1. Sistema penitenciário federal (Lei nº 11.671/2008 e
2
Decreto nº 6.877/2009)
2. Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema
11
Prisiona l. (Decreto nº 7 .626/20 11)
3. Resumo do Concurseiro 17
4 . Questões comentadas 20
5. Questões sem comentários 26

Olá, amigo concurseiro!


Fico fe liz em saber que você optou por preparar-se com o
Estratégia! A sua jornada não será fáci l, mas vamos trilhá - la juntos, e
certamente você estará preparado quando chegar o grande dia .
Nossa m issão de hoje é estudar duas normas importantes não
só para a sua prova, mas também para o dia a dia do servidor do
Departamento Penitenciário Naciona l.

Vamos lá!? Força! Bons estudos!

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Execução Penal para Depen (Agente Penitenciário)
Teoria e exercícios comentados
Prof. Paulo Guimarães – Aula 01
1. SISTEMA PENITENCIÁRIO FEDERAL (LEI Nº 11.671/2008 E
DECRETO Nº 6.877/2009)

A Lei nº 11.671/2008 trata da transferência e inclusão de


presos em estabelecimentos penais federais de segurança máxima.
Atenção a esse primeiro aspecto, pois na aula de hoje falaremos
especialmente sobre os estabelecimentos de segurança máxima. A
banca pode tentar enganar você aí, ok!?
A regulamentação da Lei nº 11.671/2008 foi feita por meio do
Decreto nº 6.877/2009. Os decretos regulamentadores servem para
viabilizar a aplicação das leis, detalhando os procedimentos por meio dos
quais as regras devem ser aplicadas.
Por essa razão nós estudaremos as duas normas ao mesmo
tempo, em vez de estudar as regras de uma e depois da outra.
“Mas professor, como eu vou saber se uma regra está na lei
ou no decreto?” Em primeiro lugar, acredito que essa distinção é pouco
relevante para fins de prova. Acredito que a banca elaborará questões
colocando no enunciado tanto a lei quanto o decreto, e por isso para
acertá-las será irrelevante saber onde estão as regras.
De qualquer forma, para facilitar a sua vida, sempre que eu
reproduzir normas do Decreto nº 6.877/2009, vou utilizar a cor verde,
ok? Mais uma vez repito! Não perca muito tempo tentando memorizar
onde está cada norma. O importante hoje é compreender as regras e
tentar memorizá-las!
Vamos começar estudando o art. 2º da Lei nº 11.671/2008.

Art. 2o A atividade jurisdicional de execução penal nos


estabelecimentos penais federais será desenvolvida pelo juízo federal
da seção ou subseção judiciária em que estiver localizado o
estabelecimento penal federal de segurança máxima ao qual for recolhido
o preso.

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O Poder Judiciário, como você certamente já sabe, é
responsável por decidir situações de conflito. As decisões emanadas pelo
Poder Judiciário são definitivas e obrigatórias para as partes envolvidas.
Como esse trabalho é muito amplo, a Constituição de 1988
dividiu o Poder Judiciário em diversos ramos. Alguns desses ramos são
especializados – como é o caso da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho
e da Justiça Militar – enquanto, de outro lado, há a Justiça Comum, que
se ocupa de “todo o resto”.
Nesse “todo o resto” se inclui a persecução penal, ou seja, a
condução de ações penais, por meio das quais pode haver a condenação
de pessoas que tenham praticado crimes.
A Justiça Comum se divide ainda em Justiça Federal, que atua
quando há interesse da União no processo, e Justiça Estadual, que é a
Justiça Comum “mais comum”... ☺
E por que estou explicando tudo isso? Muito simples...! Essa
divisão da Justiça Comum é o que justifica a existência de
estabelecimentos penais administrados pelos Estados e pela União, e na
aula de hoje o que nos interessa são os estabelecimentos federais e a
execução penal no âmbito da Justiça Federal.
Por isso o art. 2º determina que essa atividade fique a cargo
do juízo federal da seção ou subseção judiciária em que estiver localizado
o estabelecimento penal. Seções e subseções judiciárias são divisões
territoriais no âmbito da Justiça Federal, ok?
A Penitenciária Federal de Mossoró, por exemplo, fica
localizada na Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, e por isso o juízo
federal dessa seção judiciária é competente para a execução referente
àquele estabelecimento penal.
Obedecendo à mesma lógica, a assistência jurídica ao preso
que estiver nos estabelecimentos penais federais de segurança máxima
cabe à Defensoria Pública da União.

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A execução penal nos estabelecimentos penais federais


cabe ao juízo federal da seção ou subseção judiciária em que estiver
localizado o estabelecimento penal. A assistência jurídica ao preso que
estiver nesses estabelecimentos penais cabe à Defensoria Pública da
União.

Art. 3o Serão recolhidos em estabelecimentos penais federais de


segurança máxima aqueles cuja medida se justifique no interesse da
segurança pública ou do próprio preso, condenado ou provisório.
O recolhimento de presos em estabelecimentos penais de
segurança máxima apenas se justifica em casos específicos, e a Lei no
11.671/2008, entre outros aspectos, determina o procedimento por meio
do qual alguém pode ser transferido a esses estabelecimentos.
Na realidade, a manutenção do preso em estabelecimentos
federais de segurança máxima é uma medida excepcional, e deve ter
prazo determinado. Esse prazo é de no máximo 360 dias, e só pode ser
renovado de forma excepcional, quando a medida for solicitada
motivadamente pelo juízo de origem.
O Decreto determina que, quando faltarem 60 dias para o fim
do prazo estipulado para que o preso fique no estabelecimento penal
federal, o DEPEN deve comunicar o fato a quem tenha requerido a
inclusão ou transferência, para que se manifeste a respeito da
necessidade de prorrogação.
Esse pedido de prorrogação precisa ser feito imediatamente
após o fim do prazo. Caso contrário, a lei obriga o juízo de origem a
receber o preso de volta. Se o pedido de renovação tiver sido feito, o
preso permanecerá no estabelecimento penal federal até a decisão do juiz
federal quanto à renovação.

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A inclusão de preso em estabelecimento penal federal de


segurança máxima será excepcional e por prazo determinado.

Você deve estar se perguntando quais as diferenças entre um


estabelecimento penal de segurança máxima e os demais, não é mesmo?
Pois bem, não vou entrar em detalhes sobre o assunto, pois ele não
interessa muito para a sua prova, mas um dos dispositivos da Lei no
11.671/2008 traz uma determinação nesse sentido que deve ser
lembrada por você na hora da prova.

Art. 11. A lotação máxima do estabelecimento penal federal de


segurança máxima não será ultrapassada.
Além de proibir que haja presos além da lotação máxima, a lei
estabelece como diretriz que deve-se buscar manter um número de
presos inferior, para que as vagas adicionais possam ser preenchidas em
casos de emergência.

Mas então em que casos é permitida essa transferência? A


resposta nos é dada pelo Decreto no 6.877/2009.

Art. 3o Para a inclusão ou transferência, o preso deverá possuir, ao


menos, uma das seguintes características:
I - ter desempenhado função de liderança ou participado de forma
relevante em organização criminosa;
II - ter praticado crime que coloque em risco a sua integridade
física no ambiente prisional de origem;
III - estar submetido ao Regime Disciplinar Diferenciado - RDD;

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IV - ser membro de quadrilha ou bando, envolvido na prática
reiterada de crimes com violência ou grave ameaça;
V - ser réu colaborador ou delator premiado, desde que essa
condição represente risco à sua integridade física no ambiente prisional de
origem; ou
VI - estar envolvido em incidentes de fuga, de violência ou de
grave indisciplina no sistema prisional de origem.
A compreensão de todas essas hipóteses exige de você um
pouco de compreensão de Direito Penal e também da Lei de Execução
Penal.
A primeira diz respeito ao preso que atuou como líder ou que
participou de forma relevante de organização criminosa. Aqui vale
salientar que a Lei no 12.850/2013 define organização criminosa como “a
associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com
objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer
natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter
transnacional”.
A segunda hipóteses se refere ao preso cuja integridade
física está ameaçada. Essa previsão deixa claro que a transferência do
preso para um estabelecimento de segurança máxima nem sempre
significa que ele é perigoso, mas a medida também pode servir para
resguardar a segurança do próprio preso. A mesma lógica se aplica ao
preso que está em situação de risco porque está cooperando com as
autoridades para elucidação de crimes. Esta é a quinta hipótese.
A terceira hipótese é a do Regime Disciplinar Diferenciado,
previsto no art. 52 da Lei de Execução Penal, ao qual deve ser submetido
o preso que comete fato previsto como crime doloso.
A quarta hipótese é a do preso que faz parte de quadrilha ou
bando. Na realidade, hoje o Código Penal chama essa figura de

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associação criminosa, que nada mais é do que uma associação de 3 ou
mais pessoas com o fim específico de cometer crimes.
A sexta e última hipótese de transferência ou admissão de
preso em estabelecimento pena l federa l de segurança máxima é a que diz
respeito a ocorrências anteriores de fuga , violência ou grave
indisciplina no estabelecimento prisiona l de origem .

Art. 4º' A admissão do preso, condenado ou provisório, dependerá


de decisão prévia e fundamentada do juízo federal competente, após
receber os autos de transferência enviados pelo juízo responsável pela
execução pena l ou pela prisão provisória .
O processo de inclusão ou transferência do preso tem início
com o requerimento da autoridade administrativa, do Ministério Público
ou do próprio preso . Esse requerimento deve expor os motivos que
justifiquem a necessidade da medida e estar acompanhado da
documentação necessária .
Aqu i cabe mencionar ainda posicionamento do STJ, segundo o
qual não cabe ao Juízo Federal discutir as razões do Juízo Estadual,
quando solicita a transferência de preso para estabelecimento prisiona l de
segurança máxima, assim quando pede a renovação do prazo de
permanência, porquanto este é o único habilitado a declarar a
excepcionalidade da medida".

O Decreto nº 6.877/2009 prevê também a possibi lidade de


formulação de pedido de inclusão ou transferência do preso em
caráter emergencial, sem a prévia instrução dos autos. Nesse caso a
inclusão ou transferência deve ser requerida perante ao juízo de origem,
que, se concordar, encaminhará o pedido ao juiz federal competente.

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No processo de transferência devem ser ouvidos, no prazo de
5 dias cada, autoridade administrativa, o Ministério Público e a defesa,
bem como o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN).
O DEPEN tem a atribuição de opinar sobre a pertinência da
inclusão ou da transferência, bem como indicar o estabelecimento penal
adequado à custódia, podendo solicitar diligências complementares,
inclusive sobre o histórico criminal do preso.
É possível ainda que a decisão pela transferência do preso
seja proferida de forma liminar, ou seja, em caráter provisório. Essa
medida se justifica apenas nos casos de extrema necessidade, e
posteriormente o juiz deve proferir a sua decisão em caráter definitivo. Se
o juiz federal decidir admitir o preso, sua decisão deve indicar o período
de permanência.
Tratando-se de preso condenado, os autos da execução penal
devem ser enviados ao juízo federal, pois este será o responsável pela
execução durante o período em que o preso permanecer no
estabelecimento penal federal de segurança máxima.
Se estivermos falando em transferência de preso provisório, o
juízo de origem deve expedir uma carta precatória, devidamente
instruída, para que o juízo federal competente inicie fiscalização da prisão
no estabelecimento penal federal.

O art. 4o do Decreto no 6.877/2009 traz uma lista de


documentos que devem instruir o processo de inclusão ou de
transferência. Sugiro que você dê uma boa lida, mas acho difícil surgirem
questões cobrando detalhes, ok?

Art. 4o Constarão dos autos do processo de inclusão ou de


transferência, além da decisão do juízo de origem sobre as razões da
excepcional necessidade da medida, os seguintes documentos:
I - tratando-se de preso condenado:

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a) cópia das decisões nos incidentes do processo de execução que
impliquem alteração da pena e regime a cumprir;
b) prontuário, contendo, pelo menos, cópia da sentença ou do
acórdão, da guia de recolhimento, do atestado de pena a cumprir, do
documento de identificação pessoal e do comprovante de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas - CPF, ou, no caso desses dois últimos, seus
respectivos números; e
c) prontuário médico; e
II - tratando-se de preso provisório:
a) cópia do auto de prisão em flagrante ou do mandado de prisão e
da decisão que motivou a prisão cautelar;
b) cópia da denúncia, se houver;
c) certidão do tempo cumprido em custódia cautelar;
d) cópia da guia de recolhimento; e
e) cópia do documento de identificação pessoal e do comprovante de
inscrição no CPF, ou seus respectivos números.

Se a transferência for rejeitada, o juízo de origem poderá


suscitar conflito de competência perante o tribunal competente, que o
apreciará em caráter prioritário. Enquanto esse conflito não for decidido, o
preso permanecerá no estabelecimento penal federal.

Vamos supor que um preso esteja num estabelecimento penal


federal de segurança máxima, cumprindo sua pena, obviamente, em
regime fechado, mas consiga a progressão para o regime semiaberto. E
agora? O que fazer?
O Decreto traz regras específicas sobre isso.

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Art. 11. Na hipótese de obtenção de liberdade ou progressão de
regime de preso custodiado em estabelecimento penal federal, caberá ao
Departamento Penitenciário Nacional providenciar o seu retorno ao local
de origem ou a sua transferência ao estabelecimento penal indicado para
cumprimento do novo regime.

O DEPEN será responsável por organizar o retorno desse


preso ao estabelecimento de origem ou sua transferência para outro
estabelecimento, para que ele possa cumprir a pena no novo regime. Da
mesma forma, cabe ao DEPEN providenciar a soltura do preso, caso ele
deve ser libertado.
Se por alguma razão o preso preferir não ser transferido para
outro estabelecimento, deve formalizar pedido ao diretor do
estabelecimento penal federal.

Art. 12. Mediante requerimento da autoridade administrativa, do


Ministério Público ou do próprio preso, poderão ocorrer transferências de
presos entre estabelecimentos penais federais.
Você deve se lembrar de um famoso traficante que foi preso
há alguns anos e já foi transferido várias vezes entre estabelecimentos
penais federais de segurança máxima. Sempre que ele é transferido a
imprensa costuma divulgar a operação.
Pois bem, esse tipo de transferência pode ocorrer mediante
requerimento da autoridade administrativa (o diretor do estabelecimento
penal, a polícia ou mesmo o DEPEN), do Ministério Público ou do próprio
preso.
O responsável pelo julgamento desse pedido será o juiz
corregedor do estabelecimento penal onde se encontrar o preso. A ele
caberá também ouvir o juiz corregedor do estabelecimento penal de
destino.

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A transferência de presos entre estabelecimentos penais


federais pode ocorrer mediante requerimento da autoridade
administrativa, do Ministério Público ou do próprio preso. O responsável
pelo julgamento do pedido será o juiz corregedor do estabelecimento
penal onde se encontrar o preso.

2. PLANO ESTRATÉGICO DE EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DO


SISTEMA PRISIONAL (DECRETO Nº 7.626/2011)

O Decreto no 7.626/2011 estabeleceu o Plano Estratégico de


Educação no Âmbito do Sistema Prisional (PEESP). Esse plano tem a
finalidade de ampliar e qualificar a oferta de educação nos
estabelecimentos penais, contemplando tanto a educação básica (na
modalidade educação de jovens e adultos) quanto a educação
profissional e tecnológica e a educação superior.
Cuidado aqui hein!? Se a banca decidir elaborar questões
sobre esse Decreto, é grande a possibilidade de apegar-se a esses
aspectos mais gerais do PEESP. O espectro de educação alcançada pelo
plano é amplo, mas a banca pode tentar enganar você dizendo, por
exemplo, que somente a educação básica é alcançada.

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O Plano Estratégico de Educação no Âmbito do Sistema


Prisional (PEESP) tem a finalidade de ampliar e qualificar a oferta de
educação nos estabelecimentos penais, contemplando tanto a educação
básica (na modalidade educação de jovens e adultos) quanto a
educação profissional e tecnológica e a educação superior.

Art. 3o São diretrizes do PEESP:


I - promoção da reintegração social da pessoa em privação de
liberdade por meio da educação;
II - integração dos órgãos responsáveis pelo ensino público com
os órgãos responsáveis pela execução penal; e
III - fomento à formulação de políticas de atendimento
educacional à criança que esteja em estabelecimento penal, em
razão da privação de liberdade de sua mãe.
Perceba que as diretrizes do Plano estão relacionadas também
aos filhos de presas, que eventualmente estejam nos estabelecimentos
penais.
Além disso, é mencionada a necessidade de integração
entre os estabelecimentos penais e os estabelecimentos
educacionais, bem como a necessidade de reintegração social do
preso, para a qual a educação deve servir como instrumento.
Devem ser observadas ainda as diretrizes estabelecidas pelo
Conselho Nacional de Educação e pelo Conselho Nacional de Política
Criminal e Penitenciária.

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Art. 4o São objetivos do PEESP:
I - executar ações conjuntas e troca de informações entre órgãos
federais, estaduais e do Distrito Federal com atribuições nas áreas de
educação e de execução penal;
II - incentivar a elaboração de planos estaduais de educação
para o sistema prisional, abrangendo metas e estratégias de formação
educacional da população carcerária e dos profissionais envolvidos em sua
implementação;
III - contribuir para a universalização da alfabetização e para a
ampliação da oferta da educação no sistema prisional;
IV - fortalecer a integração da educação profissional e
tecnológica com a educação de jovens e adultos no sistema
prisional;
V - promover a formação e capacitação dos profissionais
envolvidos na implementação do ensino nos estabelecimentos penais; e
VI - viabilizar as condições para a continuidade dos estudos dos
egressos do sistema prisional.
Como a grande maioria dos estabelecimentos penais é
administrada pelos Estados (e não pela União), também faz parte do rol
de objetivos do PEESP o incentivo a ser prestado à elaboração de planos
de educação para o sistema prisional em âmbito estadual.
Como aspectos mais concretos constam entre os objetivos a
busca pela universalização da alfabetização e a ampliação da oferta de
educação no sistema prisional.
Acredito que seja possível que a banca tente confundir você
trocando as diretrizes pelos objetivos do plano em eventuais questões.
Cuidado, ok?

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PLANO ESTRATÉGICO DE EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DO SISTEMA PRISIONAL


(PEESP)
DIRETRIZES OBJETIVOS
I - promoção da reinte gração social da I - executar a ções conjuntas e troca de
pessoa e m privação de liberdade por meio da informações entre órgãos federais, estaduais e do
educação; Distrito Federal com atribu ições nas áreas de
II - integração dos órgãos responsáveis educação e de execução pena l;
pelo ensino público com os órgãos responsáveis II - incentivar a elaboração de planos
pela execução pena l; e estaduais de educação para o s istema
III - fomento à formula ção de política s de prisional, abrangendo metas e estratég ias de
ate ndimento e ducacional à criança que esteja em formação educacional da popu lação carcerária e
estabelecimento pena l, em razão da privação de dos profissionais envolvidos em sua
liberdade de sua mãe. implementação;
III - contribuir para a universalização da
alfabetização e para a ampliação da oferta da
educa ção no sistema prisional;
IV - fortalecer a integração da e ducação
profis sional e tecnológica com a e duca ção de
jovens e adultos no sistema prisional;
V - promover a forma ção e capacitação
dos profissionais envolvidos na implementação
do ensino nos estabelecimentos pena is; e
VI - v iabilizar as condições para a continuidade
dos estudos dos egressos do sistema prisional.
O PEESP é coordenado e executado pelo Ministério da Justiça
e pelo Ministério da Educação . Além disso, a União deve buscar
colaboração com os Estados e o Distrito Federal, podendo também incluir
Municípios, outros órgãos ou entidades públicas, bem como instituições de
ensino.
Na tabela abaixo apresento as atribuições do Ministério da
Justiça e do Ministério da Educação.

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PLANO ESTRATÉGICO DE EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DO SISTEMA PRISIONAL


(PEESP)
MINISTERIO DA JUSTIÇA MINISTERIO DA EDUCAÇAO
I - conceder apoio financeiro para I - equipar e aparelhar os espaços
construção, ampl iação e reforma dos espaços destinados às atividades educacionais nos
destinados à educação nos estabelecimentos estabelecimentos penais;
pena is; II - promover a distribuição de livros
II - or ienta r os gestores do sist ema prisional didáticos e a composição de acervos de
para a importância da oferta de educação nos bibliotecas nos estabelecimentos penais;
estabelecimentos penais; e III - foment ar a oferta de programas de
III - real iza r o acompanhamento dos alfabetização e de educação de jovens e
indicadores estatísticos do PEESP, por meio de adultos nos estabelecimentos penais; e
sistema informatizado, v isando à or ientação das IV - promover a capacitação de
políticas públicas voltadas pa ra o sistema prisional. professores e profissionais da educação que
atuam na educação em est abeleci mentos penais.

A vinculação dos Estados e do Distrito Federa l ao plano ocorre


por meio de assinatura de um termo de adesão. A União então poderá
prestar apoio técnico e financeiro, mediante apresentação, por parte do
Estado ou do Distrito Federal, de plano de ação, do qual devem participar,
necessariamente, os órgãos (normalmente secretarias ou departamentos)
que atuem nas áreas de educação e execução pena l.
Esses planos de ação devem conter um diagnóstico das
demandas de educação no âmbito dos estabelecimentos penais, as
estratégias e metas para a implementação do plano, e as atri buições e
responsa bilidades de cada órgão que o integra r .
Caberá então aos dois Ministérios analisar os planos de ação e
definir o apoio fi nanceiro, de acordo com o que for pactuado com cada
ente federativo.

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Art. 10. Para a execução do PEESP poderão ser firmados convênios,
acordos de cooperação, ajustes ou instrumentos congêneres, com órgãos e
entidades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, com consórcios públicos ou com entidades privadas.

Além da adesão dos Estados e do Distrito Federal, é possível


que sejam firmados convênios com diversos órgãos e entidades da
administração pública, bem como com entidades privadas, para
consecução dos objetivos do plano.

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3. RESUMO DO CONCURSEIRO

A execução penal nos estabelecimentos penais federais


cabe ao juízo federal da seção ou subseção judiciária em que estiver
localizado o estabelecimento penal. A assistência jurídica ao preso que
estiver nesses estabelecimentos penais cabe à Defensoria Pública da
União.

A inclusão de preso em estabelecimento penal federal de


segurança máxima será excepcional e por prazo determinado.

O Decreto no 6.877/2009 prevê também a possibilidade de


formulação de pedido de inclusão ou transferência do preso em
caráter emergencial, sem a prévia instrução dos autos. Nesse caso a
inclusão ou transferência deve ser requerida perante ao juízo de origem,
que, se concordar, encaminhará o pedido ao juiz federal competente.

A transferência de presos entre estabelecimentos penais


federais pode ocorrer mediante requerimento da autoridade
administrativa, do Ministério Público ou do próprio preso. O responsável
pelo julgamento do pedido será o juiz corregedor do estabelecimento
penal onde se encontrar o preso.

O Plano Estratégico de Educação no Âmbito do Sistema


Prisional (PEESP) tem a finalidade de ampliar e qualificar a oferta de
educação nos estabelecimentos penais, contemplando tanto a educação
básica (na modalidade educação de jovens e adultos) quanto a
educação profissional e tecnológica e a educação superior.

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PLANO ESTRATÉGICO DE EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DO SISTEMA PRISIONAL
(PEESP)
DIRETRIZES OBJETIVOS
I - promoção da reintegração social da I - executar a ções conjuntas e troca de
pessoa em privação de liberdade por meio da informações entre órgãos federais, est aduais e do
ed ucação; Distrito Federal com atribuições nas áreas de
II - integração dos órgãos responsáveis educação e de execução penal;
pelo ensino público com os órgãos responsáveis II - incentivar a elaboração de planos
pela execução pena l; e estaduais de educação para o sistema
III - fomento à formula ção de políticas de pris ional, abrangendo metas e estrat égias de
atendimento educacional à criança que est ej a em formação educacional da população carcerária e
estabelecimento pena l, em razão da privação de dos profissionais envolvidos em sua
liberdade de sua mãe. implementação;
III - contribu ir para a universalização da
alfabetização e para a ampliação da oferta da
educação no sistema prisiona l;
IV - fortalecer a integração da educação
profissional e tec nológica com a educa ção de
jovens e adultos no sistema prisional;
V - promover a forma ção e capacitação
dos profissionais envolvidos na im plementação
do ensino nos estabeleci ment os penais; e
VI - viabi lizar as condições para a continuidade
dos estudos dos egressos do sistema pr isiona l.

PLANO ESTRATÉGICO DE EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DO SISTEMA PRISIONAL


(PEESP)
MINISTERIO DA JUSTIÇA MINISTERIO DA EDUCAÇAO
I - conceder apoio financeiro para I - equipar e aparelhar os espaços
constr ução, ampl iação e reforma dos espaços destinados às atividades educacionais nos
destinados à educação nos est abelecimentos est abelecimentos penais;
penais; II - promover a distribuição de livros
II - or ientar os gestores do sistema prisional didáticos e a composição de acervos de
para a importância da oferta de educação nos bibliotecas nos estabelecimentos penais;
estabelecimentos penais; e III - fomentar a oferta de programas de
III - real izar o acompanhamento dos alfabetização e de educação de jovens e

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indicadores estatísticos do PEESP, por meio de adultos nos estabelecimentos penais; e
sistema informatizado, visando à orientação das IV - promover a capacitação de
políticas públicas voltadas para o sistema prisional. professores e profissionais da educação que
atuam na educação em estabelecimentos penais.

Aqui se encerra o conteúdo teórico da nossa aula de hoje.


Agora resolva as questões, e, se tiver alguma dúvida, estou à disposição.

Grande abraço!

Paulo Guimarães
professorpauloguimaraes@gmail.com
www.facebook.com/pauloguimaraesfilho

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4. QUESTÕES COMENTADAS

1. MPF - Procurador da República - 2012 - MPF (adaptada). A


alteração do regime de execução pena l estabelecido pela Lei n.
11.671/08, permit indo a transferência e inclusão de preso oriundo de
outro sistema penitenciário para o sistema penitenciário federal de
segurança máxima, constitui exceção e está inspirada em fatos e
fundamentos a serem necessariamente considerados por ocasião do
pedido e da admissão correspondente.

COMENTÁRIOS: Exato! Não é qualquer preso que pode ser transferido


para o estabelecimento pena l federal de segurança máxima . Essa
transferência depende de decisão prévia e fundamentada do juiz federal
competente .

GABARITO : C

2. MPF - Procurador da República - 2012 - MPF (adaptada). Não


cabe ao Juízo Federal da Seção Judiciária em que se loca liza o
estabelecimento penal federal exercer qualquer ju ízo de valor sobre a
gravidade ou não das razões do Ju ízo solicitante, mormente quando se
tratar de preso provisório sem condenação, situação em que, de resto, a
Lei n. 11.671/08 encarrega o Juízo solicitante de dirigir o controle da
prisão, fazendo-o por carta precatória.

COMENTÁRIOS: Este é o posicionamento assumido pelo STJ, segundo


o qual não cabe ao juiz federa l ava liar a gravidade das razões expostas
pe lo juiz estadual, quando se tratar de transferência emergencial,
assim declarada pelo juízo de origem .

GABARITO: C

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3. MPF - Procurador da República - 2012 - MPF (adaptada). O
período de permanência do preso em estabelecimento penal federal de
segurança máxi ma não poderá exceder a 360 (trezentos o sessenta)
dias, adm itindo-se, excepciona lmente, a renovação do prazo de
permanência, que dar- se-á apenas uma única vez.

COMENTÁRIOS: Vimos na aula de hoje que é possível, em situações


excepcionais, a prorrogação do período em que o preso permanece no
estabelecimento penal federa l de segurança máxima, mas em momento
nenhum dissemos que essa prorrogação somente poderia ocorrer uma
vez, não é mesmo? ©

GABARITO : E

4. MPF - Procurador da República - 2012 - MPF (adaptada). O


Ju ízo Federa l da Seção Judiciária em que se localiza o estabelecimento
penal federal somente pode justificar a recusa em recolher o preso se
evidenciadas condições desfavoráveis ou inviáveis da unidade prisional,
tais como lotação ou incapacidade de receber novos presos ou apenados.

COMENTÁRIOS: A lei deixa bem claro em seu art. 11 que a lotação


máxi ma do estabelecimento penal f edera l de segurança máxima não
pode ser ultrapassada, não é mesmo? Por isso mesmo essa pode ser
uma justificativa para negativa do pedido de transferência ou inclusão .

GABARITO: C

5. TRF 4 ª Região - Juiz Federal - 2014 - TRF 4 ª Região


(adaptada). Independentemente de ser preso definitivo ou provisório,
a execução da pena privativa de li berdade, no período em que durar a

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transferência, ficará a cargo do ju ízo federal competente pela unidade
prisiona l.

COMENTÁRIOS: Não é possível dizermos que há execução de pena de


um preso provisório, não é mesmo? Afi na l de contas, sem con denação
não pode haver pena, mas apenas o cumprimento de uma medida
cautelar.

GABARITO : E

6. TRF 4 ª Região - Juiz Federal - 2014 - TRF 4 ª Região


{adaptada). Sa lvo na hipótese de réu colaborador que se encontre em
situação de risco à sua i ntegridade física, é sempre exig ível que o preso
esteja submetido ao Regime Discip li nar Diferencia do para justificar sua
transferência para o estabelecimento pena l federal.

COMENTÁRIOS: O art. 3° do Decreto nº 6 .877/2009 tra z outras


possibilidades além do RDD, inclusive quando a integridade física do
próprio preso estiver em risco. Vamos re lembrar?

Art. 3-º Para a inclusão ou tra nsferência, o preso deverá possuir, ao


menos, uma das seguintes características :
I - ter desempenhado fu nção de liderança ou participado de forma
re levante em organização criminosa ;
II - ter praticado crime que coloque em risco a sua integridade
física no ambiente prisiona l de origem;
III - estar submetido ao Regime Disciplinar Diferenciado - RDD;
IV - ser membro de quadrilha ou bando, envolvido na prática
reiterada de crimes com violência ou grave ameaça;

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V - ser réu colaborador ou delator premiado, desde que essa
condição represe nte risco à sua integridade física no ambiente prisiona l de
origem; ou
VI - estar envolvido em incidentes de fuga , de violência ou de
grave indisciplina no sistema prisional de origem .

GABARITO : E

7. TRF 4 ª Região - Juiz Federal - 2014 - TRF 4 ª Região


{adaptada). Não obstante o prazo previsto na lei para a permanência
do preso em estabe lecimento prisiona l federa l, situações excepcionais,
objetivamente demonstradas, poderão justificar a prorrogação do
prazo, observado, porém, o contraditório .

COMENTÁRIOS: É isso mesmo. Sempre que for feito o pedido de


re novação do prazo deve haver nova decisão, sempre mediante
justificativa .

GABARITO : C

8. TRF 4 ª Região - Juiz Federal - 2014 - TRF 4 ª Região


{adaptada). Havendo recusa do juízo de origem em receber o preso,
estará o ju iz- corregedor legitimado a suscitar conflito de competência
perante o Superior T ribuna l de Justiça, permanecendo o preso,
enquanto não for decidido o conflito, sob a jurisdição federa l.

COMENTÁRIOS: É possível que haja esse conflito de competência, mas


que o suscita é o juízo da origem, e não o juiz corregedor.

GABARITO : E

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9. (inédita). O Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema
Prisional – PEESP, instituído pelo Decreto no 7.626/2011, tem as
seguintes diretrizes, EXCETO

a) integração dos órgãos responsáveis pelo ensino público com os órgãos


responsáveis pela execução penal.
b) viabilizar as condições para a continuidade dos estudos dos egressos
do sistema prisional.
c) promoção da reintegração social da pessoa em privação de liberdade
por meio da educação.
d) fomento à formulação de políticas de atendimento educacional à
criança que esteja em estabelecimento penal, em razão da privação de
liberdade de sua mãe.

COMENTÁRIOS: As diretrizes do PEESP são estabelecidas no art. 3o do


Decreto no 7.626/2011. O erro está na alternativa B, que na realidade
traz um dos objetivos do plano.

GABARITO: B

10. (inédita). O Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema


Prisional – PEESP, instituído pelo Decreto no 7.626/2011, é coordenado e
executado pelos Ministérios da Justiça e da Educação, bem como pelos
Estados que firmem termo de adesão ao plano.

COMENTÁRIOS: Os Estados e o Distrito Federal podem aderir ao plano,


mas a coordenação compete ao MJ e ao MEC.

GABARITO: E

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11. (inédita). No âmbito do Plano Estratégico de Educação no âmbito do
Sistema Prisional – PEESP, é de competência do Ministério da Educação a
concessão de apoio financeiro para construção, ampliação e reforma dos
espaços destinados à educação nos estabelecimentos penais.

COMENTÁRIOS: Se você der uma olhadinha na nossa tabela, vai


perceber que na realidade essa atribuição é do Ministério da Justiça, e não
da Educação...

GABARITO: E

12. (inédita). Para a execução do Plano Estratégico de Educação no


âmbito do Sistema Prisional – PEESP, é possível que sejam firmados
convênios, acordos de cooperação, ajustes ou instrumentos congêneres,
com órgãos e entidades da administração pública de qualquer ente da
federação, bem como com consórcios públicos ou com entidades privadas.

COMENTÁRIOS: É verdade. Esses convênios podem ser firmados tanto


com órgãos e entidades públicas quanto privadas.

GABARITO: C

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5. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. MPF - Procurador da República - 2012 - MPF (adaptada). A


alteração do regime de execução pena l estabelecido pela Lei n.
11.671/08, permit indo a transferência e inclusão de preso oriundo de
outro sistema penitenciário para o sistema penitenciário federal de
segurança máxima, constitui exceção e está inspirada em fatos e
fundamentos a serem necessariamente considerados por ocasião do
pedido e da admissão correspondente.

2. MPF - Procurador da República - 2012 - MPF (adaptada). Não


cabe ao Juízo Federal da Seção Judiciária em que se localiza o
estabelecimento penal federal exercer qualquer ju ízo de valor sobre a
gravidade ou não das razões do Ju ízo solicitante, mormente quando se
tratar de preso provisório sem condenação, situação em que, de resto, a
Lei n. 11.671/08 encarrega o Juízo solicitante de dirigir o controle da
prisão, fazendo-o por carta precatória.

3. MPF - Procurador da República - 2012 - MPF (adaptada). O


período de permanência do preso em estabelecimento penal federal de
segurança máxi ma não poderá exceder a 360 (trezentos o sessenta)
dias, adm itindo-se, excepciona lmente, a renovação do prazo de
permanência, que dar- se-á apenas uma única vez.

4. MPF - Procurador da República - 2012 - MPF (adaptada). O


Ju ízo Federa l da Seção Judiciária em que se localiza o estabelecimento
penal federal somente pode justificar a recusa em recolher o preso se
evidenciadas condições desfavoráveis ou inviáveis da unidade prisional,
tais como lotação ou incapacidade de receber novos presos ou apenados.

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5. TRF 4 ª Região - Juiz Federal - 2014 - TRF 4 ª Região
{adaptada). Independentemente de ser preso definitivo ou provisório,
a execução da pena privativa de li berdade, no período em que durar a
transferência, ficará a cargo do ju ízo federal competente pela unidade
prisiona l.

6. TRF 4 ª Região - Juiz Federal - 2014 - TRF 4 ª Região


{adaptada). Sa lvo na hipótese de réu colaborador que se encontre em
situação de risco à sua i ntegridade física, é sempre exigível que o preso
esteja submetido ao Regime Discip li nar Diferenciado para justificar sua
transferência para o estabelecimento pena l federal.

7. TRF 4 ª Região - Juiz Federal - 2014 - TRF 4 ª Região


{adaptada). Não obstante o prazo previsto na lei para a permanência
do preso em estabe lecimento prisiona l federal, situações excepcionais,
objetivamente demonstradas, poderão justificar a prorrogação do
prazo, observado, porém, o contraditório .

8. TRF 4 ª Região - Juiz Federal - 2014 - TRF 4 ª Região


{adaptada). Havendo recusa do juízo de origem em receber o preso,
estará o ju iz- corregedor legitimado a suscitar confl ito de competência
perante o Superior T ribuna l de Justiça, permanecendo o preso,
enquanto não for decidido o confl ito, sob a jurisdição federa l.

9. {inédita). O Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema


Prisional - PEESP, instituído pelo Decreto nº 7.626/201 1, tem as
seguintes diretrizes, EXCETO

a) integração dos órgãos responsáveis pelo ensino público com os órgãos


responsáveis pela execução penal.
b) viabilizar as condições para a continuidade dos estudos dos egressos
do sistema prisiona l.

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Execução Penal para Depen (Agente Penitenciário)
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c) promoção da reintegração social da pessoa em privação de liberdade
por meio da educação.
d) fomento à formulação de políticas de atendimento educacional à
criança que esteja em estabelecimento penal, em razão da privação de
liberdade de sua mãe.

10. (inédita). O Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema


Prisional – PEESP, instituído pelo Decreto no 7.626/2011, é coordenado e
executado pelos Ministérios da Justiça e da Educação, bem como pelos
Estados que firmem termo de adesão ao plano.

11. (inédita). No âmbito do Plano Estratégico de Educação no âmbito do


Sistema Prisional – PEESP, é de competência do Ministério da Educação a
concessão de apoio financeiro para construção, ampliação e reforma dos
espaços destinados à educação nos estabelecimentos penais.

12. (inédita). Para a execução do Plano Estratégico de Educação no


âmbito do Sistema Prisional – PEESP, é possível que sejam firmados
convênios, acordos de cooperação, ajustes ou instrumentos congêneres,
com órgãos e entidades da administração pública de qualquer ente da
federação, bem como com consórcios públicos ou com entidades privadas.

GABARITO
1. C 7. C
2. C 8. E
3. E 9. B
4. C 10. E
5. E 11. E
6. E 12. C

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