Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Latina e Caribe
ONU
China
Oriente Médio
Línguas Estrangeiras
2
Fuga de traficante do Comando Vermelho gera crise no
Paraguai
Mundialíssimo ,
Na tarde de quarta-feira (11), um grupo de homens armados vestidos com uniformes falsos
da polícia paraguaia abriu fogo contra um comboio em que estava o traficante Jorge Teófilo
Samudio, conhecido como “Samura”, que conseguiu fugir de carro com o bando.
A operação ocorreu na avenida Costanera Norte, enquanto Samura era transferido de uma
audiência no tribunal, cancelada de última hora, de volta para a prisão. O ataque, que
durou menos de três minutos, deixou um policial morto e três pessoas feridas, informou o
jornal ABC Color.
Samura, 47, é cidadão paraguaio, e foi preso em outubro de 2018 próximo à fronteira com
o Mato Grosso do Sul. Ele vinha sendo procurado há pelo menos cinco anos –estima-se
que contrabandeava até US$ 20 milhões (R$ 81 milhões) em drogas para o Brasil a cada
mês.
O incidente levou à renúncia do ministro da Justiça, Julio Javier Ríos, e a uma troca no
comando da polícia. O presidente Mario Abdo Benítez afirmou que pretende emendar a
Constituição para autorizar o emprego das Forças Armadas no combate ao crime
organizado.
“Não podermos esperar mais, temos uma capacidade ociosa e temos que utilizá-la para
fortalecer nossa política de segurança”, declarou Benítez na quinta-feira (12).
O anúncio de Benítez foi alvo de críticas de grupos de defesa de direitos humanos, que
temem o retorno das violações praticadas pelas Forças Armadas durante a ditadura de
Alfredo Stroessner, encerrada em 1989.
Vidal Acevedo, da ONG Serviço para a Paz e Justiça, declarou ao jornal britânico The
Guardian que o uso das Forças Armadas no combate a grupos guerrilheiros no Paraguai
3
produziu “violações de direitos humanos em larga escala”, e que a militarização no
combate ao crime organizado em outros países latino-americanos, como México e Brasil,
havia gerado “ainda mais violência”.
DEPENDÊNCIA PARAGUAIA
Além disso, no mês passado, o presidente Benítez quase sofreu impeachment após a
revelação de um acordo que favoreceria o Brasil na contratação de energia da usina
hidrelétrica de Itaipu, que é administrada em conjunto pelos dois países. O acordo acabou
cancelado, e Benítez conseguiu se manter no poder.
Com 6,8 milhões de habitantes, o Paraguai é um dos países mais pobres da América do
Sul, e tem no Brasil seu maior parceiro comercial.
4
Ernesto relativiza tratado e diz que 'ninguém está falando
em ação armada' na Venezuela
Folha de S.Paulo , Marina Dias
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, relativizou nesta quinta-feira (12) os
termos do TIAR (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca), que prevê defesa
mútua dos países-membros em caso de ataques externos, e disse que sua possível
ativação não significa uma intervenção militar na Venezuela.
"Cada vez está mais claro que a situação da Venezuela é uma ameaça à segurança da
região e que, portanto, o TIAR tem vocação de tratar desse tipo de desafio [...] Não
significa ação militar, de forma nenhuma, não é isso que nós queremos", afirmou o
chanceler em Washington.
"O TIAR não é simplesmente um acordo de ação militar, é um acordo para ação coletiva
diante de ameaças à segurança."
A ala militar do governo brasileiro sempre advogou contra qualquer ação intervencionista
no país vizinho, mas as posições públicas do presidente Jair Bolsonaro são dúbias sobre o
assunto.
"Isso [ameaça externa] é redação do tratado, mas, enfim, a própria existência hoje de um
regime como a Venezuela, seja interno seja externo, representa ameaça, e acho que o
tratado existe para isso. Independentemente do que está ali na letra, é uma ameaça
externa no sentido de que nós estamos diante de uma situação que tem presença
terrorista, presença de forças violentas aí", completou Ernesto.
5
Nesta quarta-feira (11), o Brasil apoiou o presidente interino na Venezuela, Juan Guiadó,
na OEA (Organização dos Estados Americanos), para aprovar a convocação de uma
reunião que pode ativar o TIAR.
Ainda que a moção fale em "defesa mútua dos países-membros", não está claro se a
convocação do TIAR implicaria em uma intervenção militar.
Alguns diplomatas entendem que o pacto trataria apenas de ataques externos, ou seja,
não se aplicaria à atual crise e, em última instância, não haveria apoio suficiente entre as
nações participantes para uma ação desse tipo.
Aliados de Guaidó, porém, afirmam que esse é caso, sim, para a invocação do tratado,
inclusive prevendo uma intervenção militar no país para depor Maduro.
Na sessão da OEA, nesta quarta, o Brasil chegou a rechaçar uma emenda proposta pela
Costa Rica que apoiava o chamado da reunião de consulta para ativação do TIAR, mas
falava em "restauração pacífica da democracia na Venezuela", excluindo expressamente
medidas "que impliquem o emprego de força armada".
Questionado sobre a postura da delegação brasileira, Ernesto mais uma vez minimizou o
cenário, disse que, "na verdade, não é que a gente seja a favor". "Ninguém está falando de
ação armada", repetiu.
O Brasil, porém, poderia ter se colocado como favorável à emenda proposta pela Costa
Rica —excluindo a opção militar— ou até mesmo se abstido de votar na ocasião. Mas
votou contra.
O chanceler não soube detalhar nenhuma medida ou proposta que será levada pelo Brasil
à reunião dos ministros dos países-membro do TIAR, em duas semanas.
Disse apenas que é preciso "fazer uso do tratado para que ele seja um mecanismo de
ajuda, para que façamos uma mudança na Venezuela".
6
FMI confirma que negociará novo pacote de ajuda à
Argentina em meio à crise
Estadão ,
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta quinta-feira, 12, que receberá o
ministro da Fazenda da Argentina, Hernán Lacunza, este mês em Washington para
negociar um novo pacote de ajuda financeira.
Peronismo
“Nosso compromisso com a Argentina continua sendo forte”, disse Rice. “O objetivo do FMI
é tentar ajudar as autoridades argentinas a estabilizar a difícil situação e fazer com que a
confiança volte para que o país retome o caminho do crescimento”, afirmou.
Após as eleições primárias de 11 de agosto, que apontaram Fernández como favorito para
a votação de outubro, a moeda, a bolsa e a dívida sofreram duros golpes. Logo em
seguida, o governo da Argentina pediu ao FMI que reestruture o crédito de US$ 57 bilhões
concedido no ano passado em troca de um plano de austeridade.
7
criticado por ter concedido o maior crédito da história da entidade a um país cuja
capacidade de honrar suas dívidas está seriamente comprometida. “Quando nos
esforçamos para ajudar um país, jamais o fazemos sem riscos”, afirmou o porta-voz do
FMI. “E os riscos são grandes quando a situação já é frágil.”
O porta-voz lembrou que, em 2018, a Argentina pediu ajuda ao FMI quando a crise já
estava instalada no país. “Em termos de avaliação de riscos, nos esforçamos para ser
transparentes, documentar os riscos”, disse Rice, convidando os jornalistas para ver os
alertas do órgão sobre numerosos problemas que afetam a economia da Argentina.
Nos relatórios mais recentes, “os riscos, incluindo fatores internos e externos, foram
destacados como suscetíveis de serem agravados por reações negativas dos mercados e
por incertezas políticas”, segundo os alertas do FMI.
8
Tiar, o tratado tirado do baú para pressionar Maduro na
Venezuela
Estadão ,
O objetivo era garantir a defesa coletiva diante de um eventual ataque de uma potência de
outra região - leia-se União Soviética, já que os EUA fazem parte do tratado - e decidir
conjuntamente ações a serem tomadas em caso de um conflito entre dois países
signatários do Tiar. O mecanismo, que entrou em vigor um ano depois, é mais antigo que a
Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), criada em 1949.
Argentina, Brasil, Bahamas, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, El Salvador,
Guatemala, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Trinidad e
Tobago, Uruguai, México, Cuba, Equador, Bolívia, Nicarágua e Venezuela.
Ainda sob a presidência de Hugo Chávez, a Venezuela anunciou que deixaria o Tiar em
2012, junto com outros integrantes da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba)
- Bolívia, Equador e Nicarágua. A saída foi efetivada no ano seguinte.
9
Os quatro países argumentaram que consideravam o Tiar estava "morto" desde os anos
80, quando os EUA se negaram a cumpri-lo ao permitir a agressão de uma potência
estrangeira a um país signatário: a Guerra das Malvinas em 1982 entre Reino Unido e
Argentina.
Dois anos mais tarde, a pedido da Venezuela, que rompeu relações diplomáticas com
Cuba em 1961, o órgão consultivo do Tiar decidiu que os países do continente não
deveriam se relacionar com Cuba. Os países também recomendaram na ocasião que o
comércio e o transporte marítimo para a ilha fosse interrompido, salvo por razões
humanitárias.
1982: A Guerra das Malvinas foi um dos momentos mais críticos para o Tiar, já que a
Argentina invocou o tratado para se defender do Reino Unido. A convocação não foi
atendida pelos EUA, que decidiu manter seu compromisso com a Otan e apoiar os
britânicos. Colômbia e Chile também não apoiaram os argentinos no conflito.
10
Qual o papel da Colômbia na tese de intervenção na
Venezuela
Nexo Jornal , João Paulo Charleaux
A evocação do Tiar neste encontro, ocorrido na sede da OEA (Organização dos Estados
Americanos), em Washington, tem como pano de fundo a tese de que o atual governo da
Venezuela representa uma ameaça regional que justificaria o uso da força coletiva.
A hipótese de uma intervenção militar estrangeira para retirar Maduro do poder à força foi
mencionada pela primeira vez em maio de 2016 pelo ex-presidente da Colômbia, Álvaro
Uribe (2002-2010). “O Exército e as Forças Armadas [da Venezuela] têm que proteger a
oposição, ou [temos de] pensar em qual país democrático é capaz de colocar suas Forças
Armadas democráticas a serviço da proteção da oposição venezuelana. Essa tirania [em
referência a Maduro] precisa ser enfrentada”, disse ele à época.
Um ano depois, em agosto de 2017, o presidente dos EUA, Donald Trump, foi ainda mais
direto. “As pessoas estão sofrendo e estão morrendo. Temos muitas opções para a
Venezuela, incluindo uma possível opção militar se for necessário”, disse Trump. “Estamos
em todo o mundo, e temos tropas em todo o mundo, em lugares que são muito longe. A
Venezuela não está tão longe”
11
Desde então, a tese da intervenção militar estrangeira na Venezuela surgiu e ressurgiu
várias vezes e em vários tons na boca de vários líderes da região, por vezes corroborando
a tese, por vezes recuando. Esse movimento errático pode ser visto, por exemplo, nas
diferentes manifestações de autoridades brasileiras, que emitem sinais trocados a esse
respeito.
Um mês depois, em março, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que é filho
do presidente da República e cotado para assumir a Embaixada do Brasil em Washington,
disse, por outro lado: “Guerra é ruim. Vidas são perdidas e existe todo um problema de
efeitos colaterais, mas Maduro não deixará o poder de forma pacífica e, em algum
momento, o uso da força será necessário”. O Brasil é uma potência regional e, como tal,
figura como ator chave a ser considerado em qualquer cenário militar na América do Sul.
O passo mais recente foi dado nesta quarta (11), quando 12 Estados-partes do tratado
decidiram - contra um voto contrário e cinco abstenções - adotar uma “uma resolução para
constituir o órgão de consulta do Tratado [Tiar] e convocar na segunda quinzena de
setembro a Reunião de Ministros de Relações Exteriores a que se refere o artigo 11 do
Tiar”, além de “informar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas todas as atividades
relacionadas a esse assunto”.
12
Na terça (10), Maduro enviou milhares de militares e deslocou baterias antiaéreas para a
fronteira com a Colômbia, num grande exercício militar que foi percebido como provocação
pelo país vizinho. O líder venezuelano também anunciou que distribuirá 500 mil armas para
as forças paramilitares que o apoiam, as chamadas milícias bolivarianas.
“Vimos as informações sobre exercícios militares. Esperamos que por meio do diálogo os
dois países possam encontrar uma forma de baixar as tensões existentes”, disse o
secretário-geral da ONU, António Guterres.
A denúncia foi reforçada a oficializada pelo chanceler colombiano Carlos Holmes Trujillo,
que apresentou nesta quarta (11) à OEA um relatório que, segundo ele, prova as conexões
entre Maduro e as guerrilhas colombianas, incluindo uma dissidência das Farc (antigas
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, hoje um partido político chamado Força
Alternativa Revolucionária do Comum). Em setembro, rebeldes anunciaram a ruptura de
um acordo de paz de 2016 e a volta às armas.
“O chanceler colombiano fez papel de ridículo. Nós, sim, temos provas e vamos apresentá-
las diante do Conselho de Segurança. São provas com vídeos, fotos, com testemunhas e
depoimentos sobre como o governo da Colômbia prepara terroristas para fazer ataques
com objetivos militares, civis e institucionais e para tratar de assassinar o presidente
Maduro”, reagiu o presidente venezuelano em pronunciamento na TV nesta quarta (11).
“Na Colômbia estão fazendo dez planos para me matar”, disse Maduro em cadeia nacional
nesta quinta (11). “Duque, olhe para mim, não trema. Em nome do povo da Venezuela, te
digo: deixa quieto quem quieto está. Não se meta com o povo da Venezuela.”
Toda essa coreografia se desenrola tendo como eixo uma Venezuela dividida. A crise no
país tem mais de 30 anos, mas o que interessa no capítulo atual é a luta entre Maduro e
13
Guaidó.
Maduro tomou posse como presidente em janeiro, mas seu mandato é contestado por uma
oposição que o acusa de ter fraudado as eleições. Com base nessa acusação, Guaidó,
que é presidente da Assembleia Nacional (órgão unicameral do Legislativo venezuelano,
de maioria opositora), declarou que a cadeira de presidente havia sido ocupada de maneira
ilegítima e foi proclamado por seus pares mandatário interino da Venezuela, condição
reconhecida por mais de 50 países.
Maduro não reconhece a legalidade da atual Assembleia Nacional. Logo, não reconhece a
legitimidade de Guaidó, que, por sua vez, tenta absorver as funções presidenciais, com
apoio de um número cada vez maior de países do mundo. Guaidó, entretanto, não controla
orçamento nem Forças Armadas. Seu papel é sobretudo de mobilização política e
campanha internacional.
Para os que creem que Maduro é presidente, a decisão de voltar ao Tiar não tem validade.
Para os que veem legitimidade em Guaidó, o país é um Estado-parte do tratado e,
portanto, está autorizado a evocá-lo em caso de embasar uma intervenção militar
estrangeira e coletiva contra Maduro e as guerrilhas colombianas.
Essa cooperação é vista na OEA como um fator de ameaça regional. Maduro, por sua vez,
responde dizendo que a única vítima de uma ameaça é ele, dado que diversos governos
da região - especialmente o governo dos EUA - falam abertamente em usar a força para
tirá-lo do poder.
14
Chanceler discute com Bannon discurso de Bolsonaro na
ONU
Estadão ,
Fora da agenda oficial, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, se reuniu nos
Estados Unidos com o ex-estrategista de Donald Trump e agitador de uma onda
nacionalista de direita, Steve Bannon. O encontro aconteceu na noite de quarta-feira, 11,
na residência da embaixada brasileira em Washington, onde o chanceler está hospedado
em viagem oficial de trabalho.
Bannon foi convidado para um jantar, no qual também estava presente o atual encarregado
de Negócios da Embaixada do Brasil em Washington, o diplomata Nestor Forster. A
reunião não constou na previsão de agenda de Araújo disponibilizada previamente pelo
Itamaraty. Questionada pela reportagem do Estado, a assessoria do ministro informou que
Araújo tivera um “jantar privado”.
Uma das pautas da conversa dos diplomatas brasileiros com o americano foi o discurso do
presidente Jair Bolsonaro no próximo dia 24, em Nova York, na abertura da Assembleia-
Geral da ONU. A estreia de Bolsonaro na reunião dos 193 países-membros que integram a
organização acontecerá em meio aos questionamentos internacionais sobre a política
ambiental brasileira e da repercussão no exterior do aumento das queimadas na Amazônia
neste ano.
15
Breitbart, em referência ao nome do principal site de notícias da chamada alt-right
americana, o qual presidiu. Os dois se reencontraram em março, quando Bolsonaro foi a
Washington para o encontro com Trump e reuniu, também em jantar na embaixada, com
representantes da direita americana.
Bannon esteve por trás da eleição de Trump e do site Breibart, de plataforma de extrema
direta, anti-imigração e de supremacia branca. Também foi conselheiro da Cambridge
Analytica, consultoria acusada de fornecer dados de milhões de usuários do Facebook
para prejudicar Hillary Clinton em 2016.
16
Indicado de Bolsonaro para ONU diz que crítica
internacional a queimadas tem viés econômico
Folha de S.Paulo , Daniel Carvalho
O diplomata Ronaldo Costa Filho, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para
comandar a missão do Brasil na ONU, disse nesta quinta-feira (12) que as críticas de
países europeus às queimadas na Amazônia foram motivadas por interesses econômicos.
"Ao longo desses anos todos, não foi uma vez, não foram duas, foram inúmeras vezes que,
em qualquer sinal de progresso da negociação, de que a coisa parecia que ia avançar,
surgia uma crise ou uma denúncia de desmatamento da Amazônia, de que a soja, de que
o gado, está derrubando a floresta amazônica por agricultores inescrupulosos no Brasil",
afirmou o diplomata.
"Isso é uma reação natural, ninguém gosta de concorrência. A agricultura europeia teme
com grande vigor o potencial da agricultura brasileira. Este é um dado. O temor é grande",
insistiu Costa Filho.
O diplomata disse que as denúncias na área ambiental por parte dos europeus sempre
existiram, mas que agora, por ter se transformado numa discussão entre dos presidentes
—o do Brasil, Jair Bolsonaro, e o da França, Emmanuel Macron—, o debate tomou outra
proporção.
"A qualquer momento, esta denúncia ia surgir. Foram 'n' vezes. Nós sempre reagimos
ignorando. Desta vez, a coisa foi um pouco mais intensa porque surgiu em nível de chefe
de Estado, e aí não é algo que se possa varrer para debaixo do tapete", afirmou.
Costa Filho disse que o papel da diplomacia agora é contribuir para serenar os ânimos.
"Não entendo que seja uma crise intransponível na relação do Brasil com outros países.
Temos que, e as Nações Unidas são foro para isso, levar a informação, levar os
documentos, comprovação de que é um fato, estimular a cooperação para ajudar, como
está sendo feito agora."
17
Sobre a oferta de ajuda financeira internacional para coibir as queimadas, o diplomata
afirmou que já existem fundos nas Nações Unidas para este fim e que "não há
necessidade de grandes novidades".
"Pode ser politicamente útil, criar algo novo dá mais manchete do que contribuir para um
fundo já existente", afirmou.
Costa Filho foi aprovado em votação secreta pelos integrantes da CRE, mas seu nome
ainda precisa passar pelo plenário do Senado. Ele não é considerado claramente vinculado
a Bolsonaro, e sua chegada não deve causar mal-estar entre diplomatas que representam
o Brasil na ONU.
A Folha mostrou no sábado (7) que o governo Jair Bolsonaro queria tirar o diplomata
Mauro Vieira do comando da missão do Brasil na ONU antes da viagem que fará para
participar da Assembleia Geral do órgão.
Vieira foi ministro das Relações Exteriores no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), e
sua presença durante a passagem do presidente brasileiro por Nova York —prevista para
ocorrer entre 22 e 25 de setembro— é considerada incômoda por integrantes do Planalto.
O presidente deve usar parte da fala para ecoar a ideia de que a Amazônia é um território
brasileiro e que nenhuma intervenção será tolerada.
No início do ano, o Itamaraty já havia decidido transferir Mauro Vieira para a embaixada na
Croácia, mas a indicação não fora oficializada.
18
Trump manifesta intenção de firmar acordo provisório com
a China
Agência Brasil ,
Há sinais de que os Estados Unidos (EUA) e a China poderão amenizar suas posições em
relação a uma disputa comercial.
O presidente americano, Donald Trump, disse nessa quinta-feira (12) que consideraria um
acordo comercial preliminar com a China. Acrescentou que preferiria chegar a um acordo
abrangente, mas vai considerar um de caráter provisório.
Como outro sinal de que a tensão está diminuindo, a China sugeriu anteriormente que
estaria se preparando para reiniciar as importações de produtos agrícolas dos Estados
Unidos.
Coreia do Norte
Em entrevista, Trump declarou que quer se encontrar com o líder norte-coreano, Kim Jong
Un, "em um determinado momento" neste ano.
Ele acredita que Kim também deseja o encontro. Contudo, não deu qualquer informação
específica sobre o local ou quando outro encontro de cúpula poderá acontecer.
As observações de Trump são feitas no momento em que uma funcionária de alto escalão
da Coreia do Norte declarou que o governo norte-coreano está pronto para reiniciar as
negociações com Washington sobre desnuclearização.
Nesta semana, Trump demitiu o conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, que
defendia atitude mais severa em relação à Coreia do Norte, que aquela com enfoque no
diálogo.
19
Minoria árabe de Israel se mobiliza em candidatura única
contra Netanyahu
EL PAÍS , Juan Carlos Sanz
A chamada Lei das Câmeras tinha como objetivo reduzir a participação eleitoral nos
povoados de maioria árabe, segundo dirigentes políticos dessa comunidade. O gesto de
desafio expôs a advertência que os líderes políticos árabes lançaram ao primeiro-ministro.
Assim como fizeram em 1992 para permitir a posse do trabalhista Isaac Rabin como
primeiro-ministro, os membros da minoria étnica estão dispostos a bloquear Netanyahu
para impedir sua reeleição, caso consigam somar assentos suficientes.
Merkel defende solução de dois Estados para o conflito entre Israel e palestinos
Israel e Hamas beiram a guerra em Gaza na maior escalada da violência em cinco anos
Foi o que contou Odeh pouco depois do incidente no Knesset, em encontro com a
imprensa estrangeira no hotel King David, em Jerusalém. “Para apoiar um Governo
alternativo exigiremos a revogação da lei do Estado-nação, que nos confirmou como
cidadãos de segunda classe”. A polêmica normativa do ano passado, de caráter
constitucional, estabeleceu o caráter judaico do Estado do Israel, ao mesmo tempo em que
declarou o hebraico como única língua oficial, deixando o árabe de lado.
20
permaneceram dentro de Israel após sua criação, em 1948, assim como seus
descendentes. Metade dos lares árabes israelenses está abaixo da linha da pobreza, em
comparação a apenas 20% das famílias judias. O índice de desemprego masculino é o
dobro da média nacional, inferior a 5%, ao passo que entre as mulheres é o triplo.
Odeh, que representa o setor laico e progressista das quatro forças que compõem a Lista
Conjunta, chegou a se mostrar a favor de uma coalizão de Governo alternativa a
Netanyahu. Ahmed Tibi, líder da ala nacionalista da candidatura árabe, rejeita essa
hipótese. “Nosso propósito é melhorar a situação da comunidade árabe, mas como minoria
nacional não podemos participar de um Governo que tome decisões como atacar a Faixa
de Gaza, cuja responsabilidade não compartilhamos”, advertiu numa recente entrevista
coletiva. “Poderíamos, no entanto, oferecer apoio externo sem entrar no Gabinete.”
A Lei das Câmeras previa uma autorização genérica aos fiscais de partidos para poderem
gravar imagens e conversas dos membros das mesas eleitorais, dos outros representantes
partidários e dos eleitores dentro e nos arredores das seções eleitorais. Depois da
suspensão da lei, surgiu um anúncio entre posts na conta do Facebook da campanha do
Likud, o partido liderado por Netanyahu, no qual lia-se: “Os árabes querem destruir todos
nós [judeus israelenses], nossas mulheres, homens e crianças”.
21
Biden clashes with Warren and Sanders in lively
Democratic debate
the Guardian , Lauren Gambino
Confrontation erupted on the debate stage as energized frontrunner Joe Biden verbally
sparred with progressives Elizabeth Warren and Bernie Sanders, revealing deep divisions
over healthcare, immigration, foreign policy and how far left the party should move.
But the debate also took a more conciliatory tone than previous ones as rival candidates
praised each other and concentrated much of their fire in the direction of Donald Trump.
Round three of the presidential debates, held on Thursday at Texas Southern University, a
historically black college in Houston, featured all of the top contenders for the party’s
nomination on a single stage for the first time. The sprawling metropolis, one of the most
diverse cities in America, reflected the diversity of the Democratic field, which featured
women, people of color and a gay man.
Over the course of three hours, Democrats debated a central question animating the
primary contest: do they want to return to an era of politics that existed before the Trump
presidency or do they favor policies that go far beyond the last administration?
“I stand with Barack Obama, all eight years, the good, bad and indifferent,” Biden said,
defending himself against an attack on his record.
The ABC News debate opened with a clash over healthcare, one of the sharpest
differences among the candidates and a top priority for Democratic voters.
Wrapping himself in Obama’s legacy, the former vice-president confronted his progressive
challengers over the cost of Medicare for All, which would cover every American under a
government health plan and essentially eliminate private insurance, accusing Warren of not
being forthcoming about whether the plan would raise taxes on the middle class.
“I know the senator says she’s for Bernie,” he said of Warren’s support for Sanders’
Medicare for All healthcare plan. “Well, I’m for Barack. I think the Obamacare worked.”
Biden, sandwiched between Sanders and Warren on the stage, suggested that her plan to
raise taxes on the wealthiest Americans by 2% falls short of the estimated $30tn it would
cost to implement a Medicare for All system. Warren shot back: “I’ve never actually met
anybody who likes their health insurance company.”
22
The former vice-president also challenged Sanders’ proposal to force employers to
effectively pay out union members for any savings from a shift to a single-payer health
system. “For a socialist, you’ve got a lot more confidence in corporate America than I do,”
he said.
A highly anticipated showdown between Biden and Warren, who is steadily gaining on him
in the polls, never fully materialized into open warfare. By contrast, Sanders came prepared
to draw sharp contrasts with Biden on trade and foreign policy. The Vermont Senator
slammed Biden for his vote in favor of the Iraq war. “The truth is, the big mistake, the huge
mistake, and one of the big differences between you and me, I never believed what Cheney
and Bush said about Iraq,” said Sanders, who opposed it.
But overall the conversation broadened away from the dynamic of the top three, leading to
one of the sharpest skirmishes of the evening between Biden and former housing and
urban development secretary Julián Castro.
In a testy back-and-forth, Castro, 44, alluded to voter concerns about Biden’s age when he
continued to press the former vice-president about whether he had forgotten a piece of his
healthcare plan. If elected, Biden would be the oldest first-term president at 78.
“Are you forgetting what you said two minutes ago?” Castro asked, eliciting gasps from the
audience. Castro, who also served the Obama administration, boasted: “I’m fulfilling the
legacy of Barack Obama and you’re not.”
As they sparred, Pete Buttigieg, the 37-year-old mayor of South Bend, Indiana, appealed
for unity.
“This is why the presidential debates are becoming unwatchable,” he said. “This reminds
everybody of what they cannot stand about Washington.”
“That’s called an election,” Castro snapped back. “This is what we’re here for.”
Questions about gun violence, immigration and trade with China also revealed a difference
of opinion and a hefty dose of criticism of Trump. The California senator Kamala Harris
accused the president of using “hate, intimidation, fear”, to divide the country. The New
Jersey senator Cory Booker called Trump “racist”.
Former Texas representative Beto O’Rourke and Castro, the two Texans in the race, spoke
emotionally about the mass shootings that rocked the state last month. In El Paso, 22
people, many of them Latino, were killed at a Walmart by a gunman who invoked Trump’s
language in describing the motivation for his attack. Weeks later, a gunman killed seven
people during a shooting spree between the Texas cities of Odessa and Midland.
23
“A few weeks ago, a shooter drove 10 hours, inspired by this president, to kill people who
look like me,” Castro said. He called white supremacy a “growing threat to this country”.
O’Rourke did not shy away from saying he would require citizens to turn in their military-
style weapons, despite Republicans’ frequent accusations that Democrats are coming to
take Americans’ guns.
“Hell yes, we’re going to take your AK-47,” O’Rourke said in one of the biggest lines of the
night. O’Rourke was also the recipient of praise from other candidates on the stage –
including Biden and Castro – for his actions in dealing with the tragedy in his native El
Paso.
Both Warren and Biden are leading contenders for the Democratic nomination, but they
represent dueling visions for the party. Biden is a relative moderate with plans that would
build on the work of the Obama administration and Warren is a progressive who has called
for “big, structural change” through an expanding portfolio of detailed policy plans.
There were also moments of levity in Houston. Harris erupted in laughter after drawing a
comparison between Trump and the “really small dude” behind the curtain in the Wizard of
Oz.
Entrepreneur Andrew Yang, the only non-politician on stage, surprised his rivals – and
viewers – when he announced a plan to give away $1,000 a month to 10 families over the
next year, a gambit aimed at promoting his universal basic income signature campaign
proposal.
“That was original,” Buttigieg said. “I’ll give you that,” he told Yang.
Later in the evening, in a moment that would have been unlikely even just a decade ago,
Buttigieg spoke movingly about his decision to come out publicly as gay in 2015.
“I came back from the deployment and realized that you only get to live one life and I was
not interested in not knowing what it was like to be in love any longer. So I just came out,”
he said.
“What happened was that when I trusted voters to judge me based on the job that I did for
them, they decided to trust me and they re-elected me with 80% of the vote.”
24
Felipe Muñoz, asesor presidencial colombiano para la
frontera: "Colombia seguirá teniendo una política generosa
de recepción de venezolanos"
ELMUNDO , Cibex
Su país soporta la mayor carga del éxodo provocado por la crisis política de Venezuela, de
ahí que reclame "más ayuda internacional"
"Necesitamos más ayuda internacional porque es una crisis de dimensiones globales que
puede empezar a afectar a la estabilidad de la región", solicitó Felipe Muñoz, asesor
presidencial para la frontera entre Colombia y Venezuela del Ejecutivo de Duque, ayer, en
una entrevista en Madrid. Muñoz, que ocupa este cargo desde febrero de 2018, analiza la
situación actual.
Yo sobre eso le puedo repetir lo que ha dicho el presidente [Iván Duque]: Colombia ni
provoca, ni se deja provocar. Nosotros estamos concentrados en los esfuerzos
diplomáticos y en la ayuda humanitaria. Esto, como en muchas ocasiones, es un factor de
distracción al verdadero problema que es la crisis migratoria.
¿Cuáles son los principales problemas de los migrantes venezolanos que entran a
Colombia?
Hay un proceso de desarraigo muy duro y muy difícil, hay que entender y ponerse en los
zapatos del otro, que es salir de su casa, dejando tal vez a sus padres o a las personas
mayores para que cuiden la casa y si no se las quitan. Y salir con una maleta, partir a su
familia... Lo primero que hay que tener aquí es una empatía emocional, que lo que le está
pasando al pueblo venezolano es una tragedia, que va a tardar muchos años en curarse.
25
Además de eso, enfrentan riesgos de salud, de seguridad en el paso de la frontera. Porque
hay un control de muchos grupos permitidos por el régimen de Venezuela. Se enfrentan a
riesgos de seguridad y, obviamente, cuando llegan, a los riesgos propios de que no
tenemos la capacidad para atenderlos.
Cada vez es mayor la presión que soporta Colombia, ¿se ha planteado acabar con su
política de puertas abiertas?
La sociedad colombiana ha hecho de esto una oportunidad de empatía muy positiva, eso
hay que reconocerlo. No obstante, es normal que en estos procesos y más cuando
empieza a haber estos volúmenes, empiece a haber una disminución del apoyo popular,
sobre todo, en ciertas regiones. Algunas encuestas nos muestran, con preocupación, que
empieza a disminuir un poco la voluntad de recibirlos. Por ello, tenemos que seguir
actuando y trabajando para tener más recursos y poder atender mejor a los venezolanos y
a las comunidades de acogida.
Algunos países impusieron visados a los venezolanos, ¿qué ha supuesto esto para
Colombia?
Esto lo que supone es una mayor presión, pero también para los otros países es un riesgo
porque la gente va a seguir cruzando, ya no por vías legales sino irregulares, lo cual
genera riesgos para todos. Por eso, tenemos que seguir trabajando para buscar
mecanismos coordinados de carácter regional.
Aunque mañana hubiera un cambio en el régimen, mucha de la gente que está hoy en
Colombia no va a volver al día siguiente. Porque está la destrucción en Venezuela de su
estructura educativa, de sus hospitales.... Mientras eso se recupera vamos a tener que
pensar en que parte importante de esta migración se va a quedar en Colombia. Por ello,
estamos pensando no sólo en responder a la emergencia humanitaria, sino en hacer una
estrategia de inclusión económica, que permita que integremos a esos migrantes.
26
¿Qué está haciendo Colombia para lograr esa integración?
Seguir fortaleciendo la respuesta humanitaria, sobre todo en lo que tiene que ver con
salud, ampliando la posibilidad de acceso a servicios y de cobertura en el seguro público
de salud de Colombia. En educación, no hay barreras de acceso hoy para los niños, hay
190.000 niños en el sistema educativo, pero hay que seguir avanzando para que puedan
tener todas las garantías adicionales. En el tema de inclusión económica, seguir
regularizando; mejorar nuestra capacidad para convalidar títulos; cómo podemos facilitar
que tengan acceso a fondos para emprendimiento... La Cámara de Comercio de Bogotá
registra un incremento de más del 20% en el último año de creación de empresas por
venezolanos. Eso quiere decir que si uno les da las condiciones, los emprendedores por
naturaleza tienen un mayor apetito de riesgo, eso hace que haya crecido el número de
empresas creadas por venezolanos. Es decir, que las condiciones están y los ejemplos en
el mundo nos lo certifican.
27
L’or, relique civilisée « d’une économie devenue barbare »
Le Monde.fr , Didier Julienne
Libre de dettes, certes, mais face aux marchés financiers dollarisés, la profondeur du
marché de l’or et sa liquidité sont aujourd’hui insuffisantes. Ils réclameraient que le prix de
l’or ou sa production, voire les deux, soient multipliés. De combien ? En divisant les valeurs
de la monnaie papier et des produits financiers mondiaux par les quantités d’or
thésaurisées, certains calculent une valeur de l’once d’or oscillant entre 10 000 et 25 000
dollars, soit de 7 à 17 fois plus qu’aujourd’hui.
Le spectre est large, mais il reste étroit face à la réalité d’autres éléments plus spéculatifs
liés à un tel bouleversement. Un prix plus élevé, pour mieux assurer la profondeur de
marché, la stabilité, la liquidité et la sécurité financière, réserverait l’or aux banques
centrales et détruirait la demande d’or de l’industrie bijoutière et de l’investissement privé.
Par ailleurs, la question environnementale musèle de plus en plus l’accroissement de la
production minière. Pour l’or aussi la transition environnementale a un effet inflationniste !
La fin du dollar, l’apparition d’un nouvel ordre financier mondial métallique sont, comme
chaque grand chambardement, projetés par chacun, mais sans le désirer vraiment de peur
de perdre le confort du dollar. Si l’or peut jouer le rôle temporaire de relais entre un ordre
mondial dollarisé et une future monnaie à imaginer, ce monde futur est encore flou. Panier
monétaire régi et garanti par des banques centrales, mais quelle indépendance auraient
28
ces monnaies ? Monnaies virtuelles sans règles écrites de fonctionnement ni de cautions
garantissant la stabilité de leurs valeurs ? Le graphique du prix du bitcoin convainc du
danger de l’outil ?
29