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Informações básicas

• O que é?
• Qual a finalidade dos seguros compreensivos empresariais?
• Que tipos de planos existem nos seguros multirriscos empresariais ou compreensivos?
• Seguro padronizado
• Seguro não padronizado
• Seguro singular
• Qual é a estrutura das apólices do seguro multirrisco empresarial?
• Qual a principal diferença entre o seguro contra incêndio convencional e o seguro multirrisco
empresarial?
• Quais os benefícios do seguro compreensivo em relação aos convencionais?
• Como são caracterizados os riscos nos seguros compreensivos empresariais?

O que é?
Os seguros multirriscos patrimoniais (também conhecidos como compreensivos) são produtos
massificados e de comercialização ampla. São destinados a empresas industriais, comerciais e
de serviços e considerados um dos produtos mais modernos da indústria de seguros. Numa
única apólice, o empresário consegue proteger a sua empresa contra diversos tipos de riscos
que a ameaçam.
Esse produto tem coberturas específicas para empreendimentos de pequeno,médio e grande
porte.
No mercado, é prática comum requerer a contratação da cobertura básica (geralmente,
incêndio e explosão de qualquer natureza e queda de raio) e, pelo menos, de uma cobertura
facultativa (por exemplo, proteção contra roubo de equipamentos eletrônicos, lucros cessantes,
pagamento de aluguel, recomposição de documentos, fidelidade de funcionários etc). Assim, o
empresário pode compor uma apólice personalizada, na medida de suas necessidades.
Essa forma de contratar seguros existe desde 1992, quando da criação do Plano Diretor do
Sistema de Seguros, cujo objetivo foi desregulamentar e desenvolver o mercado de seguros. A
criação dos seguros compreensivos permitiu odesenvolvimento de parâmetros técnicos para
estabelecer novos perfis e estruturas dos produtos, mesmo para aqueles que ainda tivessem
as bases e as características das carteiras de origem.
Nos seguros multirriscos cada seguradora tem a liberdade de agregar novas coberturas, além
das que a Superintendência de Seguros Privados (Susep) propôs na Circular 321/2006, num
plano padronizado, há dois anos. No mercado a maioria das seguradoras possui produtos não
padronizados que exigem a aprovação prévia da autarquia.
Nos seguros compreensivos a Susep determina a cobertura básica que a seguradora deverá
oferecer, deixando a critério de cada seguradora a decisão de escolher os riscos que serão
contemplados na cobertura básica dos seguros compreensivos não padronizados. Ou seja, nos
seguros compreensivos não padronizados a seguradora define, no contrato, a cobertura básica.
Os riscos garantidos na cobertura básica são estabelecidos nas condições especiais da apólice,
bem como de cada uma das coberturas acessórias contratadas.

Qual a finalidade dos seguros compreensivos empresariais?


Esses seguros, também chamados multirrisco patrimonial, oferecem, em uma única apólice,
todas as coberturas de que as empresas usualmente precisam para proteger seu patrimônio,
isto é, seus imóveis, equipamentos, mercadorias, móveis e utensílios. Geralmente, incluem
também cobertura de responsabilidade civil decorrente da existência, uso e conservação
desses bens, indenizações por diminuição de faturamento e assistência nas pequenas
emergências do dia a dia.
O objetivo do seguro multirrisco é garantir ao segurado, até o limite das importâncias
seguradas em cada uma das diversas garantias contratadas, o pagamento de indenização por
prejuízos diretamente decorrentes de perdas e danos aos bens segurados, ocorridos no local
segurado, em consequência dos riscos cobertos.

Que tipos de planos existem nos seguros multirriscos


empresariais ou compreensivos?
Nos seguros compreensivos, existem planos padronizados, não padronizados e singulares.

Seguro padronizado
É aquele cujas condições contratuais são idênticas àquelas constantes das normas técnicas
determinadas pela Susep e pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), acessíveis nos
sites respectivos na internet. A comercialização pode ser realizada por qualquer seguradora,
desde que tenha autorização da Susep.
Exemplo: seguro incêndio tradicional, seguro de lucros cessantes, seguro de transporte etc.

Seguro não padronizado


É o produto criado pela seguradora. As condições contratuais e notas
técnicas atuariais (documento técnico que contém as fórmulas de cálculo de custo, custeio e
obrigações, considerando os regimes financeiros, métodos e benefícios avaliados) devem
seguir os critérios mínimos previstos de um ramo ou plano de seguro.
Exemplo: seguros compreensivos residenciais, seguros compreensivos condominiais e seguros
compreensivos empresariais;

Seguro singular
É desenhado pela seguradora para atender uma apólice individual, com o objetivo de atender a
um segurado com exclusividade. Devido a essas características, o produto seguro não poderá
ser vendido para outros clientes da seguradora. É um seguro feito sob medida.

Qual é a estrutura das apólices do seguro multirrisco


empresarial?
Todos os contratos de seguro contêm um conjunto de condições contratuais que estabelecem
as obrigações e direitos do segurado e do segurador.
O seguro compreensivo não é exceção.
As condições se dividem em:
• Condições gerais: cláusulas de caráter básico, comuns a todas as apólices de um mesmo
ramo e modalidade de seguro;
• Condições especiais ou acessórias: particularizam as condições de um determinado seguro,
diferenciando-o de outros de idêntico ramo e modalidade e modificando as condições gerais,
ampliando ou restringindo as suas disposições;
• Condições particulares: são específicas de cada contrato, pois se referem aos dados
individuais do seguro (nome do segurado, valor do prêmio etc).

Qual a principal diferença entre o seguro contra incêndio


convencional e o seguro multirrisco empresarial?
O seguro compreensivo tem a mesma essência do seguro contra incêndio tradicional. Ou seja,
a cobertura básica indeniza o segurado por danos decorrentes de incêndio, queda de raio e
explosão de gás de uso doméstico; e, as coberturas acessórias, explosão de caldeiras,
aparelhos, substâncias, incêndio decorrente de terremotos, queda de aeronaves etc.
Com a evolução do mercado, o seguro incêndio passou a ser comercializado sob a forma de
seguro compreensivo, conjugado ou multirrisco, com alcance maior por reunir, em uma
única apólice, coberturas mais amplas e/ou diferentes daquelas do seguro de incêndio
tradicional, como danos devidos a vendaval, granizo, impacto de veículos, danos elétricos,
desmoronamento, tumultos, acidentes pessoais, roubo de bens e valores, quebra de vidros,
responsabilidade civil e outros.
Além disso, as apólices dos seguros compreensivos costumam incluir serviços de Assistência
24 horas como chaveiro, encanador, eletricista etc.
É, portanto, um seguro mais amplo e que pode ser feito sob medida para cada empresa.

Quais os benefícios do seguro compreensivo em relação aos


convencionais?
Os seguros multirriscos têm, em relação aos seguros convencionais, o beneficio de redução
dos prêmios, pois há conjugação de várias coberturas em uma só apólice, com cláusulas
menos restritivas e menor custo administrativo. A variedade de coberturas garante ao
segurado escolher produtos que atendem às suas necessidades.
Entre os principais benefícios, destacam-se:
• redução das taxas em relação aos chamados seguros convencionais;
• conjugação de várias coberturas, cada uma delas especificando os riscos excluídos em uma
só apólice, o que facilita a compreensão por parte do segurado;
• estruturação modular com uma ampla gama de coberturas e garantias acessórias, o que
permite ao segurado escolher, entre elas, as mais adequadas ao seu negócio, resultando na
montagem de um seguro “personalizado”.

Além das coberturas básicas, como incêndio, raio e explosão, o segurado precisa contratar, no
mínimo, uma cobertura adicional. A lista de opcionais poderá incluir proteção contra danos
elétricos em equipamentos em geral e em equipamentos eletrônicos, roubo de valores, diárias
por paralisação de atividades em decorrência de imprevistos e pagamento de aluguel, entre
outras.
O valor máximo de cobertura é determinado pelo seguro de incêndio. Nas demais coberturas, a
indenização poderá corresponder a um percentual da indenização a ser paga em caso de
incêndio, previamente determinada no contrato entre as partes. A cada cobertura adicional
contratada é possível obter descontos progressivos, que reduzem ainda mais o valor do
prêmio.
Como são caracterizados os riscos nos seguros compreensivos
empresariais?
Risco, para o mercado de seguros, é o acontecimento possível, futuro e incerto,
independentemente da vontade das partes contratantes, que pode gerar prejuízos de natureza
econômica.
Os riscos cobertos são os que habilitam os segurados à indenização por parte das seguradoras
conforme o contrato de seguro pactuado. Eles são definidos nas condições especiais e/ou
particulares das apólices.
As apólices dos seguros multirriscos padronizados devem conter a cláusula de que, no caso de
danos múltiplos e/ou sucessivos associados a diversos fatos geradores, sem possibilidade de
individualizá-los, ou seja, estabelecer a relação de causa e efeito entre eles, o conjunto
formado por todos eles será interpretado como uma única ocorrência.
Exemplo
Se acontecer um incêndio e uma explosão (fatos geradores) e, em consequência de tais
eventos, ocorrerem desmoronamento e deterioração de mercadorias (danos) sem que se
consiga estabelecer a perfeita relação entre cada causa e efeito, a ocorrência será
caracterizada como única.
Além disso, se o risco causador do sinistro estiver simultaneamente amparado por
várias coberturas, prevalecerá a cobertura mais favorável ao segurado, não sendo admitida a
acumulação de coberturas e seus respectivos limites máximos de indenização contratados.
Exemplo: se um incêndio causa prejuízos às paredes do imóvel e danos à parte elétrica, e a
apólice garante cobertura contra incêndio no valor de R$ 1 milhão mais cobertura contra danos
elétricos no valor de R$ 200 mil, prevalecerá a cobertura mais favorável ao segurado, no caso,
a de R$ 1 milhão e não a soma das duas coberturas, R$ 1,2 milhão.

O que a empresa deve fazer em caso de sinistro?


Quando ocorrer qualquer um dos eventos garantidos pelas coberturascontratadas, o segurado
deve imediatamente contatar a central de atendimento ao cliente da seguradora e informar,
também imediatamente, seu corretor. Os atendentes da seguradora informarão as
providências a serem tomadas para análise e conclusão do processo.
Os procedimentos para a liquidação de sinistros (processo para pagamento de indenizações ao
segurado) devem ser claramente informados na apólice, com especificação dos documentos
básicos necessários a serem apresentados para cada tipo de cobertura.
O pedido de indenização deve vir acompanhado de indicação detalhada dos bens destruídos e
do valor dos correspondentes prejuízos.

Precauções a serem tomadas pelo segurado:


• Não modificar a situação dos bens sinistrados antes da realização da vistoria por parte da
seguradora, salvo para preservar o bem segurado de maiores danos.
• Permitir ao representante da seguradora o acesso ao local do sinistro e prestar informações e
esclarecimentos solicitados, inclusive entregar documentos para comprovação ou apuração
dos prejuízos.
• Preservar as partes danificadas e possibilitar a vistoria pelo representante da seguradora.
• Aguardar autorização da seguradora para dar início a qualquer reconstrução, reparação ou
reposição dos bens.
• Proceder, caso necessário, à imediata substituição dos bens danificados para evitar queda da
eficiência da empresa e dar prosseguimento normal das atividades, sem prejuízo dos itens
acima.
• Colaborar com a tramitação do sinistro, comunicando à seguradora qualquer notificação
judicial, extrajudicial ou administrativa que chegue ao seu conhecimento e que seja
relacionada ao sinistro. Em qualquer caso, o segurado não poderá negociar, aceitar ou negar
reclamações de terceiros prejudicados pelo sinistro sem autorização expressa da seguradora,
nem tomar qualquer medida que possa prejudicar o direito de regresso da seguradora contra o
eventual causador do dano.
• Informar a existência de outros seguros que cubram os mesmos riscos.
• Permitir a adoção pela seguradora de medidas policiais e/ou judiciais para esclarecimento do
fato.

Que documentos relacionados ao sinistro a empresa deve


encaminhar à seguradora?
O segurado deve reunir cópias de todos os documentos referentes à empresa e os bens
segurados. São eles:
• comprovante da razão social da empresa;
• número de identificação no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa;
• comprovante de endereço completo da empresa;
• estatuto social vigente (cópia);
• última ata de eleição da diretoria e conselho administrativo (cópia);
• contrato social e última alteração (cópia);
• cópia da procuração (inferior a dois anos) outorgada pelos sócios (cópia);
• CPF e documento de identidade dos sócios (cópia);
• CPF e documento de identidade dos terceiros (cópia);
• CPF e documento de identidade dos beneficiários (cópia);
• CPF e documento de identidade dos representantes (cópia);
• cartão CNPJ (cópia).

O segurado deve providenciar também os seguintes documentos, conforme a causa do sinistro:

Incêndio, raio, explosão, implosão (garantia básica)


• Formulário de Aviso de Sinistro, declaração de inexistência de outros seguros e certidão do
Corpo de Bombeiros;
• Laudo do Instituto de Criminalística;
• Boletim meteorológico da região onde se encontra a empresa (queda de raio);
• Certidão atualizada de Registro Geral de Imóveis;
• Balanço patrimonial e demonstrativo de resultados do período de 90 dias anterior ao evento;
• Controle de estoque de mercadoria e equipamento;
• Controle de ativo fixo de móveis e utensílios;
• Contrato social e última alteração contratual;
• Contrato de locação;
• Três orçamentos visando à reparação ou substituição dos bens danificados;
• Comprovação das despesas incorridas em função do combate ao incêndio e/ou proteção dos
salvados e/ou redução dos prejuízos;
• Livro de entrada e saída de mercadorias;
• Relação dos bens danificados, com os respectivos valores de custo de reposição;
• Notas fiscais dos gastos efetuados.

Garantias opcionais
Dano elétrico
• Formulário de Aviso de Sinistro, declaração de inexistência de outros seguros;
• Laudo técnico sobre as causas do dano elétrico (no equipamento sinistrado);
• Notas fiscais dos gastos efetuados.

Despesa com aluguel


• Cópia do contrato de locação;
• Recibo(s) de pagamento de aluguel devidamente quitado(s).

Despesas com recomposição de registros e documentos


• Montante dos prejuízos.

Despesas extraordinárias e com instalação em novo local


• Documentos, conforme cobertura sinistrada.

Despesas fixas (seguro/cobertura de lucros cessantes)


• Comprovante das despesas fixas, pagas no período indenitário.

Para Equipamentos eletrônicos


• Laudo técnico de pessoa ou empresa especializada;
• Orçamento (dois, no mínimo);
• Nota fiscal original de cada equipamento.

Equipamentos estacionários
• Laudo técnico de pessoa ou empresa especializada;
• Orçamento (dois, no mínimo);
• Nota Fiscal original de cada equipamento.

Equipamentos móveis
• Laudo técnico de pessoa ou empresa especializada;
• Orçamento (dois, no mínimo);
• Nota fiscal original de cada equipamento.

Fidelidade
• Boletim de Ocorrência policial;
• Registro do empregado envolvido;
• Inquérito policial;
• Montante dos prejuízos;
• Notas fiscais dos bens sinistrados;
• Cópia dos movimentos de caixa.

Quebra de vidros, espelhos, mármores e anúncios luminosos


• Relação dos bens atingidos;
• Orçamentos (dois, no mínimo).

Responsabilidade civil empregador


• Comprovante de despesas efetuadas em excesso aos seguros obrigatórios/legais;
• Registro do empregado.

Responsabilidade civil empresa


• Boletim de Ocorrência policial;
• Carta de terceiros (reclamante);
• Montante dos prejuízos.

Responsabilidade civil garagista


• Boletim de Ocorrência policial;
• Carta de terceiros (reclamante);
• Comprovante de entrada de veículo (tíquete);
• Montante dos prejuízos;
• Orçamentos (dois, no mínimo).

Roubo ou furto qualificado de bens


• Formulário de Aviso de Sinistro, declaração de inexistência de outros seguros;
• Boletim de Ocorrência policial;
• Laudo expedido pelo Instituto de Criminalística;
• Controle de estoque;
• Livro de registro de entrada e saída de mercadorias;
• Orçamento para reparo e/ou substituição dos bens danificados (dois, no mínimo);
• Relação de bens roubados com os respectivos valores de custo para reposição.

Roubo ou furto qualificado de valores no interior do estabelecimento


• Formulário de Aviso de Sinistro, declaração de inexistência de outros seguros;
• Boletim de Ocorrência policial;
• Laudo expedido pelo Instituto de Polícia Técnica;
• Demonstrativo contábil do movimento financeiro correspondente ao dia do evento, cinco dias
antes e cinco dias depois;
• Relação dos cheques roubados;
• Extratos bancários do segurado, relativos ao dia do evento, cinco dias antes e cinco dias
depois;
• Guias de recolhimento do carro forte;
• Orçamentos para reparos do imóvel.

Para Roubo de valores em trânsito fora do estabelecimento do segurado


• Formulário de Aviso de Sinistro, declaração de inexistência de outros seguros;
• Boletim de Ocorrência policial;
• Relação de cheques roubados;
• Extratos bancários do segurado;
• Fichas de registro do empregado portador;
• Cópia da carta do segurado solicitando sustar os pagamentos dos cheques;
• Comprovantes assinados pelo portador no local de origem da remessa contendo finalidade e
destino de valores;
• Mapa de remessa.

Tumultos, greves e lockout


• Boletim de Ocorrência policial;
• Orçamentos (dois, no mínimo).

Vendaval, furacão, tornado, ciclone, granizo, impacto de veículo terrestre; queda de aeronave
ou qualquer outro engenho aéreo ou especial e fumaça
• Formulário de Aviso de Sinistro, declaração de inexistência de outros seguros;
• Orçamentos visando à reparação ou à substituição dos bens danificados;
• Certidão expedida pelo Instituto de Meteorologia mais próximo do local atingido;
• Certidão atualizada do Registro Geral de Imóveis.

Além da documentação que será solicitada, o segurado precisará tomar as seguintes


providências:
• Preservar o local do acidente para que sejam feitas a vistoria e a avaliação dos prejuízos;
• Aguardar autorização da seguradora para dar início à reconstrução, reparação ou reposição
dos bens;
• Zelar para que os prejuízos não se agravem e guardar os bens que não foram atingidos pelo
acidente.

O que caracteriza uma indenização no seguro multirrisco


patrimonial?
Qualquer indenização desse seguro só será reconhecida se o sinistro for decorrente de risco
coberto. O pagamento da indenização será feito desde que sejam observadas, entre outras, as
seguintes condições:
• Ser menor ou igual ao limite máximo de indenização (LMI) assumido pela seguradora para
cada cobertura contratada. A soma das indenizações pagas, em um único sinistro ou série de
sinistros, não poderá ultrapassar o limite máximo de garantia (LMG) fixado para a apólice.
• Ser deduzida a franquia, exceto quando houver a utilização total do limite máximo de
indenização (LMI) da cobertura, em um único evento.
• Serem apresentados os documentos fiscais e contábeis que comprovem a preexistência dos
respectivos bens, para fins de determinação das perdas reclamadas.

Quando há perda do direito à indenização?


A seguradora ficará isenta de qualquer obrigação decorrente do contrato se o sinistro ocorrer
por culpa grave ou dolo do segurado ou beneficiário do seguro, se a reclamação de indenização
por sinistro for fraudulenta ou de má-fé, ou se o segurado ou beneficiário ou ainda seus
representantes fizerem declarações falsas ou, por qualquer meio, tentarem obter benefícios
ilícitos do seguro.

Como é calculado o valor da indenização dos bens segurados?


O cálculo da indenização para danos materiais terá como base o valor em risco (VR) de cada
bem. Entende-se por valor em risco o custo de reposição do bem no dia e local do sinistro,
subtraídas as depreciações por idade, uso, estado de conservação e obsolescência. No cálculo
da indenização para equipamentos eletroeletrônicos e de informática, haverá depreciação
conforme critérios da seguradora.

O que o segurado não pode fazer quando há um sinistro?


O segurado não deve providenciar consertos nem repor os bens danificados até que a vistoria
seja realizada (exceto consertos emergenciais de geladeiras e freezers para danos elétricos,
consertos de fechaduras em caso de arrombamento etc).
O segurado também não deve abandonar os bens sinistrados, cuidando para que fiquem
protegidos. No caso de indenização, eles pertencerão à seguradora.
O segurado deverá providenciar a relação de todos os bens sinistrados, discriminando
quantidade, tipo, modelo e valor estimado de reposição dos prejuízos.
A ocorrência de um sinistro requer a notificação à polícia?
O Boletim de Ocorrência (BO) é necessário quando houver furto ou roubo de bens da empresa,
sendo necessário também em casos de incêndios e colisão de veículos terrestres contra o
imóvel.
Para fazer o BO, o segurado deve ir a uma delegacia de polícia ou a qualquer órgão público
legal responsável pelo registro, na cidade.
O segurado deve manter o local intocado até que a perícia seja realizada.
Além disso:
• Conserve todos os indícios e vestígios deixados no local e nos bens segurados enquanto for
necessário para constatação e apuração dos danos por parte da seguradora.
• Forneça à seguradora todas as informações sobre as circunstâncias relacionadas ao evento.
• Preserve todos os bens atingidos pelo sinistro e passíveis de reaproveitamento. Depois de
indenizados, eles automaticamente serão propriedade da seguradora.
• Apresente todas as provas da ocorrência do sinistro, da existência e quantidade dos bens ou
valores, além dos livros ou registros comerciais exigidos por lei, bem como toda a
documentação exigida e indispensável à comprovação dos prejuízos.
• Mantenha os bens no local até autorização da seguradora para remoção e/ou reparo.

Quanto tempo demora para receber o pagamento de um


sinistro?
O prazo para o pagamento do sinistro é de até 30 dias corridos contados a partir do
recebimento do último documento exigido na regulação. Iniciado esse prazo, a sua contagem
pode ser suspensa se, no caso de dúvida fundada e justificável, forem solicitados novos
documentos. O prazo voltará a ser contado logo após o cumprimento das exigências.
Confirmada a cobertura do risco e mediante a entrega de todos os documentos necessários
solicitados pela seguradora para a liquidação do sinistro, o pagamento da indenização será
feito no prazo máximo de 30 dias. O valor da indenização será atualizado pelo IPCA (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), desde a data da ocorrência do sinistro.
O não pagamento da indenização no prazo previsto implicará aplicação de juros de mora de
12% ao ano, a partir do 31º dia, sem prejuízo da sua atualização. No caso de extinção do índice
pactuado, haverá substituição automática para o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, da
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Os valores relativos à atualização monetária e juros moratórios serão pagos
independentemente de notificação ou interpelação judicial, de uma só vez, junto com os
demais valores previstos no contrato.
Até o limite máximo de indenização fixado no contrato, a seguradora também é responsável,
obrigatoriamente, pelo pagamento de:
• despesas de salvamento comprovadamente efetuadas pelo segurado durante e/ou após a
ocorrência de um sinistro;
• valores referentes aos danos materiais comprovadamente causados pelo segurado e/ou
por terceiros na tentativa de evitar o sinistro, minorar o dano ou salvar o bem.

A seguradora poderá exigir atestados ou certidões de autoridades, além do resultado de


inquéritos ou processos instaurados em decorrência do fato que produziu o sinistro. Como
alternativa, a seguradora poderá solicitar cópia da certidão de abertura de inquérito, caso
tenha sido instaurado. Essas exigências, contudo, não podem prejudicar o pagamento da
indenização no prazo devido.

Qual a importância da franquia nos contratos de seguro


multirrisco patrimonial?
A franquia é a parcela do prejuízo prevista no contrato de seguro que fica a cargo do segurado,
sendo deduzida do valor da indenização que a seguradora paga. A adoção de franquias no
contrato de seguro resulta, naturalmente, em redução de prêmio, já que diminuem os riscos do
segurador.
As franquias estabelecem faixa mínima de prejuízo pela qual o segurador não responde. Seus
valores constam do contrato de seguros.
As franquias podem ser fixadas em valor absoluto ou como percentual da importância
segurada ou dos prejuízos indenizáveis.São de dois tipos:

Franquia simples
Até determinado valor preestabelecido no contrato do seguro, os sinistros são bancados pelo
segurado. O que exceder o limite contratual será indenizado pela seguradora.
O sistema de franquia simples elimina:
• indenizações muito baixas, mas que acarretam consideráveis gastos administrativos;
• sinistros de indenizações não relevantes, mas frequentes, e que se caracterizam como uma
“perda normal esperada”. Por isso, não devem ser assumidos pelo segurador.

Exemplo: suponha um seguro com os seguintes dados:


Importância segurada (IS) = R$ 1.000,00
Franquia simples = R$ 200,00
Caso 1: Prejuízo de R$ 150,00.
Como o valor do prejuízo foi inferior ao valor da franquia, não haverá pagamento de
indenização por parte da seguradora.
Caso 2: Prejuízo de R$ 300,00.
Como o valor do prejuízo foi superior ao valor da franquia, a seguradora pagará a indenização.
Cálculo da indenização: indenização = prejuízo = R$ 300,00.

Franquia dedutível
É a modalidade mais utilizada, principalmente na maioria das coberturas adicionais ou
acessórias. No contrato, são estabelecidos valores que serão deduzidos de todos os prejuízos.
O objetivo da franquia dedutível é aperfeiçoar a situação preventiva do segurado, na medida
que ele participará obrigatoriamente dos prejuízos.
Exemplo: dados de um contrato de seguro:
Importância segurada = R$ 1.000,00
Franquia dedutível = R$ 200,00
Caso 1: Prejuízo de R$ 150,00. Como o prejuízo foi inferior ao valor da franquia, não haverá
pagamento de indenização por parte da seguradora.
Caso 2: Prejuízo de R$ 300,00. Como o prejuízo foi superior ao valor da franquia, haverá
pagamento de indenização por parte da seguradora.
Cálculo da indenização = prejuízo – franquia = R$ 300,00 – R$ 200,00 = R$ 100,00.

O que é feito quando existe a concorrência de apólices?


Se, na ocasião do sinistro, os bens segurados estiverem garantidos, simultaneamente, por mais
de uma apólice cobrindo o mesmo risco, adota-se o seguinte critério para a distribuição das
responsabilidades entre as apólices:
Calcula-se a indenização de cada apólice como se fosse a única existente para garantir os
prejuízos apurados.
Exemplo: Duas apólices – denominadas A e B – cobrem o mesmo risco, sendo que as
respectivas importâncias seguradas e franquias dedutíveis são diferenciadas.
Importância segurada da apólice A = R$ 1.000,00, sem franquia
Importância segurada da apólice B = RS 3.000,00, com franquia = R$ 200,00
Se a soma das indenizações, nesse exemplo, for igual ou inferior aos prejuízos apurados, cada
apólice responderá pelo pagamento da respectiva indenização.
Agora, supondo que o segurado sofreu um prejuízo (coberto por ambas as apólices) no valor de
R$ 4.000,00, caberá a cada uma das apólices a seguinte parcela na indenização:
Indenização (A) = R$ 1.000,00
Indenização (B) = 3.000,00 – 200,00 = R$ 2.800,00.
O resultado é a soma da indenização A + B = R$ 3.800,00.

A seguradora pode se recusar a pagar a indenização?


Sim, quando o prejuízo decorrer de ato doloso (intencional) ou culposo (involuntário,
caracterizado por negligência ou imperícia) de um terceiro. A seguradora, após pagamento da
indenização, pode entrar na Justiça com uma ação de regresso contra o causador do prejuízo
(terceiro), ou seja, requerer judicialmente o ressarcimento da indenização paga ao segurado.

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