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NOVOS TESTES DE DNA NA INVESTIGAÇÃO

DE PATERNIDADE COM SUPOSTO PAI FALECIDO

MARIA REGINA JOBIM


Mestre em Genética e Biologia Molecular pela UFRGS.

GISELE EWALD
Mestre em Genética e Biologia Molecular pela UFRGS.

MARIANA JOBIM WILSON


Mestre em Medicina pela UFRGS e médica do Serviço de Imunologia
do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

BEATRIZ CHAMUM
Bióloga do Serviço de Imunologia do Hospital
de Clínicas de Porto Alegre.

LUIZ FERNANDO JOBIM


Doutor em Medicina pela UFRGS, Professor da Faculdade de Medicina
da UFRGS e chefe do Serviço de Imunologia do Hospital
de Clínicas de Porto Alegre. Pós-graduado na Universidade
do Texas e de Oxford.

SUMÁRIO: 1. Introdução – 2. Preferências na análise do DNA com suposto pai


falecido – 3. Avaliação do DNA pela reação em cadeia da polimerase (PCR) – 4.
STRs do cromossomo Y – 5. STRs do cromossomo X – 6. Mini-STRs na identifica-
ção de material degradado – 7. Considerações finais – 8. Bibliografia.

RESUMO: Novos testes de DNA foram desenvolvidos após a queda das torres gêmeas de Nova York,
permitindo a identificação de DNA degradado, fato que acontece após o falecimento devido à decom-
posição dos corpos pela umidade, tempo, excesso de calor, entre outros fatores. Nesse artigo, os autores
apresentam os conhecimentos atuais e as precauções necessárias para perícias na qual o suposto pai é
falecido, como a identificação de quem deve ser intimado para o exame de DNA, de acordo com o grau
de importância na reconstituição do falecido, levando em conta as pessoas disponíveis para análise
pericial. A identificação humana pelo estudo do DNA dos cromossomos masculino Y e X é abordada
como parte dos novos testes de DNA disponíveis para a investigação de paternidade, especialmente
quando o suposto pai é falecido. Um caso de perfeita identificação do perfil genético do réu, após 28
anos de seu falecimento é analisado, permitindo o conhecimento de como é possível obter-se resultados
definitivos à luz dos novos testes de mini-STRs do DNA.

PALAVRAS-CHAVE: DNA após exumação – Investigação de paternidade – DNA e ossos – mini-STRs.


RT/Fasc. Civ. Ano 97 v. 874 ago. 2008 p. 55-69
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ABSTRACT: After the twin towers tragedy in New York, new DNA tests were developed, allowing the
identification of degraded DNA. This process happens after death by the action of time due to the de-
composition of the body by humidity, hot excess and other causes. In this article, the authors discuss the
actual knowledge and the important precautions to evaluate cases where the supposed father is decea-
sed, like the identification of who ought to be part of the case in the reconstitution of the dead person.
The identifications of cases by the study of de sexual chromosomes X and Y is considered in the analysis
of special cases. The new mini-STRs reagents were describe in a case where the genetic profile were
perfect defined in a man, 28 years after death, allowing a definitive paternity conclusion.
KEYWORDS: DNA after exhumation – DNA and bones – Paternity testing – Mini-STRs.
ÁREA DO DIREITO: Civil; Biodireito

1. INTRODUÇÃO

A identificação de paternidade, nos casos em que o suposto pai é falecido, pode sofrer
limitações pela escassez de indivíduos para análise, tanto na parte autora, quanto na do su-
posto pai. As razões podem ser várias, como o falecimento de uma das partes, a falta de loca-
lização de outra, a ausência do país ou por não desejarem realizar o exame pericial. Na maio-
ria desses casos, acontecem questionamentos sobre “quem deverá ser intimado” para a rea-
lização dos testes de reconstrução do DNA do suposto pai (JOBIM, 1996).
O DNA humano está disponível em quantidade suficiente para análise em todas as células
nucleadas do sangue e tecidos, em menor concentração no soro ou no plasma e no líquido
amniótico placentário (urina da criança). No cabelo, ele está bem representado nos bulbos
capilares, enquanto que nos ossos fica enclausurado nas células conhecidas como osteoclas-
tos. Em indivíduos falecidos há poucas horas ou dias, podemos recolher facilmente amostras
de sangue puncionando veias ou o próprio coração, além de cabelos que devem conter a raiz
(um número não inferior a 20 fios). Com o passar do tempo, até quatro semanas da morte,
podemos usar amostras de músculo esquelético (um centímetro quadrado).
Quando o indivíduo faleceu há mais tempo, os cabelos já perderam a raiz e os tecidos
remanescentes costumam ter o DNA degradado, não sendo adequados. Nesses casos, os ossos
e os dentes são de grande importância. Os últimos podem ser decisivos se houve morte por
fogo, pois a raiz dentária fica protegida, até certo ponto, pela estrutura dentária. O fêmur e os
dentes molares e pré-molares costumam ser as peças preferidas após a exumação de indiví-
duos falecidos para a finalidade de análise do DNA (JOBIM, 1998). É possível também iden-
tificar pessoas falecidas pela análise de antigas escovas de dente, a partir da extração do DNA
de células bucais que ficam com seu esqueleto preso nas cerdas, possibilitando testes confiá-
veis (JOBIM, 2004).
O DNA humano pode ter origem autossômica, ou seja, proveniente de cromossomos
não sexuais, assim como pode existir DNA do cromossomo masculino Y ou do feminino X.
A maioria dos testes atuais analisa diversos locos ou locais cromossômicos de DNA autos-
sômicos, entretanto os testes de DNA do cromossomo Y e X começam a ter sua importância
em determinados tipos de perícias.
Os primeiros genes marcadores do DNA humano foram descritos por Jeffreys e cola-
boradores, sendo conhecidos como minissatélites. Esses são locos ou regiões onde acon-
tecem repetições de conjuntos de oligonucleotídios em tandem, ou seja, consecutivos ou
lado a lado. Essas repetições têm importância médica somente por serem marcadores bio-
lógicos da espécie humana. Os minissatélites não são mais utilizados atualmente devido a
sua substituição pelos microssatélites ou STRs (short tandem repeats ou repetições curtas
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em tandem). Esses locos e seus genes são identificados pelo método de polimerase chain
reaction (PCR), (MULLIS, 1987).
Analisando-se um número suficiente de locos genéticos de STRs podemos concluir
pela inclusão da paternidade ou pela sua exclusão. A última acontece quando um marcador
(alelo) do DNA do autor não existir no perfil do DNA paterno. No caso da existência dessa
inconformidade podemos estar frente a uma exclusão de paternidade ou pode ter acontecido
uma mutação. Os laboratórios, na maioria das vezes, concluem pela exclusão somente após
a identificação de mais de dois locos nos quais o alelo paterno do filho não é compartilhado
pelo suposto pai.
Quando o suposto pai é falecido, procuramos reconstituir ou identificar os alelos pater-
nos pela análise de seus ascendentes ou descendentes. A mãe do autor e a viúva do suposto
pai são sempre importantes e devem ser incluídas, sendo que a última deve ser intimada quando
os seus filhos com o falecido (supostos meio irmãos) são analisados. A razão é que identifi-
camos no autor (em cada loco do DNA) o alelo materno e o segundo alelo é obrigatoriamente
paterno, servindo para comparação com os alelos paternos identificados nos parentes do fa-
lecido. Quando analisamos os supostos avós paternos, não necessitamos da viúva, pois o
DNA do falecido estará sempre presente em um dos pais. A ausência de um alelo em comum
entre o autor e seus supostos avós é indicativa de exclusão de paternidade, embora outras
exclusões devam ser identificadas para a certeza científica.
Mesmo em casos em que as mães não realizam os testes, pretendemos identificar um
alelo do autor em comum com um de seus possíveis tios ou irmãos paternos. Nesses casos,
a certeza diminui, pois o autor tem dois alelos por loco e estamos considerando os dois alelos
ao mesmo tempo, pois não sabemos qual é o alelo paterno. Nos cálculos matemáticos, esse
fato induz a resultados com índice e probabilidade de paternidade menores.
Uma das regras básicas para o entendimento dos casos periciais nos quais o suposto pai
é falecido é que cada indivíduo apresenta no máximo dois alelos por loco de DNA (heterozi-
goto). Caso apresentar somente um é porque herdou o mesmo alelo de seu pai e de sua mãe
(homozigoto). Tendo isso em mente, entre supostos irmãos (quando não analisamos a res-
pectivas mães) só é possível existir quatro alelos diferentes, dois de herança materna e dois
paterna. Um quinto alelo diferente, no autor, representa a exclusão da paternidade. Caso
analisarmos a viúva e seus filhos com o falecido, poderemos identificar ou reconstruir o per-
fil dos dois alelos dele. Nessa situação, um terceiro alelo no autor exclui a paternidade.
Uma das dificuldades encontradas em testes de paternidade é a possibilidade de que
um irmão do suposto pai seja o verdadeiro pai biológico do autor. Nesse caso é possível cal-
cularmos matematicamente essa hipótese. A fórmula fornece o resultado do índice avuncu-
lar e permite o cálculo da probabilidade cumulativa avuncular, ou seja, a probabilidade do
homem testado ser tio do autor. Podemos também conhecer quantas vezes o homem testado
tem de chances de ser o verdadeiro pai do que ser tio do autor.

2. PREFERÊNCIAS NA ANÁLISE DO DNA COM SUPOSTO PAI FALECIDO

a) O autor, sua mãe (se existente) e ambos os supostos avós paternos.


b) O autor, sua mãe, a viúva (se existente) e seus filhos com o falecido, além de um dos
avós paternos (se existente). Quanto maior o número de filhos, melhor a possibilidade de
resultados conclusivos. Em casos em que existem muitos filhos, iniciamos com a análise de
três ou quatro. Na eventualidade de somente existir um, incluir um dos avós e supostos tios
(irmãos do falecido).
c) O autor, sua mãe, suposta avó e filhos (irmãos do suposto pai –, usar todos possíveis).
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d) O DNA do cromossomo Y deverá ser analisado em casos nos quais não se conseguiu
uma exclusão definitiva, existindo mutações ou a probabilidade positiva de paternidade não
alcançou pelo menos 99%. Dessa maneira podemos identificar se o autor e o suposto pai
pertencem à mesma família de homens. Além do autor, podemos analisar comparativamente
outros indivíduos masculinos pertencentes à mesma linhagem do falecido suposto pai. Entre
eles, um filho, um irmão, um primo (filho de um irmão do falecido), um neto (filho de um
filho do falecido) entre outros. O importante é que a corrente de indivíduos seja sempre de
homens, não podendo ser intercalada por uma mulher.
e) A análise do DNA do cromossomo X poderá ser utilizada em casos difíceis em que
não se conseguem exclusões e os índices e probabilidades são baixos (menos de 99%). Nem
todos os casos podem ser avaliados pelo DNA do X. Nos casos nos quais existe somente a
autora e uma suposta irmã, existirá sempre um alelo em comum entre as duas se forem filhas
do mesmo pai. Isso se deve ao fato que o pai biológico sempre passa o mesmo DNA do X
para suas filhas, o que não acontece para os filhos homens, quando passa o próprio DNA do
Y. É crescente a utilização desses marcadores como veremos mais adiante.
f) Outra opção seria a da análise do autor e de um suposto irmão. Nesse caso nunca será
obtida a exclusão da paternidade e a parte ré estará sendo prejudicada. Isso é devido ao fato
de que existindo dois alelos por loco, o autor poderá ter dois alelos detectados. O suposto
irmão poderá ter um dos alelos com identidade com o autor, mas esse pode ser de origem
materna e não de seu pai biológico. Além disso, quando não existirem identidades, podemos
estar frente a dois alelos diferentes do suposto pai presentes um em cada filho, o que não
exclui a paternidade, mas também não inclui. O mais lógico, em nossa opinião é observar-
mos o valor dos índices e adicionarmos a análise do DNA do Y se forem dois supostos ir-
mãos. Nesse caso, podemos excluir a paternidade ou afirmar que somente pertencem à mes-
ma família de homens somente.
g) A exumação do cadáver do suposto pai é necessária sempre que não existam ascenden-
tes ou descendentes ou quando esses sejam escassos, ou os resultados obtidos com os métodos
anteriores (indiretos) não alcançarem probabilidades de paternidade aceitáveis ao perito e ao
juiz. Nesses casos, podemos analisar o DNA do autor e o extraído diretamente do suposto pai.
No caso de dúvida que o cadáver pertença ao suposto pai, podemos incluir um reconhecido
filho biológico na avaliação. Também devemos ter cautela, pois já participamos de casos em
que incluíram uma filha registrada que a família sabia não ser filha do suposto pai.
h) A exumação deverá ser realizada por médico legista ou pelo perito. As partes devem
comparecer no local da exumação. Os novos métodos dos mini-STRs devem ser utilizados.
A extração do DNA deve ter qualidade, pois caso contrário, os resultados não serão confiá-
veis. As imagens ou eletroesferogramas dos perfis genéticos dos indivíduos devem ser in-
cluídas no laudo, pois permitem análise pelo juiz e pelos assistentes técnicos (Figura 2).

3. AVALIAÇÃO DO DNA PELA REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR)

A PCR é um método extremamente poderoso na avaliação da individualidade humana.


Ela permite a amplificação seletiva, in vitro, de seqüências específicas do DNA alvo que se
deseja estudar. O princípio da reação está no conhecimento da seqüência do DNA alvo e em
reação bioquímica complexa. A ciência básica forneceu as seqüências das regiões de milhares de
microssatélites de importância em genética forense. Os locos de microssatélites conhecidos como
STRs apresentam alelos ou fragmentos de DNA de 100 a 400 pares de bases. Esses são os prefe-
ridos na análise pericial de casos de identificação humana. Os STRs permitem a amplificação de
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milhares de cópias de fragmentos específicos de DNA, sendo o método utilizado na maioria


dos laboratórios (GONZÁLEZ-ANDRADE, 2008).
A identificação dos fragmentos amplificados é realizada após eletroforese capilar, se-
guida pela detecção de sinal fluorescente. O sinal fluorescente acontece quando marcamos
os primers com fluorocromos. Dessa maneira podemos usar analisadores de DNA (seqüen-
ciadores automáticos) que identificam os fragmentos por intermédio de um laser. Um com-
putador com programa dedicado permite observarmos curvas ou picos de DNA que são com-
parados entre as partes (Figuras 1, 2 e 3).

Figura 1 – Seqüenciador de DNA (ABI-3.110).

Após a amplificação de DNA utilizamos uma escada alélica (ladder) na identificação


de fragmentos na reação de PCR. Todas as possibilidades de alelos dos locos amplificados
podem ser observadas e comparadas com o produto amplificado. Dessa maneira, é possível
conhecer o tamanho do fragmento em pares de base (pb) e seu correspondente alelo existente
no indivíduo analisado. Os casos de exumação devem ser analisados com reagentes conhe-
cidos como mini-STRs.
Os STRs são muito utilizados na análise de investigação de paternidade, devendo-se
analisar um número suficiente de locos, geralmente 12 ou mais locos. Os STRs e mini-STRs
são valiosos no estudo de casos em que exista necessidade de análise de ossos, dentes, fios
de cabelo, manchas de sangue, entre outros (MAYNTZ-PRESS, 2007).
A técnica da PCR permite também a identificação do sexo do indivíduo. O loco da
amelogenina apresenta um alelo de 106 pares de bases nas mulheres (XX) e um de 106 e
outro de 112 pares de bases nos homens (XY).
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120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340
D851179 D21511 D75820 C5F1PO
A1P7651 (...ma Brussa 2 Blue P7651(A) Autora
1500
1000
500

12 14 30 33.2 9 11 11
12

A3P7651 (...inha Lima 3 Blue P7651(V) Viúva

2000
1000

12 29 9 11 9 12
13 31.2

A5P7651 (..ma Bonapa 4 Blue P7651(P11) Possível irmã

2000
1000

12 31 11 12
13 31.2
A7P7651 (..ma Bonapa 5 Blue P7651(P12) Possível irmão
1500
1000
500

11 28 9 12 9
12 29 10

Figura 2. Caso simples de avaliação da paternidade com amostras da autora, viúva e dois
supostos irmãos unilaterais da autora. No loco D21S11, a possível irmã da autora (PI1) herdou
o alelo 31,2 de sua mãe (viúva), sendo que o alelo 31 é de origem paterna e ausente na autora.
Completa esse resultado a análise do possível irmão da autora (abaixo) que herdou o alelo 29 de
sua mãe (viúva), sendo que o alelo 28 é de origem paterna e ausente na autora. Nesse caso,
identificamos os dois alelos paternos do falecido (31 e 28), excluindo a paternidade nesse loco.
100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360
D351358 TH01 0135317 D165539 D251338
* C7*Allelic Ladder 3 Green Allelic Ladder

1000
500

12 15 18 4 6 8 11 8 11 14 5 8 11 14 15 18 21 24 27
13 16 19 5 7 9 13.3 9 12 15 9 12 15 16 19 22 25 28
14 17 9.3 10 13 10 13 17 20 23 26
10
100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360
D351358 TH01 D135317 D165539 D251338
B4 9 Green Mother
3000
2000
1000

15 7 9 11 9 17 22
17 12 11

B6 10 Green Putative son


6000
4000
2000

15 9 10 12 19 24
9.3 11 14

Figura 3. Caso de exclusão de maternidade pela análise do DNA extraído da escova de


dente da falecida mãe e do DNA de seu suposto filho. Observam-se exclusões nos locos
D16S539 onde a mãe apresenta os alelos 9 e 11 e o pretenso filho, os alelos 12 e 14. No loco
D2S1338 a mãe apresenta alelos 17 e 22 e o suposto filho os alelos 19 e 24.
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4. STRs DO CROMOSSOMO Y

Recentemente foram descritos STRs no cromossomo masculino Y. Algumas caracte-


rísticas desse cromossomo fazem com que seus microssatélites (STRs) sejam importantes
na análise forense do DNA (PONTES, 2006). Devido à falta de um cromossomo homólogo,
não existe recombinação durante a meiose. Sendo assim, só identificamos alelos de origem
masculina herdados em bloco dos antepassados masculinos. A herança em bloco de alelos
de diferentes STRs do mesmo cromossomo é denominada herança haplotípica e o conjunto
dos alelos chama-se haplótipos (BUTLER, 2002 e 2003).
Dessa maneira, é possível a identificação de diversos locos de STRs em um homem,
sendo os mesmos alelos encontrados em seu pai, irmãos, tios, primos, avô e demais antepas-
sados masculinos. Estudos apontam um baixo índice de mutação, podendo os mesmos ha-
plótipos ser encontrados em várias gerações de homens, alcançando talvez várias centenas
de anos (GILL, 2001).
Cada alelo ou marcador do Y de determinado local do DNA apresenta uma freqüência na
população, existindo bancos de dados especializados (disponível em: <www.ystr.org/index.html>).
Se examinarmos sete ou mais locos do DNA do Y, poderemos conhecer matematicamente a exis-
tência ou não de uma relação genética entre indivíduos, no entanto nunca poderemos afirmar o
grau de parentesco (KAISER, 2004).
Os STRs do cromossomo Y permitem reconhecer a exclusão de paternidade quando o
possível pai é falecido, analisando-se o pretenso filho e homens aparentados com o suposto
pai (Figura 4).
Os principais locos de STR do Y são: DYS19, DYS389 I, DYS389 II, DYS390, DYS391,
DYS392, DYS393, GATA H4, DYS437, DYS438 e DYS448 (MAYNTZ-PRESS, 2007).

10061
GeneMapper ID v3.2

p Nome
Sample Panel SQO SQ
Yfilter_v2
R_Y_GATA_H4 R_DYS437 R_DYS438 R_DYS448
120 160 200 240 280 320

100
0
8 9 11 13 13 15 17 8 9 10 12 17 18 19 20 21 22 23 24
10 12 14 16 11 13

10061F_João Fictício
R_Y_GATA_H4 R_DYS437 R_DYS438 R_DYS448
120 160 200 240 280 320

3800
0
11 16 9 19

10061PI_José Fictício Yfilter_v2


R_Y_GATA_H4 R_DYS437 R_DYS438 R_DYS448
120 160 200 240 280 320

3700
0
11 14 12 18

Figura 4. Exclusão de paternidade pelo DNA do cromossomo Y entre o autor (João


Fictício) e um neto de seu suposto pai (José Fictício). No loco DYS437 o autor apresenta o
alelo 16 e o José Fictício o alelo 14. No loco DYS438, um apresenta o alelo 9 e o outro o alelo
12. No loco DYS448 as diferenças são devidas aos alelos 19 e 18.
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Um estudo realizado pelo Prof. Chris Tyler-Smith, da Universidade de Oxford, permi-


tiu a provável identificação do conjunto de genes do cromossomo Y de Gengis Khan. As
amostras utilizadas foram da população masculina da Mongólia, levando-se em conta que o
guerreiro mongol teve mais de 100 filhos, os quais, por sua vez, tiveram outros milhares de
filhos, todos com o mesmo perfil genético do cromossomo Y. Esse perfil é encontrado, na
atualidade, em grande número de indivíduos mongóis do sexo masculino.
Outro estudo recente de importância foi a identificação de Saddam Hussein, realizada
pela comparação do conjunto ou haplótipo do DNA do cromossomo Y entre ele e o DNA
extraído dos corpos de seus filhos mortos em combate (Figura 5).

Figura 5. Saddam e seus filhos analisados pelo DNA do Y – BUTTLER, J. M. (2005)


em Forensic DNA typing, 2. ed.

5. STRs DO CROMOSSOMO X

Como foi dito anteriormente, o cromossomo X apresenta também locos de microssaté-


lites que permitem conhecer a herança sob outra perspectiva. A mãe apresentará em cada
loco dois alelos do DNA do X (XX), enquanto os homens sempre apresentarão um alelo desse
DNA, pois o outro pertence ao DNA do Y (XY).
Como exemplo, podemos observar na Tabela 1 os resultados do DNA do cromossomo
X de uma perícia na qual a análise de 18 locos de DNA autossômicos chegou a uma proba-
bilidade de paternidade de 90%, o que não é satisfatório, pois existem 10% de chance de não
paternidade. Nesse caso, o suposto pai era falecido e estudamos a autora, sua mãe e duas
filhas biológicas do falecido ou supostas irmãs unilaterais da autora. Devemos levar em con-
ta que entre irmãs somente podemos ter três alelos do cromossomo X, um de origem paterna
e dois de origem materna.
DOUTRINA CIVIL – SEGUNDA SEÇÃO 63

Tabela 1: Exclusão de paternidade pelo DNA do X de caso em que o suposto pai é fa-
lecido.

Locos DNA-X Mãe Autora Suposta Suposta Resultados


meia irmã 1 meia irmã 2
DXS101 19/26 19/24 26/27 25/26 Exclusão
DXS7424 14/16 16/18 15/17 15/16 Exclusão
DXS6807 11/14 11/11 11/11 11/15
HPRTB 14/15 12/14 13/15 15/15 Exclusão

Nesse caso foi possível a identificação de três exclusões de paternidade. No loco


DXS101, a autora herdou o alelo 19 de sua mãe, sendo que o alelo 24 é obrigatoriamente de
origem paterna e que deveria estar presente no falecido suposto pai. As pretensas irmãs uni-
laterais apresentam o alelo 26 em comum, sendo esse alelo proveniente do pai (que só pode
ter um alelo do cromossomo X). Logo, os alelos maternos (da viúva) presentes nas supostas
meio irmãs são o 27 e 25. Os três alelos do cromossomo X possíveis de existir na família são
os 26, 27 e 25. No entanto, a autora herdou o alelo paterno 24, o que é impossível de aconte-
cer ou uma mutação ocorreu (Figura 7).
No loco DXS7424, a autora herdou o alelo 16 de sua mãe e o 18 de seu pai biológico.
As supostas irmãs unilaterais herdaram o alelo 15 do seu pai. Além disso, elas herdaram os
alelos maternos 17 e 16. Os três alelos do cromossomo X possíveis de existir na família são
15, 17 e 16. No entanto, a autora herdou o alelo paterno 18, o que é impossível de acontecer
ou outra mutação ocorreu.
No loco HPRTB novamente aconteceu exclusão da paternidade pelo DNA do X. O ale-
lo paterno da autora é o 12 e as supostas meio irmãs apresentam o alelo paterno 15 e dois
alelos maternos 13 e 15.

6. MINI-STRS NA IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAL DEGRADADO

Amostras de DNA degradadas sempre foram empecilhos na identificação de corpos


após desastres ou longo tempo de falecimento. Os testes de identificação humana obtiveram
o primeiro avanço na solução desses casos quando foi desenvolvida a reação em cadeia da
polimerase (PCR). Esse já foi um avanço considerável, tendo em vista que os primeiros tes-
tes de DNA não o amplificavam, mas somente o identificavam.
No entanto, mesmo amplificando o DNA não se obtinham resultados adequados em
amostras muito degradadas, pois nelas o DNA estava muito fragmentado devido a inúmeros
fatores.
Na amplificação do DNA usamos reagentes que delimitam o local do DNA que quere-
mos amplificar e, na maioria das vezes, os iniciadores ou primers amplificam regiões exten-
sas do DNA. A novidade que permitiu os novos testes foi a redução do tamanho das regiões
amplificadas, ou seja, reduzindo-se os fragmentos a serem detectados (COBLE, 2005 e 2006).
Logo, com os novos reagentes podemos identificar os mesmos alelos do DNA, mas só que
com tamanhos menores, permitindo definir alelos fragmentados ou degradados (DIXON,
2006). Esses reagentes foram chamados de mini-STRs.
64 RT-874 – AGOSTO DE 2008 – 97.o ANO

Como exemplo, um alelo de DNA que identificávamos pelo tamanho de 340 pares de
bases, com os novos reagentes, podemos identificá-lo em 120 pares de base (DRABECK,
2004). Portanto é fácil o entendimento que estamos analisando o mesmo DNA, mas com o
núcleo de identidade menor, o que chamamos de região de repetição (HILL, 2007). Sendo
assim, a amostra identificada é de tamanho menor, sendo mais fácil ser detectada e compa-
rada com a do autor (CHUNG, 2004).
Os primeiros mini-STRs foram desenvolvidos pelo Laboratório Bode (EUA) para a
identificação das vítimas do World Trade Center, tendo suas seqüências de DNA publica-
das em 2004. Os testes de mini-STRs são analisados em forma de multiplex, ou seja, é
possível a amplificação e a análise de diversos locos de DNA ao mesmo tempo, devido à
marcação dos iniciadores da reação (primers) com cores fluorescentes diversas (fluoro-
cromos). Os testes são semelhantes aos que usamos para identificar outros STRs (BUTLER,
2003 e 2008).
Realizamos recentemente testes após a exumação do suposto pai, falecido há 28 anos.
Utilizamos os mini-STRs (tabela 2, figuras 6 e 8). Os testes alcançaram um índice cumulati-
vo de positivo de paternidade de 4.874 e uma probabilidade cumulativa positiva de paterni-
dade de 99,97%, sendo que em todos os locos analisados observamos alelos em comum en-
tre a filha e o suposto pai (exumado).

Tabela 2. Resultados dos testes de DNA após a exumação do suposto pai. Em todos os
locos observamos identidade entre alelos da autora e do suposto pai (Figura 8).

Mini-STRs Autora Suposto pai Índice de Paternidade

CSF1PO 10 e 11 10 e 11 1,80
FGA 19 e 20 20 e 25 2,10
D18S51 11 e 14 11 e 22 26,70
D13S317 9 e 12 11 e 12 0,90
D2S1338 19 19 e 20 3,80
D21S11 29 e 32,2 29 2,21
D7S820 10 e 11 9 e 10 0,90
D16S539 10 e 11 10 e 11 7,10
Índice Cumulativo 4.874

A complexidade do estudo de ossos reside principalmente na extração, purificação e


uso de reagentes apropriados (Figura 6). Os resultados atuais são nitidamente superiores
aos que se obtiveram na década passada, obtendo-se um perfil genético no material exu-
mado em 90% dos casos (Figura 8). A contaminação existente nos ossos que se recebe para
análise é danosa, tendo em vista à presença de agentes que degradam o DNA, assim como
inibem a reação de amplificação. A terra, os fungos e as bactérias são os principais elemen-
tos indesejáveis e que podem acarretar diversos graus de degradação.
DOUTRINA CIVIL – SEGUNDA SEÇÃO 65

Figura 6. Osso após 28 anos do falecimento.

Os testes iniciam pela cuidadosa lavagem dos ossos para remoção de terra e outros
materiais aderidos, seguindo-se da raspagem, com lixa, da superfície do osso até que fique
claro ou limpo. Em seguida, usamos uma serra elétrica para separar fragmentos de cerca de
1cm2. Esses são colocados em cilindros contendo fragmentos de metal e introduzidos num
moinho eletromagnético com nitrogênio líquido. O instrumento é ligado e o magnetismo aciona
a vibração do metal em alta velocidade, pulverizando os ossos. No final, teremos um pó de
osso de cor branca. Quanto mais limpo o osso, melhor será a amplificação do DNA extraído
de dentro dos osteoclastos. A razão da pulverização com nitrogênio líquido decorre da neces-
sidade de baixas temperaturas para o DNA não ser destruído pelo calor.
O DNA deverá ser purificado antes de sua amplificação. Na maioria dos laboratórios
utiliza-se o método de fenol/clorofórmio e precipitação do DNA da solução por álcool com
posterior concentração em membrana ou filtro.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise da individualidade humana iniciou com a tipagem de grupos sangüíneos, ti-


pagem HLA (antígenos leucocitários humanos) e identificação dos minissatélites do DNA.
Passou, então, para os microssatélites ou STRs e chegou aos mini-STRs. Esses últimos são
os ideais para a análise de ossos e material degradado, nos quais somente fragmentos peque-
nos de DNA são existentes, ao contrário do DNA original em que as moléculas encontram-
se íntegras.
As tecnologias para análise do DNA estão em evolução. O próximo passo será a análise
de pedaços de DNA conhecidos como SNPs ou “polimorfismo de nucleotídeos de base úni-
ca” (single nucleotide polimorphisms). Esses estão surgindo como marcadores de interesse
para a comunidade forense devido: à sua abundância no genoma humano; ao seu baixo índi-
ce de mutação; por permitirem a análise de pequenos fragmentos de DNA; e pela possibili-
dade de automatização das análises com tecnologias superiores (PHILLIPS, 2006).
A vantagem da utilização dos SNPs em relação aos STRs, se deve ao fato que os pro-
dutos de amplificação gerados são muito curtos (50 pares de base ou menos), permitindo
o estudo de material degradado (como no caso de cadáveres em avançado estado de de-
composição ou carbonizados). A tipagem de SNPs é complexa, existindo diversos méto-
dos para a análise com fluorescência e luminescência. Um total de 50 locos de SNPs de-
vem ser analisados para obter-se a equivalência ao estudo de 15 locos de microssatélites
ou STRs. No entanto, em casos de extrema degradação poderemos aceitar um número menor
66 RT-874 – AGOSTO DE 2008 – 97.o ANO

de marcadores, tendo em vista ser a última possibilidade de análise genética (SANCHEZ,


2006 e VALLONE, 2006).

10463M_Maria_Fictícia Identificação Sexo Fetal


DXS101
180 190 200 210 220
5000

4000

3000

2000

1000

0
19 26

10463F_Ana_Fictícia Identificação Sexo Fetal


DXS101
180 190 200 210 220
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
19
19 14
24

10463PT1_Silvia_Fictícia Identificação Sexo Fetal


DXS101
180 190 200 210 220

1600

1200

800

400

0
26 27

10463PT2_Eva_Fictícia Identificação Sexo Fetal


DXS101
180 190 200 210 220
500

400

300
200

100

0
25 26

Figura 7. Estudo do DNA do cromossomo X (loco DX101). Caso explicado na Tabela 1.


DOUTRINA CIVIL – SEGUNDA SEÇÃO 67

Figura 8. Eletroesferograma de parte do DNA (mini-STRs) do osso da Figura 6 e Tabela 2.

10556F_Maria_Fictícia
10556F_Maria_Ficticia MiniFiler_GS500_v1
MiniFiler_GS500_v1
CSF1PO
CSF1PO FGA
80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220

3000

2000

1000

0
10 11 19 20

10556F_João_Fictício
10556PP_Joao_Ficticia MiniFiler_GS500_v1
MiniFiler_GS500_v1
CSF1PO
CSF1PO FGA
80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220
140

120

100

80

60

40

20

0
10 11 20 25

10556F_Maria_Fictícia
10556F_Maria_Ficticia MiniFiler_GS500_v1
MiniFiler_GS500_v1
D18S51
D18S51
130 140 150 160 170 180 190 200

3000

2000

1000

0
11
11 14
14

10556PP_João_Fictício
10556PP_Joao_Ficticia MiniFiler_GS500_v1
MiniFiler_GS500_v1
D18S51
D18S51
130
130 140
140 150
150 160
160 170
170 180
180 190
190 200
200

240

200

160

120

80

40

0
11 22
22
11
68 RT-874 – AGOSTO DE 2008 – 97.o ANO

8. BIBLIOGRAFIA

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