Comentários

e sugestões
A seguir apresentamos comentários, sugestões
e informações adicionais para o trabalho com
os capítulos e as seções deste livro. Aqui você
também encontra propostas de outras atividades
e textos complementares, úteis tanto para sua
formação quanto para ampliar o conhecimento
dos alunos. Aproveite as sugestões, planeje suas
aulas e torne o dia a dia em sala de aula mais
prazeroso e produtivo para todos!
Um bom trabalho!
Four Oaks/Shutterstock.com/ID/BR

18
UNIDADE

1
Os seres vivos

UNIDADE
nos ambientes

Objetivos Conceitos

• Conhecer os componentes • Ecologia.

de um ecossistema e as • Ecossistema.
interações entre eles. • Biomas.
CAPÍTULO

1 Ecologia • Compreender o que é hábitat e

nicho ecológico.
• Seres vivos em um
ecossistema.
• Hábitat e nicho ecológico.
• Compreender como ocorrem
CAPÍTULO

2 Transferência as trocas de energia em um

ecossistema.
• Trocas de energia em um
ecossistema.
de energia • Identificar os níveis tróficos em • Fotossíntese.
nos uma cadeia alimentar. • Cadeia e teia alimentar.
• Reconhecer ações humanas • Degradação ambiental e
ecossistemas que podem degradar o suas consequências.
ambiente. • Conservação do ambiente.
• Perceber a importância da
conservação do ambiente.
• Relações ecológicas entre os
seres vivos.
• Comensalismo.
CAPÍTULO

• Diferenciar os níveis
3 Relações de organização de um • Protocooperação.
• Mutualismo.
ecológicas ecossistema.
• Predação.
• Reconhecer algumas das
relações entre os seres vivos. • Parasitismo.
• Competição.
• Sociedade.
• Colônia.

P. 12 e 13 Abertura da unidade
••Os indivíduos de uma socie­
dade, como a das abelhas
retratada na abertura desta
unidade, têm funções específi­
cas que auxiliam na obtenção
de alimentos, na defesa da
colmeia, entre outras vantagens.
Diga aos alunos que a imagem
da colmeia possibilita obser­
var as abelhas desem­
penhando suas funções na
construção dos favos e que
a colmeia é um exemplo de
ecossistema.

19
 ••Leia para os alunos o trecho a seguir sobre a relação entre seres vivos e ambiente.
Solicite a eles que comparem as informações do texto à imagem apresentada nas
páginas de abertura.

[...] nos referimos a que existe uma

Q
uando falamos de ecos­ relação recíproca entre seres vi­
sistema, falamos de um vos e ambiente. Assim como as ca­
conjunto de seres vivos racterísticas do ambiente influem
que interagem entre si e com um sobre os seres vivos, esses tam­
ambiente físico determinado. E bém modificam as condições am­
quando dizemos que interagem, bientais. [...]
LACREU, Laura Irene. Ecologia, ecologismo e abordagem ecológica no ensino das Ciências Naturais:
variações sobre um tema. Em: WEISSMANN, H. (Org.). Didática das Ciências Naturais: contribuições e
reflexões. Trad. Beatriz Affonso Neves. Porto Alegre: ArtMed, 1998. p. 143.

Respostas
1.
A estrutura da colmeia é feita de cera, que é
produzida pelas abelhas operárias em glândulas
localizadas em seu abdome. Ao entrar em contato
com o ar, a cera adquire certa consistência, de
maneira que pode ser moldada pelas abelhas para
formar os favos.
2. As abelhas se alimentam diretamente do pólen,
do néctar das flores e também do mel produzido
com o néctar.
4. Resposta pessoal. Os alunos podem responder
3. Os alunos podem responder que as operárias, por
exemplo, são responsáveis por coletar alimento
(néctar e pólen) e água, por cuidar das crias e da
rainha, por limpar a colmeia e defender o enxame.
Os zangões, por sua vez, são machos, cuja função é
acasalar com as rainhas. A rainha é responsável pela
reprodução, sendo a única abelha que se acasala
com os zangões; pode pôr ovos que geram fêmeas
(rainhas e operárias) e outros machos (zangões).
Caso os alunos não respondam a esta questão de
forma completa, considere as respostas sem
complementá-las. Após trabalhar as informações da
página 37, solicite-lhes que a respondam novamente.
que as abelhas usam a árvore como suporte, uma
vez que galhos e folhas fornecem proteção contra
chuva e vento e que a árvore pode produzir flores,
as quais são fontes de alimento para as abelhas.

CAPÍTULO
1 Ecologia

P. 14 ••Ao trabalhar essa página com os alunos, apresente-lhes algumas informações

sobre o artista Henri Rosseau.
Fique ligado!

Henri Rosseau
Roger-Viollet/Glow Images

Henri Rousseau nasceu em 1844, na cidade de Lavral, na França. De origem humilde, pois sua
família pertencia à classe operária, trabalhou para um advogado por determinado período. Em
seguida, serviu ao Exército, onde atuou na alfândega francesa.
Rousseau foi um pintor autodidata. Embora seu talento não tenha alcançado o
reconhecimento da Academia Francesa, serviu de inspiração para artistas do século XX, entre
os quais estavam pintores vanguardistas e surrealistas.
Uma característica marcante desse artista foi a reprodução de paisagens naturais francesas,
algumas delas exóticas. Muitos dos animais que aparecem nas pinturas de Rousseau
apresentam rostos ou algum outro aspecto humano. Em suas telas, representou o ambiente
natural visto por um morador urbano e tendia a expressar o sonho desse morador da cidade
em ocupar esse ambiente ou estar presente nele.
Aos poucos, sua reputação foi crescendo, e as vendas de seus trabalhos aumentaram consideravelmente.
Henri Rosseau
Henri Rousseau faleceu em 1910, vítima de uma infecção.

20
 •• Em parceria com o professor de Arte, promova uma interpretação da tela de Rousseau,

1
Floresta tropical com macaco e cobra. Diga aos alunos que ela foi produzida nos últi­

UNIDADE
mos meses de vida desse artista. Veja, a seguir, mais informações sobre essa tela.
National Gallery of Art, Washington (EUA). Fotografia: ID/BR

Nesta tela, Rousseau

que nunca havia saído
da França, retratou a
floresta tropical com
base nos relatos de
pessoas que viajavam
para a América.

ROUSSEAU, Henri.
Floresta tropical com
macaco e cobra, 1910.
Óleo sobre tela, 129,5
cm x 162,5 cm. Galeria
Nacional de Arte,
Washington.

P. 15 a 18 ••Na página 15, é apresentada uma definição de ecossistema. Veja abaixo uma defi­
nição mais completa desse termo.

U
m sistema ecológico ou
ecossistema é qualquer
[...] unidade que inclui
todos os organismos (a comuni­
dade biótica) em uma dada área
interagindo com o ambiente físico
de modo que um fluxo de energia
leve a estruturas bióticas clara­
mente definidas e à ciclagem de
ODUM, E. P.; BARRETT, G. W. Fundamentos de Ecologia. 5 ed. Trad. Pégasus Sistemas e Soluções. Rev. Gisela Yuka Shimizu. São Paulo: Cengage
materiais entre componentes vi­
vos e não vivos. É mais que uma
unidade geográfica (ou ecorre­
gião): é uma unidade de sistema
funcional, com entradas e saídas,
e fronteiras que podem ser tanto
naturais quanto arbitrárias.
O ecossistema é a primeira uni­
dade na hierarquia ecológica que é
completa – ou seja, que tem todos
os componentes (biológicos e físi­
cos) necessários para sua sobre­
vivência. Consequentemente, é a
unidade básica ao redor da qual se
pode organizar a teoria e a prática
em ecologia. [...]
Learning, 2011. p. 18.

••É importante que os alunos se apropriem dos conceitos sobre os fatores bióticos e
abióticos e consigam identificá-los na natureza.
Para isso, peça aos alunos que identifiquem, por exemplo, os componentes bióticos
e abióticos que estão presentes na sala de aula ou mesmo na escola. Se possível,
organize uma visita ao pátio da escola, em busca de algum tipo de ecossistema.
••Aproveite esse momento para introduzir o conceito de relações ecológicas e infor­
me que elas ocorrem nos ecossistemas. Esse assunto será explorado no capítulo 3
dessa unidade, porém é interessante já mencioná-lo aos alunos como uma maneira
de integrar os conceitos.

21
 ••A partir da página 16 serão apresentadas algumas características dos principais
biomas terrestres. Ao trabalhar esse assunto, explore com os alunos o mapa apre­
sentado na página. Localize com eles cada região e, juntos, procurem identificar a
extensão de cada bioma.
É importante não confundir o ecossistema com bioma. Leia algumas informações
sobre o conceito de bioma, no trecho a seguir.

B
ioma é um termo usado como o bioma da floresta decídua
para um grande sistema temperada ou o bioma da plata­
[...] regional ou subconti­ forma continental oceânica. Uma
nental caracterizado por um tipo região é uma grande área geoló­
principal de vegetação ou outro gica ou política que pode abrigar
aspecto identificador da paisagem, mais de um bioma [...].
ODUM, E. P.; BARRETT, G. W. Fundamentos de ecologia. 5. ed. Trad. Pégasus Sistemas e Soluções.
Rev. Gisela Yuka Shimizu. São Paulo: Cengage Learning, 2011. p. 5-6.

••Aproveite para localizar no mapa, com os alunos, o bioma predominante na região

em que vivem.

Atividade complementar Debate

Para ampliar os conhecimentos sobre esse assunto, peça aos alunos que reali­
zem uma pesquisa sobre o bioma da sua região. Oriente-os a buscar informações
atuais, como por exemplo, se está conservado ou se vem sofrendo ameaças. Para
finalizar, organize um debate em sala de aula para que reflitam sobre as práticas
humanas que alteram o equilíbrio do bioma, valorizem o ambiente onde vivem e
ajudem a evitar mais destruição.

P. 20 ••Nessa página são explorados conceitos importantes da Ecologia que podem gerar
dúvidas e algumas confusões no momento de serem explicados. É o caso de hábi-
tat e nicho ecológico. Veja, a seguir, algumas informações sobre esses conceitos.

[...] organismo, mas também seu pa­

O
hábitat de um organismo pel funcional na comunidade (sua
é o lugar onde ele vive posição trófica, por exemplo) e sua
ou o lugar aonde poderia posição nos gradientes ambientais
ir para encontrá-lo. Entretanto, o de temperatura, umidade, pH, solo e
nicho ecológico inclui não apenas outras condições para a existência.
o espaço físico ocupado por um [...]
ODUM, E. P.; BARRETT, G. W. Fundamentos de Ecologia. 5. ed. Trad. Pégasus Sistemas e Soluções.
Rev. Gisela Yuka Shimizu. São Paulo: Cengage Learning, 2011. p. 312.

Atividade complementar Fichas dos animais

Curiosidades sobre os animais

Para conhecer o hábitat e o nicho ecológico de outros animais, pode-se trabalhar
com os alunos uma atividade envolvendo fichas de atividades.
Objetivos
••Conhecer o hábitat e o nicho ecológico de alguns animais.

22
 1
••Conhecer características específicas de alguns animais, como massa, tamanho

UNIDADE
corporal e tempo de gestação/incubação.
Materiais
••revistas e/ou jornais ••cartolina
••cola ••canetas esferográficas e hidrográficas
••tesoura de pontas arredondadas coloridas
Desenvolvimento
a ) Peça aos alunos que se reúnam em grupos de cinco ou seis integrantes.
b ) Eles deverão selecionar fotografias de animais em revistas e/ou jornais, recortá-las
e colá-las em fichas de cartolina no tamanho (10 cm x 8 cm). Cada aluno deverá
produzir três fichas. Oriente-os a não repetir o animal dentro do mesmo grupo.
c ) Em seguida, eles deverão pesquisar as seguintes informações sobre os animais das
fotografias: nome popular e científico, hábitat, nicho ecológico, massa, tamanho
corporal e tempo de gestação/incubação. Finalmente, oriente-os a preencher as
fichas com as informações encontradas e a atribuir um valor numérico aleatório a
cada uma das seguintes características: hábitat, nicho ecológico, massa, tamanho
corporal e tempo de gestação. Esses valores podem variar de 1 a 10. Os nomes
popular e científico dos animais pesquisados serão usados apenas para identificar
o animal da ficha, não atribuindo valores a essas características.
Regras do jogo
•• Cada integrante/jogador do grupo jogará com as três fichas que produziu. Um
dos jogadores será eleito para iniciar o jogo e deverá ler para os demais membros
do grupo as informações do animal que constam em uma de suas fichas.
••Posteriormente, esse mesmo integrante selecionará uma das característi­
cas do animal da ficha escolhida (hábitat, nicho ecológico, massa, tamanho
corporal, tempo de gestação/incubação) e informará o valor dessa caracterís­
tica aos demais integrantes do grupo. O integrante do grupo que apresentar
uma ficha com o maior valor relacionado a essa característica fica com a ficha
desse jogador e ganha o direito de ser o próximo a jogar.
••Caso o jogador que iniciou o jogo possua o maior valor da característica
escolhida, ele continua o jogo e escolhe outra característica, que pode ser da
mesma ou de outra ficha.
••Vencerá o jogo o integrante que, ao final, ficar com o maior número de fichas.

 Aprenda mais Acesse

••O objetivo dessa indicação
é apresentar aos alunos o
hábitat e o nicho ecológico
de diferentes espécies. Veja,
na página seguinte, alguns
pontos importantes a serem
trabalhados por meio do
filme Terra.
No site do filme, você encontrará algumas propostas
de atividades e poderá, com os alunos, explorar e
enriquecer o assunto tratado no filme, bem como
assuntos relacionados ao tema.
<www.disney.com.br/cinema/disneynature/terra/>.
Acesso em: 20 jun. 2016.

23
 Diferentes relações
Leve os alunos a observar algumas relações que as
espécies estabelecem entre si e com o meio biótico
e abiótico dos ecossistemas.
Situações extremas
Esclareça que, embora o filme destaque o
enfrentamento de situações adversas, o modo de
vida dos seres vivos nem sempre inclui situações
tão extremas.
Adaptações ecológicas
Informe que, em desertos, os arbustos tendem a estar
espacialmente separados com várias áreas vazias. Em
alguns casos, essas plantas podem produzir substâncias
químicas secundárias, que agem como materiais
alelopáticos, ou seja, substâncias que impedem o
nascimento ou o desenvolvimento de plantas próximas.
Esse espaçamento reduz a competição por recursos
que são escassos nos desertos, pois uma competição
por água e nutrientes em ambientes como o deserto
poderia significar a morte.

Adaptações fisiológicas Migração

Em muitos casos, os seres vivos conseguem viver
em ambientes com limitações, devido a adaptações
que foram selecionadas por processos evolutivos.
Por exemplo, animais e plantas de regiões desérticas
apresentam estruturas e metabolismos distintos,
que permitem a sobrevivência nesse ambiente, com
restrição de água e temperaturas elevadas.
Ressalte que algumas espécies migram em
determinadas épocas do ano ou em certos
momentos de sua vida. Isso pode ocorrer, por
exemplo, durante a mudança de algumas estações
do ano, a fim de obter alimento e/ou encontrar
condições climáticas mais adequadas ou, ainda, em
períodos reprodutivos.

••Após assistirem ao filme, solicite aos alunos que se organizem em duplas, esco­
lham uma das espécies de animais que mais lhes chamou a atenção no documen­
tário e descrevam, no caderno, como é o hábitat e o nicho ecológico dela.

P. 21 Atividades
Respostas

1.
a ) Meio biótico se refere aos seres vivos de um
determinado ambiente.
b ) Meio abiótico se refere aos componentes não
vivos de um determinado ambiente.
c ) Ecossistema se refere ao conjunto formado pelo
meio biótico (seres vivos) e abiótico (componen-
tes não vivos) de um determinado ambiente, bem
como às inter-relações desses meios, como o
fluxo de energia e de materiais.
2. Organismo: termo utilizado para designar cada ser 5. a ) Espera-se que os alunos citem que o hábitat da
vivo; população: conjunto de organismos da
mesma espécie que habita determinada área;
comunidade: refere-se a um conjunto de popula- b ) Espera-se que os alunos mencionem que a
ções que vivem em determinada região e que se
relacionam entre si.
3. Resposta pessoal. Os alunos podem citar em suas
respostas que, em um ambiente terrestre, o gás
oxigênio é usado por muitos seres vivos na respi-
ração; o solo fornece abrigo, nutrientes e suporte
para muitos seres vivos; a energia solar, além de
iluminar e contribuir para aquecer o planeta,
possibilita a realização da fotossíntese pelas plan-
tas e demais organismos fotossintetizantes. Além
disso, os seres vivos obtêm do ecossistema a água
de que necessitam para viver.
4.
a ) Espera-se que os alunos citem anêmonas-
-do-mar e peixes.
b ) Espera-se que os alunos citem água.
bromélia parece úmido (há um rio e névoa
branca), é sombreado e com árvores.
bromélia vive apoiada sobre o tronco de uma
árvore. Eles também podem mencionar que a
planta da fotografia realiza a fotossíntese e, de
acordo com o enunciado, pode abrigar pequenos
animais em suas folhas, entre outras caracterís-
ticas.

CAPÍTULO
2 Transferência de energia nos ecossistemas
P. 22 •• Diga aos alunos que a fotossíntese é a via pela qual as plantas produzem açúcares a partir
de luz, água e gás carbônico. Nesse processo, também há a liberação de gás oxigênio.

24
 ••Nas teias alimentares, toda a matéria é reciclada. Já a energia não; por isso, a cada nível

1
trófico, há menos energia para o ser vivo do nível trófico seguinte. Para exemplificar

UNIDADE
o fluxo de matéria e energia nas cadeias e teias alimentares, mostre aos alunos o
esquema a seguir.

Níveis tróficos

1o nível 2oo nível 3o nível 4 o nível

Energia Consumidores Consumidores Consumidores
Produtores
solar primários secundários terciários

Fluxo de energia
Fluxo de matéria Decompositores

••Ao longo da cadeia alimentar, há cada vez menos energia disponível para o nível
trófico seguinte, pois os seres vivos utilizam-na para manter seu metabolismo, e
parte dela é perdida, dissipando-se para o ambiente na forma de calor, por exemplo.
••Toda matéria é reciclada: parte dela passa para o nível trófico seguinte por meio
da alimentação, enquanto a outra parte retorna ao ambiente por meio dos decom­
positores.
••Informe aos alunos que esse esquema é simplificado, apresentando apenas o senti­
do do fluxo de energia e matéria em uma cadeia alimentar. A variação na quanti­
dade de energia ao longo dos níveis tróficos não está representada. Aproveite para
retomar com eles as informações referentes ao fluxo de energia em uma cadeia
alimentar, identificando as setas que indicam perda de energia para o ambiente.
P. 23 a 25 ••Após a explicação sobre o assunto teia e cadeia alimentar, na página 23, solicite
aos alunos que forneçam outros exemplos de cadeia alimentar existentes na teia
alimentar ilustrada nessa página, além da que foi destacada no texto. Espera-se
que eles citem algumas cadeias alimentares como as apresentadas a seguir.

capim teiú gavião-caboclo fungos e bactérias decompositoras

capim gafanhoto cateto suçuarana fungos e bactérias decompositoras

capim gafanhoto gavião-caboclo fungos e bactérias decompositoras

capim preá fungos fungos e bactérias decompositoras

25
 ••O processo de decomposição pode ocorrer em qualquer etapa da cadeia, por isso
é importante destacar que esse é um passo fundamental para a reciclagem da
matéria orgânica.
••Ao trabalhar os diferentes níveis tróficos de uma cadeia alimentar, apresentados
nas páginas 24 e 25, verifique se os alunos estão atentos a alguns detalhes de
determinados elementos.

Produtores Decompositores Energia

Trata-se de plantas
e outros seres
fotossintetizantes, como
as algas.
São seres que
apresentam a maior
quantidade de energia
da cadeia alimentar.
Atuam sobre qualquer
organismo das cadeias
alimentares que já tenha
morrido.
Toda energia que é
consumida na cadeia
tem origem na energia
luminosa.
A cada nível trófico,
essa energia diminuir.

Atividade complementar Pesquisa

Peça aos alunos que pesquisem uma cadeia alimentar presente em seu cotidia­
no. Em uma folha de sulfite, eles deverão esquematizar essa cadeia, indicando o
nível trófico de cada integrante e representando-o por meio de desenho.
Para finalizar, exponha os desenhos produzidos e compare, com os alunos, cada
uma das cadeias representadas. Verifique a possibilidade de formar teias alimenta­
res com as cadeias produzidas por eles.

P. 26 ••No boxe complementar dessa página, é abordado o tema espécies exóticas. Essas
espécies podem se alastrar no ambiente e se tornar verdadeiras pragas, contribuin­
do para a diminuição da riqueza de espécies de determinada região.
O texto a seguir apresenta algumas informações sobre as espécies exóticas no ambiente.

D
e acordo com a Convenção
sobre Diversidade Biológica
− CDB, “espécie exótica” é
toda espécie que se encontra fora
de sua área de distribuição natu­
ral. “Espécie Exótica Invasora”, por
sua vez, é definida como sendo
aquela que ameaça ecossistemas,
hábitats ou espécies. Estas espé­
cies, por suas vantagens competi­
tivas e favorecidas pela ausência
de inimigos naturais, têm capa­
cidade de se proliferar e invadir
ecossistemas, sejam eles naturais
ou antropizados.
As espécies exóticas invasoras
são beneficiadas pela degradação
ambiental, e são bem-sucedidas
em ambientes e paisagens altera­
das. Além disso, o seu potencial
invasor e a severidade dos im­
pactos causados pelas invasões
podem ser intensificados em ra­
zão das mudanças climáticas.
A destruição das barreiras
biogeográficas por meio da ação
antrópica provocou uma forte
aceleração no processo de inva­
sões biológicas. À medida que
novos ambientes são colonizados
e ocupados pelo homem, plan­
tas e animais domesticados são
transportados, proporcionando,
para diversas espécies, condições
de dispersão muito além de suas
reais capacidades. Atualmente,
graças aos meios de transporte
aéreos, o fenômeno da dispersão
de espécies ganhou velocidade e
intensidade.
Com a crescente globalização e
o consequente aumento do comér­
cio internacional, espécies exóti­
cas são introduzidas, intencional
ou não intencionalmente, para
locais onde não encontram ini­
migos naturais, tornando-se mais
eficientes que as espécies nativas
no uso dos recursos. Dessa forma,
multiplicam-se rapidamente, o
que ocasiona o empobrecimento
dos ambientes, a simplificação dos
ecossistemas e até mesmo a extin­
ção de espécies nativas.

26
 Espécies exóticas invasoras peculiares que a biodiversidade os danos para o meio ambiente e

1
têm invadido e afetado a biota local proporciona. para a economia são significati­

nativa de, praticamente, todos os
ecossistemas da Terra. Espécies
exóticas invasoras foram reconhe­
cidas em todos os grandes grupos
taxonômicos, incluindo os vírus,
fungos, algas, briófitas, pteridó­
fitas, plantas superiores, inverte­
brados, peixes, anfíbios, répteis,
pássaros e mamíferos.
Espécies exóticas invasoras
representam uma das maiores
ameaças ao meio ambiente, com
enormes prejuízos à economia,
à biodiversidade e aos ecossiste­
mas naturais, além dos riscos à
saúde humana. São consideradas
a segunda maior causa de perda
de biodiversidade, após a perda e
degradação de hábitats.
Em virtude da agressividade
e capacidade de excluir as es­
pécies nativas, diretamente ou
pela competição por recursos,
as espécies exóticas invaso­
ras apresentam o potencial de
transformar a estrutura e a
composição dos ecossistemas,
homogeneizando os ambientes
e destruindo as características
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Espécies exóticas invasoras. Disponível em: <www.mma.gov.br/biodiversidade/biosseguranca/especies-
As espécies exóticas invasoras
já contribuíram, desde o ano 1600,
com 39% de todos os animais ex­
tintos, cujas causas são conhecidas
(CDB). Mais de 120 mil espécies
exóticas de plantas, animais e mi­
crorganismos foram introduzidas
nos Estados Unidos da América,
Reino Unido, Austrália,
África do Sul e Brasil [...].
Tendo em vista o número de
espécies que já invadiram esses
seis países estudados, estima-se que
um total aproximado de 480 mil
espécies exóticas já foram intro­
duzidas nos diversos ecossistemas
da Terra. Aproximadamente 20 a
30% dessas espécies são conside­
radas pragas e são responsáveis
por grandes problemas ambientais
[...]. Isto indica o enorme desafio
que deverá ser enfrentado para o
controle, monitoramento e erradi­
cação das espécies exóticas inva­
soras.
Os custos da prevenção, con­
trole e erradicação de espécies
exóticas invasoras indicam que
UNIDADE
vos. [...]
Tendo em vista a complexi­
dade dessa temática, as espécies
exóticas invasoras envolvem uma
agenda bastante ampla e desafia­
dora, com ações multidisciplina­
res e interinstitucionais. Ações de
prevenção, erradicação, controle
Índia, e monitoramento são fundamen­
tais e exigem o envolvimento e a
convergência de esforços dos di­
ferentes órgãos dos governos fe­
deral, estadual e municipal en­
volvidos no tema, além do setor
empresarial e das organizações
não governamentais.
Reconhecendo a importância
do problema das invasões biológi­
cas, o Brasil, por meio do Minis­
tério do Meio Ambiente − MMA,
e em estreita articulação com os
diferentes setores da sociedade,
vem desenvolvendo, desde 2001,
uma série de ações voltadas à pre­
venção das introduções, detecção
precoce, monitoramento, controle
e erradicação de espécies exóticas
invasoras. [...]
exoticas-invasoras>. Acesso em: 29 jun. 2016.

••Veja, a seguir, as respostas das questões do boxe complementar Espécies exóticas.

Respostas
a ) Ele é natural de recifes do Indo-Pacífico e já foi
encontrado no Caribe e no Brasil.
b ) Espera-se que os alunos argumentem que essa
atitude é importante para evitar que a espécie
invada outros ecossistemas e cause mais prejuí­ d ) Resposta pessoal. Esse é um bom momento
zos à biodiversidade dos locais.
c ) Devido à capacidade de se manterem e prolife-
rarem no ambiente onde estão, as espécies
exóticas podem eliminar as espécies nativas,
diretamente ou pela competição por recursos.
As espécies exóticas invasoras apresentam o
potencial de transformar a estrutura e a composi-
ção dos ecossistemas, homogeneizando os
ambientes e destruindo as características pecu-
liares que a biodiversidade local proporciona.
para conhecer o uso que os alunos fazem da
internet e das redes sociais — quanto tempo
ficam conectados, quais sites acessam, etc.
Com essa atividade, espera-se que eles refli-
tam sobre suas ações ao utilizarem a internet e
tenham mais criticidade diante do grande
número de informações que esse meio oferece.

27
 Valores
em ação A cooperação na conservação
P. 29
do ambiente
A conservação do ambiente é um dever não apenas das autoridades, como também
de todo cidadão. Poder público e sociedade podem e devem trabalhar em conjun­
to para que o ambiente e toda a vida nele contida sejam conservados. Nesta seção,
os alunos vão conhecer um pouco da importância da cooperação entre os variados
grupos e indivíduos envolvidos na luta pela conservação ambiental.

Objetivos ••Com base na leitura do texto, os alunos conhe­

cerão diferentes iniciativas e órgãos que traba­
••Conscientizar os alunos sobre a importância da
lham com a comunidade para promover a
conservação do ambiente e o respeito a ele.
consciência ambiental, mais especificamente
•• Entender o que são áreas consideradas Patrimônio em patrimônios naturais. Essa análise permite
Mundial, Cultural e Natural e para que servem.
um trabalho envolvendo os próprios alunos,
•• Compreender a importância da cooperação da seus familiares e sua comunidade. Proponha
sociedade para a conservação desses patrimônios. ações de divulgação dessas instituições e,
se achar conveniente, peça à turma que faça
Comentários
cartazes e fôlderes sobre o tema conservação
••O assunto tratado nesta seção possibilita abor­ do ambiente.
dar o tema Ciência, Tecnologia e Sociedade por
meio da conscientização das pessoas acerca do
tema preservação e conservação do ambiente.
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem 3.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem
ações como depositar resíduos em locais inadequa- características como: a riqueza de espécies animais
dos, retirar partes de plantas, andar em áreas indevi- e vegetais, que podem ser compostas por espécies
das que podem destruir o patrimônio, entre outras. raras e ameaçadas de extinção; presença de rios; as
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem formações rochosas, entre outros elementos natu-
ações como não danificar as estruturas dos espaços rais que compõem o hábitat de diversos seres vivos.
públicos, descartar os resíduos nos locais adequa-
dos, respeitar plantas e animais, entre outras.

Lendo
Entrevista
P. 30 e 31 A sustentabilidade envolve o uso consciente dos recursos naturais, de modo que
estes possam ser explorados sem comprometer sua disponibilidade para as gera­
ções futuras. Esta seção vai abordar a importância das populações tradicionais e a
necessidade de seu reconhecimento e sua valorização.
Objetivos ••Compreender a necessidade de a população
em geral, os governantes e outros líderes valo­
••Entender o que são populações tradicionais e
rizarem e respeitarem as populações tradicio­
qual sua importância.
nais.
••Compreender a relação entre populações tradi­
cionais e reservas extrativistas.

28
 1
Comentários

••Antes da leitura do texto, peça aos alunos que
comentem, oralmente, o que conhecem sobre
as populações tradicionais. Anote as principais
definições no quadro.
•• Após a leitura do texto, oriente-os a relacionar
seus conhecimentos sobre as populações
tradicionais com o que foi apresentado.
••A partir da estrutura do texto, oriente os alunos
a realizar uma entrevista com os familiares
mais velhos, a fim de conhecer algumas tradi­
UNIDADE
ções de família. Essa atividade será importante
para a realização da questão 5, da página 30.
Acesse
Caso julgue necessário, pesquise mais informações
sobre populações tradicionais no site Unidades de
Conservação no Brasil.
<http://uc.socioambiental.org/territ%C3%B3rios-
de-ocupa%C3%A7%C3%A3o-tradicional/quem-
s%C3%A3o-as-popula%C3%A7%C3%B5es-
tradicionais>.
Acesso em: 20 jun. 2016.

Respostas Antes da leitura

1.
Resposta pessoal. Não se espera que todos os alunos são as populações tradicionais e seu modo de
conheçam as populações tradicionais. Essas popula- vida, promovendo a valorização delas.
ções exploram os recursos naturais de maneira susten- 3.
Resposta pessoal. Os alunos podem relacionar o
tável, com base nas experiências e no conhecimento da contexto de ações governamentais para a conser-
natureza, acumulados ao longo das gerações. vação dos locais explorados por essas populações
2. Resposta pessoal. Os alunos podem comentar e a conservação de sua cultura.
que esse texto informará os leitores sobre o que

Respostas Durante a leitura

1. a ) Os alunos podem reparar em elementos como
a organização do texto em formato de pergun-
tas e respostas que mostram a opinião do
entrevistado sobre determinado assunto.
b ) Espera-se que os alunos identifiquem o trecho
relativo a uma organização econômica e social,
que realiza o manejo de recursos naturais a sua
própria maneira e cujas características princi-
pais envolvem o conhecimento e a dependên-
cia da natureza, a entrega de territórios de uma
geração a outra, as atividades voltadas à 2. Espera-se que os alunos citem as modificações
subsistência, a importância da unidade familiar, ambientais causadas pelo desenvolvimento de
bem como de mitos, rituais e do uso de tecno-
logia simples. As comunidades tradicionais
também são caracterizadas pela diminuição do
poder político e do acúmulo de capital.
c ) Os alunos podem desconhecer o significado de
expressões como: política ambiental, que
representa o conjunto de normas, leis e ações
públicas criado para orientar como devem ser
as relações com o meio ambiente e os recursos
naturais em certa localidade; acumulação de
capital, que trata da acumulação de bens ou
valor em dinheiro por uma empresa, grupo de
pessoas ou pessoa física; poder político, que é
a força exercida pelo Estado para fazer valer o
direito cujo objetivo é o bem público; políticas
de comando e controle, que estão relacionadas
ao controle estatal da poluição, baseado em
legislação com penalizações impostas aos
agentes poluidores.
projetos de infraestrutura, que, entre outras
consequências, resultam no desequilíbrio dos
ecossistemas e na redução do manejo dos recur-
sos pelas populações tradicionais. Outros fatores
que afetam diretamente essas populações são as
ações governamentais resultantes de alterações
econômicas, como a mudança nos preços dos
produtos vendidos pela comunidade, e alterações
legislativas de seus direitos e deveres.

29
Respostas Depois da leitura
1.
Resposta pessoal. Com essa questão, espera-se que cimentos podem facilitar a exploração dos recursos
os alunos tenham compreendido a criação das naturais pelas populações tradicionais.
Reservas Extrativistas (Resex) como resultado de 3. Respostas pessoal. Os alunos podem estabelecer relações
ações governamentais para promover o manejo e a simples entre a necessidade de conservar essas regiões
exploração sustentável dos recursos naturais pelas com a sobrevivência das populações tradicionais, que, por
populações tradicionais, contribuindo para a conser- meio do extrativismo, obtêm alimento e fonte de renda.
vação de sua cultura. Isso porque, nessas áreas, é 4. Resposta pessoal. A redução dos impactos negati-
permitida a exploração dos recursos naturais pelas vos pode ser realizada ao promover o conhecimento
populações tradicionais, que fazem uso deles de sobre o valor cultural, social e ambiental dessas
forma sustentável, não visando ao lucro, mas à repro- populações para a sociedade. Isso também pode
dução social e cultural, sem destruir o ambiente. ocorrer com o respeito à legislação ambiental, que
2. Resposta pessoal. Os alunos podem relatar conheci- rege as unidades de conservação extrativistas por
mentos passados de geração em geração, como a meio da fiscalização e da punição de ações irregula-
melhor época para o plantio, a irrigação e a colheita res e dos impactos causados aos ecossistemas
de plantas, além do entendimento sobre as estações explorados pelas populações tradicionais.
e o clima do local em que vivem. Todos esses conhe- 5.
Resposta pessoal.

P. 32 e 33 Atividades
Respostas

1.
A fotossíntese é o processo pelo qual as plantas e Esse roedor é um dispersor das araucárias, pois
outros organismos fotossintetizantes produzem seu leva as sementes para longe da planta-mãe.
próprio alimento. Esses seres vivos são produtores 6. a ) Resposta pessoal. Os alunos podem citar, por
nas teias alimentares, essenciais aos consumidores exemplo, que a história acontece na sala de uma
primários e, em consequência, aos seres vivos dos residência e envolve a conversa de dois adoles-
demais níveis das cadeias alimentares. centes. Nessa história, além dos seres humanos,
2. Por meio da decomposição da matéria orgânica, há um inseto, uma lagartixa e um gato. Os jovens
os seres vivos decompositores devolvem ao conversam sobre cadeia alimentar, enquanto um
inseto os incomoda.
ambiente substâncias que podem ser novamente
absorvidas e aproveitadas, principalmente por b ) Inseto lagartixa gato.
plantas e de outros seres vivos. Dessa maneira, os c ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
decompositores realizam um trabalho de recicla- mencionem que, ao dizer que “os insetos comem
gem da matéria na natureza. a gente”, o personagem está se referindo ao fato
de o inseto se alimentar do sangue humano.
3. O desmatamento e a queimada podem levar à
d ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos conti-
perda de abrigo e de fontes de alimentos, forçando
nuem abordando o contexto de cadeia alimentar
as espécies a mudar de local, ou até mesmo
no quadrinho produzido. Eles podem incluir mais
levando-as à morte.
um elo na cadeia, como um consumidor, um
4. Item b. produtor ou um decompositor. Porém, a criação
5. a ) Espera-se que os alunos citem que a cutia pode da sequência é livre, e todas as produções devem
ser classificada como consumidor primário, ser consideradas, desde que sejam coerentes.
pois se alimenta de um produtor. 7.
a ) A redução do número de onças-pintadas devi-
b ) Jaguatirica. do à caça e à destruição de ambientes naturais.
c ) Espera-se que os alunos argumentem que a b ) A destruição dos ambientes pode implicar o
população de cutia iria diminuir, o que reduziria a desaparecimento ou a redução do hábitat da
dispersão de pinhões por cutia e, consequente- onça, o que também causa prejuízos à espécie,
mente, o surgimento de novas araucárias e a que necessita de grandes áreas para sobreviver.
quantidade de sementes disponíveis. c ) Resposta pessoal. O texto produzido pelos
d ) A cutia carrega e enterra sementes de pinhões, alunos deve conter informações que incenti-
que germinam e dão origem a novas plantas. vem a preservação da onça-pintada.

30
 3 Relações ecológicas

1
CAPÍTULO

UNIDADE
P. 34 a 37 ••Retome o assunto do capítulo anterior para explicar que as relações ecológicas, em
geral, ocorrem devido à ocupação de um mesmo hábitat e de nichos ecológicos
semelhantes por indivíduos de mesma espécie ou de espécies diferentes.
••Diga aos alunos que as relações ecológicas podem ser de dois tipos, harmônicas
e desarmônicas. As harmônicas são aquelas que resultam em benefícios a pelo
menos um dos seres vivos envolvidos na relação. Já nas desarmônicas pelo menos
um dos seres vivos envolvidos na relação é prejudicado.
••A seguir, são apresentados outros exemplos de relações ecológicas.
Mutualismo Parasitismo
Micorrizas são associação de raízes de plantas com Podemos citar a relação entre parasitas, como a
fungos. Os fungos ajudam na absorção de água e solitária (tênia), e o ser humano. Explique que, nesse
nutrientes pelas raízes, enquanto a planta fornece tipo de relação, há sempre um hospedeiro que serve
aos fungos matéria orgânica (glicose) e vitaminas como abrigo e fonte de nutrientes para o parasita.
essenciais para o seu desenvolvimento. Portanto, Em geral, o parasita debilita o hospedeiro, podendo
ambos se beneficiam. causar sua morte.

Colônia Competição
Corais são colônias de pólipos de cnidários. Eles As árvores do dossel de uma floresta competem
vivem unidos fisicamente, formando uma estrutura por luz, e algumas plantas produzem materiais que
única. impedem o nascimento de outras próximas a elas.

Sociedade
Além das abelhas, os cupins também são
organizados em sociedade. Assim como nas
colmeias, os cupinzeiros apresentam uma
organização peculiar e hierárquica, em que cada
cupim desempenha uma determinada função.
Protocooperação
Relação que ocorre, por exemplo, entre a garça-
-boiadeira e o boi. A garça se alimenta dos
ectoparasitas do boi. Com isso, a garça se beneficia,
pois consegue se alimentar, e o boi tem o benefício de
ficar sem os parasitas, que podem prejudicar sua saúde.

Assista
Comensalismo
Para ilustrar a relação ecológica do tipo de
A hiena se aproveita dos restos de alimentos
sociedade, sugira aos alunos que assistam ao filme
deixados pelo leão. Nesse caso, ela se beneficia
Vida de Inseto. Direção: John Lasseter/Andrew
sem prejuízo ao leão.
Stanton. EUA, 1998 (95 min).

Predação
Relação que ocorre, por exemplo, entre as
serpentes e alguns roedores. Essa relação é um
importante meio de controle populacional. Os
predadores regulam a população de presas, e as
presas regulam a população dos predadores.
Acesse
Para conhecer melhor a sociedade dos cupins,
trabalhe a reportagem Como é a vida num cupinzeiro.
<http://mundoestranho.abril.com.br/materia/
como-e-a-vida-num-cupinzeiro>. Acesso em: 20
jun. 2016.

P. 38 e 39 Atividades
Respostas
1.
Geralmente, essas interações ocorrem em razão da alunos citem predação, solicite-lhes que justifi-
necessidade de alimento, suporte, defesa e abrigo. quem a resposta. Caso citem o canibalismo, esse
2. a ) Possíveis respostas: sociedade, colônia. Caso os é considerado um tipo de predação.

31
 b ) Possíveis respostas: comensalismo, inquilinis-
mo, protocooperação, mutualismo, predação,
parasitismo.
3. a ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
citem que o dimorfismo sexual favorece a atra-
ção das fêmeas pelos machos da mesma espé-
cie, propiciando o acasalamento.
b ) A predação caracteriza-se por um ser vivo (preda-
dor) que se alimenta de outro ser vivo (presa).
c ) Ao apresentar cores discretas, as fêmeas podem se
camuflar melhor no ambiente, contribuindo com a
proteção contra predadores. Essa característica é
importante para proteger a fêmea, especialmente
durante a gestação do filhote, e, no caso de aves,
durante a choca e os cuidados parentais.
4. a ) O bicho-de-pé é uma lesão causada por uma
pulga que vive no solo. Esses insetos se alimen-
tam de sangue; as fêmeas grávidas penetram na
pele do ser humano, geralmente na região da sola
dos pés, no espaço entre os dedos dos membros
inferiores e sob as unhas. Devido à grande quan-
tidade de ovos, o abdome da pulga parasita
aumenta de tamanho e, durante cerca de 15 dias,
esses ovos são eliminados no ambiente. A
presença desse parasita no corpo do ser humano
causa uma reação de inflamação, que tende a
expulsar o organismo invasor.
b ) O ser humano é prejudicado, e o bicho-de-pé é
beneficiado. Nessa relação, o bicho-de-pé
parasita a pele do ser humano, causando feri-
das e alimentando-se do seu sangue.
c ) Resposta pessoal.
5. a ) Espera-se que os alunos comentem que a coloração
do urutau é muito semelhante à do tronco de árvore.
b ) Espera-se que os alunos comentem que a
forma e as cores do urutau tornam esse pássa-
ro parecido com componentes do ambiente em
que ele vive. A semelhança com um galho de
árvore, por exemplo, torna essa ave menos
perceptível a suas presas e, assim, ela conse-
gue surpreendê-las.
c ) Resposta pessoal. Os alunos podem encontrar
lendas sobre o romance de um casal perten-
cente a tribos indígenas distintas, que não
puderam ficar juntos. Há também uma lenda
peruana em que o filho foi abandonado pela
mãe na floresta e se transformou no urutau.
Todas as lendas são referentes ao canto dessa
ave, que parece estar se lamentando.
6. a ) É possível observar modificações na lâmina
foliar, que se encontra no formato de “mandí-
bula” que abre e fecha. Além disso, a lâmina
foliar apresenta projeções que auxiliam na
captura do inseto.
b ) As fotografias retratam uma relação ecológica
de predação, na qual a planta é o predador, e o
inseto, a presa.
c ) Mutualismo, uma vez que a planta necessita
dessa interação com os microrganismos para
absorver os nutrientes de seu alimento e, conse-
quentemente, sobreviver, e os microrganismos se
beneficiam com o alimento capturado pela planta.
d ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
concluam que as plantas carnívoras também
realizam fotossíntese e que os insetos são
apenas uma fonte complementar de alimentação.

P. 39
Verificando rota
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que, ao verificarem interfere na disponibilidade de alimento para os
suas respostas, os alunos complementem-nas próximos níveis da cadeia, ocupados pelos consumi-
incluindo que as abelhas obtêm seu alimento do dores secundário (teiú) e terciário (suçuarana). Essa
néctar e do pólen coletado das flores e estabele- alteração pode provocar um desequilíbrio nessa
cem uma relação ecológica chamada sociedade, cadeia, bem como em outras cadeias.
na qual há divisões de tarefas entre operárias, 4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos digam
rainhas e zangões. Além disso, utilizam galhos de que existe uma relação de parasitismo entre o
árvores como suporte para construir sua colmeia cipó-chumbo e a coroa-de-cristo, na qual o cipó-
e, assim, mantê-la protegida contra chuva e vento. -chumbo é o parasita (beneficiado) e a coroa-de-
-cristo é o hospedeiro (prejudicado). Nessa relação,
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comple-
o cipó-chumbo é dependente da coroa-de-cristo
mentem sua resposta explicando que, para ser uma
para obter seu alimento e sobreviver, por isso
comunidade, teria de haver mais de uma espécie morreu após ser colocado sobre uma cerca. Já a
habitando a mesma área, ou seja, a colmeia. coroa-de-cristo se tornou mais vistosa sem o
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos concluam cipó-chumbo, pois deixou de perder seus nutrientes
que a retirada do sapo-ferreiro da cadeia alimentar para esse parasita.

32
 Ampliando

1
Reservas Extrativistas (Resex)

UNIDADE
fronteiras
P. 40 e 41 As Reservas Extrativistas são um claro exemplo de como as atividades
humanas podem ser desenvolvidas sem que haja destruição da natureza.
Nesta seção, é trabalhado o Tema Convergente Ambiente e Sustentabilidade,
os alunos terão a oportunidade de conhecer a importância das Resex na
conservação do ambiente e na manutenção da cultura de um povo.

Objetivos
••Conhecer as Resex e seu papel na conservação
do ambiente e manutenção da cultura de um povo.
••Conscientizar sobre a importância do extrati­
vismo sustentável para as populações tradicio­
nais e para o ambiente.
••Valorizar a criação de reservas extrativistas e
respeitar o local e a população das Resex já
existentes.
Comentário
••Realize uma explanação sobre o tema sustenta­
bilidade e cidadania. Procure conceituar essas
palavras e mostrar exemplos de ações susten­
táveis em diferentes áreas, como na constru­
ção civil, na agricultura, entre outras.
Acesse
Você encontrará mais informações sobre as
Reservas extrativistas nos sites a seguir.
• Para encontrar dados de todas as Resex brasileiras:
<https://uc.socioambiental.org/uso-sustent
%C3%A1vel/reserva-extrativista>.
Acesso em: 21 jun. 2016.
• Para conhecer ações e projetos que buscam a
sustentabilidade ambiental em cidades:
<www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis>.
Acesso em: 20 jun. 2016.
• Para ler uma reportagem que trata da
sustentabilidade no setor florestal e mais sugestões
de links que trazem assuntos sobre sustentabilidade:
<www.ipt.br/centro_de_tecnologia_de_
recursos_florestais/coluna/15-13-avaliacao_da_
sustentabilidade_no_setor_florestal.htm>.
Acesso em: 20 jun. 2016.

Respostas
1.
Espera-se que os alunos expressem a ideia de que
as Resex são áreas de proteção ambiental, onde é
possível explorar recursos naturais para subsistên-
cia ou para atividades comerciais, desde que de
forma sustentável. Os objetivos são conservar e
proteger os recursos naturais e proteger meios de
vida e a cultura das populações tradicionais.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos concluam
que o consumo desses produtos contribui com as
populações tradicionais, pois fortalece e apoia a
atividade desenvolvida por elas.
3.
Espera-se que os alunos reflitam e compreendam
que o extrativismo sustentável é importante para a
extração ilegal de madeira e outros produtos perten-
centes às Resex; baixa valorização dos produtos das
Resex, como a castanha-do-pará e o látex; falta de
profissionais da saúde e de medicamentos. Para
melhorar essas condições, é necessário a criação de
políticas públicas relacionadas ao saneamento bási-
co, à saúde pública e à economia para esses locais.
Além disso, também é necessária a regularização
fundiária das terras pertencentes às Resex, assim
como a criação de leis que visem à proteção dessas
áreas e à fiscalização, no sentido de evitar a explora-
ção e a ocupação ilegal dessas áreas.
Raul Aguiar

subsistência das populações tradicionais, para

a conservação do ambiente e de seus recursos e
para a manutenção da biodiversidade.
4.
Resposta pessoal. Entre os principais problemas
encontrados nas Resex, estão: condições precárias
das residências; falta de saneamento básico; falta de
energia elétrica; irregularidade na situação fundiária;

33
UNIDADE

2 Planeta Terra

Objetivos Conceitos

• Conhecer a estrutura do planeta • Estrutura da Terra.

Terra. • Camadas da Terra.
• Entender o que são placas • Placas tectônicas.
CAPÍTULO

4 Estrutura tectônicas e relacioná-las a

eventos geológicos. • Terremotos.
da Terra • Entender como ocorrem as • Vulcões.
erupções vulcânicas e os • Tectônica de placas e
terremotos. Deriva Continental.

• Conhecer alguns processos de • Classificação das rochas.

CAPÍTULO

5 Rochas
formação das rochas.
• Classificar as rochas em magmáticas,
• Rochas magmáticas.
• Rochas sedimentares.
sedimentares e metamórficas.
• Conhecer alguns exemplos de • Rochas metamórficas.
rochas magmáticas, sedimentares
e metamórficas.
• Compreender o que são minerais e
minérios.
CAPÍTULO

6 Recursos • Conhecer os recursos naturais

extraídos da crosta.
• Recursos naturais
extraídos da crosta.
naturais • Reconhecer os impactos • Minerais e minérios.
extraídos ambientais causados pela extração
de recursos naturais.
• Extração de recursos
minerais e impactos
da crosta • Conhecer a origem e as aplicações ambientais.
dos combustíveis fósseis. • Combustíveis fósseis.

P. 42 e 43 Abertura da unidade
•• A abertura da unidade apre-
senta a fotografia de um vulcão
em erupção. Trata-se do vul­
cão Villarrica, localizado no
Parque Nacional Villarrica, ao
sul do Chile, próximo à região
de Pucón, a aproximadamente
780 km da capital Santiago.
Villarrica é um dos vulcões mais
ativos da América do Sul e tem
cerca de 2 843 metros de alti-
tude. A última grande erupção
desse vulcão aconteceu nos
anos de 1 984 e 1 985. A partir
de então, sua atividade é consi-
derada persistente, ou seja, em
continuidade.

34
 •• Ao trabalhar o assunto destas páginas, realize uma atividade em conjunto com o

2
professor de Geografia.

UNIDADE
Atividade complementar Pesquisa e debate

Proponha à turma que produza uma caracterização da região em que está situado
o vulcão Villarrica. Peça aos alunos que pesquisem a localização, a vegetação predo-
minante na área e a presença de vilarejos próximos ao local. De posse desses dados,
é possível conhecer um pouco mais da localidade onde se encontra o vulcão para
debater sobre quais são os efeitos de uma erupção nas esferas ambiental e social.
Questione os alunos sobre as consequências da erupção de um vulcão para o ambiente
e para os seres humanos.

••Como consequência de uma erupção, cidades e vegetações podem ficar inteira-

mente destruídas, no entanto o material expelido é rico em ferro e matéria orgâni-
ca, o que faz a vegetação crescer mais forte após a recuperação da área.

••Diga aos alunos que o aumento da temperatura, os gases e as partículas emitidas

durante uma erupção são bastante prejudiciais à saúde das pessoas e de outros
seres vivos. Dessa maneira, mesmo que a lava não chegue às casas, as substâncias
emitidas podem causar a morte dos habitantes e, por isso, é necessário desocupar
determinada área no entorno dos vulcões. Geralmente, o vulcão Villarrica encon-
tra-se coberto por neve. Caso haja uma erupção, o calor pode causar uma avalan-
che de neve, também colocando em risco a vida das pessoas e demais seres vivos.

Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos abordem abertura do vulcão, é chamado de lava. Em uma
aspectos relacionados a atividades no interior da erupção, são expelidos, então, lava, gases e cinzas.
Terra, como o aumento de pressão ocasionada pelo 3. Espera-se que os alunos respondam que, após
acúmulo de gases e a movimentação do magma. serem lançadas para o meio externo, a lava e as
partículas – lava já solidificada e pedaços de rochas
Mesmo que não utilizem termos técnicos, observe
arrancadas das paredes internas do vulcão – sofrem
se eles relacionam a atividade dos vulcões à estru-
resfriamento e podem formar solos.
tura interna da Terra.
4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
2. Espera-se que os alunos respondam que os mate- respondam que esse alerta é emitido para avisar a
riais provêm do interior da Terra, que o magma se população do risco representado pela erupção e
acumula abaixo da crosta e, quando ele sai pela pelo material expelido pelo vulcão.

CAPÍTULO
4 Estrutura da Terra

P. 45 •• Ao final da página 45, aparece em destaque um instrumento muito utilizado por geólogos
e geógrafos, o sismógrafo. Questione os alunos se eles conhecem esse instrumento,
ou sabem de sua importância. Verifique se, no município da escola, há sismógrafos
instalados. Caso haja, investigue dados sobre a atividade geológica do local.

35
 Acesse
Para aprofundar os conhecimentos sobre o sismógrafo, trabalhe com os alunos o texto
do site a seguir.
SOUZA, J. L. Como funciona o sismógrafo. Ciência Hoje das Crianças, n. 183, 2007.
<http://chc.cienciahoje.uol.com.br/multimidia/revistas/reduzidas/183/files/assets/
seo/page8.html>. Acesso em: 21 jun. 2016.
O site A física e o cotidiano, da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, apresenta
uma animação sobre o funcionamento dos sismógrafos. Com base nessa animação, o
aluno poderá montar um exemplo desse aparelho. Enquanto realiza o experimento, há
explicações sobre os terremotos e suas características.
<http://ambiente.educacao.ba.gov.br/fisicaecotidiano/conteudos/view/Exp_24-
Sismografo/Exp_24-Sismografo_view.html>. Acesso em: 21 jun. 2016.

P. 47 ••Nessa página é apresentado um esquema que representa as correntes de convec-

ção formadas no manto terrestre. Essas correntes também ocorrem em outras
circunstâncias, inclusive com o ar, e podem ser percebidas, por exemplo, na gela-
deira. Nesse eletrodoméstico, o ar em contato com o congelador torna-se mais frio
e, com isso, mais denso, tendendo a descer. Já o ar mais quente, que não estava
perto do congelador, tende a subir, pois é menos denso, formando uma corrente de
subida e descida do ar no interior da geladeira.
A seguir, é sugerido um experimento que exemplifica o que são correntes de
convecção. Se possível, realize-o com os alunos.

Atividade complementar Prática

Correntes de convecção
Objetivos
••Verificar o movimento da corrente de convecção.
Materiais
••recipiente de vidro ••serragem
••água ••bico de Bunsen
Desenvolvimento
a ) Adicione água ao recipiente de vidro até cerca da metade do volume do recipiente.
b ) Acrescente um punhado de serragem na água.
c ) Acenda o bico de Bunsen e coloque o recipiente de vidro sobre a chama. Atente
para que a chama incida apenas sobre um canto do recipiente e não no centro.
d ) Aguarde alguns minutos e observe que a água realizará movimentos que vão da
região em que está a chama para a outra extremidade do recipiente, resultando
em movimentos circulares.
Comentários
••O bico de Bunsen pode ser substituído por uma lamparina.
••O recipiente de vidro utilizado nesse experimento deve ter cerca de 20 cm de
diâmetro e ser resistente à chama, como vidrarias de laboratório ou panelas de
vidro.

36
 2
•• A serragem servirá para facilitar a percepção do movimento da água, não sendo neces-

UNIDADE
sária grande quantidade dela. Caso não tenha serragem, coloque um pouco de chá-mate.
••Esse experimento deve ser realizado pelo professor, pois é necessario lidar com
fogo. Peça aos alunos que prendam os cabelos, dobrem as mangas longas e
mantenham-se a uma distância segura da chama.

Valores
em ação A solidariedade
P. 50 Esta seção propõe aos alunos uma reflexão sobre a importância da solidariedade,
principalmente em situações devastadoras em que é necessário apoiar as vítimas para
lhes garantir a sobrevivência e a reconstrução das áreas atingidas.

Objetivos explodir, a maior parte do material radioativo

••Reconhecer a importância da solidariedade em
situações de desastres, como os provocados
pelo terremoto abordado no texto.
••Identificar atitudes solidárias pertinentes à sua
realidade.
Comentários
••No dia 11 de março de 2011, o Japão foi atin-
gindo por um desastre natural. Após um terre-
moto com epicentro no Pacífico, a costa japo-
nesa foi atingida por um tsunami. Além das
vítimas, o tsunami causou prejuízos nas cons-
truções japonesas, entre elas a Usina Nucle-
ar de Fukushima, que estava preparada para
ser atingida por ondas de até seis metros de
altura. Porém, nesse dia, as ondas atingiram
14 metros. Isso provocou a interrupção de ener-
gia; entretanto, dos seis reatores, os de núme-
ros 1 e 4 continuaram funcionando, pois tinham
geradores de energia. Logo depois, porém,
foram inundados e pararam de funcionar. Com
isso, os reatores liberaram ar contaminado na
atmosfera, mas, como eles não chegaram a
Respostas
1.
Sabendo que solidariedade é uma manifestação 2.
Espera-se que os alunos reconheçam que as
do sentimento de empatia, de demonstração de
afeto por meio de ações que visam ajudar a quem
enfrenta dificuldades, espera-se que os alunos
respondam que essas atitudes de doação, presta-
ção de serviços e apoio moral são reflexos desse
sentimento de empatia, a fim de ajudar quem está
precisando de cuidados.
não foi liberada. Algumas medidas de emer-
gência para resfriar os reatores foram tomadas,
dentre elas o uso de aproximadamente 320 mil
toneladas de água, que, ao entrar em contato
com o núcleo, tornou-se radioativa.
Os técnicos da usina tentaram armazenar esse
líquido, no entanto, em 2013, o oceano foi
contaminado por cerca de 300 toneladas de
água radioativa, proveniente desse armazena-
mento. Parte do material radioativo também
alcançou o solo e os lençóis freáticos, que leva-
ram essa água contaminada até o oceano. Isso
ocorreu devido ao derretimento da parte infe-
rior dos reatores. Além desses danos, houve
prejuízo para o comércio de peixes, devido ao
risco da contaminação do alimento, prejudican-
do a economia.
Em 2014, a ONU anunciou a evacuação do
combustível nuclear do reator 4 e o processa-
mento da água radioativa que era armazenada.
Enretanto, ainda há grandes desafios, como a
remoção das barras de combustíveis fundidos
dos reatores 1, 2 e 3, técnica que nunca foi
realizada nessas circunstâncias.
consequências poderiam ter sido ainda piores,
com o aumento do número de vítimas devido à
proliferação de doenças, à fome, ao frio e à violên-
cia. Eles podem mencionar também a importância
do apoio emocional e psicológico às vítimas.
3. Resposta pessoal.

37
 P. 51 •• Ao trabalhar a erupção vulcânica ocorrida em Pompeia, informe aos alunos que a mistura
de lama e cinzas fez os corpos das vítimas serem preservados da maneira como elas esta-
vam quando foram atingidas e que esse fato ajuda a reconstituir a história local. O vulcão
Vesúvio ficou conhecido devido à erupção ocorrida em 79 d.C., que destruiu as cidades de
Pompeia e Herculano, na Itália, matando de 10 mil a 25 mil pessoas.
Com o professor de História, trabalhe o estudo do vulcão Vesúvio, destacando que a
vulcanologia, assim como outras áreas, utiliza muitos termos técnicos, e que o primei-
ro observatório vulcanológico surgiu em decorrência desse vulcão. Outro aspecto que
pode ser abordado de maneira interdisciplinar é a história que esses corpos conser-
vados contam. Para saber mais sobre isso, acesse o site indicado no livro do aluno e o
sugerido a seguir.

Acesse
Para obter mais informações sobre o vulcão Vesúvio e a cidade de Pompéia acesse o site
a seguir.
<http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/furia-vulcano-
pompeia-433930.shtml>. Acesso em: 1o jul. 2016.

P. 54 Atividades
Respostas

1.
Núcleo – parte central da Terra, composta princi- 4.
a ) É importante conhecer os fenômenos da natureza,
palmente de uma mistura metálica de ferro e pois muitos deles podem causar prejuízos aos seres
níquel, que possui cerca de 3 500 km de raio. Essa humanos, como é o caso de terremotos, furacões,
camada pode ser dividida em núcleo interno, que entre outros. Quando os fenômenos naturais são
se encontra em estado sólido, e núcleo externo,
conhecidos, passam a ser estudados e, assim, é
que se encontra em estado líquido e em constante
possível prever suas ocorrências, orientando a
movimento. Manto – camada de cerca de 2 800
km de espessura, que se localiza entre o núcleo população que será atingida a procurar lugares
externo e a crosta terrestre. Essa camada pode ser seguros para se proteger.
dividida em manto inferior, de consistência pasto- b ) Possivelmente os alunos respondam que esse
sa, e manto superior, formado por uma porção instrumento registraria mais terremotos no
rochosa que vai se tornando pastosa à medida Chile, em virtude de esse país se localizar
que a temperatura se eleva. Crosta – camada mais próximo ao encontro de placas tectônicas; o
externa da Terra, que constitui a superfície terres-
Brasil localiza-se no centro de uma placa.
tre. É composta basicamente de rochas, de frag-
mentos de rochas provenientes do desgaste de 5. a ) No mapa atual, o estado do Rio Grande do Sul
rochas maiores e do solo. A espessura dessa e o país africano Zâmbia estão separados geogra-
camada varia entre 5 e 10 km nos oceanos e entre ficamente pelo oceano Atlântico, com o país afri-
25 e 40 km no continente. cano em posição mais equatorial que o estado
2. A litosfera é a camada mais sólida e rígida da brasileiro. Segundo a teoria da Deriva Conti-
Terra. É composta pela crosta terrestre e pela nental, há cerca de 220 milhões de anos, essas
porção rochosa do manto superior. Ela é fragmen- áreas se encontrariam próximas, pois os conti-
tada em porções chamadas de placas tectônicas, nentes estariam unidos.
as quais estão em constante movimento.
b ) O fato de fósseis dessas espécies terem sido
3. Espera-se que os alunos comentem que o magma encontrados tanto no Brasil quanto na Zâmbia,
pode se acumular abaixo da crosta terrestre,
locais atualmente distantes, constitui uma evi-
formando as câmaras magmáticas. Com o acúmu-
lo do magma e a formação de gases, há um dência de que essas regiões já teriam formado
aumento da pressão no interior da câmara. Essa um ambiente contínuo, onde essa espécie vivia
pressão força a saída do magma até a superfície, antes da separação continental, corroborando a
resultando na erupção. teoria da Deriva Continental.

38
 5

2
CAPÍTULO
Rochas

UNIDADE
P. 55 ••O Parque Estadual de Vila Velha, nesta página, está situado no município de Ponta
Grossa, no estado do Paraná. Em 1966, o parque foi tombado pelo Departamento
do Patrimônio Histórico e Artístico, sendo o IAP (Instituto Ambiental do Paraná) o
responsável por sua administração. Ele possui uma área de 3 122 ha, ou seja, 31,22 km2.
Veja a seguir a composição da paisagem desse parque.
Furnas Arenitos Lagoa Dourada
••São crateras que podem ••São formações rochosas esculpidas em ••Tem a mesma origem
atingir até 100 m de diferentes formas, em decorrência da das furnas e também
profundidade, onde se ação dos ventos e das chuvas. Os arenitos é alimentada por um
observam uma vegetação formaram-se nessa região quando ela se lençol subterrâneo.
típica e a presença de apresentava coberta por um lençol de gelo, Suas águas ficam
água proveniente do lençol no período Carbonífero. Com o degelo, douradas durante o pôr
subterrâneo. As furnas que ocorreu em eras posteriores, o arenito do sol, característica
foram originadas por foi exposto a novas situações, sofrendo que lhe conferiu esse
falhas no arenito e pela erosão e compondo as famosas formas que nome.
desagregação da areia. caracterizam o parque.

••Existem algumas lendas indígenas que explicam a origem geológica do Parque

Estadual de Vila Velha. Para conhecer uma dessas lendas, você poderá fotocopiar
a atividade a seguir e realizá-la com os alunos. É possível realizar essa atividade em
conjunto com o professor de Língua Portuguesa.

Atividade complementar Leitura

A origem do Parque Estadual de Vila Velha

O texto a seguir apresenta uma lenda indígena sobre a origem do Parque Estadual de Vila
Velha, mais especificamente, sobre como surgiram as furnas, a Lagoa Dourada e os arenitos.
Itacueretaba, antigo nome de Vila Velha, significa cidade extinta de pedras. O recanto foi
escolhido pelos primitivos habitantes para ser Abaretama, terra dos homens. No local, seria
escondido o precioso tesouro Itainhareru. Com a proteção de Tupã, era cuidadosamente vigia-
do pelos Apiabas, varões escolhidos entre os melhores homens de todas as tribos.
Os Apiabas desfrutavam de todas as regalias, porém era proibido o contato com as
mulheres. A tradição dizia que elas, sabendo do segredo de Abaretama, revelariam aos
quatro ventos. A notícia chegaria aos ouvidos do inimigo, que tomaria o tesouro para si.
Se o tesouro fosse perdido, Tupã deixaria de resguardar o seu povo e lançaria sobre ele as
maiores desgraças. Dhui (Luís) fora escolhido chefe supremo dos Apiabas, entretanto, não
desejava seguir esse destino, pois se tratava de um chunharapixara (mulherengo).
As tribos rivais, após tomarem conhecimento do fato, escolheram a bela Aracê Po-
ranga (aurora da manhã) para tentar seduzir o jovem guerreiro e tomar-lhe o segredo do
tesouro. A escolhida logo conquistou o coração de Dhui. Em uma tarde primaveril, Aracê
veio ao encontro de Dhui trazendo uma taça de Uirucur (licor do butiás) para embebedá-
-lo. No entanto, o amor já havia tomado conta de seu coração, e a traição não aconteceu.
Decidiu, então, tomar a bebida junto com seu amado. Em seguida, os dois se amaram à
sombra de um ipê. Tupã logo descobriu a traição do seu guerreiro e, furioso, provocou um
terremoto sobre toda a região.
A antiga planície foi transformada em um conjunto de suaves colinas. Abaretama
transformou-se em pedra. O solo rasgou-se em alguns pontos, originando as furnas. O
precioso tesouro fora derretido, formando a Lagoa Dourada. Os dois amantes ficaram
petrificados e, entre os dois, a taça ficou como o símbolo da traição. [...]
VILA Velha. Prefeitura de Ponta Grossa. Disponível em: <http://pontagrossa.pr.gov.br/vvelha>. Acesso em: 29 jun. 2016.

39
 1.
Selecione os termos e frases indígenas citados no texto e escreva seu signifi-
cado/definição.
2.
Que fenômeno natural foi responsável pela formação da paisagem observada
no Parque Estadual de Vila Velha?
3.
Por que Tupã ficou furioso com Dhui?
4.
Associe o nome “Lagoa Dourada” à sua origem.

Gabarito
1. Itacueretaba: cidade extinta de pedras; Abaretama: terra dos homens; Apiabas: varões esco-
lhidos entre os melhores homens de todas as tribos; chunharapixara: mulherengo; ; Dhui: Luís;
Aracê Poranga: aurora da manhã; Uirucur: licor do butiás.
2. Terremoto.
3. Porque Dhui havia traído seu povo ao ter contato com uma mulher, o que era proibido, uma vez
que elas poderiam revelar aos quatro ventos o segredo de Abaretama.
4. O nome “Lagoa Dourada” se refere ao ouro do tesouro que foi derretido e deu origem a essa
formação.

P. 58 e 59 Atividades
Respostas

1. As rochas são constituídas por um ou mais minerais.
2. As rochas magmáticas são formadas pelo resfria-
mento do magma. Exemplos: basalto e granito. As
rochas sedimentares são formadas a partir da
compactação dos fragmentos de outras rochas.
Exemplos: arenito e argilito. As rochas metamórfi-
cas se formam pela modificação de outras rochas
já existentes, quando estas são submetidas a
condições de elevada temperatura e pressão.
Exemplos: ardósia e mármore.
3. Espera-se que os esquemas feitos pelos alunos
apresentem os seguintes elementos, de acordo
com as rochas abordadas:
a ) Rochas magmáticas: lava sendo expelida por
um vulcão e, posteriormente, solidificando-se,
bem como magma se solidificando no interior
da crosta.
b ) Rochas sedimentares: processo de intemperismo,
transporte e deposição de fragmentos, formando
camadas em áreas mais baixas e planas.
c ) Rochas metamórficas: região com alta pressão
e temperatura (encontro de placas tectônicas).
4. a ) Por serem rochas sedimentares, espera-se que
os alunos levantem hipóteses como: as rochas
apresentam colorações diferentes porque se
originaram dos fragmentos de diferentes rochas,
em condições diversas. Ou ainda, as rochas são
diferentes porque são formadas por minerais
distintos. A coloração do calcário reflete sua
composição baseada em carbonato de cálcio, a
qual se relaciona à rocha que lhe deu origem,
bem como ao seu processo de formação.
Rochas calcárias são formadas a partir do mine-
ral calcita, cuja composição química é o carbo-
nato de cálcio. A procedência do carbonato
pode variar, podendo se originar de fósseis de
carapaças e esqueletos calcários de organis-
mos vivos, que compõem os calcários fossilíferos,
ou por precipitação química, por exemplo.
b ) Resposta pessoal. Estimule os alunos a pensar
sobre a acessibilidade e os problemas que as
calçadas portuguesas podem causar. Por
exemplo, as irregularidades e o desnivelamento
que dificultam o trânsito de pedestres, além de
serem bem escorregadias. Outro problema que
pode ser citado é que essas calçadas não apre-
sentam características necessárias para auxiliar
os deficientes visuais. Ressalte a importância
de uma boa conservação dos pavimentos.
5. a ) As rochas originais devem ter passado por
elevadas alterações de pressão e temperatura,
de modo que os minerais delas tenham reagido
formando uma rocha metamórfica, a ardósia.
b ) Espera-se que os alunos citem danos ambien-
tais como: desmoronamento de morros, destrui-
ção de paisagens, comprometimento do solo,
soterramento de animais e vegetais, poluição do
ar, contaminação de corpos de água, estímulo
ao desmatamento, entre outros danos. Em rela-
ção aos riscos dos trabalhadores em pedreiras,
os alunos podem citar: acidentes com a manipu-
lação de máquinas e produtos químicos,
desmoronamento de pedaços de rochas que
podem atingir os trabalhadores, desenvolvimen-
to de problemas respiratórios e auditivos em
razão da poeira e dos ruídos.
6. a ) 2 b ) 3 c ) 1

40
 6 Recursos naturais extraídos da crosta

2
CAPÍTULO

UNIDADE
P. 65 ••Nessa página há uma reflexão sobre a produção e o uso de plásticos. O texto
explora a resistência desses materiais à degradação e mostra a atual preocupação
ambiental com a crescente utilização de plásticos.
Explique aos alunos que o plástico é um material obtido a partir de uma das frações
do petróleo. Caso necessário, retorne à página 64 para relembrar como ocorre
esse processo de fracionamento, ou seja, o refino.
Esclareça que os plásticos convencionais permanecem muitos anos no ambien-
te, e isso vem causando diversos problemas ambientais. Por essa razão, é muito
importante incentivar a reciclagem desses materiais. Uma alternativa para diminuir
esse problema são os plásticos biodegradáveis. Veja, a seguir, mais informações a
respeito desses materiais.

Fabricação Degradação Fins Vantagens Desvantagens

••Resina de: cana-de- ••Varia de acordo ••Consumo rápido: ••Rápida ••Custo elevado.
-açúcar, amido de com o polímero. talheres, sacolas degradação. ••Muito uso de
milho, trigo e batata. ••Amido, 45 dias. plásticas, pentes, ••Ecologicamente matéria-prima.
••Biopolímeros de: cotonetes, fraldas, correto.
••Demais, até
bactérias e fungos. entre outros.
18 meses.

Acesse
No site a seguir, você terá acesso a um documento com informações sobre a relação
entre o plástico e o petróleo e a preocupação atual com o ambiente.
PIATTI, T. M.; RODRIGUES, R. A. F. Plásticos: características, usos, produção e impactos
ambientais. Maceió: EDUFAL, 2005. p. 51.
<http://www.usinaciencia.ufal.br/multimidia/livros-digitais-cadernos-tematicos/
Plasticos_caracteristicas_usos_producao_e_impactos_ambientais.pdf/view>.
Acesso em: 21 jun. 2016.

Atividade complementar Cartaz

Peça a cada aluno que liste, em seu caderno, os objetos feitos de plástico encontra-
dos em sua residência. Em seguida, peça a eles que citem esses objetos. Anote-os na
lousa. Depois, questione-os sobre o destino final desses itens e leve-os a refletir sobre
quanto tempo demoraria para todo esse material se decompor em um aterro sanitário.
Neste momento, comente a decomposição de plásticos, que, no ambiente, pode levar
até 450 anos.
Após essa reflexão, pergunte aos alunos o que pensam sobre o uso de plásticos
biodegradáveis.
Por fim, peça que elaborem cartazes com as informações abordadas nessa ativi-
dade, enfatizando que eles devem orientar os demais colegas da escola sobre o uso
racional do plástico e também sobre a importância da reciclagem.
É possível realizar a produção dos cartazes com o professor de Arte.
Veja, a seguir, as respostas das questões do boxe complementar Embalagem
biodegradável.

41
Respostas
a ) A principal vantagem do plástico biodegradável é
que ele é produzido a partir de uma fonte renová-
vel, principalmente vegetal (amido, cana-de-açú-
car, entre outras) e de produtos do metabolismo
microbiano. Seu tempo de degradação é menor
que o do plástico convencional, porém varia de b
acordo com a matéria-prima utilizada.
Entre as desvantagens dos plásticos biodegra-
dáveis destacam-se: sua matéria-prima pode
competir com a produção de alimentos, é neces-
P. 67 a 69 Atividades
Respostas
1.
A – jazidas; B – jazida; C – lavra; D – minérios; E –
bauxita; F – galena; G – ferro; H – combustíveis;
I – carvão mineral; J – não renováveis.
2. a ) A reciclagem de alumínio ocorre em 10 etapas,
sendo elas: compra, consumo, coleta, prensagem,
fundição, lingotamento, laminação, novas latas,
enchimento e consumo. Após a coleta, as latas
são prensadas e separadas por pacotes que facili-
tam o transporte. Logo depois, esses pacotes são
3. a ) Resposta pessoal. É possível que os alunos citem,
derretidos e armazenados na forma de barras ou
tiras, para facilitar o armazenamento. Posterior-
mente, essas tiras passam pelo processo de lami-
nação, e, por fim, são usadas para fazer novas
latinhas, adquirindo o formato oco na etapa de
enchimento. A reciclagem de alumínio traz bene-
fícios econômicos, uma vez que gera empregos e
favorece a economia nacional. Além das vanta-
gens econômicas, a reciclagem desse material
também ajuda o ambiente, já que esse recurso é
limitado. Quando comparada com a produção
primária de alumínio, a reciclagem emite 5% dos
gases que causam o efeito estufa, além de utilizar
apenas 5% da energia elétrica.
b ) Resposta pessoal. O alumínio é utilizado na
fabricação de latas de refrigerantes por ser um
material leve, maleável, resistente e pouco
susceptível à corrosão. Todas essas proprieda-
des garantem que as latas não enferrujem facil-
mente, sejam resistentes o bastante para prote-
ger o líquido em seu interior e, ao mesmo
tempo, sejam facilmente manipuladas para que
adquiram os formatos desejados.
c ) Resposta pessoal. Estimule a interação entre os
alunos e seus responsáveis, pedindo que respon-
dam essa questão em família. Os alunos podem
citar que a separação dos rejeitos é fundamental
no processo de reciclagem e que uma maneira
42
sária muita matéria-prima para produzir uma
pequena quantidade de plástico (por exemplo,
3 kg de açúcar para 1 kg de plástico), o valor do
plástico biodegradável é maior em relação aos
demais, entre outras.
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
procurem aprimorar as informações sobre essa
proposta, considerando os pontos positivos e
negativos e escolhendo a opção que cause
menor impacto ao ambiente.
de conscientizar as pessoas a fazer isso é por
meio da divulgação de informações. Eles podem
citar que ajudaria, nesse processo, divulgar quais
são as cores correspondentes aos rejeitos, além
de indicar o que pode ou não ser reciclado.
Outro aspecto que contribui para isso é identifi-
car onde há cooperativas preparadas para reali-
zar essas coletas.
por exemplo, que o termo faraó tem origem egípcia
e significa “casa elevada”. Faraó era um título atribu-
ído aos reis do Egito Antigo, os quais possuíam
poder absoluto sobre a sociedade, decidindo a vida
militar, política, administrativa e religiosa local. Elei-
tos por hereditariedade, esses reis eram detentores
de todas as terras do reino, sendo os responsáveis
pela condução das atividades agrícolas de toda a
nação. Além disso, como eram os únicos detentores
dos impostos arrecadados, esses monarcas é que
decidiam como o dinheiro seria investido. Apesar de
possuir todo o poder, o faraó contava com o auxílio
de outras pessoas, as quais o mantinham informado de
tudo o que acontecia no reino.
A crença de que o faraó era encarnação de um
deus fazia a população venerá-lo e acreditar
que a felicidade dele era fundamental para que
as colheitas tivessem bons resultados e para
que nenhuma calamidade atingisse o reino.
Os egípcios acreditavam em vida após a morte,
por isso, ainda em vida, os faraós mandavam
construir grandes túmulos, como as pirâmides,
que serviriam para guardar seu corpo e os
tesouros que possuíam.
b ) A descoberta da tumba do faraó foi muito
importante porque revelou informações até
então desconhecidas sobre a história da V dinas-
tia, além de confirmar a importância da mulher
na corte egípcia.
 c ) O texto cita o metal cobre, que é extraído prin- produção de biomassa para a indústria do biocom-

2
cipalmente da calcopirita, mas também pode bustível. Além disso, poderia ocorrer o aumento das

ser obtido de minérios como a malaquita, a
azurita e a cuprita.
4. Resposta pessoal. O grupo a favor do uso dos
biocombustíveis pode se basear em algumas vanta-
gens desse tipo de fonte de energia, como: menor
índice de poluição; menor dependência de combus-
tíveis fósseis, o que pode reduzir a necessidade de
importação desses produtos, bem como o fato
de serem fontes renováveis, ou seja, que não levam 5. a ) Da crosta terrestre.
milhões de anos para serem produzidas e não
correm o risco de se esgotarem tão rapidamente
como os combustíveis fósseis. Já o grupo contrário
ao uso de biocombustíveis pode pautar o debate em c ) Resposta pessoal.
desvantagens, como: necessidade de amplas áreas
agricultáveis para cultivo da biomassa, o que pode
intensificar as atividades de desmatamento e interfe-
rir indiretamente no efeito estufa; pressão sobre os
preços dos alimentos, uma vez que áreas de produ-
ção de alimentos podem dar lugar às áreas de
UNIDADE
queimadas, pois, em geral, para limpar áreas de
plantio e em algumas culturas, como a da cana-
-de-açúcar, usa-se o fogo, o que pode contribuir com
aumento da poluição do ar.
O preço dos biocombustíveis está atrelado à
produção agrícola. Por exemplo, se a safra de
cana-de-açúcar não suprir a demanda, o preço do
etanol tende a subir.
b ) Cuproníquel – mistura de cobre e níquel; aço –
mistura de ferro e carbono; bronze – mistura de
cobre e estanho.
Estados com as principais jazidas de cobre:
Amazonas, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Goiás,
Rio Grande do Sul, São Paulo, Piauí, Bahia e
Ceará.
Estados com as principais jazidas de ferro:
Mato Grosso do Sul, Pará e Minas Gerais.

••Ao trabalhar a atividade 3 da página 68, relembre os alunos de que os antigos

povos egípcios acreditavam na vida após a morte, ou seja, que após a morte a alma
retornaria para o corpo e continuaria sua vida em outro mundo. Dessa maneira, era
necessário conservar o corpo para a próxima vida e, com essa finalidade, os egípcios
realizavam a mumificação dos corpos, ou seja, uma série de processos que visavam
purificar e conservar o corpo e seus órgãos. Além disso, eles acreditavam que preci-
savam levar consigo todos os bens materiais que possuíam em vida, para usufruir
deles na vida após a morte. Por esse motivo, junto ao corpo mumificado, eram enter-
rados vários objetos, textos, amuletos e outros pertences do falecido.

P. 69
Verificando rota
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comple- apresena temperaturas muito elevadas. Devido a
mentem suas respostas sobre o magma, material isso, ainda não foi desenvolvida nenhuma tecnologia
do interior do planeta, expelido do vulcão em uma capaz de chegar ao centro da Terra.
erupção, explicando que, ao entrar em contato com 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos tenham
o ambiente exterior, ele é chamado de lava. Espera-se compreendido que as rochas sofrem desgaste ao
que eles digam que as formações montanhosas longo do tempo por ação de diferentes agentes,
podem se originar da lava expelida por vulcões, a como os ventos, as chuvas e as variações de tempe-
qual se solidifica e dá origem a montanhas compos- ratura. Esse desgaste, conhecido como intemperis-
tas de rochas magmáticas. mo, provoca a quebra da rocha matriz em pequenas
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos demons- partículas, as quais podem dar origem a novas
trem ter compreendido a estrutura da Terra, a qual é rochas ou ao solo.
composta por um núcleo central, uma região inter- 4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos compreen-
mediária (manto) e uma camada mais externa dam que tanto as matérias-primas como os combustí-
(crosta). A região do núcleo, além de muito profunda, veis citados são extraídos da crosta terrestre.

43
 Ampliando
fronteiras Mineração e saúde
P. 70 e 71 Nesta seção, é abordado o tema convergente Qualidade de vida e são
apresentadas informações sobre alguns problemas de saúde relacionados aos
trabalhadores envolvidos com a atividade de mineração do ouro que exercem
suas funções de forma inadequada.
Objetivos
••Conhecer os problemas causados
pela mineração do ouro.
Comentários
••Os trabalhadores de áreas de mineração estão
sujeitos a vários tipos de problemas de saúde.
Entre os mais comuns, destacam-se problemas
respiratórios provocados pela inalação de poei-
ra e pelo excesso de umidade, que favorece o
crescimento de mofos, os quais, quando inala-
dos, ocasionam doenças, como pneumonite de
hipersensibilidade e crises asmáticas.
••A silicose é um problema respiratório causa-
do pela inalação de partículas de sílica encon-
tradas na poeira resultante das explosões ou
perfurações do solo. Nos pulmões, as célu-
las depuradoras secretam enzimas depois de
terem “absorvido” a sílica, formando um tecido
de cicatrização no pulmão, o que o torna menos
elástico e dificulta a respiração e a passagem
de oxigênio para o sangue. Outros problemas
que podem ocorrer são a contaminação por
Respostas
1.
O comprometimento da audição devido à exposição 4.
Resposta pessoal. Nos cartazes, os alunos podem
a grandes ruídos e a intoxicação por cianeto, utiliza-
do no garimpo para separar o ouro. Esses problemas
podem ser evitados com o uso de protetores auditi-
vos e a utilização de outro método de separação do
ouro, livre de cianeto.
2.
Resposta pessoal. Os alunos podem citar produtos
como: moedas, instrumentos científicos, componen-
tes eletrônicos, joias, entre outros.
3.
Resposta pessoal. Os alunos podem apresentar dife-
rentes pontos de vista. Alguns podem expressar que a
mineração é uma atividade importante por disponibili-
zar minérios utilizados na fabricação de diversos produ-
tos. Outros podem comentar que essa atividade gera
graves problemas ambientais e de saúde.
44
metais pesados, como o mercúrio, deficiências
físicas, como mutilações e a perda auditiva, e
até mesmo a morte.
••É possível realizar um trabalho conjunto com
a disciplina de História abordando o assunto
da mineração realizada em Minas Gerais, na
época da colonização. Nesse caso, pode-se
utilizar a reportagem indicada a seguir, como
base para discutir os problemas enfrentados
por negros escravizados, indígenas e demais
pessoas envolvidas no trabalho de mineração em
épocas passadas, quando ainda não havia equipa-
mentos de proteção, como os EPI (equipamentos
de proteção individual), máscaras, capacetes, prote-
tores auriculares, óculos e luvas de proteção.
Acesse
No site a seguir, você encontrará mais
informações sobre o tema abordado.
SOUZA, R. F. O preço do risco.
Revista de História.
<www.revistadehistoria.com.br/secao/
artigos-revista/o-preco-do-risco>.
Acesso em: 21 jun. 2016.
Raul Aguiar
citar doenças relacionadas à contaminação por
mercúrio, sílica (silicose), problemas respiratórios em
geral, problemas físicos, como mutilações, machuca-
dos provocados por quedas, afogamentos, morte por
soterramento, entre outros. Muitos desses proble-
mas poderiam ser evitados com o uso de materiais
de proteção, como máscaras, capacetes, óculos e
luvas, bem como tomando os devidos cuidados na
manipulação de produtos químicos, como cianeto e
mercúrio. É preciso também ter um acompanhamento
periódico de engenheiros e peritos para manter o bom
funcionamento das minas. Espera-se que os alunos
alertem, nos cartazes, que a mineração é uma atividade
de risco, principalmente em relação aos desmorona-
mentos que ocorrem nas minas.
UNIDADE

3
UNIDADE
Solo

Objetivos Conceitos

• Entender como ocorre a • Importância do solo.

formação do solo. • Formação do solo.
• Reconhecer a estrutura geral • Estrutura do solo.
CAPÍTULO

7 Estudando do solo.
• Conhecer algumas
• Características do solo.
• Composição do solo.
o solo características do solo.
• Tipos de solo.
• Conhecer os diferentes tipos
de solo.
CAPÍTULO

8 O solo e a • Conhecer algumas técnicas

que contribuem para a
• O solo e as atividades
humanas.
agropecuária fertilidade do solo. • Irrigação.
• Conhecer os tipos de pecuária. • Drenagem.
• Aração.
• Conhecer algumas técnicas de • Adubação.
cultivo que contribuem para a
conservação do solo.
CAPÍTULO

9 Degradação • Entender o que é erosão e as

ações para evitá-la.
do solo • Reconhecer ações humanas
que podem causar a
degradação do solo.
• Conhecer problemas de saúde
causados pelo contato com
solo contaminado.
• Erosão.
• Degradação do solo causada
pelo ser humano.
• Contaminação do solo.
• Doenças relacionadas à
contaminação do solo.

P. 72 e 73 Abertura da unidade
••A fotografia apresentada na
abertura da unidade mostra
uma vista da duna do Morro
do Careca, na praia de Ponta
Negra, na cidade de Natal, no
Rio Grande do Norte. Diga
aos alunos que as paisagens
naturais são um dos principais
atrativos turísticos de diversas
regiões do Brasil. Apesar de
a atividade turística ser muito
importante economicamente,
quando não realizada de forma
sustentável, pode causar gran-
des danos ambientais.

45
 Fique ligado!

Morro do Careca
O Morro do Careca é considerado o cartão postal de Natal, abrangendo uma área de 1  100 ha. Há
esforços para que esse morro se torne uma Unidade de Conservação Estadual. No entanto, até junho
de 2016, essa unidade ainda estava em processo de criação.
Entre os objetivos da criação do Monumento Natural Morro do Careca, está a conservação das
espécies da fauna e flora local, bem como de locais ímpares e de grande beleza. Com a transformação
desse morro em Unidade de Conservação será possível desenvolver pesquisas científicas, projetos
voltados à educação ambiental, além de promover a visitação turística controlada.
Morfologicamente as dunas podem ser classificadas em dunas móveis e fixas, por exemplo. As
dunas móveis se caracterizam pelo transporte constante de sedimentos (areia) pela ação dos ventos,
resultando na movimentação dos montes de areia. Já as dunas fixas se caracterizam pela imobilidade
do sedimento, que faz com que ela permaneça no mesmo local. Essa estabilidade do sedimento é
garantida pela cobertura vegetal das dunas fixas, que impede a movimentação dos grãos de areia. A
formação presente no Morro do Careca é do tipo fixa.

Acesse
O Morro do Careca está localizado na praia de Ponta Negra, que também é alvo de
projetos para sua conservação. Acesse o site SOS Ponta Negra e conheça diversas
informações sobre essa região.
<http://www.sospontanegra.org/>. Acesso em: 24 jun. 2016.
Para mais informações a respeito das Unidades de Conservação no Rio Grande do Norte,
consulte o site do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, órgão
ambiental desse estado.
<http://www.idema.rn.gov.br/Conteudo.asp?TRAN=ITEM&TARG=334&ACT=null&
PAGE=0&PARM=null&LBL=Unidades+de+Conserva%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em:
24 jun. 2016.

••Na página 93 do livro do aluno, são apresentadas informações sobre as dunas. Se

achar conveniente, aborde essas informações neste momento.
•• Trabalhe, oralmente, as atividades sugeridas na página, promovendo uma troca de
opiniões entre os alunos. Na questão 3, esclareça que, na praia de Ponta Negra, a ação
humana é responsável por diversas degradações. A instalação de construções, como
casas e hotéis, são estabelecidas em áreas da praia e geram esgoto, que pode acabar
sendo despejado incorretamente no ambiente. A presença de vendedores ambulantes,
por sua vez, é fonte de poluição sonora. Com base em aspectos como esses, discu-
ta a necessidade de traçar estratégias que permitam desenvolver a atividade turística
e que, ao mesmo tempo, garantam a conservação do ambiente natural. Aproveite o
momento para relembrar os alunos de que algumas formas de uso do solo, como para
o cultivo de vegetais, a criação de animais e o estabelecimento de construções pelos
seres humanos, além de reforçar aspectos ecológicos do solo, atuam como fonte de
nutrientes e suporte para as plantas, local de abrigo para diversos animais, etc.
Respostas
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos rela- 4.
1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
cionem o nome do morro à sua aparência. A faixa considerem a área descoberta do morro, ou
de areia que aparece em meio à vegetação lembra seja, a faixa de areia sem vegetação, como a
a cabeça de uma pessoa que apresenta pouco mais susceptível ao desmoronamento. Como
cabelo, ou áreas com ausência de cabelo. essa área não é coberta com plantas, o solo fica
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos digam exposto às variáveis do ambiente, podendo ser
que o solo é arenoso. carregado pela chuva ou pelo vento. A cobertura
3. A constante passagem de turistas por essa região vegetal amortece o impacto das gotas de chuva
poderia causar danos ao morro e à vegetação que o e protege o solo contra o vento, atenuando eventuais
compõe. A areia provavelmente cederia ao ser pisada processos erosivos e evitando o carregamento do
pelas pessoas e aos poucos o morro desbarrancaria. solo.

46
 7 Estudando o solo

3
CAPÍTULO

UNIDADE
P. 74 ••Ao trabalhar o poema “Terra chão, terra pão”, proponha aos alunos que o leiam em
voz alta. Para isso, organize a leitura por linhas ou estrofes. Mesmo que a leitura
recomece algumas vezes, é importante dar oportunidade para todos lerem e, assim,
estimular a desinibição e verificar como está a desenvoltura deles em relação à leitura.
Solicite-lhes que comentem o que mais lhes chamou a atenção no poema. Aproveite
para relembrar com eles a estrutura de um poema, abordando os conceitos de estrofe,
verso e rima.
Atividade complementar História em quadrinhos

Após explorar esse poema, proponha aos alunos uma atividade de releitura em
forma de história em quadrinhos. Peça-lhes que representem a ideia transmitida
pelo poema em um novo gênero textual, uma HQ. Para isso, oriente-os a dividir o
texto em partes, que serão representadas em quadrinhos, e a pensar nos tipos de
balões e nos textos que aparecerão neles, além dos desenhos que podem estar rela-
cionados a cada trecho. Se necessário, solicite o acompanhamento e a orientação
dos professores de Arte e Língua Portuguesa. Ao final, oriente os alunos a apresen-
tar os trabalhos para os demais colegas de sala.

P. 77 e 78 ••Ao trabalhar com o tamanho das partículas de diâmetro

solo na página 77, explique aos alunos que o
diâmetro é um segmento de reta que passa
pelo centro ligando dois pontos de uma circun-
ferência, círculo ou esfera. Se possível, repre-
sente na lousa a imagem ao lado.

 Aprenda mais
••Este livro apresenta informações referentes ao
Representação de diâmetro
solo, como: sua formação e constituição, os
tipos de solos e suas características, os organismos a ele associados, bem como
o processo de degradação do solo, como poluição e erosão. Além disso, o livro
ainda traz sugestões de filmes e vídeos que podem complementar o conteúdo e
um bloco com atividades teóricas e práticas.
P. 79 e 80 ••O sistema de classificação dos solos mais atual é o modelo de mapa pedológico,
um sistema que analisa várias características, como a origem e a classificação da
rocha matriz, a constituição do solo, a profundidade dos horizontes que o compõe,
entre outras características.
••A Embrapa desenvolveu, por meio do modelo pedológico, o Sistema Brasileiro
de Classificação dos Solos. Nesse sistema, o Brasil possui solos classificados em
13 ordens: latossolo, neossolo, cambissolo, espodossolos, argissolos, planos-
solos, luvissolos, nitossolos, plintossolos, gleissolos, organossolos, vertissolos,
e chernossolos. Essas 13 ordens são divididas em 43 subordens, grandes grupos e
subgrupos. Futuramente, os subgrupos de solos do Brasil ainda deverão ser divi-
didos em famílias e, eventualmente, em séries. Isso dá uma ideia da diversidade
de solos existentes no Brasil. Entre todos os tipos de solo que ocorrem no país, o
latossolo é o mais abundante.

47
 Acesse
Para saber mais sobre o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, acesse o site a seguir.
<http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/19350/1/Jacomine.pdf>.
Acesso em: 21 jun. 2016.
O projeto Solo na Escola, da Universidade Federal do Paraná, propõe uma maneira
diferenciada de trabalhar a classificação do solo, observando suas características
principais. Para conhecer essa classificação, visite o seguinte endereço:
<www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/Analiseclassificacaosolos.pdf>. Acesso em:
21 jun. 2016.
Para mais informações a respeito das pinturas rupestres, acesse os sites a seguir.
Mineropar – Serviço Geológico do Paraná.
<http://www.mineropar.pr.gov.br/arquivos/File/Paineis_geologicos/AsPinturasRupestres_
portugues.pdf>. Acesso em: 3 jul. 2016.
Conrado, L. Nas paredes da pré--história. Ciência Hoje das crianças, 18 dez. 2012.
<http://chc.org.br/nas-paredes-da-pre-historia/>. Acesso em: 3 jul. 2016.

••As informações contidas nos sites sugeridos no boxe Acesse vão auxiliar os alunos
na resolução do item c da atividade 4, na página 81.
•• A arte rupestre era baseada em representações variadas, como formas geométricas ou
cenas do cotidiano. Peça aos alunos que representem alguma cena do dia a dia deles na
pintura a ser produzida nesta atividade. Enfatize que a representação deve permitir que a
cena possa ser identificada por outra pessoa. Assim, peça-lhes que se atentem para que
todos os elementos considerados essenciais na cena sejam representados.
P. 81 e 82 Atividades
Respostas

1.
O intemperismo participa da formação dos solos 3. Classificação por textura
ao promover o desgaste das rochas. Esse desgaste
Tipo Capacidade de
resulta na formação de pequenos fragmentos de Composição
de solo retenção da água
rochas. Esses fragmentos correspondem à porção
Muito permeável, o que
mineral do solo, os quais se juntam a restos de Mais de 70% de
reduz a capacidade de
Arenoso areia e menos de
animais e vegetais, que representam a porção retenção de água no
15% de argila.
orgânica do solo. solo.
2. a ) Resposta pessoal. A permeabilidade é a capaci- Constituído, em Apresenta poros
sua maior parte, menores que o
dade de deixar passar água e ar através dos
por partículas de solo arenoso e, por
poros do solo. Essa característica está relacio- Siltoso silte. Menos de isso, retém maior
nada à rapidez com que a água e o ar passam 35% de argila e quantidade de água.
entre os poros. menos de 15% de Poros menores =
areia. menor fluxo de água.
b ) Resposta pessoal. A porosidade está relacionada
à proporção de poros existentes no solo em Pequenos espaços
entre as partículas
relação ao seu volume total. Trata-se de uma tornam esse solo mais
característica que interfere, por exemplo, na Entre 35% e 60%
Argiloso impermeável que o
de argila.
capacidade de armazenamento de água e ar no solo arenoso,resultando
solo. em maior retenção de
água.
c ) Resposta pessoal. A textura está relacionada à
Muito Mais de 60% de
proporção entre as partículas de diferentes Muito impermeável.
argiloso argila.
tamanhos que formam o solo (areia, argila e
Permeabilidade
silte), e cada uma delas possui um tamanho. A Menos de 35%
variável de acordo
textura do solo depende das características da Médio de argila e mais
com a quantidade de
de 15% de areia.
rocha matriz e dos agentes de intemperismo. argila e areia.

48
 4. a ) Espera-se que os alunos respondam que a ação a preservar a vegetação e a manter a diversidade

3
de flora e fauna locais, além de conservar as

UNIDADE
da água, do vento e de outros agentes do
ambiente fragmentam as rochas e que esses pinturas rupestres, que revelam informações de
fragmentos irão compor o solo. povos antigos e contribuem para conhecermos a
b ) Resposta pessoal. É possível observar a ação história da evolução humana.
do intemperismo nessa rocha analisando sua 5. Resposta pessoal. O cultivo de arroz deve ser feito
forma. Há presença de partes vazadas que em solo argiloso ou muito argiloso, pois esse solo
podem indicar o desgaste promovido pela tem maior capacidade de manter a água que
água, e a irregularidade da parede pode indicar chega a ele. Isso ocorre devido ao pequeno tama-
ação dos ventos sobre o arenito. nho de suas partículas, as quais também são
c ) As pinturas rupestres são imagens pintadas ou pouco espaçadas umas das outras, formando
gravadas em rochas por seres humanos que vive- inúmeros poros de tamanhos reduzidos, onde a
ram há milhares de anos. Elas são registros históri- água fica armazenada.
cos muito importantes, pois, em geral, mostram 6. A amostra I pertence ao horizonte C; a amostra II,
aspectos do cotidiano desses seres humanos e ao horizonte A; e a amostra III, ao horizonte B.
fornecem pistas de como eles viviam. Esses indícios 7.
a ) O povo Aruã escolheu a tabatinga (argila) para
são informações indispensáveis para que pesquisa- seus artesanatos porque ela apresenta caracte-
dores, como historiadores e antropólogos, possam rísticas que facilitam sua manipulação durante
reconstruir a história e compreender aspectos a fabricação dos objetos, pois é um material
evolutivos da nossa espécie. moldável.
d ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos b ) Esses conhecimentos são transmitidos, oral-
mencionem que a implantação do Parque ajudou mente, de geração em geração.

••A atividade 4 da página 81 traz como tema o Parque Nacional de Sete Cidades,
que tem, entre outras atrações, rochas de arenito de cor cinzenta-esbranquiçada.
Esses arenitos se formaram sobre rochas paleozoicas e, desde sua formação, vêm
sofrendo ações de desgaste erosivo, resultando em rochas de diferentes formas.
Acredita-se que a erosão desses arenitos foi provocada pela ação das chuvas e dos
ventos. Além das formações rochosas de arenito, o parque abriga pinturas rupestres
datadas da pré-história. Esse patrimônio arqueológico ainda é pouco explorado, porém
intriga os pesquisadores e visitantes e, até o momento, não há informações sobre quem
fez essas pinturas. Certamente, a análise dos desenhos poderá oferecer importantes
informações sobre a vida e os costumes dos povos que habitaram a região do parque.
Aproveite esse tema e, em conjunto com os professores de História e de Arte,
proponha um trabalho no qual os alunos deverão compor suas pinturas com carac-
terísticas da arte rupestre. Veja, a seguir, as orientações para a realização dessa
atividade.

Atividade complementar Pintura

Providencie um pedaço de papel kraft, para Acesse

cada aluno, no tamanho de uma folha de sulfi- Você pode encontrar dicas de
te ou papel A4. Esse papel representará a rocha. como produzir tintas naturais
Oriente-os também a trazer tinta guache na cor no seguinte site:
que desejarem. Se preferir, confeccione tintas arte- <http://revistaescola.abril.
sanais com os alunos, utilizando barro, colorau, pó com.br/educacao-infantil/4-
de café ou açafrão. Após a produção e secagem a-6-anos/tinta-vem-
dos desenhos, peça aos alunos que amassem leve- natureza-423023.shtml>.
Acesso em: 21 jun. 2016.
mente o papel para dar mais volume.

49
 ••O professor de História deverá fazer uma explanação da importância das pintu-
ras rupestres para o conhecimento do modo de vida e das atividades realizadas
pelos povos que produziam as pinturas.
•• O professor de Arte deverá orientar como deve ser feita a pintura sobre o papel Kraft.
Ao final, oriente a turma a montar uma exposição com as pinturas produzidas.

CAPÍTULO
8 O solo e a agropecuária

P. 85 a 87 ••Ao trabalhar o tema Adubação, nas páginas 85 Acesse

e 86, explique aos alunos que a compostagem
Utilize as informações do site
é um processo de decomposição da matéria
a seguir para construir uma
orgânica formada, por exemplo, por restos de
composteira.
frutas e legumes ou podas de jardins. Esse
<www.ib.usp.br/coletaseletiva/
processo é considerado uma reciclagem, pois,
saudecoletiva/compostagem.htm>.
a partir do restos de materiais orgânicos, é
Acesso em: 21 jun. 2016.
produzido um composto que pode ser utilizado
como adubo para preparar o solo para a agricultura, principalmente em hortas e
jardins. O uso desse composto evita a utilização de adubos químicos, enriquece o
solo de nutrientes e favorece a retenção de água no solo. Se possível, monte uma
composteira com os alunos, como a sugerida no boxe Acesse.
A atividade 5 da página 90 aborda a compostagem. Se achar conveniente, realize-a
com os alunos neste momento.
 Aprenda mais
••Ao acessar os links sugeridos, os alunos poderão adquirir diversas informações
referentes à Embrapa. O primeiro site sugerido permite conhecer a atuação dessa
empresa em território nacional e internacional, seus projetos, suas publicações e
atividades multimídia, como jogos e brincadeiras. O segundo site recomendado é
voltado ao público infantil e possibilita o acesso a informações variadas, relaciona-
das à agricultura, às plantas, ao solo, entre outros assuntos, abordados em curiosi-
dades, jogos diversos, glossário, biblioteca, etc.
P. 88 •• Essa página apresenta o uso de um equipamento chamado drone. Leia o texto dessa
seção com os alunos e explique-lhes que o uso dos drones começou a ser regula-
mentado no Brasil nos últimos anos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Atualmente, há centenas de drones sendo utilizados, pois esses equipamentos
permitem levantar informações de grandes áreas com mais eficiência e menor
custo do que se essa atividade fosse desenvolvida por aviões e helicópteros tripulados.
Essa tecnologia se tornou polêmica pelo fato de os drones poderem carregar armas
e ser usados como aviões-robôs. Devido a isso, a Anac e outras instâncias da aero-
náutica vêm estudando a proposta de regulamentar esses aparelhos, assim como
é feito com os aviões.

Resposta
• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que as informações permitem
melhor acompanhamento do cultivo de plantas ou da criação de animais. Com isso, o
agricultor pode intervir sempre que necessário, contribuindo para o aumento da produ-
ção. Além dessas informações colaborarem com o planejamento de atividades agro-
pecuárias, também são relevantes para a preservação do ambiente, já que é possível
identificar áreas desmatadas e monitorar áreas degradadas.

50
 Valores

3
Respeito ao trabalhador rural

UNIDADE
em ação
P. 89 Esta seção propõe aos alunos que reflitam sobre as atividades rurais e valorizem o
trabalho dos profissionais do campo, responsáveis por fornecer alimentos e matérias-
-primas utilizadas em nosso dia a dia.

Objetivos eles que expressem os sentimentos desperta-

••Exercitar o respeito aos profissionais do campo.
••Reconhecer as dificuldades enfrentadas pelos
profissionais do campo.
Comentários
••Procure trabalhar a imagem apresentada na
página. Peça aos alunos que descrevam a ativi-
dade desempenhada pelo trabalhador. Sugira a
dos pela observação da imagem. Questione-os
acerca da importância das atividades desem-
penhadas por esses profissionais.
••Para aprofundar este trabalho, verifique com a
coordenação da escola a possibilidade de visi-
tar uma propriedade rural da região. Aprovei-
te a visita para solicitar ao agricultor que fale
sobre seu trabalho e sobre a importância do
solo para a sua atividade e para a sociedade.

Respostas
1. Espera-se que os alunos respondam que as ativi- 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem
dades desenvolvidas pelos agricultores, em geral, que podemos demonstrar respeito ao trabalhador
exigem grande esforço físico, jornadas longas e rural ao valorizarmos seu trabalho, por exemplo,
exposição diária ao Sol. pagando um preço justo pelo que ele produz, comba-
2. Resposta pessoal. Estimule os alunos a relatar tendo o desperdício de alimentos e matéria-prima,
suas impressões sobre a profissão e a falar o que não utilizando termos pejorativos para nos referir-
acham mais difícil nesse trabalho. mos aos trabalhadores rurais, entre outras atitudes.

P. 90 e 91 ••A atividade 4 da página 90 traz a imagem de uma inscrição feita na tumba do

artesão Sennedjem, a qual representa uma atividade agrícola realizada com o uso
do arado. Se possível, solicite ao professor de História que apresente informações
sobre a imagem e o contexto da época do Egito Antigo e que comente a respeito
da importância dessas inscrições para o mundo como fontes de informação sobre
a cultura de povos que viveram em outros tempos. Com base nisso, proponha uma
pesquisa para os alunos. Peça a eles que investiguem algumas ferramentas ou
técnicas que foram inspiradas em inventos do Egito Antigo.
••A atividade 5 trata da compostagem. Retome os conteúdos da página 85 e os
comentários sobre a compostagem expostos neste manual. Se necessário, expli-
que novamente o conceito de montagem.
••A atividade 7 da página 91 traz uma tabela sobre a utilização do solo na agricultu-
ra. Com o professor de Matemática, faça a interpretação dos dados dessa tabela,
identificando os tipos de uso do solo na agropecuária que abrangeram as maiores
e as menores áreas. O professor de Matemática também pode ajudar na realização
do item a dessa atividade.

51
 P. 90 e 91 Atividades
Respostas
1.
a ) A aração é importante para tornar o solo areja-
do, ou seja, com espaços contendo ar, pois,
abrindo espaços mecanicamente no solo e
revolvendo-o, é possível que o ar contendo gás b
oxigênio entre e permaneça nessas porções de
solo, o que contribui para o desenvolvimento
do cultivo.
b ) A irrigação é importante para disponibilizar a
quantidade adequada de água no solo, ou seja,
suficiente para o desenvolvimento das plantas.
c ) A drenagem é importante para retirar o excesso de
água do solo, impedir o apodrecimento das raízes e
permitir a entrada de ar nos poros do solo.
2. a
) Na adubação orgânica, adiciona-se matéria
orgânica ou composto ao solo. O composto é
formado a partir da decomposição prévia da
matéria orgânica, em um processo conhecido
como compostagem.
b
)
A adubação inorgânica utiliza compostos
químicos para melhorar a fertilidade do solo.
c ) Na adubação verde, são utilizadas determina-
das plantas que, naturalmente, já apresentam
características que aumentam a fertilidade do
solo. Esse tipo de adubação pode ser feito de
três maneiras: cultivando a planta a ser usada
como adubo no mesmo solo onde será feita a
plantação, mas antes que esta seja realizada;
cultivando a planta a ser usada como adubo no
mesmo solo onde será feita a plantação,
mantendo partes dela no solo; cultivando a
planta a ser usada como adubo em local diferente
do que será usado para a plantação. Em seguida,
partes da planta de adubação são transferidas ao
solo de plantio, antes de realizar a plantação.
3. A pecuária pode ser classificada em extensiva e
intensiva. A pecuária extensiva é caracterizada
pela criação de animais soltos, geralmente em
grandes áreas, que se alimentam das pastagens.
Já a pecuária intensiva é aquela na qual os animais
são criados em espaços fechados, comem ração e
ocupam áreas menores.
4. a ) Resposta pessoal. A utilização do arado melho-
rou a produtividade das plantações por propor-
52
cionar mais aeração ao solo. Com o aumento
da produtividade, as populações passaram a se
alimentar melhor.
)
Resposta pessoal. Esse material orgânico
contribuía com a fertilidade do solo, pois, ao se
decompor, tornava o solo rico em nutrientes,
que são utilizados pelas plantas e por microrga-
nismos que nele vivem.
5. a ) Resposta pessoal. Os resíduos residenciais mais
facilmente decompostos em uma composteira
doméstica são: restos de vegetais crus, cascas
de frutas, borras de café, restos de arroz e
massas, cascas de ovos, folhas, cereais, entre
outros. Já os resíduos que não devem ser incluí­
dos na compostagem doméstica são: carnes,
laticínios, alimentos ricos em gorduras, dejetos
(humanos e de animais), resíduos de jardim
tratados com pesticidas, vidros, metais, plásti-
cos, produtos químicos, entre outros. Os produ-
tos vegetais são decompostos mais rápido e
não geram odor desagradável. Os produtos
derivados de animais (carnes, laticínios)
também podem ser compostados, porém não é
indicado que isso seja feito em uma compostei-
ra doméstica, pois podem causar mau odor. Os
dejetos não podem ser utilizados, porque
podem conter agentes patogênicos que pode-
riam contaminar o solo. Além disso, o esterco
deve ficar um tempo em repouso antes que
sirva de adubo. Resíduos com pesticidas ou
produtos químicos podem matar os microrga-
nismos decompositores da composteira, o que
compromete o processo. Os vidros, plásticos e
metais demoram muito para se decompor e,
por isso, para esses materiais, a reciclagem é
mais indicada.
b ) A compostagem doméstica pode ser realizada
por meio de uma composteira, ou seja, um
local próprio para a deposição e o processa-
mento da matéria orgânica. Para a composta-
gem doméstica, separe um recipiente em casa
para depositar o lixo orgânico e, após conseguir
uma boa quantidade desse lixo, coloque-o em uma
composteira e cubra-o com serragem, folhas
 ou esterco seco, para evitar o cheiro desagra- Pastagens plantadas: 11,86%.

3
dável. Regue a camada mais superficial desse

material. A cada dois dias, remexa esse b ) As pastagens plantadas correspondem ao tipo
composto. Tampe a composteira para evitar a
incidência direta do Sol e as chuvas intensas,
de forma que a tampa possa ser retirada para
revolver e recolher o material decomposto.
c ) Lavouras permanentes – áreas plantadas com
Após dois meses, esse material deve estar
homogêneo, com a coloração marrom, com
odor de terra e sem estar aquecido. Quando o
material chegar nesse estágio, estará pronto
para ser utilizado.
c ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
respondam que sim, pois com essa atividade é
possível reaproveitar resíduos que, normalmente,
seriam descartados, evitando seu acúmulo e a
proliferação de animais nos locais de descarte.
Além disso, os alunos podem citar que a produção
de adubo orgânico pode reduzir a dependência
e a quantidade de adubos químicos aplicados
nas plantações.
6. As faixas livres, preenchidas por grama ou outra
planta rasteira, permitem que a água da chuva d ) Resposta pessoal. Para responder a esta ques-
penetre no solo e não se acumule na superfície,
contribuindo para evitar as enchentes.
7. a ) Lavouras permanentes: 1,41%.
Lavouras temporais: 5,647%.
Pastagens naturais: 6,69%.
UNIDADE
Matas: 11,51%.
de uso do solo que ocupa a maior porcentagem
do território brasileiro. Essas áreas são destina-
das à criação de animais.
culturas que não necessitam de novo plantio
após a colheita, mantendo a produção por
vários anos consecutivos. São exemplos desse
tipo de lavoura o cultivo de diversas frutas,
como a banana e a laranja, e também de erva-
-mate e de seringueiras, cujo látex é usado na
produção de borracha.
Lavouras temporárias – compreendem as áreas
plantada com culturas de curta duração (quase
sempre menos de um ano) e que precisam de
novo plantio após cada colheita. Faz parte
desse tipo de lavoura o cultivo de muitas legu-
minosas, como o feijão, o trigo e a soja, além do
cultivo de girassol e de cana-de-açúcar.
tão, os alunos poderão procurar informações
em sites ou jornais do município. Além disso,
poderão consultar o censo agropecuário no site
do IBGE, cujo link está indicado na fonte da
tabela da atividade 7.

CAPÍTULO
9 Degradação do solo
•• Ao trabalhar a erosão hídrica, diga aos alunos que, muitas vezes, as enxurradas podem
causar a formação de voçorocas, também conhecidas como sulcos ou ravinas. Elas são
um tipo de erosão de grandes proporções e resultam na formação de imensos bura-
cos causados pela ação da chuva, especialmente, em solos sem proteção. Aproveite o
momento e reforce a importância da proteção do solo.
P. 96 a 98 ••Na página 96, são apresentadas informações sobre o planejamento urbano. Expli-
que aos alunos que essa ação deve ser constante em municípios e que grandes
problemas ocorreram devido à falta desse planejamento.
Relacione esse assunto com o mapa da página 92. Oriente os alunos a refletir sobre
a seguinte questão: houve planejamento urbano nos municípios afetados? Por que
a erosão assumiu as dimensões apresentadas no mapa?
Peça aos alunos que pesquisem outros exemplos de desastres decorrentes da falta
de planejamento urbano. Em seguida, questione-os se, na cidade onde moram, há
esse tipo de planejamento.
••A destinação inadequada de resíduos é uma potencial fonte de contaminação do
solo. Veja, a seguir, as principais formas de destinação dos resíduos no Brasil.

53
 Lixão Aterro sanitário Usina de Queima
incineração doméstica
Local onde os resíduos Forma de disposição dos
são dispostos diretamente resíduos sólidos que alterna A incineração Trata-se da
no solo, a céu aberto. camadas de terra e camadas consiste em um queima dos
De acordo com a Lei n. de lixo compactado. Nesse processo que resíduos gerados
9 605/98, a disposição processo, são adotadas
utiliza o fogo em casa, como
medidas para evitar a
de resíduos sólidos em para degradar os lixo de banheiro,
contaminação do solo,
lixões é considerada crime resíduos, de forma folhas, galhos
como: impermeabilização
ambiental. Os lixões não do solo; estabelecimento controlada. Ela e embalagens.
contêm medidas de proteção de um sistema de retirada e promove a redução Esse método
do solo, resultando em sua tratamento do chorume e do peso, do volume é considerado
contaminação por resíduos de um sistema de retirada de e da periculosidade crime ambiental
como o chorume, que é um gás proveniente da dos resíduos.
decomposição da matéria previsto na Lei
líquido escuro, viscoso e com Geralmente,
orgânica presente no n. 9 605/1998.
mau cheiro, resultante da é indicada
decomposição da matéria lixo depositado; análises A fumaça
para resíduos
orgânica e de sua dissolução da qualidade de água; proveniente
hospitalares, porém
entre outros. A análise dessa queima
em água. Esse líquido pode tem alto custo e há
da qualidade da água é pode causar
causar a poluição do solo muita controvérsia
realizada em todas aquelas problemas de
e da água, além de criar que possam sofrer influência sobre a possibilidade
um ambiente favorável de os gases gerados saúde, como
da presença do aterro
ao desenvolvimento de sanitário no local, sejam elas nesse processo alergias, doenças
organismos patogênicos e superficiais ou subterrâneas. causarem poluição respiratórias e
atrair animais vetores de Desse modo, o aterro atmosférica. dermatológicas.
doenças. sanitário é mais seguro ao
ambiente.

••Na página 98, são abordadas duas doenças relacionadas à contaminação do solo:
a ancilostomose e a ascaridíase.
••Comente com os alunos que a transmissão da ancilostomose ocorre pelo contato
das larvas, que crescem em solo úmido e quente, com a pele do ser vivo. Embora se
trate de modo de infestação mais raro, as formas juvenis desses vermes também
podem penetrar no corpo dos seres vivos por via oral.
Além delas, outras doenças podem ser veiculadas pelo solo. Veja, a seguir, mais
exemplos de doenças associadas ao solo.
Doença Agente causador Modo de transmissão Sintomas
Por meio da ingestão de alimentos frescos, Ao serem ingeridos pelos
humanos, os ovos podem liberar
como hortaliças, contendo os ovos do verme.
Verme do gênero larvas, as quais podem alojar-
Cisticercose Esses ovos são encontrados nas fezes do
Taenia. -se, por exemplo, no cérebro,
porco e, em contato com o solo, contaminam prejudicando as atividades desse
as hortaliças. órgão.
Por meio da penetração da larva do
A movimentação da larva entre as
Ancilostoma na pele do ser humano. Essas
camadas da pele forma traçados
larvas são liberadas no ambiente pelas fezes
Bicho- Verme do gênero semelhantes às linhas de um
dos cães. Geralmente, a pessoa adquire o
-geográfico Ancilostoma. mapa. Essa movimentação resulta
verme ao andar descalça ou ao frequentar
em coceira, vermelhidão e inchaço
locais com areia, como praia e caixa de areia
na pele.
de parques infantis.
Protozoário A ameba se aloja no intestino,
Por meio da ingestão de água, frutos, verduras
Amebíase do gênero provocando diarreias fortes com
ou legumes contaminados com o parasita.
Entamoeba. muita dor abdominal.

54
 Doença Agente causador Modo de transmissão Sintomas

3
UNIDADE
A maioria dos pacientes pode não
apresentar sintomas, ou seja, ser
assintomático. O principal sintoma
Por meio da ingestão de alimentos é o prurido anal, caracterizado
contendo os ovos do verme. Esses ovos são pela coceira na região do ânus
Enterobíase Verme Enterobius
eliminados no ambiente nas fezes do doente, devido à presença de vermes
ou oxiurose vermicularis
contaminando o solo e os alimentos nele nessa região. Esse sintoma se
produzidos. manifesta principalmente a noite.
Em casos mais graves, o paciente
pode apresentar diarreia e
emagrecimento.

P. 99 a 101 Atividades
Respostas

1.
Respostas possíveis: a erosão pode diminuir a devido ao descarte inadequado dos rejeitos, além
fertilidade do solo, ao retirar sua camada superfi- disso, essa atividade tende a causar muita erosão.
cial e provocar o assoreamento de rios, lagos e Para minimizar os impactos dessa atividade,
represas, devido ao transporte e acúmulo de partí- devem ser feitos estudos ambientais, que indicam
culas de solo. os locais onde os rejeitos devem ser depositados,
bem como as técnicas menos impactantes; III)
2. Respostas possíveis: a cobertura vegetal mantém
destinação inadequada de resíduos – as substân-
unidos os grãos que compõem o solo; abre cami-
cias descartadas podem ser contaminantes ou
nhos no solo com o crescimento das raízes, facilitan-
gerar substâncias contaminantes. Para evitar essa
do a infiltração da água; reduz o impacto das gotas
fonte de contaminação, deve-se dar a correta
de chuva; diminui a velocidade de escoamento da
água sobre a superfície do solo; mantém a umidade destinação aos resíduos.
do solo e diminui a exposição às variações de tempe- 5. Doença Ancilostomose Ascaridíase
ratura, ajudando a manter a estrutura do solo. Ancilóstomo
3. O plantio em faixas de retenção, as curvas de nível (Ancylostoma Lombriga
Verme
duodenale) ou (Ascaris
e o terraceamento. O plantio em faixas de reten- causador necátor (Necator lumbricoides).
ção protege áreas do solo que estariam sujeitas à americanus).
erosão. As curvas de nível e o terraceamento Por meio
diminuem a velocidade de escoamento da água na Por meio do
da ingestão
Como contato com o
superfície do solo das plantações. de água ou
solo contendo
ocorre a alimentos
4. Resposta pessoal. Os alunos podem citar, por larvas do verme,
contendo
contaminação as quais penetram
exemplo, que a contaminação do solo pode ser os ovos da
na pele humana.
causada pela agricultura, mineração ou pela desti- lombriga.
nação inadequada de resíduos. Dores no
A descrição de como ocorre a degradação do solo abdome,
Anemia, fraqueza, dificuldades
vai depender da atividade escolhida pelo aluno.
falta de apetite, de digestão,
Assim, espera-se que os alunos incluam em suas Sintomas dores abdominais, diarreia, prisão
descrições informações como: I) agricultura – a vômito e diarreia. de ventre,
contaminação do solo por essa atividade ocorre náuseas e
devido ao uso de agrotóxicos e adubos sintéticos vômitos.
durante o cultivo, os quais podem acumular-se no Melhoria nas condições de
saneamento básico (tratamento
solo. A fim de evitar essa contaminação, deve-se Como
de esgoto), correta destinação de
aplicar e usar esses produtos de forma adequada, prevenir resíduos e dejetos, tratamento da
seguindo as orientações do fabricante; II) minera- água.
ção – a contaminação ocorre, principalmente,

55
 6. a ) Quando chove muito, um volume elevado de
água escoa pelas encostas, ocasionando o desli-
zamento de terra em regiões onde o solo está b ) Respostas possíveis: não levar animais domés-
desprotegido e vulnerável.
b ) Espera-se que os alunos respondam que sim,
pois o planejamento indica as regiões mais
suscetíveis à erosão, as quais não devem ser
usadas para construções, ou mesmo recupera-
das. Além disso, áreas de relevo inclinado como
essas não devem ser ocupadas.
11. a ) I – fotografia A; II – fotografia B. Espera-se que
7.
a ) Resposta pessoal. Os lixões podem contaminar o
solo, a água, atrair animais que transmitem doen-
ças, causar mau cheiro, entre outros problemas.
b ) Resposta pessoal. Estimule os alunos a buscar
esses dados junto à prefeitura do município.
8. A área 1 possui uma vegetação mais densa, não
alterada, com árvores providas de raízes capazes
de manter a camada superficial do solo, impedin-
do sua retirada pela água.
Poderão ser citados o plantio em faixas de reten-
ção, o uso de curvas de nível e o terraceamento.
9.
A – áreas verdes urbanas, B – solo, C – enchentes,
D – infiltração, E – chuva.
10. a ) A presença de cães na praia aumenta as chan-
ces de contaminação do ambiente pelo parasita
Ancylostoma brasiliensis, que habita o intestino
desses animais. Ao defecarem nesse ambiente, os
animais de estimação podem liberar ovos do
bicho-geográfico na areia, contaminando-a. As
pessoas que entrarem em contato com a areia
contaminada podem adquirir formas larvais do
parasita e desenvolver a doença.
ticos para passear na praia, coletar as fezes dos
animais, andar sempre calçado, não deixar as
crianças brincarem em tanques de areia
frequentados por animais, dispor de tratamen-
to dos dejetos e outras medidas de saneamen-
to básico nos municípios.
os alunos percebam que, na fotografia A, o rio
não apresenta deposição de sedimentos, pois
a mata ciliar mantida protege o rio do proces-
so de assoreamento. Já na fotografia B há
deposição de sedimentos no corpo-d’água, os
quais se apresentam como bancos de areia no
meio do rio. O fato de haver somente uma
pequena área de mata ciliar na margem do rio
provavelmente contribui para a ocorrência do
assoreamento.
b ) É mais provável que a situação citada ocorra
com o ambiente apresentado na fotografia B,
pois, como visto no item anterior, o ambiente
dessa fotografia provavelmente apresenta
pequena área de mata ciliar. Essa situação
favorece o escoamento da água da chuva
contendo resíduos de produtos agrícolas para o
interior dos corpos-d’água, uma vez que a mata
ciliar atua como um filtro, reduzindo o escoa-
mento superficial.

P. 101
Verificando rota
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos inclu- 2.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
am, na descrição da imagem, características como completem ou corrijam suas respostas mencio-
a presença tanto de áreas desprovidas de cobertu- nando a importância do solo para as plantas.
ra vegetal quanto de áreas cobertas por vegeta- 3.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comple-
ção; a ocorrência de áreas com solo exposto; o tem ou corrijam suas respostas citando que um solo
solo de cor clara, provavelmente pela presença de deve ser aerado e ter água e nutrientes em quantida-
grande quantidade de areia; entre outras caracte- des adequadas.
rísticas. Como a ação do ser humano de subir e 4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos perce-
descer o morro causou a degradação de determi- bam que a erosão pode ser evitada mantendo-se
nadas áreas, a abertura à visitação prejudicaria a cobertura vegetal, utilizando-se técnicas apro-
ainda mais o local. Espera-se também que eles priadas de manejo na agricultura (como o plantio
concluam que a área do morro sem vegetação em faixas de retenção e a adoção de técnicas
tem mais chances de desmoronar, pois o solo como o terraceamento e as curvas de nível) e com
encontra-se desprotegido. planejamento urbano adequado.

56
 Ampliando

3
Desertificação

UNIDADE
fronteiras
P. 102 e 103 O texto desta seção propõe um trabalho com o tema convergente Ambien-
te e Sustentabilidade. O processo de desertificação representa uma forma de
degradação do solo e resulta da ação de vários fatores, entre eles as atividades
humanas. A desertificação traz consequências ao ambiente e às populações que
vivem próximas às áreas degradadas.
Objetivos
••Identificar os fatores que influenciam a ocor-
rência da desertificação.
••Refletir a respeito da recuperação de áreas
desertificadas.
Comentários
••A desertificação é um processo que assola Acesse
várias áreas do país, especialmente as regiões A seguir são apresentadas três sugestões de
áridas e com solo arenoso. reportagens sobre a desertificação, que podem ser
Trata-se de uma situação que causa muitos trabalhadas com os alunos.
prejuízos ambientais e sociais. <http://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/
noticia/13598120/dia-mundial-de-combate-a-
••É possível trabalhar os aspectos sociais da desertificacao-alternativas-para-o-semiarido-
desertificação, relacionando-a com o tema brasileiro>
das migrações populacionais, em parceria com Acesso em: 3 jul. 2016.
a disciplina de Geografia. Proponha uma refle- <http://educacaopublica.cederj.edu.br/revista/
xão acerca dos problemas decorrentes das artigos/desertificacao>
migrações motivadas pela desertificação. Acesso em: 3 jul. 2016.
<http://www.insa.gov.br/noticia-destaque/
••Ao trabalhar com os alunos a questão 4, enfa- dia-mundial-de-combate-a-desertificacao-insa-
tize que, para proteger as áreas suscetíveis à intensifica-acoes-de-preservacao-dos-solos-do-
desertificação, os produtores rurais precisam semiarido/#.V3pKqtIrIdU>
estar conscientes sobre a importância do uso Acesso em: 3 jul. 2016.
de técnicas sustentáveis que combatam a

Raul Aguiar
erosão e promovam o reflorestamento.

Respostas
1.
Desertificação é o processo de degradação do solo
em regiões onde há poucas chuvas, baixa umidade
do ar e onde o solo não retém água. Diversos fatores
a ocasionam, entre eles, as atividades humanas.
2.
Com o processo de desertificação, há retirada da
camada superficial do solo e também perda da matéria
orgânica. Esse processo reduz a fertilidade do solo, o
que dificulta o crescimento da vegetação e impede o
desenvolvimento da agricultura. O ambiente desfavorá-
vel leva à migração da população humana local para
outros centros do país, gerando ou intensificando 4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos abor-
problemas sociais e urbanos.
3.
Resposta pessoal. Os alunos podem concluir que
esse projeto é importante para a conservação do
solo e para a sobrevivência das pessoas que vivem
nas regiões afetadas.
Espera-se que os alunos comentem que as políticas
públicas podem ter um papel importante na sensibi-
lização da população sobre o tema. Se o projeto
aprovado for bem executado, poderá contribuir para
a conservação do solo e, consequentemente, com as
pessoas que vivem nessas regiões, pois elas poderão
continuar o cultivo do solo, que, em muitos casos,
representa uma atividade de subsistência.
dem, em seus fôlderes, práticas agrícolas e agrope-
cuárias sustentáveis e orientações para a manuten-
ção da vegetação.

57
UNIDADE

4 Água
Objetivos Conceitos

• Identificar locais onde a água • Distribuição de água no

pode ser encontrada. planeta Terra.
• Perceber que a maior parte da • Relação entre os seres vivos
CAPÍTULO

10 A água no superfície terrestre é coberta

por água.
e a água.
planeta Terra • Compreender que a quantidade
de água doce adequada ao
consumo humano é restrita.
CAPÍTULO

11 Composição • Conhecer a composição da água.

• Conhecer os estados físicos da
• Composição da água.
e estados • Estados físicos da água.
água.
• Organização das moléculas
físicos da • Compreender a organização de água nos diferentes
das moléculas de água nos
água diferentes estados físicos.
estados físicos.

• Reconhecer as mudanças de • Fatores que influenciam as

estado físico da água. mudanças de estado físico
da água.
• Conhecer os fatores que
influenciam as mudanças de • Ciclo hidrológico.
estado físico da água.
• Entender o ciclo hidrológico.
• Refletir sobre a importância de
evitar o desperdício de água.
CAPÍTULO

12 Propriedades • Reconhecer algumas

propriedades da água.
• Propriedades da água.
• Pressão da água.
da água
• Água como solvente.
• Tensão superficial da água.

P. 104 e 105 Abertura da unidade

•• O objetivo dessas páginas
de abertura é levar os alunos
a refletir sobre a origem e o
destino da água das chuvas.
Verifique se eles reconhecem
que a água da chuva se forma
nas nuvens e observe se eles
mencionam a evaporação
da água presente na super-
fície terrestre como parte de
seu processo de formação.
Questione-os sobre como as
nuvens são formadas e se eles
sabem para onde vai a água
da chuva que se acumula na
superfície, como mostrado
na imagem.

58
 ••Solicite que respondam à questão proposta no início do texto da página 104.

4
Trabalhe as questões apresentadas na página 105 de forma oral, promovendo

UNIDADE
uma discussão entre os alunos. Verifique se eles percebem para onde vai a água
da chuva. Caso necessário, esclareça que existem reservas subterrâneas que são
abastecidas pelas águas das chuvas.
••Permita que os alunos expressem suas opiniões e conclusões sobre essas questões
e as relacionem a fatos de seu cotidiano.
••Outra situação que pode ser utilizada para levantar os conhecimentos prévios dos
alunos é a realização da Atividade 4, presente no caderno Na prática. Inicie a aula
com essa atividade e, com base nela, comece a discussão sobre os conteúdos. Veja
mais informações a respeito no tópico da atividade.

Acesse
Após trabalhar a formação das nuvens com os alunos, se possível, leve-os à sala de
informática, caso sua escola possua uma, para acessar o site do Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet), no qual é possível obter informações sobre a formação das
nuvens, seus aspectos e tipos.
INMET. Atlas de nuvens.
<www.inmet.gov.br/html/informacoes/sobre_meteorologia/atlas_nuvens/atlas_nuvens.html>.
Acesso em: 21 jun. 2016.

Respostas
1.
Resposta pessoal. Parte dessa água penetra no
solo, abastecendo as reservas de águas subterrâ-
neas, e parte pode evaporar, voltando para a 3. Resposta pessoal. O vapor de água presente na
atmosfera. Os alunos também podem citar que
parte dessa água é absorvida pelas raízes das
plantas, parte chega até rios, lagos, mares e outros
corpos de água.
2. Resposta pessoal. Os alunos podem citar a
presença de água nos seres vivos, como as plan-
tas mostradas na imagem.
atmosfera provém da evaporação de água da super-
fície terrestre, de rios, lagos, mares e da transpiração
dos seres vivos. Esse vapor sobe para camadas
superiores da atmosfera, onde entra em contato
com camadas de ar mais frio, condensando-se e
resultando na formação das nuvens.

CAPÍTULO
10 A água no planeta Terra

 Aprenda mais
P. 106 •• Caso a escola tenha uma sala com computadores disponíveis para os alunos, acesse
com eles o endereço sugerido nesta seção. Caso os alunos não tenham acesso à inter-
net, providencie antecipadamente a impressão da matéria apresentada no site, orga-
nize os alunos em grupos e forneça a eles o texto. Oriente-os na leitura e depois faça
alguns questionamentos como os sugeridos na Atividade complementar a seguir.

Atividade complementar Questões

1.
Qual a importância da descoberta apresentada no texto?
2.
Em um trecho da reportagem é mencionada a necessidade de proteger esse recurso
natural. Na opinião de vocês, o que pode prejudicar esse e outros aquíferos?
3.
Na opinião do grupo, o que pode ser feito para proteger os aquíferos?

59
 Gabarito
1. Os alunos podem comentar em suas discussões que o aquífero descoberto apresenta grande
quantidade de água, sendo capaz de abastecer muitas residências, além de poder ser utilizado na
produção de alimentos e na fabricação de produtos. Diante da crise hídrica que vem se estabele-
cendo no mundo e da crescente poluição das águas superficiais, essa é uma importante fonte de
água, que pode garantir a sobrevivência de pessoas e de outros seres vivos.
2. Os alunos podem argumentar, em suas discussões, que o descarte inadequado de resíduos e
esgoto no solo e o uso exagerado de agrotóxicos podem causar a poluição das águas subterrâne-
as, uma vez que essas substâncias podem penetrar no solo e atingir os aquíferos.
3. Os alunos podem citar atitudes como fiscalizar as indústrias, as produções agrícola e pecuária,
empresas de saneamento e as demais fontes de poluição que possam ameaçar essas áreas. Além
disso, a conscientização e a implementação de projetos que visem à destinação e ao descarte
adequados de resíduos, ao saneamento básico, entre outras medidas.

P. 109 Atividades
Respostas

A água doce se encontra distribuída principalmente

1. b ) As substâncias tóxicas poderiam alterar as
nas calotas polares e geleiras, assim como em reser-
vatórios subterrâneos. As águas encontradas nas
calotas e geleiras não são de fácil acesso ao ser
humano, pois se encontram congeladas. Já as encon-
tradas em reservatórios são de mais fácil acesso.
2. Os alunos podem citar funções como contribuir
para manter e regular a temperatura corpórea,
dissolver e ajudar a transportar substâncias pelo
corpo, participar de reações químicas, como as
que ocorrem durante a digestão dos alimentos,
compor secreções como a saliva e fluídos do
corpo, como os que lubrificam as articulações.
3. a ) A água para manter a pele desses animais
úmida, para obter alimento e também para a
reprodução. Além disso, é na água também
que as larvas obtêm alimento para se desenvol-
ver em rãs e sapos adultos.
condições da água e impedir a reprodução de
sapos e rãs, além de prejudicar a alimentação e
o desenvolvimento de suas larvas. Com o
tempo, as populações poderiam ser reduzidas
ou até mesmo extintas.
4. a ) O texto aponta tanto pontos positivos, como
reduzir a temperatura corporal após uma ativida-
de física, característica útil do suor, quanto pontos
negativos, como a desidratação por perda de
água, sais minerais e orgânicos.
b ) Ao suar, perdemos água e sais para o ambien-
te. Caso essa água não seja reposta, com o
tempo, podemos ficar desidratados.
c ) Esses processos são importantes, pois a sede faz
com que busquemos beber água, repondo esse
líquido no organismo. Já a redução na vontade de
fazer xixi evita a perda de água pela urina.

CAPÍTULO
11 Composição e estados físicos da água
P. 111 ••Nessa página é mencionado que a água adequada ao consumo humano deve ser
potável. Veja mais informações sobre a potabilidade da água no site sugerido a
seguir.

Acesse
Portaria do Ministério da Saúde sobre potabilidade da água.
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html>.
Acesso em: 14 jun. 2016.

P. 114 a 116 ••Ao abordar as mudanças de estado físico da água, são apresentadas situações do
cotidiano nas quais é possível perceber tais mudanças. Desenvolva com os alunos as
atividades de mudanças de estado físico da água antes de iniciar o estudo do tema.

60
  Aprenda mais

4
P. 117 ••Aproveite para trabalhar o vídeo sugerido nesta seção antes de abordar com os

UNIDADE
alunos o ciclo da água. O vídeo é uma ótima ferramenta para que os alunos conhe-
çam, de forma dinâmica, como esse ciclo ocorre na natureza e como ocorre a
formação dos rios e das reservas subterrâneas de água.
Exiba o vídeo para os alunos uma vez e, ao final, questione-os sobre o que lhes
chamou mais a atenção.
Depois, reproduza-o novamente. Porém, dessa vez, solicite que prestem aten-
ção nos eventos que ocorrem durante o ciclo da água na natureza, listando-os no
caderno. Para finalizar, solicite que falem sobre os eventos que listaram e anote
essas informações na lousa, montando, com os alunos, as etapas do ciclo da água.
•• Com base nessa construção, inicie o trabalho com os conteúdos das páginas 118 e 119.
•• Também é possível explorar os cursos de água, presentes no município, com base
nesse recurso. Para isso, questione os alunos sobre onde nasce o rio que abastece
o município em que residem, se ele passa por outros municípios e se dá origem a outros
cursos de água. Pesquise essas informações antecipadamente e as leve para sala de aula.
P. 118 e 119 •• Ao trabalhar a etapa 4 do ciclo hidrológico, explique aos alunos que a neve é origi-
nada por cristais de gelo que se formam em nuvens com temperaturas entre –20 °C e
–40 °C. Quando caem pela atmosfera, os cristais se unem, tornam-se úmidos e conge-
lam. Caso o ar atmosférico esteja em baixa temperatura, ocorrerá a precipitação na
forma de neve. Caso contrário, esses cristais podem derreter durante o trajeto, voltando
para a atmosfera na forma de vapor ou precipitando na forma de granizo ou chuva.

Atividade complementar Poema

Solicite aos alunos que, em duplas, pensem nas etapas do ciclo hidrológico e nas
características da água em cada etapa. Depois, peça que produzam um poema de
duas estrofes que aborde esse assunto.
Essa atividade possibilita um trabalho em conjunto com as disciplinas de Arte
e Língua Portuguesa. Você deverá expor o conteúdo a ser explorado no poema, o
professor de Língua Portuguesa pode trabalhar a estrutura desse gênero textual e o
professor de Arte pode propor uma maneira de ilustrá-lo.
Ao final, promova uma exposição dos trabalhos produzidos na sala de aula.

Lendo
Texto de divulgação científica
P. 120 e 121 Além da conhecida riqueza de espécies animais e vegetais, a floresta Amazônica
interfere diretamente no clima das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Assim,
a retirada da cobertura vegetal da região amazônica pode ter efeitos negativos sobre o
regime de chuvas de diferentes regiões brasileiras.
Objetivos Comentários
••Conhecer o que são rios voadores. •• Ao trabalhar o assunto desta seção, comente
••Verificar a influência dos rios voadores no regi- com os alunos que, desde 2008, pesquisadores
me de chuvas do Brasil. do projeto Rios Voadores estudam as corrente-
••Relacionar as mudanças de estado físico da zas aéreas para conhecer esse fenômeno. Um
água aos rios voadores. dos líderes da pesquisa é o francês naturalizado
••Verificar a importância da floresta Amazônica brasileiro Gerard Moss, engenheiro, aviador e
na formação dos rios voadores. explorador. Os pesquisadores realizam diversas

61
 atividades, entre elas, voar com um monomotor
coletando vapor-d’água. Para coletar a umidade,
Moss utiliza tubos de 40 cm resfriados a uma
temperatura de –70 °C, fazendo com que o vapor
se transforme em água. Moss armazena essas
gotas para analisá-las no laboratório. Se possível,
acesse com os alunos o site do projeto para obter
mais informações sobre ele.
•• Ao final da leitura, solicite aos alunos que localizem
a referência do texto. Caso necessário, mostre-lhes
essa estrutura. Oriente-os a observar no crédito
a indicação de informações como o título e onde
foi divulgado. Se necessário, diga que os textos
de divulgação científica podem ser publicados em
jornais, blogs, museus, por meio de textos expositi-
vos, entre outros recursos.
••Outra sugestão de atividade para comple-
mentar essa abordagem é a construção de
um higrômetro caseiro. O site Seara da Ciên-
cia apresenta instruções sobre como cons-
truí-lo. Nesse caso, oriente os alunos a anotar
os resultados obtidos diariamente pelo higrô-
metro e a analisá-los. Eles podem verificar se
houve variação de umidade durante o período
do experimento, qual foi o dia mais úmido e
qual foi o mais seco, por exemplo.
Respostas Antes da leitura
1. Resposta pessoal. 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos utili-
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos zem os conhecimentos sobre o ciclo hidrológico ,
respondam que o texto de divulgação cientifica é
voltado para a população de um modo geral, pois,
apesar de abordar termos científicos, apresenta
linguagem mais simples e acessível a todos os
interessados na leitura.
Respostas Durante a leitura
1. a ) Resposta pessoal. Os alunos podem desconhecer osobre as cabeceiras dos rios amazônicos e é, em
significado de palavras, como evapotranspiração, grande parte, carregado para outras regiões do
agronegócio, propícias e propelido.
b ) Espera-se que os alunos localizem esse concei-
to logo no início do texto, como massas de ar
repletas de vapor de água, com muitas nuvens,
que são empurradas pelos ventos.
2. As informações apresentadas no infográfico expli-
cam a formação, o mecanismo de funcionamento
e as principais funções dos rios voadores. O
esquema esclarece que o vapor de água vindo do 3. Espera-se que os alunos comentem que os rios
oceano precipita como chuva sobre a floresta
Amazônica, volta para a atmosfera pela evapo-
transpiração das plantas, precipita novamente
62
Acesse
Para saber mais sobre o projeto Rios Voadores.
Expedição Rios voadores.
<http://riosvoadores.com.br/>. Acesso em: 14 jun. 2016.
O assunto sobre rios voadores integra vários
conceitos relacionados ao ciclo da água e seus
processos de transformação na natureza. Também
está diretamente relacionado ao clima e ao regime
de chuvas de regiões brasileiras. Para saber mais
sobre esse assunto, acesse os sites a seguir.
CPTEC – Centro de Previsão de Tempo
e Estudos Climáticos.
<www.cptec.inpe.br>. Acesso em: 14 jun. 2016.
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
<www.inpe.br>.
Acesso em: 14 jun. 2016.
INPA – Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia.
<www.inpa.gov.br>. Acesso em: 14 jun. 2016.
LBA – Programa de Grande Escala da Biosfera-
-Atmosfera na Amazônia.
<http://lba2.inpa.gov.br/>.
Acesso em: 14 jun. 2016.
Para a construção de um higrômetro caseiro,
acesse o seguinte site.
Seara da Ciência.
<www.seara.ufc.br/sugestoes/fisica/flu9.htm>.
Acesso em: 14 jun. 2016.
estudado na unidade, e interpretem a expressão
“rios voadores” como uma forma de movimenta-
ção da água na atmosfera.
país, onde fornece água aos reservatórios.
Se necessário, diga aos alunos que o infográfico é uma
ferramenta utilizada na, divulgação científica, para
mostrar, esquematicamente, processos que podem ser
complexos e que acabam sendo mais bem visualizados
quando esquematizados, ou seja, é um recurso para
facilitar a assimilação da informação.
voadores são formados pelo movimento da água
na natureza, o qual está relacionado à evaporação
e à precipitação de água.
 4
Respostas Depois da leitura

1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos tenham 3.
Espera-se que os alunos indiquem os tópicos rela-
associado o título do texto à movimentação de
grandes quantidades de vapor de água pelas
correntes de ar.
2. Os rios voadores são massas de ar atmosférico
carregadas de vapor de água que se deslocam
pela atmosfera. Esse fenômeno é essencial para a
redistribuição de água na forma de chuva na
atmosfera, principalmente nas regiões Norte,
Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
UNIDADE
cionados à evapotranspiração das plantas (tópico 2)
e ao que descreve a chegada da umidade às regiões
Sudeste e Sul (tópico 4). No tópico referente à inten-
sa transpiração das plantas, espera-se que eles
respondam que ela permite a formação de grandes
massas de ar carregadas de vapor de água; no tópico
relativo à precipitação dessa umidade como chuva
em outras regiões do país, reforce a hipótese do
desmatamento da Amazônia como a possível causa
da estiagem que afetou São Paulo.

Valores
em ação O uso prudente da água
P. 122
Apenas uma ínfima parcela da água presente na superfície terrestre está disponível
para consumo humano. Além disso, é cada vez mais frequente os casos de contami-
nação dessas fontes de água. Assim, o uso consciente desse recurso é uma atitude
essencial para que a água esteja disponível em quantidade e qualidade adequadas
para as gerações futuras.

Objetivos sendo responsáveis por 21% do total mundial

••Refletir sobre a quantidade de água usada em
nosso cotidiano.
••Conscientizar os alunos quanto à importância
do uso prudente da água.
Comentários
••Ao trabalhar o tema desta seção, diga aos
alunos que o desperdício de água tem conse-
quências para os seres vivos. Sendo ela um
recurso limitado, o seu uso deve ser repensado.
Segundo dados da FAO, a agricultura e a pecuá-
ria estão entre as atividades que mais a conso-
mem. Mais de dois terços da água consumida
no mundo é utilizada na irrigação de lavouras e
na criação de animais. A irrigação é importan-
te para a agricultura, mas precisa ser feita de
maneira racional, com o desenvolvimento de
técnicas que maximizem o aproveitamento de
água, diminuindo seu desperdício.
••De acordo com dados da FAO, as indústrias
são outra fonte de grande consumo de água,
de uso da água doce. Devido a esse gasto,
muitas indústrias desenvolveram programas
de reaproveitamento de água para reduzir seu
consumo e evitar o desperdício.
••O uso doméstico da água também é grande,
sendo as atividades de higiene pessoal respon-
sáveis pelo consumo de grande quantidade de
água.
••A maior parte da água existente no planeta é
salgada e inadequada para consumo humano,
por isso é importante evitar a poluição da água
disponível para consumo. Evitar a degradação
da vegetação próxima a rios e lagos também é
importante a para que a água continue sendo
um recurso disponível a todos os seres vivos,
pois essa vegetação evita o assoreamento dos
rios e lagos e também protege as margens
desses corpos de água.
••Se achar conveniente, leia o texto a seguir para
os alunos e promova uma reflexão sobre o uso
sustentável da água.

63
 [...]

S
e degradarmos os recursos
naturais da Terra e fizermos
com que as espécies se tor-
nem extintas, as gerações futuras
terão que pagar o preço em termos
de um padrão inferior de qualida-
de de vida. Portanto, as pessoas
hoje deveriam usar os recursos de
PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. Biologia da conservação.
maneira sustentável para que não
danifiquem as espécies e comuni-
dades. Nós podemos imaginar que
estamos tomando emprestado a
Terra das gerações futuras e que
elas esperam recebê-la em boas
condições.
[...]
Londrina: E. Rodrigues, 2001. p. 65.

Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os citem: ao
tomar banho, fechar o resgistro ao se ensaboar,
reduzindo o tempo para 5 minutos; fechar a
torneira enquanto escova os dentes e utilizar um
copo de água para enxaguar a boca; instalar vaso
sanitário com bacia acoplada.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos somem
a quantidade de água consumida em situações de
desperdício e em situações de consumo conscien-
te citadas no quadro. Com os resultados em mãos,
provavelmente os alunos perceberão uma diferen-
ça significativa de consumo nas duas situações,
podendo usar tais informações para discutir o
assunto com os colegas.
3. Resposta pessoal. Os alunos podem citar atitudes
como escovar os dentes com o registro da torneira
fechado, fechar o registro ao se ensaboar no banho,
lavar o rosto com o registro meio aberto, entre outras.

P. 123 e 124 Atividades

Respostas
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem
1. c ) A temperatura na qual uma substância passa
situações como: sólido – nos cubos de gelo usados do estado líquido para o estado gasoso é
para gelar bebidas; líquido – na água usada para chamada de ponto de ebulição.
beber, escovar os dentes, lavar a roupa e tomar 6. Espera-se que os alunos citem em suas respostas
banho; gasoso – no vapor liberado durante o cozi- que as mudanças de estado físico da água sofrem
mento de alimentos e nos banhos quentes. influência da temperatura e da pressão.
2. A forma definida ocorre porque as moléculas de 7. a ) A evaporação ocorre na superfície de rios,
água no estado sólido se encontram fortemente
lagos, oceanos e mares, no solo, bem como na
ligadas entre si, com pouca atividade vibracional.
transpiração de muitos seres vivos.
3. No topo de uma montanha, pois lá a pressão
b ) A condensação ocorre na atmosfera durante a
atmosférica é menor, o que permite que as molé-
formação das nuvens.
culas de água se desprendam a uma menor
c ) A solidificação ocorre durante a formação do
temperatura que ao nível do mar.
granizo ou da neve.
4. Resposta esperada: A – vaporização; B – solidifica-
ção; C – gasoso. 8. a ) Porque o vapor de água (produto da respira-
ção) que saiu da boca de Luísa se resfriou ao
5. a ) A temperatura na qual uma substância passa
entrar em contato com o vidro e passou para o
do estado sólido para o estado líquido é chama-
da de ponto de fusão. estado líquido, formando as gotículas de água.
b ) Ponto de solidificação é a temperatura na qual b ) A condensação.
uma substância passa do estado líquido para o 9.
a ) As características da região do Rio Grande do
estado sólido. Norte que favorecem a obtenção de sal são: a

64
 incidência de raios solares durante quase todo citar dificuldade para respirar ou engolir, tosse,

4
o ano, o que contribui com a evaporação da rouquidão e dilatação das veias do pescoço.

água do mar, favorecendo a separação dos sais
(ou sólidos) contidos na mistura; a pouca
chuva, que evita que o sal seja novamente
misturado à água; a incidência de fortes ventos,
que contribui com uma taxa maior de evapora-
ção da água. Se for o caso, comente com os
alunos que, durante o processo de evaporação,
a camada de ar rente à água que está sendo
evaporada fica saturada. Porém, o vento arras-
ta parte desse vapor, deixando-a com menor
quantidade de vapor-d’água.
b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
respondam que a água salgada possui elevada
quantidade de cloreto de sódio, composição do
sal de cozinha, quando comparada com a água
doce, facilitando o processo de obtenção de sal
após a evaporação.
c ) Bócio é o nome que se dá ao aumento da glân-
dula tireoide. Esse aumento pode ser visto na
frente do pescoço. Entre os sintomas pode-se 10. A: vaporização; B: solidificação.
UNIDADE
Além disso, existem outros sintomas associa-
dos à produção de hormônios por essa glându-
la: o hipotireoidismo é caracterizado pela
produção baixa ou nula, e o hipertireoidismo
pela produção em excesso de hormônios. O
tratamento é feito com medicamentos que
ajudam a compensar a falta de iodo e, em
alguns casos, pode ser feita uma cirurgia para
diminuir o tamanho da glândula. A prevenção
dessa doença consiste no consumo de quanti-
dades adequadas de iodo.
Resposta pessoal. Espera-se que, entre os rela-
tos, as pessoas comentem que havia um núme-
ro maior de casos naquela época. Entre os
tratamentos que podem ser citados na entre-
vista estão o uso de medicamentos para
controlar a produção do hormônio pela glându-
la e, em alguns casos, cirurgia para retirada da
gândula.

••A atividade 10 da página 124 permite uma relação com a disciplina de Matemática.
Nela, o aluno deve interpretar dois gráficos de linha, assunto trabalhado no 6º ano
da disciplina de Matemática.
••Relembre os alunos de que esse tipo de gráfico, em geral, é utilizado para repre-
sentar a variação de uma grandeza por um determinado período de tempo. Nesse
caso, os gráficos representam a variação de temperatura da água durante um
determinado tempo. Enfatize com os alunos que a temperatura da água interfere
em seu estado físico.

CAPÍTULO
12 Propriedades da água
P. 126
Atividade complementar Prática

Misturas
A água é capaz de dissolver grande variedade de substâncias. Essa característica
garante à água a propriedade de solvente universal. No entanto, algumas substân-
cias não são capazes de se dissolver na água, resultando na formação de misturas
em que se podem diferenciar duas ou mais fases. Se possível, realize com os alunos
a atividade apresentada a seguir.
Objetivos
••Verificar a capacidade de dissolução da água.
••Reconhecer mistura homogênea.
••Reconhecer mistura heterogênea.

65
 Materiais
••2 copos de vidro ••açúcar ••água
••colher de chá ••óleo
Desenvolvimento
Mistura homogênea
3
a ) Encha o copo com água até cerca de ​ __
4 ​de seu volume.
b ) Adicione uma colher com açúcar à água do copo e misture bem.
Mistura heterogênea
c ) Encha o copo com água até cerca de metade de seu volume.
3
d ) Adicione óleo à água do copo até cerca de ​ __4 ​de seu volume e misture bem.

Comentários
••Faça um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos e, com base neles,
leve-os a construir os conceitos científicos presentes na atividade.
••Ao realizar a etapa b e d, peça aos alunos que observem o que acontece com o
açúcar e o óleo adicionados à água do copo. Peça a eles que, no caso do item b,
identifiquem o soluto e o solvente envolvidos nessa situação.
••Questione os alunos sobre o aspecto das misturas e se é possível diferenciar as
substâncias que as compõem. Leve-os a classificá-las em mistura homogênea e
heterogênea.
••Solicite aos alunos que identifiquem o número de fases observadas em cada uma
das misturas produzidas.

P. 128 e 129 Atividades

Respostas

1.
a ) Mistura homogênea é aquela constituída por
duas ou mais substâncias que, quando mistura-
das, não podem ser distinguidas a olho nu ou
4. Resposta pessoal. A parte inferior das barragens
com o auxílio de microscópios, pois elas apre-
sentam um aspecto uniforme.
b ) Mistura heterogênea é aquela constituída por
duas ou mais substâncias que, ao serem mistu-
radas, geralmente podem ser distinguidas a
olho nu ou com o auxílio de microscópios, pois
elas apresentam aspectos distintos.
2. Resposta pessoal. Entre as propriedades da água
podemos citar a capacidade de dissolver substân-
5. a ) Na base do recipiente 1, pois sobre ela há uma
cias, a qual permite que ela participe de diversas
reações químicas nos organismos e do transporte
de substâncias pelo corpo.
3. Resposta pessoal. A força de atração entre as
moléculas de água na superfície do líquido torna a
superfície semelhante a uma membrana elástica,
possibilitando que alguns insetos leves, por exem-
plo, caminhem sobre a água.
geralmente é mais espessa, pois, quanto mais
profundo encontra-se um corpo, maior é a pres-
são exercida pela água sobre ele. Dessa manei-
ra, a base da barreira sofre mais pressão que a
parte superior. Assim, uma parede mais espes-
sa reduz as chances de rompimento da barra-
gem.
coluna maior de água.
b ) Espera-se que os alunos concluam que o recipiente 1
irá perder parte de sua água para o recipiente 2, que
passará a ter uma quantidade maior de água em
relação à sua situação inicial. Assim, as quantida-

66
 des de água nos dois recipientes serão as
mesmas, igualando as pressões.
6. A: pressão; B: adaptações.
7.
a ) Uma mistura heterogênea.
b ) O óleo não se dissolve na água e, por isso, o
petróleo forma uma camada diferenciada sobre
a sua superfície. As barreiras impedem que a
mancha de óleo se espalhe para outras áreas
por causa da ação dos ventos ou do movimen-
to das águas.
c ) Resposta pessoal. O vazamento de petróleo no
golfo do México durou 87 dias e teve consequên-
cias imediatas e de longo prazo, as quais ainda
não são totalmente conhecidas e se estendem
desde o mar até a zona costeira. Além da morte de
11 funcionários da plataforma, houve a morte
de muitos peixes, mamíferos, aves, invertebra-
dos e de seres microscópicos. Muitos animais
tiveram os corpos cobertos de óleo, como as
tartarugas marinhas, os golfinhos e as aves
marinhas, em especial o pelicano-marrom, ave
característica dessa região. A presença de óleo
nesse ambiente causou aumento do número de
encalhes de golfinhos e tartarugas marinhas e
redução do crescimento de corais. É possível
que todos esses eventos tenham causado um
desequilíbrio na cadeia alimentar. Os efeitos
negativos provocados pelo desastre do golfo do
México persistem no ambiente, mesmo depois
P. 129
Verificando rota
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos verifi- 2.
quem suas respostas e, se necessário, corrijam ou
complementem-nas, citando que a água que
chega ao solo pode atingir rios e lagos, contribuin-
do para manter o volume de água nesses locais.
Além disso, parte da água que fica retida no solo é
absorvida por plantas e utilizada por animais,
outra parte irá compor as águas subterrâneas. Na 3.
questão 2, os alunos possivelmente responderam
que existe água no solo e nas plantas mostradas
na fotografia, além da água da chuva.
de a mancha de óleo ter se dissipado. Isso se
4
UNIDADE
deve à grande quantidade de poluentes que se
dispersou na água e atingiu regiões mais
profundas do oceano, onde pode ter ficado
incrustada nas rochas ou nos sedimentos, agin-
do como potencial fonte de contaminação.
Pesquisas realizadas com alguns peixes jovens
da região mostraram que muitos nasceram com
deformações anatômicas e problemas fisiológi-
cos, como arritmias cardíacas, causando a morte
prematura de muitos deles. Além disso, muitos
animais apresentaram problemas de desenvolvi-
mento e câncer na fase adulta. Como as manchas
de óleo atingiram regiões costeiras, houve inter-
ferência na taxa de reprodução de muitos orga-
nismos. É também necessário lembrar que a
poluição do ambiente afetou os setores pesquei-
ro e turístico da região. Embora atualmente as
espécies da região sejam consideradas seguras
para o consumo humano, por um dado tempo
seu consumo foi proibido devido à acumulação
de poluentes em seus tecidos. Isso mostra que
desastres como o do golfo do México podem
também interferir na saúde pública local. Não se
sabe ao certo quais as consequências ambientais
desse desastre. Por isso, estudos ainda são realiza-
dos na região para determinar qual a amplitude
dos efeitos causados por esse evento.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos verifiquem
suas respostas e, se necessário, corrijam ou comple-
mentem-nas, abordando que a diferença entre a distân-
cia atingida pelos jatos de água se deve à diferença da
altura da coluna de água sobre a região de cada orifício.
Quanto maior a coluna de água, maior será a pressão
da água sobre cada região.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos verifi-
quem suas respostas e, se necessário, corrijam ou
complementem-nas, relacionando o caminhar do
inseto sobre a água à tensão superficial do líquido.
67
 Ampliando
fronteiras Água virtual: o consumo
P. 130 e 131
que você não vê
Além da água que consumimos diretamente em diversas atividades do
nosso cotidiano, como tomar banho, lavar louça e beber, grande quantidade de
água é consumida indiretamente na produção de diversos produtos. O assunto
abordado nesta seção é relativamente novo no Brasil. Por isso, possivelmente
poucos alunos já ouviram falar sobre ele. Nesta seção ainda é trabalhado tema
convergente Ambiente e Sustentabilidade.

Objetivos
••Conhecer o conceito de água virtual.
•• Conscientizar os alunos com relação à grande quantidade de água consumida em
nosso cotidiano.
••Conhecer a quantidade de água virtual de alguns produtos.
Comentário
••Para apresentar mais informações sobre esse assunto aos alunos, leia o
texto seguir.
O termo água virtual foi proposto pelo geógrafo britânico Tony Allan (1937-),
em 1993, e se refere à água gasta durante a produção de uma mercadoria ou
a execução de um serviço. Chamamos de virtual porque ela não é comumente
vista, mas é utilizada.
Por exemplo, quando pensamos sobre o cultivo de cereais, a água virtual
representa a quantidade de água utilizada no cultivo em relação à produção
total. No entanto, o gasto da água virtual não para por aí, é necessário calcular
toda a água envolvida no processo completo de produção dos cereais, ou seja,
até eles estarem disponíveis para consumo.
Muitos países consomem água virtual de outros países em produtos que
importam, e essa transferência geralmente ocorre de países com abundância
de água para outros com escassez. Por exemplo, a China é um país que não
apresenta recurso hídrico suficiente para produ-
ção de soja, entretanto ela importa cerca de 18
milhões de toneladas de soja por ano e, com isso,
45 bilhões de litros de água virtual.

68
 4
O Brasil está entre os cinco maiores exportadores de água virtual. Para se

UNIDADE
ter uma ideia, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Expor-
tadoras de carne, no primeiro semestre de 2016 foram exportados 736 mil
toneladas de carne. Com base no índice de 15,5 mil litros de água para cada
quilograma de carne, chega-se à constatação que foram exportadas quase 11,5
trilhões de litros de água virtual nesse processo.
Assim, fica evidente o grande gasto de água para a produção de uma
mercadoria.
Mas por que pensar na água virtual é importante?
A humanidade vivencia uma crise hídrica, sendo necessária uma reflexão
sobre o uso adequado de água.
A conscientização em relação à existência da água virtual é importante para
refletirmos ao contratar ou oferecer um serviço ou ao adquirir uma mercado-
ria. Um processo que use menos água se torna mais interessante. Esse aspecto
deve ser levado em conta em prol de um modelo de consumo mais sustentável
e consciente, na tentativa de diminuir os impactos ambientais.
Respostas Acesse
1.
Resposta pessoal. Sabesp.
2.
Resposta pessoal. Água virtual é a quantidade de <http://site.sabesp.com.br/site/fale-conosco/
água utilizada para a produção de determinado faq.aspx?secaoId=134&cid=27>. Acesso em: 14
produto. Espera-se que os alunos respondam que jun. 2016.
os dados apresentados nestas páginas ajudam a The Water Footprint Network.
refletir sobre nossos hábitos de consumo e também
<http://waterfootprint.org/en/water-footprint/
a criar e aprimorar técnicas e iniciativas que visem
personal-water-footprint>. Acesso em: 14 jun.
diminuir o gasto de água durante o processo de 2016.
produção das indústrias, agricultura e pecuária.
People without access to water (urban).
3.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon-
<www.josephbergen.com/viz/water>. Acesso em:
dam que sim, pois a água é um bem escasso e,
14 jun. 2016.
diante da crise hídrica que muitas regiões do mundo
enfrentam, é preciso poupar esse bem natural,
essencial à sobrevivência dos seres vivos.
4.
Resposta pessoal.
5.
Resposta pessoal. É importante que os alunos apresen-
tem situações do cotidiano em que desperdiçamos
produtos como alimentos, papel, lápis, canetas, equipa-
mentos eletrônicos que ainda poderiam ser utiliza-
dos. Os alunos devem propor situações alternativas
para evitar o desperdício, como evitar a troca de
equipamentos e materiais que ainda estão em boas
condições de uso.
6.
Resposta pessoal.
Raul Aguiar

69
UNIDADE

5 Tratamento de
água e esgoto

Objetivos Conceitos

• Identificar as principais fontes de • Importância da água no

água para consumo humano. seres vivos.
• Conhecer as etapas de tratamento • Fontes de água.
CAPÍTULO

13 Tratamento de água em uma estação de • Estação de Tratamento

tratamento.
de água da Água.
• Entender como deve ser realizado • Tratamento doméstico
o tratamento doméstico da água. da água.
CAPÍTULO

14 Tratamento • Conhecer as etapas de tratamento

de esgoto em uma estação de
• Esgoto.
de esgoto tratamento.
• Estação de Tratamento
do Esgoto.
• Diferenciar fossas sépticas de • Fossa séptica e fossa seca.
fossas secas.
• Doenças relacionadas à
• Conhecer algumas doenças água contaminada.
relacionadas à água.
• Conhecer alguns cuidados para
prevenir a dengue.

P. 132 e 133 Abertura da unidade

•• O Chafariz de Cauda da Boa
Morte foi construído em alve-
naria de pedra e apresenta
detalhes em pedra-sabão e
volutas em estilo rococó. Há
um escudo na parte supe-
rior feito de pedra-sabão, em
que é possível ler: “Mandada
fazer pela Câmara desta Vila,
sendo o Governador e Capitão
General Ilustríssimo José de
Almeida Vasconcelos Sove-
ral e Carvalho e Ovd. Geral o
Desembargador Antonio José
de Almeida. Ano de 1778”. Em
sua parte central, há bicas que
forneciam água para a popula-
ção do município, e sua parte
externa apresentava coxos
destinados aos animais. Sua decoração é composta por elementos característicos do
rococó, e os pináculos se apresentam com desenhos individualizados, devido à sua
posição no monumento. Ao redor do chafariz, há espaços que serviam de bancos para
as pessoas que buscavam água ou mesmo para os que transitavam por ali.

70
 ••As páginas de abertura trazem a imagem de um chafariz localizado no estado de

5
Goiás. Explique aos alunos que o Chafariz de Cauda da Boa Morte recebe esse

UNIDADE
nome por estar localizado próximo à Capela da Boa Morte e pelo fato de seu aque-
duto ser semelhante a uma cauda.
••Caso não haja chafariz no município em que residem, explique aos alunos que
chafariz é uma obra geralmente feita de alvenaria e contém uma ou mais bicas por
onde corre a água vinda de uma fonte ou de encanamento. Antigamente, os chafa-
rizes costumavam funcionar como bebedouros para a população e para os animais.
Atualmente, essas construções estão associadas à ornamentação.
A presença do chafariz nessas páginas introduz o assunto Tratamento de água e
esgoto, que será estudado nessa unidade. A água é um recurso fundamental à vida
e, por isso, deve ser bem utilizada para que todos tenham acesso a ela.
Respostas
1.
Espera-se que os alunos especulem sobre os e assumiram funções ornamentais. Muitos deles
processos que eram utilizados na captação e na possuem mecanismos que captam a água que jorra
distribuição de água e que reconheçam que ela fazendo-a retornar à fonte, o que reduz o desperdício.
não passava por nenhum sistema de tratamento. 3. Resposta pessoal. Os alunos podem citar que a
água que abastece a população, em geral, é captada
Por outro lado, eles podem sugerir que as águas
de alguma fonte (rio, lago ou mina), transportada
dos rios eram menos poluídas naquela época. por meio de encanamentos até as estações de
2. Com o desenvolvimento das técnicas de captação e tratamento, conduzida e armazenada em reserva-
distribuição de água para os domicílios, os chafari- tórios, para então ser distribuída às residências e
zes modernos perderam a função de abastecimento demais estabelecimentos consumidores.

CAPÍTULO
13 Tratamento de água
P. 134 ••O capítulo se inicia com uma tirinha relacionada à qualidade da água. Faça oral-
mente a interpretação desse recurso com os alunos. Questione-os sobre a impor-
tância de termos acesso à água de qualidade.
••Explique aos alunos que a água é um recurso necessário não apenas aos seres
humanos, mas também a todos os seres vivos. Diga-lhes que muitos organismos
vivem na água e que alguns deles dependem dela durante o seu período reprodu-
tivo. A presença de alguns microrganismos na água é normal e, em alguns casos,
pode ser um indício de que ela é própria para o consumo. Porém, há muitas situa-
ções em que esses microrganismos podem trazer prejuízos à saúde e, por isso, a
água deve ser tratada antes de ser consumida.
••No caso da tirinha, enfatize que as moscas e os mosquitos são exemplos de seres
vivos que utilizam esse recurso para se reproduzir e manter seu ciclo de vida. Rela-
cione a tirinha a exemplos de doenças transmitidas por mosquitos que utilizam
corpos-d’água para postura de ovos. Pode-se pensar em doenças como dengue,
zika, febre chikungunya, malária, entre outras. Todas elas são veiculadas por
mosquitos que apresentam essa característica.
••Se achar conveniente, peça aos alunos que pesquisem reportagens com informa-
ções sobre essas doenças e os riscos relacionados a elas. Explique também como
podemos nos prevenir delas.
p. 135 a 137 ••Explique aos alunos que a água que consumimos deve passar por um rigoroso
tratamento de filtragem e desinfecção. Esse tratamento é realizado nas Estações
de Tratamento de Água (ETAs) e está sob responsabilidade municipal ou estadual.
Realize as atividades sugeridas na página 135 e inclua a pergunta: a água que chega
até sua residência é tratada? Se sim, onde ocorre esse tratamento? Caso os alunos
não saibam responder, peça que pesquisem essas informações. Elas podem ser
retiradas do site da Sabesp, indicado a seguir.

71
 Acesse
SABESP. Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo.
<http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=47>.
Acesso em: 2 jun. 2016.

••Enfatize que nem sempre a água de um rio que tenha a aparência límpida é potável.
••Trabalhe o esquema das páginas 136 e 137, o qual apresenta as etapas do trata-
mento de água em uma estação.
••Caso seja possível acessar a internet com os alunos, em uma sala de informática
ou em outro equipamento que reproduza a imagem para todos, acesse os sites a
seguir e apresente as animações sugeridas.

Acesse
SABESP Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo.
<www.sabesp.com.br/sabesp/filesmng.
nsf/660DB0F559B151C88325734600527C38/
$File/ciclo_saneamento.swf>. Acesso em: 2 jun. 2016.
MEC ‑ Ministério da Educação.
<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/
mec/5035/index.html?
sequence=8>. Acesso em: 22 jun. 2016.

Atividade complementar Visita e Pesquisa

Promova uma visita à estação de tratamento de água que abastece o município

em que os alunos moram. É necessário pedir autorização aos pais ou responsáveis
pelos alunos, verificar a disponibilidade da estação de tratamento em receber a visi-
ta e pedir permissão e colaboração da direção da escola para a realização da ativi-
dade, principalmente em relação ao transporte dos alunos. O mesmo procedimento
pode ser adotado para uma visita a uma estação de tratamento de esgoto, se houver
alguma na região.
Caso a escola possua computadores com acesso à internet, realize com os alunos
uma pesquisa direcionada, a fim de obter mais informações sobre o tratamento de
água e de esgoto realizado na região em que moram. Essa atividade vai depender
de as empresas responsáveis por esses serviços disponibilizarem um site com essas
informações.
É importante conhecer a instituição responsável pelo tratamento da água que
chega às casas, pois dessa maneira facilita-se o contato em casos de emergência
ou necessidade, como informações sobre interrupção de abastecimento, tubulação
pública com vazamentos, entre outras.
Ressalte o porquê de se manter limpa e em boas condições a caixa-d’água e
as tubulações para a água nas residências. Em muitos municípios, há empresas e
profissionais especializados na limpeza de caixas-d’água, no entanto, é comum os
próprios moradores fazerem isso.
Peça aos alunos que ilustrem as etapas do processo de tratamento de água do
município, mostrando desde a captação da água até sua chegada às residências.

72
 Comente com os alunos que as águas de Acesse

5
efluentes podem ser contaminadas com metais

UNIDADE
Para obter mais informações
pesados, principalmente pelo descarte incorreto sobre limpeza e desinfecção de
de resíduos industriais. Esses metais pesados caixas-d’água, acesse a cartilha
são prejudiciais à saúde humana e ameaçam de orientações do Ministério da
o equilíbrio do ecossistema. Existem alguns Saúde.
processos no tratamento de água para a retirada Ministério da Saúde. Instruções
desses materiais, como a filtração por membra- para limpeza e desinfecção da
na, a oxidação, a precipitação, a troca iônica e a caixa-d’água.
adsorção. Entre esses processos, a adsorção é o <http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/folder/instrucoes_limpeza_
mais efetivo, além de apresentar baixo custo. caixas_dagua_2011.pdf>.
Acesso em: 22 jun. 2015.

P. 138 ••Os filtros domésticos são importantes para reter as impurezas que entram em
contato com a água durante sua distribuição. Há diferentes tipos de filtros, e a
maioria tem como objetivo a remoção de material particulado e, em alguns casos,
a remoção de cloro residual livre, proveniente do sistema de tratamento. Veja abaixo
alguns exemplos de filtros domésticos.

•• O filtro de barro é um dos sistemas de ••Os filtros mais recentes ••Os filtros de pressão,
filtração mais eficientes. Ele possui um contêm, entre os diferentemente dos filtros
elemento filtrante de alta porosidade componentes da vela, de barro, são ligados à rede
chamado vela, que retém partículas a prata coloidal como pública de abastecimento.
consideradas grandes. Esse tipo de filtro um agente bactericida Assim, não utilizam apenas
realiza a filtração da seguinte maneira: a eficaz contra alguns a gravidade para realizar o
água que está parada na parte superior microrganismos. Com
processo de filtragem, mas
passa para a outra câmara pela força o tempo, algumas
também a pressão da água
da gravidade. Como o fluxo de água é bactérias desenvolvem
lento, é necessário que os poros da vela uma película denominada da rede. Isso torna possível
sejam relativamente grandes, o que pode biofilme junto às paredes a passagem da água por
prejudicar a filtragem de partículas muito do filtro, por isso se faz um filtro que apresenta
pequenas. Os filtros de barro também necessária a lavagem do poros menores, retendo,
são eficientes para diminuir um pouco a filtro periodicamente com consequentemente,
temperatura da água. água corrente. partículas mais finas.

Diga aos alunos que os filtros utilizam a técnica de filtração na qual a água passa
por um elemento filtrante que retém as partículas maiores que sua porosidade. Os
elementos filtrantes podem ser desde uma vela de cerâmica até combinações de
compostos como areia, cascalho e carvão.
•• Para desinfeccionar a água é adicionado cloro residual livre durante o tratamento na
ETA. No entanto, alguns filtros apresentam elementos capazes de eliminar esse cloro,
como o carvão ativado. Esses equipamentos necessitam de manutenção periódica.
••Filtros como o da fotografia da página 138 apresentam um sistema chamado
Hollow Faber, que contém membranas ultrafinas capazes de aprisionar partículas
bem pequenas e bactérias, promovendo a desinfecção.
Acesse
Para mais informações sobre filtros de barro, acesse o site a seguir.
PATRIOTA, Patrícia. Pesquisa indica filtro de barro brasileiro como mais eficiente do
mundo. Ambiental sustentável.
<http://ambientalsustentavel.org/2013/pesquisa-indica-filtro-de-barro-brasileiro-
como-mais-eficiente-do-mundo/>. Acesso em: 2 jun. 2016.

••Aproveite o momento para realizar a Atividade 6 do caderno Na Prática.

73
 P. 139 ••Nessa página é apresentado um tipo de filtro portátil. Esclareça que nanotecnolo-
gia é a tecnologia que trabalha em escala nanométrica.
••Explique aos alunos que 1 nanômetro é uma medida um milhão de vezes menor
que 1 milímetro. Peça aos alunos que verifiquem em uma régua o tamanho de um
milímetro. Esse assunto pode ser relacionado ao sistema de medidas, trabalhado
na disciplina de Matemática.

P. 140 e 141 Atividades

Respostas
1.
Resposta pessoal. Os alunos podem citar rios, • 43 mil litros de água potável são produzidos em
riachos e lagos, mares e oceanos. 1 segundo.
2. As águas subterrâneas são provenientes da água • Assim,
das chuvas que se infiltram no solo, especialmente 43 000 1
= = 154 800 000
em áreas onde o solo é mais arenoso. Ao atingi- x 3 600
rem regiões impermeáveis do subsolo, essas 7. As águas superficiais, em geral, contêm mais
águas se acumulam e formam as reservas de água impurezas, já que as águas subterrâneas passam
subterrâneas. por um filtro natural, que é o próprio solo. Dessa
3. As Estações de Tratamento de Água são sistemas maneira, parte das impurezas presentes nessas
que captam água da natureza e realizam proces- águas é filtrada e não chega aos lençóis subterrâ-
sos de filtragem e desinfecção a fim de torná-la neos.
potável. Esses processos são importantes, pois 8. a ) Resposta pessoal. A resposta a esta questão
eliminam impurezas, substâncias e microrganis- depende das informações contidas na fatura da
mos prejudiciais à saúde. residência em que o aluno mora. Auxilie-os na
4. O tratamento doméstico da água pode ser feito pela filtra- realização do cálculo.
ção e pela desinfecção. A filtração utiliza filtros para remo- Considerando que cada m3 corresponde a
ver as impurezas da água. A desinfecção pode ser feita 1 000 litros, peça para os alunos realizarem o
pela fervura, por um período de vinte minutos, ou pela cálculo da seguinte maneira:
adição de hipoclorito de sódio, duas gotas para cada litro
de água. Os dois processos de desinfecção têm a finalida- consumo/m3 ? 1 000
de de eliminar agentes causadores de doenças, no entan- dias de consumo
to, nenhum deles elimina substâncias tóxicas.
Utilize os dados dos campos “consumo/m3” e
5. As caixas-d’água devem ser limpas periodicamen- “dias de consumo” presentes na fatura de água.
te e mantidas sempre fechadas, para evitar o O resultado obtido será a quantidade média de
contato com animais, microrganismos e substân- litros de água gastos por dia na residência.
cias nocivas.
b ) Resposta pessoal. A resposta a essa questão
6. a ) As principais etapas de tratamento da água depende da informação contida na fatura da
são: adição de substâncias químicas (cloro, residência em que o aluno mora. Auxilie-os na
sulfato de alumínio e cal), floculação, decanta- realização do cálculo.
ção, filtração, desinfecção e fluoretação (adição
de flúor para prevenção da cárie dental). consumo soma do consumo
b ) É importante consumir água tratada, pois durante 2
do mês dos últimos 5 meses
o processo de tratamento são eliminadas impure-
5
zas, substâncias nocivas e microrganismos que
podem prejudicar a saúde das pessoas.
c ) Serão produzidos, em uma hora, 154 milhões e c ) Resposta pessoal. Algumas alternativas para a
800 mil litros de água potável. Espera-se que redução do consumo são: diminuir o tempo
os alunos resolvam esta questão por meio de gasto no banho; fechar a torneira enquanto
uma regra de três simples. Veja a seguir. escovar os dentes ou lavar a louça; reaproveitar
Dados: a água da chuva para lavar calçada, entre outras
• 1 minuto corresponde a 60 segundos. medidas.
• 60 minutos (1 hora) corresponde a 3 600 segundos. 9. A - V; B - IV; C - I; D - III; E - II.

74
 10. a ) Cloro. impurezas, evitando danos à saúde da popula-

5
ção. Além disso, a distribuição garante o abas-

b ) Espera-se que os alunos percebam que o filtro
mostrado na imagem é de barro. O filtro de
barro brasileiro é considerado um dos mais
eficientes, porém ele não garante a retenção de
todos os microrganismos. Recomenda-se que,
além da filtração, a água seja fervida, pois esse
processo mata os microrganismos.
c ) Resposta pessoal. Os alunos podem citar hepa-
tite A e doenças diarreicas, como a cólera e a
amebíase.
d ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
respondam que o tratamento retira da água as
UNIDADE
tecimento de água nas casas e, garantindo o
uso desse recurso para atender às necessida-
des básicas da população, como a higiene
pessoal e a limpeza e o preparo dos alimentos.
11. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos perce-
bam que o acompanhamento médico é importan-
te, porque médico é o profissional capacitado e
habilitado a identificar exatamente a doença, com
base na análise dos sintomas apresentados pelo
paciente e dos exames específicos. Além disso,
somente o médico poderá indicar o tratamento
adequado para a doença.

CAPÍTULO
14 Tratamento de esgoto
P. 142 ••Ao trabalhar este tema, explique aos alunos que a destinação inadequada do esgo-
to em rios, lagos ou zona costeira pode provocar um problema chamado eutrofiza-
ção. Nessa situação, a alta quantidade de matéria orgânica favorece o crescimento
populacional de bactérias e algas, o que causa desequilíbrio no ambiente e pode
provocar a morte da fauna aquática. Ademais, a presença de um sistema de trata-
mento de esgoto é essencial para evitar a disseminação de doenças.
P. 143 ••Ao trabalhar as Estações de Tratamento de Esgoto, se possível, acesse com os
alunos o site da Sabesp. Nele, vocês poderão encontrar animações representando
as etapas de tratamento do esgoto e da água, de maneira mais detalhada que a
Acesse
apresentada no livro do aluno.

SABESP. Tratamento de esgotos.
<http://site.sabesp.com.br/site/
interna/Default.aspx?secaoId=49>.
Acesso em: 14 jun. 2016.
SABESP. Tratamento de água.
<http://site.sabesp.com.br/site/
interna/Default.aspx?secaoId=47>.
Acesso em: 14 jun. 2016.
••Deixe claro que os pontos de captação da ETA e de lançamento
da ETE nos rios não podem ser próximos; o ideal é que o esgoto
tratado seja lançado em corpos-d’água distintos de onde ocorre
a captação do ETA, para reduzir o risco de contaminação.
••Ao final da explicação desta página, peça que os alunos produ-
zam, em seu caderno, um quadro comparativo entre ETA e
ETE, como o apresentado a seguir. O objetivo desse quadro é
detalhar mais as etapas das ETAs e ETEs, possibilitando reali-
zar uma comparação entre os dois tipos de estações.

Caracterizando as ETAs e as ETEs

ETA ETE
Função Produção de água potável Remoção de poluentes
Pré-cloracão; Fase líquida: Fase sólida:
Pré-alcalinização; Grades; Entrada dos lodos;
Coagulação;
Floculação; Caixa de areia; Adensadores;
Etapas Decantação; Decantador primário; Flotadores;
Filtração; Tanque de aeração; Digestadores;
Pós-alcalinização;
Desinfecção; Decantador secundário; Filtros-prensa;
Fluoretação. Corpos d’água. Aterro sanitário.

75
 P. 145 ••O consumo de água sem tratamento é um risco à saúde, pois, muitas vezes, apesar
de estar com a aparência límpida, a água pode conter poluentes químicos ou para-
sitas, que não são perceptíveis a olho nu. Por isso, não é recomendado ingerir água
diretamente de rios e lagos. No caso da esquistossomose, doença apresentada
nessa página, deve-se evitar também o banho em corpos-d’água onde existam
caramujos. Mencione que há outros parasitas que vivem na água.

Atividade complementar Cartaz

Organize os alunos em grupos de cinco integrantes e peça que cada grupo

pesquise uma das seguintes doenças: cólera, dengue; filariose; febre tifoide; giardíase;
hepatite A. Caso seja necessário, repita alguma doença para que todos os grupos
tenham temas.
Cada grupo deverá pesquisar o agente causador, o modo de transmissão, os
sintomas, a participação da água no ciclo de transmissão e os modos de prevenção
da doença.
Solicite que cada grupo esquematize um cartaz com essas informações e, quan-
do finalizado, apresente-o para a turma.
Acesse
Sugira os seguintes endereços para a pesquisa.
FIOCRUZ. Fundação Oswaldo Cruz.
<www.aguabrasil.icict.fiocruz.br/index.php?pag=doe>.
Acesso em: 22 jun. 2016.
SANEP. Sistema Autônomo de Saneamento de Pelotas.
<www.pelotas.rs.gov.br/sanep/informe/agua-e-saude/doencas-que-podem-
ser-transmitidas-pela-agua/>. Acesso em: 22 jun. 2016.
CIVES. Centro de Informação em Saúde para Viajantes.
<www.cives.ufrj.br/informacao/viagem/protecao/dta-iv.html>.
Acesso em: 22 jun. 2016.

Valores
em ação Dengue: é preciso ter compromisso
P. 146 Ao trabalhar esta seção, explique aos alunos que o Aedes aegypti é o responsável
por transmitir os vírus que causam a dengue, a febre chikungunya e a zika.
Objetivos com água parada, preferencialmente limpa,
como vasos de flores, calhas e caixas-d’água.
••Conscientizar os alunos do papel da população
no combate ao mosquito A. aegypti. ••Existem dois tipos principais de dengue: a clás-
sica e a hemorrágica.
••Verificar que a prevenção é a melhor forma de
combater o mosquito A. aegypti. Dengue clássica Dengue hemorrágica
Comentários Os principais sintomas É a forma mais grave
são febre alta, tonturas, da doença, pois, além
••O Aedes aegypti possui corpo e pernas pretos manchas avermelhadas dos sintomas da dengue
com listras brancas. Em geral, esse mosquito é na pele, náuseas, clássica, pode causar
mais ativo durante o dia, quando a fêmea pica o vômitos, além de dores hemorragias, dores
ser humano e outros animais. Apenas as fêmeas no corpo, nos ossos e abdominais fortes e
transmitem o vírus da dengue porque elas se nas articulações, atrás contínuas e vômito
alimentam de sangue, enquanto os machos dos olhos e na cabeça. persistente. Caso não seja
se alimentam de néctar e seiva. As fêmeas de Em geral, não oferece tratada adequadamente,
risco de morte. pode levar à morte.
Aedes aegypti depositam seus ovos em locais

76
 •• A manifestação de um ou outro tipo de dengue vai ••Se achar conveniente, organize os alunos em

5
UNIDADE
depender do vírus com o qual a pessoa se conta- grupos e solicite que pesquisem informações
minou, além das características próprias de cada sobre essas viroses, como a forma de contágio,
organismo. Em geral, o risco de ocorrer a dengue os sintomas e o tratamento.
hemorrágica é maior na segunda infecção.
Respostas
1. Resposta pessoal. 3. Resposta pessoal. Os alunos podem citar ações
2. Resposta pessoal. Os alunos podem responder como uma maior fiscalização por órgãos do gover-
que a prevenção é um compromisso de todos, no, com a aplicação de multas para as pessoas
pois toda a população deve contribuir, não deixan- que mantiverem focos do mosquito em suas resi-
do água parada, conscientizando familiares e vizi- dências, entre outras medidas.
nhos, recebendo os agentes de saúde em sua resi-
dência, entre outras atitudes.

P. 147 a 149 Atividades

Respostas

1.
Em geral, o esgoto doméstico é formado por uma decompõem a matéria orgânica, contribuindo
mistura de água, detergentes, sabonetes, fezes, para a e formação do lodo. A porção líquida é
urina, restos de alimentos, entre outros itens. então despejada em um corpo-d’água, geralmente
2. A destinação mais apropriada são as Estações de um rio ou mar.
Tratamento de Esgoto. Em locais onde não há 5. a ) A distância mantida entre a fossa séptica e o
coleta e tratamento de esgoto, é necessário o uso poço é essencial para evitar a contaminação da
de fossas sépticas. Esses destinos impedem que o água que será captada para uso doméstico. Em
esgoto seja lançado diretamente no solo ou em uma fossa séptica, o esgoto doméstico fica em
corpos-d’água, evitando assim a contaminação do contato com o solo no sumidouro, permitindo
ambiente. que a parte líquida do esgoto infiltre no solo.
3. A contaminação e poluição da água e do solo, que Essa infiltração, quando próxima dos poços,
podem causar problemas como a morte de seres pode contaminar suas águas.
vivos que habitam esses locais. A contaminação b ) Deve-se tomar algumas medidas de prevenção
da água e do solo por agentes patogênicos é para águas retiradas de poços, como filtrá-las e
responsável pela disseminação de doenças, e a adicionar cloro ou fervê-las.
presença de substâncias tóxicas também podem 6. a ) As ligações clandestinas podem causar a
comprometer a saúde das pessoas. contaminação ou a poluição de rios, mares ou
4. O tratamento do esgoto consiste, basicamente, de locais onde a água coletada for lançada. Isso
em um sistema de grades e nos processos de ocorre porque, ao despejar clandestinamente o
desarenação, decantação e aeração. Assim que o esgoto nas redes pluviais, este não passa pelas
esgoto chega à ETE, as grades retêm os resíduos estações de tratamento de esgoto, misturando-
sólidos, como madeira, plástico, vidro e pequenos se à água das chuvas e sendo lançado direta-
objetos. Em seguida, o esgoto é encaminhado aos mente no ambiente.
tanques de desarenação para que areia, pequenas b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
rochas e argila sejam depositadas no fundo do respondam que esse fato ajuda a prevenir
tanque e possam ser removidas. Após o processo enchentes e outros problemas relacionados ao
de desarenação, inicia-se a decantação. Nesse excesso e ao acúmulo de água em locais mais
processo, os resíduos sólidos em suspensão na urbanizados. Além disso, a água proveniente da
água são sedimentados e depositados no fundo chuva, quando exposta, pode ser contaminada
dos decantadores. Dessa etapa, o líquido é enca- e transmitir doenças.
minhado a outros tanques para o processo de c ) Esses resíduos tendem a se misturar com a
aeração. Nesta fase, microrganismos usam o gás água das chuvas e são lançados nas redes
oxigênio para realizar reações químicas que pluviais. Desse modo, eles podem contaminar

77
 rios, mares e lagos, ao serem destinados a
corpos-d’água. Além disso, o acúmulo de resí- b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
duos sólidos pode entupir bueiros e provocar
alagamentos.
7. a ) O vírus que causa a dengue é transmitido por
meio da picada do mosquito Aedes aegypti.
b ) A região Sudeste apresentou o maior número
de casos em ambos os anos.
c ) A região Norte, com redução de 1  171 casos de c ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
2013 para 2014.
d ) A população pode adotar medidas que visam
diminuir o número de criadouros do mosquito
transmissor, evitando deixar água parada em
recipientes expostos ao ambiente. Também
pode utilizar repelentes para evitar a picada do
mosquito fêmea.
8. a ) Leptospirose – bactéria.
b ) Aeração – matéria orgânica.
c ) Fossas sépticas.
d ) Barriga-d’água – Schistosoma mansoni
e ) Amebíase.
f ) Fossa seca.
g ) Industrial.
9. a ) A região Norte é a que apresenta menor taxa,
com apenas 14,4 % de esgoto gerado e tratado.
respondam que a coleta e o tratamento do
esgoto gerado no Brasil não são satisfatórios.
Em todas as regiões menos da metade da
população é atendida por esse serviço. A região
Norte, por exemplo, apresenta um índice abai-
xo de 15%.
respondam que sim. A baixa cobertura de
redes de esgoto no Brasil faz que grande quan-
tidade de dejetos humanos, como fezes e urina,
seja despejada diretamente no ambiente ou
destinada de forma inadequada. Esses dejetos
podem contaminar o ambiente com agentes
patogênicos, como o Schistosoma mansoni,
aumentando as chances de transmissão de
doenças.
d ) A baixa taxa de tratamento de esgoto no Brasil
pode significar a contaminação e poluição de
diversos ambientes. A presença de poluentes
altera as condições do ambiente, pode prejudi-
car os seres vivos e contribui com o aumento
dos índices de doenças, interferindo na saúde
da população.

 Aprenda mais
••Para trabalhar esta seção apresentada na página 147, caso a escola disponha de
sala de informática, oriente os alunos a acessar o site do Instituto Trata Brasil e
deixe-os navegar livremente nele, por alguns minutos. Depois, solicite-lhes que
observem a porcentagem das regiões que são atendidas com tratamento de água
e de esgoto no Brasil.
••Peça-lhes que comparem os dados de seu estado com os outros apresentados e
anotem suas conclusões a respeito daqueles que: mais tratam da água, mais tratam
do esgoto e os que mais produzem esgoto. Em seguida, oriente-os a comparar os
dados das regiões entre si, de acordo com seus conhecimentos prévios, conside-
rando a situação econômica, educacional e cultural de cada região apresentada.
••Aproveite o momento e trabalhe com os alunos a seção Ampliando fronteiras das
páginas 150 e 151. Ela traz mais informações sobre o assunto Saneamento básico.

P. 149
Verificando rota
Respostas jam ou complementem suas respostas, informan-
do corretamente de onde provém a água que
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos corri-
abastece sua residência. Caso citem as Estações
jam ou complementem suas respostas, informan-
de Tratamento de Água, espera-se que digam que
do que a distribuição de água é feita por meio de
a água proveniente dessas estações é adequada
tubulações que partem das ETAs, por meio de ao consumo humano. Caso os alunos citem que
carros-pipas, entre outras formas. utilizam água coletada diretamente de poços ou
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos corri- corpos-d’água, eles devem mencionar que é preci-

78
 so fazer um tratamento caseiro da água antes de imprópria para consumo. Após ser utilizada nas ativida-

5
consumi-la. des diárias, a água passa a fazer parte do esgoto

3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos tenham
compreendido que a água utilizada no cotidiano fica
repleta de resíduos, como detergentes, sabonetes,
fezes, urina e restos de alimentos, ou seja, torna-se
UNIDADE
doméstico, o qual, geralmente, é coletado por redes de
esgoto e encaminhado às Estações de Tratamento de
Esgoto, para posteriormente ser destinado aos cursos-
-d’água. Em outros casos, o esgoto é destinado às
fossas sépticas.

Ampliando
fronteiras Saneamento básico
P. 150 e 151 O saneamento básico é essencial para a conservação do
ambiente e o bem-estar da população. Embora seja um direi-
to assegurado pela Constituição, nem todos os cidadãos têm
acesso a esse tipo de serviço, o que interfere diretamente na
qualidade da saúde pública. Esta seção aborda o Tema Conver-
gente Cidadania.

Objetivos
••Conhecer as ações relacionadas ao saneamen-
to básico.
••Perceber que o saneamento básico é um direito
de todos.
••Aprender o conceito de cidadania.
••Questione-os sobre os direitos e deveres da
Comentários
••Trabalhe o tema Saneamento básico enfo-
cando a situação desse serviço essencial no
Brasil. Dê ênfase às estatísticas apresentadas,
especialmente as que se referem à situação
do esgoto, para que os alunos percebam que o
país ainda tem muito a fazer em relação a esse
problema.
••Para trabalhar a questão 3 proposta na seção,
comente com os alunos o conceito de cida-
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comentem
que apenas parte da população tem acesso aos servi-
ços de saneamento básico e que o maior problema
está no serviço de coleta e tratamento de esgoto.
2.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam
que sim, uma vez que a disponibilidade e o acesso ao 4. a ) Resposta pessoal.
saneamento básico é um direito previsto na Constitui- b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos apre-
ção federal, lei número 11.445, decreto de 2007.
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
respondam que sim. Uma vez que se trata
de um direito assegurado pela Constituição,
Raul Aguiar
dania. Cidadania é a condição de ser cidadão.
Cidadão é o indivíduo que pode usufruir de
seus direitos políticos e civis, garantidos por
lei, assim como deve exercer os deveres que
lhe são designados.
população. Pergunte se eles já se envolveram
com algum ato pela cobrança de seus direitos;
ressalte que este é um direito político. Escla-
reça que o saneamento básico é um direito do
cidadão, mas que parte desse processo é um
dever dele também. Depois, discuta com eles
a responsabilidade de cada setor da sociedade
diante de questões como essa e como isso se
relaciona à cidadania.
os brasileiros têm o direito de reivindicá-lo quando
não é cumprido, e a oferta desses serviços é de
responsabilidade dos governos municipais, estaduais
e federal. O cidadão também deve ajudar no que
for possível, não poluindo rios e jogando os resíduos
em locais adequados.
sentem no mural os dados sobre situação do
saneamento básico do bairro em que residem e
também sugestões de como cada cidadão pode
contribuir com a melhora desse serviço.

79
UNIDADE

6 Ar

Objetivos Conceitos

• Conhecer características de • Atmosfera terrestre.

cada camada da atmosfera. • Camadas da atmosfera.
Atmosfera
CAPÍTULO

15 terrestre
• Reconhecer a importância da
camada de ozônio.
• Camada de ozônio.

• Conhecer alguns experimentos • Composição do ar.

CAPÍTULO

16 Componentes que possibilitaram a descoberta • Gases existentes na atmosfera.

do gás oxigênio.
do ar • Conhecer informações sobre
alguns dos componentes do ar.
• Entender o fenômeno natural
chamado efeito estufa.
• Conhecer algumas doenças
veiculadas pelo ar.
• Vapor de água existente no ar.
• Alguns componentes nocivos
existentes no ar.
• Efeito estufa.
• Doenças veiculadas pelo ar.

P. 152 e 153 Abertura da unidade

••Nestas páginas são apresen-

tadas situações em que é
possível perceber a existên-
cia do ar. Peça aos alunos
que citem outras situações
em que percebem a existên-
cia do ar no ambiente. Leve
para a sala de aula fotografias
de esportes em que o ar seja
essencial para sua prática.
••Peça aos alunos que inspirem
profundamente e percebam
a entrada de ar nos pulmões.
Depois, peça-lhes que colo-
quem a mão em frente ao
nariz durante a respiração
para notar a entrada e a
saída de ar. Oriente-os a colocar uma das mãos em frente à boca e soprar para
perceber a existência de ar. Com isso, eles poderão notar a relação entre o corpo
humano e o ar.
••Diga aos alunos que existem fenômenos metereológicos relacionados ao ar que
podem prejudicar os seres humanos, como tornados e furacões. Leve para a sala
de aula imagens e/ou reportagens que mostrem os resultados desses fenômenos.

80
Respostas

6
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos lógicos fica em uma camada chamada estratosfe-

UNIDADE
respondam que o ar atmosférico é composto de ra, que pode atingir 50 km de altura.
gases, como gás oxigênio, gás carbônico, gás 3. No ar está o gás oxigênio, que é necessário para a
nitrogênio, gás hélio, além de vapor de água, poei- respiração de grande parte dos seres vivos. Além
ra e outras partículas. disso, o ar também contém gás carbônico, funda-
2. Resposta pessoal. A maioria dos balões meteoro- mental para a realização da fotossíntese.

CAPÍTULO
15 Atmosfera terrestre
P. 154 ••Ao trabalhar esta página com os alunos, apresente-lhes algumas informações
sobre o artista Oscar-Claude Monet.
Fique ligado!

Oscar-Claude Monet
Oscar-Claude Monet (1840-1926) foi um pintor francês nascido em Paris e considerado um
dos precursores de um movimento artístico denominado Impressionismo. O pintor Eugène

/BR
Boudin teve grande participação no desenvolvimento de sua técnica e estilo ao encorajá-lo

/ID
a trabalhar ao ar livre e sob a luz do Sol. Aos 19 anos, Monet ingressou no Atelier Suisse

rical/Shut terstock .com

e passou a conviver em círculos vanguardistas com artistas como Manet e Coubert. Com
outros amigos artistas, Monet passava o dia em campos e bosques próximos a Paris, pintando
paisagens que mostrassem as nuances de tonalidades associadas à luz ao longo do dia.
Casou-se com a modelo Camille Doncieux e com ela teve dois filhos. No início do casamento,
eles enfrentaram muitas dificuldades financeiras, pois Monet não conseguia vender suas

H i s to
pinturas por se tratar de um estilo não prestigiado na época. Apenas quando o pintor viajou

re t t
Ev e
até Londres, para escapar da Guerra Franco-Prussiana (1870), conheceu o marchand Paul
Durand-Ruel, que começou a adquirir obras impressionistas. De volta à França, conheceu o
casal de milionários Alice e Ernest Hoschedé, que se tornou grande apreciador de sua obra.
Tanto que se casou com Alice depois de ambos ficarem viúvos. Em 1883, passou a viver com
Alice e os sete filhos (cinco dela e dois dele) em Giverny, onde pintou suas mais famosas Oscar-Claude Monet
obras, influenciadas principalmente pela impressão que teve ao contemplar as mudanças de
tons, sombras e de intensidade da luz do sol. Aos 86 anos, Monet faleceu deixando uma série de telas que são consideradas
verdadeiras obras-primas da pintura. Entre suas principais telas destacam-se Impressão, Sol Levante (1872), com pinceladas
rápidas e sutis, e Ninfeias (1916-26), uma série de obras desfocadas do final de sua vida. Em 1997, foi realizada uma grande
exposição de Monet no Museu de Arte de São Paulo. Foram expostas as 23 telas mais importantes do pintor, com um
espaço dedicado somente às crianças.

••Ao tratar do tipo de técnica utilizada na tela apresentada nesta página, explique
aos alunos que óleo sobre tela é uma técnica artística na qual o pintor utiliza óleos
vegetais para diluir pigmentos moídos. Esse tipo de pintura é caracterizado por
ter brilho, profundidade, transparência ou opacidade e, por demorar a secar, pode
ser trabalhado lentamente, o que dá ao pintor a oportunidade de retocar a tela
várias vezes. Diferentemente de outras técnicas, quando secas, as telas conservam
o brilho e a intensidade de quando estavam úmidas.

 Aprenda mais
P. 155 •• Caso os alunos tenham acesso à internet em casa, oriente-os a formar grupos para ler
a revista Atmosfera. Se achar conveniente, divida o conteúdo da revista pelo número
de grupos e distribua esses conteúdos entre eles. Cada grupo deverá apresentar aos
demais as informações de seu tema. Deixe que os alunos escolham a melhor forma de
apresentar: por meio de cartazes, apenas oralmente, com o auxílio da lousa, na forma
de uma música ou na forma de vídeo. Avalie o empenho de cada integrante do grupo.
Faça um texto avaliativo e depois entregue a cada grupo.

81
 P. 156 ••Nesta página são apresentadas as camadas da atmosfera. Ao trabalhar esse
assunto, comente com os alunos que os gases que se encontram nas camadas
mais altas da atmosfera, principalmente os gases oxigênio e nitrogênio, ionizam-se
ao serem atingidos pela radiação ultravioleta. Essas regiões ionizadas da termosfe-
ra são compostas de partículas carregadas eletricamente que têm a característica
de conduzir eletricidade, as quais permitem o aparecimento de campos magnéti-
cos ao se movimentarem. As reações de absorção da radiação ultravioleta formam
uma camada ionosférica. Sua existência ainda não havia sido confirmada até o
engenheiro italiano Guglielmo Marconi (1874-1937) usar pela primeira vez ondas
de rádio em um sistema de telégrafo. Ele observou que, quando ondas de rádio
transmitidas da Terra esbarravam em uma camada de partículas carregadas eletri-
camente, elas eram refletidas e voltavam à Terra, podendo ser captadas.
Em 1896, Guglielmo Marconi patenteou um sistema de telégrafo que funcionava
enviando ondas de rádio pelo ar, sem o uso de fios entre os equipamentos de emis-
são e recepção. Essa técnica ficou conhecida como telegrafia sem fio.

P. 158 Atividades
Respostas

1.
A atmosfera pode ser dividida em cinco camadas: 5.
a ) Entre os anos de 1979 e 1989 houve aumento
troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e no tamanho do buraco na camada de ozônio e
exosfera. Destas, a troposfera é a que possui redução na espessura dessa camada.
maior concentração de gases, vapor de água e
b ) Está mais próxima da imagem da camada de
poeira. ozônio correspondente ao ano de 1989. Essa
2. A atmosfera fornece gás oxigênio e outros gases situação é preocupante, pois indica que ainda
indispensáveis aos seres vivos, protege o planeta há um buraco na camada de ozônio e evidencia
da radiação ultravioleta nociva proveniente dos que precisamos de estratégias para melhorar
raios solares, absorve e retém parte do calor essa situação.
oriundo da energia do Sol, ajuda na desintegração c ) A principal consequência dessas alterações na
da maioria dos meteoroides que atingem a Terra e camada de ozônio é o aumento na incidência
redistribui a água evaporada sob a forma de chuva. de raios ultravioleta na superfície terrestre e,
3. Camada de ozônio, que se encontra na estratosfera. consequentemente, aumento da exposição dos
seres vivos a essa radiação. Isso ocorre porque
4. a ) A esta altitude, Gustavo irá viajar na troposfera.
a camada de ozônio funciona como um filtro,
b ) A troposfera atinge até aproximadamente 17 km retendo grande parte dos raios ultravioleta
de altitude. provenientes do Sol.

••Para a realização da atividade 5 na página 158, oriente os alunos na interpretação

das imagens. Peça que reparem na diferença de coloração entre elas e comparem
essas cores com as indicadas na legenda, que mostra o gradiente de concentra-
ção de ozônio. Explique que, quanto mais próxima da coloração vermelha, maior
é a concentração de ozônio, e, quanto mais próxima da coloração violeta, menor
é a concentração de ozônio.

82
 16 Componentes do ar

6
CAPÍTULO

UNIDADE
P. 160 e 161 ••Ao trabalhar os gases atmosféricos, se possível, leve para a sala de aula uma tabela
periódica e identifique com os alunos os elementos que formam cada um desses
gases. Aproveite para mostrar a eles os elementos do grupo dos Gases Nobres.

Camila Carmona
H He
1,01 4,00

Li Be B C N O F Ne
6,94 9,01 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18

Na Mg Aℓ Si P S Cℓ Ar
22,99 24,31 26,98 28,09 30,97 32,06 35,45 39,95

K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,38 69,72 72,63 74,92 78,97 79,90 83,80

Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,95 (98) 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tℓ Pb Bi Po At Rn
Lantanídios
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,20 208,98 (209) (210) (222)
113 115 117 118

Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh Fℓ Mc Lv Ts Og
Fonte de pesquisa: IUPAC (International (223) (226)
Actinídios
(267) (268) (269 ) (270) (269) (278) (281) (280) (285)
Nihonium
(286) (289)
Moscovium
(289) (293)
Tennessine
(294)
Oganesson
(294)

Union of Pure and Applied Chemistry). Os Número atômico La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu

dados contidos nesta tabela periódica estão Símbolo 138,91 140,12 140,91 144,24 (145) 150,36 151,96 157,25 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,05 174,97

de acordo com as recomendações de 8 de Nome Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr

junho de 2016. Massa atômica (227) 232,04 231,04 238,03 (237) (244) (243) (247) (247) (251) (252) (257) (258) (259) (262)

N Fe
Gasoso Sólido Metais de transição Hidrogênio Metais
interna

Representação da Hg Rf
tabela periódica. Líquido Desconhecido Classificação
desconhecida
Não metais Gases Nobres

Valores
em ação Responsabilidade com a qualidade do ar
P. 166 Nesta seção, são abordadas atividades humanas que emitem gases e partículas
poluidoras do ar, assim como algumas atitudes que podem contribuir para melhorar
a qualidade do ar.
Objetivos termelétricas e atividades industriais compro-
metem a qualidade do ar e requerem atitudes
••Perceber que diversas atividades humanas
responsáveis. Sendo assim, diversas medidas
levam à poluição do ar.
podem ser adotadas para diminuir os prejuízos
••Compreender que é responsabilidade de todos ao ambiente, porém, elas dependem também
adotar atitudes que contribuem com a melho- do poder público.
ria da qualidade do ar.
••Sabendo que o interesse econômico de grandes
Comentários grupos industriais está relacionado ao consu-
mo de bens e produtos pela população, procu-
••É importante que os alunos compreendam que re levar os alunos a uma reflexão a respeito do
podemos ter atitudes responsáveis com relação aumento da produção e do consumo de produ-
à qualidade do ar, mas que também percebam tos industrializados e, também, da participação
que atividades como geração de energia em de cada um nisso.
Respostas
1. Resposta pessoal. 4. É provável que os alunos tendam a afirmar que a
2. Resposta pessoal. Com esta questão, espera-se responsabilidade da qualidade do ar não é apenas
que os alunos reflitam sobre suas atitudes no coti- deles, mas também de governantes, das indústrias,
diano e avaliem se elas contribuem para evitar a etc. Contribua com esta resposta mostrando as esfe-
poluição do ar. ras (governo, empresas e sociedade) que têm respon-
sabilidade sobre essa questão. Você também pode
3. Resposta pessoal. Os alunos podem citar, por
informar alguns dados sobre a participação de empre-
exemplo, que se locomoveriam de bicicleta ou de
sas e da sociedade na poluição do ar. Também seria
transporte coletivo para evitar os gases emitidos
interessante verificar as leis relacionadas a essa ques-
pelos carros e que consumiriam produtos naturais
tão e se existe uma fiscalização efetiva dessas leis, o
no lugar dos industrializados.
que seria responsabilidade do governo.

83
 P. 167 ••Caso queira saber mais sobre arborização, acesse os sites a seguir, que apresentam
os Planos de Arborização de alguns municípios.
Acesse
Plano Diretor de Arborização Urbana de Goiânia.
<www.pirenopolis.go.gov.br/condema/arquivos/relatorio_Plano_Diretor_Arborizacao_
Goiania.pdf>. Acesso em: 23 jun. 2016.
Manual de Arborização Urbana.
<www2.recife.pe.gov.br/wp-content/uploads/Manual_Arborizacao.pdf>. Acesso em: 23 jun. 2016.

Lendo
Artigo expositivo
P. 168 e 169 Nesta seção, os alunos conhecerão informações sobre a gripe espanhola, que
matou muitas pessoas no final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Objetivos de garganta; apesar de serem semelhantes aos da
gripe, são mais brandos e duram menos tempo,
••Conhecer aspectos gerais sobre a gripe espa-
nhola. entre três e cinco dias.

••Compreender as proporções atingidas por essa
epidemia.
Comentários
•• Explique aos alunos que a gripe é uma doença
respiratória que dura em torno de sete dias pode
apresentar como sintomas febre alta, dor muscu-
lar, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse
seca, que, normalmente, se mantém de três a
cinco dias após o período de febre. Geralmente
confundido com a gripe, o resfriado também é
uma doença respiratória causada por vírus dife-
rentes dos que causam a gripe, como rinovírus e
parainfluenza. Os sintomas do resfriado incluem
tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor
Respostas Antes da leitura
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos relatem
que é uma doença que se propaga rapidamente em
uma localidade, ou em algumas regiões, e que atin-
ge uma grande quantidade de pessoas. 3. Resposta pessoal.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos já
Respostas Durante a leitura
1. a ) Resposta pessoal. Os alunos podem procurar b ) No início do texto, há destaque para os sinto-
pelas palavras epidemia, incógnita, censura,
imprensa, potências beligerantes, disseminou,
esquadra, ancorada, imigrantes, atracou, portuá-
rias, coveiros e bondes, que são encontradas
facilmente no dicionário.
•• Auxilie os alunos a perceber que o texto foi publi-
cado em um site da internet. Oriente-os a identi-
ficar cada elemento dessa referência: autor, título
do artigo, endereço do site em que foi divulgado e
data de acesso da pesquisa.
•• A gripe espanhola foi uma doença epidêmica que
causou grande temor na época da Primeira Guer-
ra Mundial. Atualmente, diferentes variações do
vírus da gripe, além de outros como os da dengue,
da febre chikungunya e da zika, afligem a popula-
ção do Brasil e de outras partes do mundo. Leve
os alunos a fazer uma reflexão sobre as epidemias
virais que atingem a população nos dias de hoje e
as condições que favorecem sua proliferação.
tenham ouvido falar da gripe suína, uma nova
variante do H1N1 que tem tido casos registrados
ao redor do mundo desde 2009.
mas da gripe comum, que incluem febre, dor de
cabeça, dores pelo corpo, mal-estar geral, tosse
e coriza (corrimento nasal). A gripe espanhola
causa agravamento desses sintomas.

84

c
) Essa informação é apresentada no final do
quarto parágrafo. Estima-se que tenham ocor-
rido de 20 a 100 milhões de mortes no mundo
todo em virtude da gripe.
2. A transmissão da gripe espanhola, assim como de
Respostas Depois da leitura
1.
Resposta pessoal.
Converse com os alunos sobre alguns aspectos da
época como os hábitos de higiene adotados, as
condições sanitárias das cidades, o conhecimento
que se tinha sobre as doenças, etc. Isso ajudará a 4.
comparar características daquela época com as
do presente, contextualizando os fatos.
2. Espera-se que os alunos expliquem que foi na
Espanha que surgiram as primeiras notícias sobre
a doença. Diferentemente dos países envolvidos 5. Resposta pessoal. Entre as atitudes que podem
na guerra, na Espanha não havia censura à impren-
sa, a qual podia noticiar os casos de gripe espa-
nhola. Além disso, uma das primeiras vítimas
famosas do vírus foi o rei espanhol Afonso XIII.
3. Espera-se que os alunos respondam que as cida-
des portuárias eram os principais pontos de entra-
P. 170 a 173 Atividades
Respostas
1.
Os alunos devem organizar um quadro com os 6.
A camada de tinta aplicada sobre o ferro evita que
seguintes gases: gás carbônico (0,03%), gás
oxigênio (21%) e gás nitrogênio (78%).
2. Além dos gases, o ar atmosférico contém poeira, fuli-
gem, microrganismos, outras partículas, gases tóxicos
oriundo da queima de materiais e vapor de água.
3. Os animais herbívoros obtêm nitrogênio ao se
alimentar de plantas, as quais adquirem esse
elemento químico de bactérias fixadoras presen-
tes no solo e em suas raízes, que captam o gás
existente no ar. Os animais carnívoros obtêm
nitrogênio se alimentando de outros animais.
4. Os alunos podem citar que o gás carbônico parti- b
cipa, por exemplo, da fotossíntese e do processo
de manutenção da temperatura da Terra, conheci-
do como efeito estufa.
5. Item e.
6
outras doenças propagadas pelo ar, ocorre por
UNIDADE
pessoas contaminadas que, ao falar, tossir ou
espirrar, liberam gotículas de saliva no ar que
podem contaminar objetos e alimentos ou serem
aspiradas durante a respiração.
da de viajantes e imigrantes, os quais traziam
consigo o vírus da gripe espanhola, resultando na
alta taxa de transmissão para as populações
locais.
Resposta pessoal. Os alunos podem responder
que se lembram da gripe H1N1 e que as medidas
que seus familiares tinham para se proteger eram
evitar locais com aglomeração de pessoas, usar
máscaras e passar álcool em gel nas mãos.
ser adotadas destacam-se o desenvolvimento e a
aplicação de vacinas contra os vírus, controle do
trânsito de pessoas que apresentam os sintomas,
tratamento e quarentena de pessoas com sinto-
mas e informação para a população sobre as
formas de contágio e prevenção da doença.
ele fique exposto ao gás oxigênio e que haja reação
do metal com esse gás; consequentemente, não há
formação de óxido de ferro, ou seja, de ferrugem.
7.
a ) O aumento na concentração de gás carbônico
na atmosfera terrestre a um nível tão elevado
quanto o observado na atmosfera de Vênus
provocaria o aumento da temperatura média
do planeta Terra. Isso aconteceria porque o
aumento na concentração do gás carbônico
resultaria em mais retenção do calor prove-
niente do Sol, o que provocaria a elevação da
temperatura terrestre.
) O aumento dos gases de efeito estufa na
atmosfera terrestre ocorre, principalmente,
pelo aumento na emissão desses gases por
atividades humanas. Essa emissão pode ocor-
rer devido à queima de combustíveis fósseis
85
 (derivados de petróleo, carvão mineral, gás
natural), que são utilizados em usinas termelé-
tricas, indústrias, na movimentação de veículos
automotores e também devido às queimadas e
à decomposição da biomassa das florestas
desmatadas. Esse aumento de gases na atmos-
fera terrestre leva à intensificação do efeito
estufa e, consequentemente, à elevação da
temperatura média mundial, o que pode provo-
car o derretimento das calotas polares, o
aumento do nível dos oceanos, etc.
c ) Resposta pessoal. Eles devem abordar o que é
o efeito estufa, como ele ocorre, como pode ser
intensificado e o que está envolvido em sua
intensificação.
8. Esses gases são provenientes da queima de b
combustíveis fósseis, tais como petróleo e carvão.
O óxido de nitrogênio pode se formar na reação
química entre as moléculas de gás oxigênio e de
gás nitrogênio do ar durante tempestades com
descargas elétricas.
9.
a ) Em locais onde há muitas pessoas e o ar não é
renovado, ocorre diminuição do gás oxigênio,
pois esse gás é utilizado pelos seres humanos
na respiração.
b ) Em locais fechados, não ocorre a renovação do
ar, ou seja, a troca de ar desse ambiente com o
meio externo, o que contribui para concentrar
possíveis agentes causadores de doenças.
Assim, caso uma pessoa contaminada pelo
vírus causador da gripe esteja em ambiente b ) É importante que o vírus da poliomielite seja
fechado, respirando, espirrando e tossindo, ela
pode involuntariamente contaminar o ar desse
ambiente. Esse ar, agora contaminado, será
inspirado por outras pessoas, que também
poderão ser contaminadas.
10. a ) A tuberculose é uma doença contagiosa trans-
mitida pelo contato com uma das bactérias que
causam essa doença. Assim, as pessoas perto
do doente, dom Pedro I, e em contato com ele c
estão suscetíveis a contrair a doença. Isso ocorre
porque a bactéria da tuberculose está presente
em secreções expelidas pelo doente.
b ) Resposta pessoal. O tratamento da tuberculose
consiste no uso de antibióticos prescritos por
um médico por um período de seis meses e
86
podem ser obtidos gratuitamente em postos de
saúde. Atualmente, são usados no mínimo três
medicamentos diferentes, sendo que os mais
recomendados são a rifampicina, o isoniazida e
a pirazinamida. Esses medicamentos podem
causar vários efeitos colaterais, como enjoos,
vômitos, mal-estar e indisposição em geral. O
tratamento é considerado eficaz, caso seja
realizado completamente. No entanto, muitos
pacientes abandonam o tratamento antes de
seu término, provavelmente devido a longa duração
e à existência de efeitos colaterais.
11. a ) A cidade brasileira mais arborizada, segundo o
censo do IBGE 2010, foi Goiânia.
) A arborização urbana contribui para a boa
qualidade do ar, promovendo a retenção de
poeira e outras partículas poluidoras da atmos-
fera. Além disso, as árvores captam parte do
gás carbônico do ar e impedem que os raios
solares atinjam a superfície, criando áreas de
sombra. A ausência de arborização e a alta
concentração de asfalto contribuem para a
formação de ilhas de calor.
12. a ) A poliomielite é transmitida pelas gotículas de
saliva contaminadas expelidas pelos doentes
ao tossir, espirrar ou falar e também por água,
alimentos e utensílios contaminados com fezes
de um paciente.
erradicado de todos os países, pois, ao perma-
necer endêmico, mesmo que seja em pequenas
áreas do mundo, como as citadas no texto, ele
pode se espalhar para os demais continentes,
causando um grande número de casos da
doença, a qual pode se tornar novamente um
sério problema de saúde pública.
) Resposta pessoal. Mesmo que o vírus seja
considerado erradicado de quase todos os
países, é importante que se mantenham as
campanhas de vacinação, pois é por meio de
vacinas que a população se mantém imunizada
e que se garante que não ocorram novas infec-
ções e, assim, a disseminação do vírus.
 Atividade complementar Cartaz

6
UNIDADE
Oriente os alunos na confecção de cartazes que incentivem a prevenção da
tuberculose, incluindo a importância de seguir o tratamento de forma adequada.
Acesse
Conheça mais informações sobre a tuberculose.
O mal dos séculos, a tuberculose. Super Interessante.
<http://super.abril.com.br/ciencia/o-mal-dos-seculos-a-tuberculose>. Acesso em: 23
jun. 2016.
Centro de Vigilância Epidemiológica.
<www.cve.saude.sp.gov.br/htm/tb/hist.htm>. Acesso em: 23 jun. 2016.

P. 173
Verificando rota
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reto- 2.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos verifi-
mem suas respostas e, se necessário, comple- quem suas respostas e, se necessário, complemen-
mentem-nas ou as corrijam abordando que o ar tem-nas explicando que o ar está à nossa volta e é
atmosférico é composto de gases, como gás responsável por fenômenos por meio dos quais
oxigênio, gás carbônico, gás nitrogênio, gás hélio, podemos perceber sua presença, como: o movi-
além de vapor de água, poeira e outras partículas. mento das folhas das árvores e das hélices das
A maioria dos balões meteorológicos fica na turbinas de uma usina eólica; o sopro para apagar
estratosfera, que pode atingir até 50 km de altura. uma vela; etc. Muitas vezes podemos não perceber,
Além disso, o ar é essencial para a respiração de mas o ar está presente entre as partículas do solo e,
muitos seres vivos, protege os organismos das também, é muito importante para os seres vivos ali
radiações nocivas provenientes do Sol, mantém a presentes.
temperatura da Terra adequada por meio do efeito 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos verifi-
estufa, protege a superfície terrestre de ser atingi- quem suas respostas e, se necessário, comple-
da por meteoroides, bem como garante a ocorrên- mentem-nas abordando que o ar contém água na
cia do ciclo da água. forma de vapor.

Ampliando
fronteiras Intensificação do efeito estufa
P. 174 e 175 Esta seção aborda o tema convergente Ambiente e Sustentabilidade e apre-
senta informações sobre o efeito estufa, um problema ambiental da atualidade.
Objetivos Comentários
••Conhecer os principais gases envolvidos na •• Abaixo, estão informações sobre as principais
intensificação do efeito estufa. fontes emissoras de gases relacionados a esse
fenômeno. Se possível, apresente-as aos alunos.
••Compreender que o aquecimento global é a
principal consequência da intensificação do ››Grande parte dos gases do efeito estufa é
emitida naturalmente. Essas emissões naturais
efeito estufa.
deram origem ao efeito estufa, contribuindo
••Entender que o aquecimento global pode levar para as condições favoráveis à vida na Terra.
a diversos fenômenos climáticos.
››Naturalmente, o gás carbônico é liberado no
••Conhecer as principais medidas propostas para ambiente pelo processo de respiração dos
a diminuição do efeito estufa. seres vivos e por atividades vulcânicas.

87
 ››O dióxido de carbono também é liberado
na atmosfera com a queima de materiais
contendo carbono em sua composição. O
desmatamento feito com queimadas, por
exemplo, libera grande quantidade desse gás
na atmosfera, na qual ele pode permanecer
por longos períodos. O principal processo de
remoção desse gás da atmosfera é a fotos-
síntese.
››O metano é emitido para a atmosfera por
meio da decomposição de matéria orgânica
em baixa concentração de gás oxigênio. Isso
ocorre principalmente em regiões pantano-
sas, como as áreas de cultivo de arroz. Além
disso, esse gás também é emitido em grande
escala por animais ruminantes.
••O gráfico a seguir apresenta os resultados de
medições da concentração de gás carbônico
na atmosfera para o período de 1958-2015. Se
possível, trabalhe com os alunos as informa-
ções contidas nesse gráfico.
Concentração de gás carbônico na atmosfera
Concentração de CO2 (ppm)
400
390
380
370
360
350
340
330
Rafael Luís Gaion
320
310
1960 1965 1970 1975 1980 1985
Respostas
1.
Resposta pessoal.
2.
Resposta pessoal. A redução do desmatamento,
principalmente na floresta Amazônica, é importante,
pois grande parte dele é feito com queimadas, que
emitem gases do efeito estufa. Além disso, as plan-
tas absorvem o gás carbônico e o utilizam na produ-
ção do próprio alimento, o que contribui para a dimi-
nuição desse gás na atmosfera. Sobre o uso eficiente
da energia elétrica, é importante que os alunos
mencionem que parte da energia elétrica utilizada no
Brasil advém de fontes fósseis, como o carvão mine- 3.
88
••Questione os alunos sobre o que eles podem
concluir ao observar esse gráfico e o que pode
estar levando a esse resultado. Se possível,
reproduza esse gráfico na lousa ou mostre-o
aos alunos utilizando um data-show ou uma TV
com porta para pen drive, por exemplo.
•• O aumento da concentração de gases do efeito
estufa ocasiona a intensificação desse efeito, tendo
como principal consequência o aquecimen-
to global, ou seja, o aumento da temperatura
média da troposfera e dos oceanos.
••Aproveite para enfatizar com os alunos a
importância do Protocolo de Quioto, um acor-
do internacional assinado em 1997 na cidade
de Quioto, no Japão, que propôs a redução na
emissão de gases do efeito estufa pelos países
industrializados, e um modelo menos poluidor
aos países em desenvolvimento.
Raul Aguiar
Fonte de pesquisa:
The Keeling Curve.
University California,
San Diego. Disponível
em: <https://scripps.
ucsd.edu/programs/
keelingcurve/>.
Acesso em: 23 jun.
2016.
1990 1995 2000 2005 2010 2015
Ano
ral e o gás natural. Dessa maneira, a racionalização
do uso da energia elétrica pode contribuir para a
diminuição das emissões de gases do efeito estufa.
Em relação ao incentivo ao uso de biocombustíveis,
embora sua queima também emita gases do efeito
estufa, ele é uma fonte renovável, sendo que, duran-
te o crescimento das plantas que lhe dão origem, há
fixação do gás carbônico, ao passo que em relação
aos combustíveis fósseis apenas há emissão e não
retirada de gás carbônico da atmosfera.
Resposta pessoal.
UNIDADE

7
Propriedades

UNIDADE
do ar

Objetivos Conceitos

• Compreender o que é pressão atmosférica. • Propriedades do ar.

• Entender como a pressão atmosférica age • Pressão
sobre os corpos. atmosférica.
CAPÍTULO

17 Estudando o ar • Perceber a influência da altitude sobre a

pressão atmosférica.
• A pressão e a
altitude.
• Compreender as propriedades do ar • Ar comprimido e ar
de compressibilidade, elasticidade e
expansibilidade. rarefeito.
• Reconhecer o que são ar comprimido e ar
rarefeito.

O movimento
CAPÍTULO

18 do ar
• Entender como ocorrem o movimento do
ar e a formação do vento.
• Correntes de ar.
• Formação do vento.
• Conhecer uma maneira de classificar os • A velocidade do
ventos. vento.
• Perceber que, dependendo da
velocidade, o vento pode causar danos
ao ambiente e ao ser humano. • Noções de
meteorologia.
O tempo • O tempo e o clima.
CAPÍTULO

19 e o clima
• Diferenciar tempo e clima.
• Identificar alguns fatores que
• Previsão do tempo.
• Fatores que
influenciam as condições do tempo. influenciam as
• Interpretar mapas de previsão do tempo. condições do tempo.

P. 176 e 177 Abertura da unidade

••Antes de iniciar os ques-
tionamentos propostos nas
páginas de abertura, pergun-
te aos alunos se eles já viram
alguma imagem semelhante
à apresentada nestas pági-
nas. Peça-lhes que a descre-
vam, incentivando-os a falar
sobre a nuvem de tempesta-
de em forma de funil que fica
em contato com o solo, entre
outras características.

89
 Fique ligado!

Série de tornados
No mesmo dia em que foi observado o tornado na cidade de Halstead, no estado do Kansas, nos
Estados Unidos, uma série de outros tornados atingiu Oklahoma City, no estado vizinho Oklahoma.
Nesse estado, pessoas foram mantidas em túneis durante trinta minutos, enquanto o tornado passava
sobre a superfície. Esses eventos atmosféricos tiveram diferentes intensidades e causaram inúmeros
estragos a automóveis, árvores e postes. Essa mesma cidade já havia sido devastada por um tornado
há dois anos, onde foram contabilizadas 24 mortes e mais de 300 feridos.

••Explique aos alunos que tornado é um fenômeno climático cuja característica refe-
re-se às nuvens em formato de funil que se estendem e tocam o solo. É comum
ouvirmos no dia a dia o emprego dos termos furacão e tornado como sinônimos;
no entanto, eles são diferentes.
••Leve para a sala de aula uma fotografia de uma tromba-d’água para que os alunos a
comparem com a imagem das páginas de abertura. Explique que, embora as trom-
bas-d’água se assemelhem em estrutura e formação com os tornados, elas são forma-
das sobre uma superfície de água líquida, como rios, mares e oceanos, enquanto os
tornados se formam no continente e tocam o solo. Então, parte da água da super-
fície eleva-se para o ar, formando assim as trombas-d’água que podem se deslocar
e desaparecer, geralmente, ao atingirem o solo.
Respostas
1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos perce- 3. Resposta pessoal. É possível que os alunos respon-
bam que tornado é um fenômeno no qual se forma dam que a formação de furacões e tempestades
um redemoinho de ventos que descende de pode ser monitorada em laboratórios de meteoro-
nuvens de tempestade. Os ventos atingem altas logia com a análise de imagens de satélites e de
velocidades, e os tornados se caracterizam pelas diferentes variáveis atmosféricas. Entretanto, os
nuvens em forma de funil que atingem o solo. tornados se formam rapidamente, sua ocorrência
2. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que é mais localizada e dura pouco tempo, o que difi-
as condições para que ocorra a formação de um culta sua previsão pelas tecnologias e metodolo-
tornado dependem da presença de nuvens de
gias usadas atualmente.
tempestade, massa de ar quente e massa de ar frio.
Os tornados se originam de nuvens de tempestades 4. Resposta pessoal. Para responder a esta questão,
que surgem quando o ar quente e úmido, próximo ao oriente os alunos a pesquisarem a ocorrência
solo, sobe rapidamente para a atmosfera e lá encontra desses eventos em nosso país.
massas de ar frio, formando uma coluna de ar giratória
que atinge o solo.

CAPÍTULO
17 Estudando o ar
André L. Silva/ASC Imagens

P. 179 ••Para iniciar o estudo sobre pressão atmosférica, fale sobre um

modelo de bebedouro usado para armazenar e fornecer água aos
animais, como o mostrado na imagem ao lado.
••Para construir um bebedouro como esse com os alunos, provi-
dencie uma garrafa plástica vazia, um pote plástico, um pedaço
de barbante, massa de modelar e água. Fure o fundo da garrafa
plástica e prenda o barbante. Vede o local do furo com massa de
modelar. Posicione o recipiente plástico em um local plano. Colo-
Bebedouro para
que água na garrafa e vire-a com a abertura voltada para baixo animais feito
no recipiente plástico. com garrafa PET.

90
 A água de dentro da garrafa não escoa para fora dela por que a pressão da coluna

7
d’água (na garrafa) está em equilíbrio com a pressão atmosférica (fora da garrafa).

UNIDADE
Enquanto o animal bebe a água do recipiente plástico, o nível dela diminui até
ficar abaixo da abertura da garrafa. Então, certa quantidade de ar entra na garrafa,
aumentando a pressão exercida pelo ar na superfície da água e, consequentemen-
te, fazendo que parte dela desça no recipiente até atingir o equilíbrio entre as pres-
sões interna e atmosférica.
••Para que os alunos compreendam o que é pressão, peça-lhes que abram uma das
mãos e pressionem a palma da mão aberta com o polegar da outra. Diga-lhes que
a sensação na palma da mão corresponde a uma pressão. Explique ainda que pres-
são é a força exercida sobre determinada área. Dessa forma, qualquer objeto sujei-
to à gravidade da Terra exerce uma pressão sobre a superfície na qual ele repousa.
P. 181 •• Ao trabalhar essa página com os alunos, se possível, realize a atividade prática a seguir.

Atividade complementar Prática

Pressão atmosférica
Para auxiliar na explicação da pressão atmosférica nos “hemisférios de Magde-
burgo”, faça essa atividade com os alunos.
Objetivo
••Compreender a atuação da pressão atmosférica nos “hemisférios de Magdeburgo”.
Materiais
••2 desentupidores de pia ••copo ••água
Desenvolvimento
a ) Umedeça com água a borda de ambos os desentupidores.
b ) Em seguida, una os desentupidores pelas bordas.
c ) Pressione um contra o outro, expelindo parte do ar do interior deles.
d ) Por fim, tente separar os desentupidores, puxando-os em direções opostas.
Questionamentos
1.
O que ocorreu com a pressão no interior dos desentupidores após terem sido
pressionados um contra o outro?
2.
O que é possível perceber ao tentar separar os desentupidores? Por que isso
ocorre?
3.
Relacione o experimento que você realizou com o experimento realizado por
Otto von Guericke.
Gabarito
1. A pressão diminuiu.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que perceberam que os desentupidores
estavam fortemente unidos. Isso ocorreu porque a pressão interna era menor do que a pressão
atmosférica, que exerceu uma força sobre os desentupidores.
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que Otto von Guericke uniu dois hemis-
férios ocos formando uma esfera oca, retirando o ar de dentro por meio de uma válvula e com
o auxílio de uma bomba de vácuo, o que uniu fortemente os hemisférios. No experimento do
desentupidor, dois hemisférios também foram unidos, retirando-se parte do ar de dentro deles
ao pressioná-los. Com isso, eles permaneceram unidos.

91
  Aprenda mais Acesse
•• O objetivo desta seção é conhecer um experi- Blaise Pascal foi um grande
mento realizado por Blaise Pascal (1623-1662), matemático, físico e filósofo,
relacionando a pressão atmosférica à altitude. considerado pai da física
Pode-se associar o montanhismo com as teorias experimental, da hidráulica,
de Pascal e também pedir aos alunos que comen- entre outras áreas de
conhecimento. Para mais
tem outros esportes no qual o conhecimento de
informações sobre ele, visite o
princípios físicos seja importante, como no caso site do Instituto Blaise Pascal.
da natação, do atletismo e do futebol. <www.institutopascal.org.br/
••Enfatize aos alunos que a natureza sempre foi visao/institucional/blaise-
alvo de estudos de pesquisadores e que muitas pascal.php>.
das nossas atividades – os esportes, por exem- Acesso em: 16 jun. 2016.
plo – têm princípios ligados a alguma desco-
berta científica.
P. 182 e 183 ••Para desenvolver o assunto Ar comprimido e ar rarefeito nessas páginas, são
propostas atividades com seringa. Para isso, providencie uma seringa descartável
de 5 mL sem agulha (ela é mais fácil de ser manipulada e possibilita um resultado
melhor). Faça essa atividade com os alunos em sala de aula.
••Quando o êmbolo não está pressionado, existe ar ocupando o espaço interno da
seringa. Percebe-se isso ao tapar o bico da seringa com a ponta do dedo e pres-
sionar o êmbolo para a frente. Nota-se que é preciso aplicar força para empurrar o
êmbolo, o qual encontra resistência e não consegue chegar ao final da seringa por
causa do ar em seu interior. A quantidade de ar na seringa não se altera, somente
seu volume sofre alteração. Essa é uma das propriedades do ar, a compressibilida-
de, pois o volume de ar diminui ao ser comprimido. Sendo assim, quando o êmbolo
é solto, o volume inicial do ar é retomado, o que corresponde a outra propriedade
do ar: elasticidade. Quando o êmbolo é puxado até o final do cilindro com o bico
da seringa tapado, o volume do ar no interior da seringa aumenta, o que se refere
à capacidade de expansão do ar para ocupar todo o espaço da seringa. Tal proprie-
dade do ar é denominada expansibilidade. Nesse caso, o ar está rarefeito, pois
apresenta baixa quantidade de moléculas em um volume maior que o inicial.
Para um bom desenvolvimento da atividade, é necessário usar uma seringa nova a
fim de garantir que a borracha que veda o êmbolo não deixe o ar escapar. Também
é preciso conferir se o bico da seringa está totalmente tapado. Caso não esteja, o
ar vazará, e a atividade não dará o resultado esperado.
Você pode realizar esse experimento para os alunos, mas também é interessante que eles
próprios o façam para perceberem as reações do êmbolo ao ser empurrado ou puxado.
•• Para relacionar os tópicos Propriedades do ar, abordado nesta unidade, e Fatores que
influenciam a mudança de estado físico da água, visto na unidade 4, página 116, pode
ser feito um experimento simples usando também uma seringa. Para isso, ferva um
pouco de água e, depois, puxe 2 mL com a seringa. Execute o item IV conforme a
descrição do experimento, na página 183. Espera-se que, nessa etapa, a água volte
a entrar em ebulição, formando bolhas. Explique aos alunos que isso ocorre porque o
ar dentro da seringa tornou-se rarefeito, diminuindo assim a pressão interna exercida
pelo ar dentro da seringa, fazendo com que a temperatura de ebulição da água seja
menor que 100 °C.
Somente você deve fazer esse experimento para evitar acidentes com os alunos.
Para evitar queimaduras, use luvas térmicas.

92
 ••Para exemplificar a relação entre pressão, ar rarefeito e temperatura, relembre os

7
alunos de que, ao nível do mar, a pressão é de 1 atm (lê-se uma atmosfera, unidade

UNIDADE
de medida utilizada para medir a pressão atmosférica), e a temperatura de ebuli-
ção da água é de 100 °C. Já no alto de uma grande montanha, o ar é mais rarefeito
e a pressão é menor. Em consequência, a água entra em ebulição a uma tempera-
tura menor do que ao nível do mar.
P. 184 ••Ao trabalhar a atividade 3, comente com os alunos que o termo peso foi aplicado
no sentido de massa.
P. 185 ••Na atividade 7, comente com os alunos que, ao fazer o procedimento indicado em
A, é preciso pressionar o papel sobre a boca do copo por alguns instantes, para
tirar um pouco de ar de dentro do copo, reduzindo a pressão em seu interior. Expli-
que também que a pressão mencionada no interior do copo se refere à pressão do
ar. Para realizar o item C, diga a eles que a situação apresentada só ocorreria caso
a vedação entre o papel e a boca do copo falhasse, permitindo a entrada de ar no
copo.

P. 184 e 185 Atividades

Respostas

1.
A pressão atmosférica se refere à pressão que a 6.
Entre essas condições está a menor disponibilida-
massa de ar atmosférico exerce sobre os corpos.
2. a ) A compressibilidade é a propriedade que o ar
possui de diminuir seu volume quando compri-
mido, sem alterar sua massa.
b ) A elasticidade é a propriedade que o ar tem de
voltar a um volume próximo de seu inicial,
assim que cessa a força que estava causando
sua compressão.
c ) A expansibilidade é a propriedade que o ar tem
de aumentar seu volume, ocupando todo o
espaço disponível, sem alterar sua massa.
3. a ) O peso da coluna de ar sobre o alpinista A é
maior que o peso da coluna de ar sobre o alpi-
nista B.
b ) A pressão atmosférica sobre o alpinista A é
maior que a pressão atmosférica exercida sobre
o alpinista B. Isso ocorre porque a pressão
exercida pela coluna de ar diminui à medida
que a altitude aumenta.
4. a ) Os alunos poderão citar a compressibilidade,
em razão de o ar encontrar-se comprimido no
interior do pneu.
b ) O gás expandiu e escapou do pneu. Nesse caso
pode ser verificada a expansibilidade do ar.
5. a ) Ao subirmos a serra, a pressão atmosférica
diminui e, ao descermos, ela aumenta.
b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
respondam que essa diferença de pressão
ocorre porque a coluna de ar em cima de uma
montanha é menor do que a coluna de ar ao
nível do mar.
de de gás oxigênio para a respiração. Além disso,
o corpo em altas altitudes é submetido a uma
menor pressão que ao nível do mar. Entre as
características envolvidas na aclimatação estão
frequência cardíaca, ventilação e produção de
hemácias, para lidar com a condição de baixa
disponibilidade de gás oxigênio.
7. a ) Resposta pessoal. Espera-se que, em seus
desenhos, os alunos representem as pressões
internas e externas por meio de setas. Interna-
mente, as setas devem partir de dentro para
fora do copo até o limite do vidro e, externa-
mente, devem partir de fora para dentro do
copo até o limite do vidro.
b ) Na situação apresentada, a pressão interna do
copo é menor do que a pressão atmosférica,
que manteve o papel preso à boca do copo.
c ) Nesse caso, a pressão que segurava o papel
não foi suficiente; sendo assim, a pressão
externa foi menor que a interna.
8. a ) Espera-se que os alunos respondam que é a
bola cheia (A), pois ela apresentava maior
volume de ar no seu interior do que a bola
murcha (B).
b ) Espera-se que os alunos respondam que as
bolas tinham pressões diferentes. Na bola
cheia (A), a pressão interna era maior que a
pressão atmosférica, pois o ar estava compri-
mido. Na bola murcha (B), a pressão interna
era semelhante ou igual à pressão atmosférica.
c ) A pressão interna da bola ficará menor que a
pressão atmosférica.

93
CAPÍTULO
18 O movimento do ar
P. 188 ••Ao estudar o assunto A velocidade do vento nesta página, proponha aos alunos a
construção de um instrumento que pode dar a noção de velocidade e direção do
vento, semelhante a uma biruta.
Para a construção do modelo, os alunos necessitarão de uma haste, como um cabo
de vassoura, uma sacola plástica e um pedaço de barbante. Instrua-os a amarrar
com o barbante as alças da sacola plástica na haste, de forma que não tape a aber-
tura da sacola. Em seguida, oriente-os a instalar o instrumento em um local que
receba vento.
••A biruta é usada em aeroportos para indicar a direção do vento.
•• Ao trabalhar alguns dos nomes referentes aos ventos, bem como suas características,
solicite aos alunos que tragam reportagens sobre brisas, furacões e tornados. Com
esse material em mãos, confira com eles as descrições para cada um desses fenô-
menos. Com isso, espera-se que os alunos percebam a diferença entre a velocidade
do vento e as consequências que cada um deles pode causar.

Atividade complementar Prática

Movimento de ar quente e frio

Na página 189, a atividade 3 apresenta uma situação na qual é possível perceber
como ocorre o movimento do ar quente e do ar frio. Reproduza essa situação na sala
de aula com os alunos.
Objetivo
••Entender como ocorre o movimento do ar quente e do ar frio.
Materiais
••cartolina ••tesoura com pontas ••vela
••alfinete arredondadas ••caixa com palitos
••canudo plástico ••lápis de fósforo
Desenvolvimento
a ) Com a cartolina, faça um cata-vento recortando um quadrado com 10 cm de
lado. Dobre o quadrado duas vezes, unindo as arestas opostas. Em seguida,
faça quatro cortes no quadrado usando como molde as linhas marcadas pela
dobradura. Corte na direção do ponto central do quadrado, mas sem chegar até
ele; cada corte deve ser interrompido a 1,5 cm de distância desse ponto. Dobre
a ponta esquerda de cada uma das partes em direção ao centro do quadrado,
prendendo-as ao canudo de plástico com o alfinete.
b ) Acenda a vela e posicione o cata-vento sobre a chama, conforme a imagem
apresentada no Livro do Aluno. Não deixe que os alunos manipulem a vela ou o
cata-vento. Se o cata-vento ficar mal posicionado, ele não girará, e se a distân-
cia entre a chama e o cata-vento for menor que a recomendada, o papel poderá
se queimar. Não use materiais como plásticos nem derivados para confeccionar
o cata-vento a fim de evitar que eles derretam em contato com a chama. Faça
o experimento em um local sem a interferência de ventos.

94
 P. 189 e 190 Atividades

7
UNIDADE
Respostas

1.
O vento é o movimento do ar na atmosfera. Sua
formação é relacionada à diferença de temperatu-
ra, que gera diferença de pressão do ar de um
local para outro.
2. A velocidade dos ventos depende da diferença de
temperatura e de pressão entre as regiões nas
quais o ar se desloca.
3. a ) Após ser colocado sobre a vela, o cata-vento
começou a girar.
b ) A chama da vela aqueceu o ar próximo a ela.
Esse ar aquecido ficou menos denso e sua
pressão diminuiu, fazendo-o subir. Ao mesmo
tempo, o ar menos aquecido, mais denso,
ocupou o lugar do ar quente que havia subido.
Assim, ocorreu uma movimentação do ar, e o
cata-vento começou a girar.
4. a ) O vento.
b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
identifiquem que os frutos dessa planta apre-
sentam em seu ápice uma estrutura semelhan-
te a uma pluma, a qual favorece a dispersão
pelo vento.
5. A chama proveniente do bico de gás aquece o ar
no interior do envelope, que fica preenchido pelo
ar aquecido e menos denso em relação ao ar
externo, fazendo o balão subir.
6. A: Brisa marítima: são correntes de ar que se
deslocam do mar para o solo e ocorrem durante
os dias quentes e ensolarados. Durante o dia, o
continente se aquece mais rápido que a água do
mar. Assim, o ar próximo à superfície terrestre se
aquece e sobe (por ser menos denso). O espaço
próximo à superfície terrestre é então ocupado pelo
ar mais frio e denso, que se desloca do mar em dire-
ção ao continente.
B: Brisa terrestre: são correntes de ar que se deslo-
cam do continente para o mar durante a noite,
período em que o solo do continente resfria-se
mais rapidamente que a água do mar. Assim, à
noite, o ar próximo à superfície do mar se aquece,
fica menos denso e sobe. O ar mais frio e denso,
localizado próximo à superfície terrestre, se deslo-
ca em direção ao mar.
7.
Resposta pessoal. Os alunos podem citar que as
vantagens desse tipo de usina são: não emitir gases
poluentes para o ar; usar um recurso natural renová-
vel, nesse caso, o vento; não produzir resíduos; para
a construção, não é necessário o alagamento de
regiões para represar água. Entre as desvantagens
das usinas eólicas estão: os ruídos gerados pelos
movimentos das hélices e a possível interferência na
rota de migração de algumas aves; além disso, elas
podem gerar poluição visual no local onde foram
instaladas. Por outro lado, geralmente as usinas atraem
pessoas para visitação, movimentando assim o turis-
mo da cidade.

CAPÍTULO
19 O tempo e o clima
P. 193 e 194 •• Nas páginas 193 e 194 há informações sobre a previsão do tempo e explicações de
alguns fatores atmosféricos analisados nesse tipo de previsão. A seguir, veja informa-
ções sobre o funcionamento de alguns instrumentos usados em previsões do tempo.

Termômetro
Instrumento utilizado para medir a temperatura dos corpos ou do
alexander78/Shutterstock/ID/BR

ambiente. Há diferentes tipos de termômetros, mas de forma geral seu

funcionamento está baseado em princípios físicos da dilatação, ou seja, da
expansão de determinados materiais quando são aquecidos.
Esse instrumento é formado por dois tubos ocos de vidro, sendo um
deles maior e com uma escala termométrica, como o grau Celsius.
termômetro
Dentro do tubo maior há outro mais fino preenchido por um líquido
sensível ao calor (em geral, álcool com corante).
Ao colocar o bulbo do termômetro em contato com o corpo ou o ambiente cuja temperatura será
verificada, o líquido em seu interior se expande ou se contrai, deslocando-se ao longo do tubo até
indicar a temperatura de equilíbrio entre o líquido e o corpo ou o ambiente. Então, a graduação marcada
no ponto onde o líquido parou indica a temperatura do corpo ou do ambiente.

95
Barômetro
Aparelho utilizado para aferir a pressão atmosférica de um local.

Ana Elisa
A figura ao lado representa o princípio de funcionamento de um barômetro. A seta azul indica a
pressão exercida pelo ambiente sobre a coluna de mercúrio no local A. As setas vermelhas indicam
o movimento que o mercúrio realiza na coluna de vidro (B). Quanto maior a pressão atmosférica,
maior é a força exercida sobre o mercúrio, que se eleva na coluna de vidro. B

Barógrafo

Keith Wilson/Shutterstock/ID/BR
É um instrumento que registra continuamente a pressão
atmosférica e é formado por um conjunto de câmaras metálicas
de parede flexível que sofrem deformação de acordo com a
pressão atmosférica. Essas câmaras são ligadas a um ponteiro.
Com a variação da pressão atmosférica, elas se contraem
ou se expandem, movimentando o ponteiro. Para registrar
continuamente os valores obtidos, o ponteiro passa sobre um
cilindro giratório que contém um gráfico.

Higrômetro barógrafo

Instrumento utilizado para medir a umidade do ar, ou seja, a quantidade de vapor-d’água presente
na atmosfera.
Esse instrumento é muito utilizado para verificar a umidade em locais fechados, especialmente em A
ambientes onde a umidade é um fator determinante para o bom funcionamento de uma atividade.
Atualmente, existem higrômetros digitais que usam sais de lítio e se baseiam na variação da
condutividade elétrica deles em função da umidade que absorvem.
barômetro

Acesse
••Diga aos alunos que o cabelo humano pode
No site Ciência Mão, da Universidade de São sofrer alteração de comprimento de acordo
Paulo, você encontrará informações sobre como com a quantidade de umidade que absorve ou
construir um higrômetro.
perde. Por isso, é possível usar fios de cabelo
<www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir. para construir um higrômetro. Veja como cons-
php?midia=rip&cod=_indefinidoestacaometeoro>.
truir esse instrumento acessando o site indica-
Acesso em: 16 jun. 2016.
do ao lado.

Valores
em ação A criatividade no cotidiano
P. 195 A criatividade pode ser associada à capacidade do ser humano de inovar e se reinven-
tar diante de certa situação. Sob esse ponto de vista, a criatividade pode ser extremamen-
te útil para a melhoria das condições de vida das pessoas. O acesso à energia elétrica,
abordado nesta seção, é um exemplo disso.
Leia o texto da página com os alunos e questione-os a respeito da forma como William foi
criativo e como isso foi importante para ele superar a falta de energia elétrica em seu vilarejo.
Objetivos as ideias criativas surgem diante de situações
••Enfatizar a importância da criatividade ao longo adversas do cotidiano.
da história do ser humano. ••Comente com os alunos que, embora a energia
••Conscientizar os alunos da importância da cria- elétrica e a água encanada sejam recursos de
tividade na busca de soluções para problemas extrema importância, ainda existem inúmeras
do cotidiano. pessoas sem acesso a esses benefícios.
••Ao abordar a história do jovem William, enfa-
Comentários tize aos alunos a possibilidade de reutilizar
••Assim como mostrado no texto, geralmente materiais que seriam descartados.

96
 7
Respostas

UNIDADE
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos descre- 2.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos perce-
vam situações em que tiveram que pensar em bam que a criatividade é uma característica ineren-
alternativas para solucionar um problema, como te a todos os seres humanos e não somente a
usar um recurso ou uma atividade de modo dife- determinadas pessoas. Oriente-os de modo que
rente do que se usaria normalmente. tomem consciência da capacidade que eles têm de
inovar ao enfrentar algum desafio.

P. 196 e 197 Atividades

Respostas

1. a ) Clima é o conjunto de variações do tempo que b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos perce-
caracterizam determinada região durante um bam, por exemplo, que, no 1o quadro, o animal está
longo período (em geral 30 anos). em um ambiente quente e, provavelmente,
b ) Tempo se refere às condições da baixa atmosfera com pouca água e umidade, pois aparenta
em determinado momento e local. estar com sede. Nesse quadrinho também é
2.
a ) A umidade do ar é a medida que representa a possível supor que o sol está aquecendo a superfí-
quantidade de vapor de água presente no ar. cie terrestre e provocando a evaporação da água
b ) A pressão atmosférica se refere à pressão que a presente no solo. No 2o quadro, o ambiente possui
massa de ar atmosférico exerce sobre os corpos. condições atmosféricas mais agradáveis à espécie,
3.
A chegada de uma frente fria em determinada região provavelmente em uma temperatura adequada ao
pode causar a formação de névoa, nuvens baixas e caranguejo, além de mostrar a ocorrência de
escuras, fortes chuvas e diminuição da temperatura. chuvas. Já no 3o quadro da tirinha, o animal está
4.
a ) O fenômeno aguardado pelos agricultores é a em um ambiente de baixas temperaturas e com
chuva. Ela é formada na troposfera. ocorrência de vento. Ali, aparentemente, o animal
b ) A consulta de informações meteorológicas pelos está sentindo muito frio. O 4o quadro não faz
agricultores é importante, pois, por meio das previ- destaque ao clima, mas sim à poluição ambiental.
sões do tempo, os agricultores podem planejar o Nele, o caranguejo se encontra em um ambiente
plantio e a colheita das culturas, de acordo com a sujo, degradado, e nota-se que o animal está se
condição do tempo mais adequada. A previsão do sentindo mal porque está sendo prejudicado
tempo permite aos agricultores imaginar os cená- nessas condições.
rios que vão enfrentar e, com isso, pensar em solu- c ) No último quadrinho é abordada a poluição
ções. Por exemplo, se é esperada pouca chuva, ambiental. Esse tipo de problema geralmente é
então é necessário intensificar a irrigação. Se o causado por atividades humanas que levam à
inverno será rigoroso, é recomendado cultivar uma produção excessiva de resíduos e seu descarte
variedade de plantas que resistam a essa condição.
inadequado, ao despejo irregular de esgoto, entre
c ) Os alunos podem citar que a previsão do tempo outras consequências.
também é importante para os transportes, aquáti-
cos, terrestres e aéreos, nas construções e pinturas
7.
a ) Houve mudança no tempo, pois se observa que
externas, para o turismo em determinados lugares, ocorreram alterações de um dia para outro, o que se
entre outros. refere a alterações momentâneas das condições
atmosféricas na região onde Helena mora.
5.
Resposta pessoal. As anotações devem ser feitas por
cinco dias consecutivos. Espera-se que os alunos b ) Provavelmente houve o encontro entre massas de
consigam comparar as informações referentes aos ar quente e massas de ar frio.
diferentes dias e notar que as variações observadas c ) Frente fria: um encontro da massa de ar fria com a
são do tempo atmosférico, o qual se refere às condi- massa de ar quente do local. O ar frio empurra o ar
ções atmosféricas em determinado momento e local. quente para cima e se posiciona abaixo dele. A
6.
a ) Resposta pessoal. Os alunos podem dizer que se chegada de uma frente fria está relacionada às
trata da história de um caranguejo que está expos- características do tempo, descritas no telejornal
to a diferentes condições ambientais (muito sol, que o pai de Helena assistiu, como nuvens escuras
chuva, vento, congelamento) e também à poluição. e baixas, chuva e queda na temperatura.

97
 P. 197
Verificando rota
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos 2.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
complementem ou corrijam suas respostas, se
necessário, explicando que os tornados são fenô-
menos atmosféricos que se formam quando
ventos em alta velocidade criam uma coluna de ar
giratória, formando um funil, que desce da base de
uma nuvem de tempestade e atinge o solo. Geral-
mente, esses fenômenos duram poucos minutos e
atingem poucos quilômetros, mas causam grande
destruição.
Diferentemente dos furacões e das tempestades
tropicais, os tornados se formam rapidamente,
sua ocorrência é mais localizada e duram pouco
tempo, o que dificulta sua previsão pelas tecnolo-
gias e metodologias usadas atualmente. Além
disso, algumas regiões ainda não possuem sequer
as tecnologias necessárias para prever tais fenô-
menos meteorológicos.
complementem ou corrijam suas respostas citando
que o canudo em A está preenchido com ar, já o
canudo em B está preenchido com suco. Dessa
maneira, o ar ocupa espaço no canudo em A e,
consequentemente, parte de seu volume. A
sucção no canudo feita pelo garoto em B diminui a
pressão atmosférica dentro do canudo, fazendo o
líquido subir.
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
complementem ou corrijam suas respostas
comentando que o primeiro quadro apresenta
uma condição atmosférica sem nuvens, já no
terceiro quadro a condição atmosférica mudou, o
que pode ser observado pelas nuvens escuras no
céu. Em relação à previsão das condições atmosfé-
ricas, espera-se que os alunos comentem que ela
pode ser feita com instrumentos meteorológicos.

Ampliando
fronteiras Energia eólica
P. 198 e 199 Nesta seção, os alunos terão a oportunidade de conhecer um pouco mais
sobre a produção de energia eólica, a utilização do vento nesta atividade e
algumas vantagens e desvantagens da utilização desse tipo de energia. Esta
seção aborda o tema convergente Tecnologia.

Objetivos ••Comente com os alunos que muitas fontes de

••Apresentar informações sobre a energia eólica.
••Associar o vento à produção de energia elétrica.
••Apresentar algumas vantagens e desvantagens
da energia eólica.
Comentários
••Explique aos alunos que esse tipo de energia
é considerada limpa e renovável, pois não gera
tantos impactos em sua geração e usa fonte
renovável de energia, o vento. No entanto,
lembre-os de que alguns impactos são percep-
tíveis no momento da instalação dos aeroge-
radores e ao colocá-los em funcionamento
(excesso de ruídos e alteração na paisagem).
energia contribuem com o aumento do aque-
cimento global, um problema que deve ser
contido para evitar graves consequências, pois
coloca em risco os seres vivos em razão do
aumento da temperatura média do planeta.
••Apesar de ser pouco explorada no Brasil (cerca
de 4% do total gerado), nosso país tem um dos
maiores potenciais de energia eólica do plane-
ta, principalmente na Região Nordeste, que é
privilegiada com ventos constantes na veloci-
dade adequada à movimentação das hélices
dos aerogeradores.
••Investimentos estão sendo feitos nessa região
para implantar tanto parques eólicos quanto
turbinas eólicas produzidas no Brasil.

98
 ••Associe a instalação de turbinas eólicas na
região litorânea com as brisas marítima e
terrestre, abordadas no capítulo 18 desta
unidade.
••Explique aos alunos que o investimento em
fontes alternativas de energia vem crescendo
no Brasil. Especula-se que a atual matriz ener-
gética brasileira não seja suficiente para aten-
der às demandas futuras do país.
•• A eletricidade no Brasil é gerada principalmen-
te por meio da força das águas (hidrelétricas)
e da queima de combustíveis (termelétricas). A
ocorrência de estiagens dificulta a operação das
hidrelétricas, levando a uma maior dependên-
cia das termelétricas, uma fonte de energia que,
além de causar problemas ambientais, encarece
a conta de energia para a população.
••A energia eólica é uma das alternativas que
contribuem para superar esse desafio. Ela é
usada desde a Antiguidade nas embarcações e
moinhos.
Respostas
1. Resposta pessoal. É a energia gerada por meio da
força dos ventos.
2. Resposta pessoal. A resposta a esta questão
depende da região em que o aluno mora.
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
respondam que sim, uma vez que algumas fontes
de energia causam problemas para as comunida-
Raul Aguiar
7
UNIDADE
Acesse
Para saber mais sobre o funcionamento dos
aerogeradores e sobre a energia eólica, acesse os
sites:
• Rio Grande desponta na geração de energia
eólica a partir de 2014. Diário popular.
<www.diariopopular.com.br/tudo/index.php?n_
sistema=3056&id_noticia=Njk5ODU=&id_
area=Mg==>. Acesso em: 15 jun. 2016.
• É tempo de ventos. Época negócios.
<http://epocanegocios.globo.com/Revista/
Common/0,,ERT229982-16642,00.html>.
Acesso em: 16 jun. 2016.
• PUCRS. Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul.
<www.pucrs.br/ce-eolica/faq.php?q=21>.
Acesso em: 15 jun. 2016.
des locais e para o ambiente. Além disso, muitas
fontes não são renováveis, podendo se esgotar e,
consequentemente, encarecer para a população.
4. Resposta pessoal. Os alunos podem citar tecnolo-
gias utilizadas para gerar energia elétrica, energia
eólica, energia solar e energia originada das ondas
do mar, por exemplo.
Acesse
Para auxiliar os alunos na formulação da resposta
da questão 3, oriente-os a acessar a página da
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
<http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/
energia_eolica/6_3.htm>.
Acesso em: 23 jun. 2016.
Nessa página está disponibilizado um mapa do
Brasil com a capacidade de produção eólica em
cada região do nosso país. Os dados apresentados
se baseiam na média de velocidade do vento,
em m/s, medida a 50 m acima do nível da
superfície. Esses dados sofrem influência da
cobertura vegetal e da topografia local. Assim,
oriente os alunos a localizarem a região em
que moram no mapa e a fazer a interpretação
referente à capacidade eólica do local. Auxilie-os na
interpretação dos dados apresentados.
99
UNIDADE

8 Astronomia

Objetivos Conceitos

• Astros luminosos e astros

• Conhecer alguns astros do iluminados.
Universo e suas características. • Estrelas e constelações.
CAPÍTULO

20 Astros • Diferenciar astros luminosos

de astros iluminados.
• Ano-luz.
• Galáxias.
• Compreender o que é ano-luz. • Planetas.
• Satélites naturais.
• Asteroides, cometas e
meteoroides.

• Conhecer informações sobre • Sistema Solar.

• O Sol e os planetas do
CAPÍTULO

os planetas do Sistema Solar.

21 Sistema Solar • Diferenciar as teorias Sistema Solar.
geocêntrica e heliocêntrica. • Teoria geocêntrica e teoria
heliocêntrica.

• Entender os movimentos de • Planeta Terra.

rotação e de translação da Terra.
• Lua.
Planeta Terra • Relacionar o movimento de
CAPÍTULO

22 e seu satélite
rotação da Terra à ocorrência • Movimento de rotação e de
translação da Terra.
dos dias e das noites.
• Conhecer alguns dos fatores que • Ocorrência do dia e da noite.
determinam as estações do ano. • Estações do ano.
• Diferenciar os eclipses solar e • Eclipse da Lua e eclipse do Sol.
lunar.
• Reconhecer a importância
da observação dos astros em
diferentes culturas.

P. 200 e 201 Abertura da unidade

•• A Astronomia é um ramo da
ciência que estuda o Universo,
os corpos celestes, os astros e os
fenômenos a eles relacionados.
••Ao analisar a imagem dessas
páginas, questione os alunos
sobre o que aparece atrás do
astronauta. É possível iden-
tificar uma superfície azul e
a presença de nuvens. Essas
duas características permitem
dizer que parte da superfície
terrestre aparece na imagem.

100
 ••As missões tripuladas podem fazer parte do imaginário dos alunos, pois muitos

8
filmes de ficção científica exploram esse tema. É importante que eles percebam os

UNIDADE
limites entre fatos reais e as extrapolações presentes nos filmes. Se achar conve-
niente, questione-os se já assistiram a algum desses filmes e o que observaram.
De acordo com as experiências dos alunos, evidencie os fatos de ficção, tais como:
guerras espaciais, ocorrência de som no espaço, comprovação da existência de
vida em outros planetas, entre outros.
Fique ligado!

Estação Espacial Internacional

Na imagem das páginas de abertura, o astronauta norte-americano Rick Mastracchioque realiza
manutenção na Estação Espacial Internacional. Ela foi construída com a colaboração das agências
espaciais americana, europeia, canadense, russa e japonesa, e é considerada o maior artefato
humano no espaço, sendo composta por vários módulos, que resultam em uma área do tamanho
aproximado de um campo de futebol. A Estação Espacial Internacional funciona como um
laboratório, onde são realizadas diversas pesquisas, como estudos sobre os efeitos da falta de
gravidade em seres vivos, sobre raios cósmicos, entre outros. Essa estação espacial tem capacidade
para abrigar seis pessoas e, desde 2000, nunca ficou desabitada. Além disso, já recebeu mais de
200 pessoas, pertencentes a mais de 15 países, inclusive o astronauta brasileiro Marcos Pontes.

Acesse
O site da Nasa possui um ambiente apenas com informações a respeito da Estação
Espacial Internacional. Nele, você encontra fotografias, vídeos e informações atualizadas
sobre a estação. Também é possível verificar os melhores dias e horários para ver a
estação no céu na sua região.
<http://www.nasa.gov/mission_pages/station/main/index.html>.
Acesso em: 28 jun. 2016.

••A Estação Espacial Internacional é um dos exemplos de cooperação no estudo dos

astros, tema que será trabalhado na seção Valores em ação desta unidade.
Respostas
1.
Os alunos poderão citar astros como: estrelas, 3.
Resposta pessoal. Caso algum aluno diga que não
planetas, satélites, cometas, entre outros. usou, pergunte quais equipamentos para a obser-
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos perce- vação do céu ele conhece. O aluno poderá citar
bam que o astronauta precisa usar esse traje, pois, equipamentos como telescópios terrestres, lune-
no espaço, não há as mesmas condições ambien- tas, binóculos, entre outros.
tais que há na Terra. No espaço, por exemplo, o gás 4.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem
oxigênio está em níveis inadequados à sobrevivên- que os estudos sobre o Universo permitem ao ser
cia do ser humano (o traje supre o gás oxigênio na humano formular explicações para fenômenos
quantidade que o astronauta precisa), há alta inci- astronômicos e entender a relação deles com o coti-
dência de radiação solar nociva (o traje também diano, por exemplo, as estações do ano, a ocorrência
protege o astronauta dessa radiação), etc. dos dias e das noites, os eclipses, entre outros.

CAPÍTULO
20 Astros
P. 202 ••A página de abertura deste capítulo apresenta a pintura A noite estrelada, de
Vincent van Gogh. Esse recurso pode ser trabalhado de forma interdisciplinar com
Arte, a fim de facilitar a leitura da obra, bem como explorar as características do
estilo desse pintor.

101
 Fique ligado!

Vincent van Gogh

AKG Images/Latinstock
Vincent Willian van Gogh (1853-1890) foi um pintor
holandês que, durante toda a sua vida, foi pobre,
chegando a passar fome. Van Gogh pintou várias telas,
porém nunca foi reconhecido pela crítica artística como
um grande artista. Seu reconhecimento só aconteceu
após sua morte, que ocorreu devido a vários problemas
de saúde mental.
A primeira tela de grande importância de Van
Gogh foi Os comedores de batata, que se caracteriza
pela predominância de cores escuras, em tons de
cinza, marrom e verde. Foi somente após sua ida
para Paris, que se encontrava sob forte influência
do Impressionismo, que o estilo característico e
internacionalmente conhecido de Van Gogh se
desenvolveu. Influenciado por muitos artistas
Vincent van Gogh
impressionistas, como Paul Cézanne e Claude Monet,
Van Gogh abandonou as cores escuras e passou a produzir pinturas com cores claras e brilhantes,
e a adotar pinceladas irregulares e firmes, que davam a sensação de luminosidade, tornando-se
um dos principais representantes do pós-impressionismo.

••Analise a tela dessa página com os alunos e destaque as características do esti-

lo adotado por Vincent van Gogh, como as cores vivas, as pinceladas firmes e a
sensação de luminosidade. Para enriquecer a análise do estilo desse pintor, leve
para a sala de aula imagens de outras obras de Van Gogh que apresentem essas
características, como Restaurante de la Sirène, de 1887; Caminhos com Ciprestes, de
1890; Café Terrace, Praça do Fórum, Arles, à noite, de 1888, entre outras obras. Se
possível, peça ao professor de Arte que explore essas características com a turma
e oriente os alunos a produzirem ilustrações que as representem. Essas produções
podem ser feitas tendo como temática os astros.

Fique ligado!

Pós-Impressionismo
Pós-Impressionismo foi um termo criado em 1910 para fazer referência aos artistas que surgiram
imediatamente após os impressionistas. A maior parte dos artistas pós-impressionistas se
concentrava em Paris, entre eles Vincent van Gogh.
O Pós-Impressionismo apresenta como característica a valorização da cor e da
bidimensionalidade.

 Aprenda mais
P. 203 ••O site Zênite apresenta várias informações sobre a Astronomia e traz diversos
recursos e dados complementares, que podem ser explorados com os alunos, no
decorrer de toda a unidade.

Acesse
Para iniciar o estudo sobre os astros pode-se explorar o recurso do site que apresenta
informações sobre o céu, na localidade que desejar. Para isso, basta entrar no item
Mapas do Céu ou acessar diretamente o endereço a seguir.
<www.zenite.nu/meu-ceu/>.
Acesso em: 16 jun. 2016.

102
 ••Neste momento, aproveite os recursos do link Planetário e carta celeste, para

8
despertar a curiosidade e o interesse dos alunos pelos astros. Peça a eles que

UNIDADE
observem as animações apresentadas e faça-lhes os questionamentos a seguir.
1.
Quais astros vocês observaram nas animações do site?
2.
Como vocês classificariam os astros observados: luminosos ou iluminados?
Gabarito
1. Os alunos podem observar planetas, estrelas e satélites.
2. Astros iluminados: planetas e satélites; astros luminosos: estrelas.

••Comente com os alunos que os astros não estão fixos no céu, mas sim se movi-
mentando a grandes velocidades.
••Caso não seja possível acessar o link, procure imprimir algumas das imagens da
animação e apresente-as aos alunos.
P. 205 ••Nesta página, é apresentada a constelação Cruzeiro do Sul, a menor de todas as 88
constelações conhecidas e que só pode ser observada do hemisfério Sul da Terra.
Essa constelação serviu de orientação para as grandes navegações portuguesas,
que resultaram na chegada ao Brasil, em 1500. A expedição liderada por Pedro
Álvares Cabral tinha um único astrônomo, João Faras, também conhecido como
Mestre João, que foi o primeiro homem a descrever o céu brasileiro e a identi-
ficar o Cruzeiro do Sul. Em 1º de maio de 1500, Mestre João enviou uma carta
ao rei de Portugal contando ao monarca sobre a tal constelação e outras estrelas
do céu brasileiro, juntamente com uma ilustração de suas observações. Embora a
constelação do Cruzeiro do Sul tenha sido utilizada para orientação, primeiramente
pelos portugueses durante as Grandes Navegações, a primeira referência a esse
grupo de estrelas foi feita pelo navegador italiano Alvise Cadamosti (1432-1488).
No entanto, apenas tornou-se de conhecimento universal em 1603, com a publica-
ção da obra Uranometrie, de Jean Bayer (1572-1625).
P. 206 ••A poeira estelar, citada nessa página, compõe a chamada matéria interestelar, ou
seja, conjunto de partículas e gases existentes nos espaços entre as estrelas (espa-
ço interestelar). A origem dessa poeira ainda não é totalmente conhecida, mas, de
acordo com as explicações mais aceitas, ela se forma quando as estrelas de grande
massa sofrem uma explosão violenta.
••As galáxias podem ser definidas como um agrupamento de estrelas que apresen-
tam relações gravitacionais. Existem bilhões de galáxias, as quais podem ser clas-
sificadas de acordo com seu formato. As imagens abaixo representam os três prin-
cipais tipos de galáxias. Apresente-as aos alunos, a fim de que eles compreendam
que há variedade de formas e tamanhos das galáxias.
Tony & Daphne Hallas/SPL/Latinstock

A Andrômeda é um exemplo de galáxia espiral.

Nas galáxias com esse formato, é possível
identificar claramente um núcleo (região central),
ao redor do qual se localizam braços espirais.
A Via Láctea também é um exemplo de galáxia
espiral.
A imagem ao lado foi criada em computador.

galáxia
Andrômeda

103
 NASA/JPL/Caltech/SPL/Latinstock
A Centaurus A é um exemplo de galáxia elíptica.
Essas galáxias apresentam formato esférico ou
de elipse e não possuem braços espirais. Em
geral, são galáxias com pouca quantidade de
gás, poeira e um número reduzido de estrelas
jovens.

galáxia
Centaurus A
NASA/ESA/STSCI/Hubble Heritage Team/SPL/Latinstock

A Grande Nuvem de Magalhães é um exemplo

de galáxia com formato irregular, ou seja,
ela não apresenta nenhuma simetria ou
formato definido. De acordo com os estudos
astronômicos, muitas galáxias com esse formato
apresentam intensa atividade de formação de
estrelas.

galáxia Nuvem
de Magalhães

P. 208 ••Ao abordar meteoroides, meteoros e meteoritos, para facilitar o entendimento

dos alunos, faça um esquema na lousa representando esses corpos celestes no
espaço e na Terra. Para isso, ilustre o globo terrestre, indique a atmosfera e repre-
sente uma pequena esfera fora da atmosfera. Identifique essa esfera como sendo
um meteoroide. Em seguida, ilustre uma esfera na atmosfera terrestre e indique-a
como sendo um meteoro. Posteriormente, ilustre uma esfera já em algum ponto da
superfície terrestre e identifique-a como sendo um meteorito.
••A imagem a seguir é do meteorito Bendegó. Peça aos alunos que procurem
imagens desse meteorito na internet, e comente com eles as informações a seguir.
Renato Luiz Ferreira/Folhapress

O meteorito Bendegó foi descoberto em 1784,

próximo ao rio Vaza Barris, no interior da Bahia.
Depois de muito esforço, ele foi transportado
para o Rio de Janeiro, onde se encontra em
exposição até hoje, no Museu Nacional. Ele pesa
cerca de 5 360 kg, sendo o maior meteorito
a atingir o Brasil. Não há relatos científicos
sobre o dia em que tenha caído, porém ele está
presente em vários relatos populares do povo da
região, que descrevem o evento como “uma bola
incandescente e com um barulho estrondoso”.

Meteorito de Bendegó no Museu

Nacional do Rio de Janeiro.

P. 209 e 210 Atividades

Respostas

a ) Espera-se que os alunos comentem que as

1. b ) Espera-se que os alunos respondam que os
estrelas são corpos luminosos com temperatu- planetas são astros iluminados, com forma
ras muito elevadas e que, em seu interior, ocor- aproximadamente esférica, possuem tamanho
rem reações que liberam energia, por exemplo, e massa suficientes para serem dominantes em
na forma de luz. sua órbita e giram ao redor de uma estrela.

104
 c ) Espera-se que os alunos respondam que os auxiliar na localização dos pontos cardeais, como

8
satélites naturais são astros iluminados, que

giram ao redor de um corpo maior, como um
planeta, por exemplo.
2.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon-
dam que meteoroides são corpos rochosos, de tama-
nho menor que os asteroides, podendo ser apenas
pedaços deste. Meteoro é um fenômeno causado
pelo atrito do meteoroide com o ar, quando este pene-
tra na atmosfera, tornando-se incandescente, deixan-
do um rastro de luz. Meteorito são partes dos meteo- d ) Resposta pessoal. Os alunos podem representar
roides que, ao passarem pela atmosfera terrestre, não
foram queimadas por inteiro, e então atingem a
superfície terrestre.
3.
a ) Cometas são corpos celestes menores que asteroides
e são constituídos principalmente por gelo e poeira.
b ) Porque, ao passar próximo ao Sol, parte do material
do núcleo evapora, formando, junto da poeira, a cabe-
leira do cometa, que pode formar duas caudas; os
gases que compõem a cauda gasosa, representada
na ilustração, podem refletir a luz solar.
4.
a ) Resposta pessoal.
b ) Porque, durante o dia, a intensidade da luz do Sol
que chega à superfície terrestre é maior que duran-
te a noite; como consequência, a luminosidade do
Sol ofusca a luz das demais estrelas, não sendo
possível visualizá-las.
c ) As estrelas diferem entre si em relação à dimensão,
à temperatura, à cor, à massa, à idade, entre outros.
5.
a ) Resposta pessoal. Os alunos poderão supor que o
Menino Maluquinho mudou de expressão porque
não é torcedor do Cruzeiro ou porque a resposta de
seu amigo foi óbvia, já que o Cruzeiro do Sul, símbolo
adotado pelo time, é uma das constelações visíveis no
céu brasileiro, e ele queria que o amigo juntasse estre-
las aleatórias e imaginasse um desenho.
b ) Os desenhos formados pelas constelações podem
UNIDADE
no caso do Cruzeiro do Sul, que ajuda a determinar
o ponto cardeal Sul.
c ) A luz das estrelas que os personagens estão vendo
não corresponde à luz que está sendo emitida
naquele momento, isso porque as estrelas estão
muito distantes da Terra. Em geral, elas se encon-
tram a anos-luz da Terra, ou seja, a luz foi emitida
há muitos anos.
constelações como: Escorpião, Virgem, Peixes,
Touro, Gêmeos, entre outras.
6.
a ) Os meteoros são popularmente conhecidos como
estrelas cadentes. Espera-se que os alunos digam
que esse fenômeno é conhecido dessa maneira
porque, quando os meteoroides atravessam a
atmosfera terrestre, eles se tornam incandescentes
e deixam um rastro de luz no céu, ou seja, nesse
fenômeno, parece que o céu é “cortado” por estre-
las providas de caudas.
b ) Porque, para enxergar os meteoros, é necessário que
o céu não esteja nublado, pois a presença das nuvens
impede a observação deles, por um observador na
superfície da Terra. Nesse caso, as nuvens, que se
formam principalmente na troposfera, ocultam os
meteoros que atingem as camadas acima.
Os meteoros são visíveis a olho nu porque ficam
incandescentes, ou seja, emitem luz. Fenômenos
luminosos são mais visíveis quando em ambientes
escuros. Assim, as luzes artificiais urbanas da
superfície terrestre tornam o ambiente muito claro,
o que pode dificultar a visualização da luminosida-
de dos meteoros no céu.

CAPÍTULO
21 Sistema Solar
P. 211 ••Neste capítulo, são apresentadas algumas características dos planetas que compõem
o Sistema Solar, bem como as teorias geocêntrica e heliocêntrica. Para introduzir
essa temática, é apresentado um trecho de uma reportagem sobre as sondas Voyager 1 e
Voyager 2. Esses equipamentos contribuíram muito para o conhecimento atual sobre
os planetas. Além disso, a sonda Voyager 1 foi o primeiro objeto feito pelo ser huma-
no a entrar no espaço interestelar. Oficialmente, a entrada da sonda ocorreu em
agosto de 2012, embora alguns astrofísicos, baseados em informações enviadas pela
própria sonda, defendam que essa entrada tenha ocorrido em data anterior. Essas
controvérsias ocorrem porque não há um limite exato do espaço interestelar solar.
Até 2015, o governo norte-americano, responsável pelas sondas, não havia confirma-
do se a Voyager 2 também teria entrado no espaço interestelar.

105
 ••As sondas Voyager 1 e 2 foram lançadas em 1977, ano em que ocorreu determi-
nada conjunção dos planetas, a qual permitiu que elas utilizassem as forças gravi-
tacionais como propulsão para seu deslocamento. Com isso, a viagem pôde ser
mais rápida. A Voyager 1 passou por Júpiter em 1979 e por Saturno em 1980; e a
Voyager 2 passou por Júpiter em 1979, por Saturno em 1981, por Urano em 1986
e por Netuno em 1989. A energia necessária para o deslocamento dessas sondas
ocorre graças à fonte nuclear, a qual deve durar até 2020, quando as sondas deve-
rão desligar-se sozinhas. Até lá, as informações coletadas pelas sondas continuam
a ser envidas à Terra, onde são usadas como fonte para vários estudos. Além de
coletar informações, elas carregam dados sobre o planeta Terra.
P. 216 e 217 ••A obra O Almagesto, de Ptolomeu (século II), apresenta um Sistema Solar geocêntri-
co bastante completo. Nessa obra, ele reuniu vários conhecimentos válidos para sua
época, obtidos por meio da observação do movimento diário aparente dos astros.
De acordo com o modelo apresentado na obra de Ptolomeu, os astros realizavam
movimentos circulares e uniformes. No entanto, com as observações dos astros,
viu-se que alguns deles realizavam movimentos diferentes dos previstos na teoria
geocêntrica. Para tentar explicar esses astros “anômalos”, foram propostas algu-
mas teorias complementares, como a dos epiciclos, a qual dizia que os planetas
girariam em torno de um ponto abstrato, que, por sua vez, giraria ao redor da Terra.
Com as novas observações dos astros, tornava-se cada vez mais difícil sustentar
cientificamente a teoria geocêntrica, mesmo recorrendo-se aos epiciclos.
•• Em 1543, Copérnico lançou um livro com a teoria heliocêntrica. A ideia de que o Sol
seria o centro do Universo era anterior a Copérnico. No Egito Antigo, por exemplo, já
existiam relatos heliocêntricos. No entanto, nessa civilização, essa ideia era dissemina-
da devido à influência religiosa, pois os egípcios consideravam o Sol um deus.
•• Copérnico foi o primeiro a dar uma explicação de caráter mais científico para a posição
heliocêntrica. No entanto, havia poucas evidências de que sua teoria estivesse correta.
••A teoria geocêntrica passou a ser mais contestada no século XVII, quando Galileu
Galilei observou que existiam satélites que giravam em torno de Júpiter, assim, a
Terra não seria o centro para esses satélites.
Com as observações e os cálculos de vários outros estudiosos, aos poucos, a teoria
geocêntrica foi perdendo força. Entretanto, demoraram vários anos até que a teoria
heliocêntrica realmente fosse aceita pela comunidade científica. Isso porque havia
forte influência religiosa a favor da teoria de que a Terra seria o centro do Universo.

Valores
em ação Cooperação para estudar o espaço
P. 218 A tecnologia é essencial para os avanços em diversas áreas de estudo, como a
Astronomia. No entanto, ela ainda é um recurso de custo bastante elevado e que exige
grandes investimentos. Por isso, países em desenvolvimento, como o Brasil, podem
encontrar dificuldades no acesso e desenvolvimento de novas tecnologias. Assim, a
cooperação entre países se mostra essencial para os estudos científicos.

Objetivo Comentários
••Conscientizar os alunos da importância da ••O Programa Satélite Sino-Brasileiro de Recur-
cooperação nos estudos científicos. sos Terrestres (CBERS) permitiu ao Brasil

106
 desenvolver a tecnologia para a produção de nacional. Uma parceria com a China permitiu

8
satélites de sensoriamento remoto, os quais

permitem o monitoramento do território nacio-
nal. As imagens obtidas por esses satélites
contribuem para o controle do desmatamento,
das queimadas, o monitoramento dos recur-
sos hídricos, o acompanhamento do cresci-
mento urbano, entre várias outras aplicações.
Apresente essas informações para os alunos e
ressalte a eles os impactos positivos que essa
tecnologia teve para a sociedade brasileira.
••O preço para o desenvolvimento da tecnologia
relacionada a satélites artificiais é muito alto.
Isso dificulta o desenvolvimento de tecnologia
Respostas
1.
Espera-se que os alunos percebam que a coope-
ração entre o Brasil e a China é importante, pois
contribuiu para o desenvolvimento da tecnologia
relacionada aos satélites artificiais, nos dois países,
além de superar as dificuldades financeiras que
envolvem o desenvolvimento e aperfeiçoamento
de equipamentos e tecnologias espaciais. Além
disso, com o satélite lançado, será possível realizar
o monitoramento do território nacional, a fim de
identificar áreas de desmatamento, áreas degra-
dadas, proteção de fronteiras, entre outras. Sem
essa cooperação, o desenvolvimento de um satéli-
UNIDADE
que ambos os países desenvolvessem suas
tecnologias. O Brasil financiou 30% do projeto,
e a China, 70%. Inicialmente, o projeto previa o
desenvolvimento de dois satélites, no entanto,
o sucesso da cooperação foi tamanho que os
países resolveram dar continuidade ao proje-
to e desenvolveram dois novos satélites em
parceria. O último deles foi lançado em 2014.
••Relembre os alunos de que a Estação Espacial
Internacional, apresentada na abertura dessa
unidade, também é um exemplo de coopera-
ção para o desenvolvimento de tecnologias.
te com tecnologia nacional poderia demorar mais,
devido a seus altos custos.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
respondam que sim, pois a cooperação pode
ajudar a alcançar objetivos mais facilmente, bene-
ficiando todos os envolvidos.
3. Os alunos poderão citar exemplos, como: estudar
em conjunto para uma avaliação, realizar uma
reforma ou limpeza da escola juntos, fazer um
mutirão para ajudar na recuperação de livros da
biblioteca ou na limpeza do bairro, entre outros
exemplos.

P. 219 e 220 Atividades

Respostas
Espera-se que os alunos citem que o Sistema Solar é
1. b ) A teoria heliocêntrica afirmava que o Sol era o
o conjunto formado pelo Sol e os astros ao seu redor. centro do Universo e todos os demais planetas,
Na ilustração que representa o Sistema Solar, espe- inclusive a Terra, giravam ao seu redor.
ra-se que eles representem o Sol ao centro, os plane- 4.
Atualmente, a teoria aceita afirma que o Sol é a prin-
tas em órbitas elípticas (Mercúrio, Vênus, Terra, cipal estrela de um sistema com oito planetas, entre
Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). os quais se encontra a Terra. Esses planetas e outros
2. Espera-se que os alunos comentem que os planetas astros giram ao redor do Sol. Além disso, os astros
terrestres apresentam características como: superfí- giram ao redor do Sol em órbitas elípticas e não
cie com grande quantidade de rochas, poucos ou circulares, como afirmava Copérnico em sua teoria.
nenhum satélite, são menores, porém densos. Os 5. O que mantém os planetas do Sistema Solar ao redor
planetas jovianos, em cuja constituição prevalecem do Sol é a força da atração gravitacional que essa
gases, apresentam muitos satélites naturais e anéis, estrela exerce sobre os demais astros desse sistema.
além de terem tamanhos proporcionalmente maiores 6. a
) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
quan­do comparados aos planetas terrestres. respondam que sim, pois permitem compreen-
3. a ) A teoria geocêntrica afirmava que a Terra era o der melhor o planeta Marte, bem como a histó-
centro do Universo e que todos os demais ria do Universo.
planetas e astros giravam ao redor dela, em b ) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
órbitas circulares. Essa teoria era defendida por respondam que Marte possui grande quantida-
Aristóteles e Ptolomeu. de de rochas na sua superfície.

107
 c ) Resposta pessoal. Os alunos podem identificar c ) Plutão não é o astro dominante de sua órbita.
que a atmosfera de Marte tem mais dióxido de
carbono em sua composição e mencionar que
seria necessária uma maior concentração de gás
oxigênio; eles podem comentar as baixas tempe-
raturas do planeta; alguns podem questionar se
há uma camada protetora contra os raios noci- d ) O planeta mais próximo à órbita de Plutão é
vos do Sol e citar esse aspecto como um item
importante; muitos devem mencionar também
que seria fundamental haver uma boa quantida-
de de água no estado líquido, uma vez que o ser
humano depende das trocas de água que faz
com o ambiente; entre outros.
d
) Resposta pessoal. Na descrição da viagem
espacial, os alunos poderão citar quais astros
veriam e como eles seriam; poderão descrever,
entre outros itens, os trajes e os equipamentos
que utilizariam.
7.
a ) Resposta pessoal. Além de Plutão, os planetas-
-anões do Sistema Solar são Ceres, Éris,
Haumea e Makemake.
b ) Os alunos devem notar o formato esférico de
Plutão e identificar a informação do enunciado
que caracteriza sua órbita ao redor do Sol, na
região do Cinturão de Kuiper.
Explique aos alunos que a massa de Plutão não
é suficiente para que sua órbita esteja livre de
outros corpos celestes, ou que impeça que ele
entre na área de influência (órbita) de outro
planeta.
Netuno.
Em determinados momentos, a órbita de Plutão
passa internamente na órbita de Netuno. A
órbita de Urano também é próxima à Plutão,
tanto é que a descoberta de Plutão ocorreu
devido às observações de sua influência na
órbita desses dois planetas.
Acesse
Informações como as apresentadas na resposta a
esse item podem ser consultadas em alguns sites.
Instituto de Física da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Plutão e Caronte.
<www.if.ufrgs.br/ast/solar/portug/pluto.htm>.
Acesso em: 16 jun. 2016.
COSTA, J. R. V. Plutão – Na periferia gelada.
Zênite.
<www.zenite.nu/plutao-na-periferia-gelada/>.
Acesso em: 16 jun. 2016.

•• Na atividade 6 da página 219, são apresentadas informações sobre o robô Curiosity.

De acordo com a Nasa, esse robô tem como principal missão verificar se Marte já
teve um ambiente capaz de sustentar seres vivos microscópicos, bem como avaliar
o potencial desse planeta para receber habitantes. Para isso, Curiosity conta com
equipamentos de alta tecnologia, os quais analisarão amostras de solo e rochas.
••A ideia de procurar indícios de vida em outros planetas não é nova. Várias outras
missões já foram feitas com esse objetivo. Quando um novo planeta é encontra-
do, mesmo fora do Sistema Solar, uma das primeiras perguntas feitas é se ele
apresenta indícios de vida ou condições para a existência de seres vivos, como os
conhecemos. A imensidão do Universo, com múltiplas possibilidades é instigante
nesse sentido.
••A reportagem abaixo apresenta informações de um planeta com característi-
cas similares às da Terra, representando um claro exemplo da busca dos seres
humanos por condições de vida fora da Terra. Se possível, trabalhe-a com os
alunos, já preparando-os para o capítulo seguinte. Após a leitura da reporta-
gem, questione-os sobre quais características da Terra permitem a existência
de seres vivos, e pergunte-lhes por que os planetas mais próximos às estrelas
dificilmente seriam habitáveis.

108
Pesquisadores da Nasa descobrem planeta

8
“primo mais velho” da Terra

A
Missão Kepler, da Nasa,
confirmou hoje (24) a
descoberta de um pla-
neta de dimensão próxima à da
Terra e que orbita uma estrela
parecida com o Sol. O Kepler-452b
está localizado em uma “zona ha-
bitável”, definição dada a áreas do
espaço em volta de estrelas que
têm temperatura parecida com a
da Terra e apresentam condições
para a existência de água líquida
na superfície de corpos celestes.
“Podemos pensar no Kepler-
-452b como um primo mais velho
e maior da Terra, que traz a opor-
tunidade de entendermos a evolu-
ção do ambiente terrestre.”, decla-
rou ao site da Nasa o pesquisador
Jon Jenkins, líder da equipe que
analisa os dados da sonda Kepler,
telescópio espacial usado para ex-
DINIZ, Maiana. Pesquisadores da Nasa descobrem planeta “primo mais velho” da Terra. EBC – Agência
Brasil, 23 jul. 2015. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2015-07/
ploração de planetas extrassolares.
O diâmetro do Kepler-452b
é 60% maior que o da Terra. A
massa e a composição do planeta
ainda não foram determinadas,
mas as pesquisas indicam que o
planeta é rochoso. A órbita do pla-
neta em volta da estrela chamada
Kepler-452, o sol do novo planeta
descoberto, dura 385 dias. A estre-
la que o Kepler-452b orbita tem 6
bilhões de anos, 1,5 bilhão a mais
que o Sol. A estrela é mais bri-
lhante que o Sol, mas tem a mes-
ma temperatura.
“É muito inspirador considerar
que esse planeta passou 6 bilhões
de anos na zona habitável de sua
estrela, período mais longo que o
do planeta Terra. É uma oportu-
nidade substancial para o surgi-
mento da vida, com todos os in-
pesquisadores-da-nasa-descobrem-planeta-primo-mais-velho-da>. Acesso em: 24 jun. 2016.
UNIDADE
gredientes e condições necessárias
para que a vida exista neste pla-
neta”, ressaltou Jenkins.
Além do Kepler-452b, os cien-
tistas apontaram mais 11 candida-
tos a gêmeos da Terra, exoplanetas
com diâmetro entre uma e duas
vezes o terrestre e que orbitam
estrelas semelhantes ao Sol em ta-
manho e temperatura.
O administrador do Diretório
de Missões Científicas da Nasa,
John Grunsfeld, lembrou que a
descoberta do planeta primo da
Terra ocorreu no vigésimo aniver-
sário da descoberta que provou a
existência de estrelas, que, como o
Sol, também abrigavam planetas.
“Esse resultado excitante significa
um passo a mais na descoberta de
uma Terra 2.0”, afirmou.

CAPÍTULO
22 Planeta Terra e seu satélite

P. 221 •• Na abertura deste capítulo, é apresentado um trecho de um clássico da literatura: O

Pequeno Príncipe, do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry. A interpretação do
texto pode ser feita em conjunto com a disciplina de Língua Portuguesa. No livro,
o Pequeno Príncipe viaja a vários planetas, pegando carona em asteroides. No
decorrer de suas viagens, o menino encontra personagens com diversas represen-
tações das características humanas. Além de explorar as questões relacionadas às
viagens pelo Universo, o livro tem uma linguagem poética que permite analisar os
sentimentos humanos.

Assista
A obra O Pequeno Príncipe foi adaptada para o cinema. Caso
considere pertinente, é possível apresentar esse filme aos alunos.
Direção: Mark Osborne. França, 2015 (108 min).

109
 Acesse
Se achar conveniente, ao trabalhar as fases da Lua, na página 226, explore com os alunos
a variedade de calendários e sua relação com o Sol e a Lua. O site do Observatório da
Universidade Federal de Minas Gerais apresenta informações sobre os calendários.
<www.observatorio.ufmg.br/pas39.htm>.
Acesso em: 16 jun. 2016.

P. 226 e 227 ••Ao estudar o tópico sobre os eclipses, na página 227, realize a Atividade 10,
proposta no caderno Na Prática.

Lendo
Lenda
P. 228 e 229 Nesta seção, é apresentada uma lenda indígena da etnia Kamaiurá sobre a origem do
dia e da noite. Esse texto foi escrito pelos irmãos Villas-Boas, importantes indigenistas
que lutaram pelo reconhecimento e pela preservação das culturas indígenas nacionais.
Objetivos ••Antes de iniciar a leitura da lenda, pergunte aos
alunos se conhecem alguma lenda e, em caso
••Conhecer uma lenda indígena brasileira.
de resposta afirmativa, sobre o que ela trata.
••Associar lenda ao conhecimento científico.
••Após a leitura, questione-os sobre quais
elementos fantásticos eles identificaram no
Comentários
texto. Espera-se que eles identifiquem a perso-
••É importante que os alunos percebam as nificação de animais e o diálogo que se estabe-
características desse gênero, conforme desta- lece entre animais selvagens e astros como o
cado no início da seção. Além de trabalhar a Sol e a Lua.
capacidade leitora, essa atividade contribui ••Comente com eles que as lendas são maneiras
para que eles conheçam a diversidade étnica e de diversos povos explicarem fenômenos da
cultural brasileira. natureza.

Fique ligado!

Irmãos Villas-Boas

Gilberto Ribeiro dos Santos/Folhapress

Em 1943, os irmãos Orlando e Cláudio Villas-Boas se alistaram
para uma expedição que partiria rumo ao Oeste brasileiro, até
então pouco conhecido. A expedição, conhecida como Roncador-
-Xingu, percorreu 1,5 mil quilômetros de rota e explorou cerca de
mil quilômetros dos rios da região. Durante esse percurso, eles
visitaram aproximadamente 50 aldeias indígenas, muitas delas
ainda completamente isoladas da civilização não indígena.
Os irmãos Villas-Boas procuraram conhecer a cultura indígena das
etnias com as quais estabeleceram contato. Além disso, lutaram
pela criação de mecanismos para proteger a cultura dessas etnias.
A criação do Parque Nacional do Xingu, no estado do Mato Grosso, Os irmãos Cláudio (à esqueda) e Orlando (à
em 1961, foi uma das conquistas que obtiveram. Esse parque direita) no Parque Nacional do Xingu.
é considerado a maior terra indígena brasileira, com cerca de
2 642 003 hectares. Além dos Kamaiurá, outras 13 etnias indígenas vivem na área do parque.

Respostas Antes da leitura

1. Resposta pessoal.
2. Espera-se que os alunos citem o Sol. Contudo, eles também podem incluir em suas respostas a Lua.

110

Respostas Durante a leitura
1. a ) Os alunos podem procurar pelas palavras coró,
carniça e roça, que são facilmente encontradas
no dicionário.
b ) Espera-se que os alunos relatem os persona-
gens Kuát, Iaê e urubutsin. Os acontecimentos
são apresentados na seguinte ordem: como a
ausência de dia na aldeia de Kuát, Iaê e o seu
povo; a construção por Kuát e Iaê de um bone-
co igual à anta, feito com mandioca e outras
coisas dentro para apodrecer; a entrega pelas
moscas de um embrulho repleto de corós na
aldeia do urubutsin e dos demais pássaros para
eles se alimentarem; a captura do urubutsin e a
chegada do dia trazido pelo jacu.
c ) Espera-se que os alunos reconheçam que o
principal objetivo de Kuát e Iaê era trazer o dia
para a sua aldeia. Esse objetivo foi alcançado
com a captura de urubutsin e o acordo feito com
ele, já que a aldeia dos pássaros possuía dia e
noite.
d ) Espera-se que os alunos identifiquem os
seguintes trechos: ”O Sol fez um embrulho dos
corós e entregou para as moscas, mandando
que levassem o embrulho para a aldeia dos
pássaros.”, “Os pássaros cercaram as moscas
para saber o que elas estavam trazendo. O
urubutsin (urubu-rei), o Chefe dos pássaros,
disse que o Sol estava querendo enganar a eles
Respostas Depois da leitura
1.
Resposta pessoal.
2. Espera-se que os alunos percebam que a lenda
tem como objetivo explicar a ocorrência do dia,
com base nos elementos da natureza que o povo
Kamaiurá conhecia e com quem se relacionava.
3. A noite é para dormir, e o dia, para trabalhar, por
exemplo, fazer a roça, caçar, pescar, entre outras
atividades.
4. Resposta pessoal. Entre as características que
podem ser percebidas com a leitura do texto,
destacam-se: os Kumaiurá vivem em grupo,
conhecem a alimentação dos pássaros e os respei-
tam, fazem roça, caçam e pescam, trabalham
durante o dia e descansam à noite.
8
UNIDADE
para roubar o dia. Na aldeia do urubutsin havia
dia, claridade.”, “Os pássaros chegaram e
começaram a comer os bichos. [...] a Lua falou
para o Sol: — Vamos ficar prontos que ele vem
agora.”, “Ficaram apenas o jacubim e o jacu
verdadeiro. O urubutsin, então, mandou o jacu-
bim buscar o dia. Ele saiu e voltou algum tempo
depois enfeitado com o aravirí”, “Aí o urubutsin
falou diferente para o jacu: — Agora você tem
que trazer o dia de verdade, porque já estou
cansado de estar aqui. [...] Quando o jacu
chegou, clareou tudo.”.
2. Os alunos devem identificar a penúltima fala do
urubutsin como a que se refere à ocorrência dos
dias e das noites. De acordo com o que estudaram
nessa unidade, a ocorrência dos dias e das noites
está relacionada ao movimento de rotação da
Terra, o qual faz uma face do planeta receber
determinada quantidade de energia luminosa do
Sol; o movimento de rotação da Terra dura aproxima-
damente 24 horas. Assim, quando a face da Terra
na qual estamos está voltada para o Sol, ela é
iluminada e podemos observar esse astro. Quan-
do a Terra se movimenta e ficamos na face contrá-
ria à voltada para o Sol é noite, e não podemos
observar esse astro.
5. Oriente os alunos a pesquisar na internet ou em
livros sobre a vida de Orlando e Cláudio Villas-Bo-
as. Sertanistas e indigenistas, participaram da
expedição do governo federal conhecida como
Roncador-Xingu, realizada com o objetivo de
explorar áreas desconhecidas no Centro-Oeste e
na Amazônia. Durante 24 anos, eles participaram
do primeiro contato com várias etnias indígenas. A
ideia da criação do Parque Nacional do Xingu
também é atribuída a eles. Os irmãos Cláudio e
Orlando foram indicados duas vezes ao prêmio
Nobel da Paz. Orlando escreveu vários livros a
respeito da história indígena brasileira, e, com seu
irmão Cláudio, recebeu vários prêmios brasileiros
e internacionais.
111
 P. 230 e 231 Atividades
Respostas
Espera-se que os alunos mencionem em suas
1. b ) O ciclo solar apresenta 365 dias completos e
respostas que a Terra apresenta temperatura média
superficial que permite a ocorrência de água no
estado líquido, característica essencial para a exis-
tência de vida. Além disso, a atmosfera terrestre difi-
culta a penetração de determinadas radiações noci-
vas, contribui para a manutenção da temperatura
terrestre e é formada por uma mistura de gases que
c ) Espera-se que os alunos abordem em suas
favorece a ocorrência da fotossíntese e da respiração,
processos vitais a muitos seres vivos.
2. a ) Espera-se que os alunos comentem em suas
respostas que o movimento de rotação é aque-
le que a Terra executa ao redor do seu próprio
eixo. Esse movimento dura aproximadamente
24 horas e é responsável pela ocorrência dos
dias e das noites.
b ) Espera-se que os alunos exponham que o movi-
mento de translação é aquele que a Terra executa
ao redor do Sol. Este movimento dura aproxima-
damente 365 dias e é um dos fatores responsá-
veis pela ocorrência das estações do ano.
3. As estações do ano ocorrem devido à inclinação do
eixo da Terra, bem como do movimento de transla-
ção desse planeta. Em decorrência destes fatores, os
hemisférios terrestres recebem radiação solar em
quantidades variadas, nas diferentes épocas do ano.
Por exemplo, na partedo trajeto do movimento de
translação em que o hemisfério Sul está mais expos-
to à luz solar, mais dessa luz atinge a superfície desse
hemisfério da Terra, resultando em aumento da
temperatura média. Na parte do trajeto em que este
hemisfério está menos exposto à luz do Sol, sua
temperatura média diminui.
4. a ) O dia em Urano tem 17 horas, pois é o tempo que
ele leva para fazer um movimento de rotação.
b ) O ano de Urano tem aproximadamente 30 660
dias terrestres, pois é o tempo que este planeta
leva para realizar um movimento de translação
completo, uma vez que esse movimento equi-
vale a 84 anos terrestres e cada ano tem apro-
ximadamente 365 dias.
5. a ) Errado (E).
b ) Errado (E).
c ) Correto (C).
6. a ) O ser humano se orientava baseado em dois
ciclos da natureza: o lunar e o solar. Esses ciclos
possuem duração conhecida e suas etapas
apresentam características que se repetem e
podem ser marcadas pelo ser humano.
112
6 horas. Como há um dia incompleto, com 6 horas,
o calendário considera apenas os 365 dias completos.
As 6 horas excedentes, a cada 4 anos, formam
um dia extra, que é incorporado no ano bissex-
to. Assim, os anos possuem 365 dias e, a cada
4 anos, há um ano bissexto, com 366 dias.
respostas que o primeiro calendário teve
origem egípcia e foi desenvolvido de acordo
com as cheias do Nilo, usadas para a prática da
agricultura. Os egípcios perceberam que uma
estrela chamada Sírio nascia perto do Sol, e no
período logo a seguir ocorriam as cheias do
Nilo. O intervalo de tempo correspondente
entre duas aparições de Sírio perto do Sol
correspondia a 365 dias divididos em 12 meses
de 30 dias com cinco dias adicionais no final do
ano. Eles dividiram as estações de acordo com
o aparecimento de Sírio, a época de semear e o
período da colheita. O calendário egípcio foi
adotado por persas e armênios, com modifica-
ções. O calendário babilônico foi um calendário
constituído de 12 meses lunares. O primeiro dia
do mês ocorria quando a primeira Lua aparecia
após a Lua nova. Os gregos e os romanos
adotaram esse calendário babilônico e fizeram
modificações. Nas modificações feitas pelos
romanos, o calendário passou a ter dez meses:
março, abril, maio, junho, quinto, sexto, setem-
bro, outubro, novembro e dezembro. Dentro
desses meses eram abrigados todos os dias do
ano, e restavam ainda 61 dias que equivaliam
ao inverno. Posteriormente foram criados pelo
segundo rei de Roma, Numa Pompilius, os
meses de janeiro e fevereiro. O imperador Júlio
César criou o calendário juliano, em que teve
como principal mudança a adição do ano
bissexto a cada 4 anos. O calendário atual mais
utilizado pelo maior número de países do
mundo é baseado no calendário juliano e
chama-se calendário gregoriano. O papa
Gregório XIII determinou que a Páscoa nunca
ocorresse antes de 22 de março nem depois de
25 de abril, por isso, novas regras foram neces-
sárias para definir os anos bissextos e os feria-
dos cristãos.
 Acesse

8
UNIDADE
Informações como as apresentadas na resposta da questão 6, item C, podem ser obtidas
nos seguintes sites:
LAS CASAS, R. Calendários. Observatório da Universidade Federal de Minas Gerais.
<www.observatorio.ufmg.br/pas39.htm>.
Acesso em: 24 jun. 2016.
MOREIRA, J. L. K. O Calendário.
<http://staff.on.br/jlkm/Opiniao/calendario.html>.
Acesso em: 24 jun. 2016.

P. 231
Verificando rota
Respostas
1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos concluam que
os estudos sobre o Universo são importantes para
conhecê-lo e, principalmente, para compreender-
mos alguns eventos astronômicos que ocorrem em
nosso cotidiano, como as estações do ano, o dia e a
noite, os eclipses e a chuva de meteoros.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos concluam
4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
que as estrelas emitem luz própria, enquanto a
Lua reflete a luz do Sol que incide sobre ela.
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos tenham
compreendido que o Sol exerce atração sobre os
astros do Sistema Solar e que esses astros
também exercem atração sobre o Sol, porém uma
atração muito menor. A atração exercida pelo Sol
garante que os corpos celestes fiquem girando ao
redor dessa estrela. Entre os astros que fazem
parte do Sistema Solar, destacam-se os planetas
(Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno), satélites, cometas, meteoroides,
entre outros.
compreendam que, devido à rotação da Terra,
algumas regiões do planeta estão voltadas para o
Sol, enquanto outras estão no lado oposto. Isso
resulta em dia nas áreas iluminadas, e em noite
nas regiões que não estão recebendo a incidência
direta dos raios luminosos provenientes do Sol.

Ampliando
fronteiras Observação dos astros
P. 232 e 233
em diferentes culturas
Nesta seção, são apresentadas informações sobre a observação dos astros
em diversas culturas, abordando tanto aspectos relacionados a povos
do passado como de um exemplo atual. A presente seção

aborda o tema convergente Expressões culturais.
Objetivos
••Verificar a influência dos astros em diferentes
culturas.
••Verificar como a cultura interfere no modo
como os povos observam, estudam e represen-
tam os astros.
Comentário
••Antes de iniciar a leitura da seção, pergunte
aos alunos se eles já ouviram falar de algum
povo que usava os astros para marcar o tempo.
Raul Aguiar
Acesse
Caso considere relevante, complemente o estudo
sobre a observação dos astros com informações
presentes nos seguintes sites:
Departamento de Astronomia do Instituto de
Física da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Astronomia Antiga.
<http://astro.if.ufrgs.br/antiga/antiga.htm>.
Acesso em: 16 jun. 2016.
SANTOS, T. J. História da astronomia e ciências
afins. Universidade Federal de Minas Gerais,
Observatório Astronômico Frei Rosário.
<www.observatorio.ufmg.br/pas65.htm>.
Acesso em: 16 jun. 2016.

113
Respostas
1. Resposta pessoal. influenciando a religiosidade de alguns dos povos
citados ou diretamente a vida das pessoas.
2. a ) Todos os povos citados utilizam os astros para
marcar o tempo. Os Tukano e os egípcios utilizam/ c ) Resposta pessoal. Em grande parte do Brasil, a
cultura predominante adota a marcação do
vam o posicionamento das estrelas no céu, e os
tempo por meio do calendário gregoriano. Nele,
maias e povos que viviam próximos a Stonehenge
a determinação do ano relaciona-se ao movi-
se baseavam no posicionamento das sombras
mento de translação e de rotação da Terra.
projetadas pela movimentação do Sol.
3.
Resposta pessoal. Essa questão visa levar os alunos
b ) Além da marcação do tempo, percebe-se nos a refletir sobre a importância das trocas e colabora-
exemplos que os povos citados usavam/usam os ções entre os povos, e fazê-los reconhecer que o
astros como referências para identificar períodos próprio desenvolvimento técnico-científico e cultural
de inundações, a época do amadurecimento de não se deu de uma maneira isolada, mas por meio
frutos e da reprodução dos animais, por exemplo. de trocas e colaborações entre diversos grupos afas-
Além disso, nota-se a observação dos astros tados ou não, contemporâneos ou não.

••O texto a seguir apresenta informações complementares sobre a observação dos

astros nas culturas indígenas. Se achar conveniente, leia-o para os alunos.

Um olhar diferente sobre o mesmo céu: astronomia indígena

A
pesar de hoje em dia pen-
sarmos que a observação
direta do céu não nos traz
nenhum benefício imediato, em to-
das as primeiras culturas ela era
motivo de sobrevivência. Era através
da observação das estrelas – o Sol,
durante o dia, e as outras estrelas,
durante a noite – que conseguíamos
marcar o tempo e ver quando cada
estação do ano chegava e, assim, sa-
bermos quando podíamos plantar
nossos alimentos, colhê-los, quando o
frio chegaria, a época das chuvas etc.
Isso parece um passado muito remo-
to das nossas vidas, mas ao olharmos
com cuidado para o cotidiano das tri-
bos indígenas, vemos que, para eles,
esse aspecto da sua cultura ainda
está muito presente.
Apesar de serem muito diferentes
entre si, todas as diferentes etnias das
famílias indígenas têm em comum
que toda a sua organização social e,
algumas vezes, física também (como
a disposição das ocas, a marcação de
ASSIS, C. Um olhar diferente sobre o mesmo céu: astronomia indígena. Museu Ciência e Vida. Disponível
em: <www.museucienciaevida.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=286:um-olhar-
pedras ao redor de seu território e
etc.), parece ter algum fundamento
na observação do céu. Assim, mesmo
que você seja uma pessoa perfeita-
mente à vontade com a nossa visão
do espaço, a chamada visão ocidental,
uma pessoa profunda conhecedora
das constelações ocidentais e suas
mitologias (aquelas que herdamos
dos gregos e romanos), sua forma
de enxergar o céu é extremamente
diferente dos nossos índios, mesmo
que ambos estejam vendo as mesmas
estrelas.
Uma das principais diferenças é
que o céu dos indígenas não é apenas
a morada dos seus deuses e imortais,
apesar de também exercer essa fun-
ção em algumas etnias. O céu deles
é, também, uma reprodução do que
veem aqui na Terra: ele está cheio
dos animais e plantas que habitam os
seus territórios, de histórias que en-
sinam às crianças das suas tribos. A
Terra é um espelho do céu. A maior
prova disso são as constelações que
eles enxergam: antas, emas, palmei-
ras, cobras e seus espíritos imortais.
Ao contrário das constelações que
usualmente observamos, as constela-
ções indígenas nem sempre são for-
madas por desenhos feitos pela união
de estrelas. Muitas das constelações
indígenas são formadas pelo contras-
te entre as partes escuras e claras da
Via Láctea (você já viu a Via Láctea?
Uma faixa esbranquiçada cortando
o céu?), que ajuda na forma do dese-
nho, ou mesmo pela junção das áreas
de contraste com estrelas. Dessa for-
ma, as constelações indígenas são um
pouco mais intuitivas do que as oci-
dentais.
Olhar para o céu de um povo com
a cultura diferente da nossa nos diz
muito sobre como é a cultura desse
povo. No mínimo, conhecemos mais
sobre sua vida cotidiana, sobre seus
saberes, suas histórias e seus valores.
[...]
Raul Aguiar

diferente-sobre-o-mesmo-ceu-astronomia-indigena&catid=54&Itemid=124>. Acesso em: 4 jul. 2016.

114
Na prática

Na prática
Atividade 1 Objetivos
••Reconhecer algumas relações estabelecidas entre os componentes bióticos e abió-
ticos em um modelo de ecossistema.
••Observar o ciclo da água em um terrário.

Comentário
••Explique aos alunos que as condições no terrário logo após a montagem prova-
velmente não serão as mesma decorrido algum tempo. Com o passar dos dias,
aspectos como a umidade e a temperatura tendem a se estabilizar.

Respostas Questões iniciais

• Espera-se que os alunos percebam que as
sementes podem germinar e, dependendo da
espécie, novas plantas surgirão.
• Espera-se que os alunos respondam que a água
se evaporará, podendo se condensar na parede
interna da garrafa, formando pequenas gotícu-
las. Essas gotículas geralmente escorregam pela
superfície e caem sobre o solo ou sobre os seres
vivos do terrário.

Respostas Minhas observações

1. Componentes Componentes 3. O ar: fornece gás oxigênio, fundamental para a

abióticos bióticos respiração dos animais e das plantas; gás carbô-
terra animais nico, essencial para a fotossíntese das plantas. A
plantas (mudas e água: fundamental para a hidratação das plantas
areia e animais, pois participa de processos necessá-
sementes)
cascalho microrganismos
rios ao desenvolvimento e à manutenção dos
seres vivos. O solo: fornece abrigo para alguns
ar (gás oxigênio e
gás carbônico)
animais e serve de suporte. Além disso, é do solo
que as plantas do terrário absorvem a água e os
água
nutrientes minerais necessários para o seu
luz desenvolvimento.
4. O terrário pode ser considerado um ecossistema
2. Resposta pessoal. A resposta vai depender das
porque dentro dele se estabelecem inter-relações
espécies de plantas e animais colocadas no terrá-
entre o meio biótico e abiótico, havendo troca de
rio, bem como das condições de manutenção dos
materiais e energia.
modelos construídos. De um modo geral, espera-
se que os alunos citem a germinação das semen- 5.
Espera-se que os alunos citem em suas respostas
tes e o crescimento de alguns vegetais e animais, assuntos como: ecossistemas, relações ecológi-
os quais podem ter se reproduzido ou morrido. cas, interações entre componentes bióticos e
Dependendo do tempo de observação do terrário abióticos, ciclos biológicos, fotossíntese, entre
é possível que os alunos observem as plantas e outros. Ao construir um terrário, simulamos um
animais mortos se decomporem por ação de miniecossistema em que podemos observar os
fungos e bactérias. Além disso, possivelmente os pequenos animais e as plantas interagindo entre si
alunos observarão mudanças no estado físico da e também com os fatores abióticos (o solo, a água
água que se encontra no terrário, como a conden- e o ar) existentes nesse terrário. Além disso, é
sação da água que evapora do solo ou é eliminada possível observar algumas etapas do desenvolvi-
na transpiração dos seres vivos e forma gotículas mento das plantas e animais no interior do terrá-
nas paredes da garrafa. rio, bem como simular o ciclo da água.

115
Resposta Nossas conclusões
• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos Eles poderão complementar suas respostas com
comparem suas observações e reconheçam a participação do colega e rever pontos de vista
eventuais diferenças de entendimento do tema. e conceitos.

Atividade 2 Objetivo
••Simular uma erupção vulcânica com o uso de um modelo
Comentário
••A mistura do vinagre (ácido acético) com o bicarbonato de sódio, resulta em uma
reação com liberação de dióxido de carbono (gás carbônico) e água. Como essa
acontece em um meio líquido, as bolhas produzidas a partir do gás carbônico
causam a efervescência do líquido e seu extravasamento do conteúdo. O sal rema-
nescente no copo é o acetato de sódio.
Resposta Questão inicial
• Espera-se que os alunos percebam que é possí- estrutura do vulcão e materiais como vinagre,
vel representar a erupção vulcânica, por meio bicarbonato de sódio e corante, para simular a
de um modelo. Espera-se que os alunos comen- lava vulcânica.
tem que a argila pode ser usada para construir a

Respostas Minhas observações

1.
Espera-se que os alunos comentem em suas respos- 2.
Espera-se que os alunos percebam que o item F
tas que a mistura do vinagre com o bicarbonato desta atividade representa uma erupção vulcânica e
resulta em uma reação em que há produção de o derramamento da lava na parte externa do cone
bolhas. Com a formação das bolhas, o líquido extra- do vulcão. Na natureza, a erupção ocorre quando o
vasa do copo e escorre pelo cone. magma acumulado nas câmaras magmáticas é
expelido em função das altas temperaturas e da
pressão dos gases do interior da câmara.

Resposta Nossas conclusões

• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
concluam que, semelhante ao que ocorreu na
atividade, o magma extravasa do interior da Terra
através do cone vulcânico, e se deposita sobre
ele ou ao redor do vulcão. No entanto, o motivo
da erupção nesses dois casos é diferente.
Enquanto na atividade realizada a erupção ocor-
reu devido à reação química entre o vinagre e o
bicarbonato de sódio, na natureza as erupções
vulcânicas ocorrem por conta de elevadas tempe-
raturas e pressões no interior da Terra.

Atividade 3 Objetivos
••Conhecer técnicas de cultivo. ••Acompanhar o desenvolvimento
de plantas.

Comentários
••Se possível, procure a orientação de um agrônomo ou de um técnico agrícola. Uma
sugestão é convidar um desses profissionais à escola para sanar as dúvidas, acom-
panhar a construção da horta e instruir sobre os cuidados com as plantas.

116
 ••Se não houver um local adequado para a montagem da horta, faça o cultivo das
plantas em hortas verticais. As hortas verticais são montadas em paredes e o

Na prática
substrato é colocado em recipientes suspen- Acesse
sos. Essa atividade é interessante, pois permite
No site a seguir estão diversas
o cultivo de diferentes plantas, especialmente instruções para construir uma
temperos, em espaços pequenos. No site indi- horta vertical.
cado, você encontrará um manual de cultivo de <www.usp.br/agen/wp-
hortas suspensas elaborado pela Universidade content/uploads/IDDS_
manual-de-hortas-verticais_
de São Paulo.
julho-2012.pdf>.
Acesso em: 29 jun. 2016.

Respostas Questões iniciais

• Resposta pessoal. Esperas-e que os alunos
comentem que para as plantas se desenvolve-
rem, a área selecionada para a horta deve conter
solo e receber luz solar em pelo menos algum
período do dia, por exemplo.
• Espera-se que os alunos citem, por exemplo,
que durante o cultivo de plantas é necessário
preparar o solo, fornecer água e adubo, etc.
• Resposta pessoal.

Respostas Minhas observações

1.
Espera-se que os alunos abordem técnicas como 3.
A adubação do solo é necessária principalmente em
aração, adubação e irrigação. solos considerados pobres em nutrientes, porque a
2. A porosidade e a permeabilidade do solo possibili- adição de adubo garante que a planta em desenvol-
tam a correta aeração e hidratação do solo. A vimento receba os nutrientes corretos e em quanti-
permeabilidade é importante porque a água pene- dade suficiente, .
tra o solo e atinge as camadas inferiores, alcan- 4. Resposta pessoal. É possível que os alunos citem
çando o nível das raízes das plantas, sem ficar que a construção de uma horta proporciona vege-
acumulada em determinadas regiões do solo. A tais frescos e estimula o consumo de alimentos
porosidade também é importante para que o gás mais saudáveis, se o cultivo dispensar agrotóxicos
oxigênio se aloje entre as partículas de solo e este- e incluir o adubo orgânico. Além disso, ao cons-
ja acessível às raízes das plantas. truir uma horta, o aluno aprende a manipular e a
cuidar do solo, além de acompanhar o desenvolvi-
mento e as diferentes fases de algumas plantas.

Respostas Nossas conclusões

1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos perce- mento das plantas, de maneira que a água deve
bam que para montar uma horta são necessários ser disponibilizada na quantidade ideal.
cuidados antes e após o plantio das mudas. O solo 2. a ) Resposta pessoal. As dificuldades enfrentadas
deve ter nutrientes, ar e água para que as plantas
durante a realização desta atividade dependem
se desenvolvam apropriadamente. Algumas técni-
do local onde a horta foi construída e das
cas de preparo do solo podem ser usadas na
características de cada aluno.
construção de uma horta a fim de torná-lo
adequado ao plantio. Quanto à irrigação, trata-se b ) Resposta pessoal.
de um cuidado importante durante todo o cresci- c ) Resposta pessoal.

Atividade 4 Objetivos
••Verificar a influência da inclinação do terreno e da cobertura vegetal na ocorrência
de erosão do solo.
••Estabelecer comparações entre a situação experimental e os processos erosivos
ambientais.

117
 Comentários
••Oriente os alunos a colocar a terra vegetal nas fôrmas, tendo cuidado para não
compactá-la. Os alunos podem “salpicar” aos poucos a terra vegetal nos recipientes.
••O resultado esperado ao jogar a água na fôrma sem a cobertura vegetal é que ela
faça sulcos no solo e arraste-o ao escorrer, o que não deve acontecer na fôrma
com o cultivo de alpiste.
Oriente os alunos a começar jogando a água

André L. Silva/ASC Imagens

a uma altura de aproximadamente 20 cm das
fôrmas e a subirem o regador gradativamente.
Diga aos alunos que, em razão da fina espessu-
ra da camada de solo sobre a fôrma, se a água
for jogada de uma altura superior a 40 cm,
possivelmente ela causará buracos no solo.
Sulcos no solo sem cobertura vegetal, formados
pela ação da água despejada do regador.

Respostas Questões iniciais

• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
respondam que a chuva tende a causar mais
erosão no solo de um terreno inclinado. Isso
porque nesse tipo de terreno a velocidade de
escoamento da água é maior, o que garante
mais força para carregar grande quantidade de
partículas de solo.
• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
concluam que a cobertura vegetal, principal-
mente em áreas inclinadas, pode diminuir a
ação erosiva da água, pois a vegetação diminui a
velocidade de escoamento superficial da água,
entre outros benefícios.

Respostas Minhas observações

1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
comentem que, na fôrma onde não foi cultivado o
alpiste, a água que saiu do regador fez buracos no
solo e, ao escorrer, levou consigo partículas de
solo. Já na fôrma onde foi cultivado o alpiste, as
raízes mantiveram as partículas de solo unidas e
as próprias folhas do alpiste atuaram como uma
2. Não. Espera-se que os alunos respondam que, na
proteção do solo contra o impacto das gotas de
água, evitando a formação de buracos e o arraste
de suas partículas. Essas diferentes situações
foram observadas porque a cobertura vegetal atua
como uma camada protetora do solo, evitando ou
minimizando o impacto da água sobre o solo. Já o
solo sem alpiste está exposto à ação das gotas de
água do regador e suas partículas são mais susce-
tíveis a desagregar-se, o que facilita o arraste pela
água.
fôrma sem o cultivo de alpiste, o solo ainda pode-
ria formar buracos em razão do impacto das gotas
de água. No entanto, o arraste de partículas do
solo seria menor, uma vez que a inclinação promo-
ve uma velocidade maior de escoamento da água.

Resposta Nossas conclusões

• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
concluam que a cobertura vegetal ajuda a prote-
ger o solo contra a erosão, especialmente em
terrenos inclinados, onde a velocidade de escoa­
mento da água e, consequentemente, sua força
de arraste são maiores. Pra proteger o solo em
áreas agrícolas é possível fazer uso de algumas
técnicas, como a rotação de culturas e a redu-
ção da inclinação do terreno, por meio de curvas
de nível ou terraceamento, e o plantio em faixas
de retenção.

Atividade 5 Objetivos
••Reconehcer as mudanças de estado físico da água.
••Associar as mudanças de estado físico da água ao ciclo hidrológico.

118
 Comentário
••Espera-se que o resultado obtido seja um

Na prática
José Vitor Elorza/ASC Imagens
acúmulo de água dentro do copo que se encon-
tra no interior do recipiente circular. Tal resul-
tado é esperado porque com a incidência da
luz solar sobre o recipiente, a água se aquece
e evapora; o vapor sobe e, ao entrar em conta-
to com o filme plástico que está a temperatura
mais baixa que o ar no interior do recipiente,
Água no interior do copo de plástico,
condensa, formando gotas de água. Essas gotas passado o período de cinco horas de
escorrem até o ponto mais baixo do filme, pres- exposição do recipiente à luz solar.
sionado pela pequena rocha. Em tal ponto, elas
se unem, tornam-se maiores e por fim caem para dentro do copo.
Resposta Questão inicial
• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos aquecimento pela energia solar, por exemplo, e
respondam que sim e que para isso é necessário do estado gasoso para o líquido, por meio do
providenciar condições para que a água passe resfriamento do vapor.
do estado líquido para o gasoso por meio do

Respostas Minhas observações

1.
Parte da água presente no recipiente plástico 2.
Espera-se que os alunos citem a evaporação e a
passou para dentro do copo plástico. Espera-se condensação.
que os alunos expliquem que isso ocorreu porque 3.
Caso o recipiente estivesse destampado, a água
a energia solar fez com que a água evaporasse. evaporada não permaneceria contida no interior
Esse vapor, em contato com o filme plástico, do sistema montado, o vapor se dissiparia na
condensou-se, transformando-se em água líquida. atmosfera..
Com o peso da rocha, o filme plástico afundou e
as gotas de água escorreram até o ponto mais
baixo dele, pingando dentro do copo.

Resposta Nossas conclusões

• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos veri-
fiquem que a água se movimenta no interior do
sistema experimental (ou seja, passe do reci-
piente plástico circular para o copo plástico)
pois é submetida a mudanças de estado físico.
Esse movimento da água no sistema experi-
mental pode ser comparado com o movimento
da água no ciclo hidrológico. É esperado também
que os alunos verifiquem o papel da energia
solar, a qual aquece a água, promovendo sua
evaporação. O vapor, em contato com o filme
plástico, se condensa, virando água.

Atividade 6 Objetivo
••Construir um filtro para observar os processos de filtração e decantação
Comentários
••Auxilie os alunos no momento de cortar a garrafa, procedimento A. Observe que
as duas metades têm tamanhos diferentes, sendo a parte de cima menor que a de
baixo. Depois de cortada a garrafa, inicie a montagem do filtro.
•• No procedimento G, ao despejar vagarosamente a mistura sobre o funil, deve-se
garantir que apenas o sobrenadante do sistema seja colocado no filtro. Solicite aos
alunos que reparem na coloração da água antes de ser colocada no filtro a fim de
comparar com a coloração depois do processo.

119
Resposta Questão inicial
• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos e funcionar como filtros, retendo impurezas de
respondam que sim; eles podem justificar que, diferentes tamanhos. Em seguida, as impurezas
assim como ocorre quando a água infiltra no que não ficaram retidas nos filtros podem se
solo, a areia, o cascalho e o algodão podem ser depositar no fundo da garrafa, por meio da
dispostos em camadas dentro de um recipiente decantação.
Respostas Minhas observações
1.
Após a etapa F, a solução ficou visualmente menos 2.
Após a realização da etapa G, a água ficou mais
turva e mais clara, ou seja, com menor quantidade transparente. A etapa G corresponderia à etapa de
de partículas suspensas. Essa etapa corresponde- filtração de uma Estação de Tratamento de Água.
ria aos tanques de decantação em uma Estação
de Tratamento de Água.
Resposta Nossas conclusões
• Para que água resultante da atividade experimen- envolva filtração, em filtros com poros mais redu-
tal se torne adequada ao consumo humano, ou zidos que os do filtro experimental, e desinfecção
seja, potável, deve passar por um tratamento que por fervura ou adição de hipoclorito de sódio.

Atividade 7 Objetivos
••Perceber a existência do ar.
••Constatar que o ar ocupa lugar no espaço.
Comentários
••A borracha do balão deve ser suficientemente flexível para não oferecer resistência a
ponto de impedir a entrada de ar nele. Se a borracha for rígida, o ar que está sendo
empurrado pela entrada da água na garrafa pode encontrar uma grande resistência
exercida pela parede do balão, sendo forçado a

André L. Silva/ASC Imagens

sair pela boca da garrafa, direcionando-se contra
o fluxo de água. Caso julgue necessário, antes
de fixar o balão no canudo, encha-o e esvazie-o
algumas vezes para tornar a borracha do balão
mais flexível.
••Conforme a água é despejada no funil, espe-
ra-se que o balão fixado na ponta do canudo
se encha de ar até determinado ponto. Esse
resultado ocorre porque o ar contido na garra-
fa é empurrado pela água que está entrando,
causando a passagem de parte do ar da garrafa
para o interior do canudo e do balão..
Balão parcialmente preenchido com ar
proveniente do interior da garrafa.

••A quantidade de ar que entra no balão também é influenciada por seu tamanho
e pela espessura e elasticidade de sua parede, que oferece resistência ao ar. No
momento em que essa resistência for maior que a força gerada pela água que entra
na garrafa através do funil, o balão para de encher, então o ar começa a passar por
entre as moléculas da água, fazendo-a borbulhar.
Respostas Questões iniciais
• Espera-se que os alunos respondam que sim, • Espera-se que os alunos respondam que sim, pois
que o ar ocupa lugar no espaço. o ar ocupa os espaços onde não há outro corpo.

120
Respostas Minhas observações
1. mais por onde o ar sair da garrafa. Dessa maneira, o

Na prática
Resposta pessoal. À medida que a água entrou na
garrafa pelo funil, parte do ar contido na garrafa foi ar que restou no interior desse recipiente passa a
transferida para o canudo e depois para o balão, oferecer resistência à entrada da água. Esse volume
enchendo-o. A entrada da água na garrafa ocorreu de água só entrará na garrafa nessa situação se o ar
facilmente enquanto o balão podia aumentar de que ocupa espaço dentro da garrafa saia dela. Essa
volume. No momento em que a resistência do balão saída se apresentará como bolhas de ar na água
passou a impedir a entrada de mais ar nele, a água despejada no funil.
despejada no funil deixou de entrar na garrafa por 5. Ao tapar a saída do canudo, o ar empurrado pela água
não haver mais espaço a ser ocupado. que entra na garrafa não consegue mais se deslocar
2. Antes da entrada da água, a garrafa continha somen- para dentro do balão. Por esse motivo, o ar permanece
te ar em seu interior. Em seguida, ela passou a conter na garrafa e gera uma resistência contra a entrada de
água também. água. A tendência do ar da garrafa é escapar pelo orifício
3. Sim. A existência de qualquer espaço, nos locais que do funil, por onde a água está entrando. Isso causa bolhas
deveriam estar vedados, poderia alterar os resulta- de ar na água que está dentro do funil.
dos do experimento porque o ar que deveria encher 6. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos conclu-
o balão escaparia pelos pontos mal vedados. am que esse experimento possibilitou a confirma-
4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comen- ção de que o ar ocupa lugar no espaço, ou seja,
tem que apenas parte da água despejada no funil que antes de a água ser despejada no funil, a
entrou na garrafa, porque o ar existente dentro dela garrafa estava cheia de ar. Além disso, foi possível
foi empurrado pela água em direção à abertura do observar que, para a entrada de água na garrafa
canudo, enchendo o balão e liberando espaço para a ou em qualquer outro recipiente vedado, o ar
entrada da água. No entanto, o volume de água contido em seu interior deve ser deslocado/retira-
restante despejado no funil não entra na garrafa. Isso do do recipiente para abrir espaço para a água.
porque após encher a bexiga e vedados todos os Caso o ar presente no interior de um recipiente
possíveis espaços de vazamento de ar, impedindo não consiga sair, cedendo espaço, a água não
inclusive que o ar saia pela abertura do funil, não há poderá entrar.

Respostas Nossas conclusões

1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos concluam sair da garrafa por meio do orifício do canudo,
que o ar ocupa lugar no espaço e, portanto, mesmo enchendo o balão. Além disso, é possível que os
uma recipiente aparentemente vazio, como uma garra- alunos comentem que conforme a água entra na
fa vazia, está preenchido por ar. No caso do experimen- garrafa, diminui o volume de ar contido nela.
to realizado, a entrada de água na garrafa forçou o ar a 2.
Resposta pessoal.

Atividade 8 Objetivo
••Observar e identificar a ação e os efeitos da pressão do ar.
Comentário
•• Ao realizarem a vedação com a massa de modelar na tampa na etapa C, oriente os
alunos a deixar ao menos 2 cm de mangueira na parte interna da tampa e a vedar bem o
encaixe com a massa de modelar, tanto do lado externo como do lado interno da tampa.
Resposta Questão inicial
• Espera-se que os alunos respondam que sim, alterando a quantidade de ar no interior da garrafa.

Respostas Minhas observações

1. Ao sugar o ar do interior da garrafa, a pressão 2. Ao realizar o item H do experimento, logo após
interna da garrafa ficou menor do que a pressão exter- retirar o dedo da abertura da mangueira, obser-
na, exercida pela atmosfera. A garrafa defor- vou-se que parte da água presente na bacia subiu
mou-se com a retirada do ar. pela mangueira e entrou na garrafa.

121
 3. Porque a ocorrência de vazamentos nos encaixes
da mangueira permitiria a entrada do ar externo
no interior da garrafa. Isso impossibilitaria a cria-
ção de um ambiente de pressão reduzida no inte-
rior da garrafa e, consequentemente, não seria
observada a entrada de água na garrafa, uma vez
que as pressões interna e externa estariam iguais.
4. Espera-se que os alunos digam que, por meio do
experimento, foi possível notar que a pressão
interna de uma garrafa pode ser alterada, porque,
antes de parte do ar contido no interior da garrafa
ser sugado, a pressão atmosférica era a mesma
dentro e fora da garrafa. No momento em que
parte do ar foi retirada da garrafa, a pressão em
seu interior ficou menor do que a pressão externa.
Essa diferença de pressão fez com que a pressão
externa, maior que a interna, empurrasse a água
por meio da mangueira para dentro da garrafa.

Resposta Nossas conclusões

• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
comentem em suas respostas que a pressão
atmosférica atua em diferentes direções. Assim,
a retirada de ar do interior de um recipiente
fechado, sem espaços de vazamento de ar,
promove a redução da pressão interna do reci-
piente. Espera-se que os alunos concluam que,
quando a pressão atmosférica externa é maior, ela
força a água a se deslocar pela mangueira, e,
quando as pressões estão em equilíbrio, a água
permanece dentro da bacia.

Atividade 9 Objetivos
••Construir uma representação de um termômetro.
••Identificar variações de temperatura a partir do comportamento do termômetro
construído.
Comentários
••Na etapa A, o corante alimentício utilizado para colorir a água pode ser substituído
por suco em pó.
••Conforme a temperatura aumenta, aumenta também o grau de agitação das
moléculas, que distanciam-se um pouco mais umas das outras, fazendo com que
o líquido se expanda. Conforme ocorre uma diminuição da energia recebida, as
moléculas tendem a agitar-se menos e o líquido diminui seu volume.
Resposta Questão inicial
• Resposta pessoal. O funcionamento dos termô- temperatura, aumentando ou diminuindo o seu
metros clínicos e de ambiente se baseia na dila- volume, conforme aumenta ou diminui a tempe-
tação do mercúrio. O mercúrio contido dentro ratura ao seu redor. Essa variação de volume é
do termômetro é muito sensível à mudança de medida por uma escala presente no termômetro.

Respostas Minhas observações

1.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos aumento no volume da água, explique aos alunos que
respondam que a água dentro do canudo subiu e isso ocorreu devido o comportamento anômalo da
elaborem explicações para esse fato. A luz do Sol água entre 4 °C a 0 °C. Nesse intervalo, a água aumen-
fornece energia na forma de calor para as molécu- ta seu volume. A partir de 0°C, o volume da água volta
las de água. Com isso, a agitação das moléculas a reduzir com a diminuição da temperatura.
aumenta, bem como a distância entre elas, o que
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respon-
resulta no aumento do volume de água.
dam que o nível da água, após retirada da geladeira,
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam subiu no interior do canudo e, algum tempo depois,
que a água dentro do canudo desceu e elaborem expli-
voltou à marcação inicial. Isso aconteceu porque o
cações para esse fato. A água existente no interior da
ambiente foi cedendo energia na forma de calor para
garrafa cedeu energia térmica ao ambiente do interior
da geladeira. Com isso, a agitação das moléculas dimi- a água, o que aumentar a agitação das moléculas de
nui, bem como a distância entre elas, resultando na água e aumentar o volume dela.
redução do volume de água. Caso seja observado 4.
A temperatura.

122
Resposta Nossas conclusões
• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos água ou o mercúrio recebem calor do meio ao seu

comentem que os resultados obtidos com a cons-
trução da atividade são comparáveis com o funcio-
namento dos termômetros clínico ou de ambiente.
Isso porque, assim como o mercúrio no interior
dos termômetros clínicos e de ambiente, a água
do termômetro experimental tem seu volume alte-
rado por variações na temperatura. Quando a
Na prática
redor, suas moléculas se agitam mais rapidamente
e aumentam a distância entre si, causando um
aumento do volume do líquido. Quando o líquido
perde calor, a energia responsável pela agitação de
suas moléculas também diminui, reduzindo o
espaço entre as moléculas e, consequentemente,
reduzindo o volume do mercúrio ou da água.

Atividade 10 Objetivos
••Representar, por meio de uma montagem, os eclipses solar e lunar.
••Identificar diferenças entre o eclipse solar e o eclipse lunar.
Comentários
••Os resultados desta atividade são melhor observados se as três últimas etapas
forem feitas em um ambiente com pouca iluminação.
••Comente com os alunos que as proporções dos astros, bem como as distâncias
entre eles, não são proporcionais às distâncias reais.
••Mostre aos alunos a representação do movimento de translação da Terra. Para isso,
peça a um aluno que segure a lanterna em um ponto fixo. Em seguida, movimente
o modelo feito ao redor desse aluno. Esclareça que, embora não seja possível veri-
ficar na atividade, a quantidade de energia luminosa recebida em cada hemisfério
varia em razão da inclinação da Terra e de seu movimento de translação.
Resposta Questão inicial
• Resposta pessoal. Espera-se que os alunos Lua. É possível também que eles mencionem
percebam que no eclipse lunar não enxergamos que no eclipse lunar a Terra se encontra posicio-
a Lua, pois ela fica sob a sombra da Terra, nada entre o Sol e a Lua, enquanto no eclipse
enquanto no eclipse solar não enxergamos o Sol, solar a Lua se encontra posicionada entre a Terra
uma vez que parte da Terra fica sob a sombra da e o Sol.

Respostas Minhas observações

1. O Sol. ficou sob a sombra da Lua, ou seja, nessas partes do
2. À medida que foi simulado o movimento de rotação, planeta, a luz solar não incidiu diretamente. Essa repre-
ora o ponto que representa o Brasil se encontrava sentação corresponde ao fenômeno do eclipse solar.
iluminado, ora não. As situações em que o ponto 5.
Espera-se que os alunos relacionem a etapa F com o
recebe luz solar diretamente correspondem ao dia, eclipse lunar, quando não podemos ver a Lua. Nesse
enquanto que as situações em que o ponto que não caso, a Terra se encontra posicionada entre o Sol e a
recebe luz solar direta representam a noite. Lua, impedindo que a luz solar chegue diretamente à
3. Na etapa F, a esfera que representa a Lua ficou ela. E espera-se que eles relacionem a etapa H ao
sob a sombra da Terra, ou seja, não recebeu luz eclipse solar, quando a Lua se encontra posicionada
direta do Sol. Essa representação corresponde ao entre a Terra e o Sol, impedindo que parte da luz
fenômeno do eclipse lunar. solar chegue diretamente a algumas regiões do
4. Na etapa H, parte da esfera que representa a Terra planeta, formando uma sombra.

Resposta Nossas conclusões

• Espera-se que os alunos comparem suas suas mentar suas respostas com a participação do
respostas, identifiquem divergências e esclare- colega e rever pontos de vista e conceitos.
çam eventuais dúvidas. Eles poderão comple-

123
 Ação e
construção Cuidando do ambiente do bairro
A turma fará um passeio pelo bairro da escola a fim de identificar problemas ambien-
P. 252 a 255 tais e pensar em possíveis soluções. Ao final, os alunos produzirão um livro ilustrado,
o qual deverá ser apresentado aos demais membros da escola e da comunidade, para
compartilhar essa experiência e conversar sobre a importância de se conservar os
ambientes.

••Sugestões de planejamentos:

Tempo 6 semanas
estimado
P. 29 Valores
Momentos em ação – A
para cooperação na
começar conservação do
ambiente

P. 96 Contaminação
do solo

P. 167 Arborização
urbana

•• O conteúdo desta seção possibilita relações com os saberes de Arte, Geografia e

Língua Portuguesa. Se julgar conveniente, convide os professores dessas disciplinas
para auxiliá-lo no trabalho com esta seção.

Geografia

Cartografia – espaço Lateralidade – noções

escolar (construção do de referência espacial na
mapa da escola) construção do mapa

Arte

Produção de
ilustrações – desenho
livre e em perspectiva

Língua
Portuguesa

Produção textual – Oralidade

legendas, carta

124
 Objetivos

Ação e construção
••Conscientizar sobre a importância da conservação dos ambientes.
••Identificar situações que prejudicam os ambientes e propor ações para contê-las.
••Conhecer o estado de conservação do bairro da escola.
••Envolver a comunidade do entorno da escola na conservação do bairro.
Introdução
•• Antes de iniciar essa atividade, explique aos alunos que eles desenvolverão uma ativi-
dade em grupo, na qual são importantes o compromisso e a participação de todos
para se obter um resultado satisfatório. Nessa atividade, eles terão momentos de refle-
xão sobre atitudes pessoais e coletivas.
••O processo de avaliação deve ser contínuo, portanto, durante todo o desenvolvimen-
to da atividade, promova momentos de pausas, reflexões e correções do que já foi
realizado.
Bate-papo inicial
••As questões iniciais promovem o levantamento de hipóteses, a exploração do conhe-
cimento prévio e a verificação da opinião dos alunos a respeito do tema tratado.
••Peça aos alunos que anotem as respostas neste momento para que, ao final da
seção, confrontem seus conhecimentos e opiniões iniciais com o que aprenderam
durante a realização deste trabalho.

Mão na massa
1o passo • Planejamento
Preparação para o trabalho de campo
••A elaboração do mapa do bairro pode ser feita em parceria com o professor de
Geografia.
••Oriente os alunos a utilizarem um site de pesquisa para observarem imagens do
bairro da escola e, assim, delimitarem e elaborarem o mapa do bairro. Oriente-os
na delimitação dos setores a serem visitados por cada grupo.
••Um opção à elaboração do mapa, é que os alunos façam fotocópias amplificadas
do mapa pesquisado, identificando os setores a serem visitados, como proposto
para o mapa produzido pelos alunos.
••Para a realização da etapa seguinte, agende com a direção e a equipe pedagógica
um passeio pelo bairro onde a escola está localizada. É importante haver um adulto
acompanhando cada grupo durante a visita. Combine previamente com agentes da
escola, pais ou responsáveis que auxiliem nessa tarefa.
••Instrua os alunos a trazerem máquinas fotográficas, celulares ou outros equipa-
mentos para registrarem as imagens.
••Indique um integrante de cada grupo para ser o responsável pelas fotografias.
Oriente-o a fotografar cada passo do grupo do qual faz parte, desde a elaboração
do mapa até a exposição do livro finalizado a fim de, no final do trabalho, mostrar
a eles o desenvolvimento de todo o projeto.

125
 2o passo • Execução

Dia da observação e coleta de dados

••Incentive os alunos a registrarem as as situações positivas e negativas, pois as
fotografias retratadas nesse momento serão utilizadas na próxima etapa. Comente
sobre a importância de registrar os problemas ambientais observados em áreas
públicas. Oriente os alunos a não fotografarem residências dos moradores. Se isso
ocorrer, peça-lhes que não utilizem a imagem e façam um desenho da situação,
descaracterizando a residência.
••Não há problema caso grupos diferentes retratem a mesma situação, pois, no
momento de compor as frases, cada um tende a expressar uma visão diferente.
••Comente com os alunos que é comum empresas ou estabelecimentos comerciais
se responsabilizarem por cuidar de uma praça ou de uma área próxima ao seu
estabelecimento. Caso situação como essa seja identificada no setor do bairro
analisado pelos alunos, peça a eles que avaliem se esses locais estão em melhores
condições ou não em relação às demais áreas.

Após a visita
••Nessa etapa, oriente cada grupo a conversar sobre as observações que fizeram,
dando espaço para que cada integrante exponha seu ponto de vista.
Depois, solicite ao grupo que exponha aos demais colegas a situação do setor que
analisaram. Após o comentário de cada grupo, os alunos deverão discutir a situa-
ção do bairro de forma geral.
Após essa conversa, oriente-os a responder às questões.
••Oriente-os a escolher as melhores imagens para fazer parte do livro, ou seja, aque-
las em que o problema ambiental esteja mais visível e facilmente identificável. As
imagens deverão ser impressas em papel fotográfico no tamanho (9 x 12 cm).
Cada grupo pode ficar responsável por imprimir as fotografias em um estúdio de
preferência, ou, se possível, a escola pode buscar o apoio de algum estúdio a fim
de que faça todas as impressões.

Produção do livro
••Se possível, convide os professores de Arte e de Língua Portuguesa para partici-
parem da produção do livro.
Antes de realizar essa etapa, certifique-se de que todas as esquipes imprimiram as
imagens necessárias e providenciaram os materiais: papel A4, cola, lápis, lápis de
cor e canetas coloridas.
••Oriente os grupos a conversarem sobre cada frase que entrará no livro e a anota-
rem em um rascunho, antes de colocar no livro. Solicite a ajuda do professor de
Língua Portuguesa para a elaboração dos textos.
••Se possível, solicite a ajuda do professor de Arte na organização dos textos e
imagens do livro. Ele também poderá auxiliar os alunos na elaboração das ilustra-
ções e na realização dos desenhos em perspectiva, por exemplo.
••Após a finalização das páginas do livro, encaderne-o em espiral. Organize os
grupos para que cada um possa observar o livro pronto.

126
 3o passo • Divulgação

Ação e construção
Exposição dos resultados e ação na comunidade
••Essa etapa é destinada à divulgação dos dados obtidos. É o momento de os alunos
exporem à comunidade escolar os dados que coletaram a fim de sensibilizar as
pessoas sobre o tema da conservação ambiental.
••Organize com os alunos a divulgação do evento por toda a escola e verifique a
possibilidade de fazer cartazes convidando os moradores do bairro e familiares a
participarem do evento. Esses cartazes poderão ser fixados em postos de saúde,
estabelecimentos comerciais ou outros locais de grande circulação de pessoas.
Oriente os alunos a pedir autorização dos responsáveis pelo estabelecimento antes
de colar os cartazes.

Durante a exposição
••Organize os grupos para que cada um fique encarregado de uma tarefa.
••Parte dos alunos deve ficar responsável por explicar o objetivo do trabalho e como
ele foi desenvolvido; parte deve apresentar o livro e outra parte deve ficar encarre-
gada de conversar com a comunidade sobre os problemas encontrados e as possí-
veis soluções, anotando o ponto de vista de todos.
••Ao final dessa atividade, é proposta a elaboração de uma carta para ser entre-
gue aos setores responsáveis por cuidar do bairro, apresentando os problemas e
as soluções sugeridas pela comunidade. Se possível, desenvolva essa etapa em
parceria com o professor de Língua Portuguesa, redigindo uma carta em lingua-
gem formal.

Avaliação
••A última etapa é destinada à comparação das hipóteses levantadas antes de iniciar
o trabalho e à autoavaliação do desenvolvimento das atividades como um todo.
••Após todos responderem às questões propostas nesse tópico, oriente-os a expor
suas opiniões sobre o trabalho desenvolvido, como ele contribuiu para o aprendiza-
do e se houve alguma mudança de opinião ou atitude relacionada a esse assunto.
••Em seguida, exponha as fotografias das etapas de cada grupo e comente o desen-
volvimento de cada etapa, o trabalho em grupo e o envolvimento deles durante a
realização da atividade.
••Solicite que façam uma conclusão sobre o resultado dessa atividade. Para isso,
os alunos podem avaliar se, após a finalização do projeto e sua apresentação à
comunidade, houve sensibilização deles e dos demais membros da comunidade a
respeito do tema, houve participação de todos os membros do grupo, eles acredi-
tam que esse trabalho teve efeito positivo sobre as pessoas, entre outros pontos a
serem considerados .
••Promova uma conversa entre todos os envolvidos na atividade, alunos e profes-
sores. Comentem o impacto desse trabalho na comunidade do entorno da escola
durante a divulgação do livro. Estimule-os a dar continuidade às atividades desen-
volvidas.
••Quando tiverem uma resposta sobre a carta enviada aos setores governamentais,
se possível, organizem uma reunião com a comunidade para apresentá-la e assim
discutir os diferentes pontos de vista sobre os problemas e soluções apresentados.

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