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Dano moral e princípios balizadores do seu estabelecimento enquanto indenização

Por: Rafaela Torres de Freitas

O instituto do Dano Moral como se verifica na jurisprudência brasileira moderna


tem duas funções principais: a de amenizar o dano causado por desídia terceiro e a de
punir/educar o causador de tal dano com o fulcro de evitar a reincidência do
comportamento danoso. Neste contexto, o presente trabalho pretende abordar a questão
da aplicação do Dano Moral nos litígios envolvendo planos de saúde julgados pelos
tribunais de segunda instância no Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de
punir/educar o ofensor atingindo seu patrimônio, porém sem ensejar o enriquecimento
ilícito sem causa do ofendido, com fulcro de, em caso de grande diferença no patamar
social das partes envolvidas, verificar qual critério que deve prevalecer para que não haja
reincidência da conduta danosa.

O estudo do tema se justifica pelo fato de ser de grande relevância social, uma
vez que trata do estudo do instituto do Dano Moral, que sendo adequadamente
quantificado torna-se capaz de reduzir práticas irregulares ou abusivas por parte de
grandes litigantes que ocorrem de forma reiterada atingindo diversas pessoas apesar de
tais ofensores serem constantemente condenados em ações de danos.

Portanto, torna-se necessária a análise dos critérios, do julgador para


estabelecimento do quantum indenizatório nas ações de dano moral. Nesses casos, um
juiz pendendo para o princípio do não enriquecimento sem causa fixará um valor que se
mostrará insignificante se for muito grande o patrimônio daquele que tenha cometido o
ato danoso; por outro lado, pendendo para o caráter punitivo-pedagógico de forma a
induzir uma mudança de visão e atitude do ofensor, um juiz fixará um valor para o dano
moral que possa promover uma mudança de status econômico do ofendido se este for um
sujeito de poucas posses.

Para entendimento do tema, se faz necessário incorrer em breves considerações


acerca da responsabilidade civil, haja visto que dela decorre o dano e por via de
consequência o dever de indenizar.

O termo Responsabilidade origina-se do latim respondere, que mostra a ideia de


segurança, restituição ou ressarcimento.

2
Gagliano e Pamplona Filho (2010, p. 51) conceituam a responsabilidade civil
como aquela que “[...] deriva da agressão a um interesse eminentemente particular,
sujeitando, assim, o infrator, ao pagamento de uma compensação pecuniária à vítima,
caso não possa repor in natura o estado anterior da coisa”.

Nas palavras de Venosa (2002, p. 13):

O termo responsabilidade é utilizado em qualquer situação na qual


alguma pessoa, natural ou jurídica, deva arcar com as consequências de
um ato, fato, ou negócio danoso. Sob essa noção, toda atividade
humana, portanto, pode acarretar o dever de indenizar.

Diniz (2010, p. 40) discorre sobre o tema afirmando que:

Poder-se-á definir a responsabilidade civil como a aplicação de medidas


que obriguem alguém a reparar dano moral ou patrimonial causado a
terceiros em razão de ato próprio imputado, de pessoa por quem ele
responde, ou de fato de coisa ou animal sob sua guarda
(responsabilidade subjetiva), ou ainda de simples imposição legal
(responsabilidade objetiva).

Consoante o Código Civil Brasileiro, que a define em seu artigo 927, a saber:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de
reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados
em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
(BRASIL, 2002).

Por fim, no vasto campo da responsabilidade civil o que interessa à presente


pesquisa é identificar aquela conduta que reflete na obrigação de indenizar um dano
causado, para tanto, faz-se também necessário fazer algumas ponderações sobre o
instituto.

O dano (do latim damnu) é o mal, prejuízo, ofensa material ou moral causada
por alguém a outrem detentor de um bem juridicamente protegido. O dano ocorre quando
esse bem é diminuído, inutilizado ou deteriorado, maculado ou prejudicado de qualquer
forma por ato nocivo e prejudicial, produzido pelo delito civil ou penal1. Assim,
doutrinariamente o conceito de dano é bem amplo e, dessa forma, merece destaque alguns
destes conceitos.

Segundo Diniz (2010, p. 61), em sentido amplo, “[...] o dano é um dos


pressupostos da responsabilidade civil, contratual ou extracontratual, visto que não
poderá haver ação de indenização sem a existência de um prejuízo”.

2
Agostinho Alvim (2011 apud GONÇALVES, 2011, p. 355), discorre sobre o
dano asseverando que:

[,,,] dano em sentido amplo, vem a ser a lesão de qualquer bem jurídico,
e aí se inclui o dano moral. Mas em sentido estrito, dano é para nós, a
lesão do patrimônio; e patrimônio é o conjunto das relações jurídicas de
uma pessoa, apreciáveis em dinheiro. Aprecia-se o dano tendo em vista
a diminuição sofrida no patrimônio.”

Enneccerus (2011 apud GONÇALVES, 2011 p. 355) conceitua o dano como


“[...] toda desvantagem que experimentamos em nossos bens jurídicos: patrimônio, corpo,
vida, saúde, honra, crédito, bem-estar, capacidade de aquisição etc.” Já Cavalieri Filho
(2000 apud GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2010, p. 78) traz o seguinte conceito de
dano: “O dano é, sem dúvida, o grande vilão da responsabilidade civil. Não haveria que
se falar em indenização, nem em ressarcimento, se não houvesse o dano.”

Verificada a ocorrência do dano, surge o dever de indenizar e a indenização deve


obedecer a critérios em que ao mesmo tempo que sirva para inibir o agente causador de
reincidir na conduta danosa, não ocasionem um enriquecimento sem causa para o
ofendido, de modo que s faz necessário definir o caráter punitivo pedagógico do dano
moral e enriquecimento sem causa.

1. METODOLOGIA

Para realização da presente monografia, quanto aos seus objetivos, será adotada
a técnica de pesquisa exploratória, descritiva e explicativa, pois esta objetiva tanto uma
maior familiaridade com o tema, como estabelecer relações entre conceitos e identificar
os elementos que viabilizem a comprovação das hipóteses levantadas, tendo por base o
levantamento bibliográfico, documental e o estudo de um caso concreto. A pesquisa se
consubstanciará pela descrição do fenômeno estudado – o estabelecimento das
indenizações a título de danos morais nos litígios que envolvam plano de saúde, em
segunda instância, pelos tribunais do Rio de Janeiro - buscando-se estabelecer e explicar
a relação entre resultado das sentenças de segunda instância e reincidência no
comportamento danoso, e a partir daí identificar a veracidade das hipóteses. (GIL, 2002,
p. 41-42).

Quanto aos procedimentos técnicos para coleta de dados, esta pesquisa pode ser
classificada como bibliográfica, pesquisa de campo e documental.

2
Classifica-se como bibliográfica, pois buscará demonstrar o tratamento dado
pela doutrina ao instituto do dano moral quanto as suas funções e as formas para sua
quantificação. (GIL, 2002, p. 44-45).

Como pesquisa de campo, uma vez que serão feitas a observação direta das
atividades dos tribunais de segunda instância do estado do Rio de Janeiro no julgamento
de ações de danos morais que envolvam planos de saúde, e dos planos de saúde
envolvidos nos litígios quanto a reincidência ou não no comportamento danoso após
condenação, para captar as explicações e interpretações do que ocorre nos grupos. (GIL,
2002, p. 53).

Como pesquisa documental na medida em que também analisará um caso


concreto envolvendo o julgado de plano de saúde em ação de danos pelo tribunal de
segunda instância do estado do Rio de Janeiro para o estabelecimento da indenização por
dano moral com o fulcro de entender a motivação da sentença exarada através de sua
justificativa. (GIL, 2002, p. 46-47).

2. CRONOGRAMA

Atividades/ Meses (Ano: 2019) Fev Mar Abr Mai Jun Jul

1 Seleção de Bibliografia

2 Capítulo 1

3 Capítulo 2

4 Capítulo 3

5 Introdução

2
6 Conclusão

7 Revisão de Metodologia

8 Elaboração do Resumo

9 Revisão Ortográfica

10 Preparação para defesa

11 Defesa

3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

DINIZ, Maria Helena. Responsabilidade Civil. 18. ed. São Paulo. Saraiva, 2010.

GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo. Curso de direito civil:
responsabilidade civil. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade Civil. 6ª Ed. atual. e ampl. São Paulo:
Saraiva, 2011.

VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil. São Paulo: Atlas, 2007.

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